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Ato Normativo 314 – PGJ-SP
o art. 26, I, da Lei Federal nº 8625, de 12 de fevereiro de 1993, e o art. 104, I, da Lei Complementar Estadual nº 734, de 26 de novembro de 1993, autorizam o membro do Ministério Público, no exercício de suas funções, a instaurar procedimentos administrativos pertinentes ao desempenho de suas atribuições constitucionais;
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O membro do Ministério Público, no exercício de suas funções na área criminal, poderá, de ofício ou em face de representação ou outra peça de informação, instaurar procedimento administrativo criminal quando, para a formação de seu convencimento, entender necessários maiores esclarecimentos sobre o caso ou o aprofundamento da investigação criminal produzida.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
A decisão de instauração de procedimento administrativo criminal deverá, conforme o caso, levar em conta, dentre outros aspectos, especialmente os seguintes:
I - prevenção da criminalidade;
II - aperfeiçoamento, celeridade, finalidade e indisponibilidade da ação penal;
III - prevenção e correção de irregularidade, ilegalidade ou abuso de poder relacionado com a atividade de investigação;
(segue)
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
IV - aperfeiçoamento da investigação, visando à preservação ou obtenção da prova, inclusive técnica, bem como a validação da prova produzida, para fins de persecução penal;
V - fiscalização da execução de pena e medida de segurança.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O membro do Ministério Público, no exercício de suas funções na área criminal, deverá dar andamento, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento, às representações, requerimentos, petições e peças de informação de qualquer natureza que lhes sejam encaminhadas, quer decida-se, quer não, pela instauração do procedimento administrativo criminal.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
A decisão de instauração do procedimento administrativo criminal caberá ao membro do Ministério Público cujo cargo detiver atribuição para, no caso, oficiar em eventual ação penal que possa resultar da investigação
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O procedimento administrativo criminal será instaurado por termo de abertura, que necessariamente conterá:
I - a descrição do fato objeto de investigação ou esclarecimentos e o meio ou a forma pelo qual dele se tomou conhecimento;
II - o nome e a qualificação do autor da representação, se for o caso;
III - a determinação das diligências iniciais.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
Para secretariar os trabalhos, o presidente designará, nos próprios autos do procedimento administrativo criminal, funcionário ou servidor do Ministério Público, ou, na falta deste, pessoa idônea, mediante compromisso
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
Para instruir o procedimento administrativo criminal o presidente poderá:
I - expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimento e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou pela Polícia Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;
II - requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos (segue)
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III - requisitar informações e documentos a entidades privadas;
IV - promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere o inciso II deste artigo.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
A diligência que deva ser realizada em outra comarca deverá ser deprecada ao membro do Ministério Público local
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O secretário designado somente poderá permitir vista dos autos ou extração de cópias do procedimento administrativo criminal depois de expressamente autorizado pelo presidente ou, em sua ausência, de quem responder pelas atribuições de seu cargo
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O procedimento administrativo criminal deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, permitidas, se necessário, prorrogações por iguais períodos, mediante motivação consignada nos autos por seu presidente
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
Caso se convença da inexistência de fundamento que lhe autorize a promoção de qualquer medida judicial ou extrajudicial, o presidente promoverá o arquivamento do procedimento administrativo criminal.
A promoção de arquivamento será apresentada ao órgão jurisdicional competente sempre que o procedimento administrativo criminal tiver sido instaurado em razão de notícia de infração penal, ou esta tiver surgido no decorrer da investigação, aplicando-se, na hipótese, no que for compatível, o disposto no artigo 28 do Código de Processo Penal
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
Os autos do procedimento administrativo criminal cujo arquivamento tiver sido ordenado por seu presidente serão depositados em arquivo permanente do Ministério Público.
Depois de promovido o arquivamento do procedimento administrativo criminal, o membro do Ministério Público poderá proceder a novas diligências, se de novos elementos de convicção tiver notícia.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
A instauração e a conclusão do procedimento administrativo criminal, bem como seu arquivamento e o eventual oferecimento de denúncia ou proposta de transação penal, deverão ser comunicados pelo presidente ao Centro de Apoio Operacional às Execuções e das Promotorias de Justiça Criminal - CAEx-Crim.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
O presidente do procedimento administrativo criminal zelará pela integração de suas funções com as da polícia judiciária e de outros órgãos colaboradores, em prol da persecução penal e do interesse público
fim
Ação PenalAcionar é processar
No tema “ação penal” o que se busca saber é quem terá o direito de processar, ou em outras palavras, quem terá legitimidade para processar o infrator.
