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IREI folitécnico 1 daiGuarda Polyteehnic of Guurda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Desporto Gonçalo André Pais Celestíno Lei julho) 2016

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IREI folitécnico1 daiGuardaPolyteehnicof Guurda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Gonçalo André Pais Celestíno

Lei

julho) 2016

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto Gonçalo André Pais Celestino | 5008087 Julho | 2016

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

RELATÓRIO PARA OTENÇÃO DE GRAU DE LICENCIADO EM DESPORTO

Gonçalo André Pais Celestino

Julho | 2016

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda III

LISTA DE SIGLAS

AFG – Associação de Futebol da Guarda

GFUC – Guia de Funcionamento da Unidade Curricular

IMC – Índice de Massa Corporal

IPG – Instituto Politécnico da Guarda

IPV – Instituto Politécnico de Viseu

JDC – Jogos Desportivos Coletivos

UC – Unidade Curricular

UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda IV

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Instituição formadora: Instituto Politécnico da Guarda

Diretor da ESECD: Professor Doutor Pedro Tadeu

Diretor de curso: Professora Doutora Carolina Vila-chã

Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 6300-559 Guarda

Nome do estudante/ estagiário: Gonçalo André Pais Celestino

Curso: Desporto

Período de estágio: 21 de Setembro de 2015 a 8 de Junho de 2016

Nome do coordenador de Estágio: Jorge dos Santos Casanova

Grau académico: Mestre

E-Mail: [email protected]

Nome do Tutor de Estágio: Francisco José Gomes Barros

Grau académico: Licenciado em Ciências do Desporto e Educação Física/ cédula de

treinador nível II

Nome do treinador: Tiago Manuel Afonso dos Reis

Nome da entidade acolhedora: Núcleo Desportivo e Social da Guarda (NDS)

Data de fundação: 27 de Julho de 1982

Morada: Centro Cultural e Social de São Miguel – 2º piso, Av. Da Igreja 6300

Guarda.

E-Mail: [email protected]

Web: https://www.facebook.com/FutebolNDS/?fref=ts

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda V

AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho só se tornou possível devido ao contributo, de uma forma ou

de outra, direta ou indiretamente a um conjunto de pessoas que me apoiaram ao longo de

todo o processo de formação académico. A estas pessoas gostaria de agradecer.

Agradeço também ao Professor Mestre Jorge Casanova, pela orientação, apoio e

transmissão de conhecimentos ao longo de toda a minha formação académica e no

desenvolvimento deste trabalho.

Ao NDS, por permitir que a realização deste estágio fosse possível e me ter oferecido esta

fantástica experiência.

À minha família e em especial aos meus pais, por todo o apoio e acompanhamento, sem

eles e sem os princípios e valores que me incutiram, não me seria possível crescer

enquanto Homem e realizar este percurso académico.

Ao Professor Francisco Barros, pela sua tutoria, acompanhamento e disponibilidade que

demonstrou desde o primeiro dia, sem ele teria sido muito mais difícil esta tarefa.

Ao Professor Tiago Reis, um agradecimento bastante sentido, que em todos os momentos

esteve disponível e deu claras mostras de ser um excelente colega de trabalho e também

uma excelente pessoa.

Por último, mas não menos importantes, a todos os atletas com quem tive o prazer de

trabalhar ao longo desta época desportiva, sem eles era impossível ter realizado este

estagio. Obrigado por tudo, com certeza que todas as experiencias que me

proporcionaram, pois todas elas me fizeram crescer em todos os aspetos.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda VI

RESUMO

O estágio teve inicio no dia vinte e um de setembro de 2015, no Núcleo Desportivo e

Social da Guarda (NDS), terminou no dia oito de junho de 2016, com um total de 621

horas.

Nesse dia tive uma reunião com o tutor de estágio, professor Francisco Barros, que

também é coordenador do futebol e treinador da equipa de Infantis “B” do NDS. Nessa

reunião falámos acerca da minha disponibilidade, das equipas onde me podia inserir bem

como dos dias de treino e das funções que eu iria desempenhar.

Planeámos que eu iria contribuir com os meus conhecimentos, metodologias e

experiencias vividas na área do futebol, bem como transmitir um conjunto de valores e

princípios defendidos por mim e pelo clube, de forma a contribuir para uma formação

não só futebolística, mas também humana aos nossos atletas.

Ficou acordado que desempenharia a função de treinador adjunto da equipa de Infantis

“A”, constituída por atletas de 12 e 13 anos e tudo que o processo de treino implica.

Durante o estágio a equipa participou no campeonato distrital de Infantis da Associação

de Futebol da Guarda (AFG).

A partir do dia 13 do mês de fevereiro assumi a função de treinador principal da equipa,

devido a motivos de gestão de recursos humanos da entidade acolhedora.

Palavras-Chave: Futebol, Treino de jovens, Treinador, Formação.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda VII

ABSTRACT

My internship started on September 21, 2015, at the Sports and Social Center of Guarda

(Núcleo Desportivo e Social da Guarda (NDS)), and finished on June 8, 2016, a total of

621 hours.

On that day I had a meeting with the internship tutor, professor Francisco Barros, who is

also the football coordinator and coach of the U13 “B” team at NDS. At that meeting we

also spoke about my availability, the teams where I could be included, as well as the

training schedule and my duties.

We established that I would contribute with my knowledge, methodology and experience

from the football world, as well as pass on a set of values and principles reinforced by me

and the club, in order to ensure a complete training for our athletes.

It was agreed that would play the assistant coach of the U13 team function , made up of

athletes 12 and 13 years and all the training process entails.

During the internship the team participated in the U13 district championship of Guarda’s

Football Association (Associação de Futebol da Guarda (AFG)).

From February 13 onwards, I took on the head coach duties of the team, due to human

resource management reasons of the hosting organization.

Key words: Football, Youth training, Coach, Professional development.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda VIII

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS .................................................................................................. V

RESUMO ....................................................................................................................... VI

ABSTRACT ................................................................................................................. VII

INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1

PARTE I | Caracterização e análise da entidade acolhedora. .................................... 41. Contextualização do clube .............................................................................................. 5

Estrutura Organizacional ....................................................................................................... 52.1. Recursos Humanos ................................................................................................... 6

2.1.1. Estrutura do Futebol de formação do NDS ...................................................................... 62.2. Recursos Espaciais ................................................................................................... 8

2.2.1. Campo de jogos do Zambito ............................................................................................ 82.2.2. Estádio Municipal da Guarda ........................................................................................... 9

2.3. Recursos Materiais ................................................................................................. 102.4. Recursos Logísticos ............................................................................................... 112.5. Canais de Comunicação do clube .......................................................................... 11

PARTE II | Objetivos e planeamento do estágio ........................................................ 123. Objetivos ........................................................................................................................ 13

3.1. Objetivos Gerais ..................................................................................................... 133.2. Objetivos Específicos ............................................................................................. 13

4. Calendarização .............................................................................................................. 144.1. Fases de Intervenção .............................................................................................. 144.2. Calendarização Anual das Atividades .................................................................... 144.3. Horário de estágio semanal .................................................................................... 15

PARTE III | Atividades Desenvolvidas no Estágio .................................................... 171. Atividades desenvolvidas .............................................................................................. 192. Futebol ........................................................................................................................... 203. Referências fundamentais para o ensino do futebol .................................................. 20

3.1. Condicionantes estruturais e funcionais ................................................................. 214. Etapas de Formação Desportiva .................................................................................. 24

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda IX

5. Princípios e Conteúdos do treino no escalão de Infantis ........................................... 255.1. Princípios ............................................................................................................... 265.2. Conteúdos ............................................................................................................... 26

6. Ideia de Jogo NDS ......................................................................................................... 277. Diagnóstico e caracterização da equipa ...................................................................... 288. Modelo de jogo/treino adotado ......................................... Erro! Marcador não definido.9. Microciclo/ Unidade de Treino .................................................................................... 3110. Ficha de observação pedagógica ............................................................................. 3211. Avaliação e controlo do treino ................................................................................. 3312. Preparação e análise dos jogos ................................................................................ 3413. Aplicação de teste sociométrico ............................................................................... 3514. Recolha das avaliações escolares ............................................................................. 3715. Reuniões de tutoria e coordenação com o tutor e coordenador ........................... 3816. Projeto ....................................................................................................................... 3817. Participação em Jornada, Congressos e Simpósios ............................................... 40

PARTE IV | Reflexão Final .......................................................................................... 441. Reflexão Final ................................................................................................................ 45

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 49

ANEXOS ........................................................................................................................ 50

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda X

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1. Material Infantis "A". ...................................................................................... 10

Tabela 2. Calendarização das atividades do estágio. ...................................................... 15

Tabela 3. Horário semanal de estágio. ............................................................................ 16

Tabela 4. Tarefas desenvolvidas ao longo do estágio. .................................................... 18

Tabela 5. Dados Estatísticos Relevantes. ........................................................................ 19

Tabela 6. Caracterização Infantis "A" NDS, época 2015/2016 ...................................... 29

Tabela 7. Microciclo de Treino Infantis "A" NDS, época 2015/2016. ........................... 32

Tabela 8. Resultados do questionário sociométrico. ....................................................... 36

Tabela 9. Avaliações escolares dos atletas, 1º e 2º período. ........................................... 38

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 Órgãos Sociais - Direção .................................................................................... 5

Figura 2. Órgãos Sociais - Assembleia Geral ................................................................... 6

Figura 3. Concelho Fiscal. ................................................................................................ 6

Figura 4. Estrutura Funcional do futebol. ......................................................................... 7

