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DIREITO ECONÔMICO
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DIREITO ECONÔMICO
PONTO 1: Direito Concorrencial PONTO 2: A sistemática da LA PONTO 3: Procedimento Administrativo PONTO 4: Controle de Condutas PONTO 5: Principais implementações do Projeto de Lei 3937/04 na Lei 8884/94 PONTO 6: Organização Mundial do Comércio – OMC PONTO 7: Instrumentos de Regulação
1. Direito Concorrencial:
►No mercado internacional:
Art. 23. A prática de infração da ordem econômica sujeita os responsáveis às seguintes penas:
I - no caso de empresa, multa de um a trinta por cento do valor do faturamento bruto no seu
último exercício, excluídos os impostos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida,
quando quantificável;
II - no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida por
empresa, multa de dez a cinqüenta por cento do valor daquela aplicável à empresa, de
responsabilidade pessoal e exclusiva ao administrador.
III - No caso das demais pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem como
quaisquer associações de entidades ou pessoas constituídas de fato ou de direito, ainda que
temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, que não exerçam atividade empresarial,
não sendo possível utilizar-se o critério do valor do faturamento bruto, a multa será de 6.000
(seis mil) a 6.000.000 (seis milhões) de Unidades Fiscais de Referência (Ufir), ou padrão
superveniente.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, as multas cominadas serão aplicadas em dobro.
Art. 24. Sem prejuízo das penas cominadas no artigo anterior, quando assim o exigir a
gravidade dos fatos ou o interesse público geral, poderão ser impostas as seguintes penas,
isolada ou cumulativamente:
I - a publicação, em meia página e às expensas do infrator, em jornal indicado na decisão, de
extrato da decisão condenatória, por dois dias seguidos, de uma a três semanas consecutivas;
II - a proibição de contratar com instituições financeiras oficiais e participar de licitação
tendo por objeto aquisições, alienações, realização de obras e serviços, concessão de serviços
públicos, junto à Administração Pública Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal,
bem como entidades da administração indireta, por prazo não inferior a cinco anos;
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III - a inscrição do infrator no Cadastro Nacional de Defesa do Consumidor;
IV - a recomendação aos órgãos públicos competentes para que:
a) seja concedida licença compulsória de patentes de titularidade do infrator;
b) não seja concedido ao infrator parcelamento de tributos federais por ele devidos ou para
que sejam cancelados, no todo ou em parte, incentivos fiscais ou subsídios públicos;
V - a cisão de sociedade, transferência de controle societário, venda de ativos, cessação parcial
de atividade, ou qualquer outro ato ou providência necessários para a eliminação dos efeitos
nocivos à ordem econômica.
► Multa Diária:
Art. 25. Pela continuidade de atos ou situações que configurem infração da ordem econômica,
após decisão do Plenário do CADE determinando sua cessação, ou pelo descumprimento de
medida preventiva ou compromisso de cessação previstos nesta lei, o responsável fica sujeito a
multa diária de valor não inferior a 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais de Referência (Ufir), ou
padrão superveniente, podendo ser aumentada em até vinte vezes se assim o recomendar sua
situação econômica e a gravidade da infração.
2. A Sistemática da LA:
- A matéria das infrações à ordem econômica são tratadas na Lei em dois grandes blocos:
A) regulação das condutas no mercado – repressão e controle de praticas
anticoncorrenciais (vedação de acordos e abuso de posição dominante).
B) regulação das estruturas do mercado – controle dos atos de concentração empresarial
(fusões, aquisições, associações, consórcios, agrupamentos, etc).
- Via controle condutas, o SBDC pode originar processos administrativos que aplicam multa
sobre o faturamento da empresa.
- Via controle das concentrações, faz a eficácia do negócio jurídico necessitar de submissão
prévia ao SBDC, que pode impor condicionantes para a provação, firmar termos de
compromisso, conceder tutelas liminares.
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► Infrações à ordem econômica:
A) CONDUTAS:
a) abuso de posição dominante por parte de determinados agentes econômicos.
b) acordos empresariais entre participantes do mercado.
b1) verticais – cartéis – acordos com participam de empresas em diferentes elos da cadeia
econômica.
b2) horizontais – acordo que se dá entre concorrentes de um determinado setor.
B) ESTRUTURAS:
a) não comunicação ao CADE de operações de concentrações entre empresas – infração
porque há necessidade de aprovação.
Infrações a ordem econômica: o abuso de posição dominante.
- Posição dominante: constatação fático econômica – monopólio ou detenção de poder
econômico.
- Ocorre quando agente econômico que pode atuar de forma independente e com indiferença
dos demais.
