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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO CURSO DE ARTES VISUAIS MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR FERNANDO CESAR PONTES Campo Grande, MS 2008

Pontes; fernando cesar mistérios do lago do amor

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO

CURSO DE ARTES VISUAIS

MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR

FERNANDO CESAR PONTES

Campo Grande, MS 2008

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FERNANDO CESAR PONTES

MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR

Relatório apresentado como exigência para a obtenção do grau de Bacharel em Artes Visuais á Banca Examinadora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob orientação do Prof. Dr. Hélio Godoy

Campo Grande, MS 2008

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Sumario

RESUMO .................................................................................... 3 INTRODUÇÃO............................................................................. 4 3 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS .................. 5 3.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 5 3.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS ......................... 6 3.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........................... 7 3.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA) .......................... 7 3.5 A VOLTA DA ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS ........ 8 4 - A ARTE DE CRIAR UMA HQ ......................................................... 9 4.1 SUA COMPOSIÇÃO .......................................................... 9 4.1.1. A linguagem dos quadrinhos ................................. 9 4.1.2. Planos de quadros ................................................... 10 4.1.3. Os balões .................................................................. 16 4.2 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................. 17 4.3 ARTE FINAL ...................................................................... 18 4.4 IMPRESSÃO GRÁFICA .................................................... 18 5 - MINHA CRIAÇÃO .................................................................. 19 5.1 AS PESQUISAS ................................................................ 19 5.1.1. Frank Miller ................................................................ 19 5.1.2. Will Eisner ................................................................. 20 5.2 AS PRIMEIRAS FOTOS .................................................... 20 5.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO ................ 21 5.4 O LAYOUT ......................................................................... 21 5.5. OUTRAS FOTOS ............................................................. 26 5.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS .......................................... 28 5.7 DIAGRAMAÇÃO ................................................................ 29 5.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS .................................... 33 6 CONCLUSÃO .......................................................................... 35 7 Referências Bibliográficas .................................................... 36 ANEXO N° 1 – CROQUI ............................................................. 37 ANEXO N° 2 - ARGUMENTO ................................................... 44 ANEXO N° 3 - ROTEIRO .......................................................... 46 ANEXO N° 4 - IMAGENS.......................................................... 50

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RESUMO

Este trabalho é um relatório sobre a pesquisa teórica e prática para a criação

de um quadrinho que, embora seja feito a partir de fotos, tem a aparência

semelhante á de um quadrinho de desenho. É, na verdade, uma foto-novela com a

aparência gráfica de um desenho. Foram usados efeitos do PhotoShop, um

programa de edição de imagens, para se criar a ilusão de um desenho, com

bastante contraste, cores vivas e contornos pretos. Por meio de um estudo e,

também, de observação de obras de vários artistas do mundo dos quadrinhos, tais

como Frank Miller e Will Eisner, cheguei a este resultado.

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1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho é um relatório teórico sobre o processo de criação de um

quadrinho, na verdade uma foto-novela, no entanto com efeitos de desenhos na foto

para se criar a ilusão de se tratar de um desenho. Foram tiradas primeiramente 30

fotos do lago do amor, para depois se fazer uma seleção de quais seriam usadas.

Depois de ter tirado as fotos, fui fazer o argumento , a partir do qual criei o roteiro.

Muitas das fotos que tirei foram aproveitadas no roteiro.

Além das fotos foram feitos estudos sobre os quadrinhos, os principais

autores que usei como fontes, foram Frank Miller em primeiro lugar e depois Will

Eisner, além de outros quadrinhos que também foram analisados.

A princípio tinha a intenção de fazê-lo branco e preto, mas depois de

conversar com meu orientador cheguei à conclusão que o melhor seria fazer

colorido, daria para aproveitar mais as imagens, em preto e branco conforme se

apresentava em Sin City de Frank Miller, mas seria muito difícil de trabalhar dessa

forma fazendo com que a imagem perdesse muito em detalhe.

Com o roteiro nas mãos fiz o esboço, melhor dizendo um rascunho das

páginas que serviu de orientação para a diagramação do quadrinho. Para enfim

montar o quadrinho com todos os recursos que a linguagem exige.

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2 - A HISTORIA DA HISTORIA EM QUADRINHOS

Consultando o artigo “Historia das Historias em Quadrinhos” de Jarcem,

(2007) verifiquei que a princípio, as histórias em quadrinhos eram cômicas; daí o

nome Comics (Cômico) nos EUA. Foi no inicio do século XX que realmente

começam aparecer as primeiras histórias em quadrinhos tais como conhecemos

hoje; inicialmente não possuíam balões (local onde se colocam as falas dos

personagens); eles foram colocados por Richard Fenton Outcalt – The Yellow Kid

em 1896.

Entre os precursores das histórias em quadrinhos encontramos Rudolph

Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês George (“Chritophe”) Colomb, e o

brasileiro Ângelo Agostini. Muitos consideram a primeira história em quadrinho

sendo de Richard Fenton Outcalt com The Yellow Kid.

