Upload
mariveiga
View
179
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCIÊNCIAS CONTÁBEIS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALCONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL
Uruguaiana2012
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUALCONTABILIDADE, ORÇAMENTO E DIREITO EMPRESARIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual individual.
Orientador: Equipe de Professores do 2º Semestre.
Uruguaiana2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 04
1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO............................................................................. 05
2. ORÇAMENTO FLEXIVEL.............................................................................................. 07
3 DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS À LEI 6.404/76..................................................... 07
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL.......................................................................................... 08
3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO................................................... 10
3.3 DEMOSNTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO............................... 11
3.4 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA.................................................................. 12
3.5 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO.................................................................... 13
4. APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS NAS ATIVIDADES CONTABEIS..................... 13
5. ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR...................................................................................... 14
6. ESTATÍSTICA DESCRITIVA ................................................................................................. 14
7. SOCIEDADE ANÔNIMA .................................................................................................... 15
8. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL.................................................................................. 16
9. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E LANÇAMENTO........................................................................ 17
10. TRIBUTOS EMPRESARIAIS: ICMS, IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................ 17
3 CONCLUSÃO....................................................................................................... 18
4 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 20
1 INTRODUÇÃO
A contabilidade possui diversas áreas de conhecimento e todas são de extrema
importância, conhecer pontos essenciais do trabalho que será exercido pelos futuros
contadores é vital para nossa formação profissional, nesse sentido este trabalho tem como
objetivo demonstrar a importância do planejamento financeiro, apontar as principais
demonstrações contábeis e também suas finalidades, indicar a contribuição da estatística
para facilitar o trabalho, dentre outros assuntos. Ao longo do trabalho poderá ser percebida
a importância embasamento teórico para a formação profissional.
1. Planejamento Financeiro
Planejar significa traçar metas, é um trabalho de preparação para realização de
qualquer empreendimento. O planejamento é uma ferramenta administrativa que
demonstra a realidade (baseado em projeções/análises estatísticas) e permite a avaliação
dos caminhos futuros, permite a organização e a definição de ações a serem realizadas.
O termo financeiro tem o sentido de circulação e gestão de dinheiro e de outros
recursos líquidos, segundo Mandelli (2010) quando falamos de finanças, pode-se dizer que é
um método de administração dos recursos disponíveis, encaixando-se no meio empresarial
ou particular, discutindo-se a distribuição e aplicação dos recursos, seja ele um salário de
especifica pessoa ou faturamento de uma organização. O conceito de planejamento
financeiro tem a junção dos dois termos levados a um ambiente empresarial.
O planejamento financeiro deve estabelecer a forma sob a qual os objetivos
financeiros devem ser alcançados, conforme Gitman (1997) o planejamento financeiro é um
aspecto muito importante para o funcionamento e sustentação de uma empresa, pois
oferece roteiros para dirigir, coordenar e controlar as ações na consecução de seus
objetivos, afirma ainda que dois aspectos-chave do planejamento financeiros são o
planejamento de caixa e de lucros, o primeiro envolve o planejamento do orçamento de
caixa da empresa, o planejamento de lucros é normalmente realizado por meio de
demonstrativos financeiros projetados, os quais são uteis para fins de planejamento interno.
O planejamento financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no
decorrer do tempo, um bom planejamento financeiro exige também que haja previsão do
que pode ocorrer caso o planejado não ocorra, sendo assim, o principal objetivo do
planejamento financeiro é traçar caminhos, evitar surpresas e desenvolver planos
alternativos. Lución (2005) afirma que um bom planejamento financeiro é a forma de
garantir que os objetivos e planos traçados em relação às áreas particulares de operação da
empresa sejam viáveis e internamente coerentes. O planejamento financeiro ajuda a
estipular metas, deixando os gestores motivados, oferecendo os mecanismos para avaliação
dos resultados. Conforme Braga (1992) o planejamento financeiro compreende a
programação avançada de todos os planos da administração financeira e a integração e
coordenação desses planos com os planos operacionais de todas as áreas da empresa.
