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Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância Pontos Positivos Inclusão de pessoas com necessidades especiais. As pessoas que por algum tipo de deficiência física ou mental não podem freqüentar instituições de ensino convencionais podem, através da EAD, ter acesso a todas as formas de educação formal e informal. Democratização do acesso ao ensino. Com o ensino à distância, as pessoas que moram isoladas, afastadas ou ainda aqueles que por algum motivo não podem se deslocar para os distantes locais das instituições de ensino (principalmente ensino superior), podem ter acesso às mesmas, uma vez que a tecnologia possibilita que o acesso ao ensino chegue praticamente a qualquer lugar. Maior flexibilidade de horários para os alunos acessarem a educação. A EAD possibilita que as pessoas que trabalham e por isso não podem freqüentar aulas presenciais nos horários convencionais tenham acesso a estas aulas através de aulas assíncronas ou síncronas em horários alternativos ou através da internet. Facilidade de acesso a cursos de graduação e pós-graduação. A EAD permite que pessoas participem de cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por instituições de grande reputação acadêmica, sem sair das suas casas no Brasil. Pontos Negativos Dependência da tecnologia. Os cursos fornecidos pela EAD são dependentes da tecnologia para que funcionem e eventuais problemas nos equipamentos comprometem muito as aulas, principalmente as aulas síncronas. Dispersão física dos participantes. Por na haver uma presença física do professor e dos alunos na sala de aula os alunos podem não prestar atenção na aula, não solucionar eventuais dúvidas, ou seja, pode não haver um 100% de aproveitamento da aula. Necessidade de maior comprometimento do aluno. Um curso fornecido pela EAD necessita de muita dedicação por parte do aluno, uma vez que geralmente são poucas aulas por semana e para compensar a falta de

Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

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Page 1: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

Pontos Positivos

Inclusão de pessoas com necessidades especiais.

As pessoas que por algum tipo de deficiência física ou mental não podem freqüentar instituições de ensino convencionais podem, através da EAD, ter acesso a todas as formas de educação formal e informal.

Democratização do acesso ao ensino.

Com o ensino à distância, as pessoas que moram isoladas, afastadas ou ainda aqueles que por algum motivo não podem se deslocar para os distantes locais das instituições de ensino (principalmente ensino superior), podem ter acesso às mesmas, uma vez que a tecnologia possibilita que o acesso ao ensino chegue praticamente a qualquer lugar.

Maior flexibilidade de horários para os alunos acessarem a educação.

A EAD possibilita que as pessoas que trabalham e por isso não podem freqüentar aulas presenciais nos horários convencionais tenham acesso a estas aulas através de aulas assíncronas ou síncronas em horários alternativos ou através da internet.

Facilidade de acesso a cursos de graduação e pós-graduação.

A EAD permite que pessoas participem de cursos de graduação e pós-graduação oferecidos por instituições de grande reputação acadêmica, sem sair das suas casas no Brasil.

Pontos Negativos

Dependência da tecnologia.

Os cursos fornecidos pela EAD são dependentes da tecnologia para que funcionem e eventuais problemas nos equipamentos comprometem muito as aulas, principalmente as aulas síncronas.

Dispersão física dos participantes.

Por na haver uma presença física do professor e dos alunos na sala de aula os alunos podem não prestar atenção na aula, não solucionar eventuais dúvidas, ou seja, pode não haver um 100% de aproveitamento da aula.

Necessidade de maior comprometimento do aluno.

Um curso fornecido pela EAD necessita de muita dedicação por parte do aluno, uma vez que geralmente são poucas aulas por semana e para compensar a falta de aulas o curso exige uma grande quantidade trabalhos complexos e discussões, se o aluno não se empenhar ele não absorverá o conteúdo e ira se prejudicar no curso.

Limitação nas discussões.

As limitações nas discussões ocorrem, geralmente, quando não há um professor interagindo o tempo todo com o aluno para orientar as discussões e tirar possíveis dúvidas.

Page 2: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

Custo Financeiro.

Apesar de algumas instituições de EAD serem públicas, a grande maioria faz parte da rede de ensino particular, fazendo com que a EAD não seja tão acessível assim para boa parte da população brasileira.

