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Nº 4 - Setembro 2011 Assembleia de Delegados em Portugal Um olhar Europeu sobre o sector de agregados

Portugal Mineral N. 4

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Revista da Indústria Extractiva Portuguesa.

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Nº 4 - Setembro 2011

Assembleia de Delegados

em Portugal

Um olhar Europeu sobre o sector de agregados

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Editorial

Por: Victor Albuquerque 3

Assembleia de Delegados da UEPG

Portugal e ANIET foram Anfitriões da Assembleia de Delegados da UEPG - União Europeia de Produtores de Agregados 6

Desafios Actuais da Industria Portuguesa de Agregados 9Victor Albuquerque

Eficiência de Recursos-Perspectiva para Portugal 11Carlos Caxaria

Matérias-primas - Desafios inovadores e recursos eficientes 13Abraão de Carvalho

Eficiência de recursos na construção - O papel da Pesquisa, Inovação e Normalização 16Maria de Lurdes Antunes

A Plataforma empresarial europeia e a biodiversidade: negócios, biodiversidade e a indústria das matérias-primas 19Shulamit Alony

O Projecto SARMa - Gestão de agregados no Sudeste da Europa 24Jim O'Brien

Actualidades

ANIET Coordena em Portugal O Dia Europeu dos Recursos Minerais 32

Fórum da Indústria Extractiva 36

Notícias

Novo regime Jurídico da Gestão de Resíduos 37

SOMINCOR – Mina de Neves Corvo Desenvolvimento do Projecto de Deposição de Rejeitados Espessados/ Pasta de Rejeitados 42Mafalda Oliveira

“Safer by Design”: Uma iniciativa global para envolver toda a cadeia de trabalho no sentido de minimizar os danos 46Martin Isles

Implementação do RMI 48

Feiras 2012 52

Índice

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Ficha Técnica:Propriedade: ANIET - Associação Nacional da Indústria Extractiva e TransformadoraSede: R. Júlio Dinis 931, 1º - E . 4050-327 Porto / Portugal | Tel.: +351 226096699 | Fax: +351 226065206 | E-mail: [email protected] | Site: www.aniet.pt | NIPC: 501 419 411

Director: Victor Albuquerque - Presidente da Direcção da ANIETDirector Adjunto: Francelina Pinto - Directora Executiva da ANIET

Editores: COMEDIL - Comunicação e Edição, Lda. | Empresa Jornalística Registada N.º 223679Sede: Rua Enfermeiras da Grande Guerra, 14-A . 1170-119 Lisboa / Portugal | Tel.: +351 218123753 | Fax: +351 218141900

E-mail: [email protected]| Site: www.rochas.info | NIPC: 502102152

Edição e Coordenação de Produção: Nuno Esteves Henriques | C.I.P. nº 2414 | E-mail: [email protected]

Concepção Gráfica e Paginação: Álvaro Carrilho | Redação: Manuela Martins ([email protected]) Publicidade e Marketing: Francelina Pinto ([email protected]) | Impressão: Etigrafe Distribuição: COMEDIL

Depósito Legal: 331384/11 | Registo na ERC: Isento | Tiragem: 1.000 exemplares | Periodicidade: Trimestral

Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que as opiniões expressas podem não coincidir com as da ANIET.

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Nº 4 - Julho 2011

Assembleia de Delegados

em Portugal

Um olhar Europeu sobre o sector de agregados

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Victor AlbuquerquePresidente da Direcção da ANIET

A actividade da ANIET passa também pelo posicionamento junto das instituições interna-cionais ligadas ao sector. Neste contexto somos associados da UEPG - Associação Europeia de Produtos de Agregados que é a associação Europeia, com base em Bruxelas, que congrega as várias representações do sector dos Agregados nos países Europeus. A UEPG faz a ligação com os Comissários da EU, relativamente aos assuntos relacionados com a nossa actividade.

Assim a ANIET promoveu a organização para a realização em Portugal da Assembleia de Delegados da UEPG que teve lugar em Lisboa.

Este evento trouxe a Portugal as representações da indústria extractiva de todos os países da Europa. Durante dois dias foram debatidos vários temas de importância estratégica para o Sector.

A ANIET promoveu um Fórum, com oradores Nacionais e Internacionais, onde se gerou um interessante debate sobre as perspectivas do futuro desta indústria. Saliento a opinião muito positiva manifestada pelos participantes, sobre os assuntos que foram levados a discussão, e que para nós reforçou a importância da nossa participação nestas reuniões Europeias. Contri-buímos e recolhemos modelos de análise para melhor interpretar a sustentabilidade dos Sec-tores que representamos, permitindo-nos estar mais atentos às evoluções legislativas que têm início na Comissão Europeia e depois são transpostas para Portugal. Trazemos neste número da nossa revista um detalhe maior dos temas que foram tratados neste Fórum.

Editorial

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Assembleia de Delegados da UEPG

Portugal e ANIET foram Anfitriões da Assembleia de Delegados da UEPG - União Europeia de Produtores de

AgregadosParalelamente Realizou-se um Fórum Sectorial subordinado ao tema:“Raw Materials Strategy and Resource Efficiency – Meeting the Challenges”A UEPG foi fundada em 1987 e é uma organização que reúne repre-sentantes das várias associações do sector dos agregados. Assume--se como grupo de pressão junto dos órgãos decisores da Comissão Europeia. Conta à presente data com membros de 30 países euro-peus.Como país anfitrião da Assembleia de Delegados da UEPG - Associação Europeia de Produtores de Agregados, coube à ANIET, na sua qualidade de membro associado, a orga-nização do evento que teve lugar nos dias 26 e 27 de Maio, em Lisboa no SANA LISBOA HOTEL).

No dia 26 realizou-se um Fórum Sectorial com o tema “Estratégia para as Matérias-Primas e Eficiência de Recursos - Enfrentar os Desafios ” que reuniu mais de 60 Altos Representantes Europeus da Indústria dos Agre-gados e que contou com as intervenções do Presidente da Direcção da ANIET, Victor Albuquerque; o Presidente da UEPG, Jim O’Brein; Abraão Carvalho, Chefe de Unidade da Direcção Geral de Empresas e Indústria da Comis-são Europeia; Carlos Caxaria, Sub-Director Geral da Direcção Geral da Energia e Geologia; Maria de Lurdes Antunes, Membro do Conselho Directivo do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil e Shulamit Alony, Directora do Gabinete da Biodiversidade da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Breve Resumo das INTERVENÇÕES: Durante o ano de 2010 e até agora as vendas de agregados, em Portugal, diminuíram 20%. As causas são um assinalá-vel abrandamento nas obras públicas e privadas e a queda abrupta da construção civil.

Para inverter esta tendência o país e o sector têm que apostar na reabilitação urbana, desenvolver e reforçar as infra-estruturas de transportes e equipamentos. As empre-sas têm que redimensionar-se, reestruturar-se, inovar nas tecnologias, procurar novos mercados, reforçar estratégias de planeamento. Foi este o panorama traçado pelo Presi-dente da Direcção da ANIET- Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora - Victor Albu-querque.

Carlos Caxaria, Sub-Director Geral da Direcção Geral da Energia e Geologia, avançou com uma previsão para Portugal: em 2015 a produção de agregados atingirá os ní-veis de há 15 anos (1996), ou seja 68 milhões de toneladas.

Apesar de a tendência ser uma descida contínua do con-sumo em Portugal a média de consumo de agregados per capita ainda era, em 2009, ligeiramente superior à média europeia: 8 toneladas per capita face às 6 toneladas per capita da média europeia.

Abraão Carvalho, Chefe de Unidade da Direcção Ge-ral de Empresas e Indústria da Comissão Europeia apontou directrizes para o sector que, dado o panorama crítico, “beneficia também de uma disponibilidade e aten-ção política que há que aproveitar”. Afirmou que é urgente apostar em novos mercados, designadamente em África. Impõe-se, também, a definição política de uma estratégia global para o sector e um enquadramento legal para a ex-tração de minerais e de metais. A inovação, além da tecno-logia, deve também abranger processos e práticas.

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Assembleia de Delegados da UEPG

Maria de Lurdes Antunes, membro do Conselho Di-rectivo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), apelou para uma utilização optimizada e um uso mais inteligente das matérias-primas, onde esteja implíci-ta uma hierarquia de utilização de recursos locais. Apre-sentou uma perspectiva de como pode a investigação e normalização contribuir para uma maior eficiência dos recursos. A metodologia da Análise do Ciclo de Vida é im-portante para a eficiência dos recursos e pode aumentar a confiança dos decisores. Deu como exemplo algumas con-tribuições do LNEC na utilização de resíduos de mármore na construção de estradas; na reciclagem in-situ, a frio, do asfalto e os desenvolvimentos na reciclagem de resíduos de Construção e Demolição.

Shulamit Alony, Directora do Gabinete da Biodiver-sidade da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), referiu que o foco deve ser a con-servação da natureza que implique futuro e sustentabili-dade, e não apenas a protecção ambiental. Considerou que as ONGs não são relutantes em cooperar com as empresas e delineou o sucesso da parceria Count-down 2010 com a UEPG desde 2007.

► Apresentou a B@B Plataforma, acrescentando que este espaço de Comunicação da Comissão sobre Biodiversidade está garantido por 10 anos;

► Sublinhou o compromisso a longo prazo da UEPG com as questões de biodiversidade o que permite um ponto de convergência com as PME através da associação;

► Considerou que existe um voto de confiança da Comissão Europeia o que é uma oportunidade para se moldar a política do sector;

► Referiu que A Plataforma B@B depende do sector e deve ser este a dar o input;

► Pediu ainda ao sector para recolher e coleccionar as melhores práticas como exemplos.

Jim O’Brien, Presidente da UEPG, apresentou o pro-jeto SARMa, em nome da Slavko Solar, Coordenador, Serviço Geológico da Eslovénia. Considerou que este projecto é desafiador e pró-activo, está a ter sucesso e será apresentado na conferência final na Eslovénia, em Se-tembro de 2011. Na sua introdução à Directora da IUCN sublinhou que a indústria de agregados está empenhada em contribuir para a biodiversidade.

Seguiu-se o DEBATE que contou com várias questões e breves intervenções de alguns dos participantes.

Assembleia de Delegados A Assembleia de Delegados realizou-se no dia 27 e estive-ram presentes 42 participantes.

Nesta Assembleia foi aprovada a adesão de mais 7 novos países - República Checa, Islândia, Latvia, Lituânia, Lu-xemburgo, Eslovénia e Rússia - perfazendo o total de 31 associados da UEPG.

A próxima Assembleia de Delegados vai realizar-se em Chipre, em 2012.

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Assembleia de Delegados da UEPG

Desafios Actuais da Industria Portuguesa de Agregados

Victor AlbuquerqueLicenciado em Engenhariapresidente da Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora (ANIET).

AbstractVictor Albuquerque deu as boas vindas aos participantes e apresentou a situação económica de Portugal, as infra--estruturas do país e as suas características geológicas.

A ANIET- Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora - é constituída por 200 associados e re-presenta 70% da produção nacional de agregados.

O presidente da associação salientou que 2007 foi o ano com maior volume de construção, seguido por severos de-clínios desde então.

A recente situação económica traduziu-se em mudanças e ajustamentos do sector..

As nossas Infra-estruturas:

Infra-estruturas rodoviáriasPortugal apresenta uma das redes rodoviárias mais desen-volvidas da Europa. Em 2009, em Portugal continental a rede era constituída por mais de 13000 kms, sendo que 2700 kms eram auto-estradas.

Rede ferroviáriaA rede ferroviária portuguesa cobre 3600 kms, asseguran-do a ligação entre o norte e o sul ao longo da costa e as suas ligações transversais.

Rede aeroportuáriaA rede portuguesa inclui 14 aeroportos. Lisboa, Porto e Faro são os principais, asseguram ligações internacionais e encontram-se na zona costeira do país. A região autónoma dos Açores tem 9 aeroportos e o Arquipélago da Madeira tem 2.

Ligações marítimasO continente português tem 9 portos principais, os Açores têm 5 e a Madeira tem 3. Os portos nacionais mais impor-tantes são os de Sines, Leixões e Lisboa.

ANIET é a Associação que em Portugal representa o sector das minas, da rocha industrial, da extracção e transforma-ção da rocha ornamental.

A ANIET é membro de:1. UEPG

2. EUROMINES

ANIET:1. 200 Membros

2. Representa 70% da produção de agregados a nível na-cional

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Assembleia de Delegados da UEPG

Então, o que é necessário fazer?

Confrontados com o actual cenário, as medidas passarão por:

► Aperfeiçoar e reforçar as infra-estruturas de transportes e equipamentos;

► Promover a reabilitação de alojamento ► Desenvolver uma política de transportes com vista à

sua integração na rede de transportes internacional.

O que pode acontecer? (Desenvolvimentos importantes para a nossa indústria)

Setor rodoviário:Conclusão de várias estradas e ligações e adjudicação de novos trabalhos;

Transporte aéreo:Construção de um novo aeroporto;

Caminhos-de-ferro convencionais:Trabalhos regulares e de manutenção;

Caminhos-de-ferro de alta velocidade:Construção da ligação Lisboa-Madrid

Como podem adaptar-se as empresas de agregados?

► Restruturar e redimensionar as empresas; ► Procurar novos mercados; ► Reforçar o plano estratégico; ► Inovar e introduzir novas tecnologias;

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Assembleia de Delegados da UEPG

Eficiência de Recursos-Perspectiva para Portugal

Carlos CaxariaLicenciado em engenhariaSub-director geral no Ministério da Economia, na DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia).

AbstractCarlos Caxaria salientou que a indústria de agregados por-tuguesa sofreu um declínio acentuado de 32% desde 2002, devido à crise económica nacional, o que levou as empre-sas a fazerem ajustes na sua produção.

É improvável que voltem a verificar-se os elevados padrões de crescimento, registados entre 1996 e 2006.

