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PONTO Nº 2- PONTO Nº 2- JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª CONSTITUCIONAL (1ª parte) parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS AÇÕES CONSTITUCIONAIS

PONTO Nº 2- JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

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PONTO Nº 2- JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

PONTO Nº 2- PONTO Nº 2-

JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte)CONSTITUCIONAL (1ª parte)AÇÕES CONSTITUCIONAISAÇÕES CONSTITUCIONAIS

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CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Direito de Ação: Direito de Ação: Ocorrendo afronta a Ocorrendo afronta a

qualquer direito individual por parte do qualquer direito individual por parte do Poder Público ou de quem exerça funções Poder Público ou de quem exerça funções públicas, surge para o interessado a públicas, surge para o interessado a faculdade de acionar o Judiciário, no sentido faculdade de acionar o Judiciário, no sentido de que este, ao prestar a tutela de que este, ao prestar a tutela jurisdicional, restaure a legalidade violada, jurisdicional, restaure a legalidade violada, por meio de um provimento de natureza por meio de um provimento de natureza impositiva. impositiva.

Coexistem, no ordenamento jurídico pátrio, Coexistem, no ordenamento jurídico pátrio, diversas espécies de ações diversas espécies de ações que servem à que servem à defesa dos administrados contra atos defesa dos administrados contra atos ilegais ou arbitrários do Poder Público.ilegais ou arbitrários do Poder Público.

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Ações ordináriasAções ordinárias: tem objeto amplo, : tem objeto amplo, porquanto manejadas de acordo com porquanto manejadas de acordo com as disposições comuns do Código de as disposições comuns do Código de Processo Civil. Processo Civil.

Ações Constitucionais: Ações Constitucionais: Via processual Via processual para se buscar a efetividade dos para se buscar a efetividade dos direitos fundamentais. Ações que direitos fundamentais. Ações que possuem finalidades específicas, possuem finalidades específicas, prestando-se à defesa plena de prestando-se à defesa plena de algumas situações especiais, cuja algumas situações especiais, cuja relevância faz com que sejam alçadas relevância faz com que sejam alçadas ao nível constitucional de proteção. ao nível constitucional de proteção. Tutela diferenciada aos direitos Tutela diferenciada aos direitos individuais e coletivos.individuais e coletivos.

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AÇÕES TIPIFICADAS NA CONSTITUIÇÃO: AÇÕES TIPIFICADAS NA CONSTITUIÇÃO:

Habeas CorpusHabeas Corpus Mandado de SegurançaMandado de Segurança Habeas DataHabeas Data Mandado de InjunçãoMandado de Injunção Ação PopularAção Popular

Procedimento célere. Procedimento célere. Outros meios previstos na legislação Outros meios previstos na legislação

infra- constitucional (CPC, etc) infra- constitucional (CPC, etc)

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MANDADO DE SEGURANÇAMANDADO DE SEGURANÇAART. 5º

LXIX - conceder-se-á mandado de LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder ilegalidade ou abuso de poder for for autoridade pública ou agente de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Públicoatribuições do Poder Público

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MANDADO DE SEGURANÇAMANDADO DE SEGURANÇA

Introduzido no direito brasileiro na Introduzido no direito brasileiro na Constituição de 1934.Constituição de 1934.

Previsão normativa: art. 5º, LXIX, da CF e Previsão normativa: art. 5º, LXIX, da CF e Lei 12.016/2009.Lei 12.016/2009.

Espécies: individual e coletivoEspécies: individual e coletivo Pode ser preventivo ou repressivoPode ser preventivo ou repressivo As hipóteses de cabimento devem ser As hipóteses de cabimento devem ser

interpretada de forma ampliativa, interpretada de forma ampliativa, viabilizando ao máximo a sua utilização.viabilizando ao máximo a sua utilização.

O MS não é substitutivo de ação de O MS não é substitutivo de ação de cobrança- Súmula 269 do STFcobrança- Súmula 269 do STF

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LEGITIMIDADE ATIVA:LEGITIMIDADE ATIVA:

Todas as pessoas físicas e jurídicasTodas as pessoas físicas e jurídicas Órgãos públicos Órgãos públicos

despersonalizadosdespersonalizados: Mesas de : Mesas de Casas legislativa, Câmara Municipal, Casas legislativa, Câmara Municipal, Chefes do Poder executivoChefes do Poder executivo

Universalidades reconhecidas Universalidades reconhecidas por leipor lei: entes que não possuem : entes que não possuem personalidade jurídica. Exemplo: personalidade jurídica. Exemplo: espólio, massa falida.espólio, massa falida.

