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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP Marcia Luzia Garcia Avaliação de Aplicativos Educacionais Livres segundo ISO/IEC 25000 Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital São Paulo-SP 2018

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

PUC-SP

Marcia Luzia Garcia

Avaliação de Aplicativos Educacionais Livres segundo

ISO/IEC 25000

Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital

São Paulo-SP

2018

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

PUC-SP

Marcia Luzia Garcia

Avaliação de Aplicativos Educacionais Livres segundo

ISO/IEC 25000

Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital

Dissertação apresentada à Banca

examinadora da Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo, como exigência parcial para

obtenção do título de MESTRE em Tecnologias

da Inteligência e Design Digital, sob a orientação

do Prof. Dr. João Augusto Mattar Neto.

São Paulo-SP

2018

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Banca Examinadora

______________________

______________________

______________________

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A Deus, acima de tudo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, pela vida que me concedeu e pelas

oportunidades infinitas de progresso intelectual e espiritual.

À minha família, que esteve sempre presente, me apoiando com o seu

amor incondicional, acreditando na minha capacidade e me incentivando e, em

especial, meu pai (in memorian), que me incentivou nesta jornada, mas não pôde

conferir a realização deste trabalho.

Ao meu namorado e futuro esposo Felipe Batista, pela paciência e

cumplicidade.

Ao meu incansável orientador Prof. Dr. João Mattar e a todos os

professores do TIDD, pela valiosa contribuição nos ensinamentos repassados.

A todos os funcionários da Secretaria de Educação Municipal de

Guarulhos, que de alguma forma contribuíram para a realização desse projeto.

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“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

(Fernando Pessoa)

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RESUMO

A tecnologia da informação tem sido cada vez mais relevante no processo de ensino

e aprendizagem. Nesse contexto, percebeu-se o surgimento e a popularização das

Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), que estão sendo

inseridas no cotidiano do ensino da Educação Infantil. Considerando a necessidade

de escolher um material de qualidade para auxiliar no desenvolvimento da educação

infantil, este trabalho buscou descrever critérios para avaliação de aplicativos

educacionais, utilizando como referência a norma ISO/IEC 25000, que especifica as

qualidades de produtos de software. Para a realização dessa avaliação, foram

escolhidos alguns dos aplicativos educacionais livres mais utilizados pelas escolas

da Secretaria de Educação Municipal de Guarulhos, aplicando-se um questionário

quantitativo e qualitativo a alguns professores da Rede que utilizavam tais

aplicativos. Constatou-se que a avaliação dos aplicativos em estudo proporcionou

um momento de reflexão sobre a qualidade de tais produtos que, por sua vez, são

de grande importância na construção de um ensino de qualidade no

desenvolvimento da educação Infantil desse Município.

Palavras-chave: Qualidade de produtos de software. ISO/IEC 25000. Avaliação.

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ABSTRACT

Information technology has been increasingly relevant in the process of teaching and

learning. In this context, it was noticed the emergence and popularization of the

Digital Information and Communication Technologies (DICT), being inserted in the

daily education of children. Considering the need to choose a quality material to

assist in the development of early childhood education, this work sought to describe

criteria for the evaluation of educational applications, using as reference the ISO/IEC

25000 standard, which specifies the qualities of software products. In order to carry

out this evaluation, some of the free educational applications most used by the

schools of the Municipal Education Department of Guarulhos were chosen, applying

a quantitative and qualitative questionnaire to some teachers of the Network that

used such applications. It was verified that the evaluation of the applications under

study provided a moment of reflection on the quality of such products, which, in turn,

are of great importance in the construction of a quality pedagogical teaching in the

development of the children education of this Municipality.

Keywords: Software quality products. ISO/IEC 25000. Evaluation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 — Hagáqué ................................................................................................. 25

Figura 2 — Homem Batata ........................................................................................ 26

Figura 3 — GCompris................................................................................................ 27

Figura 4 — Sebran .................................................................................................... 28

Figura 5 — Tux of Math ............................................................................................. 28

Figura 6 — Tux of Paint............................................................................................. 29

Figura 7 — Klettres ................................................................................................... 30

Figura 8 — Qualidade de Produtos de Software ....................................................... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 — Notas do IDEB .....................................................................................24

Tabela 2 — Organização da série quadrada de normas (SQuaRE) ....................... 32

Tabela 3 — Processo de Avaliação de Qualidade de Produto de Software Modelo

de Referência ............................................................................................................ 39

Tabela 4 — Caracteristica e Subcaracterística ....................................................... 47

Tabela 5 — Grau de Importância e Peso ................................................................ 47

Tabela 6 — Característica, Subcaracterística e Peso ............................................. 48

Tabela 7 — Classificação e julgamento segundo Marçal e Beuren ........................ 49

Tabela 8 — Idade dos avaliadores .......................................................................... 51

Tabela 9 — Resposta da pergunta 1 ....................................................................... 51

Tabela 10 — Resposta da pergunta 1.1 .................................................................... 52

Tabela 11 — Resposta da pergunta 2 ....................................................................... 52

Tabela 12 — Resposta da pergunta 2.1 .................................................................... 52

Tabela 13 — Resposta da pergunta 3 ....................................................................... 53

Tabela 14 — Requisitos mais listados pelos avaliadores. ......................................... 53

Tabela 15 — Nota e Julgamento. .............................................................................. 54

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANA — Avaliação Nacional de Alfabetização

CEU — Centro de Educação Unificado

CIL — Centro de Incentivo à Leitura

CME — Centro Municipal de Educação

EJA — Educação de Jovens e Adultos

HQ — História em Quadrinho

IDEB — Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira

IEC — International Electrotechnical Commission

ISO — International Organization for Standardization

JTC — Joint Technical Committee

MEC — Ministério da Educação

Mp — Média Ponderada

PIB — Produto Interno Bruto

SQuaRE — Systems and Software Quality Requirements and Evaluation

TDIC — Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

TICESE — Técnica de Inspeção de Conformidade Ergonômica de Software

Educacional

WWW — World Wide Web

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 14

1.1 Tema .............................................................................................................. 15

1.2 Problema ....................................................................................................... 15

1.3 Justificativa ................................................................................................... 15

1.4 Objetivos ....................................................................................................... 15

1.4.1 Objetivo geral ................................................................................................. 15

1.4.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 16

1.5 Metodologia .................................................................................................. 16

1.6 Estruturação do trabalho ............................................................................. 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DE LITERATURA ................... 18

3 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUARULHOS .................. 22

4 APLICATIVOS UTILIZADOS ......................................................................... 25

4.1 HagáQué ........................................................................................................ 25

4.2 Homem Batata .............................................................................................. 26

4.3 GCompris ...................................................................................................... 26

4.4 ABC do Sebran ............................................................................................. 27

4.5 Tux, of Math Command ................................................................................ 28

4.6 Tux Paint ....................................................................................................... 29

4.7 Klettres .......................................................................................................... 29

5 QUALIDADE DE SOFTWARE NA EDUCAÇÃO ........................................... 31

5.1 Qualidade de produtos de software ............................................................ 33

5.2 Adequação funcional ................................................................................... 34

5.3 Eficiência de desempenho .......................................................................... 35

5.4 Compatibilidade............................................................................................ 35

5.5 Usabilidade ................................................................................................... 35

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5.6 Confiabilidade ............................................................................................... 36

5.7 Segurança ..................................................................................................... 36

5.8 Manutenção................................................................................................... 37

5.9 Portabilidade ................................................................................................. 38

5.10 Modelo de referência do processo de avaliação da qualidade ................ 38

5.10.1 Estabelecer os requisitos de avaliação .......................................................... 40

5.10.2 Especificar a avaliação ................................................................................... 41

5.10.3 Projetar a avaliação ........................................................................................ 42

5.10.4 Executar a avaliação ...................................................................................... 43

5.10.5 Concluir a avaliação ....................................................................................... 44

6 METODOLOGIA ............................................................................................ 45

6.1 O Plano do projeto de avaliação da qualidade .......................................... 45

6.1.1 Especificar sistemas e requisitos de qualidade de software ........................... 45

6.1.2 Definir os objetivos da avaliação da qualidade de sistemas e software ......... 45

6.1.3 Estabelecer os requisitos de avaliação .......................................................... 46

6.1.4 Projetar avaliação ........................................................................................... 46

6.1.5 Executar a avaliação ...................................................................................... 50

7 RESULTADOS ............................................................................................... 51

7.1 Análise dos resultados ................................................................................ 51

8 CONCLUSÃO ................................................................................................ 56

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 58

APÊNDICE A — QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO .................................... 62

APÊNDICE B — CÁLCULO DA MÉDIA PONDERADA ................................ 62

ANEXO A — TABELA DE DECISÃO ........................................................... 62

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1 INTRODUÇÃO

Cada vez mais são utilizados recursos tecnológicos no processo de

ensino e aprendizagem. Percebemos um aumento considerável de ferramentas

disponíveis para fins pedagógicos, que, entretanto, nem sempre se preocupam em

se adequar ao contexto escolar, mas muitas vezes mais ao contexto comercial.

Borges Neto (1999) afirma sobre o uso do computador na educação:

Embora seja um instrumento fabuloso devido a sua grande capacidade de armazenamento de dados e a facilidade na sua manipulação não se pode esquecer que este equipamento não foi desenvolvido com fins pedagógicos, e por isso é importante que se lance sobre o mesmo um olhar crítico e se busque, face às teorias e práticas pedagógicas, o bom uso desse recurso. O mesmo só será uma excelente ferramenta, se houver a consciência de que possibilitará mais rapidamente o acesso ao conhecimento e não, somente, utilizado como uma máquina de escrever, de entretenimento, de armazenagem de dados.