Figura 5. Equipa técnico-pedagógica do futebol. ............................................................. 7

Figura 6. Equipa de apoio logístico ao futebol. ................................................................ 8

Figura 7. Campo de jogos do Zambito. ............................................................................. 9

Figura 8. Estádio municipal da Guarda. .......................................................................... 10

Figura 9. Marcações regulamentares e zonas de referência relativas ao terreno de jogo no

futebol. .................................................................................................................... 22

Figura 10. Fases e princípios do Ataque e da Defesa. .................................................... 24

Figura 11. Etapas de Formação Desportiva .................................................................... 25

Figura 12. Equipa de Infantis "A" NDS época 2015/2016. ............................................ 29

Figura 13. Sistema tático 1:2:3:1. ................................................................................... 30

Figura 14. Sistema de Jogo por Linhas e Triângulos. ..................................................... 31

Figura 15. Ficha de Observação Pedagógica. ................................................................. 33

Figura 16. Ficha de preparação e análise do jogo. .......................................................... 35

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda XI

Figura 17. Rede de passes, jogo entre NDS "A" e Gaudela. .......................................... 37

Figura 18. Cartaz da Ação de Sensibilização. ................................................................. 40

Figura 19. Certificado de participação nas "XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa da

Psicologia do Desporto" .......................................................................................... 41

Figura 20. Certificado de Participação no "III Congresso de Futebol" .......................... 42

Figura 21. Certificado de participação no "V Simpósio de Futebol - formação, arbitragem

e rendimento" .......................................................................................................... 43

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 1

INTRODUÇÃO

O relatório é um documento que descreve com detalhe um trabalho técnico. No contexto

da unidade curricular (UC) de Estágio em Treino Desportivo, o relatório é escrito pelo

aluno no final do semestre como uma síntese de todo o trabalho que elaborou e em que

participou na entidade.

Vasconcelos, (2009) refere que um relatório não é uma obra artística, literária ou

biográfica, o texto deve ser conciso, claro e direto, com o mínimo de elementos

supérfluos, quer de conteúdo quer de estilo. Também não deve ser a coleção de toda a

informação recolhida ou listagem completa dos programas desenvolvidos.

Desde muito cedo que o mundo do desporto faz parte da minha vida, desde muito novo

que iniciei a minha prática desportiva no futsal e na verdade eram estas atividades que

davam maior prazer e gosto, foi também desde tenra idade que sempre quis no futuro uma

profissão ligada o desporto, passei pela fase em que queria ser profissional na modalidade

que praticava, tal como a maioria de todas as crianças e jovens, mas cedo, aos 15 anos as

lesões desportivas fizeram perceber que o meu caminho não iria ser esse. Desde essa

altura que decidi que queria mais tarde tirar uma licenciatura na área do Desporto. Os

princípios e valores inerentes ao desporto, esforço, superação competitividade, sempre

foram por mim dos mais valorizados e, a meu ver fulcrais para toda a nossa vida. Já depois

de ter concorrido e ter sido colocado no curso de Desporto no Instituto Politécnico da

Guarda (IPG), a área que sempre me fascinou foi o Treino Desportivo e foi nessa área

que me especializei.

Ao longo destes três anos de licenciatura foi com um prazer imenso que realizei todas as

UC que faziam parte do nosso plano de estudos, todas tiveram um contributo fulcral na

obtenção de conhecimentos e experiências que se vieram a tornar fundamentais no

desempenho das minhas atividades neste estágio.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 2

O estágio surge numa etapa final da licenciatura, onde o objetivo é colocarmos em prática

os conhecimentos teóricos aprendidos ao longo dos três anos de licenciatura em contexto

real de trabalho.

O clube que escolhi para realizar o meu estágio foi o NDS. Um clube que pertence à

Cidade da Guarda, e que tem como oferta desportiva a prática de futebol em todos os

escalões de formação, desde petizes até juniores. O objetivo do NDS é dar a todos os seus

atletas uma formação com qualidade e qualificada na área do futebol, mas nunca pondo

de parte a formação como homens e mulheres.

A minha escolha por este clube recaiu pelo facto de ser um clube de referência na cidade

e por ter um projeto interessante para a formação, oferecer condições a todos os níveis e

por apresentar um quadro técnico com alguns nomes que são referências no treino de

futebol na cidade, como o Professor Carlos Sacadura e o Professor Francisco Barros.

Outro fator que me atraiu para este clube foi o facto de poder ser um possível empregador,

visto necessitar de diversos treinadores, devido à larga oferta de formação que

proporciona aos jovens egitanienses.

No âmbito do estágio curricular, na área de Treino Desportivo, tive a proposta de escolher

um dos escalões e nesse sentido decidi integrar a equipa técnica da equipa de Infantis “A”

com a função de treinador adjunto.

A equipa disputou o campeonato distrital de Infantis da AFG.

O treinador principal era o Professor Tiago Reis, e juntos tínhamos a tarefa de trabalhar

com miúdos com idades entre os 12 e 13 anos de idade, todos nascidos em 2003.

A minha escolha por este escalão e por esta equipa, prendeu-se por ser um escalão onde

se joga futebol de 7, acho uma forma reduzida muito interessante e rica do futebol, em

termos daquilo que são aprendizagens técnicas e táticas. Em relação à escolha por esta

equipa, o que me motivou foi ser um desafio difícil, visto que era uma equipa constituída

por atletas que na sua maioria era o primeiro ano que praticavam futebol de forma

federada e apresentavam bastantes dificuldades, daí a minha escolha ter recaído por esta

equipa e em boa hora tomei esta decisão.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 3

Junto do tutor de estágio que me acolheu no clube e em estreita colaboração com o

coordenador de estágio, Professor Jorge Casanova, definimos objetivos do estágio, que

de forma geral, passavam por colocar em contexto real de trabalho todos os

conhecimentos teóricos apendidos ao longo dos três anos de licenciatura.

Partindo desses objetivos foram definidas as fases de intervenção pelas quais iria passar

para que realizasse o estágio com a maior distinção. Esta informação relativa aos

objetivos e fases de intervenção está pormenorizada na convenção e plano de estágio

como é possível consultar em anexo (Anexo 1).

O presente relatório está construído em quatro partes fundamentais, uma primeira parte

onde fazemos uma caracterização e análise da entidade acolhedor, na segunda parte fez-

se uma apresentação dos objetivos e do planeamento de estágio. A terceira parte passa

por uma apresentação de todas as atividades desenvolvidas no decorrer do estágio, por

ultimo na parte quatro, fez-se uma reflexão final de todo processo.

De forma geral, pretendo que o relatório seja um documento que completa um ano de

trabalho, preenchido com o maior profissionalismo de todos os intervenientes, refletindo

aquilo que foi o conhecimento, experiências vivências e amizades, de modo a fazer de

mim um melhor profissional do desporto.

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PARTE I | Caracterização e análise da entidade

acolhedora.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 5

Nesta parte do meu relatório, vou fazer uma contextualização do clube em nos diferentes

níveis, quer organizacional, falando sobre os órgãos sociais, passando pelos recursos,

humanos, espaciais, materiais, logísticos e ainda pelas vias de comunicação do clube.

1. Contextualização do clube

O clube o qual eu estou a realizar o meu estágio é o Núcleo Desportivo e Social da Guarda

(NDS), clube que tem uma vertente social como o seu próprio nome nos menciona, mas

também uma vertente desportiva e é nesse contexto que se realiza o meu estágio.

Deste modo a modalidade em que estou a estagiar é futebol de 7 no escalão Infantis nas

equipa de “A”.

O NDS foi fundado no dia 27 de Julho do ano de 1982, atualmente está sediado no Centro

Cultural e Social de São Miguel – 2o Piso Ava Da Igreja 6300 Guarda.

Estrutura Organizacional

Em termos de estrutura organizacional o NDS tem como órgãos sociais uma direção

(Figura 1), assembleia geral (Figura 2) e um concelho fiscal (Figura 3), como podemos

verificar nas ilustrações que se seguem.

Figura 1 Órgãos Sociais - Direção

DIREÇÃO

1º Vogal(José

Monteiro)

Tesoureiro(ManuelPrata)

Vice-presidente(EduardoAmaro)

Presidente(FaustoTavares

Vice-presidente

(AbílioCapelo)

Secretário(PauloPoço)

2ºVogal(JorgePatrício)

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2.1. Recursos Humanos

2.1.1. Estrutura do Futebol de formação do NDS

Atualmente o NDS tem uma estrutura direcionada ao futebol de formação (Figura 4) o

intuito de melhorar a oferta de condições de trabalho e de oportunidade de prática aos

seus atletas, para isso existe uma estrutura que funciona com uma enorme cooperação

entre a direção, equipa técnico-pedagógica (Figura 5) e equipa de apoio logístico ao

futebol (Figura 6).

ASSEMBLEIAGERAL

1ºSecretário(JoãoPrata)

Presidente(JorgeAntunes)

2ºSecretário(JoséLameiras)

CONCELHOFISCAL

Vogal(JorgeValente)

Presidente(AntónioBarbosa)

Vogal(VictorDias)

Figura 2. Órgãos Sociais - Assembleia Geral

Figura 3. Concelho Fiscal.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 7

Figura 4. Estrutura Funcional do futebol.

Figura 5. Equipa técnico-pedagógica do futebol.

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2.2. Recursos Espaciais

A equipa de Infantis “A” do NDS utiliza como espaços de treino o campo de futebol do

Zambito e o Estádio Municipal da Guarda, como temos três treinos semanais, treinamos

à segunda-feira no Zambito e os restantes treinos, quarta e sexta feira os treinos são no

Estádio Municipal.