Educação a distânciaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Educação a distância (EaD, também chamada de teleducação), por vezes designada

erradamente por ensino à distância,[1][2][3][4][5][nota 1] é a modalidade de ensino que permite

que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-

aprendizagem, assim como, permite também que faça seu auto estudo em tempo distinto.

Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aprendiz.

A interligação (conexão) entre professor e aluno se dá por meio de tecnologias,

principalmente as telemáticas, como a Internet, em especial as hipermídias, mas também

podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax,

o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.

Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que

ensina a distância). O termo educação é preferido por ser mais abrangente, embora

nenhuma das expressões, segundo o professor, seja plenamente completa.

Page 3: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

Índice

 [esconder]

1     História   

o 1.1      Na Antiguidade   

o 1.2      Os séculos XVII e XVIII   

o 1.3      O século XIX   

o 1.4      História Moderna   

o 1.5      Gerações   

2     Aspecto ideológico   

3     Sistemática   

4     Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)   

5     O professor como mediador no EAD   

6     Perspectivas atuais   

7     E-learning   

8     EaD no mundo   

o 8.1      Brasil   

9     Aplicações   

o 9.1      Ensino jurídico a distância   

o 9.2      Língua portuguesa   

o 9.3      Administração de empresas   

10      Notas   

11      Referências   

12      Leituras Adicionais   

13      Ver também   

o 13.1      Entidades   

o 13.2      Ferramentas   

14      Ligações externas   

[editar]História

A educação a distância (EaD), em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX.

Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas.

Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que,

por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e

evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o

ambiente educativo e a sociedade.

Page 4: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

[editar]Na Antiguidade

Inicialmente na Grécia antiga e depois em Roma, existiam redes de comunicação que

permitiam o desenvolvimento significativo da correspondência e, por consequência, a troca

de informações. [carece de fontes]

Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a

distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em

qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado

sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de

aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou

não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos

separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de

tecnologias de comunicação.

[editar]Os séculos XVII e XVIII

Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações

científicas inauguraram uma nova era na arte de ensinar. Segundo Lobo Neto (1995), um

primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no

dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da

região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições

semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".[6]

[editar]O século XIX

Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e

na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões

postaisque trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação

institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.

Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira

escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Posteriormente, em 1873,

em Boston,Anna Eliot Ticknor criou a Society to Encourage Study at Home.

Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em Scarnton (Pensilvânia) o International

Correspondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no

trabalho de mineração.

Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus

professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão

universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que

já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as

escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento

de Extensão daquela Universidade.

Page 5: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida

preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a

segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de

Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Já em 1898, em Malmö,

na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos

comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência, dando início ao

famoso Instituto Hermod.

[editar]História Moderna

No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em

virtude de um considerável aumento da demanda social por educação, confirmando, de

certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886 "Chegará o dia em que o

volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas

aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por

correspondência ultrapassará o dos presenciais."

O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e,

sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da

informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a

antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois

anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por

via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.

A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou

também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e

internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de

educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.

Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais

escritos como base, passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e

ovideocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais

recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim

como mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos,

diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem

com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc..

Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o

mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e

mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal

quanto nas áreas de treinamento profissional.

Page 6: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de

deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou

atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que

complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos

como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema

regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade Aberta oferece comercialmente

somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes. A Virtual

University oferece cursos gratuitos.

[editar]Gerações

O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações, conforme os

avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época.

Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material

impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, o pioneiro

no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939, ofereceu o primeiro curso por

correspondência, de Radiotécnico. Em seguida, temos o Instituto Universal

Brasileiro atuando há mais de 60 anos nesta modalidade educativa, no país…

Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas

radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A

comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo,

destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;

Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o

acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as

informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a

interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação

a distância nesta geração doséculo XXI. Hoje os meios disponíveis

são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, blogues,

espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação

multidirecional entre alunos e tutores.

[editar]Aspecto ideológico

A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas

possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade

alternativa para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados

nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que

são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.[7]

Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e

passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na

Page 7: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a

participar da disciplina.

