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ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 > Formação-Algarve é o nome do programa de apoio à manuten- ção do emprego na hotelaria durante a época baixa que o Governo está a preparar e que está em discussão no Conselho Económico e Social. Apesar da medida, António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, numa primeira análise diz que os efeitos do programa serão diminutos na baixa das elevadas taxas de desemprego que a região soma há anos. Muita parra pouca uva é a visão dos sindicatos afectos à CGTP para um programa sectorial e demasiado focado na sazonalidade p. 8 Governo quer apoiar emprego na hotelaria Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1087 • Semanário à sexta-feira • 7 de Setembro de 2012 • Preço 1 Veja anúncio pág. 12 PUB O POSTAL regressa no dia 21 Assine o Descubras as vantagens no interior Ganhe um plano de saúde Belleform Plus com descontos até 60% em medicina dentária, estética e ginásio PUB Empresários BNI comemoram 1º aniversário > 7 HENRIQUE DIAS FREIRE CA Soluções Jovens 0-30 Câmaras devem 80 milhões em água Parque de Campismo da Ilha de Tavira As suas férias de sonho junto da natureza E-mail: [email protected] · www.campingtavira.com Telef.: (+351) 281 32 17 09 · Fax: (+351) 281 32 17 16 Tendas de aluguer EM FOCO 2 PORTAGENS FAZEM DISPARAR ACIDENTES NA EN 125 3 SANTA LUZIA CONTINUA SEM MÉDICO 4 PROFESSORES ENGROSSAM FILAS DO DESEMPREGO 5 BNI CELEBRA 1º ANIVERSÁRIO 7 GOVERNO PREPARA APOIO AO EMPREGO NA HOTELARIA 8 CLASSIFICADOS 9 p. 2 PUB

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Governo quer apoiar emprego na hotelaria » Câmaras devem 80 milhões em água » Empresários BNI comemoram 1º aniversário com mais de 900 mil euros » Portagens fazem disparar acidentes na EN 125 » Santa Luzia continua sem médico » Professores engrossam fileiras do desemprego » World music aquece Cidade Velha • E AINDA: Assine o POSTAL por 30€ anuais e receba gratuitamente 1 Plano de Saúde em medicina dentária, estética e ginásio onde poderá poupar milhares de euros • POSTAL regressa dia 21

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Page 1: Postal7SET1087

às sextas emconjunto com oPúblico Por €1,60

> Formação-Algarve é o nome do programa de apoio à manuten-ção do emprego na hotelaria durante a época baixa que o Governo está a preparar e que está em discussão no Conselho Económico e Social. Apesar da medida, António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, numa primeira análise diz que os efeitos do programa serão diminutos na baixa das elevadas taxas de desemprego que a região soma há anos.Muita parra pouca uva é a visão dos sindicatos afectos à CGTP para um programa sectorial e demasiado focado na sazonalidade p. 8

Governo quer apoiar emprego na hotelaria

Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1087 • Semanário à sexta-feira • 7 de Setembro de 2012 • Preço € 1

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O POSTAL regressa no dia 21

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Tendas de

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EM FOCO 2 PORTAGENS FAZEM DISPARAR ACIDENTES NA EN 125 3 SANTA LUZIA CONTINUA SEM MÉDICO 4 PROFESSORES ENGROSSAM FILAS DO DESEMPREGO

5 BNI CELEBRA 1º ANIVERSÁRIO 7 GOVERNO PREPARA APOIO AO EMPREGO NA HOTELARIA 8 CLASSIFICADOS 9

p. 2

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Ricardo [email protected]

PARA ONDE VAI o dinheiro que todos os meses pagamos em água é a questão que muitos algarvios se colocam quando sabem que a dívida das au-tarquias à Águas do Algarve (AdA), empresa que fornece a água às Câmaras da região, não pára de crescer.

A resposta é simples, a dívi-da cresce porque as autarquias não usam o que recebem dos consumidores fi nais para pa-gar à AdA e dão a essa injecção mensal de liquidez outros des-tinos. Há naturalmente excep-ções e no Algarve há Câmaras com os pagamentos em dia à AdA, mas o facto é que a dívi-da total à empresa do grupo Águas de Portugal somava no início de Agosto mais de 79 milhões de euros.

Facto também é que, de acordo com dados oficiais a que o POSTAL teve acesso, a dívida total cresceu de Julho para Agosto deste ano mais de cinco milhões de euros.

Dos 79 milhões em dívida, o POSTAL apurou também que apenas cerca de seis milhões são facturas ainda não venci-das e que o total das dívidas com mais de um ano ultrapas-sa os 30 milhões de euros.

A dívida total à AdA divi-de-se em mais de 50 milhões de euros da responsabilidade directa das autarquias e 28,5 milhões da responsabilidade das empresas municipais, FA-GAR (Faro), Infralobo, Infra-quinta e Inframoura (Loulé), Ambiolhão (Olhão), EMARP (Portimão), Taviraverde (Tavi-ra) e VRSA SGU (Vila Real de Santo António).

Se o ritmo de endividamen-to se mantiver como até aqui, explicou ao POSTAL uma fonte próxima do processo, “a dívi-da à Águas do Algarve soma-rá no fi nal do ano mais de 90 milhões de euros”.

ENTIDADES REGIONAIS A VER NAVIOS As dívidas das Câma-ras não se fi cam pelos valores em falta à AdA e se a esta em-presa somarmos as dívidas to-tais à ALGAR, responsável pela gestão dos resíduos sólidos urbanos na região, e à AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve), AREAL (Agência Regional de Energia e Am-biente), Assembleia Distrital e Orquestra do Algarve, o saldo devedor é assustador e soma já mais de 94 milhões de euros.

OS CAMPÕES DA DÍVIDA E OS BONS ALUNOS Na dívida à AdA os campeões são Albufei-ra com cerca de 17 milhões de euros em falta, Loulé, com 9,5 milhões, e Lagos, com mais de 8,2 milhões. Do lado dos bons alunos estão Alcoutim, São Brás e Monchique.

No âmbito das empresas municipais os maiores devedo-

res são a Ambiolhão, que rece-beu toda a dívida de água da autarquia, com 10,3 milhões de euros, a VRSA SGU, com uma dívida de 5,1 milhões, e a Taviraverde, com cinco mi-lhões, valor que está depen-dente da solução de um dife-rendo judicial com a AdA.

ADA EM “SITUAÇÃO MUITO PRE-OCUPANTE” Apesar da sani-dade económica e estrutural da empresa, a AdA tem neste momento, “uma situação fi -nanceira muito preocupan-te”, afirmou ao POSTAL Ar-tur Ribeiro, administrador da empresa. A falta de liqui-dez gerada pela dívida das autarquias é a razão da falta de fl uxo de caixa da empresa, refere o responsável.

A tendência é, de acordo com Artur Ribeiro, de “agra-vamento da situação, uma vez que as autarquias atravessam

fortes contingências fi nancei-ras” e para o administrador “não é a prevista ajuda fi nan-ceira do Estado de 1,8 mil mi-lhões de euros que fará grande diferença, uma vez que esta só poderá ser aplicada na liquida-ção de dívidas até 90 dias”.

O QUE ESTÁ EM RISCO Para Ar-tur Ribeiro a questão da dívi-da obriga forçosamente a uma gestão ainda mais apertada da acção da AdA. “Sempre tive-mos uma gestão de grande ri-gor e conseguimos mesmo dar cumprimento aos cortes nas despesas operacionais impos-tos pelo Governo, mas a situa-ção é de molde a poder gerar difi culdades na prestação do serviço com a qualidade a que sempre habituámos os nossos clientes, as autarquias”, diz.

O administrador afi rma que “o pagamento dos impostos e dos salários será sempre a

primeira preocupação da em-presa”, a que se segue “o paga-mento aos fornecedores”.

O principal encargo da AdA é com a electricidade e neste caso Artur Ribeiro diz que “se não houver dinheiro para a pagar a empresa não pagará em pri-meiro lugar as facturas das ins-talações relativas aos concelhos em que a dívida é maior”. Sem electricidade não há água, nem saneamento, pelo que o resul-tado a agravar-se a situação po-derá ser a ruptura de serviços em concelhos devedores.

“A AdA está obrigada a manter o fornecimento de água”, sublinha o administra-dor da empresa, e “cumprirá os termos da concessão até ao limite das suas possibilidades”, remata, mas a situação de rup-tura é uma realidade que nin-guém pode ignorar que pode tornar-se um facto.

Na senda das limitações provocadas pela dívida gi-gantesca das autarquias estão também os investimentos, com a AdA a parar o avanço do lançamento das estações de tratamento de águas re-siduais da Companheira em Portimão e de Faro Nascente / Olhão Poente que estavam na calha para avançarem.

“Se a dívida das Câmaras não existisse a AdA teria di-nheiro para todos os investi-mentos em falta”, destaca Ar-tur Ribeiro, que recorda que a empresa é neste momento no grupo Águas de Portugal aquela que tem maior volume de facturação para receber.

A solução para as dívidas que, relembra o administrador, obriga a recurso aos tribunais antes do prazo de prescrição de dois anos ser atingido, pode passar pela entrega da distri-buição em baixa por parte das Câmaras à AdA para explora-ção mediante o pagamento de uma renda.

A AdA fi caria assim respon-sável pela distribuição de água

e pelo saneamento em baixa aos consumidores e cobraria directamente as facturas evi-tando o acumular de dívida. Por outro lado, em vez de pa-gar a renda acordada para a concessão da rede de água e esgotos em baixa a empresa reteria o respectivo valor du-rante o tempo necessário para amortizar a dívida das autar-quias. Uma solução que já está em cima da mesa, diz Artur Ri-beiro, nos casos de Albufeira, Silves, Lagoa e Lagos.

Câmaras devem 94 milhões de euros a entidades regionaisÁguas do Algarve têm a receber mais de 79 milhões de euros

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2 | 7 de Setembro de 2012

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Artur Ribeiro diz que a situação fi nanceira da Águas do Algarve é muito preocupante

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FICHA TÉCNICA

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: [email protected]

Director: Henrique Dias(CP 3259).

Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendon-ça (CP 3258), Geraldo de Jesus (CO 630), Helga Simão, Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas (estágio curricular). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defe-sa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transpor-tes e Distribuição, Lda e CTT.

Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:9.469 exemplares

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Pedro Ruas/Ricardo [email protected]

O númerO de acidentes na EN 125 entre Janeiro e Agosto de 2012 cresceu 24% em rela-ção ao período homólogo de 2011, tendência que também se verifica no número de fe-ridos, embora o número de mortos tenha descido 55%, se-gundo assegura fonte da Guar-da Nacional Republicana.

Assim, durante os primei-ros oito meses de 2012 con-

tam-se 672 acidentes, contra os 542 registados no mes-mo período de 2011. Nestes acidentes registaram-se seis vítimas mortais (menos 11 do que em 2011), 19 feridos graves (mais 5) e 249 feridos ligeiros (mais 59).

Este período coincide com o fenómeno da colocação de portagens e o consequen-te aumento de tráfego na EN 125. Segundo números avançados pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias

(INIR), a diferença de tráfego na A22 durante o 2º trimestre de 2011 e o mesmo período de 2012 aponta para uma re-dução de 52% na circulação automóvel.

Apesar das estatísticas do INIR relativas aos meses de Verão deste ano ainda não estarem disponíveis a ten-dência da diminuição de tráfego na A22 por força das portagens é facilmen-te comprovável, facto a que também não são indiferen-

tes os efeitos da crise eco-nómica que retiraram da auto-estrada recentemente portajada muita da circula-ção automóvel de residen-tes, empresas e turistas.

O grosso desta diminuição opta, claro está, pela EN 125, o que para além de aumen-tar sobremaneira o tráfego desta via, vistas as estatísticas apresentadas pela GNR e pelo INIR, provoca um substancial aumento do número de aci-dentes na mesma.

Portagens fazem disparar acidentes na EN 125Aumento de tráfego coincide com aumento da sinistralidade

d.r.

Mais acidentes mas menos mortos na EN 125

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NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº. 1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e um de Agosto de dois mil e doze, de folhas cento e nove a folhas cento e dez verso, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e nove – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justifi-cação, na qual:

MANUEL FERNANDES PEREIRA, NIF 118.464.612, natural da freguesia de Conceição, concelho de Tavira e mulher MARIA DA CONCEIÇÃO JOANA FERNANDES PEREIRA, NIF 123.181.763, natural da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes no sítio da Portela, Corte António Martins, Vila Nova de Cacela, Vila Real de Santo António, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possui-dores dos seguintes prédios, todos sitos na freguesia de Con-ceição, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

a) Prédio rústico, composto por terra de regadio, pastagem, fi-gueiras, oliveiras, ameixeiras, laranjeiras, pereiras, azinheiras e alfarrobeira, a confrontar do norte e nascente com caminho, do sul com Vitalina Rodrigues Neves de Sousa e do poente com Rui Pereira, sito em Portela, Corte António Martins, com a área de cinco mil quinhentos e cinquenta e três metros quadrados, inscrito na matriz em nome da justificante mulher sob o artigo 12.573, com o valor patrimonial tributário de 833,00 m;

b) Prédio rústico, composto por terra matosa, azinheiras e pi-nheiros, a confrontar do norte com John Charles Lewis e do sul, nascente e poente com caminho, sito em Portela, Corte António Martins, com a área de três mil duzentos e setenta e um metros quadrados, inscrito na matriz em nome da justificante mulher sob o artigo 12.576, com o valor patrimonial tributário de 125,76 m;

c) Prédio urbano, composto por edifício térreo, destinado a habitação, com diversos compartimentos, a confrontar do nor-te, sul, nascente e poente com o próprio, no sítio da Portela, Corte António Martins, com a área total de seiscentos e sete metros quadrados, inscrito na matriz em nome da justificante mulher, sob o artigo 3.917, com o valor patrimonial tributário de 11.880,00 m;

d) Prédio rústico, composto por terra matosa e pasto, azinheiras

e oliveiras, a confrontar do norte com herdeiros de José Francis-co e José Romeira Rodrigues, do sul com Maria José Gonçalves, do nascente com linha de água e do poente com herdeiros de António Valente, Vitalina Maria Fernandes e Leontina de Jesus Viegas, sito em Corgo Serôdio, Corte António Martins, com a área de dezanove mil e quinhentos metros quadrados, inscrito na matriz em nome do justificante marido sob o artigo 12.575, com o valor patrimonial tributário de 3.120,00 m.