Relativamente aos jogos na situação de equipa visitada os jogos são realizados no campo

do Zambito, ocasionalmente por motivos de incompatibilidade de ocupação do espaço os

jogos poderão ser no estádio.

2.2.1. Campo de jogos do Zambito

O Campo de Jogos do Zambito (Figura 7) é uma instalação desportiva de ar livre,

classificada como campo de grandes jogos. Passou por um processo de requalificação

onde os balneários foram remodelados e foi-lhe aplicado um piso sintético, as obras foram

inauguradas no dia 27 de Novembro de 2014.

O campo atualmente tem piso sintético e tem um conjunto de 4 balneários devidamente

equipados.

Figura 6. Equipa de apoio logístico ao futebol.

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Relatório de Estágio | Gonçalo Celestino | 2016

Licenciatura em Desporto | Instituto Politécnico da Guarda 9

A nossa equipa utiliza o campo do Zambito todas as segundas-feiras entre as 18:00h e as

19:15h, horário do nosso treino.

2.2.2. Estádio Municipal da Guarda

O Estádio Municipal da Guarda (Figura 8) é uma instalação desportiva de ar livre,

classificada como estádio, visto ter um campo de grandes jogos e uma pista de atletismo

devidamente acreditada. Tem um piso relvado com as medidas oficiais (100mX64m), tem

iluminação artificial com bancadas, sendo uma delas coberta, perfazendo um total de

10000 lugares.

A nossa equipa utiliza o Estádio todas as quartas e sextas-feiras entre as 18:00h e as

19:15h, horário do nosso treino.

Figura 7. Campo de jogos do Zambito.

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2.3. Recursos Materiais

Nos recursos materiais (Tabela 1) identificamos todo o material que temos disponível

para utilização nas unidades de treino, desde bolas, coletes, sinalizadores, bases e escadas

de coordenação.

Figura 8. Estádio municipal da Guarda.

Fonte: http://www.afguarda.pt/fotos/noticias/HPIM0710.JPG

Material Quantidade

- 10 bolas

- 2 escadas de coordenação

- 20 bases

sinalizadoras

- 20 sinalizadores

- 14 coletes (2 conjuntos de 7)

Tabela 1. Material Infantis "A".

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O material que temos disponível para treinar está em boas condições e apesar de ser

aquele que é possível termos achamos que é o suficiente e adequado para a nossa equipa.

2.4. Recursos Logísticos

O NDS tem como recursos logísticos um autocarro e uma carrinha que faz o transporte

dos atletas para o treino, relativamente ao transporte dos atletas para os jogos em casa é

feito pelos pais dos atletas, e nos jogos fora o transporte dos atletas é feito através de um

autocarro da Câmara Municipal da Guarda.

2.5. Canais de Comunicação do clube

O NDS Guarda tem como canal de comunicação do departamento de futebol uma página

na rede social Facebook, (https://www.facebook.com/FutebolNDS/photos_stream), nesta

página podemos encontrar contactos, informações relativamente aos horários dos treinos

e dos transportes para todos os escalões, bem como calendários dos jogos, estão também

disponíveis, algumas fotos.

Esta parte do relatório ajudou a a perceber o contexto do clube em diversos níveis, desde

as suas ideologias, organização e a nível de recursos e vias de comunicação.

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PARTE II | Objetivos e planeamento do estágio

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Nesta parte apresentei os objetivos gerais e específicos que estabeleci com o meu tutor

de estágio e com o meu coordenador. Os objetivos foram construídos com o intuito de

oferecerem o máximo de oportunidades possíveis de forma a enriquecer a minha

formação, sempre de encontro aquilo que são as ideias, filosofias e capacidades do clube.

3. Objetivos

3.1. Objetivos Gerais

I. Caracterizar a instituição de estágio;

II. Adquirir, atualizar e desenvolver competências de conhecimento nos domínios da

investigação, do conhecimento científico, técnico e pedagógico;

III. Aprofundar competências que me habilitem para uma futura intervenção

profissional qualificada;

IV. Refletir criticamente sobre a intervenção profissional e reajustar procedimentos

sempre que necessário;

V. Assumir uma atitude de compromisso, assiduidade e pontualidade para com o

estágio e seus intervenientes.

3.2. Objetivos Específicos

I. Diagnosticar e caracterizar o clube em termos da sua cultura, estrutura, recursos,

funcionamento e canais de comunicação;

II. Monitorizar o desenvolvimento dos atletas ao longo da época desportiva através

de uma caracterização do perfil morfológico, funcional e técnico dos atletas;

III. Analisar os resultados escolares dos atletas da minha equipa;

IV. Observar e analisar o desempenho desportivo da equipa;

V. Realizar e/ou colaborar na elaboração e operacionalização dos microciclos e

unidades de treino;

VI. Colaborar na organização de atividade promotoras da prática de atividade física e

captação de novos praticantes.

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VII. Assessorar tarefas de logística da equipa.

4. Calendarização

4.1. Fases de Intervenção

No estágio curricular temos diversas e diferentes fases de intervenção, apresentação,

observação, intervenção supervisionada e intervenção autónoma, tal como refere o GFUC

2015/2016 do IPG

I. Apresentação – dia 21 de Setembro de 2015, foi o meu primeiro contacto com a

equipa e com o treinador do qual eu iria ser adjunto.

II. Observação – de dia 22 de Setembro a 27 de Setembro, nesta fase observei os

treinos, a intervenção dos treinadores e nalgumas fases dos treinos fui ajudando

nalguns exercícios, quer tirando dúvidas a alguns atletas, quer na organização do

exercício.

III. Intervenção Supervisionada – de dia 28 de Setembro a 12 de Fevereiro de 2016,

nesta fase apesar da intervenção ser supervisionada, visto que estava sempre o

treinador principal presente no treino, tive bastante autonomia e tinha bastante

liberdade para dar a minha opinião e orientei sempre exercícios e partes do treino

completas.

IV. Intervenção Autónoma – de 13 de Fevereiro a 8 de Junho, nesta fase assumi o

comando da equipa sozinho, o treinador principal teve se ir treinar a equipa “B”

do escalão de iniciados e após conversa com o meu tutor e coordenador do clube,

decidi aceitar o desafio e em boa hora o fiz porque foi uma experiência muito

enriquecedora e gratificante.

4.2. Calendarização Anual das Atividades

No inicio do meu estágio, mais concretamente na elaboração do plano individual de

estágio, em conjunto com o meu tutor de estágio, tivemos de elaborar uma calendarização

anual das atividades (Tabela 2), onde se englobam as fases de intervenção, os microciclos,

as unidades de treino, jogos amigáveis, jogos oficiais e ainda os períodos de férias.

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Contudo esta calendarização foi sofrendo alterações ao longo da época devido a diversas

condicionantes, até chegar ao fim do estágio, como apresento na próxima figura.

4.3. Horário de estágio semanal

O horário semanal de atividades do estágio (Tabela 3) é composto por três treinos por

semana e um jogo ao fim de semana, que no nosso caso foi sempre ao domingo.

As equipas de infantis treinavam 3 vezes por semana, um treino em campo de piso

sintético e os outros dois treinos em relvado natural.

Tabela 2. Calendarização das atividades do estágio.

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Nesta parte foram estabelecidos os objetivos, gerais e específicos, apresentámos a

calendarização de todas as atividades do estágio bem como o horário semanal.

Tabela 3. Horário semanal de estágio.

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PARTE III | Atividades Desenvolvidas no Estágio

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Nesta parte do relatório, o meu objetivo é expor de forma clara e fundamentada todas as

atividades que desenvolvi e/ou colaborei no decorrer da época desportiva 2015/2016

(Tabela 4).

Apresento também alguns dados estatísticos pertinentes referentes à minha atividade

enquanto treinador (Tabela 5).

Tabela 4. Tarefas desenvolvidas ao longo do estágio.

Tarefas desenvolvidas ao longo do estágio

1. Diagnóstico e caracterização da equipa 2. Modelo de jogo/ treino adotado 3. Microciclo e Unidade de Treino

4. Ficha de Observação Pedagógica 5. Avaliação e Controlo de treino 6. Preparação e Análise dos Jogos

7. Aplicação e Análise de Testes Sociométricos 8. Recolha das Avaliações Escolares

9. Reuniões de tutoria e coordenação com o tutor e coordenador.

10. Realização do Projeto Final de Estágio "A Importância do Treino para uma Carreira Desportiva de Sucesso"

11. Participação em Diversos Congressos e Formações nas Áreas do Desporto e do Treino de Futebol

XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto

III Congresso de Futebol UTAD V Simpósio de Futebol, Arbitragem e Rendimento

I Congresso de Futebol, "O Treino do futebolista, um espaço de confluência entre a ciência e a prática

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Tabela 5. Dados Estatísticos Relevantes.

A Tabela 5 é uma breve síntese daquilo que foi a minha intervenção em termos de número

de treinos e de jogos, saliento que aproximadamente 50% dos treinos e jogos tive uma

intervenção autónoma, tendo a total responsabilidade das decisões para a equipa.

1. Atividades desenvolvidas

No decorrer desta época desportiva tive a oportunidade de escolher o escalão etário com

quem queria trabalhar, escolhi jovens atletas com idades de doze e treze anos, onde todos

tinham algo em comum, querer aprender futebol.

No planeamento do estágio comprometi-me a realizar um conjunto diversificado de

tarefas das diferentes áreas do treino.

