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Portugues osmaiasresumo

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Portugues osmaiasresumo

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Os Maias

O “Ramalhete”, casa dos Maias, esteve desabitada durante muito tempo, até

que foram para lá morar Afonso da Maia e seu neto, Carlos. Afonso da Maia, desde pequeno que detesta os padres, a religião e, devido a

alguns conflitos em que se meteu, sempre teve uma má relação com seu pai. Detestava também Lisboa, queria sair do país. Conheceu Maria Eduarda e ficou apaixonado. Tiveram um filho: Pedro. Ela era doente e muito frágil, então educou Pedro à sua maneira, resultando daí um menino também frágil e muito pouco aventureiro. Até que Maria Eduarda morreu.

Pedro sofreu com isso. Apaixonou-se por Maria Monforte, uma jovem muito bela. Esta jovem andava sempre acompanhada por seu pai, que tinha muito má fama. Falaram de histórias de que tinha sido um negreiro e que tinha morto pessoas. Afonso da Maia não deu a bênção a seu filho para se casar com ela. No entanto, Pedro casou-se.

Ao princípio, Pedro e Maria estavam muito bem, muito felizes. Viajaram. A

pedido de Maria, antes de voltar para Portugal, Pedro escreveu a seu pai. Contudo, dois dias antes de chegarem, Afonso partiu para Santa Olávia.

Pedro e Maria tiveram uma filha linda: Maria Eduarda. Maria tinha um plano para fazer as pazes com Afonso da Maia. Entretanto, tiveram um menino, a que Maria quis chamar Carlos Eduardo.

Na caça, Pedro feriu um napolitano (Tancredo). Instalou-se lá em casa durante algum tempo. Era muito formoso. Este foi-se intimidando com Maria e sua filha. Pedro teve fora dois dias e, quando voltou, tinha um bilhete de Maria. Partira com o outro e levou consigo a sua filha. Pedro, desesperado, foi ter com seu pai e levou o seu filho Carlos, com o qual Afonso simpatizou muito. Dormiram lá e, de madrugada, Pedro suicidou-se. Fechou-se então a casa de Benfica e Afonso partiu com seu neto para Santa Olávia.

Passaram-se anos. Quando Vilaça visitou Afonso da Maia e seu neto, mal o

reconheceu. Estava vivo, alegre, rijo! A educação que o avô lhe dera era rígida, mas Carlos andava sempre contente. Era muito forte e aventureiro. Já tinha uma namorada: a Teresinha. Carlos não gostava muito de um amigo que muitas vezes encontrava, era o Eusebiozinho. Um rapaz muito fraco, sempre agarrado aos livros, da família dos Silveiras, sempre agarrado às saias da Titi.

Vilaça soube que Alencar vira Maria em Parais e contou a Afonso. Ela era agora uma prostituta. Afonso perguntou-lhe pela filha e Vilaça, uns dias depois, contou-lhe o que soubera: a filha dela morreu em Londres. O napolitano tinha morrido num dueto.

Vilaça morreu. Carlos sabe que o seu pai se suicidou, mas não sabe que sua mãe fugiu. Isto por pedido de Pedro, antes de se suicidar, quando deixou uma carta a Afonso.

Passaram-se anos e Carlos, muito inteligente, teve exames excelentes. Carlos ia formar-se em medicina. Desde cedo foi notória a sua vocação e

gosto nesta área. A Teresinha, que já não era sua namorada, estava agora feia e amarela; o Eusebiozinho estava viúvo, molengão e tristonho. Carlos tinha um amigo de quem gostava muito: o João da Ega. Afonso da Maia também simpatizava com ele, pois era muito original e sobrinho de um velho amigo. Ega era completamente ateu e ia formar-se em Direito. Carlos teve alguns romances, como um com a mulher de um empregado do Governo civil. Mas depois nunca mais falou para ela, pois ficou sensibilizado quando viu o filho dela e o marido. Outro foi com uma rapariga espanhola, a Encarnation. Os amigos fizeram uma grande festa a Carlos quando terminou o curso. Depois, viajou. (Acaba a analepse)

Chegou o Outono de 1875: o avô esperava por ele no Ramalhete. Carlos fez logo planos de trabalho e arranjaram-lhe um laboratório para consultas gratuitas,

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tal como sonhara. Apareceu lá o seu amigo Ega e, depois de muita conversa, este contou-lhe que ia publicar o seu livro. Os amigos de Ega diziam com respeito: -“É uma Bíblia!”.