Page 8: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

PÓLO PASSIVO:PÓLO PASSIVO:

Agente coator (impetrado): aquele que pratica ou Agente coator (impetrado): aquele que pratica ou ordena o ato.ordena o ato.

Erro na indicação da autoridade impetrada: se o Erro na indicação da autoridade impetrada: se o impetrante fizer indicação errônea da autoridade impetrante fizer indicação errônea da autoridade isso afetará uma das condições da ação, que é a isso afetará uma das condições da ação, que é a legitimidade, o que implica extinção do processo legitimidade, o que implica extinção do processo sem resolução do mérito.sem resolução do mérito.

Não pode ser autoridade coatora aquela que não Não pode ser autoridade coatora aquela que não pode corrigir o ato tido como ilegal.pode corrigir o ato tido como ilegal.

Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.no exercício de atribuições do Poder Público.

O representante judicial do órgão atua na defesa O representante judicial do órgão atua na defesa processual.processual.

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LIQUIDEZ E CERTEZA DO DIREITO LIQUIDEZ E CERTEZA DO DIREITO AMPARADO PELO MSAMPARADO PELO MS

Direito líquido e certoDireito líquido e certo: É o que resulta : É o que resulta de fato certo e incontroverso, capaz de de fato certo e incontroverso, capaz de ser comprovado de plano (prova pré-ser comprovado de plano (prova pré-constituída), por documentação constituída), por documentação inequívoca. Todo direto é líquido e certo, inequívoca. Todo direto é líquido e certo, a caracterização da imprecisão e a caracterização da imprecisão e incerteza recai sobre os fatos, que incerteza recai sobre os fatos, que necessitam de comprovação.necessitam de comprovação.

Subsidiariedade:Subsidiariedade: Não amparado por Não amparado por habeas corpus e habeas datas habeas corpus e habeas datas

Page 10: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

OBJETO DA IMPETRAÇÃOOBJETO DA IMPETRAÇÃO Ato praticado ou em vias de ser praticado pela Ato praticado ou em vias de ser praticado pela

autoridade coatora.autoridade coatora. Atos normativosAtos normativos: : de efeito concreto. Os de de efeito concreto. Os de

efeito abstrato, em regra, não podem ser efeito abstrato, em regra, não podem ser atacados por MS. Não cabe MS contra lei em tese atacados por MS. Não cabe MS contra lei em tese (Súmula 266 do STF)(Súmula 266 do STF)

EXEMPLO: Lei 11.705/08:EXEMPLO: Lei 11.705/08: art. 2art. 2oo  são vedados, na faixa de domínio   são vedados, na faixa de domínio

de rodovia federal ou em terrenos de rodovia federal ou em terrenos contíguos à faixa de domínio com acesso contíguos à faixa de domínio com acesso direto à rodovia, a venda varejista ou o direto à rodovia, a venda varejista ou o oferecimento de bebidas alcoólicas para oferecimento de bebidas alcoólicas para consumo no local.consumo no local.

Page 11: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Atos Atos interna corporisinterna corporis: : NãoNão pode pode ser atacado por MS os atos internos ser atacado por MS os atos internos da corporação legislativa. Exemplo: da corporação legislativa. Exemplo: escolha da Mesa diretiva, cassação escolha da Mesa diretiva, cassação de mandatos, concessão de licenças, de mandatos, concessão de licenças, etc.etc.

Ato judicial: Ato judicial: pode ser objeto da pode ser objeto da impetração desde que inexista impetração desde que inexista recurso idôneo, não se trate de coisa recurso idôneo, não se trate de coisa julgada e seja de ilegalidade julgada e seja de ilegalidade manifesta e teratológica (absurda).manifesta e teratológica (absurda).

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PRAZO DECADENCIAL:PRAZO DECADENCIAL:

O direito de requerer MS O direito de requerer MS extinguir-se-á em 120 dias, extinguir-se-á em 120 dias, contados da ciência do ato.contados da ciência do ato.

