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7/30/2019 Pontos Jurema.docx
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Pontos Cantados de Caboclo
1.Estrada de BelmCaminhava Maria
E estes mdiums que esto na mesaOrando a Deus para receber os seus Guas
Meu gua to bonitoFoi Jesus quem me deu
Para me librar dos malesCom os poderes de Deus
2.Eu esteva em cima da serraQuando ouvi uma gaita tocar
Chamando AricurAricuri eu souEu sou de Ipanema eu souEu sou flechador
3.Tupy andou no mundoPronto para curar
Valha-me Deus e Tupi nas alturasTupy no promete para faltar
L em Aledeia, l na JuremaNo se faz nada sem ordem suprema
4.Vinde, vinde nossos anjos da guadaVinde, vinde auxiliar nossos trabalhos
Jesus Cristo nosso PaiFilho da Virgem Maria
E a estrela Dalva nossa guia
5.Quem vem, quem vem l de to longeSo nossos guias que vem trabalhar
Oh! Da-me foras pelo amor de Deus, meu PaiOh! Da-me foras nos trabalhos meus
6.Vamos orar meus irmos vamos orarQue Jesus tambm orouNo jardim das OliveirasCom seu Pai se comunicou
Nas matas ouvi um gemidoEu vi a mata se abrirE vi em uma pedra sentadoO caboclo Guaran
7.Uma estrela l no cu brilhouNa terra resplandeceuCad os companheiros da searaQue at agora ainda no apareceu
8.A mata virgem escureceuMas o luar clareouEu estava sentado na minha Jurema
Quando o caboclo aqui chegou
Mas ele rei, ele rei, ele reiMas ele , na Jurema ele rei
9.Joo Cuty um cabocloQue bebeu gua na coit
Deus me livre, Deus me guardeDa flechada de Canind
Em cima daquela serraTem uma ona e um leoTodos mdiuns concentradosPara receber manifestao
Arre arre arre arreiaEstou saudando todos caboclos meu paiDa tribo do rei de Urub
Meu rei de Urub, meu rei de UrubTrabalha caboclo com o rei de Urub
10. Jaan, Jaan Jaan para que me chamou?
Para que mandou chamar JaanChegou Jaan com os caboclos de Urub
Eu corto o Pau e tiro o melCom meus caboclos de Urub
11.Caboclo no tem caminho para caminharEle caminha por cima das folhasPor debaixo das folhasPor qualquer lugarOke cabolco...
12.Caboclo, eu sou um caboclo
Aminha morada nas matasCom minha flecha e coit
Eu corto o pau caboclo......Eu corto o pau e tiro o mel
Caboclo do prncipe encantadoQue mora na areia do mar sagradoO meu caboclo no dorme, trabalha em p o rei Canind, o rei Canind
Eu fui pr mata caar CanindCorte o pau cabocloCorte o pau e tire o mel
13.Caboclinho da JuremaEle brinca no TorPara se livrar das flechasDo rei Canind
Rei Canind, Rei CanindUma salva de palmas para o rei Canind
14.Quem for CanindQue levante o penachoPara Canind da mataNo h embarao
15.Na mata ouvi um apitoMeu Deus, quem ser? Quem ?Sou eu, caboclo de penaSou eu, rei dos Caninds
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16.Canind, meu CanindezinhoBrinca bonito meu caboclozinho
17.Canind canta, Canind falaAfirma este ponto, no pau da arara
18.Tapia, minha TapiaTapia de Canind
Eu saudei a folha da JuremaA minha flecha e o meu coit
Eu estava no meio das matasNum tronco embolando melQuando eu vi estava cercadoDe Tapias de Canind
Trabalha Tapia mestraTrabalha porque Deus querTrabalha minha TapiaCom a fora dos Caninds
Salve o Rei Canind eh eh ehO que fazem com as mos
Eu desmancho com os ps
19.Minha gente toda vamos pr JuremaNa minha cidade tem uma cabocla de pena
Salve Aurora CanindCanind Canind
Salve o penacho de AuroraDe Aurora Canind
20.Sete anos eu viviCom sete anos eu me passei
Com a fora da JuremaOs meus filhos eu abenoei
Salve Aurora CanindCanind Canind
21.Eu tenho uma cabocla de penaSoltei-a nas matas pr ela trabalharPr ver a fora que a jurema temPr ver a fora que a Jurema d
Amlia cabocla de penaVem colhendo flores, rosas e aucenas
Qunado eu venho da minha cidadeAs flores que eu trago so as flores da Jurema
Eu sou uma cabocla que vem l de aldeiaEu venho apanhando as floresEu sou flecheira
Na minha cidade tem campos de aucenaE eu estou vendo a cidade da Jurema
22.Apanha a flor e colhe a sementeTrabalha cabocla no p da Jurema
23.Meu Deus, uma cobra piouL no meio da mata onde Oxossi baixou
Cobra que anda, cobra que paVamos sarava Oxossi, dos terreiros da Baha
24.Quem manda nas matas OxossiOxossi caador, Oxossi caadorOuv o meu pai assobiarE eu mandei saudar
A Aruanda , A Aruanda ah o caboclo Oxossi na Jurema de Aruanda ah!
25.O veado no mato corredorOxossi na mata caador
Atirei, atirei mas no mateiQuando o pssaro voltar eu matareiAtirei atirei atirei noPr acertar a flecha no corao
26.Oxossi Oxossi Oxossi caador
Caa aqui e caa acolEle caador
27.Meu caboclo roxo
Da pele morenaEle Oxossi o rei da Jurema
28.Meu pai Oxossi nasceu na JuremaA minha me Oxum acabou de criar
Mas ele hoje rei caadorEle filho da ndia da cobra coralE quando a Jurema abrirVou perguntar quem Se Oxossi, Pena Branca ou o caboclo Canind
29.No me toque na espada de Ogum
No me toque na machada de XangNo me toque no capacete de OxossiQue na mata tem um caboclo caador
L na mata tem....
30.Eu estava na mataCaando cabocloEu atirei l no alto da torreEu vi meu pai, l no urubMaya dendCaboclo maya dend
31.Caboclo maya, caboclo mayaCaboclo maya dendCaboclo maya, caboclo mayaTrabalha que eu quero ver
32.Caboclo da mata virgemEle bambariCaboclo da mata virgemEle bambari
33.Aldeia aldeiaQue Jesus abenoouL na minha aldeia
Tem mel tem pau tem flor
34.Os caboclos desceram l do alto da serraE traziam no peito uma cobra coralNosso terreiro hoje est em festaVamos sarava, meu pai, Sr. Sete-Flechas
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35.L l lCaboclo Sete-Flechas no gong
Sarav Sr. Sete-FlechasPois ele o rei das matasCom seu badoque atira, carambaCom sua flecha mata
36.Oh JuremeiroOh JuremA sua folha caiu serena, oh Jurema
Dentro deste gong
Salve So Jorge guerreiroSalve So SebastioSalve o povo da JuremaQue veio dar sua proteo, oh Jurema
Oh JuremeiroOh JuremA sua folha caiu serena, oh JuremaDentro deste gong
Deus vos salve casa santa
Onde Deus fez a sua moradaOnde mora o clice bentoE a stia consagrada
Oh JuremeiroOh JuremA sua folha caiu serena, oh JuremaDentro deste gong
Salve o sol e salve a luaYara e meu pai TupOs caboclinhos da JuremaSarav Irakit, Jurema
37.Caboclo bom, caboclo bomEle vem de AruandaCaboclo bom, caboclo bomVencedor de demandas
Eu quero ver a Virgem MariaA estrela Dalva a de ser nossa guia
38.Ele caboclo ele flecheiroBumba na calungaEle matador de feiticeirosBumba na calunga
Ele vai firmar seu pontoBumba na calungaNo romper da madrugadaBumba na calunga
39.Caboclo do matoO que que voc quer? pena verdePena verde de guin
40.Sr. Arsen, Sr. ArsenSr. Arsen meu caboclo de urub
Sr. Arsen ele vem l das matasSr. Arsen ele vem trabalharSr. Arsen ele caboclo ndio caboclo velho da falange de urub
41.Eu atirei, eu atirei, eu atireiL no bar-bar
Eu atirei a minha flechaL no bar-barEu atirei a minha flechaNo bar matou
42.Eu vejo o sol, eu vejo a luaEu vejo o campo clarearSou eu Manuel Juremeiro
Caboclo velho do reino de Urub
Com meu machado na moEu vou cortar as folhas do imbDos enimigos e mal-fazejosEu corto as mos, pescoo e ps
Valei-me Nossa SenhoraValei-me meu So JosDos enimigos e mal-fazejosEu corto as mos, pescoo e ps
43.Salve Jacira a Protetora da Jurema
Jacira uma menina uma cabocla de pena
44.Estava sentada na beira do rioTomando meu juremaAcorda Jandira acordaAcorda e vem trabalhar
45.Caiu uma flecha na mataVeio o sereno e molhouE depois e depois veio o sol e secouE a mata abriu-se em florMas caiu...