Como dito anteriormente, as primeiras histórias tinham um cunho humorístico;

dentre elas se destacam Little Nemo de Winsor MacCay, Mutt & Jeff de Bud

Fisher, Popeye de E.C. Segar e Krazy Kat de Georges Herrigam.

2.1 O PAPEL DAS HQs NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

As histórias sempre tiveram um papel importante no meio político; no período

da Segunda Guerra Mundial surgiu uma rica safra de heróis. Como por exemplo, o

Capitão América, que inicialmente possuía um escudo quase triangular que, logo

na segunda edição tornou-se oval. O escudo era sua única arma, com ele se

defendia, deixando a mensagem de que as pessoas deveriam se defender e jamais

atacar posição que os EUA na época tomava, se defendendo de todos seus

inimigos.

O Superman foi o primeiro Super-Herói com identidade secreta, criado em

1933, mas chegando às bancas apenas em 1938, depois que a dupla Siegel and

Shuster vendeu os direitos para a DC Comics. Poucos meses depois teve inicio a

Segunda Guerra Mundial. (Jarcem,2007)

Quando o Superman surgiu, em 1938, houve uma grande confusão devido ao

filosofo alemão Friendich Nietze.Os nazistas usavam a filosofia desse filosofo, na

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qual a palavra übermensh traduzia-se como superman, o que gerou de certa forma

uma grande confusão.

Em 1939 surgiu o herói aquático Namor, Príncipe de Atlante, que despontou

como vilão por ser híbrido, metade humano metade atlante. Namor foi criado por Bill

Everett.

No período da Segunda Guerra Mundial o governo Norte Americano e as

autoridades em geral tinham um grande interesse pelos heróis de quadrinhos como

se pode ver pela Comics, devido ao grande poder que eles tinham sobre a

comunicação em massa. Os heróis Tocha Humana e Namor fazem parte do

Crossover, que constituía uma batalha entre fogo e água que despertou grande

interesse do público. Ambos os heróis passavam a visitar cada um as historias de

um e outro tendo como aliados alemães e japonêses. Nações antagônicas juntas em

busca de um bem comum.

Eles foram tão importantes que quando surgiu a Organização das Nações

Unidas vários heróis fizeram parte, tornando-se membros, entre eles, Capitão

América, Miss América e Wihizzer – o efêmero All Winners Squad traduzido no

Brasil como Os Invasores.

No período de 1940 foram criados mais de quatrocentos heróis embora nem

todos tenham sobrevivido; entre ele destacam-se o Batman, criando em 1949 e Bob

Kane, uma figura sombria inspirada na máquina de Da Vinci e no Zorro.

O maior ícone no período de Guerra foi o Capitão America. O engraçado é ver

como era o imaginário norte americano, o Capitão América combatia o próprio Hitler.

E dizia que o Caveira Vermelha foi criado pelo próprio Hitler para ajudá-lo a formar o

3º Reich, embora se saiba os Nazistas pregavam pela superioridade ariana.

(Jarcem,2007)

2.2 A PERSEGUIÇÃO DOS QUADRINHOS

Nos anos 50 os quadrinhos sofreram a maior perseguição, uma verdadeira

caça às bruxas. O psiquiatra Frederic Wertham escreveu um livro “A Sedução do

Inocente - The Seduction of the innocent” -, onde acusava os quadrinhos de

delinqüência juvenil; no seu livro ele acusa da Mulher Maravilha de masoquista e a

dupla Batman e Robin de homossexualismo. Entre outros um de seus argumentos

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era o de que os quadrinhos incitavam à violência da mesma forma que aconteceu

com o Rock’n Roll. Foi criado então um código de ética para delimitar o que poderia

ser ou não ser feito; dessa forma acabaram destruindo todos os titulo de terror da

Editora EC Comics, com exceção da revista Mad.

Ainda nos anos 50, o medo passou a estar em toda parte; os soviéticos

construindo bombas e ameaçando o modo de vida americano (american way life).

Enquanto isso, no mundo real as pessoas procuravam por comunistas de baixo de

suas camas e nos quadrinhos os heróis faziam sua parte. Com o fim do conflito

mundial e a popularização das forças entre EUA e URSS, a guerra fria e os alvos já

não eram mais o japonês e alemães. (Jarcem,2007)

2.3 A ERA DE PRATA DOS QUADRINHOS

Na década de 60 começa a era de prata dos quadrinhos, com novos heróis

como Flash da DC, ressurgindo ainda a Mulher Maravilha, o Batman, o Aquaman,

entre outros. Foi criado então, em 1961, por Stan Lee e Jack kirby pela Marvel

Comics, o Quarteto Fantástico para competir com a DC Comics.