As previsões apontam para um decréscimo na produção que em 2015 atingirá os níveis de 1996.

Apesar dos aumentos significativos verificados nos custos de energia e da mão de obra os preços das matérias pri-mas mantêm-se inalterados desde os anos 90, na ordem dos €3.50-€4/t.

Agregados em Portugal(Não inclui as Regiões Autónomas nem os produtos prove-nientes de escavações nem areias dos rios)

► Areia e cascalho

► Granito e rochas similares (granito, sienito, pórfiro, diorito)

► Rochas calcárias e similares (calcário, dolomita, mármore)

► Calcário para cimento (inclui marl) ► Outros (quartzito, xisto, basalto, gabro, ofito)

Características Regionais

Produção de Agregados em 2009A produção está concentrada nas grandes metrópoles e áreas circundantes: Áreas próximas proximidade aos gran-des centros consumidores, especialmente na zona de Lis-boa.

A produção nos distritos de Lisboa, Leiria e Setúbal é base-ado principalmente em rochas calcárias, que é o tipo litoló-gico predominante. Há uma grande aplicação na indústria de cimento existente nestes distritos e na produção de areia comum.

Nota - É expectável que o valor da produção no Norte seja superior, porque há um défice na informação.

Note-se Que: ► 28 empresas são responsáveis por 60% da quantidade

produzida ► As empresas de cimento representam 27% da

quantidade produzida

É esperado que…Em 2015 a produção de agregados irá ser equivalente aos níveis de 1996 - 68 milhões de toneladas (perspectiva con-servadora).

Conclusões ► Os principais agregados explorados em Portugal são

obtidos a partir de rochas calcárias, seguindo-se os granitos (ambos representam 70%).

► A região de Lisboa é o maior produtor e consumidor de agregados, a nível nacional.

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Assembleia de Delegados da UEPG

► Alguma produção das regiões fronteiriças (Centro e Alentejo) também tem Lisboa como destino.

► O consumo médio nacional por habitante era em 2002 de 11 toneladas, admitindo-se um valor à volta das 12 toneladas, uma vez que a região norte apresenta um valor muito baixo.

► Durante 10 anos (1996-2006) o consumo foi bem acima do crescimento normal esperado

► Em 2009, o consumo médio por habitante foi de 8 toneladas, mantendo-se acima da média da UE (6 tons), mas ainda assim, a diminuir.

Conclusões ► Desde 2002, a produção cai 32% em linha com

outros países da UE. ► A diminuição da produção entre 2002 e 2006,

confirma as expectativas de médio prazo de estabilização dos mercados consumidores.

► É expectável que num curto prazo, o consumo de agregados manterá a tendência de queda, mas numa

perspectiva de estabilização até atingir os níveis de 1996.

► Esta perspectiva conservadora da evolução da produção durante um período de 10 anos, é considerado a mais realista.

► Os baixos preços praticados e a capacidade de produção instalada desde o final dos anos 90, irá favorecer mais integrações na indústria de agregados e/ou falências de negócios.

► A infra-estrutura já projetada a nível nacional (aeroporto, nova ponte e seus acessos, TGV, etc) pode levar ao aumento do consumo dos agregados, mas será um aumento conjuntural.

Últimas conclusõesA produção observada no período entre 1996 e 2002, será muito difícil de reproduzir no futuro.

Face a esta nova realidade, as empresas devem-se ajustar às futuras necessidades do mercado.

 

 

 

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Assembleia de Delegados da UEPG

Matérias-primas Desafios inovadores e recursos eficientes

Abraão de CarvalhoLicenciado em economiaChefe de Unidade na Direcção-Geral "Empresa e Indústria" da Comissão Europeia

AbstractAviso do orador: o que vai ser visualizado não represen-ta uma posição oficial da Comissão e são pontos de vista apresentados unicamente para facilitar a discussão.

Abraão de Carvalho destacou o facto de a UEPG estar muito activa e actualizada em relação às mudanças que estão a ocorrer na indústria. Apresentou as "Parcerias de Inovação da União" (EIP - European Innovation Partner-ships) enfatizando que a inovação é crucial e que não diz respeito apenas à tecnologia mas também a processos, boas práticas e padrões.

Referiu que a EIP apelou à apresentação de propostas de projectos que, no caso da UEPG, poderia traduzir-se na promoção da reciclagem. Sublinhou a importância do uso eficiente da água assunto que também está em destaque na agenda da Comissão Europeia. Realçou que embora a Eu-ropa precise da indústria necessita também de adaptar-se a novos desafios. A nova estratégia da União Europeia para as matérias-primas é uma janela de oportunidades única

que apela a uma forte resposta da indústria. É necessário definir melhor a política de minerais, precisar a política de ordenamento do território e simplificar procedimentos administrativos. O facto de haver diferentes estratégias nacionais (fora da Europa e em países europeus como a Finlândia, Alemanha, Noruega, França ) significa que não há necessidade de uma directiva europeia e que os vários países podem partilhar experiências e aprender com elas.

Informou que o prazo para a consulta sobre a EIP tinha sido alargado até 20 de Junho e apelou à indústria para dar respostas criativas.

A Mensagem ► A indústria extractiva beneficia actualmente de um

momento único de atenção política ► Isto cria oportunidades mas também

responsabilidades ► A inovação vai ser crucial

O Contexto – Europa 2020 ► Uma política industrial para a era da globalização ► Europa – Recursos Eficientes ► Uma agenda para novas competências e empregos ► União inovadora

Uma política industrial para a era da globalização

► Assuntos da indústria ► As lições da crise económica e financeira ► A importância da cadeia produtiva e Matérias-Primas

Europa – Recursos Eficientes ► Aumento da pressão sobre os recursos naturais ► A necessidade do aumento da eficiência tanto por

razões económicas como ambientais ► Reciclagem e Matérias-Primas

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Assembleia de Delegados da UEPG

Uma agenda para novas competências e empregos

► Um desafio para as indústrias extractivas e de reciclagem

► Competências geológicas e de engenharia de alta tecnologia

► Dentro e fora da Europa• Matérias-Primas

União inovadora ► Uma questão de sobrevivência num mundo

globalizado

► Não é apenas focado na tecnologia, apesar da tecnologia ser crucial

► É também acerca de:• Processos; Boas Práticas; Padrões; Aquisições;

Regulamentações

Parcerias inovadoras – Matérias-primas -

objectivos/alvos concretos e possíveis para 2020 ► A Europa deverá ter instrumentos estatísticos

estandardizados para os recursos e as reservas (terra e mar) e um mapa geológico 3D

► Um sistema de modelagem dinâmico relativo às tendências de oferta e procura económica com reservas exploráveis e uma análise de ciclo de vida completo

► Dez inovadoras acções-piloto (unidades de demonstração, por exemplo) para extração e tratamento, recolha e reciclagem

► Substitutos para pelo menos três aplicações-chave de materiais críticos

► Um Instituto Europeu virtual de Educação e Treino em Gestão sustentável de Materiais e Minas (M ³)

► Diálogo de matérias-primas a nível internacional

Possíveis pacotes de trabalho ► Áreas políticas focadas na tecnologia

• WP 1 Extração, processamento, reciclagem

• WP 2 Substituição

► Áreas politicas não tecnológicas• WP 3 Acesso a terras; conhecimento geológico

• WP 4 Eficiência dos recursos e reciclagem

► Cooperação internacional• WP 5

Conselho de Orientação - Ideias possíveis -

► Orientação estratégica e política ► Nível superior e altamente qualificado ► Representantes de diferentes eleitorados ► Abordagem pragmática ► Reunião uma vez por ano ► Duração - a ser definido

Conselho de Orientação - Ideias possíveis -

► Número reduzido para assegurar a operacionalidade e a eficácia• Comissários, Ministros, Membros do Parlamento

Europeu CEO’s das empresas

• Líderes de outros parceiros relevantes, Academia e outras Instituições

Reuniões Sherpa - Ideias possíveis -

► Representantes Pessoais do Conselho de Orientação ► Prepara as reuniões do Conselho de Orientação ► Garante que a orientação política é transmitida para

as estruturas organizacionais ► Reuniões 2 / 3 vezes por ano

Grupos de Especialistas ► De acordo com as necessidades e os temas ► Evitando estruturas permanentes/rígida - horizonte

temporário ► Abordagem flexível ► Possibilidades de reuniões conjuntas dos grupos de

especialistas

Aproximação/Responsabilidade ► Nível político (Estados-Membros)

• Uma vez por ano, informação ao Conselho da Competitividade

► Sociedade em geral• Um evento de grandes proporções em cada ano - a

participação aberta de Sociedades - com um tema específico em cada ano

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Assembleia de Delegados da UEPG

Conclusões ► Uma janela de oportunidade está actualmente a ser

aberta ► Responsabilidade para as entidades públicas:

• Definir uma política de minerais e do quadro legislativo adequado para a exploração e extração

• Definir uma clara política de planeamento de utilização da terra

• Simplificar os procedimentos administrativos

• Aprender com o intercâmbio das melhores práti-cas

► Responsabilidades para as empresas ► Utilizar os melhores padrões em relação ao meio

ambiente ► Respeito das melhores normas de qualidade ► Utilização de tecnologias com melhores recursos e

custos

Reciclagem ► Uma prioridade política ► O que pode realisticamente ser alcançado? ► Sistemas de recolha ► Tecnologias ► Conciliar os objectivos económicos e ambientais

O papel das nossas Empresas fora da União Europeia?

► Podemos recuperar algumas das empresas líder que perdemos na mineração?

► Podemos «exportar» e competir em África ou nos países vizinhos? O caso da Gronelândia. O que podem outros países (por exemplo, o Canadá ou EUA) fazer que nós não possamos fazer?

Consulta Pública Sobre A Parceria De Inovação Em Matérias-Primas

► Prazo limite 20 de Junho

ANNEXCooperação Transatlantica União Europeia- USA

TEC Conselho Económico Transatlântico

► Plano de Trabalho: A UE e os Estados Unidos vão discutir o reforço da cooperação em políticas de matérias-primas em duas áreas:

► Estratégias para promover uma maior transparência nas políticas de matérias-primas no comércio de países terceiros e eliminar as barreiras comerciais que distorcem os mercados globais de materiais. As iniciativas possíveis incluem:

► Incentivar o desenvolvimento de um quadro internacional reforçado sobre o comércio de matérias-primas no G-20, na OCDE e outras instâncias, nomeadamente:

► Coordenar o trabalho de transparência sobre o comércio de matérias-primas nos países da OCDE;

Estratégias para melhorar o investimento e cli-ma de inovação para acelerar o desenvolvimen-to sustentável das indústrias de matérias-primas e desse modo, melhorar o abastecimento global. Iniciativas possíveis incluem:

► Identificação e remoção de barreiras ao investimento sustentável e transparente nas matérias-primas em geral;

► Identificação de tópicos de investigação possíveis e de interesse comum;• Incentivo de políticas, através de instâncias inter-

nacionais competentes, que aceleram o desenvol-vimento da reciclagem eficiente de matérias-chave e facilite a utilização de materiais inovadores em toda a cadeia de valor económico

► Desenvolvimento de soluções inovadoras para uma extracção segura, económica, sustentável e energeticamente eficientes, processamento e reciclagem de matérias-primas industriais;

► Desenvolvimento de alternativas viáveis a matérias-primas críticas;

► Trabalhar com as indústrias dos EUA e da UE para desenvolver uma lista de “melhores práticas” para uma extração economicamente sustentavel e energeticamente eficiente e para o processamento, reciclagem e transporte de matérias-primas industriais.

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Assembleia de Delegados da UEPG

Eficiência de recursos na construção

O papel da Pesquisa, Inovação e Normalização

Maria de Lurdes AntunesDoutorada em engenharia civilInvestigadora e coordenadora do Conselho Directivo do LNEC.

AbstractMaria de Lurdes Antunes apelou a um uso optimizado e a uma utilização mais inteligente das matérias-primas o que implica a hierarquização e o recurso a matérias-primas nacionais. Salientou que a metodologia “Análise do Ciclo de Vida” é importante para a eficiência dos recursos e au-menta a confiança dos decisores. Apontou como exemplo a utilização pelo LNEC de desperdícios de mármores na construção de estradas; frio in-situ na reciclagem de asfal-to e os desenvolvimentos na reciclagem de C&DW (des-perdícios de construção e demolição), de interesse directo para a UEPG.

