28
Universidade de São Paulo QFL-5925 Prática de Ensino de Química e Bioquímica Coordenadora: Prof a . Dr a . Denise Freitas Siqueira Petri José Carlos Barreto de Lima [email protected] Número USP: 6755855 São Paulo, 11 de dezembro de 2009

Universidade de São Paulo - iq.usp.br · em pontos positivos e negativos (Tabela 3). 6 Tabela 3: Argumentos positivos e negativos referentes às questões 1 e 2. QUESTÕES ARGUMENTOS

  • Upload
    dolien

  • View
    238

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Universidade de São Paulo

QFL-5925 Prática de Ensino de Química e

Bioquímica

Coordenadora: Profa. Dra. Denise Freitas Siqueira Petri

José Carlos Barreto de Lima

[email protected]

Número USP: 6755855

São Paulo, 11 de dezembro de 2009

2

MONITORIA

QFL-2426 FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL

XVII

Coordenadora: Profa. Dra. Sílvia Maria Leite Agostinho

PROJETO

AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DO CURSO QFL-2426.

3

OBJETIVO

Este projeto pretende averiguar o aprendizado obtido pelos alunos da disciplina Físico-Química Experimental XVII (QFL-2426), bem como a implicação das alterações realizadas no curso, como a exclusão da disciplina Físico-Química Teórica (QFL-2425) da grade horária da Grande Área Química. Serão identificadas as principais dificuldades pedagógicas através de questionários, bem como da avaliação de relatórios e do rendimento nas provas. INTRODUÇÃO A disciplina QFL-2426 é oferecida para os alunos do segundo ano (quarto semestre) da Grande Área Química da Escola Politécnica da USP. Trata-se de aulas experimentais de Físico-Química que visam a familiarização com diferentes técnicas e com medidas físico-química, fortalecer alguns conceitos que serão importantes para a formação, bem como para a compreensão de outros tópicos que serão abordados no decorrer dos respectivos cursos. São abordados, em particular, assuntos envolvendo Termodinâmica, Eletroquímica e Cinética Química. A aplicação de experimentos permite um maior questionamento por parte dos alunos e uma maior proximidade com os tópicos envolvidos. No início é oferecida uma pequena apostila contendo a descrição dos experimentos, há uma breve explicação conceitual e a metodologia que será aplicada em laboratório. Neste ano as atividades foram conduzidas da seguinte forma: os experimentos foram separados em dois blocos; o primeiro e segundo blocos são aplicados no primeiro e segundo bimestres, respectivamente, sendo que em cada um foram ministrados quatro experimentos (Tabela 1).

Tabela 1: Esquema de divisão dos experimentos em dois blocos.

Foram divididos grupos de três ou dois alunos, sendo que cada grupo realiza um dos experimentos em cada dia da semana (Anexo 2). A disciplina foi oferecida em três dias: na segunda-feira das 7:30h às 11h, na terça-feira das 7:30h às 11h, bem como das 13:10h às 16:40h e na sexta-feira das 13:10h às 16:40h. Ela foi oferecida por quatro professores e nove monitores. Ao todo são 64 grupos (160 alunos no máximo). A avaliação é composta pela nota de duas provas e dos relatórios, sendo que a média final é obtida pela Eq. 1.

EQ. 1 Onde: A - média final; MR - média dos oito relatórios e MP - média das provas.

BLOCO 1 BLOCO 2 Pressão de vapor Destilação Fracionada Equilíbrio de complexação Ordem de reação Condutividade Eletrolítica Saponificação Adsorção Medidas Óticas

0,52

≥+

=MPMR

A

4

Até o 1º semestre de 2008 a POLI incluía na grade horária a disciplina teórica Físico-Química XVI - QFL-2425 para os alunos da Grande Área Química como pré-requisito à disciplina experimental QFL-2426. A partir do 1º semestre de 2009 a disciplina QFL-2425 foi excluída da grade curricular da Grande Área Química por decisão da Escola Politécnica. Esta exclusão foi acatada pela Comissão de Graduação do IQ e aprovada pela Congregação do mesmo instituto, embora a disciplina fosse pré-requisito para QFL-2426. Quando a disciplina QFL-2425 era oferecida já se observava dificuldades por parte dos alunos ao lidar com os conceitos abordados na disciplina experimental QFL-2426 segundo relato dos professores que a ministram. A dificuldade apresentada é compreensível pelo fato de que os mesmos só tiveram contato com conceitos de Físico-Química no ensino médio ou mesmo nos cursos preparatórios para o vestibular, entretanto de forma bem mais resumida e em nível de profundidade diferente da abordada no ensino superior. Devido às mudanças supracitadas e da dificuldade apresentada pelos alunos, foi realizada uma adaptação na disciplina experimental QFL-2426. Incluíram-se colóquios no início de cada um dos dois blocos de experimentos na tentativa de suprir a deficiência conceitual pelo fato da disciplina teórica QFL-2425 não ser mais oferecida. Os colóquios eram divididos em quatro exposições de 40 min. para cada assunto, portanto um tempo total de duas horas e quarenta minutos, ministrados pelos quatro professores docentes da disciplina. Pretende-se avaliar as impressões dos alunos sobre essas mudanças realizadas no curso através de questionários, os quais também serão respondidos pelos professores e monitores. Através da análise do mesmo pretende-se efetuar melhorias no curso para a próxima turma, bem como averiguar se a simples inclusão de um colóquio supre satisfatoriamente a exclusão de uma disciplina teórica como pré-requisito desta disciplina. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram distribuídos questionários para os alunos, professores e monitores (ANEXOS 2 e 3). De um total de 160 alunos, 90 responderam os questionários (56,3%). Com relação aos questionários direcionados aos alunos as questões foram agrupadas por semelhança de critérios, seguindo o raciocínio apresentado na Tabela 2.

Tabela 2: Separação das questões segundo semelhança de critérios.

QUESTÕES CRITÉRIOS 1, 2, 3 e 4 Conceitos Previamente Conhecidos Vs Aprendizado.

5 Avaliação das aulas práticas. 6 Avaliação das aulas teóricas.

7, 8, e 9 Disciplina teórica como pré-requisito.

5

1,10%; 1

18,90%; 27

61,10%; 55

6,70%; 6

1,10%; 1

28,90%; 26

71,10%; 64

0%; 0

23,30%; 21

73,30%; 66

3%; 3

33,3%, 3

87,80%; 79

5,60%; 5

3,30%; 3

Portanto, abaixo são apresentados gráficos indicando a porcentagem e o

número de alunos (x%; número de alunos) que responderam às questões 1, 2, 3 e 4.