[editar]Sistemática

Nesta modalidade de ensino estudantes e professores não necessitam estar presentes

num local específico durante o período de formação. Desde os primórdios do ensino a

distância, utiliza-se a correspondência postal para enviar material ao estudante, seja na

forma escrita, em vídeos, cassetes áudio ou CD-ROMs, bem como a correção e

comentários aos exercícios enviados, depois de feitos pelo estudante. Depois do advento

da Internet, o e-mail e todos os recursos disponíveis na World Wide Web tornaram-se

largamente utilizados, ampliando o campo de abrangência da EaD. Em alguns casos, é

pedido ao estudante que esteja presente em determinados locais para realizar a

sua avaliação. A presencialidade é muitas vezes necessária no processo de educação.

Metodologias utilizadas

No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino

presencial. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais

adequadas ao ensino a distância. O que muda, basicamente, não é a metodologia de

ensino, mas a forma de comunicação. Isso implica afirmar que o simples uso de

tecnologias avançadas não garante um ensino de qualidade, , segundo as mais modernas

concepções de ensino[8]. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de

comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet.

A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim

que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um

veículo para a comunicação a distância.

A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas

possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade

alternativa para superar limites de tempo e espaço.

[editar]Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)

O ambiente virtual de aprendizagem ou LMS (Learning Management System) é um

software baseado na Internet que facilita a gestão de cursos no ambiente virtual. Existem

diversos programas disponíveis no mercado de forma gratuíta ou não. O Blackboard é um

exemplo de AVA pago e o Moodle é um sistema gratuito e de código aberto. Todo o

conteudo, interação entre os alunos e professores são realizado dentro deste ambiente.

De acordo com Clark e Mayer(2007), os ambientes virtuais são elementos fundamentais

na tarefa de ensino, porém carecem de suporte pedagógico adequado em relação ao

processo de aprendizagem.

Page 8: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

[editar]O professor como mediador no EAD

Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o orientador ou o tutor

da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de

comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da

tecnologia da comunicação, não podendo assim se desvincular do sistema educacional e

deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de

aprendizagem. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre

educador e o educando, que deverá ser auto-disciplinado e auto-motivado para que possa

superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-

aprendizagem.

Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semi-presencial e educação à

distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram

sempre numa instituição de ensino. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula

e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.

As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que

evolui rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje,

tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos

remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando

maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para

derrubar tabus e começar uma nova era em termos de educação.

Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da

educação formal, mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a

aprendizagem de um número maior de pessoas. Antes o EaD não tinha credibilidade, era

um assunto polêmico e trazia muitas divergências,mas hoje esse tipo de ensino vem

conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o

aprendizado, seja ela presencial ou à distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo de

esforço e dedicação de cada um.

[editar]Perspectivas atuais

Atualmente, a educação a distância possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu

processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de

tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos. Cabe às instituições

que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os

quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.

Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar

a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a

diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.

Page 9: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

[editar]E-learning

Ver artigo principal: E-learning

O termo e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio

da tecnologia e a educação a distância. Ambas modalidades convergiram para a

educação online e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no e-

Learning.

[editar]EaD no mundo

A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso

de Contabilidade. Na mesma época, fundou-se na Alemanha em 1856 o primeiro

instituto de ensino de línguas por correspondência. O modelo de ensino foi iniciado

na Inglaterra em 1840, e, em 1843 foi criada a Phonografic Corresponding Society.

Fundada em 1962, a Universidade Aberta mantém um sistema de consultoria,

auxiliando outras nações a implementar uma educação a distância de qualidade.

Também no século XIX, a EaD foi iniciada nos Estados Unidos da Américana Illinois

Weeleyan University.

Já no século XX, em 1974, a Universidade Aberta Allma Iqbal no Paquistão iniciou a

formação de docentes via EaD. A partir de 1980, a Universidade Aberta de Sri

Lanka passou a atender setores importantes para o desenvolvimento do país:

profissões tecnológicas e formação docente. Na Tailândia, a Universidade Aberta

Sukhothiai Thommathirat tem cerca de 400 mil estudantes em diferentes setores e

modalidades.