Eficiência de Recursos

Utilização de recursos (naturais) ► Forma mais eficaz

► Tantas vezes quanto possível ► Com o mínimo impacto ao meio ambiente

Benefícios a longo termo ► Ganhos sobre o meio ambiente ► Ganhos para a economia

Perspectiva de ciclo de vida inteira ► Processamento de matérias primas ► Construção ► Manutenção ► Reciclagem ► Eliminação segura ► Economia + Ambiente

• Matérias primas• Custos de produção• Energia• Duração• Reciclagem• Eliminação

Melhorar a eficiência dos recursos na construção

Minimizar o consumo ► Materiais

► Energia

maximizar a durabilidade ► Garantir um desempenho

Melhorar a eficiência dos recursos na construção

Otimizar o uso de matéria prima ► Use materiais de alta qualidade nova para a maioria

das aplicações exigentes

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Portugal Mineral | 17

Assembleia de Delegados da UEPG

► Desenvolver técnicas para utilização de materiais alternativos, quando possível

► Aumentar a reciclagem

Otimizar o consumo de energia ► Usar tecnologias de baixo consumo ► Minimizar as distâncias de transporte

Como pode a investigação e a inovação contribuir para o

aumento da eficiência dos recursos? ► Desenvolvimento de metodologias de LCA e

promover seu uso prático ► Desenvolvimento de novas soluções para uma melhor

utilização de materiais (alternativos) ► Avaliação de novas soluções

• Performance• Durabilidade

► Aumentar a confiança dos decisores para a utilização de soluções alternativas• Projectos de demonstração

• Especificações

Padrões convencionais e especificações ► Com base em propriedades empíricas ► Dificuldade eml extrapolar para novos materiais ► Dificuldade em se relacionar com o desempenho do

ciclo de vida

Especificações de performance ► Aplicação a novos materiais alternativos ► Entrada para o LCA

Pesquisa para a eficiência dos recursos:

Alguns exemplos de contribuições LNEC1. Aplicação de  resíduos  de mármore  na construção de

estradas2. Reciclagem a frio de pavimentos de asfalto no local3. Reciclagem de resíduos de construção e demolição

1 Aplicação de resíduos de mármore na construção de estradas

Caracterização de materiais heap de vários lugares - Recomendações para possíveis aplicações

► Mineralogia ► Propriedades químicas ► Propriedades físicas

Aplicação de resíduos de mármore na construção de estradas

Performance de camadas granulares não ligadas, na Auto-Estrada A6

Fundo ► Escassez de agregados (calcário) na área ► Várias  pedreiras de mármore na área ► Os resíduos de mármore disponíveis não cumpriam

integralmente as especificações (empíricas)

Objetivo ► Estudar a possibilidade da utilização de resíduos de

mármore para sub-bases não ligadas / camadas base

Actividades Principais

Construção e avaliação das secções do site experimental

► 4 secções com diferentes combinações de calcário (convencional) / resíduos de mármore (alternativo)

► Testes de carga FWD no local para caracterização mecânica de cada secção (em  adição aos testes convencionais de controle de qualidade)

Testes Laboratoriais

► Testes convencionais ► Testes triaxiais para avaliação de propriedades de

desempenho para diferentes condições (teor de água; compactação)

Principais conclusões

No local

► Secções com resíduos de mármore tinha resposta semelhante aos testes FWD para secções com materiais convencionais (calcário)

No laboratório

• As secções de resíduos de mármore tinham um desempenho aceitável Módulo

• Deformação permanente

Bom  desempenho  em  serviço  do pavimento  construído com resíduos de mármore após 12 anos.

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18 | Portugal Mineral

Assembleia de Delegados da UEPG

2 Reciclagem a frio de pavimentos de asfalto no local

Reciclagem a frio de pavimentos no local

Materias:

► avimento antigo ► Água ► Emulsão betuminosa ► Materiais corretivos  (agregados, cimento, cal)

Plano de fundo: ► Projectos de reabilitação de pavimentos antigos, onde

esta técnica seria recomendada ► Falta de experiência com este tipo de técnica ► Falta de especificações adequadas para a construção e

controle de qualidade ► Falta de entrada para projeto do pavimento

Objetivos: ► Apoiar a administração da estrada na implementação

desta solução ► Para acompanhamento de projectos específicos (1998

- 2003)

Reciclagem a frio de pavimentos no local

Actividades Principais ► Investigação sobre os procedimentos de teste para a

preparação de laboratório, aceleração da cura e testes de misturas asfálticas a frio

► Desenvolver critérios de projeto de mistura e especificações para construção

► Acompanhamento de obras de construção ► Investigação sobre a resposta dos pavimentos no local

e cura da camada reciclada ► Propriedades de desempenho durante e após a cura

(resistência à água, deformação permanente, fadiga ► Longo prazo no desempenho no local

3 Reciclagem de resíduos de construção e demolição (C&DW)

Objectivos ► Para promover o uso de C&DW nas construções em

Portugal, especialmente para as infra-estruturas de transporte

► Projectos de demonstração ► Preparação de guias para os diferentes tipos (mais

promissores) de aplicação de C&DW ► Projetos de colaboração com outras organizações de

P&D (nacionais e europeias)

SUPREMA - Aplicação sustentável de Materiais

Reciclados de Construção e Demolição (C&DRM) em infra-

estruturas rodoviárias

Objetivo PrincipalPromover a aplicação  sustentável da  C&DRM  em  infra--estruturas rodoviárias, através da  utilização desses ma-teriais  em camadas de pavimento  granular não ligado e nivelamento de camadas.

Linhas de pesquisa:1. Avaliação das características  geomecânicas  e geoam-

bientais  de diferentes tipos de  C&DRM, de acordo com as suas origens, classificação metodológica e com-posição final;

2. Caracterização da performance de C&DRM como ma-teriais granulares não ligados  e comparação com ma-teriais naturais;

3. Determinação dos parâmetros  a serem utilizados  no projeto  do pavimento, considerando as aplicações de C&DRM;

4. Investigação da capacidade de construção das cama-das do pavimento usando  C&DRM não ligado.

Principais resultados esperados:1. Elaboração de  recomendações práticas para  proje-

to e construção de  pavimentos rodoviários  utilizan-do C&DRM,

2. Elaboração de um guia para a aplicação e surgimento de asfalto como material não ligado em sub-base e ca-madas de cobertura (especificação LNEC)

Objetivos ► Promover o uso de C&DW nas construção em

Portugal, especialmente para as infra-estruturas de transporte

► Projectos de demonstração ► Preparação de guias para os diferentes tipos (mais

promissores) de aplicação de C&DW ► Projetos de colaboração com outras organizações de

P&D (nacionais e europeias)

Objetivos ► Partilhar experiências e práticas de

desmantelamento e reciclagem de materiais de estrada e materiais de estrada para uso na construção de estradas

► Construção de uma base de dados europeia sobre projetos de reciclagem, materiais e técnicas disponíveis

► Preparação de guias de boas práticas ► Definição de temas de pesquisa comuns

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Portugal Mineral | 19

Assembleia de Delegados da UEPG

A Plataforma empresarial europeia e a biodiversidade: negócios, biodiversidade e a indústria das

matérias-primas

Shulamit AlonyFuncionária do IUCNInternational Union for Conservation of Nature

AbstractJim O’Brien, na introdução de Shulamit Alony, sublinhou que a indústria de agregados está muito empenhada em contribuir para a biodiversidade.

Shulamit afirmou que o foco deve ser a conservação da na-tureza, o que implica futuro e sustentabilidade, e não ape-nas a protecção ambiental. Considerou que as ONG´s (or-ganizações não governamentais) já não estão tão relutantes em colaborar com as empresas. Destacou a cooperação da UEPG com o IUCN desde 2007 (Countdown 2010). Apre-sentou a plataforma B@B , acrescentado que a sua refe-rência na comunicação da estratégia europeia sobre biodi-versidade, delineada em Março de 2011, lhe garantia uma duração de pelo menos 10 anos. Sublinhou o compromisso de longo prazo da UEPG para com a biodiversidade. Des-tacou que há um voto de confiança da Comissão Europeia no sector o que constitui uma oportunidade de moldar a

política.Urgiu o sector a reunir as melhores práticas como incentivo de exemplos a seguir.

Porque é a conservação positiva para a actividade empresarial?

► Contribui para o crescimento sustentável ► Ajuda a minimizar o risco ► Podem melhorar o acesso ao capital de investimento ► Antecipa - e pode influenciar – a regulamentação ► Muitas vezes resulta em melhores produtos e serviços ► Muitas vezes resulta em poupança ► Ajuda a atrair e reter funcionários ► Pode diferenciar positivamente os negócios em

mercados competitivos

Os argumentos comerciais estão a mudar

As expectativas estão a aumentar:

► Regulamentação e intervenção política crescente ► Revisão dos compromissos e riscos de investimento ► Muitos círculos esperam que o comércio aperfeiçoe o

seu desempenho na gestão dos assuntos sobre biodiversidade

A confiança também está a aumentar:

► As parcerias comércio/ONG são mais comuns e maduras

► A capacidade e a política no mundo dos negócios está

a desenvolver rapidamente

Envolvimento crescente

Condutores de negócios: ► Pressão dos clientes

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20 | Portugal Mineral

Assembleia de Delegados da UEPG

► Pressão das partes interessadas ► Pressão regulatória ► Acesso ao capital ► Licença para operar ► Redução de custos ► Moral dos trabalhadores ► Valor acrescentado (competitividade) ► Considerações éticas

Condutores de ONG’s: ►

Confronto não suficiente ► Divulgação de empresas ► Orientação para a moldura do mercado político ► Saber como as empresas operam ► Novo financiamento / adicionais ► Marca ONG e seus serviços

• Perícia

• Legitimidade

UEPG e a Declaração Countdown 2010

► Comunicar a meta de biodiversidade 2010 ► Apoiar a implementação da Comunicação de

Biodiversidade da CE ► Desenvolver uma declaração Biodiversidade da

UEPG para o setor de agregados ► Juntar e difundir contribuições positivas para a

biodiversidade (por exemplo, CD-ROMs) ► Promover a compatibilidade entre os sites de

extracção e o Natura 2000 ► Coordenar eventos a promover a reflexão sobre a

Biodiversidade (por exemplo: dias de visitas abertas, campanhas de sensibilização local)

Biodiversidade - no topo da agendaJo Leinen “A indústria de agregados Europeia é parte da solução”

Janez “A UEPG tem sido ativa em trabalhar para aumen-tar a biodiversidade, muitas vezes em cooperação com as comunidades locais ou ONG’s”

Iniciativa de negócios e biodiversidade da EU

A construção de parcerias com as empresas já estava em destaque na comunicação da Comissão sobre a Biodiver-sidade (2006)

A “Mensagem de Lisboa” - o resultado da Conferência de Negócios e Biodiversidade de Alto Nível, durante a Pre-sidência Portuguesa do Conselho da UE - pediu acção a nível da UE e incentivou, entre outros,o desenvolvimento e fortalecimento das parcerias entre empresas, Governos em todos os níveis, ONG’s e universidades.

Relatório intercalar sobre o Plano de Acção da UE sobre Biodiversidade (2008) - destacou a necessidade de uma maior colaboração das empresas na conservação da bio-diversidade.

“Mensagem de Atenas” (“Proteção da Biodiversidade – Além de 2010: Prioridades e opções para a futura política da UE” conferência, Abril 2009) - o envolvimento das em-presas é crucial para a definição da política comunitária da biodiversidade, re-instalada pelo Conselho do Ambiente

Estratégia da biodiversidade da EU para 2011

A Plataforma B@B da UEtem sido reconhecido na Estra-tégia para a Biodiversidade da UE - adotado em Maio de 2011 - como a principal ferramenta para promover o diá-logo com as empresas sobre a biodiversidade:

“A Comissão continuará a desenvolver a plataforma e incentivar uma maior cooperação entre empresas na Europa, incluindo as PME, e links para iniciativas nacionais e glo-bais “.

Os Objectivos Plataforma ► Estabelecer e tornar operacional uma plataforma

europeia de negócios e biodiversidade ► Criar um site ► Sectores de actividade identificados pela CE:

Agricultura, Abastecimento e Silvicultura, Indústrias Extractivas, do Setor Financeiro e Turismo

► Ajudar as empresas a incluir preocupações com a biodiversidade nas suas principais atenções

► Promover a sensibilização para as questões da biodiversidade

► Indicadores de referência para as melhores práticas ► Construir sobre os resultados de projectos CE, por

exemplo, acções preparatórias da Natura 2000

Primeiro ano de Projeto ► Criação e manutenção do site oficial da plataforma ► Criação de um centro de recursos, incluindo uma

biblioteca e informações chave por setor ► Identificar as questões principais da biodiversidade,

principais interessados, as principais iniciativas já em curso a nível europeu, as melhores práticas

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Portugal Mineral | 21

Assembleia de Delegados da UEPG

► Organização de workshops por sectores ► Fornecer uma função de help desk (assistência) ► Envolver os sectores da actividade, as autoridades dos

Estados-Membros e as sociedade civis nas atividades sob o patrocínio da Plataforma

► Comunicação: folhetos, boletim informativo, apresentação da plataforma em eventos e reuniões

► Promover a implementação das melhores práticas identificadas

► Desenvolvimento de mecanismos para monitorização e gravação dos benefícios da biodiversidade resultantes do melhoramento das atividades laborais

► Desenvolvimento de um prémio / sistema de classificação reconhecendo as contribuições excepcionais

Segundo ano de Projeto ► Manter o processo de comunicação com os

participantes da Plataforma - Envolver-se com as partes interessadas• Definir conceito de Melhores Práticas, recolha, pu-

blicação e divulgação de uma seleção de exemplos de boas práticas.

• Continuar a promover a Plataforma através do site, folheto informativo e apresentações em eventos.