Que adquiriram os prédios indicados nas alíneas a), b) e c), por lhes terem sido adjudicados em data imprecisa do ano de mil no-vecentos e oitenta e sete, por partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito do pai da justificante mulher, Fran-cisco Gonçalves Fernandes, casado que foi com Teresa Joana, sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foi no dito sítio da Portela.

Que adquiriram o prédio indicado na alínea d), por lhes ter sido adjudicado em data imprecisa do ano de mil novecentos e se-tenta e sete, por partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito do pai do justificante marido, Manuel Pereira, casado que foi com Maria Teresa, sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foi no mencionado sítio de Corte António Martins.

Que desde esses anos possuem os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cuidando e cultivando a terra, fazen-do as respectivas sementeiras, colhendo os frutos; fazendo as obras de beneficiação, conservação e reparação necessárias no prédio urbano, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrup-ção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Que estes bens têm a natureza de bens comuns do casal.

Que atribuem a esta justificação o valor total de dezasseis mil euros.

Vai conforme o original.

Tavira, aos 21 de Agosto de 2012

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco - Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1

Conta registada sob o nº. PAO 996 / 2012 Factura nº. 01015

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº. 1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e sete de Agosto de dois mil e doze, de folhas cento e vinte e seis a folhas cento e vinte e oito, do livro de notas para es-crituras diversas número cento e cinquenta e nove – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

JOSÉ BELO DOS SANTOS, NIF 128.748.117, natural da freguesia de Benquerenças, concelho de Castelo Branco, casado sob o regime da separação de bens com Frances Caroline Belo dos Santos, NIF 149.415.672, residente na Vila 55, Pedras D’El Rey, Santa Luzia, Tavira, declarou:

Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possui-dor dos seguintes prédios, todos sitos em Pedras d’El Rei, freguesia de Santiago, concelho de Tavira, a saber:

a) Prédio urbano, composto por edifício térreo com vários compartimentos, destinado a habitação, com alpendre e pocilgo, com a área coberta de cento e trinta e sete vír-gula vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Aldeia Turística Pedras d’El Rei, do sul e poente com herdeiros de José Leandro e do nascente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 3.030, com o valor patri-monial tributário e igual ao atribuído de SETECENTOS E QUARENTA E CINCO EUROS E QUARENTA E NOVE CÊN-TIMOS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira;

b) Prédio rústico, composto por terra de cultura, com amendoeiras, uma alfarrobeira, oliveiras e figueiras, com a área de sete mil e trezentos metros quadrados, a confrontar do norte com estrada, do sul com a linha do caminho de ferro, do nascente com Aldeia Turística Pedras d’El Rei e do poente com Damião Palmeira, ins-crito na matriz sob o artigo 667, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de TREZENTOS E DEZAS-SEIS EUROS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira;

c) Prédio rústico, composto por terra de cultura com ár-vores, inscrito na matriz sob o artigo 668, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de SESSENTA E SEIS EUROS E OITO CÊNTIMOS; descrito na Conserva-

tória do Registo Predial de Tavira sob o número dois mil novecentos e setenta e cinco, de vinte e quatro de Agosto de dois mil e onze, registada a aquisição a favor de Hen-rique Patrício Viegas Cavaco e mulher Maria de Lurdes Viegas, pela apresentação sete, de vinte e três de Agosto de mil novecentos e oitenta e três, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sítio de S. Pedro, Santiago, Tavira.

Que adquiriu os prédios indicados nas alíneas a) e b), por meio de compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a João Bernardino Viegas e mulher Maria do Rosário Brito, que também usava e era conhecida por Maria do Rosário Brito Lagoas e ainda por Maria do Rosário Lagoas, casados que foram sob o regime da co-munhão geral de bens, residentes que foram em Tavira, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, em data que não é possível precisar.

Que adquiriu o prédio indicado na alínea c) por meio de compra verbal e nunca reduzida a escritura pública fei-ta a Henrique Patrício Viegas Cavaco e mulher Maria de Lurdes Viegas, residentes que foram em S. Pedro, San-tiago, Tavira, no ano de mil novecentos e oitenta e quatro, em data que não é possível precisar.

Que desde esses anos possui os prédios em nome pró-prio, usufruindo dos mesmos, cuidando e cultivando a terra, fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos; fazendo as obras de beneficiação, conservação e reparação necessárias no prédio urbano, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, pos-se que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamen-te, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu os prédios por usucapião.

Que estes bens têm a natureza de bens próprios.

Vai conforme o original.

Tavira, aos 27 de Agosto de 2012

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco - Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1

Conta registada sob o nº. PAO 1023 / 2012 Factura nº. 01042

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087,

de 7 de Setembro de 2012)

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ZZZ ZZZ pág. ##REGIÃO BNI comemora 1º aniversário reunido em Faro pág. 7

4 | 7 de Setembro de 2012

Pedro Ruas/Ricardo [email protected]

DESDE OUTUBRO do ano pas-sado que a população de Santa Luzia foi informada de que o posto de atendimento médico local seria encerrado enquanto decorressem obras para criar instalações condignas, passan-do o atendimento a ser feito no Centro de Saúde de Tavira.

A situação previa-se “provi-sória”, para durar “no máximo durante os próximos meses de Outono e Inverno”.

Decorrido quase um ano, a situação “provisória”, con-verteu-se em defi nitiva, como confi rmou ao POSTAL, o presi-dente da Junta de Santa Luzia, Carlos Rodrigues.

“A Administração Regional de Saúde Algarve (ARS) imputa a responsabilidade à Câmara de Tavira e a Câmara diz que a res-ponsabilidade é da ARS”, diz o autarca, que defende que “com um pouco de boa vontade o as-sunto já estava resolvido”. Se-gundo Carlos Rodrigues, “a autarquia é que tem de ofere-cer as instalações à ARS e sou testemunha de que foram ofe-recidos espaços, mas nenhum mereceu a aprovação”, razão que o leva a considerar haver “alguma má vontade”.

O autarca está preocupado com a situação da população, com “idosos que têm de fazer tratamentos diários” e a fre-guesia não dispõe sequer de “um enfermeiro ou médico a tempo parcial, sendo a única

no concelho onde isso acon-tece”, conclui.

Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, também confirmou ao POSTAL que a autarquia “já propôs a dispo-nibilização de um espaço, que entendemos adequado, mas a ARS não aceitou”. O edil escla-rece que este “não é um caso arquivado e tanto eu como o presidente da Junta continu-amos à procura de um espaço que cumpra os requisitos”.

ACES SOTAVENTO DEFENDE ATENDIMENTO NO CENTRO DE SAÚDE Manuel Janeiro, direc-tor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Sotavento , revelou ao POSTAL que a posição da ARS Algarve e do próprio ACES é a de que o espaço onde funcionava a ex-tensão de Saúde de Santa Luzia “não tinha as mínimas condi-ções” e afirma que “o espaço que foi disponibilizado pela Câmara necessitava de obras que nunca avançaram”.

O director considera que “os santaluzienses estão mui-to melhor servidos no Centro de Saúde, com todas as condi-ções para o atendimento dos utentes e é essa a principal pre-ocupação do ACES”. O esforço adicional que lhes é pedido na deslocação ao Centro de Saúde “não é tão signifi cativo, uma vez que são atendidos a apenas 1,6 quilómetros da fre-guesia, com bons acessos e ins-talações extraordinariamente melhores”, conclui.

Santa Luzia continuasem médicoSituação “provisória” dura há um ano

GERALDO DE JESUS

Carlos Rodrigues está preocupado com a população

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REGIÃO

7 de Setembro de 2012 | 5

Governo prepara apoio ao emprego na hotelaria pág. 8

Pedro Ruas/Ricardo [email protected]

A LISTA DE PROFESSORES co-locados no novo ano lectivo de 2012/2013 foi conhecida no passado dia 31 de Agosto e deixou de fora das escolas milhares de professores, agra-vando a situação de desempre-go no país e na região.

Ana Simões, coordenadora regional do Sindicato de Pro-fessores da Zona Sul, ouvida pelo POSTAL, revela preocupa-ção com a situação na região e considera “uma vergonha este despedimento colectivo”, sal-vaguardando que o sindicato já está no terreno a prestar apoio jurídico aos professo-

res, “alguns com vinte anos de carreira que se vêem ago-ra a caminho dos centros de emprego”.

A líder sindical desatca que “já estivemos e vamos estar nos centros de emprego por todo o país” e avisa que “estão previs-tas novas acções reivindicati-vas nas escolas, a partir do dia 10 de Setembro, onde vamos reunir com os professores que, apesar de colocados, se encon-tram em situação ainda mais precária do que no ano passa-do”. Ana Simões alerta ainda para algumas incongruências na colocação de professores na região em vagas que já estão preenchidas.

António Goulart, coordena-

dor da União de Sindicatos do Algarve, ouvido pelo POSTAL, confessa “estranheza por o país não aproveitar os recursos de que dispõe” e antevê “um au-mento de desempregados no sector e um expectável aumen-to no desemprego no último trimestre do ano e primeiro trimestre de 2013 quando comparado com o período homólogo que apresentava já então uma situação muito preocupante”.

DEMOGRAFIA MARCA DIMINUI-ÇÃO DA NECESSIDADE DE PRO-FESSORES O director regional de Educação, Alberto Almei-da, disse ao POSTAL que des-conhece o número de profes-

sores não colocados na região por “não ter acesso à platafor-ma que passa directamente pe-las escolas e pelo ministério” e acautela que “avançar com números concretos é desa-conselhável porque correm o risco de não ser verdadeiros, até porque ainda há casos de vagas por preencher”.

Alberto Almeida consi-dera que a situação do de-semprego dos professores é “dramática” mas defende que “a infeliz realidade é que se perderam 500 mil alunos em Portugal nos últimos dez anos e este é um problema conjuntural que ultrapassa qualquer ministro da Educa-ção ou qualquer Governo.”

Também ouvido pelo POS-

TAL, Carlos Baía, delegado re-gional do IEFP, diz ser “difícil avançar com estatísticas fi áveis numa fase tão prematura” e re-vela que a corrida aos centros

de emprego da região tem-se registado “de forma pacífi ca e organizada” e dentro do “nú-mero padrão para esta altura do ano”.

Professores engrossam fi leiras do desempregoSindicatos acusam Ministério da Educação de despedimento colectivo

Professores aumentam fi las para subsídio de desemprego

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CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 42/2012

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 31 de julho de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta número 132/2012/CM, referente à 7ª. alteração às Grandes Opções do Plano e 11ª. alteração ao Orçamento;

2. Aprovado por unanimidade a proposta número 133/2012/CM, referente à Loja de Talho do Mer-cado Municipal de Cabanas de Tavira - Alteração ao uso;

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 31 de julho do ano 2012

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

HÁ 12 ANOS QUE OS GIBÕES fa-zem parte do Zoo de Lagos, foi a primeira espécie de primatas a chegar ao parque. É também a espécie que continua a dar muitas surpresas. Pela quarta vez os gibões reproduzem-se no Zoo de Lagos.

Tina, a fêmea, deu à luz na sexta-feira da passada semana mas ainda não se sabe o sexo da pequena cria.

Tina já foi mãe de Tobias, macho que ao atingir a idade adulta foi transferido para um

zoo na Argentina, Lagos, um macho que ainda está na fa-mília de gibões do Zoo de La-gos, e Charruinha, a pequena fêmea. A estes junta-se agora um novo elemento, que já tem nome escolhido.

Se for macho vai chamar-se Paulo em homenagem ao ex-jogador de futebol e agora treinador Paulo Sousa, cujo aniversário se comemora a 31 de Agosto. Se for fêmea cha-mar-se-á Cristina, tal como Cristina Moller, mulher de

Paulo Sousa.Este nascimento deixa mais

uma vez toda a equipa orgu-lhosa e prova que o parque tem todas as condições de bem-estar para as espécies que estão em cativeiro.

PROTECÇÃO ANIMAL

Novo gibão no Zoo de Lagos

D.R.

D.R.

Page 6: Postal7SET1087

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BNI celebra 1º aniversárioMais de 900 mil euros concretizados com 1.090 negócios gerados enquanto a concorrência dormia

7 de Setembro de 2012 | 7

região

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Henrique Dias [email protected]

Os empresáriOs da maiOr organização de troca de refe-rências empresariais em todo o mundo comemoraram o seu 1º aniversário no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Faro com Macário Correia, que aceitou ser o anfitrião

Fez um ano que o primeiro grupo constituído no Algarve por empresários da rede Bu-siness Network Internacional (BNI Interação de Faro) iniciou as suas reuniões semanais das 6H45 às 9H10 da manhã.

Para comemorar a efeméride, o presidente da Câmara Muni-cipal de Faro, Macário Correia, aceitou o desafio de ser o anfi-trião da 52ª reunião dos em-presários da maior organização de troca de referências empre-

sariais em todo o mundo, rece-bendo-os no Salão Nobre dos Paços do Concelho na madru-gada da passada terça-feira.