- Existe controle do mercado (manipulação da oferta, dos preços, da concorrência).
- Não há pressão dos competidores (risco), que estão submetidos ao poder dominante sem que
sua prática no mercado seja afetada; ausência da atuação das leis de mercado.
► Estruturas de mercado:
► Modelo de concorrência perfeita:
- Atomização: “o número de agentes compradores e vendedores é de tal ordem que nenhum
deles possui condições para influenciar o mercado (...). Suas decisões quaisquer que sejam, em
nada interferem no mercado”. Existem tantos participantes que nenhum pode determinar
preços.
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- Homogeneidade: “O bem ou serviço, no mercado de produtos, ou fator de produção no
mercado de fatores é perfeitamente homogêneo. Nenhuma empresa pode diferenciar o
produto que oferece”.
- Mobilidade: Cada agente comprador e vendedor atua independentemente de todos os
demais. A mobilidade é livre e não há quaisquer acordos entre os que participam do mercado.
- Permeabilidade: Não há quaisquer barreiras (técnicas, financeiras, legais, entre outras) para
a entrada ou saída dos agentes que atuam ou querem atuar no mercado.
- Preço-limite: Nenhum vendedor de produto ou recurso pode praticar preços acima daqueles
que está estabelecido no mercado, resultante da livre oferta e procura.
- Transparência: O mercado é absolutamente transparente. Não há qualquer agente que
detenha informações privilegiadas ou diferentes daquelas que todos detêm.
Este modelo ideal não existe, ele é almejado, mas dificilmente é conseguido.
► Monopólio:
- Unicidade: Há apenas um vendedor dominando inteiramente a oferta. Sob monopólio, os
conceitos de empresa e de ramos de atividade sobrepõem-se.
- Insubstitutibilidade: O produto da empresa monopolista não tem substitutos próximos. A
necessidade a que atende não tem como ser igualmente satisfeita por qualquer similar ou
sucedâneo.
- Barreira: A entrada de um novo concorrente no mercado monopolista é no limite,
impossível. As barreiras de entrada, que pode ser de ordem legal, de domínio de tecnologia,
entre outras, são rigorosamente impeditivas.
- Poder: A expressão “poder de monopólio” é empregada para caracterizar duas importantes
variáveis do mercado; preço e quantidade. O poder é exercido sobre ambas, com objetivos
diversos.
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- Opacidade: Os monopólios são por definição opacos. Os mais diferentes aspectos que
envolvem suas operações e transações são mantidos dentro de “caixas-pretas”. Oposto de
transparência.
► Oligopólio
Há varias formas de oligopólios. As estruturas ologopolistas não se caracterizam por
fatores determinantes e extremados. Os conceitos são mais flexíveis.
- Número de concorrentes: geralmente é pequeno, é um numero reduzido de agentes,
limitado.
- Diferenciação: característica de alta variabilidade que se refere a fatores como
homogeneidade, substitutibilidade, padronização dos produtos. Isto tanto pode ocorrer no
oligopólio de produtos diferenciados como de produtos não diferenciados.
- Rivalização: Tipicamente os concorrentes que atuam sob condições de oligopólio são fortes
rivais entre si. Há casos até de rivalizações que transparecem em campanhas publicitárias e em
praticas comerciais desviada de padrões de ética e lealdade.
- Barreiras: O ingresso de novos concorrentes nas estruturas oligopolista é difícil. Os
obstáculos decorrem da dominação exercida pelas empresas lideres e de grande porte que
detém parcelas substanciais do mercado. As barreiras são geralmente ligadas a escalas de
produção e as altas exigências de capital, domínio de tecnologia de processos: marca e imagem.
► Preço e poder: Devido ao pequeno número de concorrentes dominantes, o controle sobre
o preço geralmente é grande nos oligopólios. Há espaços para prática de acordos ou de outras
formas de conspiração contra o interesse público.
► Visibilidade: Os oligopólios são geralmente caracterizados pela alta visibilidade de suas
estratégias empresariais. Em alguns casos, admite-se a informação aberta como diretriz para
inibir concorrentes ou promover a imagem pública.
►O abuso de posição dominante:
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- O poder de mercado (como o monopólio) não é, per se, proibido, o que é ilícito é o abuso de
poder de mercado (a concorrência pode conduzir à superação dos adversários, como acontece
com ganhos de produtividade, ou de escala ou de eficiência).
- Abuso de posição dominante: utilização do poder econômico contra a livre concorrência, o
mercado.
Exemplos: algumas práticas típicas no art. 21 como vendas casadas, preço abaixo do
custo, abuso de preços, controle de preços dos fornecedores, etc.