► No seguimento da estratégia de biodiversidade da UE pós-2010• Criação de um pequeno processo de consulta so-

bre a implementação da estratégia das empresas

► Projetar e executar diferentes acções de formação baseadas nas necessidades e solicitações dos sectores

► Avaliar e reconhecer o desempenho das empresas• Projetar um esquema para o prémio da plataforma

B@B da UE

• Ações de formação de análise competitiva

Trabalho

Pacote 1

Comunicação - Estabelecer e manter o processo de comunicação com os participantes da Plataforma

1.1 Melhores PráticasProdutos Prazo1.1a Definição do conceito de "melhores práticas", processo de qualidade e

processo de aprovação dentro do âmbito deste projectoProjecto até ao fim de Março

1.1b Recolha, compilação, edição de prova e leitura de boas práticas Recolha em Agosto; Seleção em Setembro

1.1c Publicação e divulgação electrónica no site do documento melhores práticas

Outubro

1.1d Concepção e impressão de uma publicação que apresenta uma seleção de melhores práticas

Até ao fim de Outubro

1.1e Envio da publicação Melhores Práticas impressa Fim de Outubro

Trabalho

Pacote 1

Comunicação - Estabelecer e manter o processo de comunicação com os participantes da Plataforma

1.2 BrochuraProdutos Prazo1.2a Atualização das brochuras Até 25 de Abril1.2b Publicaçao da brochura no site Até 6 de Maio1.2c Impressão da versão atualizada Até 22 de Maio

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22 | Portugal Mineral

Assembleia de Delegados da UEPG

1.3 Site1.3a Atualização e manutenção numa base regular, fornecendo novos estu-

dos, publicações, iniciativas em todo o mundo, notícias e eventos Em curso

1.3b Apresentação de trabalhos dos participantes da Plataforma, projetos e experiências Em curso

1.3c Recolha do Em curso

Trabalho

Pacote 1

Comunicação - Estabelecer e manter o processo de comunicação com os participantes da Plataforma

1.4 Envolvimento das partes interessadasPronto para entrega Prazo1.4a Participação em reuniões, eventos e fazendo apresentações de modo a

aumentar a participaçãoEm curso

1.5 Boletim Informativo (electrónico)1.5a Publicação de um boletim trimestral, incluindo artigos dos participan-

tes ou informações que possam ser de interesse para os outros.No final de Março, Junho, Setembro

Trabalho

Pacote 2

Acompanhamento da Estratégia de Biodiversidade da UE após 2010

2.1 Pequeno processo de consultaPronto para entrega Prazo2.1a Criação de um questionário eletrónico sobre a implementação

da Estratégia da UE para a Biodiversidade após 2010 (linha de base para a actividade 2.2)

Assumindo a adoção, em  Maio, projecto de questionário meados de Maio

2.1b Divulgação do questionário eletrónico Início de Junho2.1c Recolha e acompanhamento das respostas dos participantes ao ques-

tionário eletrónico Até 20 de Junho

2.1d Preparar um relatório, resumindo e analisando os resultados do ques-tionário e os seus efeitos Até 10 de Julho

Trabalho

Pacote 2

Acompanhamento da Estratégia de Biodiversidade da UE após 2010

2.2 Pequeno processo de consultaPronto para entrega Prazo2.2a Ligação com a Comissão Europeia para o desenvolvimento do concei-

to de workshops, decidindo sobre os objetivos e discutir os resultados esperados

Maio

2.2b Preparação do workshop Junho2.2c Preparar o draft de um documento de discussão para os seis

workshops sectoriais sobre a Estratégia de Biodiversidade Pós-2010 da EU e sobre formas de implementação propostas pelo negócio a ser discutido com os participantes durante os workshops (uma por setor)

Início de Agosto

2.2d Realização dos workshops Meados de Setembro2.2e Preparação do relatório dos workshops Fim de Setembro

Page 25: Portugal Mineral N. 4

Portugal Mineral | 23

Assembleia de Delegados da UEPG

2.2f Trabalho final sobre a Estratégia de Biodiversidade da UE pós-2010 e as formas propostas de sub-metas de implementação por parte das em-presas (um por setor + um documento final  incluindo todos os setores)

Até 10 de Outubro

Trabalho

Pacote 2

Acompanhamento da Estratégia de Biodiversidade da UE após 2010

2.3 Qualquer outra mesa redonda / pequenas reuniões solicitadas pela CE e/ou pelos setores - max. um por setorPronto para entrega Prazo2.3a Draft do documento de referência sobre os temas solicitados, a ser dis-

cutido com os participantes.TBC

Trabalho

Pacote 3

Performance de Avaliação e Desempenho

3.1 Conceção de um sistema de classificação para o regime de concessãoPronto para entrega Prazo3.1a Conceção de um sistema de graduação para o sistema de atribuição

baseado na proposta de sistema de atribuição preparado no primeiro ano; definição de objectivos (ex: dando reconhecimento aos pioneiros, à construção de pressão dos pares ou aumentando a sensibilização)

Email de lançamento en-viado em Março

Trabalho

Pacote 3

Performance de Avaliação e Desempenho

3.2 Workshop de análise competitivaPronto para entrega Prazo3.2a Ligação com  a Comissão Europeia  para o desenvolvimento do  con-

ceito dos workshops, decidindo sobre os objetivos e discutindo os re-sultados esperados, incluindo a preparação de uma nota de conceito para a CE

Até 17 de Abril

3.2b Preparação do workshop Maio3.2c Preparar um draft de um documento de discussão para os workshops

sectoriais16 de Maio

3.2d Realização dos workshops Meados de Junho3.2e Preparação do relatório dos workshops Fim de Junho

3.3 Brochura eletrónica Pronto para entrega Prazo3.3a Brochura electrónica incluindo metodologias de análise competitiva

sugeridas para implementação Meados de Setembro

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24 | Portugal Mineral

Assembleia de Delegados da UEPG

O Projecto SARMaGestão de agregados no Sudeste da Europa

Jim O'Brien (Em substituição de Slavko Solar coordenador do projecto SARMa - pesquisa geológica na Eslovénia.)*

AbstractJim O’Brien, Presidente da UEPG, falou em nome de Sla-vko Šolar (ausente), coordenador do projecto SARMa - pesquisa geológica na Eslovénia.

Apresentou o projecto como desafiante e proactivo. Con-siderou que está e evoluir bem e convidou os presentes a participarem na conferência final em Ljubljana, em Setem-bro de 2011.

O presidente da UEPG considerou ainda que poderia ha-ver uma colaboração recíproca com os países do projecto SARMa e que esses países seriam muito bem-vindos como novos membros da UEPG.

Conteúdo ► Objetivos do Projeto ► Parcerias ► Métodos, atividades, resultados ► Conferência em Ljubljana, Setembro 2011

Os objetivos principais do projeto são:

► Desenvolver uma abordagem comum à Gestão Sustentável de Recursos dos Agregados (SARMa) no Sudeste da Europa (SEE) e

► Assegurar um planeamento de abastecimento sustentável variado, em três escalas, para garantir o fornecimento eficiente e seguro em SEE.

► SARM é uma eficiente gestão de baixo impacto sócio-ambiental das pedreiras e da gestão de resíduos. SSM utiliza múltiplas fontes, incluindo resíduos reciclados e subprodutos industriais (escória) que, juntos, maximizam os benefícios do abastecimento de agregados ao longo de gerações.

Descrição da Parceria

Diálogo Interno ► No total, mais de 30: 14 Parceiros, 9 observadores, 6

associações intervenientes, 3 Conselho Consultivos ► Inclusão de parceiros de antigos Estados-Membros,

novos Estados-Membros e dos países candidatos ► Cobertura geográfica: 10 +1 países da área SEE ► Experiência, responsabilidade, fornecimento ► Parceria: Ministérios responsáveis ou de mineração,

autoridades regionais, câmaras de comércio e indústria, pesquisas geológicas, institutos e faculdades

Distribuição regional dos parceiros do Projecto

Os potenciais futuros membros da UEPG são Bósnia-Her-zegovina, Montenegro, Albânia, Macedónia e Moldávia

Desafios a nível local ► Otimizar a eficiência da produção de agregados

primários, ► Prevenir ou minimizar os impactos ambientais da

extracção e melhorar a recuperação,

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Portugal Mineral | 25

Assembleia de Delegados da UEPG

► Minimizar pedreiras ilegais, melhorando o conhecimento,

► Promover a reciclagem (resíduos de demolição, de construção e de pedreiras), e

► Aumentar a capacidade de grupos interessados e afetados.

Desafios a nível regional/nacional ► Avaliar e quantificar os recursos agregados, ► Desenvolver estratégias para a gestão sustentável dos

recursos agregados, incluindo nas zonas protegidas, considerando os recursos agregados na gestão da terra e planeamento do uso e harmonização de políticas em todas as regiões, e

► Desenvolver diretrizes e procedimentos para o planeamento de SSM

Desafios a nível transnacional ► Recomendar métodos para harmonizar SARM & SSM

trans-regional e transnacional, ► Projetar um Sistema de Inteligência de agregados

(AIS), com vários propósitos e várias escalas, como uma ferramenta de longo prazo para transferência de know-how.

Seguimento: preparar um plano para um Centro Regional de SARM e SSM, para aumentar a capacidade de todos os grupos interessados e afetados através de oficinas de capa-citação e materiais educativos.

Abordagem metodológicaParceiros do projeto visam atingir objetivos através de pa-cotes de trabalho (WP):

► WP1: Gestão de projetos• WP-líder: Geological Survey, Eslovénia

► WP2: Divulgação do projeto• WP-líder: Universidade Técnica de Creta, Grécia

► WP3: Atividades em escala local• WP-líder: Instituto de Geologia e Exploração

Mineral, Grécia

► WP4: Escala regional / nacional• WP-líder: Office Hungarian para Mineração e

Geologia

► WP5: escala transnacional• WP-líder: Universidade de Leoben, na Áustria

Actividades WP 3 ► 3.1 Práticas de extração ambientalmente corretas ► Áreas de intervenção:

• Poluição atmosférica• Explosivos• Ecologia e Biodiversidade• Conservação da Natureza• Ruído• Planeamento• Multas e resíduos das pedreiras• Restauração e Reabilitação• Questões sociais e comunitários• Transportes e Trânsito• Problemas visuais e de Paisagem• Água

Resultados WP 3 ► 3.2 Pedreiras ilegais - Exemplo: Condutores das

pedreiras ilegais• Legislação pouco clara e/ou complicada, especial-

mente quando as leis são confusas, contraditórias, ou estão abertas a interpretações divergentes, ou quando mais de um organismo de controlo super-visiona as operações,

• Necessidade premente de agregados para apoiar o desenvolvimento local, que não é acompanhada pela concessão de licenças legais para pedreira, e

• Falta de monitorização eficiente e constante.

W3 Resultados ► 3.3 Reciclagem - Exemplo: Recomendações

Actor Recomendação

Governo

A fim de pôr em prática as estratégias da UE, tem de promover-se uma forte siner-gia entre mineração, processos tradicio-nais de mineração e reciclagem

Operadores de

Pedreiras

Como os produtores de agregados natu-rais detêm o próprio know-how técnico em processamento de agregados naturais, eles podem aplicá-lo na reciclagem de agregados. Da mesma forma, os produto-res de agregados naturais detêm o conhe-cimento sobre questões de mercado que podem ser exploradas, a fim de aumentar a procura de agregados reciclados.

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26 | Portugal Mineral

Assembleia de Delegados da UEPG

► 3.4 Manual para o nível do site em desenvolvimento

Exemplos de comunicaçãoVariedade de Abastecimentos Sustentáveis - Pesquisa SSM

► BARREIRAS E SOLUÇÕES• http://www.sarmaproject.eu/index.php?id=1883

• On-line ou em papel

• 15-20 minutos

• 50 por países SARMa e outros

• Estatísticas

WP 4 & 5 - Atividades a decorrer ► 4.1 Gestão sustentável dos recursos agregados, e ► 4.2 Planeamento para a mistura de suprimento

sustentável.

► 5.1 Harmonização de legislação e políticas, ► 5.2 Abastecimento sustentável em toda a SEE e

Sistema de Inteligência de Agregados, e ► 5.3 Manual para o nível nacional e transnacional

Diálogo Externo ► Papéis, artigos, apresentações ► Workshops nacionais em todos os países SEE ► Workshops internacionais

• Gestão, reciclagem

► Conferência Internacional• Ljubljana 20-22 de Setembro de 2011

(Irlanda)

(Itália)

(Reino Unido)

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AssembleiA de delegAdos UePgHotel sAnA lisboA

27 mAio 2011

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Portugal Mineral | 29

Assembleia de Delegados da UEPG

UEPG Áreas de Actividade, Prioridades, Realizações e Objectivos

Área de Actividade

Prioridades Actuais Prioridades Próximas Realizações em

2011-2012Objectivos para

2011-2012

Comissão

Económica

Estratégia para as Matérias-primasEficiência de re-cursos em 2020 Estratégia sec-torial

Promoção da eficiência do transporteConfiança dos indi-cadores de desenvol-vimento sustentável (SDIs)

Significativo lobbying e envolvimento em matéria de matérias-primas da EU, eficiência dos recursos e estratégias para 2020Desenvolvidos SDIs indus-triais mais exactos

Continuar o lobby e conseguir melhor acesso a recursos locais, melhor planeamento dos minerais para permitir a todos os países da EU promover a reciclagem e a eficiência dos recursos

Comissão

Técnica

Revisão dos pa-drões CEN e itens associadosCom a EPRA, promoção da reciclagem

Questões de imple-mentação da regulação de produtos de cons-truçãoFim do critério de desperdício

Desenvolvimentos do CEN rigorosamente monitorizados, incluindo debates sobre substancias perigosas, CLP e REACHCriada maior consciência da necessidade de mais altos níveis de reciclagem

Assegurar que os interesses da indústria são observados de acordo com os padrões standartUnião da Eficiência de recursos e Inovação: desen-volver as linhas principais das boas práticas para promover mais reciclagem em toda a Europa

Comissão Saúde e Segurança

Promover a segu-rança através do designFavorecer a pro-moção da ESDA na RCS

Favorecer a prevenção da sinistralidadeAdiamento da Direc-tiva sobre Explosivos para uso civil

Aliança Atlântica, 6º Encontro em Out 2010, Segurança pelo Design, promovida a nível euro-peu: UEPG convidada para partner com o EU--OSHAFavorecer o alargamento da ESDA a mais países da UEIniciativas CSI adoptadas em material de prevenção de sinistralidade

Aliança Atlântica, 7º En-contro previsto para 2012 nos EUA para debater a Segurança pelo Design a nível globalPromover a melhoria do próximo relatório ESDA/NePsi em Fev/Mar 2012Continuar a aumentar a consciência e as acções com vista à eliminação da sinistralidade

Comissão

do Ambiente

Monitorização e alertas em todas as iniciativas emergentes na UEPromover os aspectos da Biodiversidade & Natura 2000Gestão da Água

Estratégia marítimaIniciativa TEEB e questões associadas às compensações na ecologia

Desenvolvimento da es-tratégia de biodiversidade até 2015, incluindo KPIs, case studies analisados, plataforma B@B, reforço dos links IUCNDesenvolvimento das grandes linhas de boas práticas em gestão da água e case studies

Promover o desenvolvimen-to da biodiversidade como ponto chave para o reforço industrial, incluindo TEEB e questões de compensaçãoTask force para a promoção do desenvolvimento mariti-mo agregadoContinuar o lobby em mui-tas iniciativas ambientais emergentes

Task force

Relações

Públicas e

Comunicação

Troca de expe-riências de boas práticas em rela-ções públicas Imagem da Indústria e PR Mensagens

Apoio ao Dia Europeu dos Minerais e outras iniciativas de relações públicasCriar maior consciên-cia das oportunidades de financiamento

Troca de experiências de boas práticas de PR na imagem da industria e nas mensagensPrémios de desenvolvi-mento sustentado 2010, a continuar em 2013

Continuar a partilhar acti-vidades de excelência entre membrosContinuar a transmitir mensagens positivas em responsabilidade e dedica-ção de excelência

Acrónimos

CLP Classificação, Etiquetagem e Embalagem (quando os componentes são considerados “artigos”.)EPRA Plataforma Europeia para Componentes RecicladosESDA/RCS Acordo Europeu para o Diálogo Social em Sílica Cristalina Respirável,NePSi Rede Europeia para a Sílica,PR Relações Públicas,TEEB Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade.