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COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGARJULGAR

   Decorre da lei ou norma constitucional.Decorre da lei ou norma constitucional. Se afere a competência com base na qualidade Se afere a competência com base na qualidade

da autoridade coatora. (local onde a da autoridade coatora. (local onde a autoridade exerce suas funções)autoridade exerce suas funções)

Mais de uma autoridade impetrada: qualquer Mais de uma autoridade impetrada: qualquer dos domicílios funcionais ou a o domicílio da dos domicílios funcionais ou a o domicílio da de maior hierarquia.de maior hierarquia.

Competência dos Tribunais: É de competência Competência dos Tribunais: É de competência dos Tribunais julgar os Mandados de dos Tribunais julgar os Mandados de Segurança impetrados contra seus próprios Segurança impetrados contra seus próprios atos ou omissões. O STF não é competente atos ou omissões. O STF não é competente para conhecer de mandado de segurança para conhecer de mandado de segurança contra atos dos Tribunais dos Estados.contra atos dos Tribunais dos Estados.

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PROCEDIMENTOPROCEDIMENTO

Propositura da açãoPropositura da ação:: Petição inicial com os requisitos dos Petição inicial com os requisitos dos arts. 282 e 283 do CPCarts. 282 e 283 do CPC

Pedido liminar:Pedido liminar: possibilidade. Pressupostos: fundado possibilidade. Pressupostos: fundado receio de dano e plausibilidade do direito (receio de dano e plausibilidade do direito (periculum in periculum in mora e fumus boni iuris.mora e fumus boni iuris. Recurso cabível: agravo de Recurso cabível: agravo de instrumento. A Administração Pública ainda pode requer instrumento. A Administração Pública ainda pode requer suspensão dos efeitos da liminar ao Presidente do Tribunal.suspensão dos efeitos da liminar ao Presidente do Tribunal.

Das informações e defesa:Das informações e defesa: notificação da autoridade notificação da autoridade administrativa (prazo de 10 dias) e intimação do administrativa (prazo de 10 dias) e intimação do representante judicial da pessoa jurídica.representante judicial da pessoa jurídica.

Parecer do Ministério Público:Parecer do Ministério Público: não vincula o julgamentonão vincula o julgamento Sentença de mérito e recursos:Sentença de mérito e recursos: i) i) não se admite não se admite

condenação em honorários advocatícios em MS. condenação em honorários advocatícios em MS. ii) ii) o o recurso voluntário é a apelação sem efeito suspensivo.recurso voluntário é a apelação sem efeito suspensivo.

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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVOMANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Poderá ser impetrado por: Partido Político com Poderá ser impetrado por: Partido Político com representação no Congresso; organização sindical; representação no Congresso; organização sindical; entidade de classe ou associação legalmente entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento constituída e em funcionamento há mais de um há mais de um anoano. .

A legitimação é extraordinária (substituição A legitimação é extraordinária (substituição processual) não se exigindo autorização expressa processual) não se exigindo autorização expressa de cada um dos membros, bastando uma de cada um dos membros, bastando uma autorização genérica em seus estatutos sociais. autorização genérica em seus estatutos sociais.

Não haverá necessidade de constar na inicial o Não haverá necessidade de constar na inicial o nome de todos os associados ou filiados. O nome de todos os associados ou filiados. O ajuizamento do MS coletivo não impedirá o ajuizamento do MS coletivo não impedirá o exercício do direito de forma individual.exercício do direito de forma individual.

Page 16: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEI:NOVA LEI: Não cabeNão cabe mandado de segurança contra os atos mandado de segurança contra os atos

de gestão comercial praticados pelos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.concessionárias de serviço público.

Não cabe MS deNão cabe MS de: : art.5º, III - de decisão judicial art.5º, III - de decisão judicial transitada em julgado. (súmula STF 267)transitada em julgado. (súmula STF 267)

  A lei nova A lei nova não repete a proibição de usonão repete a proibição de uso do do Mandado de Segurança contra ato disciplinar, Mandado de Segurança contra ato disciplinar, encampando entendimento jurisprudencial e encampando entendimento jurisprudencial e doutrináriodoutrinário

Page 17: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEINOVA LEI Considera-se autoridade coatora aquela que Considera-se autoridade coatora aquela que

tenha praticado o ato impugnado ou da qual tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.emane a ordem para a sua prática. A lei nova determina a denegação de A lei nova determina a denegação de

segurança também nos casos de extinção do segurança também nos casos de extinção do processo sem análise do mérito (art. 267 do processo sem análise do mérito (art. 267 do CPC).CPC).