Como salientou Peter Carva-lho, que presidiu à reunião, os membros BNI reúnem-se quan-do a concorrência ainda está a dormir. E em 12 meses, o gru-po de empresários BNI Intera-ção (Faro) geraram mais de 912 mil euros com uma média por reunião semanal de 68 referên-cias, ou seja, oportunidades de negócios para os membros do BNI. Daí resultaram uma mé-dia de quase 18 mil euros de negócios fechados por semana. Neste primeiro ano, passaram 3.545 referências de negócio, das quais resultaram 1.090 ne-gócios, com a metodologia im-plementada pelo BNI, segun-do o director consultor de Área BNI Sul, Mário Neto.

No Algarve, existem já mais de 200 empresários membros de seis grupos de trabalho que foram constituídos pela seguin-te ordem: Faro, Loulé, Olhão, Portimão, Albufeira e Alman-cil. Em fase de constituição en-contram-se mais quatro novos

grupos, respectivamente de La-gos, Lagoa, Silves e Vila Real de Santo António.

O director executivo do BNI Sul, Orlando Caixeirinho, con-fessou em tom de clara satisfa-ção que o seu objectivo pessoal para o primeiro ano era de três milhões de euros para os gru-pos no Algarve, número que acabou por ser largamente su-perado com um total de sete milhões de euros de negócios concretizados.

Orlando Caixeirinho aposta agora em estabelecer uma pon-te entre o Sul de Portugal e o Sul de Espanha com a expansão do BNI ao Alentejo e à vizinha pro-víncia andaluza de Huelva so-bre a sua responsabilidade.

Todos podemos ir rápidos mas poucos vão longe Ma-cário Correia, que participou no início da reunião madruga-dora, elogiou os empresários membros do BNI, apontando-os como um exemplo a seguir pela atitude positiva e proacti-

va com resultados que fazem frente à crise.

Além dos cerca de 30 mem-bros do BNI Interação estive-ram presentes outros tantos de grupos BNI, além de mais de 40 convidados, entre os quais David Santos, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Carlos Baía, delegado regional do Instituto de Em-prego e Formação Profissional, Gilberto Viegas, director re-

fotos de henrique dias freire

Macário Correia aceitou ser o anfitrião da reunião comemorativa

O BNI Desafio (Portimão) é actualmente o grupo com o maior número de membros em Portugal (48) e esteve recentemente presente na FATACIL com um stand sobre a rede de negócios

gional de Economia, e Efigénio Rebelo, director da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.

Também presente esteve o professor na UAlg, Carlos Viei-ra, que enalteceu a iniciativa dizendo que todos nós pode-mos ir rápidos mas nem todos sabem ir longe e o que ele viu nesta reunião é que os empre-sários BNI vão longe.

De salientar que Carlos Viei-ra foi o principal orador con-vidado da Semana Internacio-nal sobre Networking realizada pelo BNI Sul em Fevereiro e que actualmente lidera a elei-ção que está a decorrer para o Prémio Orgulho Peruano 2012 com mais de 500 votos, que visa distinguir anualmente os peru-anos mais distintos espalhados pelo mundo.

O BNI, que é a maior orga-nização empresarial de troca de referências de negócios do mundo, assenta a sua filoso-fia em Givers Gain, “Ganho aos que dão”, pois as oportu-nidades de negócio trocadas entre os seus membros por todo o mundo são sempre graciosas e sem qualquer tipo de comissionamento.

A nível mundial, o BNI conta com mais de 148 mil membros em 56 países organizados em mais de 6.200 grupos.

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ZZZ ZZZ pág. ##

O GOVERNO ESTÁ a preparar um programa para ajudar à manutenção do emprego no sector do turismo durante a época baixa. A ser desenvolvi-do pelo Ministério da Econo-mia, tutelado por Álvaro San-tos Pereira, e em discussão no Conselho Económico e Social o programa “Formação-Algar-ve” prevê o pagamento de um apoio financeiro correspon-dente a 50% da retribuição mensal bruta de um trabalha-dor, caso a empresa prolongue o seu contrato a termo para lá do fi nal da época alta, por um período mínimo de um ano.

O apoio está reservado a trabalhadores que uma vez mantido o posto de trabalho

nestas condições frequentem programas de formação profi s-sional integrados nos horários de trabalho.

O “Formação-Algarve” prevê ainda que a comparticipação no salário possa subir para 60% nos casos em que traba-lhadores a prazo transitem para o quadro de efectivos da empresa e nos casos em que o trabalhador tenha idade igual ou inferior a 25 anos, idade igual ou superior a 50 anos, se se trate de pessoa com de-ficiência ou incapacidade ou tenha escolaridade inferior ao 3º ciclo do ensino básico.

Com o objectivo declarado de combater a sazonalidade do emprego na região e promover

vínculos laborais mais estáveis, o programa visa ainda reforçar a qualifi cação profi ssional dos trabalhadores, aumentando assim as suas condições de empregabilidade, e reforçar a competitividade e a produtivi-dade dos sectores da hotelaria e restauração da região.

O programa tem um orça-mento previsto de cinco mi-lhões de euros e estima-se que possa abranger duas a três mil pessoas no primeiro ano.

Numa primeira análise ao projecto, António Goulart, coordenador da União de Sindicatos do Algarve, des-taca que “apesar da medida ser direccionada para a re-gião a eficácia será, nestes

moldes, reduzida”.O sindicalista destaca que

o programa que se destina a combater o desemprego sa-zonal “falha aquele que é nos dias de hoje o problema cen-tral do desemprego na região que já não é nos últimos anos a sazonalidade, mas sim o de-semprego que dura todo o ano”, refere.

Por outro lado, António Goulart chama a atenção para o facto desta medida, “ao ser apenas destinada ao sector do turismo passar ao lado de dois sectores que na região pesam tanto no desemprego como a área do turismo, a construção civil e o comércio”.

Mesmo no turismo, remata

o dirigente sindical, “a efi cácia será relativa, uma vez que gran-de parte das unidades hotelei-ras já fecha no Inverno e para serem abrangidos, os trabalha-

dores precisam de estar efecti-vamente a trabalhar”. Razões de sobra para “duvidar dos efeitos do programa se se mantiverem estas directrizes”. RC

Governo prepara apoio ao emprego na hotelariaSindicatos alertam para a fraca efi cácia do projecto proposto

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Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia

REGIÃO

8 | 7 de Setembro de 2012

D.R.

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CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 44/2012

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 14 de agosto de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta número 134/2012/CM, referente à alteração à Tabela de Preços – publicações Núcleo Museológico Islâmico e livro “Diogo Tavares de Ataíde – Entalhador de Pedra”;

2. Aprovado por unanimidade a proposta número 135/2012/CM, referente ao donativo de parte do prémio da 14ª Gala do programa televisivo “A tua cara não me é estranha” - Incêndios fl orestais no concelho de Tavira;

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 14 de agosto do ano 2012

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 46/2012

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 28 de agosto de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 136/2012/CM, referente à 12ª e 13ª alterações ao Orçamento 2012;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 137/2012/CM, referente aos donativos vários - Incêndios fl orestais no concelho de Tavira;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 138/2012/CM, referente ao paga-mento de bolsas aos jovens - Programa Municipal “Tavira - Férias Ativas” 2012 - Longa duração (abertura de igrejas);

4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 139/2012/CM, referente ao pro-cedimento para aquisição de energia elétrica em regime de mercado liberalizado, ao abrigo do acordo quadro nº AQ 18 - ENE - 2011 - Lote 5 da ANCP, para instalações alimentadas em Baixa Tensão Especial (BTE) e Média Tensão (MT) - Relatório Preliminar;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 140/2012/CM, referente ao con-trato de aquisição de serviços de seguros do município - Interesse público.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o pre-sente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 28 de agosto do ano 2012

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

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7 de Setembro de 2012 | 9

Câmara Municipal de FaroDEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Edital n.º 170/2012Dr. Rogério Conceição Bacalhau Coelho, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Faro, TOR-NA PÚBLICO, de harmonia com o disposto no n.º 3 do artigo 3.º da Lei n.º 26/94, de 19 de agosto, a listagem dos subsídios concedidos e transferidos no 1.º semestre de 2012.

E para constar, e legais efeitos, se lavrou o presente edital, que vai ser afi xado nos lugares públicos de costume.

Faro, 27 de julho de 2012

O Vice-Presidente,

Rogério Bacalhau Coelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

Entidade Subsidiada Deliberado em Valor Transferido

Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Faro 02-12-2009 38.000,00m

Cimfaro II – Casa do Idoso

do Meio Rural de Faro II 13-01-2012 48.512,00m

Total 86.512,00m

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VIVELINDA DAS DORES SOARES

30-11-1927 / 26-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

CONCEIÇÃO - TAVIRA

SEBASTIÃO SILVA

06 -11-1920 / 22-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

SEBASTIÃO SILVASEBASTIÃO SILVASEBASTIÃO SILVA

SANTA LUZIA - TAVIRA

VIVELINDA DAS DORES SOARES

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da Silva

Certifi co narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 03 de Agosto de 2012, exarada a folhas 39 do livro de notas deste Cartório número 91-A, António Mestre Cipriano e mulher Maria Isabel da Palma Sebas-tião, casados sob o regime da comunhão geral, ele natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e ela da freguesia e concelho de Alcoutim, residentes na Associação 18 de Maio, Bloco 19, 1.º esq., em Olhão, contri-buintes fi scais números 135 035 341 e 184 701 821, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto de casas térreas com um compartimento, para arrecadação e arrumos, com a área coberta de quarenta e oito metros quadrados, no sitio do Montinho, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, confrontando do Norte e do Sul com via pública, do Nascente com Fernando Santos Gomes e do Poente com António Corvo e António Rodrigues, inscrito na respectiva matriz, em nome de José Pereira Dias – Cabeça de casal da herança de, sob o artigo 949, com o valor patrimonial tributável de mil seiscentos e trinta euros, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim.

Que entraram na posse do prédio por partilha verbal e nunca reduzida a escrito a que procederam com os demais interessados em data imprecisa do ano de dois mil por óbito do pai dele, justifi cante, Manuel Cipriano, falecido aos treze de Julho de mil novecentos e noventa e nove no estado de casado com Maria Antónia e residente que foi no dito sítio do Montinho; por sua vez os seus refe-ridos pais e sogros, Manuel Cipriano e Maria Antónia, casados que foram sob o regime da comunhão geral, ela também já falecida, haviam entrado na posse do prédio também por partilha verbal e nunca reduzida a escrito a que procederam com os demais interessados, em data imprecisa de mil novecentos e sessenta e dois, por óbito dos pais desta Maria Antónia (portanto avós maternos do ora justifi cante marido), António Mestre e Maria Isabel, falecidos, respectivamente, aos vinte e sete de Janeiro de mil novecentos e cinquenta e vinte e cinco de Dezembro de mil novecentos e sessenta e um, casados que foram sob o regi-me da comunhão geral, e com última residência no dito sitio do Montinho; por último, estes António Mestre e Maria Isabel, haviam entrado na posse do prédio ainda por partilha verbal e nunca reduzida a escrito a que procederam com os demais interessados em data que não podem precisar, mas durante a década de trinta do século passado, por óbito do pai deste António Mestre (logo bisavô do justifi cante marido), José Pereira Dias, falecido aos quinze de Julho de mil novecentos e trinta e um, no estado de viúvo de Isabel Marques, e residente que foi no dito sítio do Montinho

E que sem qualquer interrupção no tempo, desde a mais antiga daquelas datas, portanto há mais de vinte anos, têm estado, primeiro os diversos antepossuido-res e depois eles, ora justifi cantes, na posse do referido prédio, utilizando-o para arrecadação de ferramentas e alfaias agrícolas e cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, enfi m, extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, de modo público, por-que com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífi ca, porque sem violência, e contínua, pelo que os ora justifi cantes, invocando ex-pressamente aquelas posses iniciadas há mais de vinte anos e nas quais foram sucedendo, adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme:

Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 03 de Agosto de 2012.

Por delegação do Notário, artº 8/2 DL 26/2004, de 04/02,

A Colaboradora autorizada aos 01.02.2011

Natália Estêvão Gonçalves Cachaço Rocha – ON nº 222/5

Conta registada sob o n.º 1453 / 2012

(POSTAL do ALGARVE, nº 1087, de 7 de Setembro de 2012)

DESINFESTAÇÕES, LDA.Olhão

Tlm. - 966 574 669 E-mail - [email protected]

SANTA CATARINA DA FONTE DO BISPO

FERNANDO DE JESUS MARQUES17/02/1948 / 01/09/2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que compareceram no funeral do seu ente querido, que se realizou no dia 03 de Setembro de 2012, saindo da Igreja de Santa Catarina da Fonte do Bispo e seguindo para o cemitério local.

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FERNANDO DE JESUS MARQUES

17/02/1948 / 01/09/2012

AGRADECIMENTOEsposa, fi lha, genro e neta de Fernando de Jesus Marques, falecido no passado dia um de setembro, veem por esta forma apresentar o seu profundo agradecimento à EQUIPA COMUNITÁRIA DE SUPORTE EM CUIDADOS PALIATIVOS do SOTAVENTO, que durante o longo sofrimento do seu ente querido sempre estiveram presentes dando o seu melhor, manifestando um profi ssionalismo, uma coragem e uma humanidade que em muito contribuiu para minorar o seu sofrimento bem como da família agora enlutada.Assim o nosso muito OBRIGADO à referida equipa, nas pessoas da Dr.ª Fátima Teixeira, Dr.ª Elsa Santos, Dr. Arménio Ramos, Dr. Luís Paulo Santos, Enfermeira Graça Santos e Enfermeiro Nuno.De igual modo deixamos o nosso agradecimento a todos os que participaram nas cerimónias fúnebres e a todos que de uma forma ou de outra manifestaram o seu pesar contribuindo assim para atenuar a dureza de uma partida tão prematura e dolorosa.A todos o nosso muito OBRIGADO!