Entende-se, portanto que o planejamento financeiro é realizado em duas etapas, a
longo prazo e a curto prazo. Gitman (1997) afirma que os planos financeiros a longo prazo
são ações projetadas para um futuro distante, acompanhado da previsão de seus reflexos
financeiros. Tais planos tendem a cobrir um período de dois a dez anos, sendo comumente
encontrados em planos quinquenais que são revistos periodicamente à luz de novas
informações significativas. O planejamento financeiro a longo prazo ajuda a ordenar as
alternativas, priorizar objetivos e dar uma direção as empresas, segundo Lución (2005) a
falta de planejamento financeiro a longo prazo é o principal motivo das dificuldades e
falência das empresas.
Planejamento financeiro a curto prazo são ações de períodos curtos geralmente de
um ou dois anos, Lución apud Ross (2005) afirma que as finanças a curto prazo consistem em
uma análise das decisões que afetam os ativos e passivos circulantes, com efeitos sobre a
empresa dentro do prazo de um ano, afirma ainda que as decisões financeiras a curto prazo
são mais fáceis, mas não menos importantes que as de longo prazo. As atividades
relacionadas à elaboração do planejamento financeiro de curto prazo têm como objetivo
preparar as projeções do fluxo de caixa, também denominada orçamento de caixa, e as
projeções das demonstrações financeiras, Demonstração de Resultados e o Balanço
Patrimonial.
O Planejamento de caixa ou orçamento de caixa é uma ferramenta do planejamento
financeiro de curto prazo, conforme Gitman (1997) o orçamento de caixa ou projeção de
caixa é um demonstrativo dos fluxos das entradas e saídas projetadas de caixa da empresa,
usado para estimar suas necessidades de caixa a curto prazo, segundo o mesmo, o
orçamento de caixa permite prever as necessidades de caixa de caixa da empresa a curto
prazo, a elaboração de vários orçamentos de caixas é uma das alternativas para reduzir o
risco de previsões errôneas.
Ao longo do desenvolvimento do planejamento financeiro verifica-se a necessidade
de se cruzar o planejamento com sua execução real, o controle do andamento do que foi
planejado com o que está sendo executado é extremamente importante para que não haja
desvio do foco, seguir o que está planejado é a melhor maneira de alcançar os objetivos
propostos, tão importante quanto planejar é controlar, pois através do controle é possível
prever os cenários futuros e corrigir erros quando necessário, desde que haja planos
alternativos para isso.
2. Orçamento Flexível
Orçamentos são formas de planejar como aplicar os recursos, Santos e Bazoli (2009)
afirmam que hoje em dia o orçamento é a ferramenta contábil comum que as empresas
usam para planejar e controlar o que elas precisam fazer para satisfazer seus clientes e ter
sucesso no mercado, desta forma fornecem ainda mais um padrão de resultados financeiros
que uma empresa espera ter de suas atividades planejadas. Basicamente existem dois tipos
clássicos de orçamentos, são eles o Estático e o Flexível. O orçamento estático é o
orçamento mais comum. Elaboram-se todas as peças orçamentárias a partir da fixação de
determinados volumes de produção ou vendas. Esses volumes, por sua vez, também
determinarão o volume das demais atividades e setores da empresa. O orçamento é
considerado estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração
nas peças orçamentárias. [CONCEITOS E TIPOS DE ORÇAMENTOS].
Orçamento flexível é um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a
qualquer nível de atividades, no orçamento flexível ao invés de um único número
determinado de volume de produção ou de vendas, a empresa admite uma faixa de nível de
atividades, em que tendencialmente se situarão tais volumes de produção ou venda. A base
para a elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e variáveis.
Os custos variáveis seguirão o volume de atividade, enquanto os custos fixos terão o
tratamento tradicional.
3. Demonstrações Obrigatórias à lei 6.404/76
As demonstrações contábeis tem importante papel na “vida” das empresas, elas servem
para evidenciar diversos aspectos da empresa, cada uma respeitando suas peculiaridades. As
demonstrações informam aos usuários a estrutura patrimonial, econômica e financeira da
entidade são, portanto ferramentas indispensáveis. A lei 6.404.76 com as alterações da lei
11.638/07 estabelecem a obrigatoriedade de algumas demonstrações contábeis, ela relata
em seu art. 176:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fara elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
I – balanço patrimonial;
II – demonstração dos lucros e prejuízos acumulados;
III – demonstração do resultado do exercício;
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n. 11.638, de 2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela lei n.
11.638, de 2007) (BRASIL, 1976).
Além das demonstrações acima citadas, podem também ser consideradas no
processo de avaliação as notas explicativas ao balanço. Todas as demonstrações transmitem
informações que auxiliam no processo de tomada de decisões, abaixo segue
detalhadamente cada uma delas.