Para este autor, o conceito de utilização do computador na educação está

relacionado com a informática educativa, que utiliza recursos técnicos em prol de

uma educação dinâmica, como suporte ao professor, não perdendo o objetivo de

uso consciente para uma aprendizagem adequada e significativa.

Segundo Valente (1998), “para a implantação dos recursos tecnológicos

de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o

computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador

como meio educacional e o aluno”, sendo que nenhum se sobressai ao outro. O

autor acentua que “o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz,

mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado

ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador”

(VALENTE, 1998, p. 13).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam:

É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras. (BRASIL, 1997).

Por outro lado, existe uma preocupação em adequar essas ferramentas a

propostas pedagógicas, e a avaliação de aplicativos apresenta-se como proposta de

adequação na qual é possível aferir vários itens que compõem os aplicativos

educacionais.

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Mesmo com a publicação da LDB — Lei de Diretrizes e Bases de 1996

(BRASIL, 1996), que considera a educação infantil legalmente concebida e

reconhecida como etapa importante na educação básica, as pesquisas encontradas

na literatura sobre a qualidade de aplicativos educacionais estão mais concentradas

no ensino médio e ensino superior.

Esta pesquisa propõe-se a auxiliar na escolha de recursos tecnológicos

na educação infantil, no caso, os aplicativos educacionais, e avaliar a qualidade de

tais escolhas.

1.1 Tema

Avaliação de aplicativos educacionais livres de acordo com a ISO/IEC

25000.

1.2 Problema

Como avaliar aplicativos educacionais livres?

1.3 Justificativa

Existe uma preocupação em utilizar recursos tecnológicos cada vez mais

cedo na educação. Esses recursos necessitam estar em conformidade com a

proposta pedagógica, ao mesmo tempo em que é necessária uma reformulação na

utilização de tais recursos.

1.4 Objetivos

Os objetivos desta pesquisa estão divididos em geral e específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Apresentar os aplicativos educacionais livres utilizados nas escolas

municipais de Guarulhos, que atendem alunos da educação infantil e do ensino

fundamental I, assim como fornecer diretrizes para os formadores avaliarem a

qualidade destes aplicativos e auxiliarem na tomada de decisão de utilização.

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1.4.2 Objetivos específicos

a) revisar a literatura sobre a avaliação de qualidade de utilização de

tecnologia na educação;

b) levantar os aplicativos educacionais livres mais utilizados nas escolas

municipais de Guarulhos;

c) descrever critérios de avaliação de qualidade de software em consonância

com a ISO/IEC 25000.;

d) aplicar um questionário de avaliação desses requisitos aos utilizadores;

e) analisar os resultados.

1.5 Metodologia

A metodologia desta pesquisa pode ser dividida nos seguinte itens:

a) revisar a literatura sobre a avaliação de aplicativos educacionais na

educação infantil e no ensino fundamental I;

b) compreender os requisitos da norma ISO/IEC 25000;

c) fazer uma análise prévia dos aplicativos livres utilizados nas escolas

municipais de Guarulhos;

d) definir os requisitos, características e subcaracterísticas que serão

utilizados na elaboração do questionário de qualidade;

e) por fim, analisar os resultados do questionário.

1.6 Estruturação do trabalho

A apresentação da presente dissertação está estruturada em forma de

capítulos. O primeiro capítulo apresentou a Introdução, que mostra o contexto do

uso da tecnologia na educação infantil.

No capítulo 2 serão discutidas a fundamentação teórica e a revisão da

literatura.

No capítulo 3 é apresentada a estrutura da Secretaria Municipal de

Educação de Guarulhos, onde foi realizada a pesquisa.

No capítulo 4 serão descritos os aplicativos educacionais livres utilizados

nas escolas municipais da Secretaria de Educação de Guarulhos.

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No capítulo 5 serão apresentados os conceitos sobre a norma ISO/IEC

25000.

No capítulo 6 será apresentada a metodologia de avaliação da qualidade

dos aplicativos educacionais livres.

No capítulo 7 será apresentado o resultado da metodologia da aplicação

da avaliação.

No capítulo 8 serão apresentadas a conclusão e as considerações finais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO DE LITERATURA

Uma reflexão sobre uso de aplicativos educacionais em relação à sua

qualidade é mais comum no período do Ensino Médio e Ensino Superior, mas o uso

da tecnologia na educação infantil está abordado com o parecer CNE/CEB 22/1998

da União em 1999, que diz:

Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia. (BRASIL, 1998).

Para Boff e Reategui (2005), a natureza do software educativo é

multidisciplinar. Dessa forma, a avaliação deve iniciar pela montagem de uma

equipe de trabalho (pedagogo, psicólogo, programadores, entre outros). Além deste

aspecto, deve levar em consideração a teoria e a proposta pedagógica da escola,

além do contexto sócio cultural do público-alvo. O desenvolvimento cognitivo e

intelectual dos alunos também deve ser levado em consideração.

Santos (2002), preocupada com a inserção de aplicativos educacionais

nas escolas, propôs uma pesquisa cuja proposta não é comercializar um aplicativo

educacional, mas suscitar reflexões sobre a produção desse aplicativo e sugerir um

modelo de aplicativo educacional para educação infantil dentro dos princípios do

ensino montessoriano.

Para tanto, Santos (2002) utilizou o jogo educativo Caixa de Cores. Sua

atividade é apresentar cores primárias aos alunos. O jogo educativo foi avaliado com

conceitos de usabilidade, não somente para que o jogo fosse de fácil manipulação

pelo usuário, mas, sobretudo, para que fosse útil e pertinente à proposta didático-

pedagógica para a qual foi concebido.

Já Gamez (1998) afirma que:

vivemos hoje um universo onde a informática domina todos os setores da informação. O ensino tradicional dá lugar à inserção das tecnologias de informação em contexto educacional, através da adaptação de métodos e instrumentos de ensino, em materiais educacionais informatizados, nomeados software educacionais.

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Para o autor, as reflexões sobre o uso de aplicativos educacionais se

referem à forma de adequação da utilização desses aplicativos como parte da

proposta pedagógica, ou seja, saindo de uma proposta pequena para uma proposta

maior.

Para isso, ele faz os seguintes questionamentos: Como enriquecer o

ambiente de aprendizagem? Quais os usos que se pode fazer do computador para

produzir melhores resultados e em que circunstâncias? Como avaliar se a utilização

dos materiais educacionais informatizados estão realmente sendo efetuadas de

forma adequada para contribuir para a efetivação da aprendizagem?

Valente (1998) afirma que estas perguntas são frequentes e, ao

considerar este panorama, defende a ideia de que o computador pode provocar uma

mudança de paradigma pedagógico.

Nesse contexto, Gamez diz que ora o computador se comporta como

tutor, ora este se comporta como ferramenta, quer dizer, como meio de ensino-

aprendizagem, como ferramenta de trabalho e como objeto de estudo quando a

educação for apoiada por computadores.

De acordo com Silva (1998, p. 55-56):

A área de estudos da ergonomia de software interessa-se ao mesmo tempo à utilidade (adequação à tarefa), usabilidade (facilidade de uso) e à utilizabilidade (usabilidade + utilidade) dos produtos e sistemas informáticos, de modo a favorecer a adequação dos software, particularmente das interfaces, às tarefas e objetivos de interação do usuário, o que corresponde, em termos práticos, à capacidade do software em "permitir" ao usuário, atender facilmente seus objetivos. A utilidade determina se o produto ou sistema atende as necessidades funcionais e operacionais. Já a utilizabilidade, a facilidade de aprendizagem e de utilização.

Para Fernandes (2013), na inserção de softwares educativos no ensino, o

professor deve levar em consideração o currículo escolar e adotar critérios didáticos

e pedagógicos relacionados aos seus objetivos de ensino. Enfim, para escolher um

bom software, deve-se observar as questões políticas, filosóficas, culturais, didáticas

e pedagógicas que envolvem esse recurso de ensino. A autora utilizou e avaliou o

aplicativo GCompris segundo critérios estabelecidos pela ela como categoria

software livre, critérios pedagógicos como possibilidades e práticas pedagógicas

sendo considerado apto ao uso.

Oliveira, Costa e Moreira (2001) avaliam os softwares educacionais

baseados em quatro categorias assim definidas: interação aluno software

educacional professor; fundamentação pedagógica; e conteúdo e programação.

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A primeira categoria, interação aluno software educacional professor,

aborda o papel do professor na facilitação do uso do aplicativo, nos recursos

motivacionais, nas adequações das atividades pedagógicas, nas adequações dos

recursos de mídia às atividades pedagógicas, na interatividade social e no

favorecimento do papel de facilitador do professor.

Já a segunda categoria, a fundamentação pedagógica, está relacionada à

definição e à presença de uma base pedagógica que permeia as atividades, ou seja,

a relação do aplicativo com os objetivos e as propostas pedagógicas.

A terceira categoria, o conteúdo, está relacionada ao nível de pertinência

do conteúdo da área de conhecimento selecionada para trabalho e à excelência ao

software como ferramenta didática, à adequação do conteúdo ao público-alvo e ao

currículo escolar, bem como a possibilidade de níveis de aprofundamento de

diferentes alternativas de abordagem, e, por último, conhecimentos prévios para a

sua utilização.