Page 11: Postal7SET1087

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AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

CONCEIÇÃO – TAVIRA

MANUEL VALENTE

26-01-1932 / 27-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

7 de Setembro de 2012 | 11

SANTA MARIA - TAVIRA

MARIA VITORINA MARTINS

20-02-1936 / 24-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTA MARIA - TAVIRA

JOSÉ JOAQUIM HONORATO PERES

26-01-1930 / 18-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTIAGO - TAVIRA SANTA MARIA - TAVIRA

MARIA DE LURDES PAULA DOS SANTOS

09-04-1922 / 15-08-2012AGRADECIMENTO

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

SANTO ESTÊVÃO - TAVIRASANTIAGO - TAVIRA

LUCRÉCIA DA CONCEIÇÃO

17-03-1918 / 20-08-2012

AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

SANTA MARIA - TAVIRA

JOSÉ MARCELINO DA CRUZ

09-09-1943 / 17-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

MONCARAPACHO - OLHÃOSANTA LUZIA - TAVIRA

MARIA DELFINA

25-06-1934 / 15-08-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTA MARIA – TAVIRA

JOSÉ JOÃO MARTINS

11-12-1930 / 27-08-2012

AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quan-tos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

JOSÉ JOAQUIM HONORATO PERESJOSÉ MARCELINO DA CRUZ

MARIA DELFINALUCRÉCIA DA CONCEIÇÃOMANUEL JOÃO FERNANDES

MARIA DE LURDES PAULA DOS SANTOSMARIA VITORINA MARTINSMANUEL VALENTE

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AF Imprensa PI 210x285.indd 1 8/17/12 11:32 AM

FARO ACOLHE HOJE, sexta-feira, e amanhã, no Largo Afonso III, a segunda edição do Festival Adentro, que alia o artesana-to à world music, tendo como pano de fundo o encanto da Cidade Velha.

O festival, que decorre en-tre as 18 e as 2 horas, tem no Mercado da Traça um dos destaques, que promete atrair os visitantes e onde é possível encontrar produtos regionais, biológicos e doçaria, assim

como os mais diversos produ-tos novos ou usados.

Mas no Festival Adentro o pra-to forte é a música e a abertura está a cargo dos algarvios Pele-vento, às 22 horas. Depois, por volta das 23.30 horas, é a vez dos brasileiros Patubatê, que prome-tem uma explosão rítmica num misto de percussão com mate-riais reciclados e a componente eletrónica a cargo de djs.

Sábado actuam os sevilha-nos Rare Folk antes do grupo

multinacional Moya Kalongo, que promete animar os visi-tantes com ritmos que vão do afrobeat, ao jazz e ao funk.

A entrada é livre. PR/RC

Moya Kalongo

World music aquece Cidade VelhaFestival Adentro promete invadir zona histórica farense

última

Tiragem desta edição:9.469 exemplares

D.R.

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Entrevista

Mário Laginha:Desmitifi car o Jazz

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SETEMBRO • Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO www.issuu.com/postaldoalgarve

9.469 EXEMPLARES

EntrevistaEntrevista

Mário Laginha:Mário Laginha:Desmitifi car o JazzDesmitifi car o Jazz

SETEMBRO • Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO www.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarvewww.issuu.com/postaldoalgarve

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07.09.2012 2 Cultura.Sul

Ficha Técnica

Direcção:GORDAAssociação Sócio-Cultural

Editor:Henrique Dias Freire

Paginação: Postal do Algarve

Responsáveis pelas secções:» blogosfera.S: Jady Batista» livro.S: Adriana Nogueira» momento.S: Vítor Correia» panorâmica.S: Ricardo Claro» patrimónios.S: Isabel Soares

Colaboradores:AGECAL, ALFA, CRIA, Cineclube de Faro, Cineclube de Tavira, DRCAlg, DREAlg, António Pina, Pedro Jubi-lot. Nesta edição: Ana Lúcia Cruz e Mauro Rodrigues

Parceiros:Direcção Regional de Cultura do Al-garve, Direcção Regional de Educa-ção do Algarve, Postal do Algarve

e-mail:[email protected]

on-line: www.issuu.com/postaldoalgarve

Tiragem: 9.469 exemplares

Henrique Dias FreireEditor do CULTURA.SUL

A urgente recuperação de monumentos

O Algarve é uma região rica em património cultural. Apesar de ter havido, nos últimos anos, um esforço considerável na sua preservação e recuperação, esta-mos ainda longe de responder às reais necessidades.

Com a actual conjuntura eco-nómica era essencial saber quais as prioridades no investimento a fazer em obras de preservação e segurança. Foi o que foi feito por iniciativa da Direcção Regional de Cultura do Algarve.

De acordo com a radiografi a do estado do património cul-tural da região, feita através do Plano Regional de Intervenções Prioritárias do Algarve (PRIPAlg), só a concretização das dez obras mais urgentes representam um investimento superior 1,5 mi-lhões de euros.

Segundo o estudo encomen-dado, foram identificados 59 monumentos, dos quais 13 são da Igreja Católica, 14 de priva-dos e os restantes 32 imóveis são de propriedade estatal ou municipal.

A sua recuperação aponta para um custo total de 14 mil milhões de euros. Trata-se de uma verba considerável a apli-car que só poderá ser concreti-zada a longo prazo com recurso a fundos comunitários mas de difícil concretização por falta de contrapartida nacional.

Até lá, teremos provavelmen-te que continuar a assistir à de-gradação do nosso património cultural... ou então... empenhar-mo-nos todos numa nova solu-ção mais participativa na defesa daquilo que é nosso.

blogosfera blogosfera Jady BatistaUm espaço que dá relevo a uma fonte de actividade literária que fervilha, muitas vezes, à margem dos circuitos convencionais.

Uma investigação recente veio re-velar que a única actividade extracur-ricular de adolescentes com 16 anos com efeitos benéfi cos na sua carreira profi ssional é a leitura de livros, tanto para rapazes como para raparigas.

Outras actividades típicas dos 16 anos: fazer desporto, socializar, ir a museus ou a galerias ou ao cinema ou a concertos, ou quaisquer outras actividades (desde cozinhar até cos-turar). Que efeitos na futura carreira profi ssional? Nada de signifi cativo.

E quanto aos jogos de computa-dor? Reduzem as chances de che-gar à Universidade. Pelo contrário, ler livros já implica uma maior probabilidade.

Explicações possíveis: característi-cas únicas ligadas à leitura por prazer; empregadores preferirem contratar pessoas com nível de literacia seme-lhante ao seu; ou então simplesmente porque adolescentes já destinados a uma melhor carreira profi ssional ten-dem a ler mais.

(University of Oxford (2011, May 9). Reading at 16 linked to better job pros-pects. ScienceDaily. Retrieved May 9, 2011, from http://www.sciencedaily.com /relea-ses/2011/05/110504150539.htm)

Site: http://ondemudar.blogspot.com/Postagem: http://ondemudar.blogspot.com/2011/05/ler-aos-16-carreira-profi s-

Ler aos 16, carreira profi ssional melhor aos 33

Espaço CRIA

A Ciência e o Desporto, num dia a não esquecer!

A ciência está em todo o lado! Nas nossas casas, nas nossas escolas, na rua, no carro, na saúde... no des-porto. Eu arrisco-me inclusivamente a afi rmar que todos temos a capa-cidade inata de querer saber mais, explorar... investigar, embora, cada um à sua maneira, mediante os seus recursos e área de atividade. Ago-ra, vocês questionam: “Ana, o que é que isso tem a ver com empreende-dorismo?” Tudo! Se encararmos o empreendedorismo como uma ati-tude, todo o investigador é um po-

tencial empreendedor: arrisca, gera conhecimento e transforma-o em algo útil para a sociedade, que pode ser ou não comercializado. E é agora que vou buscar o desporto, porque quero falar-vos um pouco da ciência no desporto no âmbito de um even-to muito especial, organizado pela Universidade do Algarve.

Nem mais nem menos do que a Noite Europeia dos Investigadores de 2012. Esta iniciativa ocorre em vá-rias cidades da Europa e, mais uma vez, a cidade de Olhão vai ser o palco principal deste evento no Algarve. O dia 28 de setembro vai ser mágico e tudo de forma gratuita. Apenas tem de aparecer no Ria Shopping entre as 10 e as 22 horas. Este dia pretende unir a ciência à comunidade, mos-trar como o papel do cientista (inves-tigador) tem contribuído para tornar o nosso quotidiano mais simples e divertido, focando-se (este ano) no desporto e através de experiências interativas. Parece-me um bom mo-tivo para ir passear com a família e amigos. Educação e Diversão tudo no mesmo lugar.

Como é que a ciência contribui para o desporto? Por exemplo, já fui atleta de competição em ginás-tica acrobática e uma das tecnolo-

gias que mais me impressionou foi o pó de magnésio. Claro que não foi inventado de propósito para as meninas de maiô! Mas aquele “pózinho” está para os ginastas (e para outros desportistas) como as asas estão para os pássaros. Sem ele era queda na certa, pois trans-pira-se bastante e o pó impede-nos de escorregar. Outra tecnologia ao serviço do desporto que me impres-siona, e esta já desenvolvida propo-sitadamente, foi o fato de banho para a natação. Pelos vistos pode fazer toda a diferença e que o diga Michael Phelps, que segundo uma notícia do Público em 2009, viu o seu adversário Paul Biedermann a fazer-lhe adeus com o novo recor-de. “É que o alemão envergava um dos fatos de nova geração da Arena, o X-Glider, com cobertura integral de poliuretano, enquanto o seu rival norte-americano se mantinha fiel ao agora obsoleto equipamento LZ Racer, da Speedo”. Mais um exem-plo, é a bola de futebol inteligente da Adidas, criada em parceria com outras empresas e que permite sa-ber se a bola entrou ou não na área do golo (cada vez que me lembro daquele jogo... Sim. Esse mesmo!). Onde é que eu quero chegar!? Per-

guntam vocês. Explico: Bola, Adi-das... Adidas, Inovação... Inovação, Investimento... Investimento, Tecno-logia... Tecnologia, Ciência... Ciência, Cientista... Cientista, Noite Europeia dos Investigadores 2012, Ria Shop-ping, Olhão, 28 de Setembro, Gra-tuito, Família e Amigos.

Esqueçam as histórias de cientis-tas malucos, até porque de malucos temos todos um pouco, e apareçam no Ria Shopping com a família, amigos e se for preciso inimigos. O importante é aparecer e ver com os próprios olhos que afi nal os in-vestigadores não são “bichos do mato”, não andam despenteados, de óculos e de batas brancas, são pessoas altamente sociáveis e bem penteadas, têm hobbies e comem mais do que a mera massa com atum (ah, esta última é mais para os estudantes universitários. Peço desculpa!). Os cientistas foram os responsáveis por desenvolver tec-nologias como: a melhor bola de futebol usada pelo Cristiano Ronal-do, o melhor fato de natação usado por Paul Biedermann, as melhores próteses de lâminas de fi bra de car-bono usadas por Oscar Pistorious, entre outras maravilhas no âmbito do desporto.

Ana Lúcia CruzGestora de Ciência e Tecnologia no CRIA ‒ Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Uni-versidade do Algarve

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07.09.2012 3Cultura.Sul

cinema cinemaCineclube de Tavira

Cineclube de Tavira à espera da Câmara SESSÕES REGULARES

Cine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas

9 SET | Salmon Fishing in the Yemen (A Pesca do Salmão no Yemen), Lasse Hallström, Reino Unido 2011 (107’) M/12

13 SET | Estrada de Palha (na presença de Vítor Correia), Rodri-go Areias, Portugal/Finlândia 2012 (90’) M/12

16 SET | Marley, Kevin Macdonald, E.U.A./Reino Unido 2012 (144’) M/12

20 SET | A Torinói Ló - The Turin Horse (O Cavalo de Turim), Béla Tarr, Hungria/França/Alemanha/

Suíça/E.U.A. 2011 (146’) M/12

23 SET | The Dictator (O Dita-dor), Larry Charles, E.U.A. 2012 (83’) M/12

27 SET | Tony Manero, Pablo La-raín, Chile/Brasil 2008 (97’) M/16

30 SET | Magic Mike, Steven So-derbergh, E.U.A. 2011 (110’) M/12

PROGRAMAÇÃOwww.cineclube-tavira.com 281 320 594 | 965 209 198 | [email protected]

Nos últimos meses nada mudou: o Cineclube de Tavira continua a enfrentar graves dificuldades para pagar as facturas e continuamos também à espera, desde há meses, de uma reunião esclarecedora e cons-trutiva com o responsável pela au-tarquia. Por todos os meios tentamos manter viva a nossa associação, que no próximo mês de Abril irá celebrar 14 anos. Nesse clima de incerteza to-tal em relação ao futuro, em breve iremos anunciar mais umas cam-panhas de angariariação de fundos para garantir a nossa sobrevivência por mais uns meses. Chegámos à esse ponto: um mês de cada vez... Felizmente para Outubro teremos apoio do Parlamento Europeu para a maioria dos fi lmes a exibir...