- Constatação caso a caso:
a1) “market share”: elevado percentual de participação no mercado induz poder econômico, é
uma noção relacional – deve levar em conta percentual dos concorrentes.
- Presunção legal da fatia de 20% do mercado quando for mercado relevante.
► Mercado Relevante:
- as infrações econômicas só existem in concreto, ou seja, inseridas em um determinado
mercado.
- Naquele segmento em que atua o agente econômico investigado.
- Naquele segmento em que se travam relações de concorrência eventualmente afetadas.
- Mercado relevante geográfico: localização física de atuação do agente econômico (ex.
padarias).
- Mercado relevante material: identificação dos produtos/ serviços concorrentes (ex. margarina
vc manteiga).
► Abuso de posição dominante:
a2) concorrência potencial/ barreiras à entrada: a ausência de potenciais contendores é indicio
de posição dominante e pode gerar abusividade, assim como barreiras à entrada de novos
competidores;
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a3) dependência dos consumidores: elasticidade cruzada dos produtos (fungibilidade);
a4) potencia, estrutura, tecnologia da empresa.
► Infrações à ordem econômica: os acordos empresariais.
- acordos de empresas: associação e cooperação empresarial, contratos de diversas
modalidades, ajustes de preços, cartéis, “trusts”, associações empresariais, independentemente
da forma jurídica e da licitude da forma legal adotada na operação.
- Podem ser nocivos quando causarem aos agentes econômicos prejuízos à concorrência e isso
acontece quando há independência e indiferença das empresas acordantes frente aos
concorrentes.
- Acordos horizontais: aqueles celebrados entre agentes econômicos que atual no mesmo
mercado relevante (estão em concorrência direta); cartéis;
- acordos celebrados entre empresas concorrentes com vistas a neutralizar a concorrência no
mercado, sem que elas percam sua autonomia e estrutura administrativa (p. ex. controle de
preços, como em postos de combustível).
- Acordos verticais: celebrados entre agentes pertencentes a mercados diversos, normalmente
complementares (cadeias de fornecimento, produção e distribuição).
- Pode afetar concorrência em todos os mercados relevantes envolvidos na operação:
eventualmente encontra justificativa (evitar “free rider”, ganhos de escala, produtividade,
preservação da marca, redução de custos de distribuição, etc).
► Válvulas de escape da LA:
- Em princípio, qualquer conduta que viole ou possa violar a concorrência listada no art. 21 é
ilícita, quando combinada com alguma figura do art. 20 da LA.
- Entretanto, a fim de evitar enrijecimento da LA, que lida com algo extremamente flexível,
que é o mercado, o legislador criou mecanismos de “calibração”, denominados de “válvulas de
escape” (FORGIONI).
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- Regra da razão (“rule of reason”), mercado relevante, ponderação dos interesses em jogo
(“balancing of interest”), além da autorização de uma concentração.
A regra razão:
- Controle de razoabilidade dos atos ilícitos econômicos.
- A restrição à concorrência deve ser sentida no comercio ou ser potencialmente grande e
perigosa: deve-se fazer análise caso a caso, considerando o mercado relevante, o contexto
econômico, etc).
- Para configurar o ilícito, deve tratar-se de uma indevida, injustificável conduta
anticompetitiva (ganhos dos consumidores, inimigo externo).
► Sujeitos das Infrações:
- Art. 15 da LA trata dos sujeitos de direito para fins da Lei, ou seja, qualquer pessoa física ou
jurídica, agrupamento de direito ou de fato, associações, etc, não havendo necessidade de se
buscar fim econômico (ou lucrativo), de direito privado ou de direito público.
- Art. 17 da LA: consideram-se empresas integrantes de um grupo econômico como mesmo
ente para efeitos de ilícitos econômicos (grupo de direito ou de fato).
- Cabe desconsideração da personalidade jurídica (art. 18).
- Administradores respondem solidariamente (art. 15).
3. Procedimento Administrativo:
► Procedimento Administrativo (SBDC):
- Inicia-se normalmente com as investigações preliminares de competência da SDE
(instauradas de oficio, por representação de interessado, etc), intimando-se o investigado a
prestar informações.
- A SDE arquiva ou instaura o processo administrativo conforme informações prestadas.
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- Instaurado o procedimento, com a tipificação das condutas, intima-se o interessado para
promover defesa.
- Em seguida, abre-se prazo para a produção de provas, podendo a SDE determinar a
realização de investigações, esclarecimentos, perícias, testemunhos que entender necessários.
- Instruído o feito, intimado o interessado para memoriais de razoes finais, decide o Secretario
da SDE em parecer circunstanciado.