Ao contrário dos outros heróis esses não possuíam identidade secretas e sim

era uma família, Reed Richard era o Senhor Fantástico, o homem elástico que

preferia ser visto pelo seu intelecto do que pelos seu poderes. Jonhy era o jovem

Tocha Humana; sua irmã era a Mulher Invisível; e ainda tinha o Bem, que era o

Coisa, uma criatura feita de pedra, mas que guardava uma grande angústia. Reed

Richard e Sue eram Noivos e Bem amigo da família. Estavam criados os quatro

heróis, cada um representando um elemento da natureza. Água, fogo, ar e terra

respectivamente. (Jarcem,2007)

2.4 GRAPHIC NOVEL (NOVELA GRÁFICA)

Nos anos 80 surge a Grafhic Novel ou romance gráfico, já com um tema mais

adulto; dentre eles surge o “Batman – O Cavaleiro das Trevas” de Frank Miller um

Batman mais sombrio, amargurado e mais violento, decretando assim a maioridade

aos quadrinhos. A violência, insanidade e crises existenciais passaram a habitar os

quadrinhos; dentre os personagens se destacam “Elektra Assassina” de Frank Miller,

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“Watchmen” de David Gibbons e Alan Moore, Sandman de Neil Gaiman, entre

outros.

A partir dos anos 90 os grandes desenhistas saíram de suas editoras e

formaram a Imagem Comics com heróis como Savage Dragon de Erik Larsen,

Spawn de Todd McForlace entre outros. (Jarcem,2007)

A queda das duas torres em 11 de setembro de 2001 pelos terroristas nos

EUA afetou os quadrinhos americanos, promovendo um resgate do estilo de heróis

da Era de Prata dos quadrinhos. (Jarcem,2007)

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3 A ARTE DE CRIAR UMA HQ

Consultada a apostila de Sigrist (2005) entende-se que, após ser elaborado o

roteiro, tanto pelo autor como pelo desenhista, está na hora do desenho em si.

Pode-se usar vários tipos de materiais, lápis de todos os tipos, coloridos, pincel

atômico, tintas. Como via de regra, quanto mais fina a ponta mais liso deve ser o

papel. Os desenhos dos quadrinhos geralmente são feito 1/3 ou 1/4 maior em

relação ao tamanho original, isso é feito para facilitar o trabalho.

A autora sugere que para a elaboração de um bom quadrinho deve-se,

primeiramente, pensar que cada elemento não pode estar isolado e sim ser parte de

um conjunto, parte da cena. Tudo interligado em uma grande rede. A colocação dos

quadrinhos retangulares, horizontais, verticais vão ajudar a compor a cena. É bom

ter em mãos materiais de todos os tipos, como recortes para ter como referência,

materiais do tipo de cenários, trajes, meios de transportes, entre outros.

As imagens isoladas são boas para a elaboração de Cartoons, para se

divertir, instruir e comentar. Utilizam-se geralmente personagens políticos, piadas e

figuras ilustrativas (publicitárias).

Nas histórias coloridas se utilizam de uma foto-cópia do desenho original e

pintada por cima. Mas as cores são em código, isso quer dizer que é definido pela

própria editora.

A cor do personagem também pode ser usada para demonstrar emoção.

Para a elaboração de um quadrinho, segundo Cagnin (1975) deve-se

prestar atenção na sua composição, nos arranjos das vinhetas, na colocação dos

balões conforme o estado emocional do personagem; ou, para narrar um

acontecimento, colocar os planos de quadros conforme pede a cena, se o

personagem deve parecer superior, inferior; tudo depende da ação do personagem,

do ambiente. Por isso tem que se planejar bem antes de montar os quadros, já no

layout se deve pensar nisso.

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3.1 PLANOS DE QUADROS

Consultado a apostila de Sigrist (2005) ela descreve diversos planos de quadros

dentre eles estão destacados os seguintes :

Plano em grande detalhe ou pormenor: Esse tipo de plano é usado quando se

quer deixar evidente alguma característica do personagem ou de um objeto, seja

seu lado mais atraente ou repulsivo. (SIGRIST, 2005)

Figura 1

Primeiro Plano ou Plano de close: Neste plano se pega a cabeça até os ombros. .

(SIGRIST, 2005)

Figura 2

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Plano médio ou próximo: Neste plano o personagem é visto até o meio do peito ou

até a cintura, geralmente usado para cenas de diálogos e detalhes, mostrando a

fisionomia e, dessa forma, podendo captar essas expressões do personagem. .

(SIGRIST, 2005)

Figura 3

Plano Americano: Neste plano o personagem é mostrado até a altura dos joelhos. .

(SIGRIST, 2005)

Figura 4

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Plano de Conjunto: Neste plano o personagem é mostrando de corpo inteiro, mas,

no entanto, o cenário ao seu redor é mínimo. . (SIGRIST, 2005)

Figura 5

Plano geral ou panorâmico: Este plano engloba não só o personagem, mas

também o cenário à sua volta, nos romances ele se refere geralmente à descrição

do ambiente, também pode sugerir o decorrer do tempo. . (SIGRIST, 2005)

Figura 6

14

Plano em perspectiva. Nesse plano pode-se notar a profundidade, a sensação de

volume. . (SIGRIST, 2005)

Figura 7

Plano plongé que vem do Frances: significa mergulho e é quando a visão que você

tem do personagem é vista de cima pra baixo dando a impressão de

encurralamento, inferioridade. . (SIGRIST, 2005)

Figura 8

15

Plano Contre-plongé ao contrario do plongé, este é um contra mergulho e quer

dizer que o personagem é visto de baixo para cima, aumentando a figura, dando a

impressão de ser maior do que realmente é. . (SIGRIST, 2005)

Figura 9

Os planos de quadros são de suma importância na elaboração da HQ, eles

devem mudar conforme a cena, como mostra a baixo:

Figura 10

Neste exemplo visto a cima, primeiramente a garota é vista em plano

americano, depois um detalhe de um rosto e depois um detalhe do dragão.