46.Foi numa tarde serenaL na mata da JuremaQue ouvi um caboclo a bradar
Ki ki ki ki kieraA sua mata est em feztaSarav Sr. Sete-flechasQue ele rei da floresta
47.Eu sou do imb imbabaEu sou do imb imbabaEu sou caador imbaba
Eu sou caador imbaba
48.Eu estava no matoEu estava no matoNo imb abaixadinhoEu estava no matoEu estava no matoCaando caboclinhos
49.Saia caboclo e no me atrapalhaSaia de baixo da samambaia
Vestimenta de caboclo samambaia
samambaia samambaia
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50.Caboclo, quando chega no reinoFaz favor em dizer o seu nome
Mas eu souCaboclo Irakit de aruandaEu vim pr vencer as demandas
O caboclo Irakit no veio brincarO caboclo Irakit veio trabalhar
51.Caador da beira do caminho
No me mate esta coral que passaEla abandonou a sua choupana caadorNo romper da madrugada caador
52.Caboclo de pena ele no bambeiaCaboclo de pena escreve na areia
Escreve na areia com pena de araraEle Pena-Branca irmo de Itaquara
53.No h quem apanhe areia no marMas o meu cabolco apanha, areia no marSessou sessou, areia no mar
Sessou sess, areia no mar
54.Eu pisei em ponta de ramaSenti cheiro de aucenaMinha gente se preparemQue j chegou Iracema
Iracema quando chegaDe contente vem sorrindoE os portes que esto fechadosIracema vem abrindo
Jurema Jurema
Bonita a flechada da Cabocla Iracema
55.Na minha aldeia eu sou um cabocloSou Rompe-mato, sou Arranca-ToucoNa minha aldeia, l na JuremaNo se faz nada sem ordem suprema
56.Naquela estrada de areiaOnde a lua clareou
Todos caboclos pararamPara ver a procisso de So Sebastio
Ok, ok Caboclo vamos SaravA So Sebastio
57.Jurema, jurem, jurema
uma cabocla de pena filha de TupinambRainha da pontaria, nunca atirou para errarTem a pele bronzeada do sol exposta ao marAnda correndo nas folhas e nunca se ouviu oseu pisar uma cabocla de pena....
58.A minha coroa s tem um brilhante
No meio da mata eu vi clarearNo meio da mata ouvi um gemidoOuvi saudar o Rei Tupinamb
Ouv saudar...
59.Bote a roda pr rodar Tupy Tupinamb
60.Caboclo velho e enganadorS no engana Xang
61.Caboclo bebeu JuremaCaboclo se embriagouCom a raiz do meusmo pauO caboclo se levantou
62.Meu caboclo afirma o pontoNa rudia do cip meia-noite na lua meio-dia no solMas eu trabalho de noiteDurante o dia melhor
Eu queria mas no possoFazer o dia maior meia-noite na lua meio-dia no sol
63.Corta a lngua, corta a mironga
Corta a lngua do mal-falador
Com a minha espada eu no temo embaraoSou eu Ubirajara do peito de ao.
64.Lembrai.......Ele Joo da MataLembrai......Ele nosso pai
Com sua flecha atirou, atirouTodo mal suplantouVamos sarava lembrai
65.Joo da Mata quando nasceuEle no atendeu a caboclo nenhumEle Joo da Mata ele Caboclo bomQue no atendeu a caboclo nenhum
66. Eu corri terra eu corri marAt que eu cheguei na minha Baha
Mas eu sou Oxossi nas matasSou Arranca-Touco sou eu Ventania
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Pontos Cantados de Malunguinho
Malunguinho, MalunguinhoEu estou te chamandoEu s peo a MalunguinhoQue os contrrios v retirando
Ma lunguinho foi mataFoi firmar a sua mesa
Quero um ponto nesta casaQuero um ponto de defesa
Eu firmei meu ponto, simNo meio da mata, simSalve a cora, simDo Rei Malunguinho
Eu sou um caboclo, eu souEu sou rei das matas, eu souEu sou um caboclo, eu souRei nag
o Malunguinho das Matas rei
Na Mata tem um cabolcoTodo coberto de penasEste caboclo MalunguinhoEle rei l na Jurema
Na mata temu m cabocloCom uma peaca na moEste caboclo MalunguinhoNo brinque com ele, no
Malunguinho saiu das matasCom seu saiote de penasMas ele foi e ele O rei da Jurema
Onir bMalunguinho sobOnir b
Sob onirSob onir m fSob onir m fMalunguinho Sob
P na estrada e f no caminhoEstou saudando a cora do Rei Malunguinho
Malunguinho est de rondaQuem mandou foi JucMalunguinho est de rondaQue a Jurema manda
Que a Jurema manda, meu paiEu quero ronda
Rondeiro meu paiRondeiro meu paiMalunguinho j est de ronda
-Malunguinho eu tambm sou
um doutor do mundo advogado de todos
-Mestre Esmeraldino,Como vai vossa merc, anda reiAnda rei nag, anda rei
Mas ele pretoEle bem pretinhoEstou saudando a coroa (os trabalhos, a fumaa,a cachaa, etc)
Que do rei Malunguinho
Estava na estradaE seu chapu furadinhoEu estaba no caminhoEstou saudando a Malunguinho
Eu dei um grito na JuremaEu dei outro no Vajuc o rei Malunguinhoque acabou de chegar
Sete cidades Malunguinho
Sete cidadesFoi numa delas queO rei Malunguinho desceu
Arreia nela MalunguinhoArreia nelaArreia nelaQuem est mandando sou eu
Malunguinho, Malunguinho,Malunguinho lodMalunguinho, Malunguinho
Malunguinho lod-
Malunguinho rei rei nagMas bate palmas para a coroa de sob
L na mata tem coioteL na mata tem coioteDe quem ? do rei Malunguinho
D-lhe Malunguinhocom cip de caiumbinhocom cip de caiumbinhoD-lhe Malunguinho
Com seu jibo de couroE com sua coroa de espinhosFoi l nas sete encruzilhadasQue saudei ao rei Malunguinho
Tem dend MalunguinhoTem dend MalunguinhoTem dend seu dendTem dend seu dend
Malunguinho estava sentadoCom setenta cangaceirosCorre-corre MalunguinhoA gira deste terreiro
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Eu estava no meio da mataEu estava saudando Malunguinho
Para levar todos contrriosE abrir todos os caminhos
Leva leva Rei MalunguinhoLeva os contrrios e abre os caminhos
Recua, recua, recua MalunguinhoE vai para as sete encruzilhadas dos caminhos
Malunguinho j vaiVai no balano do ventoDiga-lhe adeus meus filhosE faam um bom pensamento
A casa do mau vizinho morada de MalunguinhoEncruzilhada morada de Malunguinho
Na mata s tem um
Que o rei MalunguinhoEle rei dos caminhosO rei das matas Malunguinho
Com a constatao de que Malunguinho tenhase ausentado da gira, faz-se a entrega de suacachaa no porto de sada do terreiro, e sento poder dar-se incio aos trabalhos.
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Pontos Cantados de Mestres
1. Abrindo os nossos trabalhosPedimos a Deus a proteoAo nosso Pai PoderosoE a Virgem da Conceio
Abre-te mesa Varanda realMe abram as cortinas meus caboclos MestresMe abram as varandas do Jurem
So Jorge santo, protetor meuEle quem me livra dos enemigos meus
Com a sua lana empunhada na mo Em seu cavalo venceu o drago
Seu capacete na cabea viveAlm de guerreiro rei dos invisiveis
Ele africano e corrente ele temDomina as estrelas e a lua tambm
De quem esta casa?Ela de Deus!
E depois de Deus? dos senhores Mestres
Os senhores MestresEles so curadoresOs senhores Mestres so desimbaraadores
Os senhores Mestres elevo e vemNas horas de Deus na horas de Deus amm
2. Belarmino meu meninoChaveiro do outro mundoVai buscar os senhores MestresNaquele poro to fundo
Corre corre meu cavaloMeu cavalo corredorVai buscar os senhores MestresNa santa paz do Senhor
Corre corre meu cavaloMeu cavalo alazo
Vai buscar os senhores MestresNo reino de Salomo
Corre corre meu cavaloMeu cavalo singularVai buscar os senhores MestresNo tronco do Jurem
3. Existe no mar uma MuralhaFeliz de queme la avistar a muralha das tres donzelasQue moram no alto mar
No fundo do mar tem areiaE as guas do mar tem cienciaQuem se ver pertubado neste mundo, ai meuDeusS peo a Deus que lhes d pascincia
4. Meu povo siga comigoPara a cidade do outro mundoMas preciso f e coragemPara os trabalhos do outro mundo
Segura eu Jurem, segura euConforta eu Jurem, conforta eu
5. Eu dei um tombo na Jurema e o mundoveio
Eu dei um tombo na Jurema e o mundo vai
Sentado numa mesa de JuremaEu s temo a Deus do cu e nada mais!
6. Jurema encantadaQue nasceu de um frio choDai-me fora e mais cienciaDas que deste a Salomo
Salomo bem que diziaAos seus filhos JuremadosPara entrar na Jurema
Tem que ser bem preparado
Salomo bem que diziaAos seus filhos JuremeirosPara entrar na JuremaPea licena primeiro
A Jurema bota florA jurema bota vagemE com a vagem da juremaAfastarei todos contrrios
Eu afastarei
7. dai-me licena mestrePara eu saudar a tua JuremaJurema pau sagradoA raz que Deus ordena
Vamos saudar a JuremaFazer a nossa obrigaoVamos saudar o cruzeiro mestreVamos saudar salomo
8. que cidade to linda
a cidade do Rei salomoBem no centro daquela cidadeExiste um bom mestre cado no cho
Meu Salomo Salomo SalomoMe levante este mestre cado no cho
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9. Eu estava sentado na mesa da JuremaEu estaba sentado balanando meu maracE foi nesta hora que eu abalei a Jurema PretaMestre de cidade d um tombo e venha c
juper negu juper nagArreia senhores MestresVamos trabalhar
Eu estava sentado na mesa da Jurema
Vi disciplo cado sem poder se levantarFoi nesta hora que eu abalei a Jurema PretaMestre de cidade d um tombo e venha c
juper negu juper nagArreia senhores MestresVamos trabalhar
10. Eu venho da minha aldeiaSaudando nossa bandaSalve Deus e salve aruandaSalve os senhores mestres
E todo povo de aruanda
11. Jurema, minha JuremaJurema, Jurema minhaTu s a senhora rainhaTu s dona da cidade mas a chave minha
12. JucazinhoJuc de DeusBrota, no brotaNo bota flor
Deixa botar, deixa florar
Deixa eu saudar o meu Vajuc
um rei, um rei um rei-i
13. Vamos, meu mestre vamosVamos a cidade trabalharPois eu s trabalho bebendoFumando, cantando e tocando o meu marac
14. Licena senhores mestresLicena queiram me darPois eu venho de muito longe
Da capital do ParE com ordem de Jesus CristoEu venho para trabalhar
Eu trago dois com chapu na moEu trago trs com meus cachimbinhosDefumando os passarinhos.
