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Portugal, do autoritarismo à democracia

Portugal, do autoritarismo à democracia. 7.1. Os efeitos da «nova ordem mundial» do pós-guerra em Portugal 7.2 As consequências da política do Estado

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Portugal, do autoritarismo

à democracia

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Portugal, do autoritarismo à democracia

7.1. Os efeitos da «nova ordem mundial» do pós-guerra em Portugal7.2 As consequências da política do Estado Novo perante a descolonização do pós-guerra7.3 A desagregação do Estado Novo7.4 A Revolução democrática portuguesa

Soldados portugueses numa ação militar em Africa.

Apoio da população de Lisboa à ação militar de 25 de abril de 1974.

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A recusa da democratização

No fim da Segunda Guerra Mundial, o regime de Salazar manteve-se com o apoio:• da alta burguesia;• Da Igreja Católica;• dos oficiais do Exército e da Marinha.

Capa da revista norte-americana Time (1946). Salazar é apresentado

junto de uma maçã podre.

Mantiveram-se os mecanismos repressivos, mas foram feitas algumas concessões aparentes:• libertação de alguns presos políticos;• diminuição da censura;• promessas de eleições livres;• condescendência em relação à oposição democrática.

Condescendência por parte das democracias ocidentais devido ao anticomunismo de Salazar e à cedência da base aérea das Lages.

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O desenvolvimento económico tardio

O ideal rural de «Deus, Pátria, Família», manteve-se na doutrina de Salazar. Contudo as condições económicas do país abalaram a segurança anteriormente encontrada nesta ideologia de vida:• A agricultura estagnou nas décadas de 50 e

60, devido à falta de modernização e demão de obra, bem como à concentração de latifúndios;

• Apesar de se ter verificado alguma modernização industrial (planos de fomento económico), a produção continuou a ser baixa;

• Verificou-se um aumento da emigração, em busca de melhores condições de vida e para «fugir» ao recrutamento para a Guerra Colonial.

Imagem da série de cartazes A Licao de Salazar.

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A oposição democrática

Organização de oposição democrática, pelo Partido Comunista Português (PCP) em torno do Movimento de Unidade democrática (MUD) para concorrer às eleições de 1945.

Cartaz do MUD, 1945.

Mobilização da população em defesa de eleições livres.

Desistência do MUD perante os obstáculos colocados pelo Governo.

Ilegalização do MUD e perseguição dos seus membros.

Nova tentativa, falhada, de derrubar o Estado Novo, nas eleições presidenciais de 1949.

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O ano decisivo de 1958

Em 1958, a oposição democrática organiza-se em torno da candidatura de Humberto Delgado.

Humberto Delgado, 1958.

Vitória de Américo Tomás, o candidato da ditadura.

Indícios de fraude eleitoral.

Passagem crescente de crentes católicos para a oposição, devido ao descontentamento face à repressão e à consagração do pluralismo político no Concílio do Vaticano II.

Humberto Delgado, obrigado a sair do País, é assassinado em 1965.

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A Guerra Colonial

Salazar recusou a descolonização, alegando que Portugal era multirracial e pluricontinental.

Tropas portuguesas de partida para Africa.

As colónias passaram a designar-se por províncias ultramarinas.

Iniciam-se os movimentos de contestação e independência, apoiados pelos EUA ou pela URSS.

Aumenta o descontentamento em relação ao regime.

Intensifica-se a canalização de recursos humanos e materiais para a guerra.

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1968 — Substituição de Salazar por Marcelo Caetano.

Cartaz do MFA.

Política de abrandamento da repressão, conhecida por «Primavera Marcelista».

Continuação do descontentamento social.

25 de Abril de 1974 — Golpe militar que levou à queda do Estado Novo.

Formação do Movimento das Forças Armadas (MFA).

Nomeação da Junta de Salvação Nacional e extinção de organismos do Estado Novo.

Constituição do primeiro governo provisório e uma fase de agitação nacional.

A liberalização fracassada do Marcelismo e a Revolução de Abril

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27 de julho de 1974 — Reconhecimento por parte de Portugal do direito dos povos das colónias à autodeterminação.

Independência das colónias portuguesas e surgimento de novos países — os PALOP.

Retorno dos portugueses que viviam nas colónias.

Contributo para a dinamização da economia nacional e moderação do processo revolucionário.

A independência das colónias

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• 25 de abril de 1975 — Eleições para a Assembleia Constituinte, com vitória dos partidos moderados (PS e PPD/PSD).

• 2 de abril de 1976 — Aprovação da nova Constituição da República, que instaurou:

— uma democracia parlamentar de tipo semipresidencial;— um poder local democrático;— autonomias regionais (Açores e Madeira).

• Os primeiros governos constitucionais enfrentaram uma grave crise financeira, facto que resultou em alguma instabilidade política. A partir de 1978, verificou-se uma alternância no poder governamental entre o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD).

As novas instituições políticas e a evolução do regime democrático

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Fim dos anos 70 e início dos anos 80:• Agricultura pouco mecanizada e com baixa produtividade.• Indústria tecnicamente atrasada e pouco competitiva.• Estagnação económica resultante da nacionalização da economia.• Agravamento da dívida pública.• Elevadas taxas de inflação.

Progressos verificados apesar das dificuldades:• Diminuição da mortalidade infantil.• Diminuição da emigração.• Diminuição do analfabetismo. • Crescimento do setor terciário.

Necessidade de recurso a ajuda externa Empréstimos do FMI em 1978 e 1983.

Os problemas do desenvolvimento

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• A adesão à União Europeia impôs-se como uma solução para a crise que o País atravessava. A integração no espaço europeu acelerou as reformas:

— privatizações;— reforma do sistema fiscal;— desburocratização da administração

pública;— abertura do mercado interno.

• O país foi abrangido pelos quadros comunitários de apoio, o que dinamizou os investimentos nas infraestruturas, no ensino e na investigação.

Cerimónia de adesão de Portugal à CEE.

A integração europeia

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