Como se pode perceber os planos se misturam e se completam entre si. Para poder

compor a cena. Além do significado literal, pode se encontrar vários outros

significados, conforme a composição do desenho; suas linhas, por exemplo, indicam

muita coisa.

As linhas horizontais dão idéia de tranqüilidade, já às curvilíneas dão a idéia de

movimento. (Sigrist, 2005)

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Já as linhas lineares geram a sensação de profundidade, volume (três dimensões). .

(SIGRIST, 2005)

Figura 13

3.2 OS BALÕES

Os balões são algo muito importante na composição da história; é neles que são

colocados os diálogos dos personagens, mas, dependendo da situação os balões

Figura 11

Figura 12

17

mudam de forma. Se ele está falando, pensando, gritando, falando ao telefone.

(CAGNIN, 1975)

Alguns exemplos de balões:

Figura 14

Balão de glacial, ele é usado quando personagem age com frieza, desprezo.

Figura 15

Balão Cochicho, usando quando o personagem fala com seu interlocutor, mas o

outros personagens não podem ouvir.

Figura 16

Balão de pensamento, usando quando o personagem esta simplesmente

pensando.

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Figura 17

Balão uníssono usando quando vários personagens falam ao mesmo tempo.

Embora existam os balões em alguns autores o texto é deixado solto em algum

canto do quadrinho.

Geralmente para a leitura dos balões se segue da esquerda para a direita, da

mesma forma que os quadrinhos devem estar cronologicamente da esquerda direita.

Essa é a leitura convencionada nos países ocidentais, ao contrário dos mangas

japoneses onde a leitura se segue da direita para a esquerda. (CAGNIN, 1975)

3.5 MATERIAIS UTILIZADOS

Na elaboração da HQ podem-se usar diversos tipos de materiais,

dependendo do fim que se deseja.

Lápis de cera – Bom para criar texturas interessantes

Lápis de cor – Devem-se estar bem apontados, quanto mais macio é mais

fácil pra trabalhar. Com a infinidade de graduações que se tem se pode criar

uma ampla gama de tons, pode-se também modelar formas com tramas

(linhas paralelas).

Aquarelas – Encontradas no mercado em forma de pastilha, bisnagas e

frascos. Possui uma qualidade de transparência. Útil para indicar formas,

atmosferas e iluminações.

Guache – Ao contrario da aquarela, a guache já possui uma qualidade mais

opaca, dá a opção de poder pintar o claro sobre o escuro ao contrario da

aquarela onde isso não é possível.

Acrílicos – Feito com resina sintética possuem características que ajudam no

desenho, seca rápido, cria uma camada dura, impermeável e flexível,

tecnicamente é um excelente meio para se trabalhar. (CAGNIN, 1975)

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3.5 ARTE FINAL

A divisão de trabalhos varia. Nas grandes editoras o trabalho é dividido, o

autor desenha os personagens e deixa para seus assistentes desenharem o cenário,

os diálogos.

Muitas vezes se desenha um esboço primeiro e, em seguida, desenha-se a

lápis, geralmente azul, pois na hora de fazer o negativo eles não aparecem. Passa-

se por uma correção ortográfica verificando erros no texto, para que a história não

ofenda o leitor; crueldade contra mulheres que é absolutamente proibido. Também

há uma atenção especial aos leitores estrangeiros, cuidando para que os quadrinhos

não os ofendam. (CAGNIN, 1975)

3.5 IMPRESSÃO GRÁFICA

Depois de revisados e examinados, os desenhos são fotografados e

gravados. As impressões poder ser feitas em off-set1 ou em rotogravura. Geralmente

as capas são feitas em off-set e seu interior em rotogravura2 para baratear os

custos.

A seleção das cores é feitas por máquinas eletrônicas e são usadas as três

cores primárias (ciano, magenta e amarelo) e o preto para os retoques finais.

A impressão é feitas em grandes máquinas e lá mesmo já são dobrados e

montados. Ao final cabe o leitor da os toques finais, inserindo-se na história, fazendo

parte dela. (CAGNIN, 1975)

1 Sao usados filmes reticulados, concentrando pontos em maior e menor quantidade, conforme a densidade da cor desejada

2 É um filme mais grosso, possibilitando maior densidade na cor chapada

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4 MINHA CRIAÇÃO Para composição de minha obra usei a mesma linguagem dos quadrinhos,

mas, ao invés de desenhar tirei fotos com o celular e, também, com a webcam. A

maior parte com o celular usando a webcam para retoques finais.