Criada em 1984, a Universidade de Terbuka na Indonésia surgiu para atender forte

demanda de estudos superiores, e prevê chegar a cinco milhões de estudantes. Já

na Índia, criada em 1985, a Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi tem objetivo

de atender a demanda de ensino superior.

A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem nenhuma

universidade especializada nesta modalidade. Nas universidades de Queensland,

New England, Macquary, Murdoch e Deakin, a proporção de estudantes a distância é

maior ou igual à de estudantes presenciais.

Na América Latina programas existentes incluem o Programa Universidade Aberta,

inserido na Universidade Autônoma do México (criada em 1972), a Universidade

Estatal a Distância da Costa Rica (de 1977), a Universidade Nacional Aberta da

Venezuela (também de 1977) e a Universidade Estatal Aberta e a Distância

da Colômbia (criada em 1983).

Page 10: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

[editar]Brasil

No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio Técnico Monitor, em 1939, o

hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto

Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância foram iniciadas e

levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e

privadas, foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de

grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram suficientes

para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de

educação a distância no país. Porém, a realidade brasileira já mudou e o governo

brasileiro criou leis e estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância

no país.

Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos

pagos, por correspondência. Em 1934, Edgard Roquette-Pinto instalou a Rádio-

Escola Municipal noRio de Janeiro no projeto para a então Secretaria Municipal de

Educação do Distrito Federal dirigida por Anísio Teixeira integrando o rádio com o

cinema educativo(Humberto Mauro)a biblioteca e o museu escolar numa pioneira

proposta de educação à distância. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e

esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes.

Já em 1939 surgiu em São Paulo (cidade) o Instituto Monitor, na época ainda com o

nome Instituto Rádio Técnico Monitor. Dois anos mais tarde surge a primeira

Universidade do Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947 surge a Nova

Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.

Durante a década de 1960, com o Movimento de Educação de Base (MEB), Igreja

Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio-educativo: educação,

conscientização, politização, educação sindicalista etc.. Em 1970 surge o Projeto

Minerva, um convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre

Anchieta para produção de textos e programas. Dois anos mais tarde, o Governo

Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro

Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no

sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação

da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.

Na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho era um programa de educação

supletiva a distância, para ensino fundamental e ensino médio. Entre as décadas de

1970 e 1980, fundações privadas e organizações não-governamentais iniciaram a

oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via

satélite complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da

segunda geração de EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior

Page 11: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

brasileiras mobilizou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação

e da informação somente na década de 1990. Em 1992, foi criada a Universidade

Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do

conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a todos, a

educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de

trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior,

englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve início a

expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu a primeira

legislação específica para educação a distância no ensino superior. As bases legais

para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases na

Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamentada pelo

decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que revogou os decretos n°2.494 de

10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial

n°4.361 de 2004. No decreto n°5.622 dita que, ficam obrigatórios os momentos

presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso.

Classifica os níveis de modalidades educacionais em educação básica, de jovens e

adultos, especial, profissional e superior; Os cursos deverão ter a mesma duração

definida para os cursos na modalidade presencial; Os cursos poderão aceitar

transferência e aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma

forma que cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos à

distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e

programas na modalidade à distância (básica, de jovens e adultos, especial,

profissional e superior).

Em Maio de 2009, a ABED - Associação Brasileira de Educação a

Distância organizou o 7º SENAED - Seminário Nacional ABED de Educação a

Distância totalmente online, envolvendo nas atividades palestrantes do Brasil,

Portugal e outros países de língua portuguesa.

[editar]

Educação a Distância: novas práticas pedagógicas e as tecnologias da 

informação e da comunicação 

Distance Education: new pedagogical practices and information and  

communication technologies 

Ademilde Silveira Sartori

*

RESUMO: A Educação à Distância-EaD é uma modalidade 

Page 12: Pontos Positivos e Negativos da Educação à Distância

educativa que implica na organização e planejamento de 

circunstâncias educativas diferentes das usuais, trazendo para o 

cenário educacional a discussão sobre novas práticas pedagógicas e 

suas relações com as Tecnologias da Informação e  da 

Comunicação.  

PALAVRAS-CHAVE : Educação à Distância. Prática Pedagógica. 