E, por fim, a programação abrange as características relativas a qualquer

software, possibilitando seu bom funcionamento no computador, levando-se em

consideração a confiabilidade, fidedignidade e integridade. A confiabilidade trata da

implementação, a elaboração e preparação dos módulos para execução. Já a

fidedignidade trata da correção, precisão, completeza, simplicidade e concisão na

construção do software, enquanto a integridade cuida da robustez e segurança.

Outros autores preocupam-se com a qualidade de aplicativos

educacionais que estão sendo inseridos na prática pedagógica, como Gamez

(1998), que propôs um estudo de ergonomia de software com sua Técnica de

Inspeção de Conformidade Ergonômica de Software Educacional — TICESE, com

foco sobre a ergonomia de software aplicada a produtos educacionais

informatizados. A técnica orienta os avaliadores em relação aos aspectos

pedagógicos como aspectos referentes à interface desde tipo de produto.

Por outro lado, Silva (1998) descreve:

A ergonomia de software busca trabalhar observando a questão da qualidade dos produtos de software, procurando conhecer como o usuário percebe a tarefa a ser executada; interage com a máquina e processa o conhecimento que possui, transpondo seu modelo mental para o sistema computacional.

De modo geral, os aplicativos educacionais são avaliados segundo uma

proposta técnica que visa verificar pontos como usabilidade, flexibilidade, erros,

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feedback, compatibilidade, entre outros aspectos, juntamente com aspectos

pedagógicos como proposta pedagógica, adequação ao tema e cultura escolar,

entre outros.

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3 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GUARULHOS

Guarulhos é uma cidade localizada na região da grande de São Paulo, no

estado de São Paulo. De acordo com o último dado do censo demográfico de 2010,

é a segunda cidade mais populosa do estado. É a cidade não capital de estado mais

populosa do Brasil e, de acordo com dados do IBGE de 2015, detém o 4º maior

produto interno bruto (PIB) de seu estado, atrás somente de São Paulo, Osasco e

Campinas, respectivamente, e também o 12º maior do país (IBGE, 2018).

A Secretaria de Municipal de Educação de Guarulhos teve um

crescimento na última década. De acordo com os dados do Censo Escolar, em 2007

Guarulhos possuía 118 escolas, e hoje conta com 141 escolas, observado um

aumento de um quinto nos últimos dez anos.

O atendimento das escolas da rede está compreendido entre o Berçário I,

na etapa da Educação Infantil, até ao 5° ano do Ensino Fundamental, distribuídos

em: escolas que atendem somente a Educação Infantil contendo Ciclo I ou Ciclo II,

ou ambas, e escolas que atendam somente o Ensino Fundamental compreendido

entre o 1° ao 5° ano.

A Secretaria de Educação também possui escolas que atendem a

Educação Infantil ao Ensino Fundamental compreendido entre o Estágio I do Ciclo II

ao 5° ano do Ensino Fundamental. Foram estas as escolas analisadas nesta

pesquisa de avaliação. Algumas escolas apresenta a modalidade Educação de

Jovens e Adultos EJA, conforme o Quadro 1.

Quadro 1 — Modalidade e classes.

Etapas

Educação Infantil

Ciclo I Berçário I, Berçário II e

Maternal

Ciclo II Estagio I e Estágio II

Ensino Fundamental Ciclo I 1° Ano, 2° Ano, 3 Ano, 4°

Ano e 5° Ano

Modalidade EJA Ciclo I

Ciclo II

Fonte: A autora.

A Secretaria também conta com outros equipamentos que também estão

abaixo de sua hierarquia institucional, como 9 Centros de Educação Unificado

CEUs, 7 Centros de Incentivo à Leitura CILs, 2 Centros Municipal de Educação CME

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e entidades conveniadas que atendem os excedentes da demanda escolar na etapa

da Educação Infantil.

O ensino brasileiro passa por avaliações durante o período da educação

básica até a educação superior. Segundo Luckesi (2011), “o ato de avaliar a

aprendizagem na escola é um meio de tornar os atos de ensinar e aprender

produtivos e satisfatórios”, e uma forma de avaliar a educação básica é o indicador

do Provinha Brasil. A Provinha Brasil é uma avaliação aplicada aos alunos

matriculadas no 2º ano do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras com

o objetivo de avaliar as habilidades desenvolvidas pelas crianças.

Esta avaliação é composta pelos testes de Língua Portuguesa e de

Matemática. A Provinha Brasil é aplicada duas vezes ao longo do mesmo ano aos

alunos; desse modo, permite um diagnóstico mais preciso. A Provinha Brasil

contribui na gestão escolar em conjunto com o corpo docente para a obtenção de

mais informações que auxiliem no monitoramento e na avaliação dos processos de

desenvolvimento da alfabetização e do letramento inicial e das habilidades iniciais

em matemática.

Considerada um instrumento pedagógico, sem finalidades classificatórias,

a Provinha Brasil não gera índices que reflitam a situação de todo o sistema de

ensino; portanto, não serve para instrumentalizar políticas públicas. Os resultados

são de uso interno de cada unidade escolar.

Uma outra avaliação é a Avaliação Nacional de Alfabetização, a ANA,

pertencente ao Ministério da Educação — MEC, uma avaliação censitária realizada

no mês de novembro destinada aos alunos matriculados no 3º ano do ensino

fundamental de todo o país, com o objetivo de avaliar os conhecimentos desses

estudantes em leitura, escrita e matemática.

Outra forma de avaliar a educação básica é o IDEB — Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007 pelo INEP — Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, que compete ao

Ministério da Educação. Esse índice mede a qualidade de cada escola e de cada

rede de ensino; o indicador é calculado com base no desempenho do estudante em

avaliações do INEP e em taxas de aprovação.

De acordo com o resultado do IDEB observado para a rede do município

de Guarulhos, comparado às notas projetadas pelo INEP, a Secretaria Municipal de

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Educação de Guarulhos teve resultado acima do esperado em todos os anos

avaliados, comparados com a nota mínima nacional, conforme a Tabela 1:

Tabela 1 — Notas do IDEB.

Ano IDEB Observado Notas Projetadas

2007 4.5 4.2

2009 4.8 4.6

2011 5.4 5.0

2013 5.6 5.3

2015 6.0 5.5

Fonte: Adaptado IDEB

A cidade de Guarulhos tem sua importância econômica expressiva dentro

do estado de São Paulo. A Secretaria Municipal de Educação vem acompanhando o

crescimento do município com a inauguração de escolas sem deixar de perceber

que os resultados das avalições de ensino da educação básica, como o IDEB.

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4 APLICATIVOS UTILIZADOS

Existem vários aplicativos utilizados na Secretaria de Educação de

Guarulhos que abrangem áreas como matemática, língua portuguesa, raciocínio

lógico e alfabetização. Todos são aplicativos livres escolhidos pela disponibilidade

na rede de internet e pela isenção de pagamento de direitos autorais. Esses

aplicativos, em geral, foram escolhidos para serem trabalhados com alunos da

Educação Infantil e primeira fase do Ensino Fundamental. E para efeito dessa

pesquisa, foram selecionados sete aplicativos mais utilizados pelas escolas

municipais conforme descritos abaixo:

4.1 HagáQué

O Hagáqué é um aplicativo educacional livre para a criação de histórias

em quadrinhos HQ. As histórias são criadas a partir da escolha de imagens e um

banco de imagens disponível ou importado de outro lugar denominado cenários, que

vão compondo a imagem da narrativa. O aplicativo dispõe de funcionalidades para

edição de imagens e, após a escolha dos cenários, é possível inserir personagens,

sendo ainda possível adicionar balões onde serão digitados os textos, com alguns

recursos de edição de texto. Esse aplicativo dispõe de recursos para publicar na

internet com extensão html. O HQ auxilia no processo ensino aprendizagem, no

domínio da linguagem escrita e na produção de texto.

Figura 1 — Hagáqué

Fonte: adaptado de Hagáqué

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4.2 Homem Batata

O Homem Batata (KTuberling ou Potato Guy) é um aplicativo educacional

livre para a criação da imagem de um ser humano em formato de batata, através de

recursos disponíveis para a inserção de imagens de partes do corpo humano. O

aplicativo dispõe de poucas funcionalidades para a edição de imagem, como opção

de troca de cenário de fundo. A funcionalidade denominada fala possui a opção de

áudios na língua portuguesa ou inglesa. A imagem do Homem Batata é conhecida

pelos alunos por ser um personagem do filme Toy Story (História dos Brinquedos).

Esse aplicativo trabalha atividades lúdicas como a coordenação motora, o raciocínio

lógico e a criatividade.

Figura 2 — Homem Batata

Fonte: Adaptado de Homem Batata

4.3 GCompris

O GCompris é um aplicativo educacional livre desenvolvido pela KDE,

rede mundial de engenheiros de software. Desenvolvido por um francês, GCompris,

ou “J’ai compris” em francês, significa “eu entendi”. O aplicativo apresenta um menu

principal que está dividido em um conjunto de oito tipos de atividades, tanto lúdicas

quanto educacionais, que, na área de exatas, contém atividades como raciocínio

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lógico, operações fundamentais da aritmética, memorização, reconhecimento,

ordenação de números e horas e desenho de números. Também possui atividades

na área da alfabetização como reconhecimento de letras, formação de palavras e

digitação de texto. O aplicativo abrange outros campos das ciências da natureza e

geografia e, ainda, possui recursos auditivos que auxiliam nas atividades propostas.

Além de auxiliar em diversas atividades, como de matemática, o GCompris também

auxilia, no processo de ensino e aprendizagem, no domínio da linguagem escrita.