A lei nova determina que a renovação do A lei nova determina que a renovação do mandado de segurança denegado SEM mandado de segurança denegado SEM ANÁLISE DE MÉRITO, poderá ocorrer, apenas, ANÁLISE DE MÉRITO, poderá ocorrer, apenas, dentro do prazo decadencial de 120 dias.dentro do prazo decadencial de 120 dias.

Page 18: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEI:NOVA LEI: O juiz ordenará que se dê ciência do feito ao O juiz ordenará que se dê ciência do feito ao

órgão de representação judicial da pessoa jurídica órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no documentos, para que, querendo, ingresse no feito.feito.

Não será concedida medida liminar que tenha por Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.qualquer natureza.

A nova lei estabelece que a liminar concedida A nova lei estabelece que a liminar concedida somente perderá a validade se revogada (pelo somente perderá a validade se revogada (pelo próprio juiz) ou cassada (por instância superior).próprio juiz) ou cassada (por instância superior).

Page 19: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEINOVA LEI

Deferida a medida liminar, o processo terá Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. A nova lei cria um prioridade para julgamento. A nova lei cria um novo critério de prioridade de julgamento novo critério de prioridade de julgamento objetivando que uma decisão provisória não possa objetivando que uma decisão provisória não possa reger o conflito por longo período.reger o conflito por longo período.

Art. 8o Será decretada a perempção ou Art. 8o Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem.as diligências que lhe cumprirem.

Page 20: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEINOVA LEI A nova lei prevê a obrigação da Autoridade administrativa A nova lei prevê a obrigação da Autoridade administrativa

remeter ao órgão ao qual está subordinado e ao órgão de remeter ao órgão ao qual está subordinado e ao órgão de representação judicial, em 48 horas, cópia autenticada do representação judicial, em 48 horas, cópia autenticada do instrumento notificatório, assim como "assim como instrumento notificatório, assim como "assim como indicações e elementos outros necessários às providências indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder".defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder".

A nova lei dilatou os prazos (impróprios) conferidos ao MP A nova lei dilatou os prazos (impróprios) conferidos ao MP (05 para 10) e ao Juiz da Causa (05 para 30) para (05 para 10) e ao Juiz da Causa (05 para 30) para manifestação e decisão, respectivamente.manifestação e decisão, respectivamente.

Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer.Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. A sentença que conceder o mandado de segurança pode A sentença que conceder o mandado de segurança pode

ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar.vedada a concessão da medida liminar.

Page 21: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEINOVA LEI

O pagamento de vencimentos e vantagens O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial.data do ajuizamento da inicial.

A nova lei insere a garantia de A nova lei insere a garantia de realização defesa oral, em qualquer realização defesa oral, em qualquer tribunal, durante a sessão de tribunal, durante a sessão de julgamento.julgamento.

Page 22: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

NOVA LEINOVA LEI O mandado de segurança coletivo não induz O mandado de segurança coletivo não induz

litispendência para as ações individuais, mas os litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança comprovada da impetração da segurança coletiva.coletiva.

Constitui crime de desobediência, nos termos do Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, aplicação da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis.quando cabíveis.

Page 23: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATAHABEAS DATA Definição: Definição: É a ação constitucional de natureza É a ação constitucional de natureza

civil, rito sumário e de caráter personalíssimo, civil, rito sumário e de caráter personalíssimo, que objetiva: que objetiva: a) Assegurar o conhecimento de informações a) Assegurar o conhecimento de informações

relativas à pessoa do impetrante, constantes relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou de bancos de dados de de registros ou de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter entidades governamentais ou de caráter público; público;

b) Retificação de dados, quando o impetrante b) Retificação de dados, quando o impetrante não preferir fazê-lo por processo sigiloso, não preferir fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. judicial ou administrativo.

Tem a finalidade dúplice de proteger o direito Tem a finalidade dúplice de proteger o direito de acesso a informações pessoais (1ª etapa) e de acesso a informações pessoais (1ª etapa) e de retificá-las, se necessário (2ª etapa).de retificá-las, se necessário (2ª etapa).

Page 24: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATAHABEAS DATA Para o seu cabimento, o STJ entende Para o seu cabimento, o STJ entende

que deve haver negativa na via que deve haver negativa na via administrativa quanto ao acesso às administrativa quanto ao acesso às informações.informações.