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32 | Portugal Mineral

Notícias

ANIET Coordena em Portugal

O Dia Europeu dos Recursos Minerais

Subordinado ao tema “Uma Extracção Sustentável para uma Europa Próspera”, decorreu entre os dias 13 e 15 de Maio o Dia Europeu dos Recursos Minerais 2011 que foi comemorado com vários eventos em toda a União Eu-ropeia

Realizaram-se várias actividades em minas, pedreiras e empresas de transformação com o objectivo de aumentar a visibilidade do Sector dando a conhecer a importância da indústria extractiva ao público em geral. Em Portugal o evento foi , coordenado pela ANIET.

Foram ainda objectivos deste dia:

► Consciencializar a população para a a necessidade e importância da extracção de minerais na vida quotidiana;

► Divulgar a importância do sector na economia dos países e da UE;

► Demonstrar por parte deste Sector de Actividade um comportamento responsável e um compromisso com o ambiente, a biodiversidade, as questões de segurança, entre outras.

► As empresas aderentes demonstraram aos visitantes a importância desta indústria, nomeadamente: • No desenvolvimento da economia local

• Oportunidade de geração de riqueza

• Criação de emprego

• Oportunidades de criação de carreira

► Preocupações ao nível da Segurança e Saúde; ► Boas práticas ambientais, biodiversidade (este ano

com especial ênfase) e eficiência dos recursos.

O Dia Europeu dos Recursos Minerais em Portugal

Em Portugal realizaram-se 8 eventos coordenados pela ANIET, entre os quais visitas guiadas a pedreiras, insta-lações de britagem e transformação de rocha ornamen-tal, a uma mina e lavaria, laboratórios, ao centro de in-terpretação geológico de Arouca. Realizaram-se também workshops que contaram com a presença de mais de 300 participantes de escolas primárias, secundárias, profissio-nais e faculdades, população, clientes, moradores e traba-lhadores. No final das visitas algumas empresas oferece-ram ainda um lanche convívio aos participantes.

A ANIET agradece aos associados que colaboraram e par-ticiparam neste evento. Brevemente estará disponível na sua página Web em www.aniet.pt várias fotos dos eventos realizados e poderão ainda consultar informação das em-presas aderentes a nível europeu em: http://www.mineral-sday.eu/events/

Para os interessados que querem saber mais sobre o Minerais!

Principais Factos e Números ► Na Europa existem activas cerca de 30.000 pedreiras e

minas ► Produz-se mais de 3 biliões de toneladas de produtos

essenciais à sociedade ► O Sector dos minerais dá emprego a cerca de 350.000

empregados e até 500.000 quando inclui subcontratados

► 14% dos postos de trabalho na EU são em empresas que necessitam dos minerais como matérias primas

► O volume de negócios anual do Sector de minerais é de cerca de 50 biliões de euros

► Aproximadamente 70% da indústria transformadora da UE depende das substâncias minerais

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Notícias

Ardósias Valério & Figueiredo, LdaRealizou duas visitas guiadas à pedreira / miradouro, à unidade de transformação e proporcionou uma visita ao Centro de Interpretação Geológica de Canelas em Arouca.

No final da visita a empresa ofereceu um lanche convívio ao grupo de visitantes: professores e alunos do ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto, e da FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto).

Agrepor Agregados - Extracção de Inertes, S.A.Promoveu uma visita guiada ao centro de produção de Penafiel, a uma turma de 20 alunos e docentes da Escola Profissional Centro de Estudo e Trabalho da Pedra.

► Uma casa familiar contém até 400 toneladas de minerais e agregados

► Um carro contém até 100-150 Kg de minerais e mais de uma tonelada de metais

► 50% das tintas é feita de minerais ► O papel utiliza até 50% de minerais ► A cerâmica é feita a 100% de minerais ► Um telemóvel e um computador contêm até 40 high-

tech minerais e metais ► O vidro contém até 100% minerais ► Os minerais são cada vez mais utilizados para o

desenvolvimento de produtos tecnologicamente sofisticados, como os chips de computador

► Para muitas matérias-primas essenciais, a extracção está concentrada em um número limitado de países

► Antes de ser concedida uma licença, a empresa de

indústria extractiva deve apresentar um plano de recuperação para toda a área a ser explorada

► Em toda a Europa, um número enorme de flora e fauna, existentes na lista oficial vermelha de espécies ameaçadas de extinção, encontra abrigo em unidades extractivas de minerais activas ou encerradas.

► Mais de 700 locais do Reino Unido com especial interesse científico estão situados em antigas pedreiras. Uma recente pesquisa revelou que algumas pedreiras francesas proporcionaram casas a mais de metade das espécies animais conhecidas em França.

http://www.unicem.fr/userfiles/dossier-de-presse-Unicem--biodiversite-281008.pdf

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Notícias

GN – Granitos do Norte, LdaRecebeu uma turma de 22 alunos e 2 docentes da EB1 de Favões e uma turma de 22 alunos e 2 docentes da EB2,3 de Alpendorada. Realizou-se uma visita guiada a um pequeno pólo de extração e às instalações de transformação de rocha ornamental da empresa. No final da visita a empresa ofereceu um almoço convívio a todos os participantes.

Granitos Irmãos Peixoto, LdaPromoveu uma visita guiada às instalações de transformação de rocha ornamental a uma turma de 20 alunos e docentes da Escola Profissional Centro de Estudo e Trabalho da Pedra.

Construções Pardais – Irmãos Monteiros, LdaRealizou uma visita guiada às suas instalações industriais (pedreira, serração e transformação). No final da visita a empresa ofereceu um lanche convívio a uma turma de 20 alunos e docentes da Escola Profissional Centro de Estudo e Trabalho da Pedra.

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Notícias

Irmãos Cavaco, S.A.Realizou, uma curta apresentação em sala das actividades da empresa, em especial da exploração de agregados, seguida de uma visita à exploração e instalações de britagem a 30 alunos da Escola Secundária de Santa Maria da Feira.

Somincor – Sociedade de Mineira de Neves Corvo, S.APromoveu, uma visita à Mina e Lavaria a um grupo de 15 alunos e professores de mestrado do ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto.

Sibelco Portuguesa, LdaRealizou um Workshop com o tema “Evoluir Sustentável” seguindo-se uma visita às instalações industriais (zona extracção, produção e laboratório). Estiveram presentes mais de 100 participantes entre eles moradores, clientes e alunos do 11.º ano da área de Ciências da Escola Secundária de Rio Maior. No dia 13 de Maio promoveram ainda 1 almoço convívio aos trabalhadores da empresa.

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Notícias

Fórum da Indústria Extractiva

O FÓRUM DA INDUSTRIA EXTRACTIVA, promovido pelo Departamento de Engenharia de Minas da FEUP, realizou-se no dia 29 de Outubro de 2011, no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. O evento, com inscrição gratuita, contou com a participação de especialistas nas diferentes áreas de intervenção da En-genharia de Minas.

Pretendeu-se promover o debate e a reflexão em torno da indústria extractiva.

O fórum privilegiou o contacto entre os profissionais, o meio académico, as empresas e instituições ligados ao sec-tor extractivo e dirigiu-se a todos os envolvidos na área da Engenharia de Minas e Geo-Recurso - exploração de águas, minas e pedreiras, abertura de túneis, recuperação ambiental de locais contaminados e prospecção geofísica entre outros.

Dos temas desenvolvidos destacaram-se:

► As matérias-primas: ► Minerais energéticos; ► Minerais ferrosos; ► Minerais não ferrosos; ► A Construção e obras públicas; ► Os Recursos hidrogeológicos; ► A Prospecção; ► A Reabilitação ambiental; ► O Ensino e investigação; ► Equipamentos/ fabricantes.

Rua da Zona Industrial Nº 99 - 4625-123 Favões - Tels.: 255 588 841 - FaX 255 588 [email protected] - www. granitospeixoto.pt

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Actualidades

Novo regime Jurídico da Gestão de Resíduos

Decreto-Lei n.º 73/2011,

de 17/06(transpõe a Directiva

2008/98/CE)Estudo elaborado

pela Comissão Especializada

do Ambiente do CSA - Conselho Superior Associativo da AEP

- Associação Empresarial de Portugal

da qual a ANIET faz parte

Regime Geral da Gestão de Resíduos

Transposição para a Ordem Jurídica

Nacional da Directiva Resíduos

O Decreto-Lei n.º 73/2011 - I Série n.º 116, de 17/06, transpõe para a or-dem jurídica nacional a Directiva n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro – “Directiva Resíduos”.

Em consequência desta transposição resulta também alterado o Decreto--Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece o regime geral da ges-tão de resíduos.

O DL 73/2011 entrou em vigor a 18 de Junho de 2011.

PrioridadesAs prioridades do presente regime continuam a centrar-se:

► No reforço da prevenção da produção de resíduos;

► No incremento da sua reutilização e reciclagem (só em último caso se recorre à eliminação);

► No pleno aproveitamento do novo mercado organizado de resíduos como forma de consolidar a valorização dos resíduos;

► No estímulo ao aproveitamento de resíduos específicos com elevado potencial de valorização.

Novas Metas para a Gestão de Resí-duos / 2020

Com o objectivo de fomentar a reu-tilização, reciclagem e outras formas de valorização dos resíduos, estabe-lecem-se novas metas para a gestão de resíduos, pretendendo-se que, até 2020:

► A percentagem de resíduos urbanos (papel, cartão, vidro, plástico, etc.) reutilizados e reciclados aumente para 50%.

► A percentagem dos resíduos reutilizados, reciclados e sujeitos a outras formas de valorização aumente para 70%.

► Sempre que tecnicamente possível, 5% das matérias-primas usadas nas obras públicas devem ser materiais reciclados.

Até 31 de Dezembro de 2011, os pro-dutores de óleos novos devem assegu-rar que:

► Pelo menos 75% dos óleos usados recolhidos são reciclados.

► Pelo menos 50% dos óleos usados recolhidos são regenerados.

Até 12 de Dezembro de 2013, o go-verno irá elaborar programas de pre-venção, que têm como objectivo redu-zir a produção de resíduos.

Estes programas estão sujeitos a con-sulta pública e, após a aprovação, são publicados na página da internet da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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Actualidades

Destacam-se como aspectos principais

deste novo regime de gestão de resíduos:

1. Clarificam-se conceitos chave, como as definições de resíduo, prevenção, reutilização, prepara-ção para a reutilização, tratamento e reciclagem, com base numa di-ferença efectiva em termos de im-pacte ambiental.

2. Incentiva-se a recolha selectiva, em particular dos biorresíduos, e estabelece-se um enquadramento regulamentar para a livre comer-cialização do composto para valo-rização agrícola.

3. Prevê-se a aprovação de progra-mas de prevenção e estabelecem--se metas de reutilização, recicla-gem e outras formas de valorização material de resíduos, a cumprir até 2020.

4. Com o objectivo de atingir as me-tas estabelecidas prevê-se a utili-zação, sempre que tecnicamente possível, de pelo menos 5 % de materiais reciclados em emprei-tadas de obras públicas.

5. Alarga-se o âmbito do mercado organizado de resíduos aos sub-produtos, materiais reciclados e resíduos perigosos, facilitando-se, desta forma, a valorização de ou-tro tipo de resíduos.

6. Distingue-se, no domínio das ac-tividades de gestão de resíduos, en-tre armazenamento preliminar de resíduos antes da recolha e o arma-zenamento antes do tratamento. Tendo por base esta distinção, os estabelecimentos ou empresas que produzam resíduos no âmbi-to das suas actividades não estão sujeitos a licenciamento para o armazenamento dos mesmos an-tes da recolha.

7. Isenta-se de licenciamento um conjunto de actividades especí-ficas de valorização de resíduos. Assim, deixam de ser necessárias licenças para algumas das activi-dades ligadas à gestão de resíduos, como é o caso do tratamento de madeiras, cortiças, fibras prove-nientes da produção de pasta de papel, resíduos vegetais prove-nientes de espaços verdes e do ar-mazenamento de resíduos, no lo-cal onde foram produzidos, antes de serem enviados para outro local para tratamento.

8. No âmbito do licenciamen-to simplificado, as actividades que podem ser licenciadas em 30 dias, passam a estar sujei-tas a uma vistoria de controlo. Os processos de licenciamento podem ser consultados na plata-forma disponível na página da in-ternet da APA.

9. Introduz-se, em matéria de li-cenciamento simplificado, para as actividades que podem ser licenciadas em 30 dias, um me-canismo de controlo pós-licen-ciamento – vistoria de controlo (a realizar no prazo de seis me-ses após a emissão da licença). Com este mecanismo de controlo pretende-se avaliar a compatibili-dade com os instrumentos de ges-tão territorial e com as servidões administrativas e restrições de uti-lidade pública aplicáveis.

10. Introduz-se, em matéria de transporte de resíduos, a guia de acompanhamento de re-síduos electrónica (e-GAR). Esta guia, disponível na página da internet da APA, substitui a guia em papel, desmaterializando o procedimento de registo e contro-lo da informação relativa ao trans-porte de resíduos.