- Processo é enviado ao CADE para julgamento.
- Ouve-se a procuradoria do CADE.
Obs: Secretaria de Acompanhamento Econômico também dá um parecer.
► Execução:
- A decisão do CADE forma título executivo extrajudicial.
- Executável na Justiça Federal do DF ou do domicilio.
- Aplica-se a Lei de Execução Fiscal (LEF).
►Legislação Procedimento (administrativo):
- Das averiguações Preliminares:
Art. 30. A SDE promoverá averiguações preliminares, de ofício ou à vista de representação
escrita e fundamentada de qualquer interessado, quando os indícios de infração à ordem
econômica não forem suficientes para a instauração de processo administrativo.
§ 1o Nas averiguações preliminares, o Secretário da SDE poderá adotar quaisquer das
providências previstas nos arts. 35, 35-A e 35-B, inclusive requerer esclarecimentos do
representado ou de terceiros, por escrito ou pessoalmente.
(...)
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Art. 31. Concluídas, dentro de sessenta dias, as averiguações preliminares, o Secretário da SDE
determinará a instauração do processo administrativo ou o seu arquivamento, recorrendo de
ofício ao CADE neste último caso.
►Da Instauração e Instrução do Processo Administrativo:
Art. 32. O processo administrativo será instaurado em prazo não superior a oito dias, contado
do conhecimento do fato, da representação, ou do encerramento das averiguações
preliminares, por despacho fundamentado do Secretário da SDE, que especificará os fatos a
serem apurados.
Art. 33. O representado será notificado para apresentar defesa no prazo de quinze dias.
§ 1º A notificação inicial conterá inteiro teor do despacho de instauração do processo
administrativo e da representação, se for o caso.
§ 2º A notificação inicial do representado será feita pelo correio, com aviso de recebimento em
nome próprio, ou, não tendo êxito a notificação postal, por edital publicado no Diário Oficial
da União e em jornal de grande circulação no Estado em que resida ou tenha sede, contando-
se os prazos da juntada do Aviso de Recebimento, ou da publicação, conforme o caso.
§ 3º A intimação dos demais atos processuais será feita mediante publicação no Diário Oficial
da União, da qual deverão constar o nome do representado e de seu advogado.
§ 4º O representado poderá acompanhar o processo administrativo por seu titular e seus
diretores ou gerentes, ou por advogado legalmente habilitado, assegurando-se-lhes amplo
acesso ao processo na SDE e no CADE.
Art. 34. Considerar-se-á revel o representado que, notificado, não apresentar defesa no prazo
legal, incorrendo em confissão quanto à matéria de fato, contra ele correndo os demais prazos,
independentemente de notificação. Qualquer que seja a fase em que se encontre o processo,
nele poderá intervir o revel, sem direito à repetição de qualquer ato já praticado.
Art. 35. Decorrido o prazo de apresentação da defesa, a SDE determinará a realização de
diligências e a produção de provas de interesse da Secretaria, a serem apresentadas no prazo de
quinze dias, sendo-lhe facultado exercer os poderes de instrução previstos nesta Lei,
mantendo-se o sigilo legal quando for o caso.
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§ 1o As diligências e provas determinadas pelo Secretário da SDE, inclusive inquirição de
testemunhas, serão concluídas no prazo de quarenta e cinco dias, prorrogável por igual
período em caso de justificada necessidade.
Art. 36. As autoridades federais, os direitos de autarquia, fundação, empresa pública e
sociedade de economia mista e federais são obrigados a prestar, sob pena de responsabilidade,
toda a assistência e colaboração que lhes for solicitada pelo CADE ou SDE, inclusive
elaborando pareceres técnicos sobre as matérias de sua competência.
Art. 37. O representado apresentará as provas de seu interesse no prazo máximo de quarenta e
cinco dias contado da apresentação da defesa, podendo apresentar novos documentos a
qualquer momento, antes de encerrada a instrução processual.
Parágrafo único. O representado poderá requerer ao Secretário da SDE que designe dia, hora e
local para oitiva de testemunhas, em número não superior a três.
Art. 38. A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda será
informada por ofício da instauração do processo administrativo para, querendo, emitir parecer
sobre as matérias de sua especialização, o qual deverá ser apresentado antes do encerramento
da instrução processual.
Art. 39. Concluída a instrução processual, o representado será notificado para apresentar
alegações finais, no prazo de cinco dias, após o que o Secretário de Direito Econômico, em
relatório circunstanciado, decidirá pela remessa dos autos ao CADE para julgamento, ou pelo
seu arquivamento, recorrendo de ofício ao CADE nesta última hipótese.