No decorrer do estágio tivemos sempre de cumprir com obrigações pré-definidas pelo

guia de funcionamento da unidade curricular (GFUC), onde procedamos ao processo de

apresentação e integração no clube, onde realizámos algumas reuniões, decisão da

equipa técnica da qual iria fazer parte e definimos os objetivos para o estágio, bem como

a posterior elaboração do plano individual de estágio.

Na segunda fase, denominada fase de intervenção, todas as tarefas realizadas foram de

encontro com aquilo que eram as obrigações de um estagiário em Treino Desportivo na

modalidade do futebol, e como tinha comprometido no plano individual de estágio.

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2. Futebol

O futebol pertence a um gruo de modalidades com características comuns, habitualmente

designadas por jogos desportivos coletivos (JDC).

Sem diminuir a importância das restantes características, é a relação de oposição entre os

elementos das duas equipas em confronto e a relação de cooperação entre os elementos

da mesma equipa, ocorridas num contexto aleatório, que traduzem a essência dos JDC,

razão pela qual Gréhaign & Guillon (1992, citado por Garganta & Pinto 1995) os

classificam de jogos de oposição.

Esta permanente relação de sinal contrário, entre equipas em confronto, impõe mudanças

alternadas de comportamentos e atitudes, de acordo com o objetivo do jogo (o golo) e

com as finalidades de cada fase ou situação (ataque ou defesa). Compete aos jogadores

de ambas as equipas, individualmente, assumir comportamentos que induzam o

aparecimento de situações favoráveis conducentes à concretização dos objetivos, na

observação das regras do jogo.

No ensino do futebol, para além de se dever considerar as características e princípios

comuns a outros JDC, importa sobretudo atender à especificidade deste jogo.

(Gréhaingne, 1992, citado por Garganta & Pinto 1995)

O futebol, como podemos entender é uma modalidade de constante oposição com o

adversário, mas ao mesmo tempo onde estabelecemos relações e cooperação com a bola

e com os nossos companheiros de equipa, deste modo, a nossa ideia primordial no NDS

passa por transmitir esta mensagem aos atletas.

3. Referências fundamentais para o ensino do futebol

Para se poder treinar e ensinar Futebol, é importante que tenhamos referencias cientificas

e autores, os quais nos dão a informação necessária para daí construirmos a nossa ideia

de jogo, tendo em conta sempre os jogadores que temos e a ideologia do clube.

No tocante à definição de referenciais para o ensino dos JDC, parece-nos pertinente por

um lado clarificar os pontos de contacto entre as modalidades que integram este grupo de

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desportos, denominado jogos desportivos coletivos, e por outro circunscrever e clarificar

as características específicas de cada um deles, evidenciando a sua identidade.

3.1. Condicionantes estruturais e funcionais

Se, no plano estrutural, comparamos o Futebol com outros dos designados grandes jogos

desportivos coletivos (andebol, basquetebol e voleibol), constatamos algumas diferenças

extensivas ao plano funcional, que nos permitem retirar ilações importantes para a

orientação do processo de ensino/treino deste jogo:

• Dimensão do terreno de jogo e número de jogadores

Quanto maior for o espaço do jogo mais elevada terá de ser a capacidade para o cobrir

(mental e fisicamente).

(Bauer & Ueberle, 1998; Gréhaigne, 1992, citado por Garganta & Pinto)

• Duração do jogo

Pela extensão da duração do jogo e pela diversidade de ações que este encerra, o jogador

deve estar capacitado para, mental e fisicamente, responder eficazmente às inúmeras

situações, agindo rápida, repetida e coordenadamente.

(Bauer & Ueberle, 1998; Gréhaigne, 1992, citado por Garganta & Pinto)

• Controlo da bola

Futebol, Andebol e o Basquetebol, são jogos de invasão do território adversário e de

circulação de bola, em que existe luta direta pela posse do móbil do jogo (bola).

• Frequência das concretizações

É muito mais elevada no Andebol, no Basquetebol e no Voleibol do que no Futebol.

• Colocação dos alvos

No Futebol, a colocação dos alvos (balizas) na vertical faz “variar” a sua largura aparente,

em função da posição em que estão a ser visualizados pelo jogador.

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(Gréhaingne, 1992, citado por Garganta & Pinto)

• Terreno de jogo

Efetivamente, uma das referências fundamentais para o ensino/aprendizagem do Futebol

é o terreno ou campo de jogo. As suas marcações conferem ao jogo uma lógica própria

da qual decorrem configurações particulares que coincidem e são condicionadas pelos

comportamentos e atitudes dos jogadores.

Para além das marcações regulamentares, assinaladas no terreno de jogo, existem outras

que delimitam áreas ou zonas que se constituem como referências importantes para que

os jogadores nas diferentes fases (ataque e defesa), respondam aos imperativos do jogo,

respeitando os princípios ofensivos e defensivos, como podemos verificar na Figura 9.

• Princípios de jogo

Figura 9. Marcações regulamentares e zonas de referência relativas ao terreno de jogo no futebol.

Fonte: “O Ensino dos Jogos Desportivos Coletivos”

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Os princípios a cumprir durante as fases de ataque e defesa (Figura 10), que ocorrem

durante o jogo, são também referenciais muito importantes para o ensino/aprendizagem

do Futebol. Da sua mais ou menos ajustada aplicação decorrem respetivamente a maior

ou menos qualidade do jogo praticado.

Os princípios gerais refletem uma preocupação que se pode resumir do seguinte modo:

nas zonas de disputa da bola, relativamente ao efetivo de jogadores, deve procurar criar-

se situações de superioridade numérica, evitar as situações de igualde numérica e

sobretudo rejeitar as de inferioridade numérica

Os princípios específicos representam, conforme foi já referido, um conjunto de regras

que devem coordenar as ações dos jogadores. Conforme podemos constatar na figura 8,

a cada um dos 4 princípios específicos do ataque (penetração, cobertura ofensiva,

mobilidade e espaço) correspondem outros tantos da defesa (contenção, cobertura

defensiva, equilíbrio e concentração) e vice –versa.

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4. Etapas de Formação Desportiva

Quando estamos a trabalhar com crianças e jovens é muito importante que tenhamos

conhecimento acerca das etapas de formação desportiva e humanos sensíveis do

desenvolvimento humano (Figura 11). Uma criança não pode treinar como um adulto.

Renunciando a um processo de treino similar ao do treino de alto rendimento, totalmente

planeado e periodizado com vista à obtenção de elevadas performances nos momentos

competitivos, o treino de jovens deve ser entendido como um processo de intervenção

Figura 10. Fases e princípios do Ataque e da Defesa.

Fonte: Queiroz, (1983)

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com objetivos próprios em cada momento da sua vida. Assim, o trabalho a realizar terá

de ter em conta a idade dos atletas (cronológica e biológica), a complexidade dos

conteúdos e a progressão dos gestos técnicos e princípios da modalidade. Só assim será

possível atingir resultados a longo prazo se o mesmo for assente em etapas previamente

consolidadas.

(adaptado de Magalhães e Nascimento, 2010)

Figura 11. Etapas de Formação Desportiva

Fonte: “Aprenda a Jogar Futebol, um Caminho para o Sucesso”

5. Princípios e Conteúdos do treino no escalão de Infantis

Quando se trata de escalões competitivos de formação, temos de ter muito cuidado com

aquilo que vamos treinar, os princípios e conteúdos aplicados tem de ser adequados ao

escalão, respeitando as fazes e períodos de desenvolvimento do ser humano.

“A parte mais difícil e ao mesmo tempo aquela que constitui a maior desafio para o

treinado, é a capacidade de fazer chegar aos jovens aquilo que é preciso ensinar-lhes,

ganhar o seu respeito e fazer com que eles se sintam satisfeitos a fazer com que eles se

sintam satisfeitos por terem sido treinados por si”.

(Frank Smoll, citado por Magalhães e Nascimento, 2010)

Com base nas mais expressivas referências a nível de treino, o Coordenador Técnico do

NDS, Prof. Francisco Barros, criou um Documento Orientador “Revoluciona o teu Jogo”,

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para todos os treinadores do NDS, onde está explicita a ideia e modelo de jogo do clube,

bem como os princípios e conteúdos a serem trabalhados por cada escalão ao longo da

época desportiva.

5.1. Princípios

Para a época desportiva 2015/2016, o NDS assumiu para o escalão de Infantis os

seguintes princípios de reino:

• lateralidade para desenvolver o lado não dominante, aperfeiçoamento e

potencialização do lado dominante;

• Exercícios cuja complexidade seja progressiva (quer pela introdução de ações

técnico-táticas mais complexas, quer pela relação espaço/número);

• Predomínio absoluto dos exercícios com dominante técnico-tática em regime de

capacidades físicas coordenativas e condicionais (velocidade e flexibilidade);

• Trabalho com grupos pequenos (número reduzido de atletas por exercícios) em

espaços largos;

• Intensidade dos exercícios com aumento progressivo;

• A densidade da carga dos exercícios deverá corresponder à especificidade da

modalidade;

• A noção de jogo com espaço e reação jogador/espaço deve ser alvo de intervenção

por parte do treinador;

• Utilização da análise do jogo como instrumento de intervenção técnico-

pedagógico na formação dos atletas.

(Documento Orientador, “Revoluciona o teu jogo”, 2015)

5.2. Conteúdos

Apresentamos a percentagem de tempo efetivos de treino que deve ser tomada como

referência para o treino das equipas do escalão de Infantis do NDS para a época

2015/2016.