4.1. AS PESQUISAS

Foram feitas diversas pesquisas para se poder chegar ao processo final, entre

elas foi pesquisado sobre a história da historia em quadrinho e seus principais

autores e, dentre eles, foram dois os de maior importância ao trabalho: Frank Miller e

Will Eisner, na qual me inspirei para fazer a diagramação dos quadrinhos

4.1.1. Frank Miller

Figura 18

Ele é um dos grandes nomes dos quadrinhos da atualidade, nascido em 1957

em Olney, Maryland. Ele ficou muito conhecido pelo seu estilo sombrio, com altos

contrastes, lembrando muito um “film noir”3. Ele não é simplesmente um autor de

quadrinho; para muitos ele é um ícone, uma lenda ao lado de grandes nomes como

Will Eisner, Jack Kirby, Stan Lee, Jim Steranko.

3 Film noir é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens

principais num mundo cínico e antipático.

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O começo de sua carreira foi difícil; em 1975, aos 18 anos, foi para Nova

York. Na verdade Frank Miller era fã das histórias policiais noir, como se pode

reparar em Sin City, que é a história de um detetive que narra sua própria história

num mundo caótico.

Quando foi para Nova York passou por muita dificuldade financeira. A

princípio, não partiu diretamente para esse tipo de história policial, pois não tinha

espaço na época, mas também não queria voltar para sua terra natal.

Um de seus grandes trabalhos que o destacou foi “Batman – O Cavaleiro das

Trevas - Batman: The Dark Knight Returns”. Miller fez uma total repaginação de

nosso herói dando um ar mais sombrio do que jamais ele tinha sido. E a mudança

não foi somente no texto mas também na reestruturação dos quadrinhos das

vinhetas. Mas seu grande trabalho que virou filme, foi sem dúvida Sin City.

4.1.2. Will Eisner

Figura 19

Nova York, 6 de março de 1917 - Flórida, 3 de janeiro de 2005

Ele com certeza com foi um dos grandes pioneiros das histórias em

quadrinhos da forma como a conhecemos hoje. Um de seus grandes trabalhos foi

Spirit na década de 40, em que conta a história de um detetive que tem esse nome,

pois não sabem se ele esta vivo ou morto. Da mesma forma que Sin City de Frank

Miller virou filme, mas na verdade, o filme acabou sendo um Spirit de Frank Miller,

pois ele colocou a mesma linguagem que colocou em Sin City, o mesmo ar sombrio

e com altos contrastes.

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Além da história das histórias em quadrinhos, pesquisei as obras, os

quadrinhos dos autores mencionados acima. Como sua composição, diagramação e

os diversos recursos usados por eles. Pesquisei também sobre onomatopéias, cada

tipo para cada situação, para que eu não cometesse o erro de colocar um som que

não corresponde ao que era de fato.

4.2. AS PRIMEIRAS FOTOS

Antes da criação do argumento tirei algumas fotos no lago do amor,

aproveitando um dia de sol, pois eu já tinha em mente como seria a história.

Algumas só do lago e outras ficcionais. Duas delas, inclusive, foram aproveitadas

durante a criação do argumente e, conseqüentemente, do roteiro. As fotos citadas

se tratam a de uma garrafa de suco de laranja, uma mais distante e outra mais

próxima, mostrando o olhar do personagem de Pietro, o detetive da história, com é

mostrado nas figuras 20 e 21 a baixo :.

Figura 20

Figura 21

23

4.3. CRIAÇÃO DO ARGUMENTO E DO ROTEIRO

Para criação do argumento e roteiro, primeiramente, li um texto de Antônio

Costa “Compreender o Cinema” que, embora fosse direcionado ao cinema, cabia

bem ao meu trabalho; não havia muita diferença, era a mesma linguagem que eu iria

usar, com a diferença de não ter som e sim texto. Além desse texto, também peguei

como referência para a criação do roteiro uma revista, “Como desenvolver roteiro

para Mangá – narrativas – dinâmica - personagens” da editora Canaã

Com base nisso foi feito o argumento, um pequeno texto contando a história

do quadrinho; após esse processo foi feito o roteiro em que foi pensado em cada

quadrinho, descrevendo-o e colocando seus respectivos diálogos.

Para a maior compreensão da história segue os anexos do argumento na

pagina 45 e do roteiro, nas pagina 53.

4.4 O CROQUI

Após a realização do argumento e do roteiro foi feito o croqui, que

basicamente é um rascunho, um desenho de como serão feitas as páginas do

quadrinho. Para fazê-lo usei como referencia o roteiro, mas não o segui à risca e sim

o adaptei, fui moldando até ficar conforme eu desejava. Abaixo a imagem dei uma

das páginas do croqui, justamente aquela na qual está a cena em que Pietro (o

detetive) vê a garrafinha de suco de laranja na beira do lago.

Abaixo uma das folhas de meu croqui, mas no final desse relatório no anexo 1

na pagina 39 se encontra o croqui de todas as páginas deste quadrinho.

24

Figura 22

Para fazer uma diagramação fiel aos quadrinhos, li vários quadrinhos que

baixei da internet, Sin City de Frank Miller, Batman – As dez noites da Besta.