Art. 40. As averiguações preliminares e o processo administrativo devem ser conduzidos e
concluídos com a maior brevidade compatível com o esclarecimento dos fatos, nisso se
esmerando o Secretário da SDE, e os membros do CADE, assim como os servidores e
funcionários desses órgãos, sob pena de promoção da respectiva responsabilidade.
►Tutela Específica:
Art. 62. Na execução que tenha por objeto, além da cobrança de multa, o cumprimento de
obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação, ou
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
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Art. 63. A execução será feita por todos os meios, inclusive mediante intervenção na empresa,
quando necessária.
Art. 64. A execução das decisões do CADE será promovida na Justiça Federal do Distrito
Federal ou da sede ou domicílio do executado, à escolha do CADE.
►Revisão Judicial:
- “Judicial Review”: a apreciação do CADE naturalmente não elimina o controle do Poder
Judiciário, como acontece com qualquer ato administrativo ou processo administrativo (art. 5º,
CF), em que se rediscuta a forma e o conteúdo.
- Ainda, o prejudicado pode a qualquer tempo ingressas em juízo, seja em demanda individual
ou coletiva, para fazer cessar a prática ilícita ou para obter indenização.
►Legislação:
- Do direito de Ação:
Art. 29. Os prejudicados, por si ou pelos legitimados do art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990, poderão ingressar em juízo para, em defesa de seus interesses individuais ou
individuais homogêneos, obter a cessação de práticas que constituam infração da ordem
econômica, bem como o recebimento de indenização por perdas e danos sofridos,
independentemente do processo administrativo, que não será suspenso em virtude do
ajuizamento de ação.
- “Private Antitrust Enforcement” – aplicação do direito concorrencial através de ações
privadas.
4. Controle de Condutas:
► As estruturas – concentrações empresariais:
- Atos de concentração empresarial: atos societários previstos na Lei das S/A como fusões,
incorporações, sociedades controladas, coligadas, acordos acionistas; atos de concentração,
associação e cooperação empresarial como transferência de tecnologia, “joint ventures”;
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outras formas de concentrações econômicas como aquisições de ativos, de estabelecimento,
devem ser submetidos ao CADE previamente para aprovação ou num prazo de 15 dias.
► Lei das S/A:
- Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra, que lhe sucede em todos os direitos e obrigações.
- Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.
- Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital,
se parcial a versão.
► Conceito de Concentração:
- “Concentração econômica é o aumento do poder econômico de um ou mais agentes que
atuam no mercado relevante.”
- “No direito antitruste tem significado ainda mais especifico de identificar situações em que os
participes ou apenas um deles perdem sua autonomia, ou constituem uma nova sociedade, ou
grupo econômico cujo poder de controle será compartilhado.” (Forgioni, p. 465).
- Acontece ainda quando uma empresa adquire ativos ou parcela do patrimônio da outra.
- “É todo ato de associação empresarial, seja por meio de compra parcial ou total dos títulos
representativos de capital social, seja através da aquisição de direitos e ativos, que provoque a
substituição de órgãos decisórios independentes por um sistema unificado de controle
empresarial” (Nuno Carvalho. Concentrações, p. 91).
► Tipos de Concentração:
- A concentração é horizontal se envolve empresas do mesmo mercado relevante.
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- A concentração é vertical se as empresas atuam concatenadas no processo produtivo e/ou de
distribuição.
► Atos de concentração:
- Quais atos devem ser submetidos ao CADE?
- Todas as operações de concentração econômica/ cooperação entre empresas em que há risco
de afetação do mercado ou poder dominante devem ser submetidas ao CADE.
- Isso acontece sempre quando qualquer uma das empresas envolvidas tiver 20% do mercado
relevante ou faturamento igual ou superior a R$ 400.000.000,00 no Brasil.
► Regra razão da autorização:
- A concentração econômica, embora anticoncorrencial e prejudicial à livre iniciativa não é
absolutamente proibida, pois ela pode ser aprovada se passar num teste autorizado pela
lei.
- Teste:
a) aumento de produtividade;
b) melhoria da qualidade de bens e serviços;
c) desenvolvimento tecnológico/ econômico;
d) favorecimento do consumidor;
e) concorrência global.
► Legislação de Concentrações:
Art. 54. Os atos, sob qualquer forma manifestados, que possam limitar ou de qualquer forma
prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou
serviços, deverão ser submetidos à apreciação do CADE.