AÇÃO PENAL
PÚBLICA
PRIVADA
INCONDICIONADA
CONDICIONADA
REPRESENTAÇÃO
REQUISIÇÃO
EXCLUSIVAMENTE PRIVADA
PERSONALÍSSIMA
NÃO PERSONALÍSSIMA
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
CompetênciaA competência determina-se:
Pelo Lugar
Pela Matéria
Pela Prerrogativa da Função
Pela Conexão e Continência
Pela Distribuição
CompetênciaLugar
Em regra, o lugar do crime é o da consumação
Mas há competências que não se firmam pela consumação
CompetênciaLugar
Crimes que se consumam no estrangeiro
Tentativa
Crimes contra a Vida
JECRIM
Cheque sem fundos
CompetênciaMatéria
Justiças especializadas, foros especializados
Júri
Justiça Militar
Vara Especial da Infância e Juventude
Justiça Eleitoral
Justiça Federal
Outros
CompetênciaPrerrogativa da Função
Pessoas especiais, foros especiais
Presidente da República, Vice, Ministros, Governador, Prefeito, Deputados, Senadores, Juízes, Desembargadores, Promotores, Procuradores de Justiça, Etc
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
[...]
b) nas infrações penais comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
c) nas infrações penais comuns e nos
crimes de responsabilidade, os Ministros de
Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas
da União e os chefes de missão diplomática de
caráter permanente; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
STF
A Lei 11.036, de 22/12/04. Elevou o cargo do Presidente do BACEN a
ministro de Estado, dando-lhe, portanto, a prerrogativa da competência
em razão da função.
Art. 105. Compete ao Superior
Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os
Governadores dos Estados e do
Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os
desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito
Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante
tribunais;
STJ
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais de sua área de jurisdição.
b) os juízes militares federais de sua área de jurisdição.
c) os juízes do trabalho de sua área de jurisdição.
d) os Membros do Ministério Público da União que
oficiem junto à 1ª instância;
TRF
OBS:
Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos, que estabeleceu:
a) o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com a composição inicial de 18 juízes, sede em Brasília e jurisdição sobre o Distrito Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins;
CompetênciaMatéria -= TRFs
OBS:
b) o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com a composição
inicial de 14 juízes, sede na cidade do Rio de Janeiro e jurisdição
sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;
CompetênciaMatéria -= TRFs
OBS:
c) o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com a composição
inicial de 18 juízes, sede na cidade de São Paulo e jurisdição
sobre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul;
CompetênciaMatéria -= TRFs
OBS:
d) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com a composição
inicial de 14 juízes, sede na cidade de Porto Alegre e jurisdição
nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina;
CompetênciaMatéria -= TRFs
OBS:
e) o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com a composição
inicial de 10 juízes, sede na cidade de Recife e jurisdição sobre os
Estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do
Norte e Sergipe.
CompetênciaMatéria -= TRFs
Dos Tribunais de Justiça dos
Estados (art. 125 da CF), julgam
originariamente, nos crimes comuns:
a) os Prefeitos Municipais (art. 29, X, da
CF).
b) os juízes estaduais e do Distrito
Federal, inclusive os da Justiça Militar
Estadual, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral (art. 96, III, da CF).
c) os membros do Ministério Público
estadual e do Distrito Federal, ressalvada
a competência da Justiça
Eleitoral (art. 96, III, da CF).
No Estado de São Paulo, a Constituição Estadual acrescentou na
competência originária do Tribunal de Justiça os crimes cometidos pelo
Vice-Governador, pelos Secretários de Estado, pelos Deputados
Estaduais, pelo Procurador-Geral do Estado, pelo Delegado Geral de
Polícia e pelo Comandante -Geral da Polícia Militar.