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Ø 40% do tempo efetivo de treino

• As capacidades coordenativas e condicionais, bem como a sequenciação deve ser

estimulada, desenvolvida e incentivada;

• Ações técnico-táticas individuais ofensivas e defensivas (passe curto, passe, passe

longo, passe para o espaço, receção e controlo da bola, receção orientada, receção

em movimento, condução de bola, remate, drible, técnica de cruzamento, jogo de

cabeça. Desmarcação, marcação, dobras, contenção, desarme, cobertura ofensiva

e defensiva, proteção de bola e técnica de guarda redes).

Ø 35% do tempo efetivo de treino

• Ações coletivas elementares, para a construção da noção de centro de jogo,

princípios de jogo.

Ø 25% do tempo efetivo de treino

• Estrutura, organização, noção de equipa e esquemas táticos (construção e

operacionalização do modelo de jogo para o futebol de 7).

(Documento Orientador, “Revoluciona o teu jogo”, 2015)

6. Ideia de Jogo NDS

As equipas do NDS devem evidenciar um comportamento, em todos os momentos

competitivos, que lhe conferem uma identidade, e que nós definimos como características

gerais da equipa: Adotar uma atitude competitiva agressiva permanente; Máxima

concentração; Racional ocupação dos espaços; Grande articulação entre todos os

sectores; Movimentação em bloco (todos atacam e todos defendem); Capacidade para

provocar e aproveitar os erros do adversário; Capacidade para alternar ritmos de jogo;

Equipa muito compacta a defender com sectores juntos.

A ideia de jogo deverá ser adaptada à realidade de cada um dos escalões de formação do

NDS, permitindo que haja um trabalho transversal e se comesse a uniformizar os

processos em todos os escalões. No futuro será muito mais fácil partindo da ideia de jogo

operacionalizar o modelo de jogo do ND.

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A ideia de jogo está dividida em cinco momentos do jogo: Organização Ofensiva;

Transição Ataque-Defesa; Organização Defensiva; Transição Defesa-Ataque; Esquemas

táticos.

7. Diagnóstico e caracterização da equipa

Uma das tarefas a que propôs no estágio, foi realizar a caracterização da equipa, bem

como realizar testes antropométricos, para isso realizei medições de peso, altura,

perímetro femoral e geminal e calculei o índice de massa corporal (IMC) (tabela 4).

Analisámos também o quartil de nascimento de cada atleta e os anos de prática federada

na modalidade (tabela 4), visto que, reconhecemos que estes parâmetros são fundamentais

para caracterizar a equipa.

Segundo (Magalhães & Nascimento, 2010), nesta etapa a maioria destes jovens

encontram-se no chamado período pré-pubertário, onde se verifica, ao nível do

desenvolvimento motor:

• Um crescimento harmonioso (estatura e peso);

• As estruturas ligamentares tornam-se mais firmes, mas as extremidades ósseas

matém.se em crescimento;

• Verifica-se um novo aumento dos níveis de força, ainda em resultado do

crescimento e melhoria da coordenação motora e de outras adaptações neurais;

• Boa predisposição para o desenvolvimento da força explosiva e da força

resistência;

• O desenvolvimento das grandes funções orgânicas (em particular do sistema

cardiorrespiratório), que leva a um aumento da resistência em geral ao esforço, e

da predisposição (época ideal) para o desenvolvimento da resistência aeróbia

(capacidade e, posteriormente, da potência);

• Um aumento do volume muscular, logo da força, no entanto esta não acompanha

ainda o grau de crescimento e de desenvolvimento em geral;

• Condições ótimas para o desenvolvimento da velocidade de reação e da

velocidade de execução (acíclica);

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• Excelente fase para o desenvolvimento das capacidades coordenativas;

• Boa predisposição para o treino da flexibilidade;

• O gosto pelo movimento, pelo jogo e pelas atividades físicas.

Como já tivemos oportunidade de verificar, o desenvolvimento biológico não é similar

em todas as crianças/jovens, possuindo cada um o seu próprio ritmo de desenvolvimento.

Figura 12. Equipa de Infantis "A" NDS época 2015/2016.

Tabela 6. Caracterização Infantis "A" NDS, época 2015/2016

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8. Sistema Tático

Segundo Garganta (2000), sem qualquer tipo de reticência, e indo ao encontro das teorias

contemporâneas, acreditamos que no processo de ensino-aprendizagem do futebol através

do jogo, ao seja baseado na aprendizagem de ações semelhantes às executadas no jogo,

permitindo aos jogadores desenvolver competências que transcendem a execução

(técnica) propriamente dita e se centrem na assimilação de regras de ação e princípios de

gestão do jogo (modelo de jogo).

Deste modo e tendo sempre cm conta a ideia de jogo do clube, nós acreditamos que o

melhor para o desenvolvimento dos nossos atletas devemos partir para um modelo de

treino onde se trabalhe muito à base de formas jogadas reduzidas onde se potencie às

máximas situações semelhantes às que lhes são impostas no jogo.

Tendo em consideração todos os aspetos referidos anteriormente, é também no nosso

ponto de vista, muito importantes a escolha do sistema tático, e mais uma vez partindo da

literatura e de acordo com a ideia de jogo do clube, acreditamos que o sistema de jogo

indicado para a nossa equipa é o “1:2:3:1, como podemos ver nas figuras 13 e 14.

Figura 13. Sistema tático 1:2:3:1.

Fonte: “Aprender a Jogar Futebol, um Caminho para o Sucesso”

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9. Microciclo/ Unidade de Treino

O microciclo de treino, pretende-se que seja a programação semanal das nossas sessões

de treino, onde damos trabalhamos o nosso modelo de jogo, sempre com o intuito do

desenvolvimento dos nossos atletas, pretendemos também preparar os atletas fisicamente,

psicologicamente e técnico-teticamente para o próximo jogo.

Mourinho (2001), diz-nos que “Programar é definir e determinar um conjunto de

conteúdos e estratégias de ação que perspetivem e estruturem todo um processo de

trabalho, que vise o treino nas suas diversas dimensões e a competição".

Como podemos também visualizar na tabela 7.

Figura 14. Sistema de Jogo por Linhas e Triângulos.

Fonte: “Aprender a Jogar Futebol, um Caminho para o Sucesso”

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Tabela 7. Microciclo de Treino Infantis "A" NDS, época 2015/2016.

Relativamente à nossa unidade de treino, é constituída por uma parte de aquecimento

onde se realizam exercícios básicos de futebol, como por exemplo passes e receções

orientadas, a parte fundamental e retorno à calma, o treino tem a duração de 75 minutos,

em que os primeiros 15 são dedicados ao aquecimento, a parte fundamental do treino

ocupa cerca de 45 minutos do tempo total de treino e o retorno a calma 10 a 15 minutos.

O modelo que nos utilizámos para o microciclo e para a unidade de treino (disponível nos

anexos) foi predefinido pelo clube e todas as equipas técnicas do escalão de infantis

utilizam o mesmo modelo, uma vez que o mesmo treino é aplicado às quatro equipas e o

microciclo semanal é construído em conjunto entre todos os treinadores das quatro

equipas, no entanto, cada equipa técnica tem a liberdade para ajustar o microciclo e as

unidades de treino de acordo com as necessidades do seu grupo.

10. Ficha de observação pedagógica

Faz parte do GFUC realizar observações, optei por realizar observações pedagógicas aos

treinadores que treinavam na mesma hora e no mesmo espaço que a minha equipa, como

a minha função era treinador adjunto, consegui esse tempo, e nos dois primeiros messes

de estágio observei todos os treinadores, oito no total.

Segundo Brito (1998), observar é olhar com atenção, examinar para estudo e observador

é quele que segue com atenção, que observa fenómenos, os acontecimentos. A noção ou

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conceito de observação vai desde o simples olhar e vês o que se passa aqui, até ao rigoroso

estudo sistemático de comportamentos e situações, apoiado em técnicas treinadas e meios

sofisticados.

A ficha de observação pedagógica (Figura 15) e (Anexo 5) que utilizei foi construída

através da observação de várias fichas construídas por outros autores.

A Ficha tinha vários parâmetros a observar, início, plano e domínio do treino, gestão e

organização do treino, comunicação, instrução, clima e fim do treino, esta ficha tem um

caracter apenas de observação e uma análise feita por mim, não serve para qualquer tipo

de avaliação.

11. Avaliação e controlo do treino

No processo de avaliação e controlo de treino, realizamos testes de avaliação

antropométrica, onde medimos peso, altura, perímetros geminal e femoral, calculámos

também o IMC dos atletas.

Figura 15. Ficha de Observação Pedagógica.

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Estas medições foram feitas em dois momentos distintos, no inicio da época e numa fase

mais adiantada da época, mês de abril.

Sabemos que estes testes podem não ser os mais adequados e os que nos dão as melhores

informações, mas constrangimentos de tempo e de fala de algum material especifico, foi-

nos impossível enriquecer este aspeto.

Contudo, podemos afirmar que em termos médios registaram-se diferenças positivas.

12. Preparação e análise dos jogos

Desde o início da competição, que antes de todos os jogos realizámos uma ficha de

preparação e análise do jogo (Figura 16) e (Anexo 6), eu tinha a função de recolher

alguma informação do adversário, local onde iriamos jogar, tipo de terreno de jogo, tal

como o estado climatérico previsto, dessa ficha fazia parte também as palavras que

deveria passar à equipa na palestra antes do jogo (esta parte da preparação só comecei a

realizar na fase de intervenção autónoma, onde era eu o treinador principal), numa

segunda parte da ficha, vinha a informação relativa ao durante e pós jogo, no durante o

jogo, sinalizávamos as substituições, o tempo de jogo de cada jogador, os marcadores e

as assistências, relativamente ao pós jogo fazíamos uma reflexo acerca daquilo que foi o

desempenho da nossa equipa, realizávamos também uma avaliação individual de 0 a 10,

bem como um comentário aquilo que foi o desempenho de cada um dos atletas. Esta

análise não era transmitida aos jogadores, exceto em duas ocasiões em que filmamos o

jogo, realizamos uma observação acerca de alguns aspetos que lhes queríamos chamar

atenção e mostrámos um vídeo no treino seguinte.