Iniciámos Setembro com uma bela homenagem ao Cinema pelas mãos de Martin Scorsese, paixão pelo so-nho que é e continua a ser a Sétima

Arte. Dois fi lmes com Sacha Baron Cohen: A Invenção de Hugo (2) e O Ditador (dia 23). Também consegui-mos marcar o novo fi lme de - Cara-mel - Nadine Labaki (dia 6); o novo

fi lme de Rodrigo Areias, com o tavi-rense Vítor Correia no papel princi-pal (dia 13); Marley, o documentário fascinante sobre o músico que glo-balizou o reggae (dia 16); o muito

“XI FESTIVAL DE FLAMENCO”Dias 13, 14 e 15 SET | 21.30 | Centro Cultural de LagosTrata-se de um evento composto por concertos nos quais estão representadas as distintas artes do fl amenco: guitarra, cajón, canto e baile

“MARÉ VAZIA”Até 29 SET | Museu do Mar e da Terrada Carrapateira - AljezurO fotógrafo/surfi sta/shaper Daniel Costa apre-senta 17 fotografi as, três pranchas shaipadas pelo próprio e a visualização de um leque de do-cumentários clássicos sobre a prática do surfde

staque

A AGECAL e a situação do setor cultural Espaço AGECAL

A AGECAL - Associação de Gesto-res Culturais do Algarve, constituída por profi ssionais da cultura do setor público e privado em atividade na região algarvia analisou na sua últi-ma Assembleia Geral realizada em Faro a situação da área cultural no País e na região, decidindo tornar públicas as seguintes conclusões:

- O Estado e as autarquias, cum-prindo o estipulado na Constituição da República Portuguesa investiram, sobretudo nas últimas duas décadas, verbas consideráveis em infraestru-turas (bibliotecas, museus, arquivos, teatros, centros de ciência, …) e em atividades que permitiram o acesso à cultura e à educação de centenas de milhares de cidadãos de todas as idades e em diferentes regiões do País.

Muitos jovens portugueses fi zeram as suas aprendizagens e alguns esco-

lheram profi ssões na área da cultura, bibliotecários, museólogos, técnicos do património e arqueólogos, gesto-res e produtores culturais, …

- Este trabalho de desenvolvimen-to cultural corre agora o risco de ser debilitado ou mesmo destruído pela demissão do Estado de funções so-ciais fundamentais para a coesão e o progresso social. Trata-se ainda de desperdício de investimentos reali-zados com evidentes resultados po-sitivos patentes nos diversos indica-dores de desenvolvimento social.

- Verifi cou-se em 2012, também no Algarve, a suspensão de atividades culturais, encerramento temporário ou defi nitivo de infraestruturas, cor-tes de apoios a estruturas profi ssio-nais e associações culturais, não reno-vação de contratos de trabalho…

- O Algarve com uma economia predominantemente turística, sem

estratégia para a cultura, um in-questionável fator de atração e de-senvolvimento, sem criação artís-tica regional, sem museus, teatros, património protegido e valorizado, poderá transformar-se a curto prazo numa região em perda de identida-de, desqualifi cada comparativamen-te a outras regiões.

- Falhado o modelo do “betão e do asfalto”, dos “empréstimos fáceis a países, autarquias e famílias”, surge agora a par do discurso da austeri-dade a defesa de um modelo tecno-crático para a cultura, a “janela de oportunidade” que tudo mercanti-liza, reduzindo as actividades e bens culturais a um valor exclusivamente económico, perspetiva contrária ao humanismo que, na segunda meta-de do século XX, fez evoluir muitas regiões do mundo para sociedades de paz e participação, com respeito

pelos direitos sociais, protecção da diversidade cultural e da participa-ção das comunidades nas práticas culturais, valores assumidos pela UNESCO e principais organizações internacionais.

Para evitarmos o regresso a um País de emigrantes e mão-de-obra barata, de populações excluídas, sem educação e cultura, deveremos

manter e reforçar a coesão do teci-do cultural profi ssional em estreita ligação com as estruturas represen-tativas das comunidades e associa-tivas, com interesses e perspetivas comuns, apoiando os cidadãos na defesa dos seus legítimos direitos, nomeadamente de formação e aces-so à cultura, educação e ciência.

A Assembleia Geral da AGECAL

esperado O Cavalo de Turim (dia 20) e iremos fechar o mês com o último trabalho de Steven Soderbergh: Magic

Mike. Aproveitem para ver cinema de qualidade na vossa cidade enquanto houver... Até breve!

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07.09.2012 4 Cultura.Sul

MÁRIO LAGINHA EM ENTREVISTA

Desmistifi car a ideiade inacessibilidade do Jazz

Cultura.Sul (CS) - Que balanço faz desta 18ª edição do Festival Internacional de Jazz de Loulé (FIJL)?

Mário Laginha (ML) - Se tivermos em conta a enorme crise com que todos nos debatemos e com que o Festival se debateu, uma enorme redução do orçamento e de apoios, já que os sponcers também desapa-receram, acho que o Festival correu muito bem. Houve um esforço de todas as partes para que o Festival não morresse.

Digamos que a crise levou a que não fosse possível este ano termos músicos a vir do estrangeiro porque, para além dos cachets, há o proble-ma das viagens que são muito caras. Este ano não foi possível mas para o ano estaremos melhor.

Na minha opinião conseguiu fa-zer-se com que viessem aqui gru-pos de jovens, alguns que não são conhecidos e cujos músicos estão agora a sair dos cursos superiores. Porque em Portugal já há escolas de jazz, com um nível surpreendente.

CS - Fale-nos um pouco mais so-bre esses novos talentos.

ML - Quem cá esteve testemunhou isso. São músicos que agora não são conhecidos, daqui a uns anos toca-rão muito próximo daquilo que tocam hoje e, de repente, já toda a gente os vai conhecer. Ser testemu-nha de um momento em que eles ainda não eram conhecidos mas que já eram brilhantes é também um privilégio. Tivemos três bandas, a primeira em que nenhum músico era conhecido, a segunda era mis-ta, e a terceira já é uma banda com valores dados. Portugal já tem mui-tos músicos de jazz muito bons, que podem estar em qualquer festival de jazz internacional.

CS - E acha que o festival perdeu pelo facto de não ter esses nomes estrangeiros?

ML - Em termos de qualidade não perdeu. Apetece-me quase lançar um apelo para que os portugueses percebam que para se ser bom não tem que ser de fora. Claro que acho

que a diversidade é uma coisa ma-ravilhosa e que é bom que venham cá músicos estrangeiros ao mesmo tempo que músicos portugueses. Sou da opinião que tem de haver sempre músicos portugueses aqui neste festival, pelo menos enquan-to eu for director artístico. Temos de nos habituar à ideia de que, por vezes, não há músicos estrangeiros e não é por isso que deixa de ser igualmente bom.

CS - Este é o segundo ano em que é director artístico deste festival. O que é que uma figura como o Mário Laginha vem mudar num evento que já tinha muitos anos?

ML - Não sei se vim mudar… Sou músico e quero continuar a ser mú-sico. Este foi um convite honroso mas uma das razões fortes para o aceitar é que me sinto ligado a Lou-lé. A minha mãe nasceu em Loulé, o meu lado Laginha é de Loulé. Achei que havia uma espécie de

dever… A minha ideia é fazer um trabalho honesto. O objectivo para três concertos era ter sempre um grupo americano (não necessaria-mente da América do Norte, este ano até houve a ideia de trazer um grupo argentino), um grupo euro-peu e um grupo português. Depois a ideia até era vir um quarto gru-po, também, português, e que fosse ou do Algarve ou de jovens promis-sores (mesmo que não fossem do Algarve). Só que este ano isso não foi possível. Mas acho que seria um formato diversifi cado e que acaba-va por ter 50% de músicos portu-gueses e 50% de estrangeiros. Por vezes pode haver a tentação do di-rector artístico convidar os grandes nomes e dizer no fi m “vejam como eu trouxe estes nomes!”. Eu não te-nho nada essa necessidade, talvez por ser músico. Não me importo de trazer músicos que ninguém conhece… Claro que não é despre-zível trazer artistas que chamam o

público. Mas a ideia é que se tra-gam bons músicos aqui, que as pes-soas saibam que há essa garantia. O FIJL tem músicos bons, que vale a pena vir ouvir. O que eu espero é estar aqui uns anos e depois passo o testemunho a outros. E daqui a uns anos posso voltar a tocar aqui, porque é óbvio que enquanto for director artístico não me vou pôr no cartaz.

Desmistifi car o género

CS - Qual é o tipo de público que vem a este festival?

ML - Acho que o público é misto, entre pessoas de Loulé e de perto de Loulé que são apreciadoras de jazz e que já sabem que em Loulé há uma programação séria, sempre houve, os meus antecessores sempre foram pessoas muito sérias, que fi -zeram um óptimo trabalho e como tal não me vejo como alguém que melhorou. E depois há muito turis-

mo. Este festival tem que ter esse perfi l de juntar o público local, por-tuguês, com o público estrangeiro. Muitos dos turistas gostam imenso de jazz por isso é importante ver essa oferta.

CS - Gostam mais de jazz do que os portugueses?

ML - O problema é que, muitas vezes, as pessoas não são estimula-das a gostar. E outras vezes dizem que não gostam mas nem sequer conhecem. Algum jazz é mais di-fícil e complexo e outro jazz é su-per comunicativo e fácil de chegar. Gostava de desmistifi car essa ideia de inacessibilidade do jazz. O jazz pode ser uma música popular e já foi uma música muito popular.

CS - Na actualidade, figuras como Diana Krall desmistifi caram essa ideia elitista do jazz, comer-cializaram mais o estilo?

ML - Sim, foi também um fenó-meno porque ela canta muito bem, toca bem, é bonita, teve todo um mercado à sua volta. Mas ainda há que ir mais longe. Às vezes a música instrumental, que não tem um can-tor, também pode ser muito acessí-vel, muito comunicativa. Gostaria que, aos poucos, se quebrasse essa barreira e que as pessoas aprovei-tassem até porque não há muitos concertos de jazz. Vamos lá apro-veitar já que temos os concertos ao pé de nós.

CS - Quem é que ouve jazz, pes-soas mais jovens ou mais velhas?

MG - Todas! Quem eu acho que não ouve, de uma maneira geral, são os adolescentes, a faixa etária dos 12 aos 16, que vêem os “Moran-gos com Açúcar” e não estão para aí virados. Mas há excepções, basta se calhar que tenham pais que se interessam e que até ouvem jazz em casa e já não olham para o jazz como uma música difícil de gostar, complexa. Mas acho que a partir do jovem adulto começam a gostar. Neste festival a audiência é muito mista, jovens, adultos, pessoas com mais idade.

Pelo segundo ano consecutivo, Mário Lagi-nha exerceu as funções de director artístico do Festival Internacional de Jazz de Loulé, naquela que foi a 18ª edição do evento.

Com uma forte ligação familiar a esta cida-de algarvia, o músico faz o balanço daquele que é um dos mais emblemáticos festivais de jazz do país e fala sobre o panorama ja-

zzístico nacional, sobre a sua carreira e o desaparecimento do amigo e colega Bernar-do Sassetti.

Eis Laginha de regresso ao Cultura.Sul.

Mário Laginha é o director artístico do Festival Internacional de Jazz de Loulé

panorâmica

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07.09.2012 5Cultura.Sul

CS - E em relação aos músicos de jazz, como descreve o panorama actual em Portugal?

ML - Estamos bem. Uma das coi-sas boas desta edição do festival é que se viram aqui bandas com músicos muito novos e que tenho a certeza absoluta que são músicos que vão dar que falar. Saíram agora das escolas mas estão ao nível dos estrangeiros.

CS - E há muitas escolas de jazz em Portugal?

ML - Sim. Toda essa qualidade dos músicos é fruto de, nos últimos 10 ou 15 anos, terem aparecido mais escolas de jazz, cursos superiores de jazz e os frutos estão a começar a aparecer. A minha esperança é que as escolas, tal como as universida-des, não formam só os especialistas. Muitas vezes formam pessoas que, mesmo que não se dediquem a 100% à música, serão bons ouvintes, vão querer consumir. Nessa medida, começam a tornar possível alguma autonomia no meio do jazz, para que não seja possível estar sempre à espera de subsídios ou de sponcers. O ideal é pensarmos que temos aqui salas esgotadas, e que os bilhetes são pagos. Acho fundamental que as pessoas percebam que têm de pa-gar porque os músicos são profi ssio-nais, é assim que ganham dinheiro. Se na bilheteira fosse recuperado o investimento, a vida seria mais fácil para todos nós.

Os festivais de jazz em Portugal

CS - Há cada vez mais festivais de jazz em Portugal?

ML - Já houve! Agora podemos dizer que há cada vez menos. Mas durante muito tempo, até há bem pouco tempo, houve um acréscimo enorme de festivais de jazz. Também por causa das escolas. O jazz é uma música que vive muito dos espec-táculos ao vivo, da improvisação. Quem gosta de jazz gosta muito e há assim uma espécie de luta para que torne possível haver concertos ao vivo. Basta que apareça um carola numa cidade do interior para per-ceber que a única maneira de trazer espetáculos de jazz ao vivo naque-la terra é organizar um festival, por mais pequeno que seja. E à conta disso foram aparecendo festivais, alguns ganharam uma dimensão maior como o de Loulé, outros mais pequenos mas que também têm um papel muito importante. Estou a lembrar-me de Valado dos Frades, um festival muito pequeno, num sí-tio pequeno ao pé de Leiria, mas que já tem uma história de alguns anos. Depois há o de Portalegre, em Faro também houve, em Tavira… Têm ha-vido imensos.

CS - E nesse contexto, qual é a imagem do FIJL?