Spirit de Will Eisner.

25

Figura 23

26

Figura 24

27

Figura 25

28

4.5. OUTRAS FOTOS

Depois de passado por essa etapa, foram tiradas outras fotos, com meu

celular, um Samsung X660; foram tiradas aproximadamente 30 fotos. Outras fotos

foram feitas com uma webcam, az fotos da webcam foram feitas para se dar o

acabamento final. Foram tiradas fotos do lago e fotos ficcionais, as ficcionais foram

tiradas após a elaboração do roteiro.

Após tirar as fotos, no total aproximado de 30 fotos, foi feita uma seleção

baseada no roteiro e algumas delas foram inseridas. Isso não é muito comum

geralmente se faz o inverso.

As fotos do celular tinham o tamanho de 640x480 pixels4

Durante o processo houve a necessidade de novas fotos para compor as

vinhetas e não havia como eu tirar as fotos no lago do amor; então as tirei com

minha webcam; na verdade me filmei e, depois, com o programa PowerDVD,

visualizei o vídeo e, em seguida, fui copiando os quadros que precisava para, em

seguida juntar o fundo com a foto desejada.

Após ter copiado os quadros selecionei uma das fotos para, em seguida,

juntar ao fundo para poder compor o quadro da vinheta. Abaixo coloquei uma

demonstração de como fiz a montagem das fotos. Recortei a minha foto (figura 26)

e, em seguida coloquei no fundo (figura 27) a onde queria e coloquei o efeito de

arestas posteriazadas como é demonstrado a seguir na figura 28.

Figura 26

4 Pixel (aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento de imagem, sendo Pix a abreviatura em inglês para

Picture) é o menor elemento num dispositivo de exibição.

29

Figura 27

Figura 28

30

4.6. MANIPULAÇÃO DAS FOTOS

Após tirar as fotos com meu celular, passei-as para o computador e, através do

programa PhotoShop, as editei, usando o filtro de “arestas posterizadas” para criar o

efeito de desenho como é mostrado nas figuras 29 e 30 respectivamente.

Figura 29 .

Figura 30

Criei assim a ilusão de que fosse um desenho, além desse efeito foi feito montagens

entre duas fotos para se criar a ilusão de que o personagem esteve realmente lá no

local. Primeiramente havia tirado uma foto mostrando o lago e mostrava a cerca

laranja que cerca parte do lago (figura 32). Eu precisava de uma foto em que Pietro

estaria naquele local olhando o lago, mas como não tinha mais como ir até lá, tirei

uma foto minha com a webcam. Depois de já estar com a foto joguei no PhotoShop

e tirei o fundo, deixando somente eu (figura 31), para em seguida inseri-la no fundo

do lago. Já estando as duas juntas as mesclei, indo no menu camadas e depois

clicando em “achatar imagens” para que ficasse como se fosse uma só imagem

(figura 33) e logo em seguida coloquei o efeito de “arestas posterizadas como é

mostrado nas figuras a baixo.

31

Figura 31

Figura 32

Figura 33

4.7 DIAGRAMAÇÃO

Já com o croqui, o roteiro, e as fotos. Parti para a diagramação,

usando o programa “Corel Draw”, um programa de vetorização. Fui

colocando os quadros dos tamanhos desejados para, em seguida,

inserir as imagens.

32

Procurei seguir o croqui, mas, quando preciso fiz modificações.

Como quadros que não funcionavam na prática, na verdade pequenas

modificações sem mudar a essência.

A seguir o croqui da página e depois como ela ficou.

Figura 34

33

Figura 35

34

Durante a diagramação dessa página ficou faltando uma foto e,

como não tinha como ir ao lago para bater a foto, mas eu já tinha foto do

lago, tirei uma foto minha com minha webcam, juntei minha foto com o

fundo e inseri na página.

Figura 36

35

A baixo a foto já montada pronta para colocar no quadrinho.

Figura 37

4.8. A COMPOSIÇÃO DAS PAGINAS

Foram feitas 8 páginas no total, contando com a capa e

sobrecapa. O número de paginas foi planejado para que durante a

montagem da revista desse o encaixe perfeito, sem sobrar nem faltar.

Frente

CONTRA CAPA

CAPA

Verso

PAG. 1

PAG. 6

Figura 38

36

Frente

PAG. 5

PAG. 2

Verso

PAG. 3

PAG. 4

Figura 39

37

5 – Conclusão

Ao fim deste trabalho pude concluir que as HQs não são novas; já existem há

um bom tempo. E que hoje as mídias existentes, tais como a Internet e o uso de

programas de computador, têm propiciado uma grande evolução em relação as HQs

(Historias em Quadrinhos). Hoje, além das histórias em papel, pode-se encontrar

histórias em quadrinhos na Internet; Pode-se de chamar de HQs virtuais na qual

você pode ver a historia pela internet e; também, com a tecnologia existente hoje,

ficou muito mais fácil editar e criar uma história em quadrinho. Não mais

dependemos única e exclusivamente do papel; ainda existem as HQs em papel,

mas, mesmo elas hoje já têm um meio de produção totalmente informatizado,

propiciando uma maior agilidade e melhor qualidade; além disso, a possibilidade de

aproveitar os recursos existentes através dessas novas tecnologias para a

elaboração de histórias na qual se utiliza essa mídia com novas experimentações,

como o trabalho que fiz. Uma foto-novela na qual apesar de usar fotos, aproveitei os

recursos dessas novas mídias e criei essa história, que, embora seja uma foto-

novela, ficou com aspecto de quadrinho de desenho.