Com Afonso da Maia, estavam a jogar whist o D. Diogo, Sequeira, entre

outros. Carlos teve a sua primeira doente, a Marcelina, mulher do Marcelino (o

padeiro). Salvou-a de uma pneumonia. Ega andava sempre com os Cohens. Estava envolvido com a mulher do

Cohen (a Raquel). Margarida era a cozinheira e o amor de D. Diogo. Ega até escreveu prosa dedicada a Raquel, no seu livro “Átomo”. Propôs a Carlos conhecer os Gouvarinhos. A condessa era íntima de Raquel e talvez estivesse interessada em Carlos. Este começou também a pensar nela. Baptista era o empregado de Carlos do quarto, desde pequeno, e Carlos pediu-lhe informações sobre os Gouvarinhos. Ega apresentou Carlos aos Gouvarinhos.

Carlos ficou desiludido com a Gouvarinho após uns minutos de conversa.

Acontecia-lhe sempre isso, com todas as mulheres. De início, atraem-no, ele fica interessado, mas depois não consegue manter um sentimento de amor.

Carlos visitou a casa do Ega e conheceu Craft, um amigo de João da Ega. Craft era baixo, loiro, ar calmo e muito engraçado. Certo dia, Carlos e Craft iam ter com o Ega, quando viram uma mulher muito chique, acompanhada pelo criado e uma linda cadelinha. No gabinete do Ega estava, para além dele, o Dâmaso (um amigo seu que teve um enorme prazer em conhecer Carlos). Ele veio de Paris, tal como a tal mulher chique e conhece-a mais ou menos. Alencar apareceu e ficou muito contente por ver Carlos. Este não sabia que Alencar tinha sido muito amigo de Pedro. Alencar contou-lhe como fora ele que lhe dera o nome e ficou muito emocionado. Chegou Cohen e foram todos jantar. Discutiram vários assuntos e Ega e Alencar “brigaram” a sério por causa de um poeta. Mas, logo fizeram as pazes. Alencar acompanhou Carlos até casa e falou-lhe dos velhos tempos, mas sem pronunciar o nome da mãe de Carlos. No entanto, este já sabe toda a verdade acerca dos pais, pois Ega contou-lhe uma vez quando estava bêbedo.

Carlos, antes de adormecer, recordou aquela mulher chique tão bela que vira no mesmo dia.

Carlos e Craft davam-se muito bem, tinham gostos muito parecidos. Carlos não tinha muitos doentes. O Sr. Dâmaso começou a frequentar a

casa de Carlos muitas vezes. Admirava-o e falava muito sobre os seus gostos, sobre as suas conquistas, mas Carlos já o estava a achar maçador. Andava sempre atrás dele, sempre preocupado com o que era ou não chique. Quando Carlos não estava presente, o Sr. Gomes disse mal dele a Dâmaso, mas este ficou fulo com o homem. Achava-o uma besta.

Ega garantiu a Carlos que a Gouvarinho estava apaixonada por ele e que ele a tinha quando quisesse. Com a ideia do Ega, os Cohens iam dar um baile de máscaras no dia de anos de Raquel. Carlos vai de dominó, a Gouvarinho de Margarida de Navarra, Ega queria guardar segredo, Dâmaso vai de selvagem e Craft não ia ao baile.