TJ
PARTICULARIDADES NO TRIBUNAL DO JÚRI
Aqueles que gozam de foro especial previsto na própria
Constituição da República, como, por exemplo, os
promotores de justiça, são julgados pelo Tribunal de Justiça,
ainda que cometam homicídio. Já aqueles cujo foro por
prerrogativa de função decorre de Constituição Estadual,
são julgados pelo Tribunal do Júri, de modo que se pode
concluir que a prerrogativa de julgamento perante o Tribunal
de Justiça só alcança outros delitos.
STF 45 (vinculante) e STF 721: “A competência constitucional do Tribunal
do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido
exclusivamente pela Constituição Estadual”.
CompetênciaConexão e Continência
Continência se dá no concurso de agentes ou no concurso formal de crimes
CompetênciaConexão e Continência
Conexão se dá no concurso material ou mesmo quando não houver concurso, mas houver um liame entre os crimes (p. ex: Caminhão saqueado, roubo e receptação, outros)
CompetênciaConexão e Continência
O Tribunal do Júri atrai todos os crimes e criminosos, menos:
Crime Militar Próprio
Crime Eleitoral
Menor Infrator
CompetênciaDistribuição
Tendo mais de uma vara igualmente competente deverá ser feito um sorteio para chegar-se a competência. É a distribuição
Prisão Provisória
A prisão provisória, também chamada de prisão processual ou prisão cautelar se destaca no processo penal brasileiro por ser uma forma de isolar o agente da sociedade antes do mesmo ser condenado com trânsito em julgado.
Prisão Provisóriaoutras formas de prisão:prisão civil decretada na esfera cível por
prazo determinado para o devedor de alimentos;
prisão disciplinar que é a prisão do militar que inclusive não é passível de Habeas corpus;
prisão definitiva ou prisão-pena que se dá quando o agente se recolhe à prisão para cumprir a pena imposta, após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Prisão ProvisóriaFlagrante
De acordo com o artigo 301 do CPP sempre que alguém estiver em estado de flagrância (art. 302,CPP) qualquer um do povo pode e a Autoridade Policial e seus agentes devem prendê-lo em flagrante
Prisão ProvisóriaFlagrante
As hipóteses de estado de flagrância estão previstas no art. 302 do CPP, e são elas:
Prisão ProvisóriaFlagrante
c) ser perseguido após cometer a infração
- inclusive podendo ser preso em outra comarca
- flagrante impróprio ou quase-flagrante
Prisão ProvisóriaFlagrante
d) ser apanhado, num momento posterior, com instrumentos, armas ou objetos que façam presumir ser o agente o autor da infração
- flagrante presumido
Prisão ProvisóriaFlagrante
- Membros do Congresso Nacional (art. 53, §1º da CF) – em crimes afiançáveis
Prisão ProvisóriaFlagrante
- Deputados Estaduais (art. 27, §1º c/c art. 53, § 1º da CF) – em crimes afiançáveis
Prisão ProvisóriaFlagrante
- Membros do Ministério Público (art. 40, III, da LONMP) – em crimes afiançáveis
Prisão ProvisóriaFlagrante
- Advogado (art. 7º,§3º da Lei 8.906/94), salvo no exercício da profissão em crime inafiançável
OBS: Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (nº 1.127), promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros, o STF deu interpretação ao referido artigo de lei no sentido de que o mesmo não abrange o delito de desacato
Prisão ProvisóriaFlagrante
ATENÇÃO - Autoridade Policial no prazo de 24 (vinte e quatro) horas da lavratura do
auto de prisão em flagrante deverá:
Prisão ProvisóriaFlagrante
encaminhar cópia à Defensoria Pública (se o preso for pobre e não tiver condições de constituir defensor); e
Prisão ProvisóriaFlagrante
entregar ao preso a nota de culpa que é a informação ao preso do motivo de sua prisão e quem a determinou
Prisão ProvisóriaFlagrante
Atenção: Diferenças entre
Flagrante Preparado
Flagrante Forjado
Flagrante Esperado
Prisão ProvisóriaFlagrante
Atenção: Direitos do réu preso em flagrante
- Assistência da Família e de Advogado
- Permanecer calado
- Prisão especial (em alguns casos)
- Outros
Prisão ProvisóriaFlagrante
Atenção:
- Flagrante no JECRIM
- Flagrante na ação privada
- Flagrante em crime habitual
- Flagrante em crime permanente
Prisão ProvisóriaFlagrante
Atenção:
- Cabe RDD (isolamento preventivo para o preso em flagrante) (Vejamos:)
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características:
I - ...