QUESTIONÁRIO (Questões de 1 a 4) 1) Como tem sido seu 1) Sem resposta aprendizado no curso? a) Ótimo b) Bom c) Regular d) Ruim

2) Você já havia tido contato 1) Sem resposta com os conceitos químicos abordados no curso? a) Sim b) Não 3) Com relação à questão 1) Sem resposta "2" você acredita que isto interferiu de alguma a) Sim maneira no seu aprendizado? b) Não 4) Em que situação você 1) Sem resposta encontrou mais dificuldade? Por quê? a) Na parte prática b) Na parte teórica

c) Em ambas

No espaço para comentários os alunos fizeram diversas observações relevantes à impressão que tiveram com relação à qualidade dos experimentos (Parte experimental) e das metodologias de ensino aplicadas nesta disciplina (Parte teórica). São informações importantes para um estudo por parte do corpo docente a fim de melhorar a qualidade do curso de Físico-Química Experimental em diversos aspectos. É importante deixar claro que são observações individuais transcritas literalmente para este relatório. Abaixo são apresentados os principais comentários. As questões 1 e 2 foram separadas em pontos positivos e negativos (Tabela 3).

6

Tabela 3: Argumentos positivos e negativos referentes às questões 1 e 2.

QUESTÕES ARGUMENTOS POSITIVOS NEGATIVOS

1

Os laboratórios são didáticos. Não estou absorvendo muito da parte teórica, base teórica é deficiente.

O aprendizado é bom, pois é necessário aprender na prática.

Aprendeu-se mais na hora de fazer o relatório do que nos colóquios.

Aprendi a dispor os dados coletados experimentalmente em um relatório formal e esquematizado.

Faltam aulas teóricas ao invés de colóquios, pois são muito resumidos.

Estou entendendo bem as experiências e como tirar as medidas.

As experiências poderiam ser mais voltadas a fatos corriqueiros, como processos industriais de fabricação de produtos conhecidos, pois isso despertaria mais o interesse dos alunos. Como não temos mais a disciplina teórica no semestre anterior o meu aprendizado ficou prejudicado.

2

Alguns tiveram contato prévio no colégio com parte dos conceitos abordados no curso.

Viu no colégio, mas não com a profundidade abordada no curso.

Alguns tiveram contato com parte dos conceitos, antes da disciplina, na própria faculdade.

Com os colóquios tivemos uma introdução, mas nada muito aprofundado, o que às vezes tornou os experimentos confusos.

Observa-se pela Tabela 3 e pelo gráfico referente à questão 1 que boa parte dos alunos (61%) consideraram que tiveram um bom aprendizado no curso, porém frisando que este aprendizado esteve relacionado com a parte prática, segundo alguns a parte teórica foi deficiente atrapalhando no processo de aprendizagem. Outra observação importante com relação a questão dois é que 71% dos alunos já haviam tido contato com alguns conceitos de química no ensino médio (Gráfico referente a esta questão). Ressaltaram, entretanto que o curso é mais aprofundado e que os conhecimentos prévios do ensino médio auxiliaram em parte. Na Tabela 4 são apresentados os argumentos referentes às questões 3 e 4. Não houve pontos positivos nestas questões.

7

Tabela 4: Argumentos referentes às questões 3 e 4.

QUESTÕES ARGUMENTOS 3

Muito conteúdo novo de uma vez só, faz com que quase nada seja absorvido.

Como não havia tido contato com os conceitos mais avançados a confecção dos relatórios se tornou um pouco mecânica seguindo os roteiros, e não entendendo completamente o que estava fazendo.

4

Dificuldade em fazer o relatório por não ter sido explicado que padrão adotar, apresentação de modelos, etc, e as correções eram subjetivas de cada corretor.

A bibliografia é complicada, para elaborar o relatório os dados da literatura são de difícil localização. O material oferecido continha muitos erros e em alguns a explicação não estava muito clara.

Os colóquios eram cansativos prejudicando o aprendizado, foram superficiais e insuficientes para suprir a parte teórica.

Em alguns momentos, para a realização dos cálculos, o roteiro era um pouco confuso. Sendo necessária muita atenção e o auxílio de colegas que já haviam feito o relatório.

Os colóquios poderiam ter sido mais freqüentes. Tínhamos que aprender em um tempo muito reduzido e pouco tempo para elaborar o relatório.

Não existe uma continuidade no assunto. Na maioria das vezes a matéria é jogada sem a devida introdução. Para fazer o relatório aplicamos as fórmulas da apostila sem saber o sentido e porque assim funcionam.

Os questionários propostos como extras, são bem difíceis e não encontrei muito suporte para respondê-los. Poderia ter aulas de exercícios.

A maioria acredita que o conhecimento prévio interfere no aprendizado (73,3%). Parte dos alunos argumentou de maneira positiva por terem tido contato prévio com conceitos de química, porém outros lembraram que não viram esses conceitos com a profundidade exigida no curso. Já a questão 4 evidenciou a dificuldade dos alunos com relação a parte teórica. Quase 88% dos alunos tiveram dificuldade nesta parte do curso, argumentando que a bibliografia é complicada, que a apostila oferecida contém erros e que os colóquios foram insuficientes para suprir o ensino dos conceitos químicos abordados na disciplina (vide Tabela 4 e gráficos referentes às questões 3 e 4). Para averiguar separadamente a impressão dos alunos com relação às partes teórica e prática são apresentados os gráficos alusivos às questões 5 e 6. São expostos a porcentagem e o número de alunos (x%; número de alunos) que responderam às respectivas perguntas.

8

2,20%; 2

11,10%; 10

51,10%; 46

34,40%; 31

1,10%; 1

32,2%; 29

37,80%; 34

15,60%; 14

3,30%; 3

11,10%; 10

QUESTIONÁRIO (Questões 5 e 6) 5) O que você achou das 1) Sem resposta aulas práticas? a) Ótimo b) Bom c) Regular d) Ruim 6) O que você achou dos 1) Sem resposta colóquios (parte teórica)? a) Ótimo b) Bom c) Regular d) Ruim A Tabela 5 apresenta os argumentos positivos e negativos referentes à questão 5.

Tabela 5: Argumentos referentes as questão 5.

QUESTÃO ARGUMENTOS

5

POSITIVOS NEGATIVOS A atividade prática traz a teoria para a realidade, dando mais dinâmica e entretimento.