Figura 3 — GCompris

Fonte: Adaptado de GCompris

4.4 ABC do Sebran

O ABC do Sebran é um aplicativo educacional livre, de suporte à

alfabetização, como leitura e reconhecimento de letras do alfabeto, que também

contém atividades com as operações fundamentais da aritmética. O aplicativo está

dividido em 12 atividades, tanto recreacionais quanto educacionais. Possui recursos

auditivos e ajuste da velocidade da execução na configuração que auxiliam nas

atividades propostas. É disponível em mais de trinta idiomas, incluindo o português.

O ABC do Sebran, que também trabalha atividades de matemática, auxilia, no

processo de ensino e aprendizagem, no domínio do reconhecimento das letras do

alfabeto.

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Figura 4 — Sebran

Fonte: Adaptado do Sebran

4.5 Tux, of Math Command

O Tux, of Math Comand, ou Comando de Matemática, é um aplicativo

educacional livre, de suporte à matemática, com atividades com as quatro

operações fundamentais da aritmética. O aplicativo é semelhante a jogos de nave

espacial árcade com o pinguim Tux, mascote do sistema operacional Linux, baseado

no jogo de fliperama Missile Command. É necessário raciocínio rápido ao se jogar e

efetuar as contas matemáticas propostas pelo aplicativo. É indicado,

especificamente, para o ensino da matemática e o desenvolvimento da velocidade

do raciocínio.

Figura 5 — Tux of Math

Fonte: Tux of Math

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4.6 Tux Paint

O Tux Paint é um aplicativo educacional livre. A utilização é basicamente

a construção e edição de desenhos de livre criação com uma interface intuitiva e

colorida. Possui o pinguim Tux, mascote do sistema operacional Linux. O aplicativo

contém um banco de imagens prévio que podem ser usadas como cenário de fundo,

e imagens pequenas que auxiliam na construção do desenho. Possui recursos de

áudio lúdicos no banco de áudios que representam imagens no mundo real. Possui

também recursos para gravar o histórico das imagens construídas e exibidas em

formato de apresentação de slides. Possui ferramentas que permitem trabalhar

outras áreas como raciocínio lógico, reconhecimento de formas geométricas e

processo de ensino e aprendizagem no domínio da linguagem escrita.

Figura 6 — Tux of Paint

Fonte: Adaptado de Tux of Paint

4.7 Klettres

O Klettres é um aplicativo educacional livre de apoio à alfabetização, com

quatro tipos de níveis de dificuldade. Os níveis um e dois lidam com o alfabeto, e os

níveis três e quatro com as sílabas. Possui recursos de áudio e opção de língua,

como inglesa ou francesa. Apesar de não possuir correspondente em língua

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portuguesa previamente instalado, na parte de configurações podem ser utilizados e

adicionados mais de vinte idiomas variados. O aplicativo consiste na apresentação

da letra ou silaba do alfabeto de forma aleatória, e o som correspondente à

apresentação em tela é reproduzido. Este aplicativo trabalha o processo de ensino e

aprendizagem no domínio da formação das palavras e reconhecimento de sons das

sílabas.

Figura 7 — Klettres

Fonte: Adaptado Klettres

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5 QUALIDADE DE SOFTWARE NA EDUCAÇÃO

Muitos autores discutem a importância da qualidade de software na

educação, como aplicativos bem construídos e bem utilizados dentro de um plano de

aula. Pfleeger (1991), por exemplo, propôs que um software de alta qualidade deve

possuir características que atendam às necessidades de usuários, desenvolvedores

e manutenedores.

Assim, um software educacional deverá atender a todas as exigências de

quem está envolvido no uso desses aplicativos. Quanto aos usuários, o aplicativo

deverá ser de fácil acessibilidade para auxiliar no desenvolvimento cognitivo dos

alunos e oferecer condições para que os professores ajudem seus alunos no

desenvolvimento de suas atividades através da utilização desses aplicativos.

Como em todo processo de controle de qualidade, dentre as qualidades

de software identificamos também a ISO, International Organization for

Standardization, Organização Internacional para Padronização. Nesse caso, a

família ISO está representada pela IEC — International Electronichnical Commission,

Comissão Internacional Eletrônica.

Juntas, as comissões técnicas da ISO e da IEC colaboram em domínios

de interesse mútuo nos campos específicos de atividade técnica. No campo da

tecnologia da informação, ISO e IEC estabelecem um comitê técnico conjunto

ISO/IEC JTC — Joint Technical Committee — Comitê Técnico Conjunto.

Por exemplo, a arquitetura de Normas SQuaRE (ISO/IEC 25000), que

significa Software Quality Requirements and Evaluation, teve início em 1999 e vem

orientando a revisão das normas já publicadas pela ISO, bem como a criação de

novas normas que atendem aos requisitos do mercado e à evolução da Engenharia

de Software. É umas das normas mais importantes a respeito de caracterização e

medição de qualidade de produto de software.

De acordo com a ISO 25000, o objetivo geral do SQuaRe é definido como

a criação do conjunto de Normas Internacionais para mover uma organização lógica,

enriquecida e séries unificadas, abrangendo dois processos principais: especificação

de requisitos de qualidade de software e sistemas e avaliação de qualidade de

software, apoiado por um processo de sistemas e de medição da qualidade.

A finalidade do conjunto dessas normas internacionais é ajudar

desenvolvedores e aquisitores de sistemas e produtos de software com a

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especificação e avaliação de requisitos de qualidade e estabelecer critérios para a

especificação de sistemas e requisitos de qualidade do produto de software, sua

medição e avaliação.

O SQuaRE inclui um modelo de duas partes para alinhar definições da

qualidade dos clientes com atributos do processo de desenvolvimento. Além disso, a

série fornece medidas recomendadas para sistemas de medidas e atributos para

qualidade de produto de software que pode ser usado, mas não se limitando, por

desenvolvedores, adquirentes e avaliadores independentes de sistemas e produtos

de software.

Segundo a ISO, a série de normas consiste na seguinte divisão, com o

título Sistemas e Requisitos de Qualidade de Software e Avaliação (SQuaRE)

a) ISO/IEC 2500n, Divisão da Gestão da Qualidade;

b) ISO/IEC 2501n, Divisão de Modelo de Qualidade;

c) ISO/IEC 2502n, Divisão de Medição da Qualidade;

d) ISO/IEC 2503n, Divisão de Requisitos da Qualidade

e) ISO/IEC 2504n, Divisão de Avaliação da Qualidade e

f) ISO/IEC 25050 com a norma ISO/IEC 25099 — Divisão de Extensão.

A Tabela 2 representa a distribuição da série de normas.

Tabela 2 — Organização da série quadrada de normas (SQuaRE)

Divisão dos Requisitos

de Qualidade

2503n

Divisão do Modelo de

Qualidade

2501n Divisão de Avaliação de

Qualidade

2504n

Divisão da Gestão de

Qualidade

2500n

Divisão da Medição da

Qualidade

2502n

Divisão da Extensão 25050 — 25099

Fonte: Adaptação da ISO 25000

Segundo a ISO, as divisões dentro do modelo SQuaRE são:

Divisão de Medição da Qualidade — ISO/IEC 2502n. Inclui um modelo

de referência de medição de qualidade do produto de software, definições

matemáticas de medidas de qualidade e orientações práticas para a sua aplicação.

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Essa divisão apresenta medidas internas de qualidade de software, medidas

externas de sistema ou qualidade do produto de software e qualidade em medidas

de uso.

Divisão de Gestão da Qualidade — ISO/IEC 2500n. Essa divisão define

todos os modelos comuns, termos e definições referidos por todas as outras normas

da série SQuaRE. Fornecem as orientações através de documentos SQuaRE e

sugestões práticas de alto nível na aplicação de normas adequadas para casos de

aplicação específicas que oferecem ajuda a todos os tipos de usuários. A Gestão da

Qualidade também fornece os requisitos e orientações para uma função de apoio

que é responsável pela gestão de especificação de requisitos de produtos e

avaliação.

Divisão de Modelo de Qualidade — ISO/IEC 2501n. As Normas

Internacionais que formam essa divisão contam com modelos atuais de qualidade

detalhados para sistemas e produtos de software, qualidade em uso e dados.

Também é fornecida orientação prática sobre o uso do modelo de qualidade.

Divisão de Requisitos de Qualidade — ISO/IEC 2503n. Ajuda a

especificar os requisitos de qualidade. Estes requisitos podem ser utilizados no

processo de elicitação de requisitos de qualidade para um produto a ser

desenvolvido ou como entradas para um processo de avaliação.

Divisão de Avaliação da Qualidade — ISO/IEC 2504n. Fornece os

requisitos, recomendações e diretrizes para avaliação do produto para

desenvolvedores, adquirentes e avaliadores independentes.

Divisão de extensão ISO/IEC 25050-25099. Requisitos para produtos de

software de prateleira disponíveis comercialmente e instruções para teste e formato

comum da indústria para relatório de teste de usabilidade.

5.1 Qualidade de produto de software

De acordo com a ISO/IEC 25010, modelo de qualidade é a pedra angular

de um sistema de avaliação da qualidade do produto. O modelo de qualidade

determina quais características de qualidade serão levadas em consideração ao

avaliar as propriedades de um produto de software.

A qualidade de um sistema é o grau em que o sistema satisfaz as

necessidades declaradas e implícitas de suas diversas partes interessadas e,

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portanto, fornece valor. As necessidades dessas partes interessadas

(funcionalidade, desempenho, segurança, manutenção, dentre outros) são,

exatamente, o que é representado no modelo de qualidade, que categoriza a

qualidade do produto em características.