Segundo a Jurisprudência do STF, Segundo a Jurisprudência do STF, não cabe não cabe habeas datahabeas data para obtenção para obtenção de informações relativas a terceiros, de informações relativas a terceiros, ressalvado o direito à informações ressalvado o direito à informações sobre o sobre o e cujus e cujus por parte dos por parte dos herdeirosherdeiros

Page 25: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATAHABEAS DATA

Legitimação ativaLegitimação ativa: Qualquer pessoa, : Qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou física ou jurídica, nacional ou estrangeira. estrangeira.

   Legitimação passiva:Legitimação passiva: As entidades As entidades

governamentais. Estas deverão governamentais. Estas deverão justificar a existência dos registros justificar a existência dos registros públicos, pois a regra é a de que não há públicos, pois a regra é a de que não há possibilidade de registros públicos de possibilidade de registros públicos de dados relativos à intimidade da pessoa. dados relativos à intimidade da pessoa.

Page 26: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATAHABEAS DATA

ProcedimentoProcedimento: : Serão observadas, no que couber, as Serão observadas, no que couber, as

normas do mandado de segurança, mas normas do mandado de segurança, mas com relação ao com relação ao habeas datahabeas data foi editada a foi editada a Lei nº 9.507/97, que guarda profunda Lei nº 9.507/97, que guarda profunda semelhança com a Lei nº12.016/2009. semelhança com a Lei nº12.016/2009.

Os processos de Os processos de habeas datahabeas data têm têm prioridade em relação a quaisquer outros, prioridade em relação a quaisquer outros, exceto exceto habeas corpushabeas corpus e mandado de e mandado de segurança. segurança.

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HABEAS DATAHABEAS DATA

O coator terá o prazo de 10 dias para O coator terá o prazo de 10 dias para prestar as informações. prestar as informações.

Após isto, será ouvido o MP em 5 Após isto, será ouvido o MP em 5 dias e, após, o juiz sentenciará no dias e, após, o juiz sentenciará no prazo de 5 dias. prazo de 5 dias.

Não há recurso Não há recurso ex officioex officio da decisão da decisão concessória, como ocorre no MS. concessória, como ocorre no MS.

O recurso voluntário só tem efeito O recurso voluntário só tem efeito devolutivo.devolutivo.

Page 28: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATAHABEAS DATA

É isento de custas e despesas judiciais. É isento de custas e despesas judiciais. Na decisão concessória o juiz marcará Na decisão concessória o juiz marcará

data e horário para que o coator data e horário para que o coator apresente ao impetrante as apresente ao impetrante as informações a seu respeito ou informações a seu respeito ou apresente em juízo a prova de apresente em juízo a prova de retificação ou anotação feita nos retificação ou anotação feita nos assentamentos do impetrante.assentamentos do impetrante.

Page 29: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE INJUNÇÃOMANDADO DE INJUNÇÃO

Art. 5º, LXXI - conceder-se-á Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos torne inviável o exercício dos direitos e liberdades direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;soberania e à cidadania;

Page 30: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Definição: Definição: É a ação constitucional de É a ação constitucional de natureza civil de combate à natureza civil de combate à inefetividade das normas constitucionais inefetividade das normas constitucionais que não possuam aplicabilidade que não possuam aplicabilidade imediata. imediata.

Será concedido sempre que a falta de norma Será concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o regulamentadora torne inviável o exercício exercício de direitos e liberdades constitucionais e das de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania.soberania e cidadania.

A norma da CF que trata do Mandado A norma da CF que trata do Mandado de Injunção é auto-aplicável (STF).de Injunção é auto-aplicável (STF).

Page 31: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Cabimento:Cabimento: O Mandado de O Mandado de Injunção se refere à omissão de Injunção se refere à omissão de norma regulamentadora. norma regulamentadora.

Assim, não caberá: Assim, não caberá: a) para alterar lei ou ato a) para alterar lei ou ato normativo existente; normativo existente;

b) para se exigir certa b) para se exigir certa interpretação à aplicação da interpretação à aplicação da legislação; legislação;

c) para pleitear uma aplicação c) para pleitear uma aplicação mais justa da lei existente.mais justa da lei existente.