Acho bem legal, mas não gosto dos relatórios, pois eles tomam muito tempo de nosso estudo. Alguns equipamentos (peras, conta-gotas, buretas) danificados prejudicam a realização dos experimentos.

Os experimentos são necessários, é onde aprendemos mais.

As experiências são boas, mas o prazo para a entrega do relatório é muito curto, devido os relatórios serem muito longos.

O laboratório está sempre arrumado e limpo, além de os equipamentos estarem em bom estado de conservação, o que facilitou a realização da parte prática. Os laboratórios são bem ministrados e gosto muito deles. Monitores atenciosos e bons equipamentos.

O único problema é a cobrança excessiva por relatórios perfeitos. Ou dêem uma semana para fazer e sejam rígidos ou dois dias e tenham mais paciência. Dois dias é pouco para fazer um relatório da qualidade pedida. Somente os temas não chamaram muita atenção, pois tratavam de assuntos e reações que não estão muito relacionados com a vida prática (a experiência do semorin foi interessante por tratar de um produto existente comercialmente), pode-se, por exemplo, comparar propriedades de produtos comerciais de marcar diferentes, a fim de verificar qual é o mais eficaz.

9

Apesar de alguns problemas na parte experimental 85,5% dos alunos (vide gráfico referente à questão 5) consideraram entre ótimo e bom a realização dos experimentos, bem como a qualidade do laboratório de ensino e da pré-preparação por parte dos professores e técnicos. Muitos consideram a parte prática interessante e importante para a formação como engenheiros, indicando eficiência na parte prática do curso. Entretanto, esta questão já evidencia a necessidade de um modelo de relatório que poderia ser oferecido no início do curso, com os padrões pré-estabelecidos como, por exemplo, títulos de tabelas e gráficos, bem como dos capítulos que separam o relatório. A Tabela 6 apresenta os argumentos positivos e negativos referentes à questão 6.

Tabela 6: Argumentos referentes as questão 6.

QUESTÃO ARGUMENTOS

6

4 horas de teoria é algo total e completamente ineficaz para o aprendizado. É impossível prestar atenção (ainda mais porque ninguém teve contato com as práticas antes dos colóquios). Em minha opinião, com uma aula teórica de 30 min. após cada prática o conteúdo seria muito melhor absorvido. Seriam mais produtivos se não fossem abordados 4 experiências de uma única vez. Poderiam ter sido feitos mais colóquios abordando 2 experiências por vez. Os colóquios são muito densos e longos, o que não estimula os alunos a aprenderem a parte teórica. Os colóquios são uma solução ineficiente. O ideal seria a existência de uma aula teórica. Poderiam ser disponibilizados os slides das aulas ministradas nos colóquios. As aulas dos colóquios foram cansativas demais, se tornaram insuportáveis. Concentrados demais foi muito cansativo e difícil manter a atenção em uma aula de quatro horas. O conteúdo do 1º colóquio foi apresentado muito rápido, sendo, portanto superficial. Isto fez com que muitos alunos não fossem para o 2º colóquio. Eu participei do 1º colóquio e achei muito corrido, a matéria foi “jogado” e eu não entendi direito os assuntos falados, o que me desanimou a participar do segundo.

Complementando as observações relacionadas aos colóquios, tem-se na questão 6 os principais argumentos que mostram que o mesmo não atingiu o objetivo ao ministrar a teoria necessária para a compreensão dos experimentos, 70% dos que responderam classificaram os colóquios como regular e ruim. O principal comentário foi a grande quantidade de conceitos abordados em um curto período de tempo, devido a este motivo os alunos argumentaram que desanimaram para assistir o segundo colóquio, fato comprovado pelo número reduzido de alunos presentes neste último. Posteriormente são apresentados os gráficos referentes às questões 7, 8 e 9.

10

35,60%; 32

57,80%; 52

7%; 6

23,30%; 21

73,30%; 66

3%; 3

41,10%; 37

45,60%; 41

13%; 12

QUESTIONÁRIO (Questões 7, 8 e 9) 7) Você acredita que uma 1) Sem resposta disciplina teórica antece dendo a disciplina expe a) Sim rimental QFL-2426 poderia sanar algumas das b) Não dificuldades encontradas? 8) Os colóquios são suficientes para o aprendizado dos com 1) Sem resposta ceitos teóricos utiliza dos nos experimentos a) Sim e substituem satisfato riamente uma disciplina b) Não teórica antecedendo a disciplina QFL-2426? 9) Até o ano de 2008 era oferecida uma disciplina 1) Sem resposta teórica (Físico-Química XVI – QFL-2425) antece a) Sim dendo a disciplina expe rimental QFL-2426. Você b) Não concorda com a mudança? Por quê? Na Tabela 7 são apresentados os principais argumentos referentes às questões 7 e 8.

Tabela 7: Argumentos referentes às questões 7 e 8.

QUESTÕES ARGUMENTOS 7

Uma matéria com teoria mais abrangente como Química Inorgânica aplicada no 1º semestre onde as aulas práticas eram semanalmente precedidas por aulas teóricas.

Uma disciplina teórica prévia não evidenciaria as dificuldades que são encontradas no laboratório.

Facilitaria na parte teórica haver uma disciplina prévia. Sugestão: Aulas teóricas antes de cada laboratório.

Os colóquios com algumas adaptações devem ser suficientes.

8

Os colóquios são fracos demais. É muito conteúdo concentrado em um tempo muito curto. Deixa a desejar, aprendi quase nada. É ineficaz.

Não estive presente nos colóquios, mas como fiz QFL-2425 posso dizer que 2 aulas de uma tarde inteira substituem tranquilamente QFL-2425.

Foi necessário pesquisar bastante para melhor compreender a matéria, principalmente a parte de termodinâmica.

11

Na Tabela 8 são apresentados os principais argumentos referentes às questões 9.

Tabela 8: Argumentos referentes à questão 9.

QUESTÃO ARGUMENTOS

9

Sim

Nem sim, nem não. Apesar de QFL-2426 ter sido bem feita, muitas das matérias teóricas oferecidas pelo IQ e pela POLI são de péssima qualidade, especialmente química orgânica, sendo no fim das contas indiferente para a nossa formação. Portanto, tudo depende da qualidade de ensino.

A matéria era mal ensinada. O conteúdo era complexo, mas era muito fácil de ser aprovado. Em suma: a matéria não era séria.

Sim, pois é melhor ter menos créditos no primeiro semestre do ano.

No geral a disciplina é interessante, mas precisa de alguns ajustes.