II - ...
III - ...
IV - ...
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
Prisão ProvisóriaPreventiva
* A prisão preventiva poderá ser decretada pela Autoridade Judiciária, de ofício ou a requerimento, tanto na fase de inquérito quanto na fase judicial. Para isso, por ser medida extrema são necessários dois requisitos:
Prisão ProvisóriaPreventiva
2) Um dos fatores a seguir expostos:
Garantia da ordem pública ou econômica
Conveniência da instrução criminal
Assegurar a aplicação da lei penal
Descumprimento de medida cautelar ou protetivas de urgência
Prisão ProvisóriaPreventiva
ATENÇÃO
Existe previsão para a prisão preventiva somente para crimes dolosos e não para os culposos.
Prisão ProvisóriaPreventiva
ATENÇÃO
A prisão preventiva pode ser decretada e revogada quantas vezes forem necessárias.
Prisão ProvisóriaPreventiva
ATENÇÃO
A prisão preventiva não pode (em regra) ser decretada para crimes com pena de até 4 anos
Prisão ProvisóriaPreventiva
ATENÇÃO
Cabe RDD Provisório (Isolamento Preventivo) na Prisão Preventiva (vide observação do flagrante)
Prisão ProvisóriaTemporária
A prisão temporária não está prevista no Código de Processo Penal, mas é na Lei 7960/89
Prisão ProvisóriaTemporária
Essa prisão será decretada para
1) facilitar as investigações de crimes graves, previstos na lei
2) Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários para o esclarecimento de sua identidade, nos crimes previstos na lei
Prisão ProvisóriaTemporária
a) homicídio doloso;
b) seqüestro ou cárcere privado;
c) roubo;
d) extorsão (OBS: não está incluído o sequestro relâmpago);
e) extorsão mediante seqüestro;
Prisão ProvisóriaTemporária
f) estupro (OBS: não está incluído o estupro e vulnerável);
g) atentado violento ao pudor (revogado);
h) rapto violento (revogado);
i) epidemia com resultado de morte;
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte;
Prisão ProvisóriaTemporária
l) quadrilha ou bando (agora chamado Associação Criminosa);
m) genocídio;
n) tráfico de drogas;
o) crimes contra o sistema financeiro.
p) crime de terrorismo (Lei 13.260/16)
Prisão ProvisóriaTemporária
Diferentemente da prisão preventiva, que pode ser decretada de oficio ou requerimento, a prisão temporária deve ser requerida pela Autoridade Policial ou pelo Ministério Público.
Prisão ProvisóriaTemporária
o magistrado tem um prazo de 24 (vinte e quatro) horas para decidir se decreta ou não a prisão temporária. Se o juiz decretá-la, sempre fundamentadamente, está será por um prazo certo e determinado.
Prisão ProvisóriaTemporária
O prazo da temporária, em regra geral, será de 5 (cinco) dias e poderá ser renovado por mais 5 (cinco) dias.
Prisão ProvisóriaTemporária
Contudo, crimes hediondos ou equiparados a hediondos o prazo será de 30 (trinta) dias que poderá ser renovado por mais 30 (trinta) dias.