ML - Tem óptima imagem. É um

festival que tem uma solidez e uma história. Isso foi um dos meus argu-mentos para que não se interrom-pesse. Tem uma história forte que é marcante até para a comunidade e a imagem é óptima. No meio do

jazz, os músicos viram que Loulé é prestigiante.

CS - Loulé é o “Sudoeste” dos fes-tivais de jazz?

ML - Sim, está ao nível dos festivais

fortes como Cascais.

Bernardo Sasseti

CS - Estava prevista a presen-ça de Bernardo Sasseti na edição

deste ano?ML - Sim, seria no grupo do André

Fernandes. No álbum apresentado, “Motor”, quem toca piano é o Ber-nardo. Convidei o grupo todo antes de Janeiro. O disco ia sair por isso fazia sentido vir o grupo todo.

CS - Foi uma grande perda, não só como amigo, mas também para a música portuguesa?

ML - Foi uma perda enorme. Para o ano tem de ser pensada uma ho-menagem neste festival. Este ano, porque é muito em cima, não o quis fazer. Em muitos festivais e eventos vem sempre uma fotografia e uma homenagem ao Bernardo. Não acho nada mal, é um impulso que todos temos. Mas acho que ele tem que ser relembrado ao longo dos anos todos que aí vêm à frente e, neste momen-to, acho que algum recato não é pior. Pelo enorme amor que tenho por ele e por tudo o que ele fez, um enorme amigo do peito, sou padrinho de uma das fi lhas dele, este ano, nem me ape-tece falar disso.

CS - Tem uma forte ligação a Lou-lé. Costuma vir cá muitas vezes?

ML - Venho de vez em quando, o meu tio e padrinho (irmão da mi-nha mãe) vive aqui em Loulé. Estas ligações não se perdem… Emocio-nalmente sinto-me muito ligado a Loulé. Já antes sentia e mesmo de-pois de ser director artístico deste festival vou continuar a sentir essa ligação. Um dia gostava de arranjar uma casa aqui perto, mais na serra, porque sinto que tenho muito a ver com o Algarve. Quando me aproxi-mo do Algarve e começo a sentir o cheiro a estevas fi co feliz, é um chei-ro maravilhoso.

CS - Sendo um homem ligado à Cultura, como olha para o conce-lho de Loulé nessa área?

ML - O concelho de Loulé já tem um historial cultural, uma ligação forte à cultura, com vários festivais, um dinamismo invulgar. A crise está a pôr um bocado em causa tudo isso mas acho que se está a fazer um esfor-ço, pois não se pode mandar abaixo o edifício que se construiu. O FIJL, o Fes-tival MED (que ganhou uma imagem fortíssima), workshops, seminários de vários tipos, muita animação cultu-ral em vários sectores… Isso é mara-vilhoso porque há muitas cidades, até maiores do que Loulé, que não têm esse tipo de dinamismo. Nesse aspecto, a Câmara de Loulé pode or-gulhar-se de ter tido um papel forte nos últimos anos de apoio à cultura, o que nem sempre acontece.

CS - Para o ano contamos con-sigo aqui?

ML - Claro que sim! Gostava de estar neste barco mais uns anos, fa-zer parte desta frente de luta para que continue a haver boa Cultura em Loulé.

Mário Laginha tem uma forte ligação a Loulé

Para quando o lançamento de um novo trabalho?

Tenho feito muita coisa. Este ano tive uma encomenda para a “Gui-marães Capital da Cultura”, escre-vi um concerto para clarinete e or-questra, no qual sou compositor mas não toco. Correu muito bem e vai ser gravado em breve.

Eu e a Maria João tocámos na Gulbenkian um novo repertório e gravámos, o disco vai sair em ou-tubro. Trata-se de um quinteto, tem um acordeonista algarvio que se chama João Frade, um harpista que se chama Eduardo Raon, que é português mas que vive na Eslové-nia, e um percussionista norueguês que se chama Helge Norbakken. O “Mongrel” que é um disco que fi z dedicado ao Chopin foi editado este ano na Alemanha, Áustria e Suíça.As críticas têm sido muito

panorâmica

Novo trabalho com Maria Joãochega em Outubro

boas, portanto, estou com esperan-ça para ver se toco com esse trio lá fora. Aliás, o Cine-Teatro Louletano foi inaugurado com um concerto do “Mongrel”. Deixou-me muito feliz, foi uma grande honra.

Há dois projectos que este ano acabaram – os Três Pianos, que eu adorava, e o duo com o Bernardo.

Nisso eu não quero mexer. Fui tocar com um pianista brasileiro que se chama André Mehmari, cheguei há uma semana do Brasil. Correu mui-to bem e fi zemos um repertório que nada tem a ver com o que eu fazia com o Bernardo, é uma coisa mais brasileira. Pode ser que venha a ser editado no Brasil.

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07.09.2012 8 Cultura.Sul

Com a chegada do mês de setem-bro, inicia-se o novo ano escolar, pre-vendo-se que as aulas comecem na segunda semana, mais propriamen-te entre os dias 10 e 14, em função do calendário escolar defi nido pelo Despacho nº 8771-A/2012. O fi m do ano letivo não é igual para todos os alunos. Acabará a 7 de junho para quem frequenta os 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos – anos de exames nacio-nais; e a 14 do mesmo mês para os alunos dos 1.º ao 4.º, 5.º, 7.º, 8.º e 10.º anos. Para os alunos do 4º ano de escolaridade, que venham a ter acompanhamento extraordinário, as atividades poderão prolongar-se até 5 de julho, devendo as escolas/agrupamentos adotar as medidas organizativas adequadas.

Servindo de referência e de con-ciliação das necessidades educati-vas dos alunos, o calendário escolar constitui-se como elemento neces-sário às escolas/agrupamentos para planifi cação das atividades a desen-volver, tendo em vista a execução dos seus projetos educativos e plano de atividades, sendo também utili-zado como instrumento no reforço da autonomia das escolas.

No que diz respeito a medidas de política educativa, entretanto ence-tadas, estas conferem maior fl exibili-dade à organização do currículo dos alunos, possibilitando às escolas a fl exibilização da duração das aulas desde que se cumpram os tempos mínimos estabelecidos no Decreto-Lei nº 139/2012. Elimina-se a obri-gatoriedade dos tempos letivos de quarenta e cinco minutos ou múlti-plos e permite-se ajustamentos em função das necessidades do grupo de alunos/turma, bem como a cria-ção de oferta complementar nos 2º e 3º ciclos do ensino básico. O papel estruturante das aprendizagens es-senciais é reforçado nas disciplinas de Português e Matemática, bem como o rigor científi co indispensá-veis ao prosseguimento de estudos e necessidades do mundo atual.

Neste âmbito, foram, também, apresentadas as metas curriculares do ensino básico para as disciplinas de Português, Matemática, Educa-ção Visual, Educação Tecnológica e Tecnologias de Informação e Co-municação, que constituem para as

escolas e docentes, juntamente com os programas, o referencial na or-ganização das aulas e avaliações. Para os encarregados de educação as metas constituem uma referência de apoio no acompanhamento dos seus educandos.

Outra das medidas prevista é a possibilidade das escolas poderem promover a coadjuvação nas áreas de expressões no 1º ciclo e o refor-ço do acompanhamento dos alu-nos em referência a necessidades específi cas; no 2º ciclo é garantido o apoio diário ao estudo. A concre-tização destas medidas permite às escolas disponibilizar e encaminhar os apoios para as necessidades re-ais dos alunos, aumentando, deste modo, a efi cácia na gestão dos re-cursos humanos de que dispõem.

O despacho normativo nº 13-A/2012 constitui o mecanismo de operacionalização das medidas educativas anunciadas, o qual pre-vê e confere maior fl exibilidade à gestão das escolas/agrupamentos na organização das atividades leti-

vas, ao mesmo tempo que a impele para decisões de maior optimiza-ção de recursos na distribuição de serviço, com ganhos de eficácia e efi ciência e valorização dos resul-tados escolares.

É nesta dicotomia, de princípios orientadores, regras e margens de liberdade e responsabilidade na escolha das soluções que melhor respondem às necessidades da co-munidade educativa, sempre poten-ciadas em função de melhores resul-tados escolares, que se reconhece, concretiza e se reforça a autonomia pedagógica e organizativa da esco-la, para além de apelar a métodos e estratégias inovadoras.

Com efeito, as nossas escolas pla-nearam o ano letivo 2012/2013, com a autonomia reforçada que aquele normativo concede, orientando o crédito (concedido às escolas) para o exercício de cargos de natureza peda-gógica e para o reforço e desenvolvi-

mento das capacidades dos alunos, designadamente nas disciplinas de menor sucesso escolar, quer através do aumento da carga curricular, quer através de estratégias de apoio, como por exemplo a coadjuvação dentro da sala de aula ou a constituição de grupos de alunos com difi culdades homogéneas para incremento das suas aprendizagens.

É neste aspeto que reside inova-ção na organização e planeamento do ano escolar, uma vez que à esco-la é permitido utilizar os tempos de-correntes de ajustamentos letivos e a componente não letiva dos professo-res para assegurar o apoio necessá-rio à consecução de aprendizagens e recuperação dos ritmos das mes-mas, canalizando recursos humanos para projetos que, em sintonia com o Projeto Educativo, concorram para a melhoria do sucesso. Por outro lado, à gestão das escolas é possibilitada a alteração ao planeamento inicial dos horários, em tempo oportuno e adequado, sempre que o contexto o exija e estejam em causa as necessi-

dades reais dos alunos.Alheias a um tempo e contexto

de lazer, as escolas/agrupamentos da região algarvia preparam, com afi nco, o ano letivo para que este se inicie no calendário previsto. É, de facto, importante e de toda a justiça realçar o esforço e profi ssionalismo que as equipas de gestão e grupos de trabalho/docentes emprestaram e emprestam a esta causa para que nada falhe e o ano letivo de 2012-2013 arranque nas melhores condi-ções, com a esperança dos melhores augúrios nos resultados escolares dos nossos alunos.

A Direção Regional de Educação do Algarve, na pessoa do seu diretor, deseja a todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram nas ta-refas de organização e arranque do ano (equipas de gestão, professores, pessoal não docente) um bom 2012-2013. Para os pais/encarregados de educação e especialmente para todos os alunos da região votos dos maio-res êxitos escolares e pessoais.

Ano letivo 2012-2013: o futuro é agora!Espaço Educação

“CAVALO MANCO NÃO TROTA”15 SET | 21.30 | Cineteatro Sambrasense - S. Brás de AlportelNo momento em que o juiz pergunta se o réu se considera culpado ou inocente, Miguel Torres é remetido para um turbilhão de memórias que co-meçam na infância, precisamente aos oito anos, e terminam agora quase com quarenta anos

“PINTURA DE OLAVO CAVACO”Até 29 SET | Galeria de Arte Pintor Samora Barros - AlbufeiraO artista, arquitecto de profi ssção, desenvolve os seus trabalhos através de inúmeras técni-cas, entre as quais destacam-se os acrílicos e as aguarelasde

staque

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07.09.2012 7Cultura.Sul

momento momento Vítor Correia

Feira Medieval

de Silves

Espaço ALFA

Conseguindo a composição perfeita

Um dos primeiros desafios a que os aspirantes a fotógrafos são confronta-dos é conseguir capturar uma espécie de beleza única nas suas fotografias. Mas eu não estou a falar da beleza intrínseca: uma flor, um cãozinho fo-finho, uma modelo profissional ou uma paisagem de outono são bonitas por si mesmas, estou a falar de como certos elementos dentro da fotografia que, parecendo que não, estão posi-cionados de forma ordenada a criar um equilíbrio que vai fazer no final, absoluta diferença entre a beleza que estamos a ver no momento, e a que a maioria das pessoas irá mostrar, um momento banal do tipo “snapshot”. Por isso um olho treinado irá sempre conseguir reunir, ou ver, esses elemen-tos mais rapidamente do que um leigo na matéria. Estou a falar obviamente da composição fotográfica, mas o que é propriamente isso e como se pode “ver” isso na realidade de forma a poder apli-

cá-la nas nossas fotografias. Para quem não gosta de história de arte, lamen-to desiludi-los, mas terão de começar a gostar ou no mínimo a observar os quadros com a atenção devida. Muita da percepção e construção da compo-sição fotográfica deve-se ao facto de ha-ver uma série de linhas imaginárias, ou formas geométricas, que percorrem de forma harmoniosa a totalidade do qua-dro ou pintura, Rembrandt, o famoso pintor neerlandês, utilizou essa técnica extensivamente em retratos, paisagens e outras situações, como por exemplo em pinturas de grandes grupos de pessoas. Se observarem a fotografia ao lado vão notar que está dividida em 9 partes, por duas linhas verticais e duas horizontais igualmente espaçadas en-tre si, que subsequentemente têm qua-tro pontos de cruzamento. Estes pontos são chamados pontos de interesse, que em termos de composição fotográfica vão ser os sítios que vocês irão colocar os elementos supostamente mais im-portantes da vossa leitura da cena que estão a fotografar. A regra dos terços como é vulgarmente conhecida foi descoberta e estudada pelos pintores clássicos nos seus quadros, mas, pode ser aplicada nos mais diversos meios: cinema, revistas, fotografia, entre ou-tros, tudo o que implique composição, esta técnica estará lá mascarada entre as suas linhas imaginárias. Neste caso a ilha do lado esquerdo é o centro de atenção da fotografia, mas pode ser qualquer coisa, um grupo de pedras

no chão, uma estrada, um reflexo, uma casa, uma montanha… desde que esses pontos de interesse sejam cruzados ou que haja uma harmonia de uma forma geométrica, garanto-vos que a “beleza” nas vossas fotografias irá começar a ter mais “presença”. Outra dica importan-te que quero partilhar com vocês é que na impossibilidade de esses elementos estarem no local, procurem-nos, por exemplo: acham a montanha com gelo no topo bonita, procurem um rio nas redondezas para ajudar na composi-ção, ou uma estrada ou um grupo de

árvores, procurem essas linhas, adicio-nem, componham, sejam criativos e não preguiçosos. Mas sabem como são as regras, são feitas para serem quebra-das, por isso, tenham sempre atenção, porque por vezes em certas situações, a leitura da cena pede para que se-jam quebradas as regras, pensem antecipadamente, perguntem a vocês mesmos, como posso tornar esta fotografia mais interessante? São os elementos cuidadosamente colocados ou alinhados por vocês na fotografi a que proporcionam a

unicidade do momento. A simplici-dade é também outra das situações a explorar, ao colocar demasiados elementos na fotografi a, não vão ter pontos de interesse identificáveis, tentem fazer com que o olhar do público percorra a fotografi a nessa simplicidade, senão vão ter os olha-res perdidos e subsequentemente aborrecidos. Mas como a fotografi a não vive só da composição, tenham em conta outros elementos impor-tantes, como por exemplo a forma, cor, textura e repetição.