O modelo de qualidade do produto definido na ISO/IEC 25010

compreende as oito características de qualidade apresentadas na figura 8:

Figura 8 — Qualidade de Produtos de Software

Fonte: http://iso25000.com/index.php/en/iso-25000-standards/iso-25010

As características do modelo de qualidade de software, em conformidade

a norma ISO/IEC 25010, são: adequação funcional: eficiência de desempenho;

compatibilidade; usabilidade, confiabilidade; segurança; manutenção; e

portabilidade. Abaixo, seguem as descrições dessas características e suas

subcaracterísticas.

5.2 Adequação funcional

Característica que representa o grau em que um produto ou sistema

fornece funções que satisfazem necessidades declaradas e implícitas quando

usadas em condições especificadas:

a) completude funcional: o conjunto de funções cobre todas as tarefas

especificadas e os objetivos do usuário;

b) correção funcional: o produto ou sistema fornece os resultados

corretos com o necessário grau de precisão;

c) adequação funcional: as funções facilitam a realização de tarefas e

objetivos específicos.

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5.3 Eficiência de desempenho

Característica que representa o desempenho relativo à quantidade de

recursos utilizados nas condições declaradas.

a) comportamento do tempo: os tempos de resposta e processamento e

as taxas de transferência de um produto ou sistema, ao executar suas

funções, atendem aos requisitos;

b) utilização de recursos: os valores e tipos de recursos utilizados por um

produto ou sistema, ao executar suas funções, atendem aos

requisitos;

c) capacidade: os limites máximos de um produto ou parâmetro do

sistema atendem aos requisitos.

5.4 Compatibilidade

Determina o grau em que um produto, sistema ou componente pode

trocar informações com outros produtos, sistemas ou componentes, e/ou executar

as suas funções necessárias, enquanto compartilha o mesmo ambiente de hardware

ou software.

a) coexistência: o produto pode desempenhar as suas funções

necessárias de forma eficiente ao compartilhar um ambiente e

recursos comuns com outros produtos, sem prejuízo de qualquer outro

produto;

b) interoperabilidade: dois ou mais sistemas, produtos ou componentes

podem trocar informações e usar as informações que foram trocadas.

5.5 Usabilidade

Define o grau em que um produto ou sistema pode ser usado por usuários

especificados para alcançar metas especificadas com efetividade, eficiência e

satisfação em um contexto específico de uso:

a) reconciliação de adequação: os usuários podem reconhecer se um

produto ou sistema é apropriado para suas necessidades;

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b) capacidade de aprendizado: um produto ou sistema pode ser usado

por usuários especificados para alcançar objetivos específicos de

aprender a usar o produto ou sistema com eficácia, eficiência,

liberdade de risco e satisfação em um contexto específico de uso;

c) operabilidade: um produto ou sistema possui atributos que facilitam o

funcionamento e o controle;

d) proteção contra erro do usuário: um sistema protege os usuários

contra erros;

e) estética da interface do usuário: uma interface de usuário permite uma

interação agradável e satisfatória para o usuário;

f) acessibilidade: um produto ou sistema pode ser usado por pessoas

com a mais ampla gama de características e recursos para alcançar

um objetivo especificado em um contexto de uso especificado.

5.6 Confiabilidade

Capacidade em que um sistema, produto ou componente executa funções

especificadas em condições especificadas por um período de tempo especificado.

a) maturidade: um sistema, produto ou componente atende às

necessidades de confiabilidade em operação normal;

b) disponibilidade: um sistema, produto ou componente é operacional e

acessível quando necessário para uso;

c) tolerância ao erro: um sistema, produto ou componente funciona como

previsto, apesar da presença de falhas de hardware ou software;

d) recuperabilidade: em caso de interrupção ou falha, um produto ou

sistema pode recuperar os dados diretamente afetados e restabelecer

o estado desejado do sistema.

5.7 Segurança

Grau em que um produto ou sistema protege informações e dados para

que pessoas ou outros produtos ou sistemas tenham o grau de acesso a dados

adequado aos seus tipos e níveis de autorização.

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a) confidencialidade: um produto ou sistema garante que os dados sejam

acessíveis apenas aos autorizados a ter acesso;

b) integridade: um sistema, produto ou componente impede o acesso não

autorizado ou a modificação de programas ou dados informáticos;

c) não repúdio: as ações ou eventos podem provar ter ocorrido, para que

os eventos ou ações não possam ser repudiados mais tarde;

d) prestação de contas: as ações de uma entidade podem ser rastreadas

exclusivamente para a entidade;

e) autenticidade: a identidade de um sujeito ou recurso pode ser

comprovada como sendo a reivindicada.

5.8 Manutenção

Esta característica representa o grau de eficácia e eficiência com que um

produto ou sistema pode ser modificado para melhorá-lo, corrigi-lo ou adaptá-lo às

mudanças no ambiente e nos requisitos.

a) modularidade: um sistema ou programa de computador é composto de

componentes discretos, de modo que uma mudança para um

componente tenha impacto mínimo em outros componentes;

b) reutilização: um ativo pode ser usado em mais de um sistema, ou na

construção de outros ativos;

c) analisabilidade: eficácia e eficiência com o qual é possível avaliar o

impacto sobre um produto ou sistema de uma mudança pretendida

para uma ou mais de suas partes, ou para diagnosticar um produto por

deficiências ou causas de falhas, ou para identificar peças a serem

modificadas;

d) modificabilidade: um produto ou sistema pode ser efetivamente e

eficientemente modificado sem apresentar defeitos ou degradar a

qualidade do produto existente;

e) testabilidade: eficácia e eficiência com qual o critério de teste pode ser

estabelecido para um sistema, produto ou componente e testes podem

ser realizados para determinar se esses critérios foram cumpridos.

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5.9 Portabilidade

Grau de eficácia e eficiência com o qual um sistema, produto ou

componente pode ser transferido de um hardware, software ou outro ambiente

operacional ou de uso para outro.

a) adaptabilidade: um produto ou sistema pode ser efetivamente e

eficientemente adaptado para hardware, software ou outros ambientes

operacionais ou de uso diferentes ou em desenvolvimento;

b) instalação: eficácia e eficiência com o qual um produto ou sistema

pode ser instalado e/ou desinstalado com sucesso em um ambiente

especificado;

c) substituição: um produto pode substituir outro produto de software

especificado para o mesmo propósito no mesmo ambiente.

A ISO 25000 recomenda que é importante que todos os sistemas

relevantes e características de qualidade do produto de software sejam

especificadas e avaliadas, sempre que possível, utilizando validador ou medidas

amplamente aceitas.

De acordo com a ISO 25040, a avaliação é a determinação sistemática do

grau em que uma entidade atenda aos seus critérios especificados. A avaliação da

qualidade do produto de software é fundamental para a aquisição e o

desenvolvimento de software. A importância relativa das várias características de

qualidade de software depende do uso ou dos objetivos do sistema do qual o

software é uma parte que se destina; produtos de software necessitam de ser

avaliados para determinar se as características de qualidade relevantes satisfazem

os requisitos do sistema.

5.10 Modelo de referência do processo de avaliação da qualidade

A ISO 25040 também sugere um método de avaliação da qualidade de

produto de software, descrevendo os processos, a ordem, os passos e as atividades

a serem realizadas em cada uma.

O modelo de referência do processo de avaliação da qualidade do

produto de software descreve o processo e detalha as atividades e tarefas,

fornecendo os seus propósitos e informações complementares que podem ser

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usados para orientar a avaliação da qualidade de produto de software. Os passos

estão descritos conforme a Tabela 3.

Tabela 3 — Processo de Avaliação de Qualidade de Produto de Software Modelo de Refêrencia

Estabelecer os requisitos de avaliação

1. Estabelecer propósito da avaliação

2. Obtenha os requisitos de qualidade de produtos de software

3. Identificar partes do produto a ser incluído na avaliação

4. Definir o rigor da avaliação

Especificar a avaliação

1. Selecione medidas de qualidade (módulos de avaliação)

2. Definir critérios de decisão de medidas de qualidade

3. Estabelecer critérios de decisão para avaliação

Projetar a avaliação

1. Planejar atividades de avaliação

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Executar a avaliação

1. Faça medidas

2. Aplique critérios de decisão para medidas de qualidade

3. Aplique critérios de decisão para avaliação

Concluir a avaliação

1. Analise os resultados da avaliação

2. Criar o relatório de avaliação

3. Reveja a avaliação da qualidade e fornecer feedback para a

organização

4. Execute disposição dos dados de avaliação

Fonte: Adaptação ISO

Esse modelo de referência conta com os seguintes processos e passos.

5.10.1 Estabelecer os requisitos de avaliação

Nesse passo, são estabelecidas as necessidades de avaliação da

qualidade do produto do software, especificando os requisitos de qualidade,

incluindo o produto a ser avaliado. O propósito da avaliação da qualidade do produto

de software deve ser documentado como uma base para as novas ações de

avaliação e tarefas.

A qualidade do produto de software avalia diretamente e suporta o

desenvolvimento e a aquisição de software que atendam às necessidades de

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clientes e usuários. O objetivo final é garantir que o produto ofereça a qualidade

exigida — que atenda às necessidades explícitas e implícitas dos usuários (incluindo

operadores, destinatários dos resultados do software e mantenedores de software).