Sim, a pesquisa em livros e os colóquios suprem a necessidade.

Sugestão: juntar QFL-2425 com QFL-2426 em uma só matéria, nos moldes de QFL 2129 (Inorgânica).

Sim, pois os assuntos são retomados.

Não

Sou veterano, cursei tal matéria (QFL-2425), ela era extremamente mal dada. Temos outras disciplinas relativas à físico-química nos anos subseqüentes, matérias estas que tive no 3o ano e me ensinaram de forma satisfatória o conteúdo abordado. Assim, acho que QFL-2425 não era necessária, porém esta matéria (QFL-2426) só tem sentido após as matérias teóricas. Portanto, acho que ou a QFL-2425 deveria ser mais bem dada, ou QFL-2426 deveria ser deixada para o terceiro ano.

Há a necessidade de conceitos teóricos que não são supridos em um dia de colóquio. Além do mais há espaço em nossa grade horária no 1º semestre do 2º ano da Grande Área Química.

A disciplina teórica ajudaria bastante. Fizemos o experimento sem saber com clareza o que estávamos fazendo.

Deveríamos ter físico-química teórica, mas não da maneira como era. É necessário repensar o modo como o conteúdo é dado e avaliado.

Há uma aparente contradição quando se analisam estas três últimas questões. Na questão 7, 58% dos que responderam concordam que deveria haver uma disciplina teórica antecedendo a disciplina QFL-2426. Na oitava questão 65% opinaram que os colóquios não substituem satisfatoriamente uma disciplina teórica antecedendo esta disciplina experimental, porém houve quase um empate na questão 9, sendo que 45% concorda e 41% não concorda com a mudança realizada pela POLI ao retirar a disciplina teórica QFL-2425 da grade horária dos cursos da Grande Área Química. Pode-se relacionar também a resposta da questão 4 com estas últimas perguntas do questionário, nesta questão 88% dos que responderam tiveram dificuldades com a parte teórica do curso.

12

Muitos dos argumentos indicam que houve dificuldades também com a disciplina QFL-2425 que foi oferecida até o ano de 2008. Alguns inclusive propõem uma disciplina que mescle a parte teórica e a parte pratica, porém equilibrando estas duas facetas. Assim, alguns concordam que deveria haver uma disciplina teórica antecedendo a disciplina experimental, mas não nos moldes de como era ministrada (vide Tabelas 7 e 8 e gráficos referentes às questões 4, 7, 8 e 9). Um espaço para livre comentário foi direcionado para opiniões que porventura não tenham sido abordados nas questões anteriores. A Tabela 9 apresenta esses comentários.

Tabela 9: Argumentos referentes a comentários adicionais.

Comentários Adicionais

ARGUMENTOS Houve algumas incoerências nas correções de relatórios, como descontar absurdos devido às casas decimais ou outros “errinhos”, assim como relatórios muito parecidos com notas discrepantes. Não deveria haver diferenças nos critérios de correção dos relatórios. Seria interessante uma avaliação mais uniforme nas diferentes turmas, com critérios de correção de relatórios semelhantes por parte dos monitores. Percebi que na correção dos relatórios há alguns pontos divergentes entre os corretores. Com isso, encontrei dificuldade em saber qual seria o relatório “ideal” a ser apresentado futuramente. Critérios de correção variam muito entre os monitores (sugestão: disponibilizar no início do curso um documento contendo padrões e formatos a serem seguidos, nos relatórios, como posição e legenda das tabelas e gráficos, divisão exata dos “capítulos”, etc). Deve-se apresentar no começo do curso um padrão de relatório a ser seguido. Vários detalhes não foram ditos como, por exemplo, títulos de tabelas e gráficos e como fazer, citar e utilizar a bibliografia. E por isso, às vezes, perdemos pontos injustamente. Deveriam ser dados mais exercícios para que os alunos fixassem bem os conceitos de Físico-Química. Resolução de exercícios em sala de aula auxiliaria também nos estudos. As aulas de laboratório são muito boas, as experiências estão sempre organizadas e é dado todo apoio aos alunos, os professores e monitores são atenciosos e prestativos. Eu acho que a POLI e o IQ têm uma séria dificuldade de comunicação, e por causa disso todos nós sofremos muito, alunos e professores. Existe um problema parecido em Química Orgânica. Resolvam isso, por favor!

A principal observação realizada pelos alunos foi com relação à correção dos relatórios, bem como da necessidade da apresentação de um modelo claro sobre como elaborar os mesmos. Havia 9 monitores no curso, que segundo boa parte dos alunos, possuíam critérios diferentes de correção, uns mais rígidos que outros, dessa maneira aqueles que tiveram uma correção mais detalhada se sentiram prejudicados em relação aos colegas.

13

18,20%; 2

81,80%; 9

Houve também mais de um aluno que sugeriu a elaboração de mais exercícios para estudo e inclusive resolução de exercícios em sala de aula. Muitos, porém frisaram que se deve oferecer um modelo de relatório no início do curso. Já havia um texto na apostila explicando de maneira geral o que deveria haver no relatório (reproduzido abaixo). Texto existente na apostila com as normas para elaboração do relatório: RELATÓRIOS. O RELATÓRIO CONSISTIRÁ DOS OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA, DA INTRODUÇÃO CONSISTINDO DA APRESENTAÇÃO DE TODA TEORIA ENVOLVIDA NO PROCEDIMENTO, APRESENTADA DE FORMA CLARA E SUCINTA. NELE DEVERÁ CONSTAR TAMBÉM A APRESENTAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS NO EXPERIMENTO E O TRATAMENTO DE DADOS ASSOCIADOS A ELES COM A SUA RESPECTIVA CONCLUSÃO. O RELATÓRIO SERÁ EM DUPLA E DEVERÁ SER ENTREGUE EM ATÉ DOIS DIAS APÓS A PRÁTICA.1 Foi incluído no anexo deste trabalho (Anexo 1) um modelo mais detalhado que poderá ser utilizado pelos docentes do curso. Como monitor e por ter corrigido diversos relatórios deste curso acredito que isto facilitará no processo de aprendizagem dos alunos, já que tendo um modelo poderão ser cobrados de forma mais justa e ficará mais claro para os mesmos como elaborar um relatório. Como observação final, dos 90 alunos que responderam ao questionário de avaliação apenas 12 alunos não fizeram nenhum comentário adicional, restringindo-se a marcar as alternativas. Isto mostra de maneira geral que são alunos interessados, que se importam com a melhoria deste curso experimental devido à importância do mesmo, já que oferece um contato mais direto com conceitos muitas vezes abstratos para serem compreendidos apenas em sala de aula, bem como com o hábito na elaboração de relatórios científicos. Com relação ao relatório direcionado aos professores e monitores serão separadas as observações de cada grupo. O objetivo da elaboração deste questionário foi o complemento da análise do curso com uma visão crítica daqueles que elaboraram e ofereceram o curso, bem como dos monitores que também tiveram contato com alunos através das aulas experimentais e da correção dos relatórios. Abaixo se encontram as questões deste segundo questionário. 1) Em que parte os alunos apresentaram maior problema? Quais foram as principais dificuldades?