Mauro RodriguesVogal da Direção da ALFA

Regra dos Terços - Mina de S. Domingos - Mértola

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07.09.2012 9Cultura.Sul

Contos de Verão na Ria Formosa

Livros de Areia

Interrogava-se Xavier, acerca do porquê de se levarem livros para a praia, quando nesta raramente se consegue a tranquilidade necessá-ria para o acto de ler. São os grãos de areia que aparecem nas diversas páginas e que parece que vão riscá-las, vindos naturalmente dos passos dos banhistas e de toalhas que se sacodem por perto, ou de uma ou outra rajada de vento ainda que fra-ca e breve. …E se as crianças sempre correm e levantam os grãos de areia como microscópicas balas envia-das ao acaso. Gritam excitadas por muitas razões e sem razão. O que fazer? No fundo a praia é o pedaço de mundo por excelência que foi inventado para elas, e que nós to-mamos de assalto em cada verão, para ver se ainda conseguimos tra-zer à memória esse tempo de quan-do éramos reis. O mar, quente ou frio é ainda e sempre do seu domí-nio, por isso constroem castelos e fortalezas à beira-mar, num árduo trabalho de vai e vem de carregar baldes de água e areia. A tarefa é sempre recompensada com bolas de Berlim e gelados.

O seu a seu dono. Mochila arru-mada, seguida de retirada estraté-gica para a esplanada, onde o gosto que se saboreia na mistura conse-guida num cappucino, bebido frente ao mar da tarde na praia, é o que agora de mais parecido Xavier con-segue ter de infância. Abre o livro tentando libertar-se dos grãos de areia adquiridos e começa a lei-tura, agora que a maior parte dos veraneantes está de saída. Atingi-da a página 76, acontece algo que fi lmado seria depois forçosamente misturado em câmara lenta: - são três raparigas de uma mesa atrás da sua que se levantam de repen-te uma atrás da outra, sendo que a última das raparigas ao passar toca no braço de Xavier, fazendo cair o livro ao chão, com a capa virada para cima, e essa mesma rapariga, afl ita com o disparate provocado, apronta-se para apanhar o livro. Mas estranhamente fi ca de joelhos agarrando-o com muita força em ambas as mãos.

Xavier diz-lhe que não há pro-

blema, não tem razão para se pre-ocupar, que está tudo bem. Mas quando a rapariga levanta a cara, ele percebe que o seu rosto é o tí-tulo do livro: Olhos Verdes Cabelo Castanho. Ele estende então a mão direita para receber o livro, mas a rapariga não esboça qualquer in-tenção em o devolver.

Não te posso dar o livro, perdi o meu há mais de seis meses e des-de então tenho tentado desespera-damente comprar um novo livro para o acabar de ler, desabafa ela nervosamente.

Dê-me o seu contacto, posso em-prestá-lo quando terminar, daqui a dois dias talvez, o livro é pequeno e se calhar ainda vai cá estar de fé-rias, tentou Xavier, para amenizar o estado da rapariga.

Mas é que é muito importante para mim saber o resto do livro, não percebes.

Xavier sabia como encontrar li-vros, mesmo os difíceis, e começou a ceder quando se apercebeu que a bela rapariga à sua frente, parecia saída do romance.

Eu já ia na página 100, tens de mo emprestar, posso lê-lo todo hoje, e amanhã venho aqui devol-vê-lo à hora que quiseres. Não me podes fazer isto, tem de ser… Como é que te chamas?

Xavier Almeida… e tu? Madalena. E virando-se para as

amigas que tinham fi cado estarre-cidas perante a situação, como que na presença não de um, mas de dois desconhecidos, disse-lhes com um sorriso meio amarelo, podem ir an-dando, eu já lá vou ter. E então Xa-vier, vais emprestá-lo ou não? Por favor, peço-te por tudo o que de

mais sagrado, pela tua saúde… Pronto, calma… E como é que eu

sei que já leste o livro, que não se trata apenas de uma coincidência? Preciso de uma prova… dá-me uma prova qualquer…

Está bem, de acordo. Confi a em mim, mas mesmo antes de me em-prestares o livro tens de o ler tam-bém até à página 100, como eu. Vou dar um mergulho com as mi-nhas amigas. Depois venho aqui… está bem? Espera por mim, por fa-vor. Promete.

Xavier anuiu com a cabeça, rece-beu o livro das mãos de Madalena, que não o havia largado durante a conversa, e continuou a leitura atentamente. Quando ela regressou já ele a esperava de livro fechado sobre a mesa e marcado na página 100 como combinado.

Vês como o livro é importante. Num instante devoras-te as pági-nas com curiosidade.

Xavier levantou-se, agarrou o li-vro e esticou o braço na direcção de Madalena inquirindo-a acerca da prova previamente acordada.

Madalena, não o fez esperar. Deu um passo em frente. Beijou-o, du-rante alguns segundos. Página 98, disse ela agarrando o livro. Seguiu depois confi ante levando na mão o tão desejado objecto. Venho cá trazê-lo de volta amanhã.

Xavier, que pouco dormiria na noite, na seguinte manhã foi a pri-meira pessoa a chegar à porta da biblioteca municipal, esperando que a abrissem, debaixo de um sol que já se sentia muito quente. Seria mais fácil, encontrar ali um exem-plar do livro do que procurá-lo nas poucas livrarias da pequena cidade.

A sorte, pode dizer-se, estava do seu lado, já nas suas mãos, ali à frente dos seus olhos. No entanto sabia que tinha todo o dia para acabar o livro, e que a melhor maneira era lê-lo devagar, saboreando cada pá-gina atentamente. Comeu qualquer coisa, viu algumas revistas e até adormeceu num dos sofás. Depois de terminada a leitura verificou que era tempo de partir para o seu encontro. Foi lavar a cara para des-pertar. Penteou os cabelos e seguiu para a praia. Esperou na esplanada, mais ou menos na mesma mesa do dia anterior. Quem chega primeiro sempre pensa que o outro vai fal-tar. E por isso sentiu-se um pouco triste, à semelhança do rapaz que não conseguiu rever a sua amante no fi m da história.

Madalena sentara-se sozinha numa mesa atrás de Xavier, que pressentiu estar a ser observado, e quando a descobriu, reparou que a rapariga estava agora feliz. Ela levantou-se calmamente e foi sen-tar-se junto dele, devolvendo-lhe o livro tal como prometido.

E agora? Perguntou-lhe Xavier com um semblante triste e cansado.

Agora precisas descansar, mas eu vou contigo, meu amigo. Quero mostrar-te outras páginas do livro de que te privei, esclareceu Mada-lena. Deu-lhe a mão e foram-se em-bora juntos.

Afi nal, …ele já lera o livro, fi can-do bastante animado com o escla-recimento.

Nessa noite abraçaram-se como na página 105, beijaram-se como na página 114 e fi zeram amor como na página 120. Foi o que ele lhe disse de manhã, tentando surpreendê-la.

Não, disse Madalena. Não se mos-trando surpreendida, zangada ou ar-rependida. Foi melhor, muito melhor... nem tudo tem de ser como no livro, há vida para além dos livros e sempre melhor, acrescentou a rapariga.

Na semana que se seguiu ama-ram-se como noutras páginas que já foram escritas para outros livros ou que estão ainda por escrever.

O vento de hoje varria as nuvens que no dia anterior apenas amea-çaram a chuva que não chegou a acontecer e veio ajudar a limpar a costa que tinha ficado com algas, assim como refrescar os corpos que tinham fi cado muito quentes e secos com o calor dos magnífi cos dias me-diterrânicos anteriores.

Depois que Madalena partiu, o vento começou a soprar muito forte de sudoeste, ou seja, do lado do fa-rol do Cabo de Santa Maria. Quando assim é, a areia da praia fi ca varrida e apesar de não estar frio, o descon-forto provocado pelos fi nos grãos a picar no corpo faz com que as pes-soas deixem a praia mais cedo e até os pequenos guerreiros do areal são obrigados a bater em retirada, com promessas de novos reinos encanta-dos algures perto dali. A falta desse burburinho neste fi m das férias de Verão faz Xavier sentir-se mais só e introspectivo. E voltar a pensar por-que é que se lêem livros na praia ou mesmo porque é que se levam li-vros para a praia?

A resposta não está na praia, nos grãos de areia, nem nas crianças, nem nas bolas de Berlim ou na mis-tura correcta dos ingredientes dum capuccino. Agora já sabe Xavier. Está tão somente nos livros e no que se pode viver com eles.

Pedro [email protected]

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07.09.2012 10 Cultura.Sul

Há uns tempos, a Alice pediu-me que lhe aconselhasse um livro, pois não tinha muitos hábitos de leitura e gostava de os adquirir. Na altura, não assumi a responsabilidade, pois uma coisa é escrever num jornal e falar de livros de que gosto, não sa-bendo quem são os meus leitores, ou-tra coisa é recomendar a alguém em concreto: uma aluna do primeiro ano da faculdade, provavelmente cheia de expetativas. É muito mais difícil.

Podia ir aos clássicos da literatura, mas este mês até li dois livros, ambos editados em 2012, que me pareceram bons para a Alice e, por isso, não se ofendendo os amáveis leitores, a ela dedico esta página.

Canto Imperecível das AvesAntónio Vilhena(Caracol Edições, junho 2012)Imagino, Alice, que já te disseram

que ler poesia era difícil, que já ten-taste (porque estudaste na escola), mas afi rmas que percebeste pouco, correspondendo ao aviso que te ha-viam feito. A mim também me dis-seram que não te devia recomendar um livro de poesia em primeiro lugar. Pois é exatamente um livro de poe-sia que trago para te mostrar. Repara como a capa é discreta, branca, com as letras a preto, exceto a da palavra Poesia, que se destaca em cor de mel. Depois, abres, e o poeta oferece-te a sua arte, para que a leias com os teus olhos, a tua cabeça e o teu coração. Começo por poesia, pois as palavras dos poetas levam-nos mais depressa para outros lugares – os nossos luga-res – que podem ser completamente diferentes dos do poeta ou de qual-quer outro leitor. Ler poesia é tam-bém ler a nossa história pessoal.

Leio-te um poema:Este é o teu primeiro cais onde estranhasos sons frios de uma ternura anunciada.Esperar por ti foi mais que uma viagem:

foi uma impaciência de medosesculpida na inquietação dos sentidos.Esperar por ti foi um exercício inefávelde emoções arrancadas à terra.

Que leste aqui? Que te dizem estas palavras? Falam de uma chegada e de uma espera. O resto, como dizia Fer-nando Pessoa, «sinta quem lê».

Podemos ler a chegada de um ser amado, há muito ausente, pelo qual esperámos com ansiedade, mas tam-bém receio que ele chegasse diferente (uma impaciência de medos/ esculpida na inquietação dos sentidos). O poema está mais centrado naquele que espe-ra e pouco no que chega (sobre este se diz apenas que estranha os sons frios de uma ternura anunciada): é quem es-pera que faz a viagem e demonstra as suas emoções.

Podemos ler aqui um poema a um primeiro amor. Aquele amor que es-peramos que nos aconteça; que re-ceamos, mas desejamos, com igual intensidade; que sentimos que, com ele, podemos deixar que as nossas emoções se libertem do íntimo (emo-ções arrancadas à terra). Para aquele que chega, o nosso amor é o primei-ro cais onde sente ternura, pois em outros regaços anteriores não a terá sentido.

Mas também podemos ler como o autor quis. A sua leitura (sabemo-lo por entrevistas e por uma dedicató-ria no poema anterior «O Dia da Luz», onde se lê «ao Rudolfo e à Susana») remete para o momento do nasci-mento dos fi lhos.

O que a poesia tem de belo é que todas as leituras (estas e muitas ou-tras) são válidas. A liberdade que o verso dá transforma a leitura que se faz em distintos momentos da vida.

Neste livro tens 46 poemas, de dife-rentes extensões e formas: uns têm es-trofes separadas por linhas em bran-co, dando-nos tempo para respirar; outros formam um bloco, sem divisão de verso, onde a poesia se torna mais intensa; a mancha gráfi ca de alguns ocupa quase a página inteira; outros, recatados, servem-se apenas de dois versos. O que encontras em todos é a emoção. Por eles passam o branco, a doçura, a luz, a paixão, o sol… Nos cinco capítulos que o compõem, vais poder encontrar-te, entre outros, com o sul, com o Alentejo onde o Autor nasceu e sobre o qual escreve; vais ainda encontrar referências aos clás-sicos gregos (além de Psicólogo, o au-

tor também está a fazer uma tese em Clássicas, em Coimbra), que tão bem servem para intensifi car as imagens. Termino com um poema que tem um pouco disto tudo:

HorizonteO horizonte é a metáfora da eternidade,passo a passo, a caminhada sem fadiga,a esperança que chega com a Primavera.Há em cada alentejano uma Tróia in-cendiada,um exílio de amor secretamente reno-vado.Fica sempre uma papoila no olhar,uma inefável emoção,atravessando os braços de tanto Alentejo.