Dâmaso deixou de aparecer em casa de Carlos, de repente. Então Carlos foi procurá-lo e encontrou Steinbroken, que se dirigia ao Aterro. Iam a conversar e passou por eles uma senhora, que Carlos reconheceu logo por aquele andar de Deusa, aquela beleza única. Os olhos dele fixaram-se nos dela. No dia seguinte, Carlos voltou lá e viu-a logo, mas vinha acompanhada pelo marido. Nos três dias seguintes, continuou a ir lá, mas nunca mais a vira. A Gouvarinho visitou-o no Ramalhete com a desculpa de que seu filho estava doente. Carlos ia-se aproximando dela e ela deixava. Entretanto, encontrou Dâmaso, que lhe dera a notícia de um romance divino, estava muito feliz.

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Dias depois, Carlos soube por Taveira que esse romance era com a tal mulher brasileira, que tinha uma cedelinha. Eram os Castro Gomes! Naquela época, se se é admirador da mulher, lisonjeia-se o marido. Carlos ficou muito perturbado e combinou com Cruges irem a Sintra, para onde fora a tal mulher.

Puseram-se então a caminho de Sintra, Carlos e o maestro Cruges. Este

ficou impressionado com o aspecto resplandecente de Carlos. Este estava ansioso para ver aquela mulher, já estava a imaginar encontros.

Chegaram a Sintra e instalaram-se no “Nunes”. Carlos perguntou ao criado pelo Sr. Dâmaso Salcede e ele disse-lhe que devia estar na Lawrence. Quem encontraram no “Nunes” foi o Eusebiozinho, acompanhado por duas espanholas e um senhor, que rapidamente foram apresentados. Eram a Lola, a Concha e o Palma. Eusebiozinho disse que as duas pertenciam ao Palma e Concha fez um escândalo e foi-se embora furiosa. Por conselho de Palma, Eusebiozinho foi-lhe pedir perdão e fizeram as pazes.

Carlos e Cruges foram até ao hotel da Lawrence e viram Alencar, que já não os largava. Este contou a Carlos que viu um lindo cãozinho de luxo na Lawrence e eles ouviram uma flauta, supostamente do Sr. Castro Gomes. Foram os três até Seteais e quando voltaram Carlos soube por um burriqueiro que a família Castro Gomes foi para o palácio. Ele avistou-os de longe, mas logo depois soube que partiam para Lisboa, por vontade dela, pois estava preocupada com a filha que lá deixaram. A Sra. Era muito madrugadora. Carlos não parava de pensar nela. Os três amigos jantaram bacalhau feito por Alencar e seguiram para Lisboa.

Já em Lisboa, no Ramalhete, Carlos recebeu uma carta do Gouvarinho para

um jantar. Dâmaso apareceu em casa de Carlos, aflito, pedindo-lhe que o

acompanhasse até à casa dos Castro Gomes, pois a pequena (de 6 anos) estava doente e os pais tinham ido a Queluz. Carlos foi com ele e ficou encantado com a beleza da menina. Chamava-se Rosa (ou Rosicler, como o pai lhe chama) e a sua boneca, Cricri. A decoração e certos retoques revelavam a mulher de gosto e de luxo, que era a Castro Gomes. A menina pareceu gostar dele, ela estava bem.

Depois de saírem, Carlos quis saber desse romance do Dâmaso e este contou-lho. Disse-lhe que o marido dela ia para o Brasil daqui a dias e que ela ficava cá dois ou três meses. E como ele já era íntimo da casa… ia aproveitar!

Carlos estava sozinho em casa quando apareceu o Ega, vestido de Mefistófeles para o baile de máscaras. O Cohen expulsou-o de casa, à frente de duas pessoas. Com certeza que descobriu que ele andava envolvido com Raquel. Ega agora queria desafiá-lo e matá-lo, mas Carlos sugeriu-lhe que não o fizesse e com ele concordou Craft. Ega estava de rastos, gostava mesmo dela e temia que Cohen a matasse. Em casa dele apareceu a Sra. Adélia, a empregada dos Cohens, que lhe disse que Raquel tinha levado uma coça do marido e que amanhã iriam para Inglaterra.