A qualidade do produto de software pode ser avaliada como um produto

intermediário ou como um produto final. Quanto à avaliação da qualidade do produto

de software intermediário, a ISO estabelece os seguintes propósitos: garantia de

qualidade do produto; aceitação de um produto de software intermediário de um

subcontratante; viabilidade em curso de desenvolvimento do projeto; identificação de

um estágio ciclo de vida e quando um produto deve ser enviado para a próxima fase;

prever ou estimar qualidade do produto final software; e recolher informações sobre

os produtos software intermediários, a fim de controlar e gerenciar o processo.

No que diz respeito ao objetivo da avaliação da qualidade do software

final, a ISO estabelece também: decidir sobre a aceitação; decidir quando lançar um

produto de software; comparação entre produtos; seleção de um produto dentre

outros disponíveis; comparar características positivas e negativas de um produto

quando ele é usado; determinar a causa de uma falha em uma investigação; decidir

o momento de melhorar ou substituir um produto.

Para a obtenção dos requisitos de qualidade de um produto de software,

as partes interessadas devem ser identificadas, fornecendo os requisitos de

qualidade do produto, voltados para um modelo de qualidade. Na sequência, todas

as partes do produto a ser incluído na avaliação devem ser identificadas e

documentadas.

Por fim, definir o rigor da avaliação no qual será destacada um conjunto

de características e subcaracteristicas que estabelecem níveis de pontuação, que

serão utilizadas nas técnicas de avaliação e na apuração dos resultados.

5.10.2 Especificar a avaliação

A especificação da avaliação inicia-se pela seleção das medidas de

qualidade (módulos de avaliação) pelo avaliador, que deverá selecionar medidas

para cobrir todos os requisitos de avaliação de qualidade do software.

Os requisitos de avaliação da qualidade do produto de software devem

ser atribuídos aos componentes do produto ao qual estão relacionados, de modo

que seja possível definir cada medida de qualidade de forma adequada.

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Em se tratando de métodos de avaliação da qualidade de produto de

software, esses devem ser documentados, tendo em conta as ações a serem

executadas, a fim de alcançar os resultados da avaliação.

Esse método de avaliação baseia-se na utilização de uma ferramenta de

software que deve ser identificada no plano de avaliação. Essa identificação deve

incluir pelo menos o nome da ferramenta, a sua identificação de versão e sua origem

(por exemplo, o fornecedor). A descrição desses métodos deve estar concluída até a

identificação dos componentes do produto no qual o método deve ser aplicado.

O próximo passo é definir critérios de decisão para medidas de qualidade,

selecionando medidas individuais para cada item. Esses critérios consistem em

estabelecer limites numéricos ou alvos utilizados para determinar a necessidade de

uma ação de investigação adicional ou para descrever o nível de confiança em um

resultado final.

O processo final da especificação da avaliação é definido pelos critérios

de decisão final que não devem ser subestimados pelo avaliador. Devem ser,

portanto, usadas subcaracterísticas individuais e suas respectivas medidas de

qualidade.

5.10.3 Projetar a avaliação

Projetar avaliação é o planejamento das atividades de avaliação que deve

levar em conta a disponibilidade de recursos como pessoal, ferramentas de software

e computadores.

O plano de avaliação deve definir os pontos de decisão dentro do

processo de avaliação, que determina como e quando a avaliação deve ser

considerada completa (ou seja, aceitação ou rejeição) ou quando deve ser

interrompida. Isto deve ser feito de modo a diminuir o risco de erros e para reduzir o

esforço de avaliação prevista, considerando, para tanto, o seguinte: orçamento de

avaliação, métodos de avaliação e normas adaptadas, ferramentas de avaliação e

as atividades de avaliação, incluindo o cronograma e os recursos envolvidos. Esse

plano deve incluir os seguintes itens:

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a) objetivo de avaliação da qualidade do produto de software;

b) a organização envolvida na avaliação, como uma organização de

avaliação independente, desenvolvedores de produtos de software

e unidades organizacionais adquirentes;

c) o orçamento da avaliação;

d) agendamento dos marcos de avaliação;

e) responsabilidades ou partes envolvidas na avaliação;

f) ambiente para avaliação;

g) métodos de avaliação e ferramentas;

h) critérios de decisão para as medidas de qualidade do produto de

software;

i) critérios de decisão para a avaliação da qualidade do produto de

software;

j) normas aprovadas;

k) finalidade da avaliação.

Durante a avaliação precoce, alguns dos itens do plano de avaliação

podem ser definidos necessitando de reajustes. Portanto, o plano de avaliação deve

ser revisto. As atividades de avaliação evoluem, fornecendo informações adicionais

que permitem que o plano possa ser ajustado ou detalhado.

5.10.4 Executar a avaliação

Para executar a avaliação, são necessárias três etapas. O primeiro passo

é fazer a medição da qualidade do produto de software selecionado que deverá ser

aplicada ao produto e aos componentes de software, de acordo com o plano de

avaliação, resultando em valores na escala de medição.

Depois, aplicar critérios de decisão para as medidas de qualidade. E, por

fim, aplicar critérios de decisão para a avaliação. Os critérios devem ser resumidos

em características e subcaracterísticas, produzindo os resultados avaliados como

uma indicação da medida em que o produto de software atenda aos requisitos de

qualidade.

Os resultados da avaliação deverão estabelecer um grau de confiança de

que o produto seja capaz de atender aos requisitos de avaliação, bem como

identificar possíveis deficiências relacionadas aos requisitos dessa avaliação, como

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também identificar eventuais limitações ou condições que venham a comprometer a

utilização do produto. E, ainda, identificar possíveis pontos fracos ou omissões na

própria avaliação, igualmente identificar novas opções para o uso do produto de

software descoberto pela avaliação.

5.10.5 Concluir a avaliação

A conclusão da avaliação deverá ser realizada em quatro etapas: revisão

do resultado, criação do relatório de avaliação, revisão de avaliação da qualidade e

fornecimento do feedback para a organização e, por último, a disposição dos dados

da avaliação.

Na revisão do resultado, o avaliador e o requerente devem proceder uma

análise conjunta dos resultados da avaliação, enquanto na criação do relatório de

avaliação, deverão ser relatadas todas as deficiências e o grau de aceitação dessas

deficiências, desde que não venham a impactar na utilização do produto.

No processo de revisão de avaliação da qualidade e fornecimento do

feedback para a organização, o avaliador deve rever os resultados da avaliação e a

validade do processo de avaliação, indicadores e medidas aplicadas. O feedback da

revisão deve ser usado para melhorar o processo de avalição e as técnicas de

avaliação (módulos de avalição). Quando for necessário melhorar os módulos de

avaliação, a coleta de dados para indicadores extras deve ser incluída, a fim de

validá-los para uso posterior.

Por sua vez, quando a avaliação for concluída, os dados e itens de

avaliação devem ser conservados ou arquivados durante um período especificado,

devolvidos ou destruídos de forma segura, de acordo com as necessidades do

solicitante.

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6 METODOLOGIA

Como instrumento para a coleta de dados para a realização desta

pesquisa, foi utilizado um questionário que contém critérios de qualidade de

software, elaborado com base em informações extraídas da ISO/IEC 25010,

aplicado a um grupo de professores voluntários de educação infantil e no ensino

fundamental I da rede pública municipal de educação de Guarulhos.

A ISO/IEC 25040 resume a metodologia de avaliação declarando um

plano de avaliação geral conforme descrito a seguir.

6.1 O Plano do projeto de avaliação da qualidade

O Plano do Projeto de Avaliação da Qualidade para um projeto de

avaliação deve identificar e descrever as atividades aplicáveis nas seguintes etapas:

especificar sistemas e requisitos de qualidade de software; definir os objetivos da

avaliação da qualidade de sistemas e software; estabelecer os requisitos de

avaliação; projetar a avaliação; executar a avaliação; e, por último, analisar os

resultados.

6.1.1 Especificar sistemas e requisitos de qualidade de software

Os aplicativos educacionais selecionados para serem avaliados na

pesquisa foram os aplicativos educacionais livres mais utilizados pelas escolas da

Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos, abordando áreas como

alfabetização, produção de texto, raciocínio lógico matemático, entre outros,

conforme descritos no capítulo 4.

6.1.2 Definir os objetivos da avaliação da qualidade de sistemas e software

Esta avaliação tem como objetivos a valoração da qualidade dos

aplicativos utilizados, pois esses aplicativos precisam corresponder às expectativas

de qualidade propostas e atender os objetivos e necessidades do usuário. O

propósito da utilização é a avaliação final, ou seja, se deve ou não ser escolhido e

utilizado.

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6.1.3 Estabelecer os requisitos de avaliação

Dentre os requisitos para esta pesquisa de qualidade de aplicativos

educacionais livres foram selecionados:

a) funcionalidade: o uso do aplicativo tem que se adequar à proposta

pedagógica, ou seja, o professor necessita utilizar recursos

tecnológicos que venham ao encontro do projeto trabalhado em sala

de aula;

b) confiabilidade: o aplicativo não pode apresentar falhas que

prejudiquem sua utilização durante o período ou momento proposto

para a utilização;

c) usabilidade: o aplicativo educacional tem que ser de fácil

compreensão pelo usuário, no caso os alunos; tem que ser intuitivo,

agradável inclusive esteticamente, e acessível a todos, uma vez que

as normas educacionais prezam um acesso democrático;

d) eficiência: o tempo de resposta requisitado pelo usuário não venha a

ser um motivo de desestímulo para o aluno. É necessário que o tempo

de reposta seja suficiente para manter o foco na atividade do

aplicativo.

A ISO/IEC 25010 possui outros critérios para avaliação como a

compatibilidade, confiabilidade, segurança, manutenção e portabilidade, mas que

foram desconsiderados na pesquisa de qualidade por estarem aquém das atividades

rotineiras do avaliador.