Tecnologias da Informação e da Comunicação 

ABSTRACT: Distance Education is an educational modality that 

involves the organization and planning of uncommon educational 

circumstances. It thus stimulates discussion about new pedagogical 

practices and their relationships with Information and 

Communication Technologies.  

KEYWORDS: Distance Education. Pedagogical Practice. 

Information and Communication Technologies 

O atual processo de mudanças causado pela informatização e automação de diversas 

atividades da economia está exigindo das pessoas permanente aperfeiçoamento e formação 

especializada para que possam fazer frente à demanda por mão-de-obra, para atuar no 

âmbito do desenvolvimento de tecnologias e  sua inserção em setores da produção. Esse 

contexto forçou a adoção de modelos educacionais que superem a concepção da 

impossibilidade educacional da situação na qual o professor e o aprendente estejam 

separados um do outro no tempo e no espaço. Ao entrar em cena, a Educação a Distância–

EaD -   traz para a discussão novas práticas pedagógicas e suas relações com as tecnologias 

da informação e da comunicação–TICs. 

                                                          

*

 Licenciada em Física pela UFSC, Mestre em Educação e Ciências pela UFSC, doutoranda  em Ciências da 

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Comunicação pela ECA/USP, professora do Departamento de Metodologia de Ensino da FAED/UDESC. Email: [email protected]  Conforme Ritto e  Machado Filho (1995,  p. 31), a função da educação hoje é 

“promover o desenvolvimento das pessoas (e estar) comprometida com o aumento de seus 

conhecimentos e da sua percepção de mundo visando a sua formação para a atuação no 

mercado de trabalho”. Somente o indivíduo preparado e inovador poderá candidatar-se a 

influir no processo de supremacia do conhecimento, pois o trunfo está em sua capacidade 

de buscar, de criar, de romper com padrões estabelecidos. O desafio colocado para a 

educação é preparar os educandos para aprender a aprender, a ser, a fazer e a viver com os 

outros (DELORS, 2003).  Essas dimensões do educar apontam para o convívio com o 

diferente, com a constante preocupação com a formação, para o desenvolvimento das 

diversas potencialidades e a necessidade de formação profissional para enfrentar situações 

diversificadas no trabalho. 

Preocupada com as demandas da sociedade da informação por indivíduos 

capacitados ao trabalho e, também, com os rumos e conseqüências desta sociedade, a União 

Européia – UE, traçou como prioridade a melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. 

Neste sentido, além de formação profissional, a disseminação da informação e capacidade 

de produzir mais conhecimento estão no bojo da política da UE para se preparar para as 

mudanças econômicas e culturais que o desenvolvimento tecnológico está colocando em 

pauta em nossos dias. Entre outras medidas, a UE designou para a educação a distância a 

responsabilidade de formar pessoal preparado para atuar no campo tecnológico. Cabe, 

então, à educação a distância formar novos padrões de ensino, revisando os sistemas 

educacionais vigentes (MURCIANO; REIS, 2001).  

Em nosso país, a EaD ganha aval como elemento da política educacional através da 

Lei n.º 9394, de dezembro de 1996, e suas regulamentações. Passa a ser concebida como 

portadora da mesma esperança e da mesma responsabilidade perante a qualidade da 

educação, deixando de ser entendida como “emergencial” e tornando-se um forte 

componente da política educacional brasileira em favor da democratização do acesso à 

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educação. Neste movimento, teve reconhecido seu potencial renovador dos paradigmas 

educacionais devido às especificidades de suas práticas pedagógicas que colocam em 

evidência a relação entre educação e comunicação, na medida em que se viabiliza através 

das TICs. O termo educação a distância-EaD, abrange formas de estudo nas quais as ações dos 

estudantes e as ações dos professores ocorrem de forma assíncrona, objetivando minimizar 

custos, superar problemas de escala, possibilitar o acesso à educação a pessoas que residem 

distante do provedor de ensino ou que, por outro motivo, não possam freqüentar uma escola 

e, também, pessoas interessadas em metodologias de aprendizagem sintonizadas com as 

novas exigências corporativas. Para responder a este desafio, a EaD vem desenhando 

sistemas de ensino-aprendizagem nos quais  os estudantes necessitam desenvolver sua 

autonomia,  adquirir hábitos e valores que possibilitem sua autodeterminação, capacidade 

de trabalharem e decidirem por si mesmos e em equipe. 