15. A Jurema minha madrinhaE Jesus meu protetorA Jurema o pau sagradoOnde Jesus descansou
Voc que um bom mestreMe ensine a trabalharNuma mesa de JuremaNo tronco do Jurem
16. O segredo da JuremaTodo mundo quer saberMas como uma abelha mestraQue trabalha sem ningum ver
Sem ningum ver, sem ningum verTrabalha sem ningum ver
17. Jurema, um pau encantado um pau de cincia que todos querem saber
E se voc quer JuremaEu dou Jurema a vocMas, se voc quer cinciaS Deus d Jurema a voc
- Canta-se ento para servir o licour de Jurema,com as finalidades de que os membros da casaconfraternizem entre si, bem como, para queeste sirva de ferramenta para impulcionar aligao entre o mdiuns da casa com suasentidades, facilitando o ver, escutar e sentir omundo espiritual. Esta bebida, por serconsiderada sagrada, deve ser recebido com as
duas mos e quando no ato de beber-lhe, osindivduos do as costas as demais pessoasDemonstrando assim a respeituosidade embeber-lo de forma no vulgar.
18. A Jurema Preta,eu conheo pela tintasalve a Jurema sagradaeo Gong de Z Pilintra
19. Voc bebeu JuremaFoi para trabalharVoc bebeu Jurema
Para saber do bem e mal
- Depois disto, canta-se para afirmar a casa.Chamando a ateno de todos os participantespara a necessidade de boa concentrao para obom decorrer dos trabalhos que j se encontramem andamento. Sendo assim, os padrinhos dacasa formam uma barreira que impedir aentrada de qualquer mal nos trabalhos. Elesdispem-se um diante dos outros de forma aque cada um deles fiquem de costas para umadas quatro esquinas da casa, apertam-se asmos, como smbolo de fraternidade entre eles e
defumam desde a parte central do terreiro emdireo a esquina de fora do salo que tem assuas costas, depois disso, trocam de lugar entreos quatro, repetindo o processo de aperto demo, s que a fumaa desta vez disposta deforma contrria, ou seja, desde a esquina dosalo que tenham as suas costas, at o centrodo salo.
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20. Repara, reparaRepara quem vem lRepara nos caminhosPara o amigo no passar
Eu vim para este mundoEu vim foi repararVim reparar os caminhosPara o enimigo no passar
Repara repara reparaRepara bemRepara nos caminhosNas horas de Deus amm!
- Defuma-se um copo de aguardente e despacha-se para o mestre repara. Canta-se
21. J vai o mestre ReparaQue a sua cidade lhe chamaEla vai levar os contrriosEle veio vencer demandas
Sentido no mundo um sentido realToma sentido meu disciploPro disciplo no tombar
- Canta-se finalmente para soprar a pemba. Ospadrinhos da casa se dispe da mesma formaque anteriormente mencionei para soprar ocachimbo e seguem o mesmo ritual para sopraro preparo que neutralizar qualquer mal quepossa haver resistido, bem como, evocar apresena de fausta energia para a casa e
participantes da cerimnia.
22. Pemba no andaA pemba vouaSopra esta pembaQue a pemba boa
23. Pemba de Angola mandou me chamarPemba de Angola mandou me chamarMas se no fosse a pemba eu no vinha c
-D-se ento seguimento as evocaes dosmestres de Jurema.
24. hora meu mestreMeu mestre hora
O mamoeiro tora com o balano do ventoMas eu firmei o meu pensamentoE quero ver voc agora
Mano meu, responda meu manoUm mestre para ser bom mestreSe comete algum engano?
- Um mestre quando bom mestre
No comete nenhum engano!
25. Eu venho tocando a minha gaita mestraDa cidade da Jurema e um bom mestreEu vou chamar
Eu vou, eu vou, eu vouEu vou ali j volto j
26. A Jurema fulorouDo Anjico ao VajucDesenrola estas correntesDeixa o mestre trabalhar
Quem deu este n no sabia darPois este n mau dadoEu desato j
27. Eu trago imburana de cheiroDo anjico ao VajucMas eu estou na JuremaT to no Jurem
28. bonito e tem que verUm pau seco fulorarMas bonito e tem que ver
Os mestres da Jurema na mesa do Jurem
Eu triunfei, triunfei, vou triunfarTriunfa senhores mestres na mesa do Jurem
29. A Serra-Negra gemeuMeu mestre diga o que eu faoEle bom mestre de Jurema bom amigo bom pai
Eu no vi cancela baterEu no vi boiada passarEle bom mestre de Jurema
bom amigo bom pai
30. L no p do dendezeiroMeu marac dend sL no p do dendezeiroEu no conheo maior
Arreia arreia maiangArreia arreia maiang
31. Na minha bengala mestraEu trago um rico diamanteNele trago um nome escrito
Mestre Lagoa do Rancho
A minha lagoa no secaNem nunca h de secarA minha lagoa s secaQuando Deus do cu mandar
32. Salve o mestre JunqueiroQue vem da lagoa do JuncoJuncando eu venhoJuncando eu vouE desembaraando eu venhoE desembaranando eu vou
Na direita eu sou bom mestreE na esquerda obsessor
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- Pontos cantados para a falange de Z:
33. L vem Z, l vem ZL vem Z l da JuremaL vem Z l vem ZL vem Z do Jurem
Quando Sr. Z vem da JuremaTodo mundo quer lhe verMas Sr. Z no desce em uma mesaQue no tenha o que beber
Mas pr Sr. Z, tem tem temE pr Sr. Z sempre terPr Sr. Z tem o que beberPr Sr. Z tem o que fumar
34. Do trabalho vem o dinheiroDo charuto si a fumaaE o engenho a moer canaPara Sr. Z tomar cachaa
Eu abalei eu abaleiEu abalei eu vou abalar
Vou abalar o mestre ZNo tronco do Jurem
35. O relgio trabalha com cordaE o galo s canta se beberA Jurema trabalha com mestreE os mestres s trabalham se beber
uma cobra, um tigre, um leoE a fumaa de Z bota um no cho
E a garrafa de cana de quem ?
do mestre Z do mestre Z
36. Sr. Gosta de cana e a cana gosta de ZSr. Z vira a cana e a cana no vira Z
Mas chegou um bbado no meio do saloE no meio do salo apanhou de cipMas Sr. Z, qual o p?
37. Oh Sr. Z, quando vem l de AlagoasTome cuidado com um balano da canoa
Oh Sr. Ze voc e meu camaradaMas no meio de tantas moasRoubou a minha namorada
Oh Sr. Ze faa tudo que quizer Sr. ZeSo nao maltrate o coraao desta mulher.
38. Fui eu que cortei o pauFui eu que fiz a jangadaFui eu que cortei a moaEu casei na encruzinhada
Fui eu que cortei o pauFui eu quem fez a gamelaFui eu que robei a moaEu mesmo casei com ela
Mas Sr. Z
Mas cad o seu dinheiroPara pagar a sua bicada e meter o pau no bodegueiro
E meter o pau...
39. Ah Sr. Guarda n]ao me prendaNao me leve para o quarteEu n]ao vim fazer barulhoEu vim buscar a minha mulher
40. Eu estava no jogo - oh mulherEu estava jogando oh mulher
O meu dinheiro acabou oh mulherE eu fiquei chorando oh mulher
41. Z oh Z, mas que Z enganadorQue enganava a filha alheiaCom palavras de amor
Mas no fui eu que enganei elaFoi ela quem me enganouQuando me via vinha correndoVem Zezinho meu amor.
42. Quem foi que viu Z Pilintra
Brincando neste saloCom a sua garrafa de pingaE o seu charuto na mo
Dentro da Vila do CaboEle foi primeiro sem segundoNa boca de quem n]ao prestaZ Pilintra vagabundo
Dentro da Vila do CaboSete vendas se fechouFoi uma fumaa contrriaQue Z Pilintra mandou
Sr. Doutor, Sr. Doutor - Bravo senhorZ Pilintra chegou - Bravo senhorCom os poderes de Deus - Bravo senhorZ Pilintra sou eu - Bravo senhorMas se voc no me queria - Bravo senhorPara que me chamou - Bravo senhor dilim dilim - Bravo senhor dilim dil - Bravo senhorViva a Deus primeiramente - Bravo senhorE Z Pilintra no gong
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43. O que ser ser, o que ser sereiO que ser ser, o que ser serei
Chapu amarelo que vem do Par Jos Pilintra, ai meu Deus, na mesa arriOlhe para o cu e veja uma luz Jos Finlintra meu DeusQue recebeu a luz
E Deus lhe d maior poderDa maior fora que tem
44. Foi na matriz de BelmNo altar da ConceioDefumando estes filhosCom os poderes da Santssima Trindade
meu bom Jesus, ele queira me guiarPois na matriz de Bel[em tem um Pai celestial
Eu rompo matas e brenhas nas varandas doJuremEu me chamo Z Pr Tudo,e pr que mandou me chamar
Naquele pau acima tem um reiE corre o cip mocunNaquela galha a fora canta o pssaro o rei cau
Canta rei, canta rei cauCanta rei, canta rei cau
45. De Uniforme Branco e sua bengalaNas encruzilhadas dilim dilimSr. Z d risadas
Ele no tem parentes e nem aderentesNa encruzilhada dilim dilimSr. Z tem patente
Z da Risada s, s sE no tem parente, s sNa encruzilhada dilim dilimSr. Z tem patente
46. Z Filipe andou no mundoCurando e fazendo o bemInfeliz de quem Z odeiaE feliz de quem Z quer bem
47. Ele se chama Z VieiraNgo do f derramadoE quem mecher com os filhos meusOu est doido ou est danado
Figuro .......Pisa macumba no cho!