6.1.4 Projetar avaliação

Para avaliar, é necessário estabelecer as métricas que foram

consideradas no questionário de avaliação. A importância relativa das várias

características e subcaracterísticas de qualidade de software depende do uso ou

objetivos do sistema do qual o software é um produto.

Produtos de software necessitam ser avaliados para determinar se as

características e subcaracterísticas de qualidade relevantes satisfazem os requisitos

do sistema. A Tabela 4 resume as características e subcaracterísticas do aplicativo

educacional, selecionadas segundo a ISO/IEC 25010.

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Tabela 4 — Caracteristica e Subcaracterística

Característica Subcaracterística

Adequação funcional Adequação funcional

Eficiência de desempenho Comportamento do tempo

Usabilidade

Capacidade de aprendizado

Operabilidade

Estética da interface do usuário

Acessibilidade

Confiabilidade Tolerância ao erro

Recuperabilidade

Fonte: A autora

De acordo com a avaliação, devemos estabelecer critérios de decisão de

medidas de qualidade conforme o grau de importância. A Tabela 5 apresenta a

divisão da quantidade do grau de importância com o respectivo peso, os quais serão

aplicados nos critérios.

Tabela 5 — Grau de Importância e Peso

Grau de Importância Peso

Baixo 1

Médio 2

Alto 3

Fonte: A autora

A ISO/IEC 25040 orienta escolher pesos para as subcaracterísticas

conforme o grau de importância. Novamente a escolha do peso é subjetiva a

necessidade, depende do uso ou objetivos do sistema do qual o software é o

produto para a avaliação.

O peso da subcaracterística deve ir de encontro com as necessidades

dos usuários e, também, dos avaliadores. O grau exigido para as subcaracterísticas

de qualidade de produtos de software serve para avaliar a criticidade da utilização

prevista do produto de software A Tabela 6 apresenta a característica,

subcaracterística e o peso que serão utilizados.

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Tabela 6 — Característica, Subcaracterística e Peso

Característica Subcaracterística Peso

Adequação funcional Adequação funcional Alto

Eficiência de desempenho Comportamento do tempo Médio

Usabilidade

Capacidade de aprendizado Alto

Operabilidade Médio

Estética da interface do usuário Baixo

Acessibilidade Alto

Confiabilidade Tolerância ao erro Médio

Recuperabilidade Médio

Fonte: A autora

Os seguintes elementos servem como justificativa para a escolha do peso

da subcaracterística:

a) adequação funcional (Alto) — é de grande importância que o aplicativo

esteja em conformidade com a proposta pedagógica de aula;

b) comportamento do tempo (Médio) — a demora na realização das

atividades poderá se tornar um desestimulador para o usuário;

c) capacidade de aprendizado (Alto) — os usuários, de modo geral,

presam por aplicativos intuitivos;

d) operabilidade (Médio) — a boa localização e disposição dos itens é

importante para continuidade e condução do aplicativo;

e) estética da interface do usuário (Baixo) — a estética deve ser

agradável ao ponto que não desestimule o uso do aplicativo pelo

usuário;

f) acessibilidade (Alto) — é importante o aplicativo alcançar todos os

tipos de usuário, inclusive os usuários portadores de necessidades

especiais.

g) tolerância ao erro (Médio) — o aplicativo não pode apresentar erros

que atrapalhem o seu correto funcionamento, ou sua continuidade;

h) recuperabilidade (Médio) — recuperação eficiente para não

desestimular o uso do aplicativo pelo usuário.

Para avaliar os resultados, foi utilizado o cálculo da média ponderada

(Mp), que é calculada através da soma de todas suas subcaracterísticas

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multiplicadas pelos seus pesos atribuídos e divididos pela soma dos pesos. A

equação abaixo demonstra como será efetuado o cálculo. O resultado da nota final

será apresentado em forma de porcentagem.

Onde,

x1, x2, x3..., xn representam os valores das subcaracterísticas

p1, p2, p3..., pn representam os valores dos pesos

Após a realização do cálculo, é necessário efetuar o julgamento com

classificação prévia estabelecida. Nesta pesquisa, foi utilizada a classificação e o

julgamento segundo Marçal e Beuren, descrita no Anexo A, a escolha por essa

classificação e julgamento se deu pois as autoras auditaram a qualidade de um

software de contabilidade, considerando as características e subcaracterísticas

específicas da qualidade de software. A classificação e julgamento dos aplicativos

educacionais estão descritas na Tabela 7.

Tabela 7 — Classificação e julgamento segundo Marçal e Beuren

Classificação Nota final Julgamento

Excelente 90,1 a 100 Aceito

Bom 75,1 a 90 Aceito

Satisfatório 60,1 a 75 Aceito com restrições

Regular 50,1 a 60 Necessita de verificações

Insatisfatório 0 a 50 Rejeitado

Fonte: Adaptado de Marçal e Beuren (2007)

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6.1.5 Executar a avaliação

Foi realizada a avaliação do aplicativo através de perguntas, tanto

dissertativas quanto objetivas, conforme descritas no Apêndice A. Alguns

professores avaliadores realizaram uma leitura prévia do questionário

individualmente, e outros optaram por uma leitura do questionário em grupos. A

leitura ocorreu na entidade escolar do avaliador voluntário, no horário destinado ao

trabalho pedagógico, com a supervisão do coordenador pedagógico da entidade e

sempre com a participação da pesquisadora.

Conforme surgiam dúvidas de a qual aplicativo se referia o título do

questionário, era mostrada uma pasta com imagens de cada aplicativo e/ou também

sanadas as dúvidas sobre o significado da palavra de cada item proposto no

questionário de avaliação, individualmente ou em grupo.

Para o estudo do questionário de avaliação dos aplicativos, a seleção da

reposta era feita através de um sinal em forma de x no questionário de avaliação, o

que significava que o aplicativo continha a característica e subcaracterística de

qualidade segundo o que é proposto na norma ISO/IEC 25010.

A ISO/IEC 25040 apresenta uma metodologia de avaliação, o plano

projeto de avaliação de qualidade, da qual a última etapa é analisar os resultados,

que será descrita no próximo capítulo.

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7 RESULTADOS

O questionário de avaliação foi realizado com 85 avaliadores voluntários,

professores da rede municipal de educação de Guarulhos, pessoalmente, na

entidade escolar do avaliador, no horário destinado ao trabalho pedagógico, com a

supervisão do coordenador pedagógico da entidade. O resultado encontrado na

pesquisa é reproduzido abaixo, seguindo a proposta do Plano do Projeto de

Avaliação da Qualidade.

7.1 Análise dos resultados

A ISO/IEC 25040 propõe que o questionário contenha a identificação do

avaliador, o qual foi identificado pela idade, que foi descrita conforme Tabela 8.

Tabela 8 — Idade dos avaliadores

Idade Quantidade

18-30 12

31-40 23

41-50 35

51 em diante 15

Fonte: A autora

A idade dos avaliadores, professores voluntários das escolas públicas

municipais de Guarulhos, variaram entre vinte e sete e sessenta e um anos, que

ministram aula para alunos entre quatro e dez anos de idade.

No questionário de avaliação foram elencadas três perguntas:

Pergunta 1: Você costuma avaliar produtos antes da compra?

Tabela 9 — Resposta da pergunta 1

SIM NÃO

82 3

Fonte: A autora

Quando a opção SIM fosse escolhida, seria necessária justificar a escolha

respondendo a próxima pergunta.

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Pergunta 1.1 Quais quesitos são importantes?

Tabela 10 — Resposta da pergunta 1.1

Quesito Quantidade de Avaliadores

Qualidade 41

Preço 21

Funcionalidade 17

Durabilidade 8

Eficiência, Necessidade e Validade 4

Fonte: A autora

Pergunta 2: Você já avaliou aplicativos educacionais?

Tabela 11 — Resposta da pergunta 2

Fonte: A autora

Quando a opção SIM fosse escolhida, seria necessária justificar a escolha

respondendo a próxima pergunta.

Pergunta 2.1 Quais quesitos são importantes?

Tabela 12 — Resposta da pergunta 2.1

Quesito Quantidade de Avaliadores

Faixa etária 4

Funcionalidade e Qualidade 2

Fonte: A autora

Sobre a avaliação de aplicativos educacionais, uma participante da

pesquisa destaca o quesito funcionalidade da seguinte forma:

Sempre quando vou trabalhar com alguma coisa, sempre diz respeito ao educando, a primeira coisa que vejo é a funcionalidade o que que eles vão aproveitar quanto a funcionalidade se vai ser prático pra eles, se eles vão aproveitar cem por cento o aplicativo...

Fazendo uma análise entre as duas primeiras questões, percebe-se a

importância da avaliação de um produto antes da compra. O quesito qualidade é

citado por quase a metade dos avaliadores, porém, ao se tratar de aplicativos

educacionais, não foi observada essa preocupação, apesar da qualidade ser

considerada um quesito importante para o avaliador.

SIM NÃO

16 69

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Pergunta 3: O uso do aplicativo educacional estava em conformidade com

a proposta de aula?

Tabela 13 — Resposta da pergunta 3

Fonte: A autora

Quando a opção SIM fosse escolhida, seria necessário justificar a escolha

respondendo a próxima pergunta.

Pergunta 3.1 Qual proposta?

A tabela 14 apresenta os requisitos mais listados pelos avaliadores.

Tabela 14 — Requisitos mais listados pelos avaliadores.