11. Estabelecem-se os requisitos para que substâncias ou objectos resultantes de um processo pro-dutivo possam ser considerados subprodutos e não resíduos. Neste âmbito, estabelecem-se tam-bém os critérios para que deter-minados resíduos deixem de ter o estatuto de resíduo.

Assim, um subproduto não é consi-derado um resíduo se:

► Tiver uma utilização futura que não tem efeitos negativos para o ambiente ou a saúde humana;

► Puder ser usado directamente, sem ter de sofrer mais alterações;

► A sua produção fizer parte do processo produtivo.

Por outro lado, alguns resíduos, de-pois de tratados ou reciclados, dei-xam de ser considerados resíduos se houver interessados em adquiri-los e se forem usados para fins específicos, sem efeitos negativos para o ambiente ou a saúde humana.

12. Introduz-se o mecanismo da res-ponsabilidade alargada do pro-dutor. Esta abordagem da gestão de resíduos tem em conta o ciclo de vida dos produtos e não apenas a fase de fim de vida, com as ine-rentes vantagens do ponto de vista da utilização eficiente dos recursos e do impacte ambiental.

13. Alarga-se o sistema integrado de registo electrónico de resíduos, integrado no Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA), passando o mesmo a servir de suporte à in-formação relativa a produtos colo-cados no mercado no âmbito dos fluxos específicos de resíduos.

Passa a ser obrigatório registar no SIRAPA, disponível na página da in-ternet da APA, informação sobre pro-dução e gestão de resíduos e produtos colocados à venda que, no seu final de vida, dêem origem a resíduos com re-gras de gestão específicas.

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Actualidades

As entidades inscritas no SIRAPA têm de fornecer a seguinte informação:

► Anualmente, até 31 de Março do ano seguinte, informação sobre os resíduos e os produtos colocados no mercado;

► Mensalmente, até ao final do mês seguinte, informação sobre sistemas de gestão de resíduos urbanos.

14. Clarificam-se as disposições em matéria de tratamento de resí-duos constantes da Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro, designadamente quanto a operações de mistura. Neste âmbito, actualizam-se os objectivos nacionais para a gestão de óleos usados com destaque para a prioridade atribuída à regenera-ção (tal como referimos no inicio deste trabalho na parte referente às novas metas estabelecidas).

Posição da Comissão do Ambiente do Conselho Superior Associativo

da AEPEm diversos momentos, incluindo reuniões e seminários, a Comissão do Ambiente teve oportunidade de apre-sentar as suas propostas, bem como, as principais preocupações relativa-mente a esta temática.

Neste âmbito, destaca-se a reunião com o Sr. Secretário de Estado do Ambiente, a carta enviada à APA - Agência Portuguesa do Ambiente e à DGAE – Direcção-Geral das Acti-vidades Económicas e a reunião com representantes da APA.

Constatou a Comissão do Ambiente que, embora algumas das alterações previstas se apresentassem como van-tajosas face ao quadro legal que estava em vigor, outras representavam recu-os face ao que era expectável e neces-sário para a indústria nacional.

Os dois aspectos para que a Comissão mais acentuadamente chamou a aten-ção prendiam-se com o elevado valor das taxas aplicáveis ao processo de passagem de um resíduo a subprodu-to, bem como, a definição de resíduos e de subprodutos.

1. Relativamente à definição de re-síduos e de subprodutos

A Comissão do Ambiente defendeu que, nesta matéria, as regras e condi-ções devem ser definidas por Bruxe-las, para que no respeito pelas regras de concorrência do mercado europeu, não se venham a originar distorções nos preços dos subprodutos. Assim, recomendou-se vivamente que o qua-dro geral das regras de fim de resíduo fosse fixado a nível comunitário sem qualquer possibilidade de adaptação pelos Estados-Membros.

Sendo o mercado dos subprodutos internacional e não apenas interno, a haver a possibilidade de estabeleci-mento de condições de adaptação por certo haverá também lugar a indesejá-veis distorções de mercado.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os estabelece no n.º 2 do artigo 44.º-A relativo ao Subproduto, que “na au-sência de critérios comunitários (…) a ANR pode, depois de ouvidos os opera-dores económicos directamente interes-sados ou as suas estruturas representa-tivas, definir os critérios que garantam o cumprimento das condições a verifi-car para que uma substância ou objec-to seja considerado subproduto”.

O n.º 2 do artigo 44.º-B relativo ao fim de estatuto de resíduo prevê procedi-mento semelhante ao anteriormente referido.

2. Subprodutos / Disposições Ge-rais Artigo 44.º -A –

A Comissão do Ambiente entendeu ser necessário esclarecer o que se entende por prática industrial normal referida na alínea b) do n.º 1 deste artigo.

O n.º 2 e 3 do mesmo artigo determi-nam que na ausência de critérios co-munitários, para aplicação do dispos-to no número anterior, a APA, depois de ouvidos os operadores económi-cos, através das associações sectoriais ou individualmente, pode definir os critérios que garantam o cumprimen-to das condições a verificar para que o material possa ser considerado sub-produto.

A Comissão do Ambiente referiu que resulta pouco claro se, ainda que exis-tam critérios comunitários, é preciso pedir autorização à APA para que um determinado resíduo possa ser consi-derado subproduto, o que, a ser assim, parece desnecessário e um desperdí-cio de recursos.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os não responde a estas questões.

3. Fim do Estatuto de Resíduo Ar-tigo 44.º -B

A Comissão do Ambiente questionou, referindo-se este artigo ao fim do es-tatuto de resíduo e aos critérios que devem ser observados para que tal aconteça, se poderá concluir-se que é possível co-existirem na União Eu-ropeia, diferentes listas nacionais de resíduos?

A Comissão do Ambiente chamou a atenção para o facto de nestes dois artigos, 44.º-A e 44.º-B, se referir a ausência de critérios comunitários e nada ser mencionado para as situa-ções em que estes critérios já existem.

Nesta matéria, entendeu a Comissão do Ambiente que o novo regime de-veria mencionar expressamente que, sempre que existirem critérios comu-nitários, os materiais que respeitarem estes critérios devem ser desde logo excluídos do estatuto de resíduo sem dependência de quaisquer outras tra-mitações, incluindo a isenção de taxas de classificação de subprodutos.

O novo regime de Gestão de Resíduos não responde a estas questões.

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Actualidades

4. O artigo 7.º da Directiva Resí-duos permite que os Estados--Membros considerem uma lista de resíduos própria.

A Comissão do Ambiente considerou que uma lista de resíduos própria (na-cional) criaria ambiguidade e retiraria segurança relativamente à Lista Euro-peia de Resíduos.

As representantes da APA aceitaram que a possibilidade de cada Estado--Membro ter uma lista própria de re-síduos, pode originar consequências extremamente gravosas.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os não prevê a possibilidade de listas nacionais de resíduos.

5. No que se refere à responsabili-dade alargada do produtor

A Comissão do Ambiente considerou que a formulação do artigo 10.º-A - Princípio da Responsabilidade Alar-gada do Produtor, suscita algumas preocupações pois atribui ao produtor a responsabilidade, em termos físicos e financeiros, pelos impactes ambien-tais e pela gestão dos resíduos decor-rentes da posterior utilização dos res-pectivos produtos quando atingem o final de vida, ainda que com limites relacionados com a exequibilidade técnica e viabilidade económica.

Em algumas situações, esta responsa-bilidade alargada pode significar, por exemplo, a responsabilidade do pro-dutor de tijolos ou pavimentos pela gestão dos resíduos de construção e demolição, o que no nosso entender não tem sentido nem é fácil de ope-racionalizar.

Corre-se, assim, o risco de criar ape-nas mais encargos financeiros para as empresas, sem qualquer mais-valia ambiental.

As representantes da APA compro-meteram-se a reportar esta questão ao departamento responsável, no sentido de a mesma ser clarificada.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os mantém a redacção do projecto de

diploma, não considerando as preo-cupações expressas pela Comissão do Ambiente.

6. Relativamente às Normas Técni-cas previstas no artigo 20.º

A Comissão do Ambiente chamou a atenção para o facto este artigo prever normas técnicas das actividades de tratamento de resíduos, que poderão enquadrar as isenções de licencia-mento previstas no artigo 23.º, sem, no entanto, nada referir relativamente ao plano de trabalho de desenvolvi-mento dessas normas, designadamen-te, quem tem que iniciar o processo, qual o formato do processo e sob que condições.

Referiu ainda a Comissão do Ambien-te que poderá haver um vazio relati-vamente ao enquadramento legal de alguns resíduos enquanto não forem publicadas as respectivas normas.

O novo Regime de Gestão de Resí-duos embora não responda a todas as questões suscitadas pela Comissão do Ambiente, relativamente a este as-pecto específico, estabelece no n.º 4 do artigo 20.º “…devendo as normas téc-nicas de maior relevância para o sector dos resíduos, identificadas por proposta da ANR, ser aprovadas no prazo de um ano a contar da data da entrada em vi-gor do presente decreto-lei”.

7. Guia de Acompanhamento de Resíduos Electrónica (e-GAR)

A Comissão do Ambiente chamou a atenção para o facto de, determinan-do-se que as e-GAR se preenchem apenas electronicamente, sem qual-quer alusão à possibilidade de recurso a Guias de Transporte em suporte pa-pel, na ausência de recurso à internet, podem criar-se situações difíceis para alguns pequenos transportadores.

De facto, as Guias de Acompanha-mento de Resíduos são muitas vezes preenchidas em horários e locais, como a portaria da unidade, em que não existem as condições necessárias para o registo electrónico, e a inter-

net pode nem sempre estar acessível. Assim, a Comissão do Ambiente con-siderou essencial a previsão de uma Guia Manual, que não apenas a elec-trónica.

O novo Regime de Gestão de Resíduos no seu artigo 21.º relativo ao transpor-te de resíduos não faz qualquer alusão a uma Guia Manual.

8. Licenciamento Simplificado

A Comissão do Ambiente congratu-lou-se pela isenção de licenciamento prevista para as operações previstas no n.º 4 e 5 do artigo 20.º.

A Comissão do Ambiente chamou, no entanto, a atenção para o facto de a isenção apenas ocorrer quando abran-gidos pelas normas técnicas previstas no número 2 do artigo 20º. Questio-nou então, o que acontece enquanto não existem essas normas técnicas? É que, tal como é referido no artigo 32.º, a possibilidade de licenciamento simplificado nestas situações foi revo-gada.

A Comissão do Ambiente salientou ainda que no n.º 4 deste artigo não está incluída a armazenagem no pró-prio local de produção por período não superior a um ano, tal como pre-visto no diploma anteriormente em vigor.

Da conjugação dos artigos 20.º, 23.º e 32.º a Comissão do Ambiente enten-deu ser necessário que da presente le-gislação resulte claro o seguinte pres-suposto:

Estando sujeitas a licenciamento as actividades de tratamento de resídu-os, artigo 23.º, e sendo que a definição de “tratamento” constante do artigo 3.º apenas refere operações de valo-rização ou de eliminação de resíduos, e por sua vez, a definição de “valori-zação” refere as operações constantes do anexo II, onde se refere armazena-mento (R13) mas se exclui armazena-mento temporário (por uma questão de coerência deveria ser utilizado o novo termo “armazenamento prelimi-

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Actualidades

nar”), então, a actividade de armaze-namento preliminar está excluída de qualquer obrigatoriedade de licencia-mento.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os não esclarece de forma cabal todas as dúvidas colocadas pela Comissão do Ambiente. Refere, no entanto, no artigo 20.º que “as normas técnicas de maior relevância para o sector dos resíduos, identificadas por proposta da ANR, ser aprovadas no prazo de um ano a contar da data da entrada em vigor do presente decreto-lei”.

E em nota ao Anexo II – R 13 refere que “por «armazenamento temporá-rio» entende -se o armazenamento preliminar, nos termos da alínea c) do artigo 3.º”.

9. Alvará

A Comissão do Ambiente considerou, relativamente ao conteúdo do alvará de licença, alínea c) do n.º 1 do arti-go 33.º que refere “…as quantidades máximas, total e instantânea…”, ser necessário esclarecer o que significa “instantânea” e como é que isto consta no alvará.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os estabelece no artigo acima referido que do alvará constará “a indicação exacta dos códigos dos resíduos abran-gidos, de acordo com a LER, e das quantidades máximas, total e instantâ-nea, de resíduos objecto da operação de valorização ou eliminação, classificada de acordo com os anexos I e II ao pre-sente decreto-lei”.

Estes anexos referem-se, respectiva-mente, às operações de eliminação e às operações de valorização.

Desta forma, não parece ter resulta-do esclarecida a dúvida colocada pela Comissão do Ambiente.

10. Taxas de Licenciamento

A Comissão do Ambiente conside-rou que, em algumas situações, como no caso de um sistema próprio de consignação de paletes, não faz qual-quer sentido existir uma taxa, no caso

a taxa de autorização de sistemas indi-viduais de gestão de resíduos, alínea c) do n.º 2 do artigo 54.º.

Expressou a Comissão do Ambiente que o sistema em si representa um custo para o operador, com mais-valia em termos do ambiente e sem qual-quer intervenção ou investimento de tempo e recursos por parte da admi-nistração que justifique o pagamento de uma taxa.

O novo Regime de Gestão de Resíduos

não responde a esta solicitação de eli-

minação da taxa em causa.

11. Taxas de Classificação de Sub-produtos Artigo 59.º-A

A Comissão do Ambiente salientou o valor excessivamente elevado, 10.000 €, da taxa para obtenção da decisão relativa à classificação de um material como um subproduto, definida na alí-nea a) deste artigo, referindo que este valor poderia inviabilizar a maioria das iniciativas de pedido de classifi-cação de resíduos como subprodutos.