48. Sou eu que me deito tardeSou eu que me acordo cedoSou eu Z dos montes faladoE das lnguas eu no tenho medo
Sou eu que me deito tardeSou eu que me acordo cedoSou eu Z dos Montes juradoE de juras no tenho medo
E quem me dever quem me deverOlhe para traz e veja quem sou eu
49. que cana doce cana caianaChegou Z da PingaCom suas baianas
50. Meu mestre zabumbeiroVossa merc como se chamaCom chapu de couroSou Jos de Santana
51. Z de Santana tem uma bengala
Que na ponta dela tem sete filelasEnimigo que apanha com elaOu d um coa-coa ou d um pela-pela
52. Z Pretinho, meu neguinhoTire o chepu da cabeaE quem tiver bom boteE quem no tiver no se metaEu quero o meu servio feitoNa sombra de um pau-linheiroEu vou cortar galho de JuremaPara dar lapa em feiticeiroO pau pendeu, o pau pendeu
E na Jurema chegou euO pau pendeu mas no caiuEu passei pela Jurema e ningum nem me viu
53. Eu cheguei, eu chegueiEu cheguei agoraEu vim de l de meu bequinho
Do Anjico ao VajucO meu apelhido Z Bebinho
54. no romper do sol no rai da lua
Chegou Sr. Z bebinhoBebinho do meio da rua
Sua me bem que lhe disseBebinho no beba noCom um copo de cachaa eu deixo o disciplo nocho
Mas eu bebo, bebo, beboE ningum tem nada com issoCom um copo de cachaa eu desmanchoqualquer servio
55. Sr. Z vira o becoE no beco virouNa virada do becoSr. Z me enganou
56. Saia da linha meninoQue na linha passa o tremEu quero o saber de quem sabeEu s[o o saber de quem tem
Salve ZMacumbeiro ele
No saia da linha meninaE no v fazer o que querPois quem deve a Deus paga a DeusE quem deve a Z paga a Z
Salve ZMacumbeiro ele
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57. Viva Deus no cu, viva a DeusViva Deus no cu e salve Z
Viva Deus no cu e nos caminhosViva Deus no cu Malunguinho
Viva Deus no cu e no sertoViva Deus no cu Bigodo
Viva Deus no cu e na BahaViva Deus no cu Ventania
Viva Deus no cu e no saloViva Deus no cu gavio
Salve Z.......Macumbeiro ele !
58. Sr. Z, quando tem um filhoQue no pode dominarEle faz pelo sinal, faz a sua oraoFaz o sino SalomoE d ao diabo para pisar
59. Eu ouvi trupe de cavalosEu ouvi esporas tinirAbre-te rochedos de pedraPr Z Vaqueiro sair
E na minha boiada me falta um boiTanto falta um como faltam dois
Na minha boiada me falta uma rsTanto falta uma como faltam trs
60. Salve o mestre Z Pereira, Pereira vemO mestre Z Pereira nunca fez mal a ningum
S matou pai e matou meMatou quem lhe criouE matou o corno do padreQue lhe batizou
61. Pelo alto da serra eu venhoCom a minha guiada na moVenho amansando os touros bravosVenho amansando os coraes
Santo Antnio santo forteMas a sua coroa maior
Eu pego a linha eu pucho a pontaE em cada ponta eu dou um n
Vaqueiro no v na serraQue o touro urrou na maiadaCom um grito na Serra NegraChegou Sr. Z de Aguiar
62. Ele se chama Z da BagaceiraQue vocs ouviram falarTrabalhava o dia todo dentro dos canavisMas l no seu engenhoEle s tem cana fita
Ele se chama Z da BagaceiraDo alto da Bela-Vista
Ele vai fazer bagaoNo alto da Bala-VistaEle Z da BagaceiraDo alto da Bela-Vista
63. Barreiros cidade BarreirosO trem passageiro no torna a passarEu cachimbei e tornei cachimbarPor cima da linha o trem vai virar
64. Ele pula portas e janelasEle sobe em pedras e rochedosO seu nome Z BagaceiraO seu apelhido bate-porteira
Bate, bate-porteira
65. Sou eu Z de BuiqueSou eu Z de BuiqueCangaceiro l do SertoCangaceiro....Eu s confio em Deus do cuS confio em Deus do cuE na ponta do meu facoE na ponta...
66. Quem estiver dormindo acordeO meu relgio j deu horaPobrezinho de Z Menino
Vem chegando, vem de mundo a fora
E na bola de seu apitoNa bola de seu apitoTem semente de JuremaEle moleque, ele meninoEle menino ele traquino
67. Sou Jos dos AnjosQue cheguei na sua aldeiaSete anjos me acompanhamSete velas me alumeiam
A caminho de Santa RitaEu passei por Quatro CantosDando o nome de PilintraMas meu nome Z dos Anjos
Z dos Anjos sereiZ dos Anjos sersUm mestre bom da juremaO rei do meu Jurem
um rei um rei um rei arriTriunfa Z dos Anjos
Na mesa do Jurem
68. Eu nasci no rai do diaE me criei com o claro do solMas a chegada do Mestre Z Dantas ouro s ouro s
69. Eu andei o mundo em rodaSem saber onde baixarEncontrei as minhas forasNo reino do Jurem
Eu estava na praia caando minhocas
Eu sou cabra danado sou sou Jos da Maroca
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70. Eu sou barro branco, massap tauEu sou ferro-velho de engomar quebradoCavo buraco no seco, dou no seco e no molhadoE depois do buraco feito eu quero ver o ngoenterrado
Na virada do beco Bravo SenhorSr. Zezinho encostou Bravo SenhorCom os poderes de Deus Bravo SenhorZ Pilintra sou eu Bravo SenhorMas se voc no me queria Bravo Senhor
Para que me chamou Bravo Senhor dilim dilim Bravo Senhor dilim dil Bravo SenhorViva a Deus primeiramente Bravo SenhorSr. Z Pilintra no gong
71. Quem tiver olhos vejaE no v se enganarZ Bragana o reiL de seu Jurem
Anda rei anda rei cauAnda rei anda rei cau
Pontos para a chamada de Mestres em geral.
72. Mestre Carlos bom mestreAprendeu sem se ensinar,Trs dias passou cado no tronco do JuremQuando ele se levantou foi pronto para curar
Carro no anda sem boiE eu no ando sem beberA fora da roda grande faz a pequena moer
Amigo d-me um cigarro
Que eu tambm sou fumadorA pontinha que eu traziaCaiu na gua e se molhou
Quem se for daqui pr cimaSe achar um leno meuCom um cruzeiro na pontaCarlos Gonalo sou eu
Amigo d-me uma bicadaQue eu tambm sou bebedorA garrafa que eu traziaCaiu na gua e se quebrou
Eu no gosto de cachaaE nem meu mano gosta delaEu bebo sete garrafasE meu mano sete tigelas
Eu bebo sete garrafas...
73. Dentro do meu peito eu tragoSete palmeires douradosEu sou pavo eu sou pavoEu sou um prncipe encantado
74. Eu venho de to longeCansado de caminharEu trago uma vela acesaPara meus caminhos clarear
Palmeira bom mestreEle bom mestre e coroadoPalmeira bom mestreEle do campo ele do mato
Com seis anos de idade
Ele foi jogado na mata escuraCom seis anos de idadeArrudiado de palmeiras
Foi no p da gameleiraOnde ele fez a sua moradaFoi no p da gemeleiraArrudiado de palmeiras
Palmeira Palmeira na JuremaPalmeira tambm sabe trabalharPalmeira a sua fora eu vou saudarPalmeira no tronco do Jurem
75. Sou eu Benedito fumaaSou eu maquinista de tremEu fui passado em uma viradaE no temo passar ningumQuando eu vinha de meu planautoO meu trem desencarrilhouDuzentos e setenta pessoasDebaixo de meu trem ficou
Engata o carro BeneditoNa estao da gameleira
76. Puxando a minha carroaCom ela eu vou trabalharMe chamo Antonio Pereira da SilvaSou conhecido como mestre Pre
Sou um mestre garranchinhaE toco fogo no alm
Eu quero verPre correr
77. Eu sou da pecheiraEu sou do punha
Eu sou da MustardinhaO meu nome Pre
78. Eu que ver o carro baterEu quero ver o trem machucarEu quero ver a cobra morderNas ondas do mar
Eu quero ver na ponta da facaE na ponta do meu punha
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79. Eu no vejo bolirEu no vejo bolirEu no vejo bolir eu no vejo o mar
Foi o peixe baleia ohQue me ensinou a nadar
Valei-me Nossa SenhoraValei-me os peixinhos do marValei-me a tuninha branca
Estou saudando a Tubaro Siring
Estou chamando...