§ 1º O CADE poderá autorizar os atos a que se refere o caput, desde que atendam as seguintes
condições:
I - tenham por objetivo, cumulada ou alternativamente:
a) aumentar a produtividade;
b) melhorar a qualidade de bens ou serviço; ou
c) propiciar a eficiência e o desenvolvimento tecnológico ou econômico;
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II - os benefícios decorrentes sejam distribuídos eqüitativamente entre os seus participantes, de
um lado, e os consumidores ou usuários finais, de outro;
III - não impliquem eliminação da concorrência de parte substancial de mercado relevante de
bens e serviços;
IV - sejam observados os limites estritamente necessários para atingir os objetivos visados.
§ 2º Também poderão ser considerados legítimos os atos previstos neste artigo, desde que
atendidas pelo menos três das condições previstas nos incisos do parágrafo anterior, quando
necessários por motivo preponderantes da economia nacional e do bem comum, e desde que
não impliquem prejuízo ao consumidor ou usuário final.
§ 4º Os atos de que trata o caput deverão ser apresentados para exame, previamente ou no
prazo máximo de quinze dias úteis de sua realização, mediante encaminhamento da respectiva
documentação em três vias à SDE, que imediatamente enviará uma via ao CADE e outra à
Seae.
§ 5º A inobservância dos prazos de apresentação previstos no parágrafo anterior será punida
com multa pecuniária, de valor não inferior a 60.000 (sessenta mil) Ufir nem superior a
6.000.000 (seis milhões) de Ufir a ser aplicada pelo CADE, sem prejuízo da abertura de
processo administrativo, nos termos do art. 32.
§ 6º Após receber o parecer técnico da Seae, que será emitido em até trinta dias, a SDE
manifestar-se-á em igual prazo, e em seguida encaminhará o processo devidamente instruído
ao Plenário do CADE, que deliberará no prazo de sessenta dias.
§ 7º A eficácia dos atos de que trata este artigo condiciona-se à sua aprovação, caso em que
retroagirá à data de sua realização; não tendo sido apreciados pelo CADE no prazo
estabelecido no parágrafo anterior, serão automaticamente considerados aprovados.
► Aspectos práticos dos Atos de Concentração no SEAE:
- Submissão dos atos de concentração de acordo com o art. 54, §3º: Os atos de concentração,
que impliquem em participação igual ou superior a 20% do mercado relevante; ou, em algum
dos participantes tenha obtido faturamento bruto anual no último balanço da ordem de R$
400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais) devem ser submetidos a exame. Pela redação
do §4º do mesmo artigo, os atos de concentração deverão ser apresentados no prazo máximo
de 15 dias úteis após sua realização e em três vias À Secretaria de Direito Econômico (SDE).
Esta enviará imediatamente uma via ao CADE e outra à Secretaria de Acompanhamento
Econômico (SEAE).
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► Decisões:
- Aprovação com restrições: aplicando-se medidas estruturais ou comportamentais aos
agentes de forma a minimizar os efeitos anti-concorrenciais advindos do ato.
Tais restrições poderão incluir a alienação de ativos (venda de fabricas ou marcas),
quebra de patentes, impor o compartilhamento de redes de distribuição, etc.
Estas restrições são estabelecidas em um Termo de compromisso firmado entre
CADE e as empresas (art. 58 da lei 8.884/94) cujo descumprimento determina a revogação da
aprovação concedida e imediata abertura do processo administrativo para adoção das medidas
cabíveis.
- Reprovação (art. 54, §9º): neste caso, se o ato de concentração já operou efeitos jurídicos, o
CADE determinará as medidas a serem adotadas para desconstituição total ou parcial das
atividades ou qualquer outra medida que dê fim aos efeitos nocivos à concorrência. Ressalve-
se que tais medidas são independentes de eventual responsabilidade por perdas e danos (ex:
Caso da Garoto).
- Revisão das Decisões: de acordo com o art. 53, as decisões do Plenário do CADE poderão
ser revistos “ex officio” ou mediante provocação da SDE em caso de terem sido prestadas
informações enganosas, bem como terem sido descumpridas as obrigações constantes do
termo de compromisso.
- Caso Garoto.
5. Principais implementações do Projeto de Lei 3937/04 na Lei 8884/94:
1ª) Necessidade de encaminhamento prévio para aprovação.
2ª) Redução dos prazos dos processos de avaliação pelo CADE: no máximo 330 dias.
3ª) Atos que devem ser encaminhados para fins controle das estruturas pelo CADE: empresa
de R$ 400 milhões e a outra empresa com o faturamento, de pelo menos, de R$ 30 milhões.
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4ª) Se cria um único órgão – Super CADE, a Secretaria do Direito Econômico e a Secretaria
de Acompanhamento Econômico são trazidas para dentro do CADE – come estrutura maior.