Já toda a Lisboa sabia do sucedido e Ega, triste, partiu para a quinta da mãe, em Santa Apolónia.

Carlos foi ficando mais íntimo dos Gouvarinhos. Afinal, Castro Gomes já não ia ao Brasil. A Gouvarinho convidou Carlos para beberem chá lá em casa e acabaram por

dar um beijo. Durante três semanas, Carlos foi-se encontrando sempre com a condessa de

Gouvarinho (numa casa de uma tia dela) e começava a estar farto daqueles beijos dela.

Ao pé do Grémio, Carlos viu Rosa a dizer-lhe adeus toda contente, acompanhada de sua mãe, aquela mulher que realmente o encantara. Carlos queria conhecê-la, estar com ela. Então, combinou com o Dâmaso que levasse os Castro Gomes de visita aos Olivais, a casa de Craft.

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Houve uma corrida de cavalos no hipódromo. Os olhos de Carlos procuravam a tal mulher, mas esta não foi ver a corrida.

Ega estava a escrever, em Celorico, “O Lodaçal”, para se vingar de Lisboa. Dâmaso nunca mais disse nada a Carlos e falhara a visita aos Olivais. Carlos

reviu Clifford, um grande sportman que já não via há um ano. Apareceu a condessa de Gouvarinho e disse-lhe que tinha de ir, no dia seguinte, para o Porto e queria que ele fosse também. No fundo, ele não queria ir. Mas afinal ela só queria uma noite com ele, no hotel, em Santarém. Ele sentiu-se indignado.

Carlos apostou no cavalo “Vladimiro” e foi esse mesmo que ganhou. Dâmaso contou a Carlos que o Castro Gomes já fora para o Brasil e que a

madame estava instalada no mesmo prédio que Cruges. Carlos acabou por ceder e disse à condessa que ia com ela.

Carlos recebeu uma carta da mãe de Rosa a pedir-lhe que fosse a casa dela, no dia seguinte de manhã, para ver um doente. Ele ficou radiante.

Carlos foi a casa dela, na Rua de São Francisco. Soube o seu nome, Maria

Eduarda e combinava com o seu, Carlos Eduardo. Era a governanta que estava doente. A cadela dela chamava-se Niniche e ele também já tinha tido uma com o mesmo nome. Ele foi ver Miss Sara, a governanta. Depois, conversou com Maria e soube que afinal ela era Portuguesa. Tinham muitas coisas em comum.

Já em casa dele, recebeu uma carta da Gouvarinho, ele já a detestava! E estava decidido a não ir com ela a Santarém. Foi a Santa Apolónia a fim de inventar uma desculpa e, por sorte sua, o marido resolveu acompanhá-la. Dâmaso também partia de comboio, pois morreu o seu tio.

Carlos livrou-se assim dos importunos e durante semanas foi a casa de Maria Eduarda com a desculpa de ver a doente. Falavam muito e davam-se muito bem. Ela achava Dâmaso insuportável.

Até que um dia, este chegou a casa dela e estava lá Carlos. Dâmaso não gostou muito de o ver lá, mas Carlos explicou-lhe que estava lá como médico.

O Ega chegou ao Ramalhete, a fim de ficar uns dias. Anunciou a Carlos que

segunda-feira iam os dois jantar a casa da condessa de Gouvarinho, pois ela tinha convidado.

Dâmaso contou ao Ega que Carlos andava metido com uma brasileira, de quem Dâmaso gostava e lha apresentara.

A condessa estava amuada com Carlos, pois ele não lhe respondia às cartas. Ela também já sabia da história com a brasileira, pelo Dâmaso. Carlos explicou-lhe que só lá ia como médico. Às escondidas no gabinete, ela beijou-o e combinou com ele encontrarem-se em casa da Titi, no dia seguinte. Esteve com ela e depois foi a casa de Madame Gomes.