80. Eu sou uma cobra que mora no matoEu sou um peixe, sou ruim de descamarNo h corrente por mais forte que sejaQue Cobra-Verde no possa desmanchar
Eu sou leo do chal-chaleEu sou leo do chal eu souEu tenho a fora de sete leesEu tenho fora para quem duvidar
81. Meu Galo-Preto dos ps amarelosTriunfa meu galo e s faz o que eu quero
Meu Galo-Preto meu servio com voc com pemba preta e com azeite de dend
Meu Galo-Preto da baixa-magiaTrabalha de noite, de noite e de dia
Meu Galo-Preto faz c ru c cTrabalha meu galo na linha de Ex[u
82. pemba preta, pemba roxa, pembaencarnadaJ chegou Sr. Galo-Preto da encruzilhada
83. Sou eu Madeira-Verde da mataE na esquerda eu sou o maiorSou eu Madeira-Verde da mataEu sou bom mestre de um ponto s
Sou eu Madeira-Verde da MataE amargo mais que folha secaSou eu Madeira-Verde da MataEstarei onde a paz de Deus esteje
Desmanche estes ns dos meus caminhosSou eu Madeira-Verde da mataEntrei na mata e ningum viu
Eu fui buscar um pau na mata Eu fui buscar Madeira MadeiraMadeira ele bom mestre Madeira
84. Eu vou a cidade do mestreEu vou que a cidade chamouEu vou a cidade do mestreCom pisa pilo meu pilo deitou
Eu vou a cidade do mestreEu vou a cidade realEu vou a cidade do mestrecom Pilo-Deitado eu vou triunfar
Chico Braga no morreu
Eu vou dar parte ao delegadoEu vou chamar a fora volantePara prender a Pilo-Deitado
Pisa pisa meu PiloO meu Pilo deitou
85. Um dois trs quatro cinco seisEu pisei na macumbaQuebrei a panela de uma vez
Um dois trs, cuidado muito cuidadoO meu servio est na gira
Eu vou chamar Pilo-Deitado
86. O meu Pilo tem duas bocasE trabalha pelos dois ladosNa hora dos aperreiosValei-me meu Pilo-Deitado
87. O meu pilo ele tem duas bocasO meu Pilo ele tem duas bocasEu piso numaPiso numa piso noutra
88. Pilo-Deitado foi preso
Numa cadeira de aoCortaram a cabea deleE deixaram o corpo em pedaos
89. Quem pisa, quem pisaQuem pisa no meu PiloCom as contas de meu rosrioEu domino qualquer corao
90. Quem vai dar, quem vai darQuem vai dar no Bola-PretaQuem vai dar quem vai darNo meu boi tourino careta
Meu boi tourino caretaA minha estrela baianaEu sou Z Pilintra que s trabalha cantandoEu venho de fala mudadaTocando o meu violoEu sou de uma pea boa que s trabalha
...Com Pisa Pilo
91. A gua do mar gemeuQuando ventania nasceuDentro da perversidade
Nasceu mais um irmo meu
Muralha minha muralha minhaMuralha minha Ventania nasceuMuralha minha Ventania sou eu
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92. Salve o mestre VentaniaSalve o mestre VentaniaVentania filho de Ogum TouperinE o rei dos ventos Ventania
93. Todos coqueiros abalavamTodos coqueiros pendiamTodos coqueiros abalavamcom afora de Ventania
94. Na Jurema ele um mestre
Na quimbanda ele exuEle mestre de Jurema, ele Salve exu Ventania
95. Eu dei um grito na serraQue a terra estremeceuDentro da minha cidadeS quem mestre sou eu
Discpulo toma cuidadaMatria toma sentidoJoga a cachaa no mundoE deixa o resto comigo
Discipulo toma cuidadeMatria toma juzoJoga a fumaa no mundoE deixa o resto comigo
Discpulo toma cuidadoMatria tu olha lQuando a cabea no pensaO corpo quem vai pagar
Eu vinha descendo a serraEu vinha correndo o mundo
Eu sou um mestre malvadoO meu nome Vira-Mundo
96. Eu s peo a Deus que no chovaPara no molhar meu chapuE se chouver molha tudoSr. Vira no vai pro cu
Chuva vai chuva vemPois chuva mida no molha ningum
Manoel de Ipanema no dendEu vi Macambira e Pomba-gira
Eu vi Sr. Vira no dend
97. Antes de haver dendOs urubus j comiamEle Sr. Vira-MundoQue s trabalha na baixa-magia
98. Pemba cad Vira-Mundo pembaEst no terreiro pemba
Galinha preta na encruzilhadaGato preto corredorSustenta o ponto minha gente
Que Vira-Mundo chegou
99. Sr. Vira-Mundo ele anda e desandaSr. Vira-mundo vem no tombo de girar
Sr. Vira-Mundo veio beberSr. Vira-Mundo veio fumarSr. Vira-Mundo veio beberPara os contrrios levar
100. Nas asa de um papagaioNo bico de um periquitoSustenta a pisada do mestre oh
Quem est no ponto Canito
Balana a marac do mestreAssoita a gaita discpuloEle um mestre pequeno e dConta de seu servio
Nas asas de um papagaioNo bico de um passarinhoEle vai mostar para vocs ohComo ele desmancha este ninhoDeseninhaDeseninha os caminhos...
101. Ele Canito do fogoEle filho de SatansEu quero ver l no infernoQuem que pode mais
102. Eu fui ante-ontemPara voltar ontem meu bom mestreEu cheguei l Ca doenteCom a picada de uma cobraSei que eu no sou mais gente
Quem corta e capina
meu bom mestreE fui eu quem mandou cortarSalve o mestre OdilnDo Tronco do Jurem
CapinheiroCorte meu capim assim
103. Eu sou Manoel MaiorL do p-da-serraEu venho triunfandoVenho vencendo guerra
A minha me me disseQue eu no tenha medoEu sou um caboclo feiticeiroO que que eu vou temer
Bota na cuia que eu quero beberE depois que eu beber o pau vai comer
104. Eu destampei a minha panelaEu vou soltar o meu mangangInimigos tomem cuidadoQuando o mangang chegar
Bezouro PretoBezouro preto mangang
No querem que eu venhaNo querem que eu vNo querem que eu mande o bezouro pr l
Eita bicho pr voar bezouro Mangang
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105. Pisa, pisa,Pisa no cho de maneiroQuem no pode com a formigaNo assanha o formigueiro
Pisa, pisa,Pisa no cho devagarSe no pode com o bezouroNo assanha o mangang
106. na fulo ronca o bezouro
na fulo deixa roncar na fulo ronca o bezouroE este Bezouro Mangang
107. Oh que cidade to linda aquela que eu estou avistando a cidade de Capos-Verdes, senhores mestres a cidade de Tertuliano
E eu aviso aos senhores mestresQue a minha cidade ela tem cincia de Ipanema, de IpanemaTertuliano trabalhando na Jurema
E Ele me ordenoupara um dia eu trabalharEis Tertuliano senhores mestresL do Jurem
Olha l TertulianoOs teus prncipes esto te chamandoCom os poderes de Jesus CristoMalefcios transportando
O menino est chorandoNa torrinha de Belm
Cala a boca meninoQue o recado vem
108. Ele TertulianoMorador da GameleiraMatou gente e bebeu sangueS no saiu na carreira
Ele Tertuliano morador dos AfogadosNa direita ele bonzinhoE na esqueda malvado
109. Eu fui pr mata eu carreguei para osegundo andarEu ouvi um mestre dizendoAnda ligeiro para agente triunfar
Eu fui pr mata caar imbiraEu s achei embira vermelhaEu ouvi um mestre dizendoO mestre Joo Oj no trabalha em aldeia
Eu fui pr mata e cortei meu cipEu torci bem torcido eu calado melhor
Eu torci bem torcido....
110. Estava no meio da mataQuando ouvi uma cobra piarEla avisava a ns doisO que ia se passar
Corte o pau machadeiroCorte o pau bem devagarSe no tiver bem cuidadoUm de ns dois vai ficar
Machado bravo corta
Machado bravo cortouArranque a rama e a raizQue Arranca-Touco chegou
Camarada bom um irmo do outroEnquanto um corta o pauO outro Arranca-Touco
111. As estradas so suasE os caminhos so meusMas sou eu PaulinoEm nome de Deus
Entre os vivos e os mortosEu no vou confiarMas sou eu PaulinoL no Jurem
D-me licena senhores mestresPara Paulino trabalhar
112. Comprei, paguei, tive penaFoi na sada da fazendaQue meu garrote urrou
No tenho nada com issoA vida um suplcioFeliz de quem Deus marcou
Sou eu, sou euManoel Quebra-Pedras, sou eu
Eu ando solto no mundoE ningum nem me pegaCom cada cada fumaa um tombo, uma queda
113. Do Pina Boa-Viagem
Os lapies quem arrebenta sou eu
Sou eu, sou euManoel Quebra-Pedras, sou eu
Eu ando solto no mundoE ningum nem me pegaCom cada cada fumaa um tombo, uma queda
Do Pina Boa-ViagemUm guarda quase me pegaFoi uma fumaa contrria
Mandada por Quebra-PedrasSou eu, sou euManoel Quebra-Pedras, sou eu
Eu ando solto no mundoE ningum nem me pegaCom cada cada fumaa um tombo, uma queda
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114. Dou boa-noite meus senhoresZum zum zumComo vai, como passou?Zum zum zum
Se meu pai JuremeiroA minha me a juremaDiga, eu que quem sou?Sou Quebra-Pedras curador
115. Do Pina Boa Boa-Viagem
Tem um farol que parece o diaAviso a todos vocs ohhhhQue no se enganem com o farol do Matias
Sou eu Durval, correio do mundoMeu saber profundoNas ondas do mar
A Dona Chiquinha, ela me falouEu quero conhecer a fundura do marPois sou mineiro, eu souEu sou de Minas Gerais
Eu bebi Jurema, eu bebi JucE olha l malvado eu vou te derrubarSustenta o discpulo para no tombar
116. Cidade minha,Oh cidade minha
Mas o que faz o Sr. MestreNa cidade minha
117. Quem pisa macumbaBalana o dend, oh cidade
Olha o dend, oh cidade
118. Eu sou de AlagoasEu sou de AlagoinhaMas que pisada esta oh mano?A pisada minha
A pisada minhaA pisada minha
Eu fui na lata de farinhaEu fui no sambur de varaPeguei uma piabinha, daquela pequinininha
Que na linha deu um nQue l no mau no tinha
A pisada minhaA pisada minha
119. Maribondo amarelo me mordeuNa capela do olho e no doeuBote a canga no boi Sr. Z MatheusO ferreiro fez a foice e no bateuMas em todas paragens do mundo...
...Camarada leal s sou eu!