5ª) O Super CADE terá 260 técnicos.
6º) O Super CADE será subdivido em dois sub-orgãos: o Tribunal e Superintendência Geral
(tomar o lugar era antes a Secretaria de Direito Econômico e Secretaria de Acompanhamento
Econômico).
7ª) Multa: 30% do faturamento da empresa no setor que houve infração.
6. Organização Mundial do Comércio - OMC:
► Histórico:
- O GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) – 1947.
- Liberdade de Circulação de Mercadorias, sendo as barreiras alfandegárias exceções.
- Contexto Neoliberal que defende o fim dos protecionismos nacionais, o livre comércio e a
livre concorrência Mundial.
► Definição e Características:
- A OMC – Organização Mundial do Comércio – surge em 1995 sucedendo o GATT.
- Detém personalidade jurídica.
- Acordo Final de Marrakesh que encerrou a Rodada do Uruguai (1986-1994).
- Faz parte da ONU, mas goza de autonomia.
- Representa uma abertura dos países a ingerência externa sobre suas políticas públicas.
- A OMC estabelece sanções (represálias) que são impostas pelos seus demais membros.
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► Acordos:
- O Acordo Final de Marrakesh é dividido em anexos, subdivididos em outros anexos.
- O GATT 1994 é um dos 13 acordos do Anexo 1.
- GATS – Anexo 1B.
- TRIPS (acordo Geral sobre a propriedade intelectual.) – Acordo sobre Aspectos
Relacionados com os Direitos de propriedade Intelectual – 1C.
- Atualmente, encontram-se com mais de 160 membros, com sede em Genebra e Diretor
Geral Sr. Pascal Lamy.
► Funções:
- Gerenciar os acordos que compõem o sistema multilateral de comércio.
- Servir de fórum para comercio internacional (firmar acordos internacionais).
- Supervisionar a adoção dos acordos e implementação destes acordos pelos membros da
organização (verificar as políticas comerciais nacionais).
► Solução de Controvérsias:
- Consultas: art. 4º do Entendimento sobre Solução de Controvérsias.
- É imprescindível comunicar a outra parte sobre a possibilidade de uma disputa, e a parte
demandada deve responder ao pedido em dez dias.
- As consultas ocorrem em até trinta dias.
- Nesta fase, há uma discussão restrita às partes.
► Painéis:
- O Painel funciona de forma semelhante a um tribunal e é considerado a 1ª instância do
OSC (DSB).
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- É normalmente composto por três e excepcionalmente por cinco especialistas selecionados
para o caso. Isso significa que não há um Painel (Panel) permanente na OMC.
- Em cada caso as partes devem indicar, de comum acordo, com base em nomes sugeridos
pelo Secretariado, os seus componentes.
- A parte demandante caso deseje estabelecer um painel (Panel) deve o requerer por escrito e
apenas o consenso de todos os membros do OSC (DSB) pode impedir o estabelecimento do
Painel (Panel).
- Também vale ressaltar que as deliberações do Painel (Panel) devem ser confidenciais.
- Um vez estabelecido o Painel (Panel), ele tem, após definidas a sua composição, prazo de
seis meses para a abertura do painel e seu encerramento
- Antes disso, deve reunir com as partes para fixar os prazos que serão adotados.
- Também deve entregar às partes um relatório preliminar, depois da apreciação da petição
inicial e da contestação.
- Este relatório só se transforma em relatório final após ser revisto pelo Painel (Panel),
traduzido para os três idiomas oficiais da OMC e adotado pelo Órgão de Solução de
Controvérsias – OSC (“Dispute Settlement Body” – DSB) quando finalmente o público tem
acesso ao seu teor.
► Corpo de Apelação:
- Corpo de Apelação: Sete membros, sendo designados três para cada caso.
- Ocorre o julgamento em 60, no máximo 90 dias, restritos às questões de interpretação dos
acordos.
- Exemplos de disputas brasileira: Açúcar contra EU, Algodão contra US e Franco contra EU.
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► Utilidades:
- Instrumento para solucionar tensões entre paises membros.
- Melhoria da economia interna dos países (vide inflação brasileira).
- Compatibilização do Desenvolvimento Sustentável.
- Proteção ao Trabalho contra Dumping Social.
► Fase Atual:
- Rodada de Doha (Catar) em 2001 com foco na agricultura.
- Acordo ainda não realizado.