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Figura 16. Ficha de preparação e análise do jogo.

13. Aplicação de teste sociométrico

Como nos propusemos nos objetivos, realizamos algumas atividades pertinentes para

avaliarmos o estado de coesão de grupo e também para tirarmos algumas duvidas que só

com a aplicação de um sociograma são possíveis de aferir.

O sociograma é constituído por um conjunto de cinco questões, a primeira pedia aos

atletas para indicar quem são os colegas de equipa com os quais tinham melhor relação,

numa sequencia de 1 a 3 por ordem de preferência, a segunda questão pedia para indicar

quais são os atletas da equipa com quem se relacionavam menos bem ou de quem estavam

mais distantes, a terceira questão pedia para indicarem qual o colega que na opinião deles

tinha o perfil de líder, na quarta e quinta questões pedia-se que indicassem os 3 colegas

de equipa que levavam à sua festa de aniversário e os que não levavam.

Os resultados da tabela 8, de uma forma geral eram esperados, mediante aquilo que nos

íamos apercebendo nos treinos.

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Nota-se atletas mais vezes escolhidos pelos colegas são aqueles que estão a mais tempo

no clube, que tem maior número de presenças nos treinos e que de uma forma geral tem

mais influencia no nosso jogo.

Por outro lado, os menos escolhidos, ou escolhidos negativamente, são os que tem menos

tempo de clube, tem mais faltas aos treinos e, salvo alguma exceção são atletas com

maiores dificuldades.

No decorrer da aplicação do sociograma, achámos pertinente e interessante analisar as

redes naquilo que eram os passes feitos num jogo, para isso filmamos o jogo e de seguida

com recurso ao programa informático Socnetv, realizámos um gráfico de redes de passes

(figura 17), os resultados aqui foram de encontro aquilo que já tínhamos notado no teste

sociométrico, os jogadores mais populares também são aqueles a quem passam mais bola

e que são escolhidos com melhor perfil de líder, mais uma vez se regista que esses

jogadores são os mais dotados e que tem mais influencia no nosso jogo

Tabela 8. Resultados do questionário sociométrico.

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14. Recolha das avaliações escolares

O NDS como é uma instituição que para além do futebol, tem também uma

responsabilidade social, preocupasse com a vida escolar dos seus atletas.

Um dos nossos objetivos específicos passava por analisar os resultados escolares dos

atletas, assim sendo, recolhemos as avaliações do primeiro e segundo período, após

recolhe das avaliações do primeiro período reparámos que existiam alguns atletas com

algumas negativas e com alguma dificuldade, com os quais tivemos uma conversa e nos

disponibilizámos para ajuda, ate mesmo de algumas explicações caso necessitassem. As

avaliações do segundo período de forma geral, mostraram uma melhoria de todos, salvo

raras exceções.

Reparámos ao longo da época que a justificação mais utilizada para a falta aos treinos era

o motivo de terem que estudar, de tal forma que decidimos analisar se havia alguma

tendência para os atletas que faltavam mais terem melhor aproveitamento escolar,

tendência essa que não registamos, pelo contrário alguns dos atletas com melhor

aproveitamento até eram os que registavam melhores índices de assiduidade ou que o

Figura 17. Rede de passes, jogo entre NDS "A" e Gaudela.

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motivo da falta ao treino não era o de “ter que estudar”. Podemos visualizar todos os

resultados na seguinte tabela.

15. Reuniões de tutoria e coordenação com o tutor e coordenador

Ao longo do estágio foram realizadas seis reuniões com o tutor de estágio, onde se falava

sobre o estágio em geral e acerca do desempenho e desenvolvimento da equipa, participei

também em diversas reuniões de quadro técnico, onde se falava da situação atual de todas

as equipas e se adotavam por estratégias para melhorar ou corrigir comportamentos.

Realizámos também sete reuniões com o coordenador onde fomos falando de todas as

situações inerentes ao estágio, tal como orientação do plano individual, dossier e relatório

de estágio.

16. Projeto

Uma das indicações dadas pelo GFUC do estágio em treino desportivo, passava pela

promoção da prática da atividade física e pela captação de novos praticantes, deste modo,

na elaboração dos meus objetivos de estágio, um deles passava por colaborar na

Tabela 9. Avaliações escolares dos atletas, 1º e 2º período.

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organização de atividades promotoras da prática de atividade física e da captação de

novos praticantes.

Posto isto, e tendo em consideração as dificuldades que de forma geral afetavam o meu

trabalho enquanto treinador e alguns dos os meus colegas das outras equipas do NDS,

depois de uma conversa com o meu tutor de estágio e com o meu coordenador, Professor

Jorge Casanova, decidi realizar uma Ação de Sensibilização destinada a pais e atletas,

onde se falava acerca da “Importância do Treino para uma Carreira de Sucesso”.

Após estabelecer contactos com os convidados para fazerem as preleções, de contactar a

Associação Académica da Guarda (AAG), para nos cederem o auditório e de

conseguirmos uma data conveniente a todos os intervenientes, realizamos a atividade e

foi um sucesso.

A sessão contou com duas comunicações, como é possível visualizar na Figura 18, a

primeira foi feita pelo Professor e Coordenador do NDS Francisco Barros com o tema

“Caracterização da assiduidade da época desportiva 15/16”, a segunda comunicação foi

realizada pelo Mestre Hugo Ferreira e tratava “O Exercício como Meio Fundamental na

Preparação Desportiva a Longo Prazo”, gostaria de salientar que o contacto do Mestre

Hugo Ferreira foi-me facultado e aconselhado pelo professor Pedro Esteves, após uma

conversa acerca do projeto.

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17. Participação em Jornada, Congressos e Simpósios

No GFUC desta UC, está bem claro que o aluno estagiário deve participar em formações

de carater prático ou cientifico de modo a aprofundarem, atualizarem e aprenderam novos

conhecimentos.

Posto isto, no decorrer do estágio participei em diversas atividades deste âmbito.

No IPG participei nas “Jornadas da Sociedade Portuguesa da Psicologia do Desporto”

(Figura 19), atividade que reconheço grande importância na área da Psicologia, disciplina

muito importante para um melhor desempenho do treinador. Participei também no “I

Congresso de Futebol”, área na qual se realiza este estágio, e posso dizer que todas as

comunicações foram uma mais valia para mim e para qualquer treinador, de salientar a

qualidade da organização e o vasto e recheado leque de preletores.

Figura 18. Cartaz da Ação de Sensibilização.

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Ainda ao longo deste ano participei no “III Congresso de Futebol” (Figura 20) organizado

pela Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), onde também reconheço

que foi uma grande mais valia para o meu enriquecimento de conhecimentos.

Estive ainda presente no “III Simpósio de Futebol – Formação, Arbitragem e

Rendimento” (Figura 21) que se realizou no Instituto Politécnico de Viseu (IPV), este foi

também mais um momento que aproveitei para ouvir referencias na área do treino e do

desporto e adquirir novos conhecimentos e experiências.

Figura 19. Certificado de participação nas "XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa da Psicologia do Desporto"

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Figura 20. Certificado de Participação no "III Congresso de Futebol"

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Figura 21. Certificado de participação no "V Simpósio de Futebol - formação, arbitragem e rendimento"

Nesta parte do relatório referenciei todas as atividades que realizei no decorrer do

estágio, todas as tarefas realizadas foram de encontro aos objetivos propostos e chego

ao fim com eles todos realizados e alcançados. Com isto sinto que todas estas atividades

me enriqueceram enquanto pessoa e como treinador.

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PARTE IV | Reflexão Final

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O objetivo desta parte é relatar tudo aquilo que correu bem, menos bem e tudo aquilo

que foi a experiência por mim vivida neste estágio curricular.

Relembro que o objetivo desta UC é colocar-nos em contexto real de trabalho, de modo

a fazer de nós melhores profissionais no futuro, sabendo aplicar de forma prática tudo

que fomos vindo a aprender ao longo dos três anos de licenciatura.

1. Reflexão Final

Em primeiro lugar cabe-me fazer um balanço global de todo o percurso como aluno

estagiário do Curso de Desporto do IPG, tendo a perfeita noção que todos os

conhecimentos e experiências adquiridas nesta instituição tiveram uma importância

fulcral pata o meu desempenho no local de estágio, de tal modo que só posso estar grato

a todos os docentes por todo o conhecimento que me passaram ao longo desta

licenciatura, todas as unidades curriculares, demonstraram ser importantes para a minha

formação enquanto técnico de Desporto.

Chegou agora o momento de fazer uma reflexão de tudo aquilo que foi o meu estágio.

Desde o primeiro contacto que tive com os intervenientes do meu estágio (tutor,

treinadores, atletas, diretores, pais dos atletas), que fui bem-recebido e como sendo mais

um elemento que estava ali para ajudar com os seus conhecimentos e também para ser

ajudado naquilo que precisasse de cada um deles. No primeiro treino em que estive

presente, o treinador principal (Professor Tiago Reis) apresentou-me aos atletas que

viriam a ser os “meus miúdos”, e a reação deles foi bastante positiva, logo nesse treino

começaram a obedecer as minhas indicações, explicações e feedbacks.