a) Parte teórica

b) Parte experimental

14

11,1%, 1

33,30%; 3

55,60%; 5

0,00%; 0

66,7%; 2

33,30%; 1

0,00%; 0

0,00%; 0

80,00%; 8

20,00%; 2

2) Com relação à elaboração dos relatórios como foi o rendimento dos alunos? a) Ótimo

b) Bom

c) Regular

d) Ruim

3) Como foi o rendimento dos alunos na prova teórica (Professores)? a) Ótimo

b) Bom

c) Regular

d) Ruim

4) Até o ano de 2008 era oferecida uma disciplina teórica (Físico-Química XVI – QFL-2425) antecedendo a disciplina experimental QFL-2426. Você concorda com a mudança? Por quê? a) Sim

b) Não

É importante observar que a questão 3 foi respondida somente pelos professores, e que algumas questões foram marcadas em mais de um item. A Tabela 10 apresenta os principais comentários individuais literalmente apresentados pelos professores com relação às questões 1, 2 e 3.

Tabela 10: Observações referentes às questões 1, 2 e 3.

QUESTÕES COMENTÁRIOS

1

Parte teórica, pois não tiveram a disciplina teórica de Físico-Química. Na parte teórica, através da media da 1ª prova (4,3), pode-se notar um desempenho muito ruim. Em relação ao laboratório, embora bem comportados, atenciosos, muitos dos alunos se mostraram desanimados. A parte teórica foi a de maior problema para os alunos, pois não participaram dos colóquios e nem liam as apostilas fornecidas no curso.

2

Foi dado aos alunos todos os subsídios necessários a um bom relatório. Em geral o rendimento foi bom.

3

Tiveram apenas duas aulas (colóquios) nas quais o comparecimento dos alunos foi muito baixo (4 a 5 alunos de uma turma de 40). Foi regular, pois os alunos não se preparam adequadamente (a prioridade para os diferentes cursos do semestre não é a mesma).

Observa-se claramente através dos gráficos e comentários que os alunos tiveram um desempenho ruim na parte teórica do curso. A turma apresentou uma média baixa (4,3) evidenciando esta dificuldade. A Tabela 11 apresenta os argumentos apresentados para a questão 4.

15

Tabela 11: Argumentos referentes à questão 4.

COMENTÁRIOS (Questão 4) Para realizar um bom laboratório de Físico-Química são necessários conhecimento de: - 1º e 2º Princípios da Termodinâmica e equilíbrio - Eletroquímica – Condução Iônica etc. - Cinética Química - Química de superfície – Adsorção, etc. O resultado da exclusão é claramente visto: os alunos foram mal na prova teórica e se mostraram desinteressados. Aparentemente os alunos não estão se queixando de ter ocorrido esta mudança, entretanto faltou consultar os professores envolvidos no curso, e explicar corretamente qual a finalidade que objetivou a mudança. Só assim é possível questionar adequadamente a mudança.

A Tabela 12 apresenta comentários da questão 5 que tratava-se de um espaço livre para comentários e opiniões que porventura não tenham sido abrangidos nas questões anteriores.

Tabela 12: Comentários livres referentes à questão 5.

COMENTÁRIOS (Questão 5) A idéia como coordenadora da disciplina é levar os resultados deste questionário aos professores da Poli para que tomem providências no sentido de mudar o quadro atual, quer restabelecendo Físico-Química Teórica (QFL-2425), quer transformando QFL-2426 em uma disciplina teórico-experimental com mais créditos, ou outra resolução plausível. A mudança de mentalidade entre as gerações passadas e futuras e as facilidades tecnológicas associadas ao dia a dia das pessoas, resulta em uma maior praticidade e na obtenção de resultados rápidos e precisos. É isso que o aluno de ciências exatas (em geral) esperaria do curso. Entretanto, o excesso e facilidade à informação (teórica) acabam sobrecarregando os alunos. A carga horária é relativamente grande durante os semestres (o aluno recebe muita informação e não consegue muitas vezes aproveitá-la a contento, cada professor exige uma maior dedicação), além de ter os problemas inerentes de sua vida privada (os familiares, seu lazer, transporte, saúde, situação financeira, disciplina, etc...). Até qual ponto isto pode ser levado em conta na preparação de um curso? Qual a motivação que leva ao aluno a ingressar na universidade (exigência do mercado de trabalho; obter uma boa situação financeira; ser bem sucedido em suas tarefas, etc.). Até que ponto a individualidade é obedecida (pois cada aluno tem um ritmo de trabalho e uma capacidade para resolver suas tarefas). O aluno é orientado corretamente na escolha de sua profissão, ou é induzido pela falta de ofertas?

As observações das questões 4 e 5 ratificam a necessidade urgente do curso QFL-2426 ser repensado e reestruturado a fim de cumprir com seus objetivos enquanto componente da grade horária dos cursos da Grande Área Química. Abaixo são apresentados os principais argumentos dos monitores a respeito das questões já apresentadas. A Tabela 13 apresenta os principais comentários apresentados pelos monitores com relação à questão 1.

16

Tabela 13: Observações referentes à questão 1.

COMENTÁRIOS (Questão 1) Como os alunos não tiveram a disciplina teórica, e poucos foram aos colóquios não há uma boa relação entre teoria/prática. O processo experimental é completamente mecânico, sem um pensamento das causas e conseqüências científicas, o mais importante para eles é terminar o experimento. Acredito que a exclusão da disciplina teórica pela POLI prejudicou os alunos. Os colóquios não suprem a demanda teórica exigida no curso para uma compreensão mais completa dos experimentos. Parte experimental: não era cobrado dos alunos ler os procedimentos antes dos experimentos, então eles chegavam "perdidos" sem saber o que iria ser feito e que assunto iriam tratar. Os alunos apresentaram maior problema na parte teórica, o que foi comprovado a partir do desempenho deles nas provas. No experimento sobre complexação a maior parte não tinha conhecimento sobre espectroscopia eletrônica, além disso, muitos tinham bastante dificuldade na parte de equilíbrios químicos. Não foram efetuados relações entre as medidas no ato do experimento com conceitos fundamentais envolvidos.