Page 32: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Requisitos:Requisitos: Nível Federal:Nível Federal: a) Falta de norma regulamentadora de a) Falta de norma regulamentadora de

uma previsão constitucional; uma previsão constitucional; b) inviabilização do exercício de direitos b) inviabilização do exercício de direitos

e liberdades constitucionais. e liberdades constitucionais. Ex: Art. 40, § 4º - Aposentadoria Especial Ex: Art. 40, § 4º - Aposentadoria Especial

Servidor PúblicoServidor Público EX: Art. 37, VII – Direito de greve EX: Art. 37, VII – Direito de greve

servidor Público.servidor Público.

Page 33: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Legitimação Ativa:Legitimação Ativa: Pode ser ajuizado por qualquer pessoa, Pode ser ajuizado por qualquer pessoa,

inclusive de forma coletiva.inclusive de forma coletiva.

O Mandado de Injunção tem o mesmo O Mandado de Injunção tem o mesmo objeto da ADIN por omissão, servindo objeto da ADIN por omissão, servindo ambas ao Controle de ambas ao Controle de Constitucionalidade. Todavia, Constitucionalidade. Todavia, diferenciam-se na legitimação e diferenciam-se na legitimação e competência, pois o MI pode ser competência, pois o MI pode ser impetrado por qualquer pessoa e em impetrado por qualquer pessoa e em qualquer juízo.qualquer juízo.

Page 34: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

Legitimação Passiva:Legitimação Passiva:

Somente o Poder Público. Se a Somente o Poder Público. Se a omissão for legislativa federal, será omissão for legislativa federal, será ajuizado em face do Congresso ajuizado em face do Congresso Nacional, salvo se a iniciativa de lei Nacional, salvo se a iniciativa de lei for privativa do Presidente da for privativa do Presidente da República, hipótese em que será República, hipótese em que será impetrado contra este.impetrado contra este.

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Procedimento e competência:Procedimento e competência: Diante da falta de norma específica, Diante da falta de norma específica, aplicam-se as regras processuais do aplicam-se as regras processuais do Mandado de Segurança. A Mandado de Segurança. A competência será do STF no caso de competência será do STF no caso de omissões oriundas do Presidente da omissões oriundas do Presidente da República, Congresso Nacional e suas República, Congresso Nacional e suas Casas, TCU, Tribunais Superiores ou Casas, TCU, Tribunais Superiores ou do próprio STF. Nos demais casos, a do próprio STF. Nos demais casos, a competência será do STJ ou de competência será do STJ ou de qualquer juízo ou tribunal inferior, qualquer juízo ou tribunal inferior, conforme o caso.conforme o caso.

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Decisão e efeitos do Mandado de Decisão e efeitos do Mandado de Injunção:Injunção: Critérios adotados pelos Critérios adotados pelos Tribunais: Tribunais:

Não concretistaNão concretista: : Para esta, o STF não Para esta, o STF não poderia obrigar o legislativo a poderia obrigar o legislativo a legislar, mas apenas apontar a mora legislar, mas apenas apontar a mora e recomendar que seja suprida.e recomendar que seja suprida.

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ConcretistaConcretista::

O Poder Judiciário através de uma O Poder Judiciário através de uma decisão constitutiva, declara a decisão constitutiva, declara a existência da omissão e implementa existência da omissão e implementa o exercício do direito, até que o exercício do direito, até que sobrevenha a regulamentação sobrevenha a regulamentação (Conforme a decisão sobre o direito (Conforme a decisão sobre o direito de greve dos servidores públicos de greve dos servidores públicos (STF - (STF - MI nº 708, Rel. Min. Gilmar , Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 31.10.08). Mendes, DJ 31.10.08).

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Pode ser ainda: Pode ser ainda: a) a) Concretista geralConcretista geral: : Os efeitos do MI Os efeitos do MI

são ampliados aos que se encontrem na são ampliados aos que se encontrem na mesma situação jurídica do impetrante; mesma situação jurídica do impetrante;

b) b) Concretista individualConcretista individual (só produz (só produz efeitos para o autor do MI e pode ser):efeitos para o autor do MI e pode ser):

Direta Direta – o Judiciário ao julgar o MI – o Judiciário ao julgar o MI implementaria diretamente a eficácia da implementaria diretamente a eficácia da norma constitucional.norma constitucional.