Maria pediu a Carlos que lhe arranjasse uma casa para ela alugar, no Verão. Ele lembrou-se da casa de Craft, nos Olivais. Ela adorou a ideia e olhou-o fixamente durante algum tempo. Ele confessou a adora e um romance voou ali. Estavam completamente apaixonados um pelo outro e ela queria-lhe dizer uma coisa, mas ele disse-lhe logo que queria fugir com ela e levariam a sua filha, só isso seria digno daquele tão grande amor. Ela concordou e surgiu um longo beijo.

Carlos tratou de tudo com Craft e fez negócio. Após uma hesitação, acabou por contar ao Ega o que estava a viver. Ega

ficou encantado, fascinado ao ver aquele amor tão puro e verdadeiro! Carlos recebeu uma carta da Gouvarinho a queixar-se que ele não aparecia

nos encontros e não lhe dizia nada. Ega contou a Carlos que Dâmaso andava a dizer mal dele a toda a gente e

que a brasileira só andava com ele por causa do dinheiro. Quando Alencar encontrou Carlos alertou-o sobre o mesmo assunto.

Certo dia, Carlos encontrou Dâmaso e ameaçou-o de lhe arrancar as orelhas.

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Carlos mostrou a casa do campo, que tinha comprado a Craft, a Maria Eduarda e ela adorou.

No dia de anos de Afonso da Maia, o marquês disse a Ega que o Dâmaso agora andava sempre com Raquel Cohen. Chegou também uma carruagem, era a Gouvarinho. Ela insistiu para que ele entrasse e queixou-se do seu comportamento. Ele disse-lhe que era melhor serem só amigos, que não queria ter mais aquela relação. Ela chorava. Beijou-o e ele deixou bem claro que estava tudo terminado e saiu.

Afonso da Maia partiu para Santa Olávia. Maria Eduarda instalou-se nos

Olivais. Ega foi para Sintra três ou quatro dias. O Taveira disse a Carlos que o Dâmaso lhe contou que ia haver um

escândalo monumental e que Carlos ainda levava uma bala na cabeça. Carlos estava decidido a partir com Maria para Itália, mas estava

preocupado com a decepção que iria dar ao avô. Afinal, já a mulher de seu filho (Pedro) fugira com um homem, deixando atrás de si um cadáver.

Todas as manhãs, Carlos ia aos Olivais. Por vezes, à noite dormia lá com a sua Deusa.

Carlos comprou outra casa. Afonso da Maia estava desgostoso por o neto não ter aparecido ainda em

Santa Olávia. Carlos decidiu então ir ver o avô. Maria Eduarda foi ver o Ramalhete, antes de Carlos partir. Reparou no retracto de Pedro da Maia. Disse a Carlos que o achava parecido com a sua mãe (dela). Ela contou-lhe que vivera sempre com a mãe e que tinha tido uma irmã, mas morreu em pequena. No entanto, não se lembra.

Passado uns dias, Carlos chegou de Santa Olávia. Castro Gomes apareceu de surpresa no Ramalhete e disse a Carlos que recebera uma carta anónima a informá-lo que a sua mulher andava com Carlos da Maia, e que já toda a Lisboa o sabia. Explicou então a Carlos que aquela senhora não era sua mulher. Simplesmente vive com ela há três anos. O seu verdadeiro nome é Madame Mac Gren. A Rosa não é filha dele e Maria era uma mulher a quem ele pagava. Acrescentou ainda que iria partir nessa mesma noite para Madrid. Carlos ficou chocado. Carlos estava decidido a enviar uma carta a Maria, remetendo-lhe o preço dos dois meses que dormiu com ela. Carlos viu logo que Dâmaso era o autor daquela carta.