3.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial conforme exposto é uma demonstração obrigatória conforme
a lei 6404/76, (lei das sociedades por ações), é uma das demonstrações mais importantes no
processo de tomada de decisões. O balanço patrimonial é composto em seu ativo por bens e
direitos e em seu passivo por obrigações e Patrimônio Líquido. O Ativo compreende os bens,
os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar
benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. O Passivo compreende as
origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de
eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação e o Patrimônio Líquido
compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o
valor do Ativo e o valor do Passivo. Costa e Nogueira (2009) afirmam que o balanço
patrimonial pode ser comparado a uma fotografia de uma empresa em um determinado
período, ele apresenta todas as peculiaridades da empresa, permitindo que seus
interessados possam extrair informações precisas de toda a situação.
O balanço patrimonial sofreu algumas alterações, com a aprovação da lei
11.638/2007, Santos (2008) menciona estas alterações.
Criação do subgrupo “INTANGÍVEL” no Permanente, desdobrado do subgrupo Imobilizado.
Extinção da possibilidade de reavaliação dos bens do Ativo Imobilizado e,
consequentemente, eliminação das Reservas de Reavaliação.
O uso do subgrupo Diferido fica restrito ao registro das despesas pré-operacionais e aos
gastos de reestruturação.
Eliminação da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” mantendo somente a conta
“Prejuízos Acumulados”.
Criação, no Patrimônio Líquido, do subgrupo “Ajustes de Avaliação Patrimonial”,
englobando, Como “Reservas de Capital” passam a ser considerados apenas os ganhos
relacionados com o Capital Social da empresa.
Reserva de Lucros a Realizar – Inclusão, no cálculo da parcela realizada do lucro líquido do
exercício, do resultado não realizado da contabilização de ativo e passivo pelo valor de
mercado.
Para melhor entendimento da composição do balanço patrimonial, segue abaixo a estrutura
atual do balanço patrimonial.
ATIVO
CIRCULANTE
Disponível
Créditos
Estoques
Despesas Antecipadas
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo Prazo
Investimentos
PASSIVO
CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
Exigível a longo prazo
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital Social
Reservas de Capital
Imobilizado
Intangível
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de Lucros
Ações em tesouraria
Prejuízos Acumulados
3.2 Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE evidencia como o nome já indica o
resultado do Exercício, que poderá ser Lucro ou Prejuízo. Conforme Costa e Nogueira (2009)
ela trata-se de um relatório contábil apurado de forma vertical, no qual são realizadas todas
as deduções pertinentes sobre vendas bruta da empresa.
A DRE é composta pelos seguintes grupos:
RECEITA OPERACIONL BRUTA – são as vendas totais de uma empresa (bruto) e
todos os impostos incidentes e abatimentos concedidos, as deduções são
discriminadas em venda de mercadorias e vendas de serviços.
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA – são valores que irão reduzir a
venda bruta para se chegar a receita liquida, são classificados em vendas
canceladas, abatimentos e impostos incidentes.
CUSTOS OPERACIONAIS – estão diretamente relacionados aos estoques das
empresas, representa a baixa efetuada nos estoques, são divididos em custo
das mercadorias vendidas – CMV e custo dos serviços prestados.
DESPESAS OPERACIONAIS – são as despesas pagas ou incorridas para a venda
do produto.
OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DEPESAS – receitas e despesas não relacionadas
com o objetivo principal da empresa. O nome desta conta foi alterado com a
emissão M. P 449/2008, ela antigamente recebia o nome de Despesas não
Operacionais e Receitas não Operacionais.
O resultado final da DRE deve ser transferido para o Balanço Patrimonial no grupo
patrimônio liquido, como Lucros ou Prejuízos Acumulados.