Inicialmente o meu maior medo era este, a reação que os jogadores iam ter ao ter ali uma

pessoa nova que eles não conheciam como treinador, mas logo nesse dia percebi que não

ia ter prolemas com isso dada a reação deles e logo me apercebi que me iam respeitar.

O primeiro contacto com os pais foi também no final do primeiro treino em que estive

presente, o treinador mais uma vez apresentou-me aos pais e a reação de todos eles

também foi a melhor que eu podia esperar.

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Posto estes factos logo no primeiro dia de treino, desde logo percebi que trabalhar com

aquelas pessoas iria facilitar o meu trabalho durante o estágio.

No decorrer do estágio fui cada vez assumindo um papel mais importante na equipa, tudo

que o treinador pensava para por em prática na equipa partilhava comigo e juntos

partilhávamos ideias e conhecimentos e só depois de um consenso tomávamos qualquer

decisão.

O que toca a planeamento dos microciclos e das unidades de treino foi sempre feito em

conjunto com as restantes equipas técnicas do escalão de infantis, incluindo o

coordenador Francisco Barros, uma vez que era a forma de trabalhar do clube.

Os objetivos que tinha planeado para o estágio estavam a ser cumpridos e toda as

atividades levadas a cabo.

Fui sempre convocado para as reuniões de quadro técnico levadas a cabo pelo clube, onde

estavam presentes todos os treinadores do NDS, coordenador do Futebol, Professor

Francisco Barros e o Vice-Presidente da Direção do NDS, o Professor Abílio Capelo, e

foi-me sempre pedido que falasse e desse a minha opinião dos assuntos tratados, gesto

que fazia sentir-me parte integrante do processo e que dava uma motivação extra para

continuar a trabalhar e a melhorar como técnico de Desporto.

Senti-me ainda mais orgulhoso e realizado a quando da necessidade de o Professor Tiago

Reis, até então treinador principal da equipa técnica da qual eu fazia parte, deixar de ser

treinador da equipa de Infantis “A” e ir treinar a equipa de Iniciados “B”, que havia ficado

sem treinador, surgiu o convite por parte do meu tutor na entidade acolhedora para eu

assumir sozinho o cargo de treinador da equipa de Infantis “A”. Devo dizer que fiquei

contente, senti-me feliz porque este convite é sinal de que o meu trabalho feito até então

estava a ser reconhecido e valorizado.

Posto isto, escusado será dizer que prontamente aceitei o convite e assumi essa

responsabilidade. Entrei então na ultima fase de desenvolvimento do meu estágio,

intervenção autónoma, onde tinha a possibilidade de sozinho poder tomar as decisões

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relativas a equipa, ao treino e também nos jogos. Este período começou no dia treze de

fevereiro e foi até ao fim do estágio.

Este “capítulo” do meu estágio foi sem duvida aquele que me deu mais prazer em fazer,

foi a primeira vez que tive a oportunidade de tomar todas as decisões, lidar sozinho com

cada uma das personalidades dos atletas e dos pais e podendo tomar as decisões que a

função nos obriga.

Foi sem duvida, a meu ver, a fase mais enriquecedora do estágio, tendo a noção que todas

as outras são fundamentais para o meu processo de formação como treinador e como

técnico de Desporto.

Como refere Araújo (1995) “ser treinador exige um conhecimento multidisciplinar,

tornando-se evidentemente imprescindíveis os conhecimentos inerentes à tática, à técnica

e à preparação condicional do jogo em que o treinador se especialize, bem como o

fundamental domínio da pedagogia e metodologia de ensino e a necessidade expressa de

ser um especialista no provocar do interesse e da motivação dos que consigo aprendem e

treinam.”

Em suma, estou convicto que o estágio foi sem duvida uma experiência profissional que

me proporcionou e exigiu de mim toda estas competências num contexto que até então

ainda não tinha experienciado, com realidades diferentes daquelas que eu estava

habituado, contudo, foi bastante enriquecedor e que me deixou ainda mais apaixonado

pelo treino de jovens e por lhes conseguir ensinar alguns conhecimentos.

Por último, considero que o estágio foi bastante rico em termos de experiencias porque

proporcionou a oportunidade de intervir numa fase inicial como treinador adjunto e numa

fase mais avançada como treinador principal tendo uma intervenção autónoma. Sinto-me

orgulhoso por ter contribuído de alguma forma para o desenvolvimento da formação

desportiva e pessoal dos jovens e atletas com quem trabalhei.

Posso dizer que saio deste estágio satisfeito e ao mesmo tempo com uma grande ambição

para continuar o meu percurso académico com o intuito de adquirir mais conhecimentos

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de modo a poder ajudar no futuro estes ou outros jovens a ganharem também eles mais

conhecimentos...

Chegando ao fim do relatório e feita a reflexão final, posso concluir que durante este

estágio consegui atingir todos os objetivos propostos. Sinto também que cresci bastante

como treinador e técnico de desporto, estando agora muito mais preparado para o

contexto real de trabalho. Notei também que todos os ensinamentos que nos foram

transmitidos no decorrer dos três anos de licenciatura foram todos eles importantes para

a realização com sucesso do estágio, realço algumas UC que a meu ver foram

fundamentais, como é o caso desde logo da Pedagogia do Desporto, Psicologia do

Desporto, Futebol, Planificação e Metodologia do Treino e Observação e Análise de

treino.

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BIBLIOGRAFIA

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(Faculdade de Motricidade Humana ed.). Lisboa: FMH edições.

• Documento Orientador NDS época 2015/2016 “Revoluciona o teu Jogo” (2015)

• Garganta, J. & Pinto, J., O Ensino dos Jogos Desportivos (3ª ed.). (G. A. J., Ed.)

Porto.

• Magalhães, R. & Nascimento, (2010). Aprender a Jogar Futebol - Um Caminho

para o Sucesso (1ª ed.). Prime Books.

• Mendes, Â. M. (2009). Perfil do Treinador de Futebol de Formação. Faculdade

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palestra realizada na ESEL, no âmbito da disciplina de POAEF

• Vasconcelos, P. (2009). O que é um relatório? Consultado em 28 de Junho de

2016, de Faculdade de Ciências - Universidade do Porto:

http://www.dcc.fc.up.pt/estagio/avaliacao/relat/node2.html

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ANEXOS

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ANEXOS 1

(Convenção de Estágio

e Plano de Estágio)

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ANEXOS 2

(Planificação Anual)

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ANEXOS 3

(Microciclo)

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ANEXOS 4

(Plano do Projeto)

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Índice

1 Introdução........................................................................................................1

2 Apresentação....................................................................................................2

3 Fundamentação/enquadramentonaestratégiadaOrganização.......................3

4 Populaçãoalvo.................................................................................................4

5 Objetivos..........................................................................................................5

5.1 Gerais..................................................................................................................5

5.2 Específicos...........................................................................................................5

6 Recursos...........................................................................................................5

6.1 Espaciais..............................................................................................................5

6.2 Humanos.............................................................................................................5

6.3 Materiais.............................................................................................................5

7 Acomunicaçãodoprojeto................................................................................6

8 Anexos..............................................................................................................7

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1 Introdução

Este projeto vai ser realizado no âmbito da unidade curricular de Estágio em Treino

Desportivo da licenciatura de Desporto.

Este estágio está a ser realizado no Núcleo Desportivo e Social da Guarda (NDS), o

projeto vem no seguimento de um dos objetivos do estágio, (Colaborar na organização de

atividade promotoras da prática de atividade física e da captação de novos praticantes),

para isso, decidi realizar uma ação de sensibilização intitulada de “A importância do

treino para uma carreira de sucesso”, esta ação tem o objetivo se sensibilizar os atletas e

os país para a importância de treinar para que seja possível ter algum sucesso a nível

desportivo.

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2 Apresentação

A ação vai ser realizada dia 28 de Maio no auditório da Associação Académica da Guarda,

pelas 16:00h, constituída por duas palestras, a primeira palestra tem como orador o

professor e coordenador do futebol do NDS, Francisco Barros, que numa apresentação de

cerca de 30 minutos vai apresentar os dados estatísticos relativos à assiduidade dos atletas

do clube na época desportiva 2015/2016.

A segunda preleção vai ser feita por parte de um professor convidado, Hugo Ferreira, a

sua intervenção passa por uma apresentação designada de “O exercício como meio

fundamental na preparação desportiva a longo prazo”.

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3 Fundamentação/enquadramentonaestratégiadaOrganização

A pertinência deste tema e deste tipo de evento, vem no decorrer daquilo que foi

observado na maioria das equipas do clube ao longo da presente época desportiva, isto é,

uma falta de assiduidade aos treinos que ao meu ver é preocupante e penso que ações

deste tipo, destinadas aos atletas e também aos pais, são importantes e que podem

melhorar a perceção e a opinião que os visados tem daquilo que é o treino.

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4 Populaçãoalvo

A população alvo desta ação, são os atletas infantis e iniciados do clube, tal como os seus

pais.

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5Objetivos

5.1 Gerais

Os objetivos gerais desta intervenção é a promoção da atividadefísicaepromoçãoda

instituição(NDS).

5.2 Específicos

Os objetivos específicos da ação são a sensibilização dos país e atletas para a problemática

da falta de assiduidade e de compromisso com o treino, desta forma alertá-los para que

num futuro próximo possam mudar os seus comportamentos, ou mante-los, quando se

trata de casos positivos, de modo a manter ou a melhorar o seu rendimento e a potenciar

as suas capacidades para terem algumas aspirações a uma carreira desportiva de sucesso.

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6 Recursos

6.1 Espaciais

O espaço onde vai ser realizada a ação de sensibilização é no Auditório da Associação

Académica da Guarda.