Intermediária Intermediária – o Judiciário, após julgar o MI, – o Judiciário, após julgar o MI, fixa o prazo ao Congresso de 120 dias para fixa o prazo ao Congresso de 120 dias para a elaboração da norma regulamentadora, se a elaboração da norma regulamentadora, se se mantiver inerte o Judiciário o fará).se mantiver inerte o Judiciário o fará).

Page 39: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR::

Art. 5º - LXXIIIArt. 5º - LXXIII - qualquer cidadão é - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da de custas judiciais e do ônus da sucumbência; sucumbência;

Page 40: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR::

Definição: Definição: A Constituição Federal A Constituição Federal assevera que “qualquer cidadão é assevera que “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e ambiente e ao patrimônio histórico e cultural” (art. 5º, LXXIII). cultural” (art. 5º, LXXIII).

Page 41: PONTO Nº 2-    JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL (1ª parte) AÇÕES CONSTITUCIONAIS

AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR:: Apesar dessa amplitude, a jurisprudência Apesar dessa amplitude, a jurisprudência

firmou o entendimento de que não é cabível firmou o entendimento de que não é cabível ação popular contra atos jurisdicionais, ação popular contra atos jurisdicionais, conforme STF, AGRPET n° 2018, Relator conforme STF, AGRPET n° 2018, Relator Ministro Celso de Mello, DJ 16.02.2001.Ministro Celso de Mello, DJ 16.02.2001.

A ação popular é um remédio constitucional A ação popular é um remédio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão que posto à disposição de qualquer cidadão que esteja no gozo dos seus direitos políticos e tem esteja no gozo dos seus direitos políticos e tem por objeto a invalidação de condutas do Estado por objeto a invalidação de condutas do Estado que se mostrem lesivas ao patrimônio público, que se mostrem lesivas ao patrimônio público, à probidade administrativa ou aos interesses à probidade administrativa ou aos interesses difusos gerenciados pela Administração difusos gerenciados pela Administração Pública.Pública.

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AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR::

Trata-se, pois, de ação judicial cível que Trata-se, pois, de ação judicial cível que possui natureza constitutiva negativa, possui natureza constitutiva negativa, posto que o seu fim essencial é a posto que o seu fim essencial é a anulação de atos e contratos públicos, anulação de atos e contratos públicos, podendo resultar, ainda, na condenação podendo resultar, ainda, na condenação dos agentes responsáveis ao dos agentes responsáveis ao pagamento de perdas e danos. pagamento de perdas e danos.

O remédio constitucional é regido pela Lei O remédio constitucional é regido pela Lei n° 4.717/65 e pode ser ajuizado de forma n° 4.717/65 e pode ser ajuizado de forma preventiva ou repressiva. preventiva ou repressiva.

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AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR::

Procedimento:Procedimento: A ação popular é de rito ordinário e admite a A ação popular é de rito ordinário e admite a

suspensão liminar do ato impugnado, visando à suspensão liminar do ato impugnado, visando à defesa efetiva do patrimônio público. defesa efetiva do patrimônio público.

Nos termos do art. 6°, §5°, da Lei n° 4.717/65, é Nos termos do art. 6°, §5°, da Lei n° 4.717/65, é facultado a qualquer cidadão habilitar-se como facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. popular.

O Ministério Público acompanhará todos os O Ministério Público acompanhará todos os termos do procedimento, sendo-lhe vedado, termos do procedimento, sendo-lhe vedado, porém, promover a defesa do ato lesivo ou de porém, promover a defesa do ato lesivo ou de quem o tiver praticado. quem o tiver praticado.

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AÇÃO POPULARAÇÃO POPULAR::

Se o autor desistir da ação, o Se o autor desistir da ação, o representante do Ministério Público - ou representante do Ministério Público - ou qualquer cidadão - poderá assumir-lhe a qualquer cidadão - poderá assumir-lhe a titularidade e, assim, pugnar pelo titularidade e, assim, pugnar pelo prosseguimento do feito. prosseguimento do feito.

Segundo dispõe a Constituição Federal, Segundo dispõe a Constituição Federal, não se pode falar em condenação do não se pode falar em condenação do autor da ação popular ao pagamento de autor da ação popular ao pagamento de custas processuais e outras despesas custas processuais e outras despesas decorrentes da sucumbência, inclusive decorrentes da sucumbência, inclusive honorários advocatícios, a não ser honorários advocatícios, a não ser quando comprovada a má-féquando comprovada a má-fé