A Tabela 14 apresenta os principais comentários apresentados pelos monitores com relação à questão 2.

Tabela 14: Observações referentes à questão 2.

COMENTÁRIOS (Questão 2) Mesmo após muitos relatórios elaborados os alunos ainda cometem erros básicos. Acredito que a principal dificuldade é que as normas de elaboração de relatórios contidas na apostila oferecida pelo curso são muito resumidas. Os alunos ficaram "perdidos" ao redigirem os relatórios. Cheguei a pegar relatórios em que a introdução era apenas uma cópia, na íntegra, de textos da Internet, de sites como Wikipédia. No início houve problemas relacionados à estrutura dos relatórios, o que logo foi corrigido. Acho que deveria ter uma aula no lugar dos colóquios, de como escrever relatórios. A introdução geralmente era uma cópia da apostila ou da internet, não discutiam os resultados e a conclusão é inadequada, discutem somente erros. Eles não relacionam os experimentos com conceitos importantes e fundamentais. Os resultados obtidos nos experimentos foram bons, o problema esta na discussão do que foi realizado, nos conceitos envolvidos no experimento. A discussão dos resultados é muito vaga, há apenas comentários de porque fizeram tal procedimento, mas sem nenhuma discussão dos resultados obtidos, do porque chegaram a esses números. O fato de não lerem para fazer a introdução afeta o desempenho no desenrolar da discussão. O desempenho foi regular e foi observado que na parte da introdução a maioria dos grupos apenas copiava conteúdos que estavam na internet.

17

A Tabela 15 apresenta os principais comentários apresentados pelos monitores com relação à questão 4.

Tabela 15: Observações referentes à questão 4.

COMENTÁRIOS (Questão 4) Porque se observou na prática que foi extremamente prejudicial ao aprendizado, afetando inclusive o interesse dos alunos. Um colóquio de 40 minutos não é suficiente na transmissão de conceitos que são ministrados em um ou dois meses em um curso teórico semestral. Acho que poderia não haver a disciplina teórica, mas a disciplina experimental deveria ser reformulada. O que poderia mudar em minha opinião: Muitos experimentos abordam os mesmos conceitos, minha sugestão seria diminuir o número de experimentos e aplicar um colóquio antes de cada experimento. Os alunos chegam completamente despreparados do ponto de vista teórico nesta disciplina. Estes conteúdos defasados são fundamentais para um bom rendimento e melhor aproveitamento do experimento. Observamos que há uma defasagem dos alunos quanto aos conhecimentos teóricos envolvidos nas práticas de físico-química, pois nos relatórios vemos que eles não conseguem explicar com clareza os conceitos e muitas vezes apenas copiam o que encontram em livros ou na internet. Acredito que a disciplina teórica iria suprir esta dificuldade com mais êxito que os colóquios. A mudança no currículo afetou negativamente o desempenho dos alunos, uma vez que sem a fixação e compreensão da parte teórica é muito difícil conseguir um bom rendimento na parte experimental, pois esta é dependente de conceitos prévios. Como os alunos não participaram dos colóquios faltaram conceitos importantes na discussão dos resultados e na elaboração do relatório.

A Tabela 16 apresenta os principais comentários apresentados pelos monitores com relação à questão 5.

Tabela 16: Observações referentes à questão 5.

COMENTÁRIOS (Questão 5) Eu acredito que a disciplina teórica é muito importante, e que ela não deveria deixar de ser oferecida aos alunos, já que eles não compreendem bem o que estão fazendo e o porquê de estarem fazendo os experimentos. A parte prática do curso é muito boa e eficiente ao atingir o objetivo de realização e entendimento da parte experimental.

Como era esperado observa-se que a opinião dos monitores do curso segue o mesmo padrão. Primeiramente, fortalece a constatação de que os colóquios como foram organizados não são suficientes para suprir a demanda teórica exigida no curso pelo curto tempo disponível para a transmissão dos conceitos necessários para uma compreensão mais ampla dos experimentos. Esta pode ser uma das razões de ter sido observado que os alunos executavam os experimentos de forma mecânica, sem questionar muito a respeito dos procedimentos experimentais adotados e sobre os conceitos fundamentais envolvidos. Alguns se apresentavam desanimados e não muito empolgados com o aprendizado decorrente da parte prática, importantes para a solidificação de conceitos Físico-Químicos essenciais para a formação de um profissional de engenharia.

18

Outra constatação era a dificuldade com relação à elaboração dos relatórios. Muitos alunos apresentavam dificuldade em discutir os resultados obtidos, se restringindo a dizerem quais poderiam ter sido as principais fontes de erros que geraram resultados não esperados. Devido a esta observação recorrente este projeto incluiu um modelo mais detalhado de relatório que poderá ser apresentado juntamente com a apostila no início do curso. Também gerou grande preocupação o fato de muitos alunos simplesmente copiarem textos na íntegra de sites da internet na elaboração da introdução dos relatórios, principalmente Wikipédia2, além de que mesmo os que se preocupavam em escrever com as próprias palavras raramente utilizavam livros. Duas opiniões prevaleceram de maneira a sanar os problemas supracitados, a de retornar com a disciplina teórica QFL-2425 oferecida antes da disciplina experimental QFL-2426 ou reestruturar a disciplina experimental QFL-2426 atual tornando-a uma disciplina teórico-experimental, ou seja, diminuindo a carga horária dos experimentos e aumentando a carga horária da parte teórica e mesmo aumentando os créditos. CONCLUSÃO

O projeto atingiu o objetivo de averiguar o aprendizado dos alunos, bem como se as alterações realizadas no curso foram positivas ou negativas para a formação dos mesmos. Constatou-se que a adaptação realizada, a inclusão de colóquios de 40 minutos para suprir a deficiência teórica advinda da exclusão da disciplina Físico-Química XVI - QFL-2425 da grade horária da Grande Área Química, não foi suficiente. Os alunos apresentaram dificuldades com a parte teórica, dessa forma este projeto reforça a opinião da maioria sobre o fato de que será necessário estudar maneiras de sanar os problemas observados, pois afetou diretamente a formação acadêmica dos alunos de engenharia, prejudicando a solidificação de conceitos físico-químicos importantes para o conhecimento de um engenheiro. Outra constatação importante foi a dificuldade apresentada na elaboração de relatórios com relação à dúvida constante dos alunos em que padrão adotar. No anexo encontra-se uma proposta de apresentação mais detalhada sobre o padrão a ser adotado pelos alunos. Dessa maneira poderão ser cobrados de maneira mais eficiente e evitará que continuem a repetir erros mesmo após elaborarem vários relatórios. Por fim, reforça-se novamente a urgente necessidade de discussão dos professores de ambas as unidades (Química e Engenharia) para reestruturar o curso diferentemente do modelo atual, ou retornar com a disciplina teórica QFL-2425 oferecida anteriormente à disciplina experimental QFL-2426.