Mudou de ideias e decidiu ir mesmo aos Olivais saber o porquê daquela mentira. Mélanie disse-lhe que ela estava muito mal, pois já soubera que Castro Gomes tinha contado tudo a Carlos. A senhora vivia agora das suas jóias. Maria contou a história toda a Carlos. A culpa foi de sua mãe, ela obrigou-a a fugir com outro homem. Mas depois ele morreu e deixou-lhe a Rosa. Viu sua filha com fome e conhecera Castro Gomes. Ela estava desesperada… Mas ela mentiu-lhe e Carlos não a perdoava. Ela ao início ia dizer-lhe, só que ele não a deixou falar e falou logo em fugirem juntos. Ela chorava, chorava… Até que ele a pediu em casamento e ela ficou muito, muito feliz!

Carlos mudou-se uns tempos para os Olivais e Rosa ficou muito contente.

Maria contou a sua história toda a Carlos. Nasceu em Viena. A sua mãe era prostituta e meteu-a num convento logo de pequena. Ficou triste quando deixou o convento, mas mais ficou ao ir com sua mãe para Paris. Teve medo daqueles homens e chegou Mac Gren e partiu com ele. Nasceu Rosa. A sua mãe estava doente e ela deixava-se guiar pelas suas ideias. Mac Gren morreu em batalha, Rosa tinha fome, a mãe estava doente e ela deixou-se levar por Castro Gomes.

Ega sugeriu a Carlos que esperasse que Afonso da Maia morresse em paz e só depois casasse com Maria para o avô não ter desgostos. Carlos achou boa ideia.

Carlos apresentou Maria aos amigos e ela gostou daquelas festas de amizade.

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Ele dava lições a Rosa. Recebeu o jornal “A Corneta do Diabo” e leu um artigo que só dizia mal dele, mal dele e de Maria.

Um sujeito na rua ficou assombrado ao ver Maria. Era o tio do Dâmaso, o Guimarães, que foi muito amigo da mãe dela.

Carlos e Ega foram ter com Palma, o redactor do jornal, e pagaram-lhe para ele dizer quem lhe pagou para escrever aquilo. Foi o Dâmaso!

Carlos queria um duelo e então mandou Cruges e o Ega e, então, mandou Corujes e o Ega ir a casa do Dâmaso. Ou a dignidade ou a vida. Dâmaso preferiu assinar um documento onde desmentia tudo e se humilhava a ele próprio. Ega escreveu-o e Dâmaso passou-o a limpo. Lá confessava estar bêbedo nessa altura e muitas outras vezes. Carlos leu a carta e deixou-a com Ega.

Carlos e Maria regressaram a Lisboa. Afonso da Maia chegou no dia seguinte.

Carlos e Ega estão decididos a fazer uma revista. Ega viu Cohen e Dâmaso juntos e ficou furioso, decidiu então publicar a

carta humilhante de Dâmaso. Assim, Cohen viria que estava com um bêbedo. Dâmaso foi para Itália. Carlos e Ega foram ver o sarao ao Teatro da Trindade. Guimarães pediu a Alencar que lhe apresentasse Ega. Guimarães perguntou

ao Ega se o achava com cara de bêbedo, pois já tinha lido o artigo do sobrinho em que dizia que aquilo de ser bêbedo era hereditário, de família e Dâmaso disse-lhe que o Ega lhe obrigou a escrever aquilo. Ega justificou-se e ficaram amigos.

Alencar e Cruges actuaram. Cruges como maestro e Alencar como poeta. As pessoas adoraram, principalmente a poesia de Alencar sobre a democracia e o sentimento.

Guimarães disse a Ega que foi íntimo da mãe de Carlos da Maia e que ela lhe pediu que guardasse um cofre com papéis importantes. Ele pediu a Ega que o entregasse a Carlos da Maia ou à irmã. Ega disse que Carlos não tem irmã, mas Guimarães garantiu-lhe que tem, que é Maria Eduarda, que a viu com ele no outro dia com ele no outro dia numa carruagem. Guimarães contou-lhe a história toda dela e batia tudo certo. A sua mãe dissera-lhe que o pai dela era um fidalgo austríaco, com quem casara na Madeira. Mas Guimarães já a conhecia em Lisboa e sabia que era filha de Pedro da Maia. Ega ficou chocado, Carlos amante da irmã! Guimarães deu-lhe a caixa e ia partir imediatamente para Paris. Ega não sabia dizer aquilo a Carlos nem mesmo se havia de dizê-lo!