Considerou a Comissão do Ambien-te que as taxas propostas eram ainda mais exorbitantes se considerarmos os elevados custos que as empresas têm que suportar pela investigação e desenvolvimento necessários à classi-ficação de uma substância como um subproduto. Paralelamente, não estão a ser consideradas as melhorias am-bientais decorrentes deste processo de investigação.

O novo Regime de Gestão de Resídu-os acolheu os argumentos da Comis-são do Ambiente e as taxas previstas no projecto de diploma relativamen-te à classificação de uma substância como subproduto e a referente à alte-ração das condições de decisão baixa-ram, respectivamente de 10.000 € para 5.000 € e de 3.000 € para 1.000 €.

12. Compras Públicas Ecológicas

No âmbito da discussão deste diploma a Comissão do Ambiente introduziu a temática das Compras Públicas

Ecológicas, através da qual as autori-dades públicas podem dar à indústria um sinal orientador e incentivos reais, pois a contratação pública ecológica permite poupar dinheiro e simultane-amente proteger o ambiente.

Assim, a Comissão do Ambiente de-fendeu que no presente diploma fosse incorporada uma abordagem relati-vamente às Compras Públicas Ecoló-gicas.

O novo Regime de Gestão de Resíduos acolhe esta proposta e prevê a obri-gatoriedade de utilização de pelo me-nos 5 % de materiais reciclados ou que incorporem materiais reciclados relativamente à quantidade total de matérias-primas usadas em obra, no âmbito da contratação de empreitadas de construção e de manutenção de infra-estruturas (n.º 8 do artigo 7.º).

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Actualidades

SOMINCOR Mina de Neves Corvo

Desenvolvimento do Projecto de Deposição de Rejeitados Espessados/ Pasta de Rejeitados

Mafalda Oliveira ([email protected]) Geóloga, Chefe do Departamento de Barragens,

Somincor – Mina de Neves Corvo, Castro Verde, Portugal,

Os rejeitados produzidos no processo de concentração do minério, efectuado nas lavarias da Somincor, são, desde o início da exploração, armazenados subaquaticamente num aterro de resíduos, construído em forma de barra-gem, designado por Aterro de Resíduos do Cerro do Lobo (ARCL).

1. Espessador piloto e dados do teste piloto• Espessador com 8 metros de diâmetro• Área de deposição : 10.000 m2• Volume de pasta produzida: 30.000 m3• Valores médios: 65% sólidos, 253mm abaixamento.• Sem sinais de oxidação durante a operação.

2. Albufeira do ARCL

Os aterros da barragem, que foi concebida para ser cons-truída por fases, foram alvo de 3 alteamentos, o último dos quais decorreu no período 2003-2005, estando o coroa-mento à cota 255, cota final prevista no projecto inicial. No final deste último alteamento a barragem ficou com 3327 m de desenvolvimento em aterro e 42 metros de altura má-xima. A albufeira tem 190 ha de área e 17Mm3 de capaci-dade para armazenamento de rejeitados.

A esta cota final de coroamento, e considerando a previsão anual de produção de rejeitados, a barragem esgotaria a sua capacidade, para armazenamento subaquático de re-jeitados, no 1º trimestre de 2011, o que seria manifesta-mente insuficiente para a quantidade de rejeitados prevista no Plano de Vida da Mina.

Para poder responder atempadamente a esta situação e não comprometer a sustentabilidade da empresa, a Somin-cor estudou, em 2001, três diferentes alternativas:

► Construção de uma nova barragem; ► Novo alteamento da barragem existente; ► Deposição de rejeitados espessados/pasta de

rejeitados – designada por Projecto da Pasta.

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Actualidades

Dadas as dificuldades técnicas, económicas e legais das duas primeiras alternativas, a Somincor optou pelo desen-volvimento do Projecto da Pasta, que compreendeu:

1. Estudo do espessamento dos rejeitados produzidos nas lavarias, antes da sua deposição no ARCL, a efectuar numa central de produção de pasta equipada com um espessador de cone profundo (Deep Cone Thickner - DCT) e bombas de alta pressão;

2. Estudo da deposição emersa da pasta no ARCL, em áreas mais pequenas delimitadas por diques construí-dos em escombro, com cobertura imediata após enchi-mento da respectiva área;

3. Estudo da possibilidade de armazenamento de escom-bro da mina, simultaneamente com a deposição de rejeitados, uma vez que as actuais escombreiras são temporárias, devendo ser removidas no final da vida da mina, por forma a manter a actual geometria dos aterros da barragem.

O Projecto da Pasta que, como já acima referido, teve iní-cio em 2001, obedeceu às seguintes fases:

Estudos e Engenharia ► Estudo de pré-viabilidade – 2001 ► Testes laboratoriais – 2002 ► Ensaio de campo – Setembro 2002 a Setembro 2005 ► Investigação hidrogeológica do aquífero e definição

dos modelos geoquímico e hidrogeológico – 2003 ► Teste piloto – 2004 - 2010 ► Estudo de Viabilidade - Concluído em Dezembro

2007 ► Engenharia de Base – Concluída em Junho 2008 ► Avaliação da estabilidade dinâmica da pasta

depositada – Concluída em Junho 2009 ► Engenharia de detalhe – Concluída em Julho 2009

Construção ► Construção da Central da Pasta e Espessador - Agosto

2009 a Outubro 2010 ► Construção das 4 Células iniciais e nova estrada -

Outubro de 2009 a Outubro 2010Os resultados positivos obtidos em cada uma das etapas da fase de estudos e engenharia acima referidas permitiram avançar para a etapa imediata.

O estudo piloto foi particularmente importante, pois, para além de ter permitido o estudo da produção e deposição de pasta, permitiu também testar 3 diferentes tipos de co-bertura e escolher, com base nos resultados obtidos, a co-bertura a utilizar na fase operacional.

3. Espessador piloto e dados do teste piloto

4. Pasta produzida no ensaio piloto

5. Início da cobertura da área piloto

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Actualidades

6. Conclusão da cobertura da área piloto

Após 9 anos de estudos, foram obtidos resultados determi-nantes para as etapas subsequentes:

Construção e operação da central de produção de pasta usando a tecnologia de Espessador de Cone Profundo (DCT).

► Instalação e operação de um sistema de tubagens para distribuição de pasta desde a central da pasta até às células na albufeira do ARCL.

► Possibilidade de manutenção da cota actual dos aterros do ARCL e garantia de um aumento de capacidade da albufeira, mudando de uma deposição subaquática de rejeitados para uma deposição emersa de rejeitados em forma de Pasta.

► Construção sequencial de 15 células, dentro da albufeira do aterro de resíduos, à custa da construção de diques em escombro, o que permite um enchimento progressivo da albufeira.

► Cobertura de cada célula imediatamente após o seu total enchimento. A cobertura será constituída, da base para a superfície, por uma camada de 1 metro de escombro, sobre a qual assentará uma camada de 0,4 metros de material grosseiro de pedreira (servirá de barreira à capilaridade), sobreposta por uma camada de 0,5 metros de solo de cobertura. A cobertura foi desenhada para permitir a ocorrência de infiltração em quantidade igual ou superior à agua que drena da base do depósito, o que permitirá, a longo prazo, um nível freático elevado na camada de rejeitados/pasta.

► Metodologia que permite um encerramento progressivo do ARCL, durante a fase operacional de Neves-Corvo. O aterro de resíduos estará praticamente encerrado no final da vida da mina.

Fig. 1 Geometria das 15 células e respectivos diques a construir com escombro da mina. A numeração indica a respectiva sequência de enchimento.

A deposição de rejeitados espessados/pasta, em alternati-va a uma deposição subaquática de rejeitados, permite e assegura:

► A minimização dos impactes ambientais (redução da oxidação dos sulfuretos e geração de lixiviados)

► Optimização da estabilidade geotécnica, geoquímica e hidrogeológica

► Encerramento progressivo do ARCL durante a fase operacional de Neves-Corvo

► Co-deposição de pasta de rejeitados e de escombro da mina na albufeira do ARCL

► Capacidade suficiente da albufeira do ARCL para o total das reservas actualmente conhecidas

O projecto de produção de rejeitados espessados/pasta é um projecto pioneiro a nível europeu e mundial.

► Pela primeira vez na Europa, pasta de rejeitados com elevado teor de sulfuretos é produzida e preparada para armazenamento ao ar, antes da cobertura definitiva, numa bacia não impermeabilizada e num local de clima seco.

► Também pela primeira vez estão a ser construídas “células” para armazenamento simultâneo de pasta de rejeitados e escombro. Esta técnica permite o enchimento e encerramento progressivos do aterro de resíduos do Cerro do Lobo durante a fase operacional do complexo mineiro. A cobertura foi desenhada para a manutenção de elevados níveis de saturação da pasta e a minimização de lixiviados.

O arranque da Instalação de Produção de Pasta no passado mês de Novembro de 2010, a conclusão da construção das 4 células iniciais no ARCL e da estrada de apoio às con-dutas de alta pressão, foi o culminar do longo processo de investigação iniciado em 2001.

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Actualidades

Fig. 2 Localização das 4 células iniciais

7. Central de produção de pasta

Bibliografia Hidroprojecto, (2004). SOMINCOR. Barragem do Cerro do Lobo. 4ª Fase de Construção. Alteamento da cota 242 para a cota 255. Portugal (5

volumes)

Verburg, R., Newman, P., & Fordham. M. (2006). Surface Paste Disposal of High-Sulphide Tailings – Field Cell Monitoring and Pilot Plant Testing. In: Proceedings from the Seventh International Conference on Acid Rock Drainage. St. Louis, MO, March 26-29, 2006.

Golder Associates, (2008), Feasibility Study of Expansion of Cerro do Lobo tailings Facility Using Paste/Thickened Tailings Technology United Kingdom (e.g. 78 p)

Golder Associates, (2009), Stability Evaluation for Proposed Paste Deposition Cerro do Lobo Tailings Facility, United Kingdom (e.g. 43 p)

Junqueira, F., Wilson, G.W., & Oliveira, M. (2009). Surface Paste Disposal of High-Sulfide Tailings at the Neves Corvo Mine in Portugal. Part 1: Estimation of Tailings Desaturation and Implications on ARD Generation. In: Proceedings from the Eighth International Conference on Acid Rock Drainage. Skellefteå, Sweden, June 22-26, 2009.

Oliveira, M., Falé, P & A. Rodrigues. (2011). Surface Paste Disposal of High-Sulphide Tailings. Part 1 - Construction of Cells. Paper presented to the 22nd World Mining Congress. Istanbul. Turkey September 2011.

Tel.: +351 255 611 682 ■ Fax: +351 255 611 053 Móvel: +351 917616975 ■ +351 917598209

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46 | Portugal Mineral

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“Safer by Design”: Uma iniciativa global para envolver toda a cadeia

de trabalho no sentido de minimizar os danos

Martin Isles [email protected]

Presidente da Comissão de Saúde e Segurança, UEPG

Originário do Reino Unido, “Safer by Design”. - Mais seguro através do Design - é um proje-to aprovado pela Direção da UEPG, a Associa-ção Europeia de Agregados, que incorpora uma abordagem sobre o vazio do design existente entre os fabricantes e os utilizadores de instala-ções móveis utilizadas nas pedreiras para extra-ção e processamento.

Imperativo “Danos Zero”Muitos países estão a aperceber-se que o único objectivo sustentável, em termos de saúde e segurança dos trabalha-dores, é focarem-se nos “danos zero”. Isso exige não apenas uma força de trabalho com total garantia de competência, mas também que todos os elementos da cadeia de abas-tecimento trabalhem coordenadamente para garantir que os trabalhadores têm acesso a instalações e equipamentos que são genuinamente “Safer by Design”’.

Extensão do site Safequarry.comEm 2009, www.safequarry.com foi sujeito a uma grande ex-pansão, com a adição de páginas web “Safer by Design”, baseadas em pesquisas na Alemanha e no Reino Unido, que destacam a prevalência de designs pobres e/ou inade-quados, como principais causas de lesões.

Hanson UK (Uma Empresa do Grupo Cimenteiro Hei-delberg) ordenou a inspecção de 550 itens de instalações móveis, para identificar as causas de acidentes e propor soluções. Este relatório e inspecção, premiados, provo-caram uma grande revisão entre pedreiras e empresas de produtos minerais do Reino Unido que foram convidadas a listar todos os “extras” solicitados aquando da aquisição

de instalações móveis novas ou reconstruídas, de maneira a trazer a Marcação CE para um nível de utilização mais seguro para operadores e pessoal de manutenção.

Os elementos mais comuns dessas listas de “extras” com-põem as páginas web de “Safer by Design”, refletindo as preocupações fundamentais da indústria de produtos mi-nerais relativamente a sérias carências da Marcação CE, bem como relativamente a Normas Europeias e Interna-cionais que estão abaixo de outras equivalentes, em termos de saúde e segurança.

Rudimentos de “Safer by Design” Direcionando a orientação voluntária para instalações móveis "off-road","Safer by Design" centra-se em:

► Pás de carga ► Escavadoras - rastreado / rodas ► Bulldozers ► Camiões de entulho - rígido / articulado ► Trituradores móveis e telas

Para cada um destes grupos de máquinas, a orientação utilizador-amigável tem cinco categorias:

► Sistemas de acesso ► Visibilidade ► Segurança ► Manutenção ► Ambiente, Bem-Estar, Saúde

Para cada categoria, uma série de critérios formam o resul-tado do documento de identificação de cada grupo de má-quina e tamanho, com um critério individual de “Melhores Práticas”; “Opcional”; “Aspiração” ou “Não Aplicável”.

Relacionamento com as Normas“Safer by Design” não compete de forma alguma com as Normas, nem é em qualquer aspecto destinado a ser obri-gatório. No entanto, as empresas individuais têm liberdade para assumir posições mais firmes.