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7 - Referências Bibliográficas

Livros CAGNIN, Antonio L. Os Quadrinhos. São Paulo: Ática, 1975 SIGRIST, Marlei, Apostila Histórias em Quadrinhos, Campo Grande 2005 Costa, A. Compreender o cinema. Rio de janeiro, Globo, 1987 “Curso Básico de Desenho Nº 13” - COMO DESENVOLVER ROTEIRO PARA MANGÁ – NARRATIVA – DINÂMICA – PERSONAGENS. Editora Canaã - Ano 1

Internet

http://www.omelete.com.br/quad/100004698.aspx , acesso10/08/2008

http://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner , acesso 10/08/2008

http://www.willeisner.com , acesso 10/08/2008

JARCEM, René G. Rodrigues. “Histórias das histórias em quadrinhos”.História,

imagem e narrativas. Nº 5. Ano 3, setembro/2007, disponível em:

www.historiaimagem.com.br, acesso 08/08/2008

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Anexo Nº 1

CROQUI DAS IMAGENS E DIAGRAMAÇÃO DOS QUADROS

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Anexo 2

ARGUMENTO

“MISTÉRIOS DO LAGO DO AMOR” Eram 6 horas da manhã e os primeiros raios de sol entravam pela janela. Tentando me proteger da luz peguei o travesseiro e pus sobre a cabeça, quando o despertador tocou incessantemente. Não suportando o barulho o desligo, me levanto, pego meu carro e vou ao meu escritório. Chegando lá o telefone toca e, do outro lado da linha, uma voz sensual dizia.

Alô! Detetive Pietro?

Oi Nataly o que conta de novo?

Preciso de sua ajuda.

Sou todo seu. (voz, sedutora)

Algo estranho esta acontecendo no lago do amor.

Deve ser algum casal mais ousado? (risos)

Naoooooooooooooooooooo Algo que está assustando as pessoas.

Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok?

Ok Pietro, vou ficar te devendo.

Vou cobrar heim!!! (sussurrando ao telefone)

Peguei meu carro e fui em direção ao lago, estacionei meu carro no estacionamento do Glauce Rocha; chegando lá peguei a ponte em direção ao Lago do Amor, peguei a trilha e fui andando pela margem do lago, fiquei observando atentamente o movimento das águas. Vejo algo se mover ao fundo do lago, um ponto incompreensível, olho atentamente seguindo-o e vejo ele se aproximar da beira do lago, quando percebo ser apenas uma capivara; alarme falso! Caminhei à beira do lago e vi uma garrafinha de suco de laranja flutuando.

- Será que isso assusta alguém? (pegando a garrafinha) Coloquei a garrafinha em um saco plástico e guardei. O sol começa a se pôr, olho no relógio e já são 18 horas, hora de ir.

Pensando melhor vou ficar mais um pouco. Fico observando a beira do lago e vejo várias capivaras indo em direção à margem, inclusive algumas que estão com seus filhotes.

O tempo passa e, agora sim, é hora de ir, já que nada de novo aconteceu. Pego meu possante preto como a noite e vou pra casa descansar.

No dia seguinte... Lá estou eu de novo a observar o lago. Durante a caminhada pelo lago encontro uma garota e converso brevemente

com ela, contando-lhe o caso perguntando se ela tinha visto algo; parecia lembrar-se de uma serpente gigante, mas, foi rápido demais, não deu pra identificar, mas assustou.

Pensei; nossa, será possível?ou será piração dessa menina? Tudo parecia muito tranqüilo e sereno; um ambiente perfeito para o encontro

de namorados, com seus banquinhos, onde resolvi me sentar quando meu celular tocou; era Nataly.

Oi Linda!

E aí Pietro descobriu algo?

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Nada de concreto, só o depoimento de uma estudante que encontrei por aqui, mas nada conclusivo.

Mas o que ela disse?

Ela tava viajando demais, dava pra ver pelos olhos dela, mas, pensando bem, bem que você poderia vir aqui, estou sentado em um dos banquinhos; vai ser fácil me achar.

Ok Pietro já to indo.

O tempo passa e, quando olho pra traz, lá esta ela vindo, linda como sempre, se sentando do meu lado. Coloco meu braço sobre seu ombro e digo a ela:

Como está lindo aqui você não acha?

Com certeza.

E com você aqui. (olha pra ela sem dizer nada) Os olhos se cruzaram de forma magnética de desse magnetismo surgiu

um beijo, um leve beijo. Ainda com os braços no ombros de Nataly Pietro olha para traz, piscando os olhos e diz: Não é a toa que chamam de lago do amor.