Prisão ProvisóriaTemporária
Esgotado o prazo da temporária e, se o preso não ficar detido por outro motivo, deverá ser colocado em liberdade independentemente de alvará de soltura
Lei 12.403/11A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera
dispositivos do Código de Processo Penal no que diz respeito a:
- Prisões Provisórias
- Liberdade Provisória
- Relaxamento da Prisão
- Criação de Medidas Cautelares
- outros
Comunicação da PrisãoO novo artigo 283 traz novas formas de
comunicação da prisão entre comarcas, incluindo além da Carta Precatória, outros meios de comunicação (como a rede mundial de computadores – Internet)
Separação dos Presos Provisórios
Antes, a lei mencionava que os presos provisórios “sempre que possível” deveriam ficar separados dos presos condenados com trânsito em julgado. Doravante a lei é taxativa impondo que os presos provisórios deverão ficar separadosdos presos condenados com trânsito em julgado
Art. 310Agora, quando o Juiz receber o auto de
prisão em flagrante deverá, fundamentadamente tomar uma das seguintes decisões:
Art. 310 relaxar a prisão ilegal
converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, quando presentes os requisitos dessa modalidade de prisão ou quando forem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão
conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança, podendo impor ou não uma das medidas cautelares abaixo analisadas
Art. 310 converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, quando presentes os requisitos dessa modalidade de prisão ou quando forem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão
observações
Art. 310 conceder a liberdade provisória, com ou sem
fiança, podendo impor ou não uma das medidas cautelares abaixo analisadas
observações
Art. 310Permanece a regra de concessão da
liberdade quando for o caso da presença de uma excludente de ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito) (não mais no “caput” e sim no par. Único do art. 310 do CPP)
Da Prisão DomiciliarO Capítulo IV mudou o seu foco. Antes
tratava “Da Apresentação Espontânea do Acusado” e passa a tratar “Da Prisão Domiciliar”
Da Prisão Domiciliar for maior de 80 (oitenta) anos;
extremamente debilitado por motivo de doença grave
quando imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência
(segue)
Da Prisão DomiciliarGestante
mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos
homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos
Da Prisão DomiciliarPara a substituição da prisão preventiva por
prisão domiciliar o juiz deverá ter prova idônea da ocorrência de um dos casos retro expostos
Das Outras Medidas CautelaresTalvez a mudança mais expressiva é a
criação do capitulo V “Das Outras Medidas Cautelares” em substituição ao antigo capítulo V “Da Prisão Administrativa”
Das Outras Medidas Cautelares * comparecimento periódico em juízo, no
prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
* proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
Das Outras Medidas Cautelares * proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
* proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
Das Outras Medidas Cautelares * recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
* suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
Das Outras Medidas Cautelares * internação provisória do acusado nas
hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
* monitoração eletrônica
Das Outras Medidas Cautelares a proibição de ausentar-se do País deverá ser
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas
Das Outras Medidas Cautelares * fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
Fiançapode ser em dinheiro,
título da dívida pública estadual, federal ou municipal,
pedras ou metais preciosos, ou hipoteca de imóvel
– art. 330 do CPP.
FiançaA fiança será considerada quebrada,
conforme vigente art. 341 do CPP, quando o réu:
a) não comparecer a ato processual regularmente intimado imotivadamente;
b) obstruir de propósito o andamento do processo;
Fiança c) praticar novo crime doloso;
d) resistir sem motivo à ordem judicial;
e) descumprir medida cautelar imposta cumulativamente coma fiança.
Fiança Já a perda da fiança (atual art. 344 do mesmo
Codex) ocorre:
quando o condenado não se apresenta para o início do cumprimento da pena imposta
FiançaÉ chamado de reforço de fiança quando o
valor arbitrado se mostre inexato ou insuficiente aos fins visados pelo instituto (art. 340 do CPP).
FiançaA fiança será cassada quando reconhecida a
existência de crime inafiançável – arts. 338 e 339 do CPP.
FiançaAtenção
1/2 (metade) do valor da fiança no caso de quebra de fiança passa a fazer parte do Fundo Penitenciário Nacional, conforme determina o art. 2º, VI, da Lei Complementar n. 79, de 7 de janeiro de 1994.
FiançaAntes, a Autoridade Policial somente
poderia conceder fiança se a infração fosse punida com detenção ou prisão simples. Com a nova redação, independente da pena ser de detenção ou reclusão, a Autoridade Policial poderá conceder a fiança se a pena máxima for de até 4 (quatro) anos e nos demais casos a fiança será requerida à Autoridade Judiciária que decidirá em até 48 (quarenta e oito) horas
FiançaSerá inafiançável:
* crimes de racismo;
* crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
* crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Fiança * as infrações em que o agente, no mesmo
processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
* a prisão civil ou militar;
* quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312 do CPP)
Fiança * de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos,
quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
Fiança * de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários
mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.
FiançaDependendo da capacidade econômica do
agente, a fiança poderá ser dispensada, reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços) ou aumentada em até 1.000 (mil) vezes
Outras alterações da Lei 12.403/11
O artigo 595 também foi revogado, acabando com a deserção do recurso pela fuga da prisão por parte do recorrente