A EaD vem colaborar com a formação do trabalhador da sociedade da informação, 

uma vez que preconiza que o estudante se torne capaz de aprender por si mesmo, busque as 

soluções para seus problemas, planeje e organize os seus estudos de acordo com suas 

características pessoais de forma que possa  estudar por conta própria. Enfim, o estudo 

autônomo é uma característica básica desta modalidade educativa. Ao desenvolver suas 

habilidades de estudar de forma autônoma, o estudante estará aprendendo a buscar soluções 

por conta própria, a se mobilizar na busca de respostas, a gerenciar e avaliar as fontes de 

informação e a procurar fontes alternativas, a se responsabilizar por um cronograma a ser 

cumprido, a gerir seu tempo em função de suas tarefas e de sua realidade, a buscar parceria 

e trabalhar em equipe, a não depender de hierarquias e desenvolver seu senso de iniciativa. 

As várias tecnologias de comunicação existentes possibilitam diferentes sistemas de 

formação, como: formação individualizada, aberta e a distância, o que implica e 

proporciona a organização e planejamento de circunstâncias educativas, e que gera novos 

modelos metodológicos de ensino e novos ambientes de aprendizagem. No cenário 

educacional, vemos a sala de aula tradicional ser abandonada aos poucos, substituída por 

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novos modelos educacionais, uma vez que a Internet viabiliza a era da escola virtual.  

O uso das diversas tecnologias disponíveis para beneficiar o aprendizado do 

estudante, em sistemas de EaD proporciona uma interação mais efetiva e, ao mesmo tempo, 

permite ao professor maior oportunidade de aprofundamento dos conteúdos, aumentando, 

assim, as alternativas de recursos para  o ensino, por parte do professor, e para a 

aprendizagem, por parte do estudante. A utilização pedagógica de recursos tecnológicos vem contribuir para maior integração entre professores e estudantes e, até mesmo, destes 

entre si, aumentando a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. 

As novas tecnologias potencializam a EaD através do uso de teleconferências, 

videoconferências, do correio eletrônico, ferramentas de buscas na Internet, listas de 

discussão, fóruns de discussão e outros. Em conjunto com estas tecnologias, no entanto, 

convivem outras já muito conhecidas entre educadores.  O material impresso serviu, e ainda 

serve, de base para este modelo educacional. Junto com jornais, revistas, apostilas, 

cadernos didáticos, fascículos, guias de estudo, cadernos pedagógicos, encontramos fitas de 

vídeo, fitas de áudio etc. Precisam ser acrescidos a esta lista os meios de comunicação de 

massa, o rádio, a televisão e o cinema. A EaD utiliza toda e qualquer mídia que sirva de 

agente mediador, que possibilite a comunicação entre  estudantes,  corpo docente e  

administração.  

Do ponto de vista da tecnologia utilizada, podemos encontrar três gerações de EaD 

(CUNHA FILHO; NEVES, 2000). O modelo da primeira geração esteve pautado no uso de 

material impresso enviado pelo correio. A partir do desenvolvimento dos meios de 

comunicação eletrônicos, a EaD passou a se servir do rádio, da televisão, do fax, do 

telefone, configurando a chamada segunda geração. Com o desenvolvimento das novas 

tecnologias da informação e comunicação, estamos vivenciando a era da terceira geração, a 

que agrega as potencialidades telemáticas às tecnologias já desenvolvidas, fazendo uso de 

todos os recursos para tornar eficientes e eficazes modelos educacionais não baseados em 

encontros face-a-face entre quem ensina e quem aprende. Podemos identificar nestas  

gerações, a busca permanente da EaD por meios tecnológicos que apresentem maiores 

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possibilidades interativas. É com a Internet, no entanto,  que interatividade atinge graus 

excepcionais, pois oferece ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas. 