Fim

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Anexo 3

ROTEIRO

Descrição do Quadrinho Diálogo

Plano geral do quarto c/ uma cama de casal onde o detetive Pietro dorme todo esparramado e do lado direito da cama uma escrivaninha com um despertador. A Luz entra na janela.

Close de Pietro cobrindo o rosto com um travesseiro para se proteger da luz.

Close do despertador O despertador toca

Close do despertador com a mão de Pietro sobre ele sem tocá-lo.

O despertador continua tocando

Close do despertador O despertador para de tocar

Mostra o carro em frente da casa Vrummmmmmmmmmmmm

Mostra a frente do carro andando em uma rua.

Vrummmmmmmmmmmmm

Mostra a porta do escritório de Pietro

Mostra o interior do escritório com uma mesinha uma cadeira e um telefone com Pietro sentado na cadeira.

Da um close no telefone Toca o telefone

Mostra Pietro com o telefone no ouvido de frente

- Alô Detetive Pietro ? - Oi Nataly o que conta de novo ? - Algo de estranho esta acontecendo no lago do amor

Mostra Pietro com o telefone agora dando um close em sua boca e o bocal do telefone

- Como assim - Não sei, mas esta assustando as pessoas. - Deve ser algum casal mais ousado? (risos) - Nãooooooooooooooooooooooo - Ok Nataly, vou verificar e te ligo ok? - Ok Pietro, vou ficar te devendo.

Mostra o carro de frente andando em uma rua.

Vrummmmmmmmmmmmmmmmm

Mostra o carro estacionado no estacionamento do Glauce Rocha.

Mostra a ponte de longe, visualizando as placas

- Lá vamos nós.

Mostra a ponte.

Mostra o caminho depois da ponte onde há uns bambus

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Mostra Pietro de Costas e na frente o lago.

- Nossa. Realmente aqui é muito bonito.

Vê-se o lago e no fundo do lado esquerdo um ponto.

Mostra o rosto de Pietro olhando espantado, ele usava um óculos escuro e quando viu o objeto abaixou.

O que é aquilo?

Mostra o ponto agora um pouco mais a direita

Ele atinge a beira do lago e sai. - Nossa, é apenas uma capivara Caramba (indignação) - Alarme falso. (indignação)

Mostra a beira do lago onde se vê uma garrafinha de suco de laranja.

Aproxima-se um pouco da garrafinha.

Pega a garrafinha e olha Será que isso assusta alguém?

Mostra o lago e sol se pondo - Acho que é hora de ir embora, pensando melhor vou ficar mais um pouco.

Mostra Pietro e lago ao fundo

Mostra a margem do lago lotado de capivaras.

Close em uma das capivaras que amamentam seus filhotes enquanto Pietro observa.

Mostra o carro em movimento na rua Vrummmmmmmmmmmmmmmmmm

Mostra o nascer do sol

Mostra o lago novamente No dia seguinte...

Durante a caminhada pela beira do lago Pietro esbarra em uma estudante.

- Oi sou detetive, Meu nome é Pietro

Mostra em close o rosto da garota com um óculos escuros] a esquerda e de Pietro de costas a direita na frente da garota.

- Oi sou Anna estudante de Bilogoia (Anna) - Tem visto algo estranho por aqui? Estou investigando sobre algo que esta assustando as pessoas.

Mostra garota em close pensativa Hum vi algo com uma serpente gigante mas pensando bem não deu pra identificar direito mas assustou muito.

Mostra Pietro em close. - Muito obrigado.

Mostra Pietro se apoiando na cerca laranja observando a linda paisagem do lago. Sendo que ele é visto de costas com o lago ao fundo.

(pensando)..Deve existir algo mesmo ou é uma brincadeira de muito mal gosto.

Mostra Pietro sentado no banquinho dando um close da cintura pra cima de costas com o lago ao fundo.

(pensando)... Nossa aqui é tão bom pra namorar, um lugar maravilhoso.

Da um close no bolso de Pietro. Celular tocando

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(primmmmmmmmmmm)

Mostra o close do rosto e o celular no ouvido.

- Alo - Sou eu Nataly descobriu algo. - Nada conclusivo.

Mostra um close do celular e da boca. - Não quer vir aqui? Está tão bom. - Boa idéia, já estou indo.

Close da mão com celular ainda aberto.

Close do celular na mão fechando Click

Mostra o close do rosto de Pietro com o lago ao fundo.

Passado algum tempo...

Aparece Pietro de costas com o lago ao fundo.

Psiuuuu...Pietro !!!!!!

Aparece ele de costas com o rosto virando olhando pra traz.

Oi Nataly!

Mostra os dois em um close um olhando pro outro com o lago ao fundo, com eles sentados no banco.

Você tem razão. (Nataly)

Os dois em close dando um selinho

Mostra Pietro abaixando seus óculos escuros e com uma moldura de coração.

- Não é a toa que chamam de lago do amor.

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Anexo 4

IMAGENS

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