120. Camarada, camaradaCamarada bom s euCamarada, camaradaQuem engana outro judeu
D-lhe senhores mestresCom cip de caiumbinhoCom cip de caiumbinhoCom cip de caiumbinho
121. h meu amigo, no repare o meu andar
Cambaleando sempre foi meu naturalEu sou pau-dgua, sou um rei, sou coroadoE nas quitandinhas eu sou fregus consciderado
Nas quitandinhas eu sou fregus consideradoE os quitandeiros j no querem vender fiadoChega o polcia e me d ordem de prisoMe leva preso e eu vou dormir na deteno
E as seis horas ningum pode mais beberOs quitandeiros j no querem mais venderEu gosto sempre de andar na minha linhaTrago no bolso sempre a minha garrafinha
Quando eu morrer quero na minha sepulturaUma pipa cheia de aguardente sem misturaUm encanamento que me leve at a bocaEm pouco tempo eu deixarei a pipa ocaMeu mestre me chamou e eu vim para trabalharEu sou Sibamba e bebo cana, no prometo prfaltarE com meu garrafo de pinga bebo aqui caioacol
Estou pensando, no que vou fazerO meu pensamento s est em voc
Meu arer meu arer SibambaMeu arer meu arer Sibamba um mestre velho e feiticeiro SibambaQue no promete pr faltar SibambaOnde a sua fora est SibambaEst no Tronco do Jurem Sibamba
Quebre-o-galho Sibamba quebre-o-galhoQuebre-o-galho Sibamba quebre-o-galho
Eu mandei chamar SibambaPara trabalhar Sibamba
122. Na igreja do JuazeiroTem vinte e cinco janelasEm cada janela um cruzeiroEm cada cruzeiro uma vela
Na igreja do JuazeiroTem trs castelos encantadosUm feio, o outro bonitoE o outro malassombrado
Eu vou lhe dizer meu nomePara voc no se enganar
Eu me chamo Pedro PauNo mando, eu levo pr l
Eh marimbadEh marimbada
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123. Tomando cana, tomando canaTomando cana meu guar tomando canaToma cana meu guar......meu guar tomando cana
124. Eu pisei na rama e a rama estremeceuTem cuidado com a cachaa morenoQuem bebeu morreu
Eu pisei na rama, eu tornei a pisarTem cuidado com a cachaa moreno
Para no se embriagar
125. A cachaa boa do p da jarraAqui mesmo eu beboAqui mesmo eu caioE aqui mesmo eu me levanto......sem dar trabalho
126. Sibamba no mundoQue vida esta tua? tomando cachaa e caindo na rua
Sibamba no mundoo que vai fazer?Ele vai para a barraca, ele vai beber~
127. Oh meu irmoEle mano meuCad meu irmoQue no vem sabar mais eu
128. Eita MeninoSibamba est na terraEm cada ponta, uma linhaCom cada fumaa uma queda
129. Eu fui a lagoa de baixoEu comprei um sapatoPor cuatro e quinhentos
A fora quem d o motorEntregando a NestorEle sopra no vento
130. Em Gravat em eletricidadeE ningum sabe quem foi que botou
Foi um bom mestre
Que veio da AlemanhaE os enimigos me apanhamNo p do motor
Enimigo me apanha...
131. Oh zimzimzimEu sou um torto malvadoEu matei pai e matei meNas ondas do mar sagradoEu sou da umbandaEu sou da quibandaEu sou Pau-Torto da encruzilhadas
132. Estou saudando, estou chamandoo bom mestre das Aroeirasque tanto mata, como curacomo deiza na poeira
no meu sino Salomotem um verme encarnado que encarnouAroeira mestre, bom mestreAroeira mestre curador
Que sustenta os seus filhos na jurema
E sustenta os seus filhos no Nag
133. Eu sou Coquinho-VermelhoQue mora na beira da praiaE no lugar que eu arreioOs catimbozeiros trabalham
Eu j afirmei o meu pontoNa mata do cipuO meu nome tira-mandingaE arrebenta-patu
Catimbozeiro medroso
No tenha medo de nadaS tenha medo da morteE da Jurema sagrada
Pontos cantados para os Boiadeiros
134. Manoel BigodoTraz na mo a sua guiadaNa vida material, senhores mestresFoi bom tocador de gado
Tocou muito gadoTocou muita gente
Na vida Bigodo, senhores mestresNunca encontrou valente
135. A menina do sobradoMandou um recado por seu criado Eu mandei dizer a elaque estou vaqueijando o meu gado
Au boiadeiroEu s gosto do samaba rasgadoAu boiadeiroEstou vaquejando o meu gado
136. Chetu- chetu-Corda de laar meu boiChetu- chetu-A corda do meu boi laar
137. Samb, eh samba meuSamba meu samba de AngolaSamba meu eu quero sambar
138. Nos cachos de seus cabelosNos cachos de seus cabelosEu bebi gua de gravat Sr. BoiadeiroEu bebi gua de Gravat Sr. Boiadeiro
Eh eh eh boca-da-mataDeixa o boiadeiro passar boca da mata
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139. Eu estava na beira da praia, meu manoEu estava levando sereno, meu manoSe no me der uma bicada, meu manoSeu samba no vai pr frente, meu mano
Devagar com a louaTome cuidado pr no se quebrarBem de vagar
140. Sr. Boiadeiro por aqui choveuSr. Boiadeiro por aqui choveu
Choveu choveu que alagaouFoi tanta que seu boi nadou
Foi tanta gua que seu boi nadou, Sr. BoiadeiroFoi tanta gua que seu boi nadou
141. Zingo lel au CaiaZingo lel de sangue realMas eu sou filho eu sou neto da JuremaZingo lel au Cauia
Cauia um rei um Orix
142. Na serra da BorboremaOnde a ona traquejavaSe eu morasse no p da serraSe visse a ona eu matava
Minha serra, minha terraEla l e eu aquiEu s a Dues do cuQue me bote onde eu nasci
Pontos de demanda
143. Eu estava na beira da linhaFazendo macumba quando o trem passouMe jogaram um balaio de martelos que vio doinfernoQue o diabo mandou
Pau-FerroPau martelou
Pau martelou Pau-FerroPau martelou Pau-FerroPau martelou Pau-Ferro
A pisada esta, Pau-Ferro
E a lapada que eu dou de vagarFaz o ngo chorar devagarFumaada que eu dou devagarFaz o neg chorar devagar
Pau-Ferro...
144. Eu estava na mataLimpando o meu terreiroMandei chamar o mestre Pau-FerroMatador de feiticeiros
145. Na direita eu sou o ferroE na esquerda eu sou o aoJ chegou o mestre Pau-FerroPara tirar todos embaraos
146. Atirei num pombo roxoMas matei uma ajurityA carne poucaO que que eu fao moo? pena pr dividir
Diga denovo pena pr dividirEu no ouvi pena pr dividirDiga outra vez pena pr dividir
Pau-Ferro....
147. Casa de palha munquifoSe eu fosse o fogo eu queimavaOs catimbozeiros medrozosSe eu fosse a morte eu matava
148. Eu quero ver se a lenha forteSe o serrote no serrar
Mas serra serroteSerrote serr
149. Andorinha preta
Onde teu ninho no p da carrapateira na casa do mau-vizinho
150. Se correr morreSe ficar apanhaEu vou botar meus enimigosEm uma casa de aranha
151. Quando eu morrerQuando eu morrerPegue os meus axse plante no cruzamb
para no chorarpara no sofrerpara no chorar, meu irmoplante no cruzamb
152. Foi uma festa muito grandeNo dia que eu me passeiMas algum chorou....
...Foi um recado que eu deixei
153. Amigo brinque direito
Para no se atrapalharA minha esquerda pesadaEu gosto de malvadar
Eu sou muito previnidoCom trs penas de urubuEu trabalho com bicho da locaQue o sapo cururuEquando eu estir perdendoEu solto o diabo atrs de tuCorre moleque...
...Com o diboa traz de tu
154. A minha pedra pretaMas no cria lodoEu quero ver sabido e bomNa casa dos outros
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155. Anjico-Preto, anjiricE eu s me acho satisfeitoNa mesa do catimb
156. hoje mame hojeO dia do meu baptizadoSe eu no vencer com Jesus CristoEu veno com seiscentos diabos
157. com seiscentos diabos
com seiscentos diabosA macumba s boaCom seiscentos diabos
158. Jararaca CainanaQue atravessou o meu caminhoDe perto me queres bemE de longe falas de mimOh jibia......Cobra-Tamandu
159. Lngua ferinaQue no se cansa de falar
Cuida mais de tua vidadeixa a minha em meu lugar
160. Toda lngua que fala o que no v Tem que ser torrada no dendToda a lngua que fala o que no Tem que ser cortada pelo p
161. Voc tem despeito de mimPois no se conforma com o que Deus lhe deuMas se amanh voc seja felizTenha certeza que os axs so meus
162. Sustenta o ponto meu mestreQue da Jurema no caQuando eu chamr voc vemE quendo eu mandar voc vai
163. A minha terra muito longeO meu gong na BahaQuando precisar me chameSou Manuel CochO coveiro da Bahia
Oh d-lhe d-lheNa canela da defunta...
164. Andei por muitas milhasDescalo com os ps no choPedindo a Deus poderosoPara me dar a proteo
Me jogaram de casa pr foraE no me deram o endereo delaEu vou quebrar osso por ossoE vou jogar dentro da panela
Cozinha fogo......os ossos dela!
165. Comigo ningum podeS Deus e mais ningumSou eu Antonio PereiraEu nunca fiz mau a ningum
Num dia de quarta-feiraEu fui a mata caarCacei pinica-pauQue pssaro bom pr pinicar
Mas caador quem foi
Quem mandou voc caarCaador quem te mandouVoc matar meu sabi
166. Sabi cantou na gaiolaMeu mestre eu quero meu camaleo
Pr trabalhar - quero meu camaleoPara assoitar - quero meu camaleoPara afirmar- quero meu camaleoPara derrubar - quero meu camaleo
167. Cincia, no se encontra
Em qualquer lugar um dom que Deus dQuando agente nasce j traz
Meu amigo, minha amigaNo faa o que o outro fazQue a voc se atrapalhaPorque quer saber demais
168. Disseram que esta casa no prestavaQue os senhores mestres s desciam pr beberO que eles no sabem, o valor que eles teemOs senhores mestrem no fazem mal a ningum
S fazem o bem
169. Chora meninoE te cala JosOs senhores mestres vem agoraCom a fora de Lcifer
170. Eu vou subir l na serraEu vou saudar uma Jurema pesadaEu vou saudar o meu pai BenedictoEu vou saudar a encruzilhada
Nag nag nag
Na Baha tem Xang
Na Baha de meus sonhosA gua do mar serenouAbalando a cidade de Benedicto nag
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171. Sou eu JuremeiroNgo velhor da BahaEu sou um baiano velhorTrabalho na baixa-magia
Eu bebo Jurema,E o aguardente eu bebo maisCom liambas e maconhasEu resolvo os meus trabalhos
Eu vim da Baha
Atravessei o oceanoMe sustente esta giraSr. Augusto Baiano
172. h Julho GomesVinde vinde me acudirNesta agonia, neste vexameQue eu me acho aqui
Meu corao de ouroMinha lana de prataE a minha semente de chumbo, um rei
Onde vai deixa marca
Venha meu mestre, venha me ajudarVou chamar o bom mestreL do Jurem
173. Valei-me CristoNo morro no h igual ele Antonio da PalhaPerigoso marginal
Pego pssaro na arrevoaPuxo cobra pelo rabo
E cururu piso de pEu sou filho da maconhaE querido das mulher
Eu fumei maconhaEu fumei maconhaEu fui assaltante da rua da Gama
174. Setenta anos,eu passei no p da JuremaMas eu no tenho penade quem me faz o mal
Se eu me zangareu boto fogo no rochedoO meu cachimbo um segredoDesta vez vou me vingar
Se eu vim de l de lFoi com ordem do CriadorEu sou mestre, eu sou JuremeiroNa santa paz do Senhor
Eu sou mestre, sou Juremeiro...