3.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Esta demonstração é responsável por evidenciar toda a situação do PL de uma
empresa, todo acréscimo ou diminuição de qualquer das contas patrimônio líquido são
evidenciados por esta demonstração. Conforme Costa e Nogueira (2009) por se tratar de
uma demonstração que abrange todo o PL, a DMPL inclui também toda movimentação da
conta de lucros ou prejuízos acumulados, motivo pelo qual pode-se dizer que a DPML
contém a DLPA – Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados. Segue abaixo exemplo
da estrutura desta demonstração.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Histórico CapitalRealizado
RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulados
Total
Ágio na Emissão de Ações
Subvenções para
Investimentos
Reserva Para Contingência
Reserva Estatutária
ReservaLegal
Saldo em 31.12.x1
Ajustes de Exercícios Anteriores:
efeitos de mudança de critérios contábeis
retificação de erros de exercícios anteriores
Aumento de Capital:
com lucros e reservas
por subscrição realizada
Reversões de Reservas:
de contingências
de lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício:
Proposta da Administração de Destinação do Lucro:
Transferências para reservas
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para expansão
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir (R$ ... por ação)
Saldo em 31.12.X2
Fonte: Portal da contabilidade
3.4 Demonstração do Fluxo de Caixa
A demonstração dos fluxos de caixa é considerada uma grande ferramenta contábil,
pois possibilita que as empresas demonstrem todas as operações financeiras realizadas. Esta
demonstração também é obrigatória e traz uma alteração, ela vem em substituição a DOAR-
Demonstração das origens e aplicação dos recursos, através da vigência da lei 11638/07. O
Comitê de Pronunciamentos Contábeis em seu pronunciamento 03 (R2) afirma que as
informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar
caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e
comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades, além disso,
demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais
demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem
as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez
e solvência) e sua capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos
de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades.
Neste mesmo pronunciamento o CPC dá as seguintes definições:
Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que
são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas
a um insignificante risco de mudança de valor.
Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da
entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.
Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de
longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e
na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.
3.5 Demonstração do Valor Adicionado
O principal objetivo da demonstração do valor adicionado – DVA é evidenciar o
desempenho econômico da empresa e seu relacionamento com a sociedade, Costa e
Nogueira (2009) afirmam que a DVA é a demonstração contábil destinada a evidenciar, de
forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em
determinado período e sua distribuição, nela são registradas as riquezas geradas pela
empresa e para onde foi distribuída essa riqueza. A DVA é bastante útil inclusive do ponto de
vista macroeconômico, pois conceitualmente o somatório dos valores adicionados de um
país representa seu produto interno bruto – PIB. Do ponto de vista microeconômico pode-se
dizer que o valor adicionado de uma empresa é o quanto ela pode gerar de insumos de sua
produção que foram pagos a terceiros, inclusive os valores relativos à depreciação.
A Respeito da DVA o Comitê de Pronunciamentos Contábeis em seu pronunciamento
CPC – 09 afirma que a DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma
como tais riquezas foram distribuídas, além disso, afirma que a distribuição da riqueza
gerada deve ser minimamente detalhada.
4. Aplicação de Métodos Quantitativos nas Atividades Contábeis
A estatística está presente nas mais diversas áreas de atuação é um meio
importantíssimo que facilita o trabalho de diversos setores, na área contábil não ocorre de
diferente maneira a aplicação dos métodos quantitativos são de extrema importância, na
área governamental ela tem relação com a variação do PIB, do IDH, prevê inflação, na área
corporativa demonstra indicadores econômicos e financeiros, indicadores de produção e
qualidade, dentro outros.
5. Análise de Regressão Linear: Uma ferramenta aplicada na
elaboração do orçamento operacional
A regressão é um poderoso instrumento para a análise de relação entre variáveis, seu
objetivo é possibilitar a previsão do comportamento de uma variável dependente a partir do
conhecimento de uma ou mais variáveis independentes. A regressão linear relaciona uma
variável X à outra variável Y. Conforme Garcia (2009) a análise de regressão se ocupa do
estudo de uma variável, a variável dependente, em relação a uma outra variável. A regressão
linear pode ser um importante instrumento na análise de múltiplas situações, inclusive para
elaboração do orçamento operacional dê uma empresa, pois através dela é possível testar
hipóteses, e até mesmo definir como será o orçamento.
6. Estatística Descritiva
Os objetivos da estatística descritiva envolvem coleta, organização e descrição de um
conjunto de dados quantitativos ou qualitativos. Com a construção de gráficos, tabelas e
com o cálculo de medidas com base em uma coleção de dados numéricos, poderemos
compreender melhor o comportamento da variável expressa no conjunto de dados sob
análise, Garcia (2009).