19

BIBLIOGRAFIA

1 – Apostila oferecida pelos professores do curso QFL-2426 no início do período letivo, 2009. 2 – www.wikipedia.com, 2009.

ANEXOS

1 – MODELO DE RELATÓRIO;

2 – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS ALUNOS

3 – QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS PROFESSORES E MONITORES

20

ANEXO 1

MODELO DE RELATÓRIO

CAPA

- Nome da Universidade

- Nome do Instituto

- Nome do Professor

- Título do Experimento

- Nome dos Integrantes do Grupo

- Turma e Grupo

- Data

PS. Não necessariamente nesta ordem.

1) OBJETIVOS

Descrição breve e direta dos principais objetivos a serem contemplados com a realização do experimento. Pode conter apenas um parágrafo, no máximo dois.

2) INTRODUÇÃO

Apresentação dos conceitos utilizados para a compreensão do experimento e para a explicação dos resultados, exposição de exemplos incluindo aplicações da técnica em outras áreas, inclusive na indústria, exemplificando com figuras, etc. Deve apresentar no mínimo uma página.

PS. Quando realizar consultas na Internet, ler os textos e elaborar a introdução com as próprias palavras. Nunca copiar literalmente um texto, se for necessário realizar uma cópia na íntegra de parte de uma frase, por exemplo, deve-se colocar a frase entre aspas e citar de qual referência foi retirado.

3) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Descrição pormenorizada de todo procedimento experimental adotado, porém de forma concisa. Devem ser incluídas: preparação e diluição de soluções, pesagem de massas, medidas de volumes, etc (entretanto, não incluir neste item os dados resultantes dessas medidas, as quais devem ser expostas somente em “RESULTADOS E DISCUSSÃO”).

Nesta descrição apresentar os equipamentos, materiais e vidrarias empregados na

realização do procedimento, podendo neste caso serem utilizadas figuras com esquemas simplificados. Não expor neste item nenhum resultado obtido, somente descrever o procedimento. Não tem limite de tamanho.

4) RESULTADOS E DISCUSSÃO

Parte mais importante do relatório. Neste ponto serão expostas todas as medidas realizadas, tratamento dos dados, e todos os resultados obtidos ao final. Esses dados devem ser expostos de forma organizada através de tabelas e gráficos.

21

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,01,41

1,42

1,43

1,44

1,45

1,46

1,47

1,48

1,49

1,50

Y =1,41845+0,06339 X+0,00756 X2

R2 = 0,999

Índi

ce d

e R

efra

ção

Fração em mol de metilcicloexano

Os mesmos deverão ser discutidos e explicados impreterivelmente, se coerentes com o esperado e principalmente se não forem coerentes. Neste último caso o grupo deverá explicar as possíveis fontes de erros que podem ter gerado tais resultados ruins. A discussão deve ser feita neste momento e só retomada de maneira resumida na conclusão. Abaixo se encontram modelos de como devem ser elaboradas tabelas e figuras. Não tem limite de tamanho.

MODELO DE TABELAS

Tabela 1. Resultados das massas pesadas, em gramas, frações molares dos solventes tolueno

(XTOLUENO) e metilcicloexano (XMETILCICLOEXANO), bem como valores de índices de refração (n),

adimensional, para os solventes puros e para as misturas 1, 2, 3 e 4 entre os respectivos

solventes.

Massa de tolueno

Massa de metilcicloexano

XTOLUENO XMETILCICLOEXANO

n*

Tolueno --------- --------- 1,00 0,00 1,...

1 2,174 0,396 0,86 0,14 1,... 2 1,728 0,767 0,70 0,30 1,... 3 0,884 1,511 0,38 0,62 1,... 4 0,462 1,934 0,20 0,80 1,...

Metilcicloexano ----------- --------- 0,00 1,00 1,... *valores (fictícios) medidos à 30°C.

O título de tabelas sempre é colocado na parte superior, este deve explicar todos os itens contidos na mesma, incluindo símbolos para facilitar a leitura, explicitando as unidades das medidas, etc.

O título deve deixar claro toda a informação contida na tabela, nada contido na mesma deve ser considerado como subentendido ou óbvio, como exemplificado na Tabela 1. Podem ser incluídos comentários na parte inferior da tabela como indicado em "*".

MODELO DE FIGURAS

Figura 1: Gráfico da dependência linear entre o índice de refração (adimensional) e a

fração molar (adimensional) de metilcicloexano, bem como a equação obtida através

da linearização dos dados.

22

Figura 2: Equipamento semelhante ao utilizado na destilação fracionada da mistura tolueno-metilcicloexano com a descrição de cada componente.1

O título de figuras deve ser colocado na parte inferior descrevendo os eixos, unidades, no caso de gráficos (Figura 1), ou descrevendo o que está sendo exposto na figura como na descrição de equipamentos (Figura 2). No exemplo 2 é exposto o equipamento utilizado na realização de uma destilação fracionada entre a mistura azeotrópica tolueno-metilcicloexano.2,3,4 As figuras sempre possuem a função de explicitar de maneira mais clara uma explicação contida no texto, portanto devem sempre ser citadas como indicado neste parágrafo e estarem posicionadas logo após ou logo antes da citação.

5) CONCLUSÃO

Neste capítulo será feita uma análise crítica sobre o experimento como um todo, primeiramente observando se os objetivos foram alcançados, se a metodologia é adequada, quais as principais dificuldades e cuidados na execução da mesma, quais as principais dificuldades do grupo na parte prática que pode ter favorecido a geração de erros na obtenção dos resultados, etc. Inclusive na conclusão pode ser realizados comentários sobre formas de melhorar o experimento, tanto quanto a execução quanto à eficiência. Explicitam-se por fim todas as possíveis fontes de erros. Contém normalmente dois ou três parágrafos.

23

6) BIBLIOGRAFIA

1 – Figura de Medeiros, M. A. http://www.quiprocura.net/separa_mistura2.htm, 2009.