Ega decidiu procurar o Vilaça, entregar-lhe o cofre da Monforte e encarregá-

lo de contar tudo a Carlos, já que era o procurador dos Maias. E assim fez. Vilaça também ficou surpreendido com a história. Abriram a caixa e, entre outros papéis, tinha uma carta destinada a Maria Eduarda. Nessa carta, a sua mãe confessava tudo, afirmando que ela era filha de Pedro da Maia, neta de Afonso da Maia.

Vilaça contou tudo a Carlos e entregou-lhe a caixa. Ega apareceu e contou seu encontro com Guimarães. Carlos ficou completamente transtornado, pensou mesmo em matar-se. Afonso da Maia apareceu e eles contaram-lhe o que se passara à excepção de que Carlos e Maria eram amantes. Maria Eduarda era pois irmã de Carlos.

Afonso da Maia pensava que essa criança tinha morrido mas, de facto, quem morreu foi a filha do outro homem.

Mais tarde, Afonso confessou a Ega que sabia dessa mulher, a amante de Carlos.

Carlos decidiu ir a casa dela dizer-lhe só que tinha de partir para Santa Olávia. Lá depois escrevia-lhe a contar tudo.

Mas ele acabou por não resistir e passou lá a noite com ela. Passou ainda outra noite.

Afonso da Maia estava muito desgostoso, mandou espreitar o neto e sabia que ele lá tinha dormido. Noutro dia, de manhã, foi encontrado morto no jardim.

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Deixara pender a cabeça na mesa de pedra. O que custou a Carlos foi que o avô não lhe tivesse dito adeus.

A pedido de Carlos, Ega escreveu a Maria a contar-lhe o que acontecera. Carlos pediu ainda a Ega que fosse a casa de Maria e lhe contasse tudo, pedir-lhe que ela fosse para Paris e que lhe levasse 500 libras.

Carlos partiu para Santa Olávia e Ega fez o que o amigo lhe pediu. No dia seguinte ela partiu para Paris. O Bonifácio miava chorando com saudades de Afonso da Maia. Ega foi ter

com Carlos a Santa Olávia. Semanas depois, Ega e Carlos partiram para Londres, depois para a América

do Norte e Japão. E tinham ainda mais planos! Passado ano e meio, Ega apareceu no Chiado, os amigos ficaram radiantes. Carlos estava instalado em Paris. Quase dez anos passaram. Carlos veio a Portugal e almoçou com Ega.

Depois apareceu Alencar com os seus poemas. Carlos ia ficar uma ou duas semanas. Entretanto apareceu Cruges também. Conversaram todos um pouco e depois Carlos e Ega foram visitar o Ramalhete. Pelo caminho encontraram o Dâmaso, que já estava casado. O Marquês e o Sequeira morreram e D. Diogo casou.

Viram o Charlie, o filho da condessa de Gouvarinho, que já estava grande. Ega agora andava muito ligado ao Alencar. O velho Bonifácio morrera. Carlos contou a Ega que Maria Eduarda lhe escrevera a anunciar que se ia

casar. Ela vive em Orléans. Ega perguntou-lhe que efeito lhe fez a ele e ele que foi um efeito de absoluto remate, é como se ela morresse e com ela todo o passado.

Tanto Ega quanto Carlos concordaram que ambos falharam a vida. Concluíram os dois que não vale a pena fazer um esforço, correr com a ânsia para coisa alguma.

Tinham combinado com os amigos um jantar às 18 horas. Como já tinha passado da hora correram para apanhar um americano para os levar ao Hotel Bragança. Afinal, a conclusão tirada por ambos não lhes adiantou muito.

Trabalho elaborado por: Soraia Pereira Nº18 11ºC