Na estatística são usados vários conceitos e é importante que eles sejam bem
definidos para uma boa compreensão, a definição de amostra e a sua relação com a
população são de extrema importância para que haja um bom estudo. Amostra portanto, é
parte de um subconjunto da população usado para obter informações acerca de um todo, a
população é o grupo inteiro de objetos dos quais se pretende obter informações, uma
característica da amostra é que ela deve ser o mais similar possível com o lote, ou seja
representar e ter as mesmas características da população original.
A amostragem é um processo que se realiza para que se possa responder a
determinadas questões de maneira mais prática, onde se analisa apenas uma amostra de
determinada população, apenas parte da população é observada. A amostragem é
classificada em probabilística e não probabilística, a probabilística consiste em técnicas de
amostragem em que a seleção é aleatória de tal forma que cada elemento tem igual
probabilidade de ser sorteado para a amostra, e é selecionado independentemente de
qualquer outro. Assim se conhece a probabilidade de todas as combinações amostrais
possíveis. Na amostra não probabilística não é possível generalizar os resultados para a
população, pois este tipo de amostra não garante a representatividade para a população.
Amostragem e Censo são processos diferentes, o censo coleta informações sobre
todos os elementos da população e a amostragem apenas parte destes elementos (uma
amostra). A amostragem é muito vantajosa quando desejamos pesquisar algo que tenha um
volume muito grande, por exemplo, se deseja-se fazer uma auditoria em 500 processos é
viável usar a amostragem pois o auditor ganhará tempo e pode ser até mais barato. O censo
pode ser realizado quando se deseja observar uma população que apresenta grande
variabilidade por exemplo, ou quando se dispões de dados da população.
7. Sociedade Anônima
As sociedades podem ser separadas em dois tipos, as personificadas e as não
personificadas, elas passam a existir quando ocorrer a inscrição de seus atos constitutivos
nos órgãos competentes, que para as sociedades simples é o Cartório de Registro Civil das
Pessoas Jurídicas e para as sociedades empresárias é o Registro Publico de Empresas
Mercantis (Junta Comercial).
A sociedade anônima é uma sociedade do tipo empresária, o seu objeto não possui
cunho intelectual, e quando possuí há a presença do elemento empresa. Conforme Batistute
(2009) a sociedade anônima é formato característico dos grandes empreendimentos, motivo
pelo qual normalmente influi na economia e na politica.
A sociedade anônima é regida pela lei 6404/76, sua composição é feita por acionistas
que são titulares das ações. Batistute (2009) afirma que este tipo de sociedade pode ter
como acionista pessoas físicas e jurídicas, a sociedade é sempre empresária e de capital,
constituída através de um contrato social, podem de capital aberto ou fechado, a
responsabilidade é limitada às ações subscritas e os acionistas controladores e
administradores respondem por abusos.
8. Estabelecimento Empresarial
Segundo a lei 10.406/2002 estabelecimento empresaria é:
Art. 1.142.Considera-se estabelecimento empresarial todo complexo de bens
organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Entende-se, portanto que estabelecimento empresarial é o conjunto de bens reunidos
para a execução de uma atividade econômica, a respeito disso Batistute (2009) afirma que o
estabelecimento empresarial é indispensável, portanto, indissociável, ao empresário e é
composto por duas formas de bens: materiais e imateriais. Estabelecimento Empresarial não
é o imóvel e nem os bens que neles estão, e sim a organização deles para a prática das
atividades empresariais. Batistute (2009) explana ainda que apesar de ser indissociável à
atividade, pode ser objeto de alienação ou de penhora em caso de dividas, hipótese em que
o empresário poderá ser indenizado, conforme a situação ocorrida em sociedade, afirma
ainda que o estabelecimento empresarial não deve ser confundido com o ponto comercial.
Quanto a quantia de estabelecimentos, quando houver mais de um, o principal será
chamado de sede, e os demais serão filiais, agências e sucursais.
9. Obrigação Tributária e Lançamento
Obrigação Tributária conforme exposto por Batistute apud Machado (2009) nada mais
é do que a relação jurídica em virtude da qual o particular (sujeito passivo) tem o dever de
prestar dinheiro ao Estado (sujeito ativo), ou de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos, e o Estado tem o direito de constituir contra
o particular um crédito.