2 – McCabe, W. Unit Operations in Chemical Engineering, 3a Ed., Ed. McGraw-Hill Education, 1993.

3 – Daniels, F.; Williams, J. W.; Bender, P.; Alberty, R. A.; Cornwell, C. D.; Harriman, J. E. Experimental Physical Chemistry, Ed. McGraw-Hill Education, 1970.

4 – Quiggle, D.; Fenske, M. R. J. Am. Chem. Soc. vol. 59, 1937, pg. 1829.

5 – http://www.firb.br/abntmonograf.htm, 2009.

Neste item são expostas todas as fontes de informações utilizadas pelo grupo para a compreensão e elaboração dos cálculos ou explicação dos conceitos e exemplificação de aplicações expostos na introdução ou ao longo do texto. As mesmas devem ser numeradas e citadas conforme forem sendo utilizadas no decorrer do texto. A forma de exposição das referências expostas acima são padronizadas e fixas por normas rígidas que sempre devem ser seguidas em textos de divulgação científica.5 Não tem limite de tamanho.

******************************************************************************

Observações Gerais

Nunca escrever o relatório na primeira ou terceira pessoa.

Os títulos dos itens que organizam o relatório (Objetivo, Introdução, etc.)

são adotados como padrão. Crie subtítulos se achar conveniente, mas não

altere esses títulos.

Adotar parâmetros básicos na elaboração de um texto como revisão de

erros gramaticais, bem como cuidado com a estrutura geral do documento

como justificar e alinhar a escrita.

Quanto mais objetiva, sucinta e clara for a exposição das idéias a respeito

do experimento, melhor será considerado um relatório científico. Lembrar

sempre que a função de um relatório é que outros possam a partir do mesmo

repetir o experimento e obter resultados coerentes com os obtidos.

Podem ser incluídos anexos quando necessário, sendo incluídos após

Bibliografia.

******************************************************************************

24

ANEXO 2

QFL-5925

Prática de Ensino de Química e Bioquímica

Coordenadora: Profa. Dra. Denise Freitas Siqueira Petri

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

ALUNOS

Monitoria:

Físico-Química Experimental XVII – QFL-2426

Coordenadora: Profa. Dra. Sílvia Maria Leite Agostinho

José Carlos Barreto de Lima

Número USP: 6755855

25

Questionário

Alunos

AVALIAÇÃO DO CURSO QFL-2426

O questionário refere-se à avaliação das práticas pedagógicas relativas à disciplina QFL-2426 –

Físico-Química Experimental XVII. Pretende-se promover melhorias no curso através da opinião dos alunos, professores e monitores. Pede-se que os alunos explicitem e expliquem as principais dificuldades encontradas e o que poderia ser feito para saná-las. Obrigado por contribuir.

1) Como tem sido seu aprendizado no curso?

a) Ótimo Comentários:

b) Bom ______________________________________________________________

c) Regular ______________________________________________________________

d) Ruim ______________________________________________________________

2) Você já havia tido contato com os conceitos químicos abordados no curso?

a) Sim Comentários:

b) Não ______________________________________________________________

3) Com relação à questão 2 você acredita que isto interferiu de alguma maneira no seu aprendizado?

a) Sim Comentários:

b) Não ______________________________________________________________

4) Em que situação você encontrou mais dificuldade? Por quê?

a) Na parte prática Comentários:

b) Na parte teórica __________________________________________________

c) Em ambas __________________________________________________

5) O que você achou das aulas práticas?

a) Ótimo Comentários:

b) Bom ______________________________________________________________

c) Regular ______________________________________________________________

d) Ruim ______________________________________________________________

26

6) O que você achou dos colóquios (parte teórica)?

a) Ótimo Comentários:

b) Bom ______________________________________________________________

c) Regular ______________________________________________________________

d) Ruim ______________________________________________________________

7) Você acredita que uma disciplina teórica antecedendo a disciplina experimental QFL-2426 poderia

sanar algumas das dificuldades encontradas?

a) Sim Comentários:

b) Não ______________________________________________________________

8) Os colóquios são suficientes para o aprendizado dos conceitos teóricos utilizados nos experimentos e substituem satisfatoriamente uma disciplina teórica antecedendo a disciplina QFL-2426?

a) Sim Comentários:

b) Não ______________________________________________________________

9) Até o ano de 2008 era oferecida uma disciplina teórica (Físico-Química XVI – QFL-2425) antecedendo a disciplina experimental QFL-2426. Você concorda com a mudança? Por quê?

a) Sim Comentários:

b) Não ______________________________________________________________

10) Este espaço é livre para comentários e opiniões que porventura não foram abrangidos nas questões anteriores.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

27

ANEXO 3

QFL-5925

Prática de Ensino de Química e Bioquímica

Coordenadora: Profa. Dra. Denise Freitas Siqueira Petri

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

MONITORES E PROFESSORES

Monitoria:

Físico-Química Experimental XVII – QFL-2426

Coordenadora: Profa. Dra. Sílvia Maria Leite Agostinho

José Carlos Barreto de Lima

Número USP: 6755855

28

Questionário

Professores e Monitores

AVALIAÇÃO DO CURSO QFL-2426

O questionário refere-se à avaliação das práticas pedagógicas relativas à disciplina QFL-2426 – Físico-Química Experimental XVII. Pretende-se promover melhorias no curso através da opinião dos alunos, professores e monitores. Pede-se que monitores e professores explicitem e expliquem as principais dificuldades observadas. Obrigado por contribuir.

1) Em que parte os alunos apresentaram maior problema? Quais foram as principais dificuldades?

a) Parte teórica Comentários:

b) Parte experimental ______________________________________________

2) Com relação à elaboração dos relatórios como foi o rendimento dos alunos?

a) Ótimo Comentários:

b) Bom ______________________________________________________________

c) Regular ______________________________________________________________

d) Ruim ______________________________________________________________

3) Como foi o rendimento dos alunos na prova teórica (Professores)?

a) Ótimo Comentários:

b) Bom ______________________________________________________________

c) Regular ______________________________________________________________

d) Ruim ______________________________________________________________

4) Até o ano de 2008 era oferecida uma disciplina teórica (Físico-Química XVI – QFL-2425) antecedendo a disciplina experimental QFL-2426. Você concorda com a mudança? Por quê?

a) Sim Comentários:

b) Não _________________________________________________________

5) Este espaço é livre para comentários e opiniões que porventura não foram abrangidos nas questões anteriores.