Todas as cores do ventoMiguel Miranda(Porto Editora, março 2012)Quando, em fi ns de maio, este au-

tor foi (a Gambelas, à Biblioteca Mu-

nicipal de Faro e à de Loulé) falar so-bre este livro (que marca os seus 20 anos de carreira literária), escreveu-me na dedicatória que era um «ro-mance sobre preconceitos avulsos». Gostei da defi nição. A tua juventude, Alice, não te deixa ser preconceituosa e talvez nem conheças na pele o con-ceito (espero que nunca o conheças!), mas o mundo está cheio destes juízos que fazemos a priori, quase sempre baseados em ideias feitas que nos im-pedem de avaliar as situações como elas são.

Este pareceu-me um bom livro para quem não tem muitos hábi-tos de leitura: em 198 páginas tens 42 capítulos, o que faz com que não possam ser muito grandes, permi-tindo ao narrador ir contando, em cada um deles, o que se passa com as personagens que vivem num prédio insonorizado e resistente,

no centro de uma cidade. É de rela-ções humanas que esta história tra-ta, das manias e gostos das pessoas com que nos cruzamos e das quais pouco sabemos, se não através do contacto, da conversa. Se não der-mos oportunidades ao Outro, nunca o iremos conhecer.

Cada personagem tem uma histó-ria pessoal e herdada, formada pela sua cultura, religião, país, profi ssão, etc., que condiciona a maneira de se relacionar com as demais. É assim que um muçulmano e um judeu se agridem, atirando sacos de lixo e pedras, porque caíram uns vasos da varanda de um para a do outro, derrubados por um gato. Mas eles não sabiam que tinha sido um sim-ples gato (considerado como seu por cada um dos moradores, também sem saberem que o David de um era o Faisal de outro, ou o Quincas, ou o Napoleão, consoante a casa que o acolhesse naquela dia) o autor da façanha, e, «Extremadas as posições, de nada adiantaram as tentativas de conciliação. Ibraim não podia deixar de sentir ódio ao recordar a morte dos seus entes queridos. Anan Ba-rakat não podia esquecer a situação de opressão que o seu povo sofria, escorraçado da sua própria terra, refugiado no seu próprio país (…). Para além disso, Ibraim recordava as suas ceroulas, todas estraçalhadas à pedrada. E Anan Barakat não podia esquecer que quase o tinham morto com um vaso na cabeça.» (p.75)

E assim se reforçaram preconceitos que poderiam levar a uma enorme tragédia.

Vais ver que vais gostar. O livro tem outros ingredientes suculentos, como o humor, a luta pela libertação dos medos que não nos deixam ser felizes, uma digressão sobre a curiosa perso-nagem dos Brás Cubas (já leste o li-vro de Machado de Assis, As Memórias Póstumos da Brás Cubas? Aconselho-to vivamente!), culminando num fi nal muito bem conseguido, sobre o qual, claro, nada te direi.

Não te sei dizer quais são todas as cores do vento (que só se conseguem ver «em momentos de especial aber-tura de espírito ou motivação poéti-ca»), mas posso citar-te uma frase do texto que te vai ajudar:

«Naquele instante, a brisa era inco-lor e inaudível, sinais substantivos de um amainar interior do processo de paixão».

Leituras para a Alice

Adriana NogueiraClassicistaProfessora da Universidade do [email protected]

livro livro

“JOSÉ DA CÂMARA”7 SET | 22.30 | Casino de VilamouraFadista iniciou a sua carreira profissio-nal aos 17 anos na revista “Lisboa, Tejo e Tudo”, dando continuidade à sua tradição familiar

“TANGO MILONGUERO”15 SET | 22.30 | Auditório Municipalde Olhão“Milonguero” é uma forma de ser, de sen-tir e dizer o tango da maneira mais genu-ína; é uma forma sentida de tocar tango e de dançá-lo, com origens em Buenos Aires, Argentinade

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07.09.2012 11Cultura.Sul

A Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial aprova-da em 2003(1) foi ratifi cada por Portu-gal em 2008. Trata-se de uma Conven-ção que tem por base a importância do património cultural imaterial como fonte de diversidade cultural e garan-tia de desenvolvimento sustentável, considerando a profunda interdepen-dência que existe entre o património cultural imaterial e o património ma-terial cultural e natural.

De acordo com o artigo nº 2 da Con-venção considera-se património cultu-ral imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões – bem como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados – que as comunidades, os grupos e os indivíduos reconheçam como fazendo parte integrante do seu património cultural.

Esse património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é constantemente recriado pelas comuni-dades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e da sua história, incutindo-lhes um senti-mento de identidade e de continuida-de, contribuindo, desse modo, para a promoção do respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana.

Património imaterial de Lagoa

O concelho de Lagoa nos fi nais do séc. XIX e primeiras décadas do séc. XX foi marcado pelo dinamismo na produção de vinho, na pesca e na in-dústria conserveira. Existe um saber-fazer associado à prática vitivinícola, às artes de pesca, à olaria, à gastro-nomia, à doçaria e ao artesanato que tem passado de geração em geração.

Lagoa é um concelho com tradição e com um interessante dinamismo associativo. A Associação dos Arte-sãos do Algarve tem a sua sede neste concelho. Em termos de Artesanato não se pode deixar de referir uma das mais importantes Feiras de Artesana-to a sul do país que se realiza anual-mente em Lagoa: a FATACIL (Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Co-mércio e Indústria de Lagoa).

Em Estombar existe o Cantinho do Artesão, espaço da Junta de Freguesia de Estombar, onde se reúnem artesãos locais para executar os seus trabalhos, sendo simultaneamente um local de exposição e venda ao público.

Foi neste espaço que encontrámos uma das mais antigas artesãs do conce-lho que ainda trabalha a empreita. Na História do Concelho de Lagoa da autoria de Rossel Monteiro Santos(2) é referido que “em Lagoa, a confecção da emprei-ta e da tamiça constituíam usos e cos-

tumes bastante antigos, que estiveram desde tempos muito recuados, a cargo das mulheres, que sentadas nas tradi-cionais cadeiras de atabúa, junto à por-ta das suas residências ou nas soleiras destas, geralmente ao sol, resguardadas pelo inseparável chapéu preto do seu homem, quase sempre muito usado, trabalhavam a palma com alegres e suaves movimentos de dedos (…). Em Estombar fabrica-se, ainda, a mais fi na empreita da Europa, executada com técnica apurada, verdadeiro trabalho artístico que teve o seu início por volta do ano de 1915, a cargo da Associação das Filhas de Maria”.

As cadeiras de atabúa também fi ze-ram parte das manifestações de artesa-nato do concelho. O seu último artífi ce faleceu recentemente. As gerações mais velhas são portadoras de um saber-fa-zer que por vezes se perde sem ter ha-vido registo desse património cultural imaterial. É de extrema importância tal

registo junto dessas gerações que são depositárias de tantos saberes.

A olaria é uma marca do concelho de Lagoa. Desde tempos imemoriais que se pratica esta arte de trabalhar o barro, especialmente em Porches. A Escola de Artes de Lagoa tem minis-trado, entre diversos cursos, o curso de formação em olaria e cerâmica através de um dos mais antigos artesãos do concelho. É um exemplo de boas prá-ticas, de valorização e de salvaguarda do saber-fazer que foi passando entre várias gerações.

A tradição gastronómica de Lagoa é muito rica e variada. A doçaria à base de figo, amêndoa, ovos e alfarroba também tem grande tradição em La-goa. Ainda existem algumas doceiras no concelho que têm transmitindo os seus saberes embora já não se façam “florados de Lagoa”: pequenos bolos confeccionados à base de fi os de ovos e miolo de amêndoa. De salientar que

em Lagoa se realiza anualmente uma Mostra do Doce Conventual, precisa-mente no Convento de S. José.

O vinho de Lagoa é sobejamente co-nhecido tal como a sua Adega Coope-rativa. O saber-fazer ligado à produção artesanal de vinho não se perdeu e ain-da há alguns locais do concelho onde a produção familiar se mantém.

Identidade e comunidade

A identidade de uma comunidade passa também por momentos festivos na sua vertente religioso-cultural, a esse nível um dos momentos altos em Lagoa são as Festas de Nossa Senhora da Luz, Padroeira de Lagoa, celebra-das a 8 de Setembro com procissão, ao fi m da tarde, pelas ruas da cidade. Em Ferragudo, freguesia piscatória do concelho de Lagoa, realiza-se a 15 de Agosto a procissão de Nossa Senhora da Conceição, que inclui uma parte de percurso terrestre e outra de percurso marítimo. Na freguesia de Porches, rea-liza-se a procissão de Nossa Senhora da Rocha, no primeiro domingo de Agos-to, procissão que segue da Ermida de Nossa Senhora da Rocha até à praia.

Os Contos e Lendas também fazem parte da memória e identidade de uma comunidade. Existe um conjunto de Contos e Lendas ligado a vários pon-tos do concelho, tais como a Lenda da Senhora da Rocha, a Lenda da Sereia do Cabo de Carvoeiro, a Lenda da Encanta-da de Porches, a Lenda de Estombar, o Conto da Ponta do Altar e o Conto de São Pedro e os Figos.

A vivência dos nossos antepassados nas suas múltiplas facetas constitui pa-trimónio imaterial de valor histórico e cultural. Os Ranchos de Folclore de-senvolvem um trabalho de recolha no terreno, seja de artefactos de trabalho, peças de vestuário, seja de informação sobre usos e costumes ou aspectos da tradição oral, e todos esses registos mantêm vivo o património imaterial. O Rancho Folclórico do Calvário tem feito uma interessante recolha a este nível e tem representado o concelho de Lagoa em inúmeros certames na-cionais e internacionais contribuíndo para a preservação da memória e da identidade deste concelho.

(1) UNESCO (2003) Convenção para a Sal-vaguarda do Património Cultural Imate-rial, Decreto nº 28/2008 de 26 de Março, DR nº 60 1685-1704(2) SANTOS, Rossel Monteiro (2001) His-tória do Concelho de Lagoa, Lisboa: Edições Colibri e Câmara Municipal de Lagoa

Um olhar sobre o Património Cultural Imaterial de Lagoa

Maria Luísa FranciscoInvestigadora e doutoranda em [email protected]

patrimóniopatrimónioVIVÊNCIAS NO ALGARVE - PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL•

Execução de trabalho em empreita, Estombar

Moldagem de peça em barro, Lagoa

FOTO: MARIA LUISA FRANCISCO

MARIA LUÍSA FRANCISCO

Procissão de Nossa Senhora da Luz, Lagoa

INÁCIO GRAVANITA

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07.09.2012 12

Espaço Cultura

Jornadas Europeias do Património 2012 - O Futuro da Memória

As Jornadas Europeias do Património (JEP) são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Euro-peia, envolvendo cerca de 50 países, que tem por objetivo a sensibilização dos cidadãos para a importância da salva-guarda do Património. Neste sentido, cada país elabora, anualmente, um programa de atividades a nível nacional, a realizar em setembro, acessí-vel gratuitamente ao público, na sua grande maioria.

A Direção-Geral do Patri-mónio Cultural (DGPC), en-quanto autoridade nacional de tutela administrativa dos bens culturais, é a entidade responsável pela coordena-ção do evento a nível nacio-nal e propôs, para as JEP2012, o tema «O Futuro da Memó-ria». Com isso, pretende pro-mover a aproximação do pú-blico ao património cultural, no seu sentido mais amplo, realçando a sua importância enquanto memória e docu-mento da história e do desen-volvimento das sociedades, e sublinhando também o seu

papel para a construção do futuro.

À semelhança dos anos anteriores, estendeu o con-vite aos vários agentes pú-blicos e privados, no sentido de se associarem a esta ini-ciativa através da realização de atividades apelativas e diversificadas.

No Algarve, a Direção Re-gional de Cultura preparou, em parceria com outras enti-dades, toda uma série de ati-vidades para os Monumentos do Algarve que tem direta-mente a seu cargo.

Assim, nos próximos dias 28, 29 e 30 de Setembro, te-rão lugar diversas iniciativas, com livre acesso do público: espetáculos de teatro, recitais de música, recriações históri-cas, observações astronómi-cas, leituras encenadas com histórias da História – que irão acontecer da Fortaleza de Sagres às Ruínas Roma-nas de Milreu, nos Castelos de Aljezur e de Paderne, na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e nos templos me-galíticos de Alcalar. São seis monumentos, que terão uma

variada oferta de atividades, dirigidas a públicos diversifi-cados, que traduzem a aposta

da Direção Regional de Cultu-ra na memória histórica e nos bens culturais como fator de

educação, de lazer e de desen-volvimento.

Direção Regional de Cultura

«O Futuro da Memória» é o tema pro-posto para as JEP2012. Com isso, pre-tende-se promover a aproximação do público ao património cultural, no seu sentido mais amplo, realçando a sua importância enquanto memória e docu-mento da história e do desenvolvimento das sociedades, e sublinhando também o seu papel para a construção de um fu-turo melhor.

Cultura.Sul

Parque de Campismo da Ilha de Tavira

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