Considerando que podemos ter cursos oferecidos com encontros presenciais 

mediatizados tecnologicamente, o curso todo pode se realizar de forma presencial, 

independentemente da separação geográfica existente entre alunos e professores. A 

comunicação síncrona vem contribuindo para a interação imediata e simultânea entre 

professores e alunos e, principalmente, vem permitindo o acesso a informação para todos, 

ao mesmo tempo, característica de sistemas presenciais. É a comunicação assíncrona, no entanto, que vem sendo considerada característica 

revolucionária na educação atual, pois viabiliza a oferta para estudantes geograficamente 

distantes ou não, e “mudam os processos tradicionais através dos quais esta comunicação 

vem se dando ao longo dos tempos” (BARROS; NEVES, 2000, p. 41).  

A comunicação assíncrona pode ser apontada como a forma de comunicação que 

garante o estudo autônomo, na medida em que os estudantes estabelecem seus cronogramas 

pessoais de estudos, conforme necessidades e interesses, característica básica da 

modalidade a distância. A comunicação assíncrona permite a interação sem hora marcada. 

O estudante pode acessar o conteúdo de um curso ou a resposta de um professor quando lhe 

for conveniente, pois estes estarão disponíveis, atribuindo à educação um caráter “just in 

time”. Cada estudante pode realizar este acesso em tempo diferente, em horário diferente, 

conforme suas conveniências.  

O uso de todas as tecnologias, da impressa à digital contribuem com o processo de 

ensino-aprendizagem, tanto no sentido de facilitar o acesso e a construção do conhecimento 

por parte do estudante, quanto pelas diferentes modalidades de linguagens que oferecem.  

A escrita foi inventada como mecanismo de registro e controle de informações. Na 

cultura letrada, aprende-se a ler e escrever de acordo com padrões determinados e regras 

definidas de organização das idéias e do espaço que contém a escrita, organizando-se, 

assim, a linguagem e favorecendo-se o desenvolvimento da racionalidade lógica. No 

entanto, ler um texto e olhar uma fotografia são atos de natureza diferenciada. A leitura de 

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texto escrito é linear, é analítica, enquanto  que a “leitura” de uma imagem é global, é 

sintética. É necessário que o leitor veja a imagem como um todo, precisa “mergulhar” nela 

(FÉRRES, 1996). Ostrower (1995) nos ensina que o olhar é construído, deveríamos 

também construir o ouvir, uma vez que a linguagem auditiva é espacial e direcional.  

A contribuição de tecnologias audiovisuais para a educação é amplamente 

reconhecida, de Comênio a nossos dias. Comênio é considerado o pai do uso de 

audiovisuais no ensino. O princípio da intuição e do método intuitivo defendidos por ele 

serviram de base para justificar a utilização  de recursos audiovisuais. Este fundamento é 

encontrado na famosa obra chamada Didática Magna, publicada em latim no ano de 1657. 

Didática Magna é a versão ampliada e aperfeiçoada da Didática Tcheca, concluída ainda 

em 1632 (GASPARIN, 1997). Sua obra intitulada  Orbis Sensualium Pictus, escrita em 1654, é considerada o primeiro livro “visualizado”, ilustrando as palavras com 

representações pictóricas (PARRA, 1977). Em 1922, Thomas A. Edison afirmava a 

revolução que o cinema causaria no ensino. O rádio foi citado por Darrow, em 1932, como 

a tecnologia que traria o mundo para a sala de aula. Os computadores, as telecomunicações 

e as produções híper e multimídia transformarão a escola, segundo Pappert apud  Sancho 

(1988).  

Do texto escrito, ilustrado por figuras de Comênio, passamos a viver na era da 

linguagem hipertextual. O hipertexto se caracteriza por apresentar várias opções diferentes 

para os leitores que, individualmente, podem determinar qual delas seguirá no momento de 

sua leitura. Da leitura linear passamos à coexistência de diversas possibilidades de leitura, 

as “disponibilidades instantâneas para associações múltiplas não-lineares de elementos” 

(SILVA, 2000, p. 144).  