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Como parte do processo de aquisição, os compradores de instalações móveis podem considerar a opção de solicitar aos seus Fabricantes ou Fornecedores a apresentação de avaliações de risco relacionadas com cada uma das cate-gorias relevantes, com especial referência para os critérios listados no “Safer by Design em www.safequarry.com

Desafio das partes interessadasA meta final de “Danos Zero” não pode e não será cumpri-da até que todos os factores relevantes, incluindo o proces-so de aquisição da cadeia de abastecimento, sejam abor-dados. Por conseguinte, a indústria mineira e de produtos minerais convida as partes interessadas para:

► Considerar os benefícios da conversão das melhores práticas de construção em Normas

► Revisão dos critérios “Safer by Design” na compra de instalações novas ou reconstruídas

► Aperfeiçoar, sempre que possível, usando as páginas “Safer by Design“ como lista

► Partilhar conhecimentos para ajudar a prevenir danos às pessoas envolvidas ou afectadas pela operação e / ou manutenção de instalações móveis

Contribuição dos ReguladoresA missão dos Reguladores de saúde e segurança é preve-nir a morte, ferimentos e problemas de saúde nos locais de trabalho. Trabalhar no sentido de “Danos Zero” é um princípio presente no âmago das estratégias regulatórias. É portanto necessário que cada Regulador apoie, de forma ativa e publicamente, qualquer iniciativa legítima focada neste conceito. “Safer by Design” é uma dessas iniciativas. Influenciar a concepção de equipamentos desta forma é, simplesmente, a “coisa certa a fazer”.

squareconcept.com

ctmarmol.es

atinservices.com

euroroc.net

epcep.com

stonecon.fi

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Implementação do RMI Iniciativa Matérias-Primas

em toda a UE

A Comissão Europeia reviu o progresso de diversos re-cursos a matérias-primas e políticas de resíduos, em 2010. Produziu agora a Estratégia EU2020, composta por sete iniciativas emblemáticas. Fatores chave para o setor mi-neiro, a Política Industrial, os recursos eficientes e as ino-vações simbólicas - cada um dos quais contribui para a Iniciativa Matérias-Primas da UE e vice-versa.

Os grupos de trabalho da UE, os quais analisaram a cri-ticidade das matérias-primas para a produção na União Europeia e as melhores práticas de ordenamento do terri-tório sob a Iniciativa Matérias-Primas, publicaram os seus relatórios em Junho de 2010. Juntamente com a Comissão Europeia de novos recursos eficientemente simbólicos, este trabalho pode colocar a UE como o “parceiro inter-nacional de escolha” para a gestão de recursos minerais, incluindo o desenvolvimento sustentável de recursos mi-nerais primários e secundários.

Sob a Iniciativa Matérias-Primas, a indústria foi chama-da para as políticas nacionais de minerais nos Estados--Membros - para criar a consciência da dependência da sociedade em relação aos minerais e gestão activa do solo para múltiplas utilizações (por exemplo, mais conservação na indústria mineira). Continua a haver uma necessidade cada vez maior de formas mais eficientes e convenientes para os sistemas de licenciamento.

1 A Agenda 2020 da União EuropeiaEm 2010, a UE adotou a sua AGENDA 2020 e definiu cin-co metas mensuráveis a serem alcançados até 2020. Estas metas devem ser traduzidas em metas nacionais:

► para o emprego; ► para a investigação e inovação; ► para a mudança climática e energia; ► para a educação; ► para combate à pobreza.

Três prioridades que se reforçam reciprocamente foram postas em prática:

► Crescimento inteligente: o desenvolvimento de uma economia baseada no conhecimento e na inovação.

► Crescimento sustentável: a promoção de uma economia mais eficiente nos recursos, mais verde e mais competitiva.

► Crescimento inclusivo: fomentar uma economia de alta empregabilidade, incentivando a coesão social e territorial.

Em particular, as metas para 2020 foram definidas como:

► 75% da população da faixa etária entre os 20-64 anos devem ser empregados;

► 3% do PIB da UE deve ser investido em R&D; ► Os alvos “20/20/20” clima / energia, devem ser

alcançados (incluindo um aumento de 30% na redução de emissões se as condições forem adequadas);

► A taxa de abandono escolar precoce deve ser inferior a 10% e pelo menos 40% da geração mais jovem deve ter um grau superior;

► Menos 20 milhões de pessoas deveriam estar em risco de pobreza.

Sete iniciativas emblemáticas foram criadas para catalisar progressos:

► “União da Inovação” para melhorar as condições estruturais e de acesso ao financiamento para investigação e inovação, de modo a garantir que ideias inovadoras possam ser transformadas em produtos e serviços que criem crescimento e empregos;

► “Juventude em movimento” para melhorar o desempenho dos sistemas de ensino e facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho;

► “Uma agenda digital para a Europa” para acelerar a implantação de internet de alta velocidade e colher os benefícios de um mercado único digital para as famílias e empresas;

► “Recurso eficiente na Europa” para ajudar a dissociar o crescimento económico da utilização de recursos, apoiar a transição para uma economia de baixo carbono, aumentar o uso de fontes renováveis de energia, modernizar o nosso sector dos transportes e promover a eficiência energética;

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Actualidades

► “Uma política industrial para a era da globalização” para melhorar o ambiente de negócios, nomeadamente para as PME’s, e apoiar o desenvolvimento de uma base industrial forte e sustentável capaz de competir globalmente;

► “Uma agenda para novas competências e empregos” para modernizar os mercados de trabalho e capacitar as pessoas através do desenvolvimento de suas aptidões durante a vida, com vista a aumentar a participação no trabalho e equilibrar a oferta e a procura de emprego, nomeadamente através da mobilidade no trabalho;

► “Uma Plataforma europeia contra a pobreza” para assegurar a coesão social e territorial de tal forma que os benefícios do crescimento e do emprego sejam amplamente compartilhados e as pessoas em situação de pobreza e exclusão social possam viver em dignidade e tomar parte ativa na sociedade.

2 A mudança de vento nas políticas da UE – Uma nova Política

IndustrialDesde 2010 a União Europeia publicou uma série de no-vas políticas destinadas a enfrentar a crise económica com vista a assegurar um maior crescimento da economia da UE. A primeira comunicação nesta série de políticas foi a Comunicação sobre Política Industrial, que foi publicada em Outubro de 2010. Esta política, que abrange uma nova regulamentação, tem como objectivo o melhoramento as condições, aumentar a competitividade e facilitar o aces-so das empresas a novos financiamentos. Na sua vertente mais macro, visa o fortalecimento do mercado único da UE, fazendo valer os direitos de propriedade intelectual, política de concorrência, melhoramento de infra-estrutu-ras e padronização.

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Apela-se a uma nova política de inovação industrial, cha-mando para a inovação industrial e para a melhoria da base de competências. E, finalmente, apelou para a capi-talização sobre a globalização, abordando questões através do comércio e regulação internacional e pela garantia de acesso a matérias-primas e produtos essenciais.

O mercado único da UE é definido por 500 milhões de consumidores, 220 milhões de trabalhadores e 20 milhões de empreendedores. Um em cada quatro postos de traba-lho no setor privado da União Europeia está na indústria de transformação e, pelo menos mais um em cada quatro, está em serviços associados que dependem da indústria como fornecedor ou como cliente.

Depois de décadas de definição de prioridades no setor de serviços, a Comissão reconhece que todos os setores são importantes e que a abordagem feita sob medida para todos os setores é obrigatória para desenvolver um maior crescimento.

80% de todos os esforços do setor privado a nível de pesqui-sa e desenvolvimento são realizados na indústria. Este é o motor da inovação e um fornecedor de soluções para os de-safios com os quais as nossas sociedades são confrontadas. A produção responde a 75% das exportações.

Parte da política industrial pela primeira vez em décadas, é o reconhecimento de que a garantia de acesso a maté-rias-primas e produtos essenciais será importante para o crescimento da economia. Garantir preços acessíveis, con-fiáveis e sem distorções no acesso às matérias-primas será essencial para a competitividade industrial, inovação e

Enquadramento das correctas

condições na UE, a fim de promover o aprovisionamento

sustentável os recurso Europeus

assegurar o acesso a matérias-

primas nos mercados internacionais nas

mesmas condições que os outros concorrentes

industriais

aumentar a eficiência nos recursos e

reciclagem de modo a reduzir o consumo de

matérias-primas na UE

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Actualidades

empregos. Ao mesmo tempo, a UE reconheceu que a segu-rança do abastecimento é menos uma questão de depen-dência das importações, mas sim do grau de diversificação dos fornecedores e sua fiabilidade, onde quer que estejam localizados.

Consequentemente a EU desenvolveu a sua própria es-tratégia em matérias-primas, o que vai sublinhar o con-ceito de “cadeia de valor acrescentado” e que continuará a acompanhar a estratégia de três pilares que já havia sido anunciada na primeira comunicação da União Europeia em Matérias-Primas em 2008, e que inclui:

a) assegurar a igualdade de condições no acesso aos re-cursos em países terceiros;

b) promover a oferta sustentável de matérias-primas de fontes europeias, e

c) redução do consumo de matérias-primas, aumen-tando a eficiência de recursos e promoção da reci-clagem.

O primeiro pilar está a ser traduzido para a política co-mercial da União Europeia. No contexto das novas regras e acordos sobre gestão internacional sustentável e acesso às matérias-primas a serem desenvolvidas, falta saber se a «sustentabilidade» pode ser estabelecida como um concei-to que iria governar o comércio e as negociações de futuros investimentos.

O segundo pilar terá de ser implementado pelos Estados Membros da UE através de uma revisão das suas políticas internas sobre minerais e ordenamento do território.

O terceiro pilar está a ser traduzido através do Roteiro de Eficiência dos Recursos e do emblema “União da Inova-ção”.

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JANEIRO

► SwISSbAu 17-21 JANEIROSuiça - BaSel

► StONE ExpO | bElgIum 21-23 JANEIROBélgica - liege

► SuRfAcES ExpO24-26 JANEIROe.u.a. - OrlandO

► StONEExpO24-26 JANEIROe.u.a. - nOva YOrk

► budmA24-27 JANEIROPOlónia - WrOclaW

fEVEREIRO

► StONA INtERNAtIONAl gRANItE & StONE fAIR

1-4 FEVEREIRO Índia - BangalOre

► VItóRIA StONE fAIR7-10 FEVEREIROBraSil - vitOria | eSPiritO SantO

►mARmOl 7-10 FEVEREIRO valÊncia - eSPanHa

► cEVISAmA 7-10 FEVEREIRO valÊncia - eSPanHa

► cONcREtA 15-19 FEVEREIRO POrtugal - POrtO

►uzbuIld 28 FEVEREIRO a 2 MARçO uzBequiStãO - taSHkent

► KyIVbuIld tEchNOStONE

29 FEVEREIRO a 2 MARçO ucrânia - kiev

mARÇO

► REVEStIR 6-9 MARçO BraSil - SãO PaulO

► chINA xIAmEN StONE fAIR

6-9 MARçO cHina - Xiamen

►ARchItEctuRE + cONStRuctION mAtERIAlS

6-9 MARçO JaPãO - tóquiO

►mARblE 21-24 MARçO turquia - izmir

► StONEtEch 25-28 MARçO cHina - Xangai

►dOmOtEx ASIA chINAflOOR

27-29 MARçO cHina - Xangai

AbRIl

► cOVERINgS 17-20 ABRILe.u.a. - OrlandO

► INtERKAmIEN 20-22 ABRILPOlónia - kielce

► KItchEN & bAth INduStRy ShOw

24-26 ABRILe.u.a. - laS vegaS, nevada

mAIO

► pIEdRA 8-11 MAIO eSPanHa - madrid

► tEKtóNIcA8-12 MAIO POrtugal - liSBOa

► cARRARA mARmOtEc23-26 MAIO itália - carrara

► StONE ExpO24-27 MAIO ucrânia - OdeSSa

► ExpO mAdAgAScAR31 MAIO a 3 JuNhO madagaScar - antananarivO

JuNhO

► pROJEct lEbANON 5-8 JuNhOlÍBanO - Beirute

► INtERbuIld Egypt 21-25 JuNhOegitO - cairO

►dESIgN buIld 27-29 JuNhO auStrália - melBOurne

► EuROpEAN StONE fEStIVAl

29 JuNhO - 1 JuLhOnOruega - trOndHeim

JulhO

► KAzbuIld4-7 JuLhOcazaquiStãO - almatY

►QINdAO StONE ExhIbItION16-19 JuLhOcHina - qingdaO

AgOStO

► cAchOEIRO StONE fAIR28-31 AGOSTOBraSil - cacHOeirO de itaPemirim

SEtEmbRO

►mARmImStONE16-19 SETEMBROgrécia - tHeSSalOniki

► REbuIld IRAQ16-19 SETEMBROiraque - erBil

► pROJEct IRAQ17-20 SETEMBROiraque - Bagdade

►mARmOmAcc26-29 SETEMBROitália - verOna

OutubRO

► fINNbuIld9-12 OuTuBROFinlândia - turku

►NAtuRAl StONE27-30 OuTuBROturquia - iStamBul

►bIENAl dA pEdRA12-14 OuTuBROPOrtugal - alPendOrada, marcO de canaveSeS

►xI JORNAdAS técNIcAS ANIEt

(Data e local a definir)POrtugal

NOVEmbRO

► KAmIEN10-12 NOVEMBROPOlónia - POznan

► JApAN hOmE + buIldINg ShOw

14-16 NOVEMBROJaPãO - tóquiO

► bIg fIVE ShOw19-22 NOVEMBROe.a.u. - duBai

►mINERAlIS23-25 NOVEMBROalemanHa - Berlim

► bAumA chINA27-30 NOVEMBROcHina - SHangHai

dEzEmbRO

► SAudI buIld3-6 DEZEMBROaráBia Saudita - rYHad

► SAudI StONE3-6 DEZEMBROaráBia Saudita - rYHad

1º tRImEStRE 2013

► bAu14-19 JANEIROalemanHa - munique

► INdIA StONEmARK31 JANEIRO - 1 FEVEREIROÍndia - tamilnadureinO unidO - lOndreS

Feiras 2012 -2013

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