6.2 Humanos

Em relação aos recursos humanos, convidei o Mestre Hugo Ferreira que vem fazer uma

preleção, o Prof. e Coordenador do futebol do NDS, Francisco Barros também vai fazer

uma preleção à cerca daquilo que foi a realidade desportiva do NDS na época 15/16.

Convidei ainda o presidente do NDS, Sr. Fausto Tavares a estar presente e a proferir

algumas palavras antes do início das comunicações, tal como o Prof. Jorge Casanova,

meu coordenador de estágio.

6.3 Materiais

Em termos de recursos materiais foram necessárias 4 cadeiras e 3 messas que faziam parte

da mobília do auditório, um projetor de vídeo que me foi emprestado pelo clube e

necessitei do meu computador pessoal.

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7 Acomunicaçãodoprojeto

A comunicação e promoção do projeto foi feita através de flyers que foram distribuídos

a todos os atletas do clube disponíveis para estarem presentes nesta ação, foi também

deita a promoção via rede social Facebook nos grupos privados referentes a cada equipa.

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8 Anexos

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ANEXOS 5

(Ficha de Observação

pedagógica)

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Ficha de Observação Pedagógica

Treino de Futebol – Infantis

EstágioemTreinoDesportivoTreinadorEstagiário:GonçaloCelestino

Tutor:Prof.FranciscoBarrosOrientador:Prof.JorgeCasanova

Modalidade Escalão Microciclo Unidade

de treino

Jogadores

Dia e

Hora Treinador

ELEMENTOS A OBSERVAR Sim Não Não Observado COMENTÁRIOS

INÍCIO

Cumprimenta os jogadores no início do treino Apresentação do treinador aos novos jogadores e breve conhecimento acerca destes (se existirem) e

enquadramento.

Apresentação do conteúdo do treino (contexto e objetivos) no início

Apresenta extensão dos conteúdos (para o treino seguinte) no final do treino

PLANO E DOMÍNIO DO TREINO Treino preparado (existência de plano de treino/

microciclo)

Capacidade de adequação a imprevistos (se houver)

Confiança e segurança durante o processo de treino Capacidade de recuperação rápida após enganos (se

houver)

GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TREINO Tempo de organização (jogadores e materiais)

reduzido

Utilização de pausas durante a prática para hidratação

COMUNICAÇÃO

Comunicação de forma clara e precisa Comunicação com lógica sequencial e com ênfase

nos aspetos essenciais

Utilização de volume da voz adequado ao espaço e sons existentes no espaço

Ajuste da entoação da voz ao ênfase que pretende apresentar, utilizando inflexões de voz

Utilização de tom de voz agradável e percetível Utilização de linguagem apropriada ao nível de

compreensão dos jogadores

Demonstração de entusiasmo nos momentos específicos do exercício

Utilização específica de vocabulário Utilização de vários canais de comunicação (verbal e

não-verbal)

Contacto visual (olhar nos olhos) durante a comunicação com os jogadores

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Ficha de Observação Pedagógica

Treino de Futebol – Infantis

EstágioemTreinoDesportivoTreinadorEstagiário:GonçaloCelestino

Tutor:Prof.FranciscoBarrosOrientador:Prof.JorgeCasanova

DISPOSIÇÃO DOS JOGADORES E DO TREINADOR DE CONTROLO

Colocação adequada dos jogadores em campo Disposição adequada do treinador em relação aos

jogadores

Ter todos os jogadores do campo de visão, variando o foco da atenção

Utilização de comunicação gestual não-verbal

INSTRUÇÃO Apresentação do exercício a realizar (nome do

exercício)

Descrição de como realizar o exercício, apresentando as componentes críticas

Apresentação de cuidados de segurança e higiene

Apresentação do objetivo do exercício Demonstração sempre que necessária, com técnica correta, com planos de movimento virados para os

jogadores

Utilização adequada e atempada das ordens de comando descritivas, regressivas e antecipavas

Correção da Postura Corporal

Feedbacks positivos Questionamento aos jogadores (com o objetivo de

controlar a aquisição do processo de treino

CLIMA

Ri, sorri e apresenta bom humor

Utiliza o nome dos jogadores

Pressiona para empenhamento no esforço

Está atento às intervenções dos jogadores

Utiliza vocabulário positivo

Demonstra dinamismo e energia Participa com os jogadores (exercitando-se com eles

ou mostrando acompanhamento)

Aceita e utiliza as ideias dos jogadores (se apresentadas)

Está apresentável

FIM DO TREINO Despedida/ cumprimento aos jogadores no final do

treino

Motivação no final do treino para o treino seguinte Promove o diálogo no final da sessão para retirar

dúvidas.

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ANEXOS 6

(Ficha de Preparação e análise

de jogo)

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Núcleo Desportivo Social - Guarda

Infantis A 2015/2016 Competição: 9ª jornada da 2ª fase

Data: 03/04/2016 Hora: 11:00H Estádio: Estádio Municipal da Guarda

Tempo: Aguaceiros

Jogo: NDS “A” vs Garda Unida “C” Resultado Final: 3-1

Preparação do Jogo – Palestra - Relativo ao Jogo Importância do jogo, e reflexo dos possíveis resultados

Um jogo difícil que queremos ganhar, o adversário é acessível desde que estejamos concentrados em todos os momentos do jogo e em todos os minutos do jogo.

- Relativo ao Arbitro Carla Rosário Fábio Gomes

Nota Arbitro

- Relativo ao Adversário Adversário (pontos, classificação, golos marcados e sofridos e últimos resultados) plano individual e colectivo, sistema em que actuam.

O adversário como vocês já sabem, ate porque já jogámos contra eles é acessível à nossa equipa, atualmente está em 6º.

- Relativo á nossa Equipa Plano estratégico, sistema de jogo, constituição da equipa, distribuição das missões tácticas gerais e específicas, esquemas tácticos

-Quero que a nossa equipa hoje encare e entre para este jogo como entrou no jogo da semana passada, muita vontade de ganhar, muita garra, e muita concentração. -Sector defensivo, não quero queimas, muita contenção e a coberta sempre atenta para fazer a dobra. -Sector intermédio, vamos jogar, meter os nossos princípios em prática, virar rapidamente o centro de jogo para criar desequilíbrios. -Sector atacante, no momento ofensivo quero ver as combinações com os médios, quando perdermos a posse de bola quero que sejam os primeiros a recuperá-la.

- Relativo às Equipas Comparação entre as equipas

- Relativo ao decorrer do Jogo Previsão e reacção das equipas á vantagem e desvantagem no marcador.

-Vamos entrar fortes, marcar primeiro que o adversário e se possível não sofrer. -Só muda o comportamento à minha ordem

- Relativo ao comportamento emotivo Motivação, concentração, combatividade e disciplina

- Em termos emotivos quero que estejam calmos e concentrados, não quero ver ninguém nervoso com medo de ter bola.

- Ultimas palavras - Vamos ganhar este jogo, entrar fortes e concentrados, muita garra, vamos.

Numeração: Distribuição em campo: 7 Inicial

1 Diogo Brás

Cantos:

Direita: Cardoso ou Fábio Esquerda: Cardoso ou Fábio

Livres:

Direitos: Fábio ou Gabriel Cruzamentos: Fábio ou Cardoso

2 Miguel Fonseca 3 Teixeira 4 David 5 Fábio 6 Cardoso 7 Gabriel 8 Miguel Cabral 9 Eduardo 10 Carvalhosa 11 Rodrigo 13 Tomás

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Núcleo Desportivo Social - Guarda

Infantis A 2015/2016 Competição: 9ª jornada da 2ª fase

Data: 03/04/2016 Hora: 11:00H Estádio: Estádio Municipal da Guarda

Tempo: Aguaceiros

Análise da Nossa Equipa

Aspetos Positivos

Equipa organizada e concentrada, controlamos o jogo em todos os momentos e em todo o tempo.

Aspetos Negativos

Abordagem imprudente a alguns lances, nomeadamente no golo do adversário.

Observações

Avaliação da nossa Equipa

Nº Nomes Tempo Jogado Golos Assistência

s Avaliação de 1 a 10 Pequeno Comentário

1 Diogo Brás 60’ 8 Boa exibição, esteve concentrado o jogo todo, não comprometeu e foi decisivo

2

3 Teixeira 60’ 6 Muito concentrado defensivamente esteve bem

4 David 36’ 6 Muito combativo e concentrado

5 Fábio 60’ 8 Esteve muito bem, quer no momento ofensivo, quer no defensivo, provavelmente o melhor jogo desta época

6 Cardoso 48’ 1 8 Jogo bem conseguido, concentrado em todos os processos.

7 Gabriel 31’ 1 6 Esteve bem, mas podia ter concretizado mais oportunidades de golo.

8 Miguel Cabral 60’ 6

Esteve bem, alguma dificuldade na primeira fase de construção, clara falta de qualidade técnica

9 Eduardo 24’ 5 Entrou muito desconcentrado, o que se refletiu na qualidade do seu jogo

10 Carvalhosa 13’ 1 5 Entrou bem, pressionou muito o adversário, algo perdido no processo defensivo

11 Rodrigo 21’ 5 Entrou bem e não fosse alguma falta de frieza poderia ter feito dois golos

13 Tomás 9’ 4 Jogou pouco tempo, pois entrou mal e havia faltado a duas semanas de treinos

EvoluçãodoResultado Marcador Assistência Minutos Evoluçãodo

Resultado Marcador Assistência Minutos

1-0 Gabriel 2’ -

1-1 -

-

2-1 Cardoso 35’ -

3-1 Carvalhosa 60’ -

- -

- -