7. Instrumentos de Regulação:
► Conceito:
- Conjunto de regras que limitam a atividade dos agentes econômicos (consumidores,
profissionais liberais, empresas) e cuja aplicação é sustentada pelo poder de coerção que a
sociedade concede ao Estado na busca de desenvolvimento econômico e social
principalmente incentivando e corrigindo falhas do mercado.
- Regulação (plano de política estatal) e Regulamentação (detalhamento normativo / da
legislação).
► Acepções:
- Um conjunto específico de comandos normativos em que a regulação envolve um
agrupamento de regras coercitivas, editadas por órgão criado para determinado fim.
- Influência estatal deliberada, em que a regulação, num sentido mais amplo, cobre toda a ação
estatal destinada a influenciar o comportamento social, econômico ou político.
- Forma de controle social, em que todos os mecanismos que afetam o comportamento
humano são determinados por regras advindas do Estado ou não (ex: auto-regulação).
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► Especificidades:
- Em geral é definida aplicada pelo Estado por meio de órgãos específicos, mas pode ser
delegadas ou entregues a entidade de classe (ex: advocacia).
- Visão econômica (eficiência econômica), política (disputas de poder) e jurídica (normas de
conduta).
- Pode ocorrer em vários níveis estatais e por diversos órgãos.
► Técnicas:
- Comando e Controle: o regulador define cada detalhe das ações da empresa.
- Por incentivos: as empresas são recompensadas caso atinjam as metas definidas pelo
regulador.
- Potencial: as restrições são impostas somente quando as empresas não atendem as metas
definidas.
- Reativa: primeiro a empresa executa suas ações e depois o regulador aprova ou não.
- Proativa: o regulador define anteriormente quais as ações são permitidas e proibidas.
- Delegada: o poder de regular é delegado aos agentes regulados.
► Razão:
- Num mercado ideal (informação e concorrência plena) não seria necessária a regulação.
Como não existe mercado ideal, surgem três tipos de falhas de mercado.
- Ineficiência Alocativa: quando os diversos bens e serviços não são produzidos ou
consumidores nas quantidades ótimas, isto é, que maximizam o bem-estar social.
- Ineficiência técnica ou produtiva: quando a produção não se dá no menor custo
possível.
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- Ineficiência dinâmica: quando uma quantidade insuficiente de recursos é despendida na
busca de inovações de produtos e processos.
► Principais Falhas de Mercado:
- Externalidades: quando o agente não incorre ou incorpora todos os custos de transação
gerados pela sua atividade (ex: poluição do ar e dos rios).
- Assimetria de informação: quando os agentes não têm informações há um prejuízo à busca
de bem-estar (ex: carro usado e ações de uma empresa). Problemas típicos da informação
desproporcional: seleção adversa (cliente não pode avaliar quem é bom) e risco moral
(cliente não consegue avaliar se houve falta de esforço ou de qualidade).
- Mercado Não Competitivo: empresas passam a gozar de poder de mercado, habilidade
para fixar o preço acima do custo marginal (preço abaixo do eficiente, desincentivo à
inovação). Exceções: monopólios naturais, economias de escala (elevados custos fixos) e
escopo (quando o agente que presta dois serviços por um custo mais baixo que se fossem
oferecidos separadamente).
► Dilema:
- Recal no problema da agência, sendo o órgão regulador necessário como representante dos
interesses da sociedade nas relações com a empresa (telefonia, rodovias, água, energia,
ferrovias). Privatizar ou Estatizar?
- Relação entre regulador e agente.
- Questões políticas?
O órgão regulador deve ser um órgão focado na questão técnica, sem que esse órgão
possa ser capturado tanto pelo governo (questões políticas) quanto aos agentes que estão
sendo regulados. Deve ter uma atuação autônoma.
As agências reguladoras têm papel fundamental.
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► Agências:
- As agências reguladoras federais são autarquias especiais.
- Tem seus membros diretamente indicados pelo Presidente, confirmados pelo Senado após
audiência. Recebem mandatos com prazo determinado.
- Necessária autonomia em relação ao executivo e em relação aos regulados (quarentenas).
- Os membros não são demissíveis, somente perdendo o cargo por renúncia, condenação
judicial ou em processo administrativo disciplinar (art. 9º da Lei 9.986/2000), mas as leis de
cada agência podem fixar outros casos de perda de mandato, desde que respeitada a autônoma
(parágrafo único).
- Deliberações colegiadas só podendo ser alteradas por decisões judiciais.
- Orçamento próprio e fontes de receita dependentes e independentes do executivo.
- A competência se restringe aos termos da lei que delega tais poderes.
- Agências executivas têm caráter operacional e não normativo e foram instituídas pelos arts.
51/52 da Lei 9649/1998 (INMETO e ANS).