175. Eu bem que lhe disse
Que no duvidasseQue do povo da JuremaNingum zombasse
176. Meia-noite canta o galoDizendo Cristo nasceuSou eu Joo da CruzadaJoo da Cruzada sou eu
177. Fizeram um despachoNa encruzilhada para me derrubarMas no adianta, no adiantaQue eu tambm sou de l
O meu pai OgumO meu pai OgumA minha me IemanjTenho um compadre na giraQue gavio e ele vai me ajudar
Voc vai penar....
178. Eu entrei de mata dentroEu fui saudar, a Gavio-Preto da Mata
E o meu pai Gavio-Preto da Mata
Sarava Gavio, sarava gavio Gavio-Preto damata
179. Cuidado amigoQue ele um exu na mata
No zombe amigo Gavio-Preto da Mata
DeseninhaDeseninha Gavio
180. Ele Gavio, ele passo bomEle no tem mendo de passar ningum
Ele bom mestre, ele JuremeiroMas do que ele no tem
181. Na Baha da atrao
Deus vos salve meus irmosQue eu venho aqui lhes visitarPreste ateno no que eu digoEu aviso aos meus amigosQuem pisa em terra alheiaPisa no cho devagar
Em terra alheia...
182. Eu sou dente de tubaroAs barbatanas da baleiaE aviso aos amigosQue se acham em terra alheia
Em terra alheia....
183. Aqui a minha casaAqui meu il, aqui o meu gongEu aviso ao sr. MooQuem pisa em terra alheia Sr. MooPisa no cho devagar
Em terra alheia...
184. Na mata vuouO meu lindo beija-flr
Voc me chama pr macumbaMas na macumba eu j estou
FiguroPisa macumba no cho
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185. Lrio cheiroso o lrio de ManausE quanto mais o lrio cheiraMas o trunfo pau, pau, pau
Mas o tunfo pau...
186. O carroceu gira no arE o peo roda no choEnimigos e mal-fazejosVo rodar na minha mo
Vo rodar, vo rodar....
187. Eu estava na minha cidadePara que mandaram me verMas quem tem mandaE quem no tem vai aprender
Eu estava na minha cidadeE para que me mandou chamarQuem dever me apanhaQuem dever vai apanhar
Quem me dever...
188. Eu j plantei uma sementeNo quintal de um macumbeiroEle trabalha noite e diaE eu trabalho o ano inteiro
189. Cego quem no enxergapor uma cerca de varano h quem cuspa pr cimaque no lhe caia na cara
190. Eu entrei de mar a dentro
Com a minha barca douradaNo julgue a vida dos outrospara a sua no ser julgada
Ccos de roda
191. Mas olha o cco do para-cupacoPapagaioOlha o cco do para-cumPapagaioEu no troco, no vendo nem douPapagaioEu no troco, no vendo, nem dou
192. Eh piaba, eh piabaQue piaba danada pr nadar
piaba fmea, piaba macho piaba em cima, piaba em baixo
193. Andrelina, AndrelinaEu tenho meu amor que empregado na usina
Que empregado na usinaE que trabalha com vaporTrabalha com gasolina empregado da usina
194. Em Mangueira eu no vou maisPorque l eu deixei penaPor causa de uma morena
Que os olhos dela me atriEu sou um filho sem paiMeu corao de todosO meu pranto silenciosoAi chorai meus olhos
Chorai...
195. O povo de ItapissumaTem uma sorte mesquinhaNo meio de tantos peixesMataram logo a Tnunha
Depois da Tuninha mortaEstremeceu e gemeuCorriam lgrimas dos olhosQuando a Tuninha morreu
196. Eu vou parar de fumarE de tomar aguardenteEu vou ser da lei de crenteDe Deus do cu me ajudarEu vou ser crente da BaptistaOu ento da Petencostal
Eu comprei garrafa de cana
Levei para o padre benzerO sacristo olhou e disseQue na batina do padre tem dend
Tem dend, tem dend...
197. Eu mandei chamar um bom mestrePara encorar o meu zabumbaPois a festa em Gameleira sbado, domingo e segunda
A festa em Gameleira...
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Pontos Cantados de Mestras de Jurema
1. jar jar- jar, senhoras mestras oro
2. Est iluminada a nossa giraEst cheio de flores o meu GongSenhoras mestras vejam o que eu faoSenhoras mestras iluminem o caminho
Por onde eu passo
3. Eu tenho um trancelim de ouroE a chuva fina no me molhaE se voc no me quiserOutros querem e voc chora
4. Abram estas portas e estes caminhosQue para muitos brotinhoscom corocox entrar
eu quero perfumeeu quero cerveja
prepare a mesa que Paulina chegou
e ela traz pr vocmuita paz e muito amor
5. Paulina, vem verO teu palcioTodo enfeitado pr voc
O teu palcio est floridoO teu palcio tem palmeirasVoc minha rainha,Amiga, mestra e feiticeira
6. Cruzeiro mestre divinoNum trono ests assentadaEu estou saudando estouA Paulina da vida rasgada!
No p da palmeiraPaulina sentadaEla PaulinaA mulher da vida rasgada
No p da palmeiraTem dois cabars
Paulina gosta de homem a protectora das mulheres
7. T t tEla PaulinaEla demais
8. Tim tim tim flr do marTim tim tim flr do marEstou saudando estouA Paulina da vida rasgada da vida rasgada
9. Vem c, vem c PaulinaMe faz este catimbMostra a tua fora de mestraA primeira de Macei
Eu quero Paulinada vida rasgadaPr me ajudar Paulina da vida rasgada
10. Paulina no devia beberPaulina no devia fumarPois a sua fumaa
Ela de ventaniaE a sua cerveja a espuma do marSalve Paulina!
11. L dentro de MaceiTem uma zona malucaL dentro de MaceiPaulina foi mulher sL dentro de MaceiPaulina foi mulher s
12. As flores que eu plantei foi pr Paulina
As flores que eu plantei foi pr Paulina
Paulina, mulher rica e faceiraMe ajuda mulher guerreiraNas horas que eu precisar
Me ajuda mulher guerreira
13. de melo melo sabi de bananeira sabiMestra Paulina boa sabiMas bandoleira sabi
Estou amando, estou amando sabiA folhinha do capim sabiEstou amando a um neguinho sabiDo cabelo pichouim sabi
Estou amando estou amando sabiA folhinha do dend sabiEstou amando a um casado sabiSem a mulher dele saber sabi
Se voc quer vamos sabiE no se ponha a imaginar sabiQuem imagina cria medo sabi
E quem tem medo no vai l sabi
Carrapateira miudinha sabiRasteirinha pelo cho sabiEu vou pedir a mestra Paulina sabiPara amarrar o teu corao sabi
14. L no cu tem uma estrela que alumeiaQue alumeia, que ilumina o marQue alumeia, que clareia os oceanosQue clareia os oceanos e todas cidades dosciganos
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15. Oh Joana DArcOh virgem soberanaD-lhe fora e mais poderA Paulina dos ciganos
Ela cigana velhaEla cigana velhaDas correntes do Egipto
Ela vai ler a sua moEla vai ler a sua mo
E vai dizer o seu destino
Vai dizer o seu destinoVai dizer o seu destinoEla vai falar do seu amor
Vai falar do seu amor.
16. Quem prometeuE a mim no me deuOlhe pra trs e veja quem sou eu
Quem quer beber quem quer fumar
Quem quer amarFaa assim como eu
E quem quer amar.
17. Quando a gua do mar levaQuando a gua do mar trazQuando a gua do mar virTraz meu amor para mim
No seengane no se enganeCom a choreta que eu fizerNo se engane no se engane
Que Paulina muito mulher
18. Eu s vim aqui PaulinaPela tua famaPela tua fama PaulinaPela tua fama
19. Coroada, coroadaCoroada por meu DeusMestre dos mestres, ai ai meu DeusS existe um que Deus!
Que campos to verdesVejo o meu gado todo espalhadoEstou na mesa da JuremaE venho juntando o meu gado
Meu Deus valei-me
Aqui nesta ocasioSou eu Maria LuziriaA princesa do mestre Joo
Eu venho de galho em galhoEu venho pousando de flor em florSou eu Maria LuziriaA primeira mestra do mundo
Eu soltei o meu cachorro no matoE meu cachorro se chamava leoEco eco eco meu cachorroCau cau cau
Cad meu colar de ouroQue um homem casado me deuNa passagem da JuremaO meu colar se perdeu
Perdeu, perdeu, perdeuEu s no perdi a famaQue o macho me deu
20. Amarelou amarelouE a flor da Jurema LuziriaTodo mundo pergunta quem ela
a flor da Jurema, Luziria
21. Luziria, vem cumprirCom a tua sina bebendo gua de cocoE tomando banho na praia do Pina
22. Era uma noite de LuarCom uma lua prateadaL no cu brilham as estrelasMas neste il brilha Maria Luziria
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23. Quando Deus andou no mundoUma luz lhe acompanhouEu no sabia que era elaA dona do meu amor
Foi passada com quinze anosDentro da rua da GuaEu vou lhe dizer seu nomeEla se chama Ritinha
Ela foi para a sua me
Uma filha querida, adoradaMas por no ouvir os seus conselhosLevou sete pecheiradas
As amigas lhe chamavamMas era tudo pr malciaE na hora do seu enterroS quem foi, foi a polcia
No dia do seu enterroNaquele negro caixoAs despeitadas diziamDescansei meu corao
O dia do seu enterroFoi um dia de alegriasTodos os homens choravamE as mulheres sorriam
A Jurema quando nasceA cincia ela j trazEu s peo aos discpulos delaQue obedeam aos seus pais
E me sustenta o pontoE no deixa cair
Que Ritinha chegouMas no daqui.