Quesito Quantidade de Avaliadores

Raciocínio Lógico 28

Alfabetização 23

Autonomia 9

Matemáticas, Raciocínio 6

Entretenimento, Leitura 5

Outros 1

Fonte: A autora

A análise das respostas demonstra que todos os professores que utilizam

aplicativos educacionais, fazem uso como instrumento de trabalho e proposta

pedagógica, mesmo aqueles avaliadores que justificaram o uso do aplicativo apenas

como entretenimento, sem intenção de alcançar uma proposta pedagógica.

A esse respeito, confirmando a ideia de que a utilização de aplicativos

educacionais, mesmo quando utilizado sem proposta pedagógica, auxilia no

desenvolvimento cognitivo do educando, Santos (2002) afirma: “Ao utilizar o mouse

a criança está trabalhando não somente novos movimentos motores, mas também

refinamento desses movimentos, que se chama coordenação motora fina”.

Na segunda parte da avaliação, foi aplicado um questionário com oito

perguntas sobre os requisitos de qualidade de produtos de software. Foi selecionado

peso para as questões e foi calculada a média ponderada. O resultado do cálculo da

média ponderada de cada característica e subcaracterística é apresentado conforme

SIM NÃO

85 0

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o Apêndice B. Após finalizado o cálculo, o julgamento da nota final dos aplicativos

segundo Marçal e Beuren foi aplicado conforme Tabela 15:

Tabela 15 — Nota e Julgamento.

Aplicativo Nota Julgamento

Hagáqué 69,80 Aceito com restrições

Homem Batata 80,17 Aceito

Sebran 73,69 Aceito com restrições

GCompris 80,11 Aceito

Tuxmath of Comand 54,45 Necessita de verificações

Tuxpaint 74,40 Aceito com restrições

Klettres 90,73 Aceito

Fonte: A autora

De modo geral, todos os aplicativos avaliados foram considerados

aceitos. Porém, os aplicativos Hagáqué, Sebran e Tuxmath obtiveram uma nota

baixa no quesito acessibilidade aos usuários, que é considerado um requisito com

peso alto.

As escolas municipais de educação de Guarulhos têm como plano político

pedagógico salas de aula com alunos de inclusão, contudo nem todos os aplicativos

utilizados como proposta de aula atenderam todos os alunos da mesma maneira.

Segundo Santos (2002), é primordial que softwares educativos estejam

sempre integrados aos interesses ou conteúdos trabalhados em sala de aula, não

devendo esquecer que sua interface deve ser intuitiva, fácil de usar e motivante, pois

isso facilita o acesso dos alunos e uma melhor usabilidade dos recursos oferecidos

pelo computador.

O aplicativo Tuxmath of Comand também teve nota prejudicada no

requisito acessibilidade e compreensão dos alunos, pois esse aplicativo de

matemática possui tempo para resolução das questões de cálculos propostos.

Uma outra participante da pesquisa diz:

O que eu achei mais difícil foi o TuxMath mesmo para eles entenderem o menu principal e escolherem os níveis, porque de acordo com os níveis tem atividades que eles nem conseguem nem realizar porque não aprenderam, coisas de Ensino Médio...pra sair dele é muito difícil também, tem que terminar todos, você escolhe pra você fazer quinze jogadas com ele, você começou cinco e quer trocar de nível, você tem que fingir que terminou todas as quinze e mesmo que você vai errando pra você conseguir sair dele e voltar no nível que você quer. Ele poderia ter uma lógica de programação melhor, podia ser mais fácil pra criança.

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Quanto à condução, o conceito proposto por Gamez (1998) são meios

disponíveis para aconselhar, orientar, informar e conduzir o usuário na interação

com o computador. Nesse sentido, é possível analisar que os usuários do aplicativo

Tuxmath não conseguem conduzir as fases, dificultando a interatividade, presteza e

a usabilidade.

Determinar a qualidade da interface não é uma tarefa fácil. Gamez (1998)

avalia vários pontos relacionados à interface na proposta de sua técnica de inspeção

de conformidade ergonômica de software — TICESE, em múltiplos componentes, e

a mensuração quantitativa da usabilidade de uma interface pode se tornar uma

questão subjetiva difícil de medir.

Mais uma participante diz que:

É muito válido a utilização de aplicativos educacionais. Por exemplo, o aplicativo Sebran tem as atividades de aritmética, e os alunos estão acostumados com as atividades com o material dourado e para a realização dessa mesma atividade no Sebran, o aluno tem que refletir como foi feito com as peças. É uma oportunidade para os alunos e também para nós professores descobrirmos se o aluno entendeu a atividade.

Percebe-se que os aplicativos proporcionam ações mais reflexivas aos

alunos, pois essas atividades oportunizam recordar atividades realizadas em sala de

aula.

O problema de escolha de material para o trabalho com a Educação é

antigo. Mesmo antes de fazer a escolha dos aplicativos, os educadores já se

deparavam com problemas referentes à escolha de outros materiais como livros, por

exemplo, pois é necessário refletir quais conceitos serão trabalhados. Essa prática

de avaliação de aplicativos educacionais pode despertar reflexões futuras sobre a

escolha dos próximos aplicativos.

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8 CONCLUSÃO

Os aplicativos educacionais já são mais uma realidade na educação no

uso de tecnologias sem volta, que tem se firmado e está sendo cada vez mais

aprimorada. Pela popularização dos custos e pelas diretrizes das políticas públicas,

o computador, através de aplicativos educacionais, representa a possibilidade de

concretização de uma proposta de interação entre áreas de conhecimento.

O contexto atual revela profundas alterações nas tecnologias digitais de

informação e comunicação (TDIC) que, por sua vez, trazem novos modelos que

necessitam de uma nova maneira de aprender a realidade que nos cerca, bem como

criar novos anseios e expectativas.

Os objetivos específicos desta dissertação foram contemplados, na

medida em que se estruturou um trabalho buscando a revisão da literatura sobre a

avaliação de qualidade de utilização de tecnologia na educação, o levantamento dos

aplicativos livres utilizados nas escolas, a descrição de critérios de avaliação de

qualidade em conformidade com a ISO/IEC 25000, aplicando-se um questionário de

avaliação e analisando seus resultados.

Para aplicação dessa avaliação, foi utilizado um questionário quantitativo,

no qual constatou-se que quase todos os aplicativos tiveram uma grande aceitação.

No entanto, os aplicativos Hagaqué, Sebran e Tuxpaint obtiveram uma nota

relativamente baixa no quesito acessibilidade aos usuários, o que é considerado um

requisito com peso significativo.

No que diz respeito ao desenvolvimento da metodologia, observou-se que

nem todas as características de qualidade de software puderem ser avaliadas no

questionário, pois das oito características mencionadas, apenas as características

funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficiência puderam ser refletidas, por se

tratarem de elementos que estão mais próximos do avaliador.

Assim como Gamez (1998) diz que a aplicação isolada da TICESE não é

suficiente para detectar todos os problemas de software, percebe-se que a ISO/IEC

25000, aplicada isoladamente, também não poderá contabilizar todos os critérios

existentes no universo da tecnologia da informação.

Em se tratando de software com finalidade educacional, a fundamentação

teórico-pedagógica requer especial atenção. No entanto, o contexto de utilização e

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as estratégias de ensino utilizadas pelos educadores poderão constituir um forte

elemento no processo de avaliação da qualidade do produto de software.

A avaliação dos aplicativos educacionais proporcionou momentos de

reflexão sobre a utilização e a qualidade dos aplicativos utilizados pelos avaliadores

e pelos usuários.

Por fim, conclui-se que todas as ferramentas são válidas na construção

de um ensino com qualidade, sendo a ISO/IEC 25000 para a avaliação da qualidade

de software se tornou mais uma ferramenta para auxiliar na constante conquista da

qualidade.

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REFERÊNCIAS

ABC do Sebran. Disponível em: <https://sebrans-abc.softonic.com.br/>. Acesso em: 29 abr. 2017.

ANA Avaliação Nacional da Alfabetização, INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Sobre a ANA. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/sobre-a-ana>. Acesso em: 27 abr. 2018.

BOFF, Elisa; REATEGUI, Eliseo. A importância do processo de avaliação de software educativo. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO (SNTE), 2., 2005, Caxias do Sul.

BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p. 135-138, Fortaleza, 1999.

BOSCARIOL, Fabiana Uma proposta de software de educação matemática para educação infantil. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação)—Universidade de Campinas, 2004.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB 22/1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/parecer_ceb_22.98.pdf>. Acesso em: 5 maio 2017.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 28 maio 2018.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – CIÊNCIAS 1997. Brasília, 1997

CEU Centro de Educação Unificados, Guarulhos. Disponível em: <http://portaleducacao.guarulhos.sp.gov.br/ite/ceu/index.php?p=12>. Acesso em: 5 mar. 2018.

CIL Centro de Incentivo à Leitura, Guarulhos. Disponível em: <http://www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/centros-de-incentivo-à-leitura>. Acesso em: 5 mar. 2018.

CME Centro Municipal de Educação, Guarulhos. Disponível em: <http://www.guarulhos.sp.gov.br/pagina/centros-municipais-de-educa%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 5 mar. 2018.

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APÊNDICE A — QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

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APÊNDICE B — CÁLCULO DA MÉDIA PONDERADA

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ANEXO A — TABELA DE DECISÃO

Classificação Nível de satisfação em %

Julgamento

Excelente 90,1 a 100 Aceito

Bom 75,1 a 90 Aceito

Satisfatório 60,1 a 75 Aceito com restrições

Regular 50,1 a 60 Necessita de verificações

Insatisfatório 0 a 50 Rejeitado