Atualmente, convivemos com projetos educacionais que utilizam desde o material 

impresso como material didático básico do processo ensino-aprendizagem até modelos 

totalmente on-line, baseados em Ambientes Virtuais de  Aprendizagem. Estes seriam um 

conjunto de ferramentas pedagogicamente preparado e articulado para fornecer o máximo 

de interatividade em uma relação pedagógica mediada por computadores, através da 

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utilização das facilidades disponibilizadas pela Internet. Podemos entender os Ambientes 

Virtuais de Aprendizagem como sendo o conjunto de condições ambientais – espaço físico 

e temporal, condições técnico-ferramentais e condições didático-pedagógicas para o 

desenvolvimento da aprendizagem.  

A estratégia didático-pedagógica fundamenta a utilização de tecnologias 

constituíndo-se como matriz de regulamentação das condições técnico-ferramentais, 

garantindo-lhes qualidade. O estudante precisa de condições físicas e técnicas para estudar, 

mas também necessita de condições didático-pedagógicas adequadas. O fator decisivo para 

a aprendizagem será a estratégia didático-pedagógica que orienta a utilização dos recursos 

didáticos, pois estes devem estar articulados de forma a agirem coordenadamente, tendo 

cada recurso função específica, porém formando uma unidade uns com os outros, a partir 

de uma orientação pedagógica fundamentada em uma determinada concepção de 

aprendizagem. Em outras palavras, trata-se de estabelecer  o projeto pedagógico e 

comunicativo com o qual serão eleitas e utilizadas todas as tecnologias e suas linguagens. El desarrollo de nuevas tecnologías no ha supuesto, necesariamente, uma 

transformación de los modelos comunicativos y educativos puestos em 

práctica em las instituciones académicas. La incorporación de programas 

de radio, audiocassettes, televisión, vídeo o Internet no significan, em 

líneas generales, uma propuesta pedagógica y metodológica distinta si, 

previamente, no se los ha integrado y desarrollado em función de um 

modelo comunicativo y pedagógico distinto  (RODRÍGUEZ; 

QUINTILLÁN, 1999, p. 180). 

Considerando que “la utilización de medios audiovisuales permite evaluar 

conocimientos, actitudes y también la própria metodologia de trabajo que se pone en 

prática” (APARICI, 1998, p.  10) é necessário a conjugação de materiais de caráter uni, 

multi e hipermídia, no sentido de proporcionar aos estudantes possibilidades de interagir 

com diversas linguagens que possibilitam a aprendizagem através das múltiplas 

inteligências, ao acionar habilidades e competências sensoriais e cognitivas.  

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O uso de diversas linguagens, design instrucional interativo, centralização do 

processo na atividade do aluno, horizontalidade entre alunos e professores como fonte de 

conhecimento e adequação entre o conteúdo e a mídia disponibilizada aos estudantes 

podem ser considerados princípios pedagógicos norteadores de uma EaD voltada à 

formação de estudantes autônomos.  

Neste sentido, é de suma importância perceber quais as contribuições efetivas que as 

TICs trazem para o cenário educativo, tanto a distância quanto presencial, e traçar 

estratégias pedagógicas que possibilitem o trabalho colaborativo, criativo e autônomo que 

se pleiteia para a educação contemporânea. 

Tarefa esta que implica o estabelecimento de estratégias didático-pedagógicas que 

inaugurem práticas colaborativas, de troca e construção coletiva de significados, tanto por 

parte dos estudantes quanto por parte dos professores e tutores. Desta maneira, não apenas 

o estudante de um curso que se faz a distância aprende a estudar de forma autônoma, mas 

os professores e tutores aprendem a ensinar para um estudante autônomo, portanto, 

aprendem também.  

Isto significa inaugurar práticas pedagógicas que estabeleçam regras claras de ação 

sobre o campo de conhecimento a se tratar – o recorte curricular e a diversidade de 

proposições teóricas que o embasam; que superem o uso dominante da linguagem verbal para a conjugação de diversas linguagens; que desenvolvam habilidades gestoras de grupos 

produtores de conhecimento;  que possibilitem aos educadores a discussão pública e 

acadêmica de suas posições teóricas – tanto pedagógicas quanto de sua área de 

especialidade;  que conjuguem no mesmo tempo os verbos pesquisar e ensinar. Enfim, 

práticas pedagógicas que deixem transparecer que ensinar é aprender e que o novo não lhe 

é elemento estranho, mas fonte mesmo de novas proposições, de novos olhares, de 

crescimento.