24. Ritinha levante a saiaRitinha d sete nsPois debaixo da tua saia RitinhaTem catimb
25. Com quinze anos de idadeEla foi passear no ApoloGostou de um marinheiroQue se chamava Josu
Por causa deste marinheiroEla mesma se matouCom duas duas navalhadasOs seus pulsos cortouMas o culpado disto tudoFoi Josu!
26. O mar pediu a Deus peixeE os peixes pediram funduraO homem a liberdadeA mulher a formosura
Dizem que amar vem de sorteE sorte s para quem temE como eu no tenho sorteEu no devo amar a ningum
Eu joguei o meu anzol ngua
Eu botei a linha bem forteA linha no meio partiu-seTriste de quem no tem sorteMas o culpado disso tudoFoi Josu
27. Cad seu anel de prolaCad o seu aneloQue Ritinha ganhou de um machoNa zona de Ribeiro
28. Chorar pr quSe a hora j chegou
Chorar pr que se Jesus j me chamouO que fazem com as mosEu desmancho com os psSou eu RitinhaA rainhas dos cabarsCorar pr que?
29. Eu vou beber, vou farriarPara a polcia me chamarEu moro em Casa AmarelaL nas Sete EncruzilhadasE quem quizer saber meu nomeSou eu Maria Navalhada
Vai pr Japo jandaiaVai pr Japo jandaiaQue este ponto afirmado de navalha.
30. Anlia,Cad Maria Navalha?
Ela moa bonitaQue se veste com sete saiasEu procuro mas no vejoCad Maria Navalha
31. Eu vinha pelo caminhoQuando encontrei aquela mulata assanhada
Mas ela da vida rasgadaMas ela Francisca falada
32. Ela no curandeiraMas trabalha com erva moura
E para quem quiser saber seu nome
Ela Maria Leonoura
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33. Na rua das margurasOnde a mestra Leonoura moravaEla chorava por um rapazEla chorava por um rapazEla chorava por um marinheiroQue no lhe amava
34. Ela no feiaMas tambm no bonitaE na verdade Leonoura A verdadeira rapariga
35. Assoita, assoitaE vira os pontos que quero ver quem
Ela Joana P-de-ChitaA rainha dos candomblsE o que fazem com as mosEla desmancha com os ps
36. Os meus passarinhos esto cantandoAlegres no meu jardimPedindo um confortoPara todas as minhas amigas
Neste salo de Anan
Deus abenoe a estes homensMe repare quem quiserPois o homem ganha dinheiro, minhas amigasPr dar dinheiro a mulher
Eu amei e foi amadaE ainda tenho quem me querPois mulher para ser mulher da vida, minhasamigasTem que saber ser mulher
37. De Joo PessoaEla governou a ParabaFoi l que ela perdeu a vidaMorreu no Hotel da Condessa
Cara conheaQue ela no condessa moleE quem com muitas pedras boleUma lhe cai na cabea
38. Maria agoi o jardimMeu p de lrio morreuMaria agoi o jardim
E trate de mim que eu sou teu
Na passagem do riachoMaria me deu a moE prometeu a Z da PingaQue lhe dava um garrafoO prometido devido chegada a ocasio
39. Chora, chora meninaPorque chorar sempre foi a tua sinaMas agora tu tens algum pr te ajudarTu confias em Jercina
E a tua vida vai mudar
Chora, chora meninaPorque chorar sempre foi a tua sinaEu j chorei, agora no choro maisPor causa de um homem que me passou pratrs
40. Que noite to lindaNesta farra de amorEla Tarciana, que vem bebendo com seusmachosE relembrando o seu amorl l laia laia
41. Ela Maria LuizaL da rua da GuaE com uma esteira e um candeeiroEla fazia o que queria
Ela ganhava em uma esquinaE levava para uma barreiraMaria Lusa aquelaQue carrega uma esteira
Maria Lusa aquela
42. Mas que noite linda a noite de lua cheiaO sol saindo e eu aplaudindoAdmirando a Natureza
Ora i i i i i-
Arro boboi oxumarOra i i i i i-Como bonita a natureza!
43. Foi no primeiro do anoNa casa de um camaradaEu vi duas baianas na estradaCorrerem para casa chorando
Mas o acaso no foi enganoEu bebo at lascar o canoE quero me casar com elaMoreninha
Eu sou louco por voc
44. Eu ando bebendoDe madrugadaPelas caladas s para te esquecer
A nossa amizade j no adiantagua demais mata as plantasE eu no consigo te esquecer
45. Eu bebo porque tenho cabeaMas s vou pra casaQuando o cabar se fecha
Eu tenho amigos bonsEu tenho amigos ruinsEu tenho amigos bonsMas o cabar ficou pra mim
Eu bebo, porque estou bebendoSe voc bebe porque sabe o que est fazendo
Eu no tenho amigo bomEu s amigo ruimEu no tenho amigo bomMas o cabar ficou pr mim
Mas se aquele homem bomChegasse aqui agoraO cabar se fechaE no vou pr casa agora
O cabar se fecha.
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46. Eu vou me vingar de teu amorE vou fazer voc chorar por mimVoc zombou de quem no mereciaAgora sofre viva a sua agonia
Eu vou me vingar.
47. Eu tenho o seu nome gravadoEm meu sino SalomoE tenho seu nome debaixo de meu pO seu corao preso na minha mo
48. Voc dizia que me amavaE porque me abandonou?O seu amor pedao de papelQue caiu na gua e se molhouArranje um outro amor que o meu acabou
49. Mulher, mulherEu no tenho medo do teu marido
Se ele bom na faca eu sou no facoSe ele bom na resa eu na oraoSe ele diz que sim eu digo que no
Se ele Virgolino eu sou Lampio
Mulher, mulherQuanto mais carinhosaMais falsa ela
50. Ah! Como triste a minha vidaA vida de uma mulher sozinhaNa porta de um cabarPedindo um copo de cerveja
Um d o outro no dUm quer o outro no quer
um s para me amarE cinquenta pr me conhecer
51. A sua vida era senta em uma mesaMuita cerveja e cigarros para fumarHomens e mulheresAlegremente lhe aplaudiamJuliana cantava e sorria pois ela quer pazOnde ela chegar52. Baculejou baculejaBaculejou baculeja
Quando a mar baixar
Eu vou ver JulianaEu vou ver Juliana hEu vou ver Juliana ah!
53. Semente de maravilhaQue eu tenho na cidade plantadaSou eu a mestra GeorginaA filha de um rei coroado
Campos verdes e guas clarasE muitas flores no meu jardimSo saberes e so cinciasSo passados que pertencem a mim
Eu venho saudando a mesa mestraEu venho saudando os prncipes mestresE os discpulos que nela esto
Mas eu vim pr cidade e eu no vim brincarEu vim pra cidade para trabalhar
54. Sou eu, sou euSou eu que cheguei agoraSendo eu a mestra PaulinaA feiticeira do rei de Angola
Salve Georgina no ataSalve Georgina no ataE quando ela chega na macumbebNa macumbeb na macumba arri
na macumbeb
55. Georgina temTem cinco dedos em cada moTem cinco dedos em cada pGosta de homem e de mulher
56. Ana, h Anah Ana das encruzilhadasEla protege a mulher sozinhaEla ajuda a mulher casada
Mas por issoQue eu digo, eu repito minha amiga
Salve Ana das Encruzilhadas Ana
57. Mas olha a saia dela meninoOlha a saia dela meninoOlha a saia dela meninoComo liberal
Como liberal, como liberalOlha a saia dela meninoComo voua solta no ar
58. Uma voz chamou minha porta
E era voz misteriosa a responderEra um algum que me chamava de amorzinhoPrecisava de um carinhoE que outrora j foi meu
59. Voc tem despeito de mimE no se conforma com que Deus lhe deuMas se amanh voc seja felizTenha certeza que o ax foi meuFoi meu!
60. No disfara de mimE nem me queira experimentar
No disfara de mim passe voc para meulugar
voc sabe que eu fui putaSim, fui mulher de cabarMas no disfara de mimPasse voc para o meu lugar
61. Eu estava dormindoMe acordeiEu li tu carta, vi teu retrato e chorei
h mulher deixa o homem se virar
Toma cana e manda brasaQuem casado no casaMas tem direito de amar
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62. Com meus cabelos loirosNos ombros arriadosSou eu Maria das CampinasMaria das Campinas sou eu
Mas eu vim pra cidadeE no vim brincarEu vim pra cidade para trabalhar
63. Eu estava na beira do caisQuando o meu navio apitou
Brincando com as tartarugas, ai meu DeusA Jlia Galega sou eu
Coragem meus marinheirosCoragem para trabalharO meu navio est no porto , ai meu DeusA Jlia galega sou eu
Marinheiro olha a ondaE no v se descuidarPorque moa bonita l no mar no tombaMas tombam marinheiros com a pancada domar!
Pontos de despedida de mestras:
64. Ela vai embora e todo mundo choraE vai soltar o seu papagaioQue est preso na gaiola
65. Casa dos outros no boa moradiaBem que eu lhe diziaQue eu vouPra rua da Gua!
66. Adeus, eu vou-me emboraChegou a hora de quem gosta de mimEu sei que tu chorasMas o teu pranto um dia vai ter fimAdeus eu vou-me embora