A obrigação tributária pode ser dividida em principal e acessória, um exemplo de
obrigação principal é o pagamento do imposto de renda por quem percebe acima de
determinado valor, a obrigação acessória serve para facilitar os objetivos de fisco para
fiscalizar e arrecadar, segundo Batistute (2009) a obrigação principal está ligada ao dar
(pagar), enquanto a acessória está ligada ao fazer, não fazer ou tolerar ( ex: receber
fiscalização).
O lançamento tributário é responsabilidade da autoridade administrativa competente,
o artigo 142 do CTN entende que o lançamento tributário é o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. O CNT prevê ainda as formas de
lançamento que são por declaração ou misto, de oficio ou direto e por homologação, no
entanto, conforme explana Batistute (2009) identificado qualquer irregularidade no
lançamento do crédito tributário o contribuinte pode impugná-lo para buscar retificação do
mesmo.
10. Tributos Empresariais: ICMS, IR e Contribuição Social
O ICMS é um dos tributos mais importantes no Brasil Embora, há muito se discuta
formas de tornar o ICMS uma alíquota única no Brasil, atualmente, a legislação tributária
prevê que cada estado possa atribuir taxas específicas, dependendo do material
comercializado. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
I – importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo
permanente do estabelecimento;
II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no
exterior,
III – adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia
elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização.
São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) as pessoas jurídicas e as
empresas individuais. As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e
sociedades, registradas ou não. As entidades submetidas aos regimes de liquidação
extrajudicial e de falência sujeitam-se às normas de incidência do imposto aplicáveis às
pessoas jurídicas, em relação às operações praticadas durante o período em que
perdurarem os procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo. A
base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do
fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de
apuração. Como regra geral, integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de
capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da
natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram
de ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma
específica de incidência do imposto.
A Contribuição Social é um tributo destinado a custear atividades estatais especificas,
que não são inerentes ao Estado. Tem como destino a intervenção no domínio econômico
(exemplo: FGTS), o interesse das categorias econômicas ou profissionais (exemplo:
Contribuição Sindical) e o custeio do sistema da seguridade social (exemplo: Previdência
Social). É de competência privativa da União, as Contribuições Sociais Previdenciárias estão
sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal, que impõe que os tributos têm que
respeitar uma vacatio legisde 90 dias, no mínimo, para produzirem seus efeitos. A
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incide sobre as pessoas jurídicas e entes
equiparados pela legislação do Imposto de Renda e se destina ao financiamento da
Seguridade Social.
Conclusão
A contabilidade tem um campo de abrangência muito grande, conhecer esses pontos
é de extrema importância para acadêmicos, durante está produção textual foi possível
identificar novos conhecimentos e aprofundar os recebidos em aula. Percebe-se que o
Planejamento financeiro é vital para o bom funcionamento de uma empresa, pois ela
direciona as atividades de maneira que a instituição possa alcançar seus objetivos. As
demonstrações financeiras são outro ponto de extrema importância, mais ainda porque são
obrigatórias e porque indicam como anda a “vida” da empresa, diversos forma os assuntos
abordados e todos contribuíram muito para o crescimento profissional, conclui-se, portanto
que a elaboração dessa produção textual é de grande importância.
Referencias Bibliográficas
BATISTUTE, Jossan. Direito Empresarial e Tributário: ciências contábeis. São Paulo: Pearson
Prentice Hall. 2009.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira.São Paulo: Atlas, 1992.
BRASIL. Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br, acesso em 02/05/2012.
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br, acesso em 02/05/2012.
Costa, José M. Nogueira, Daniel Ramos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Pearson
Prentice Hall. 2009.
GARCIA, Regis. Estatística. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2009.
GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo:Habra, 1997.
SANTOS, Joenice L. Diniz dos. BAZOLI, Thiago Nunes. Administração e orçamento
empresarial. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2009
SANTOS, Eliane Cristina. Principais mudanças no balanço patrimonial. Disponível em:
http://www.artigonal.com/administracao-artigos/principais-mudancas-no-balanco-
patrimonial-lei-1163807-611366.html , acesso em 02/05/2012.
LUCIÓN, Carlos E. Rosa. Planejamento Financeiro. Disponível em:
http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIIn01/a09vIIn01.pdf, acesso em
30/04/2012
MANDELLI, Paola. Planejamento Financeiro. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/planejamento-financeiro/29100/,
acesso em 02/05/2012.
____________________. Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido. Disponível em http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstmutapl.htm, Portal da contabilidade. Acesso em 02/05/2012.