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RESEARCH POSTER PRESENTATION DESIGN © 2012 www.PosterPresentations.co m O trabalho avalia a qualidade das águas que abastecem uma usina hidrelétrica para explicar o fenômeno de formação de biofouling que obstrui os trocadores de calor de arrefecimento dos hidrogeradores. Análises biológicas realizadas nas águas de refrigeração e nos resíduos coletados no interior das passagens do trocadores permitiram mostrar que o indesejável mecanismo de incrustação resulta de um processo de crescimento desordenado de multiplicação em colônias de micro-organismos após sua exposição a um processo de oxigenação que ocorre na caixa-caracol das turbinas hidráulicas. As análises biológicas revelaram a presença de cianobactéria filamentosa e a presença de bacilariofíceas agregadas ao material analisado (aumento de 400x), com agregado biológico nitidamente evidenciado (aumento de 600x). Resumo Contexto Conclusão Similarmente, também as análises da lama coletada na bacia da torre de resfriamento (Figura 3 ) mostraram a abundante presença de diatomáceas e grãos de pólen, conforme claramente ilustram as imagens com amplificação de 400 vezes (Fig. 3-2). Nesta figura, observam-se sinais de reflorestamento na região. Evidências de sinais claros de presença de sílica (resíduos de água de superfície), que de certa forma contribui para a abrasão mecânica que, ao invés de obstruir, ajuda a limpar os trocadores calor. Referências Bibliográficas 1. M.N. Frota; E.M. Ticona; A.V. Neves; R.P. Marques; S.L. Braga and Valente G. title: On-line cleaning technique for mitigation of biofouling in heat exchangers: a case study of a hydroelectric power plant in Brazil. Journal title: Experimental Thermal and Fluid Science (2014) Vol. Vol. 53C, pp. 197-206 Elsevier. http://dx.doi.org/10.1016/j.expthermflusci.2013.12 . 2. J.R.C Azevedo Neto, J.J. Milon, E.M. Ticona, J.M. Ticona, S.L. Braga e M.F. Frota, Avaliação técnica e econômica da bioincrustação de trocadores de calor em sistemas de hidrogeração: a experiência da Usina Fontes Nova. XX SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica. 22-25 Novembro, 2009. 3. S.L. Braga, M.N. Frota, J.J Millón, E.M. Ticona, J.R.C.A. Neto, 26 June-1 July 2011, Hydrodynamic and thermal evaluation of fouling mitigation in hydro generators heat exchangers, 8th International Conference on Heat Transfer, Fluid Mechanics and Thermodynamics, Point Aux Piments, Mauritius Islands. 4. P.C.S. GARCIA, Tratamento de Água de Resfriamento, Beltz Dearborn Gerência de Marketing, 1997. 5. C.E. Belz, O.S. Mader Netto, A.S. Silva, L.C. Freitas (Copel/PR), P.D. Borges e J. Duarte, Programa de avaliação e controle de espécies aquáticas invasoras na bacia do Rio Iguaçu, Paraná. Grupo de estudo de impacto ambiental do LACTEC/PR. XIX Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (XIX SNPTEE), 14 a 17 de Outubro, 2007, Rio de Janeiro, RJ. 6. A.W.S. Guarino, et al. Caracterização Limnológica do Reservatório de Ribeirão das Lajes, RJ. In: Congresso Brasileiro de Limnologia, 9, 2003, Juiz de Fora. Sociedade Brasileira de Limnologia, 2003. 7.E.A. Palermo, D. Kasper, T.S. Reis, S. Nogueira, C.W.C. Branco, and O. Malm, Mercury level increase in fish tissues downstream the Tucuri Reservoir, Brazil RMZ-Materials and Geo-enviroment, 51: 1292-1295. 2004. 8. M.M. Molisani, R. Rocha, W. Machado, R. Barreto, L.D. Lacerda, Mercury content in aquatic macrophytes from two reservoirs in the Paraíba do Sul-Guandú River system, SE, Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 66, n. 1a, p. 101-107, 2006. 9. M.N. Frota, (2011), Relatório Executivo #5 do Projeto Referência P&D OKE 06-07: Tecnologia de Tratamento de Água de Refrigeração da Usina Fontes Nova. P&D Light Energia, Ciclo 2006-2007. Usina Fontes Nova, Piraí, RJ. 10.M.A.S. Jerónimo, L.F. Melo, A.S. Braga, P.J.B.F. Ferreira and C. Martins, 1997, Monitoring the thermal efficiency of fouled heat exchangers: a simplified method, Thermal and Fluid Science, vol 14 (9), pp 455-463, doi.org/10.1016/S0894-1777(96)00146-X. 11.C.O.R Negrão, P.C. Tonin and M. Madi, Supervison of the thermal performance of heat exchanger trains. Applied Thermal Engineering, Vol 27 (2) (2007), pp. 347-357, DOI:10.1016/j.applthermaleng.2006.07.025. 12.M.C. Soares, M.M. Marinho, V.L.M. Huszar, C. W. C. Branco & S.M.F. Azevedo, The effects of water retention time and watershed features on the limnology of two tropical reservoirs in Brazil. Lakes & Reservoirs: Research & Management. Vol. 13 (4), (2008) 257-69, DOI: 10.1111/j.1440-1770.2008.00379.x. 13.C. W. C. Branco, B. Kozlowsky-Suzuki, I. F. Sousa-Filho, A. W. S. Guarino and R.J. Rocha, Impact of climate on the vertical water column structure of Lajes Reservoir (Brazil): A tropical reservoir case, Lakes & Reservoirs: Research & Management. 14 (2009) 175-191, DOI: 10.1111/j.1440-1770.2009.00403.x. Agradecimentos Os autores agradecem ao apoio financeiro Light/Aneel pela oportunidade de desenvolver o P&D 07/2011, intitulado Tecnologias inovadoras de tratamento de água de refrigeração para combate ao indesejável fenômeno do biofouling em usinas hidrelétricas; ao grupo de pesquisa do Laboratório do Núcleo de Estudos Liminológicos do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que possui tradição em estudos das águas do Reservatório de Lajes e do Rio Paraíba do Sul, pelo apoio em frutíferas discussões e pelas análises biológicas realizadas. À CAPES, pela bolsa de mestrado ao mestrando Velfe Hollandino de Oliveira Junior que desenvolve sua pesquisa no tema do projeto. Programa de Pós-graduação em Metrologia para Qualidade e Inovação PósMQI/PUC-Rio http://www.puc-rio.br/metrologia Telefone: (55 21) 3527-1542 As análises químicas foram realizadas como subsídio ao Projeto de P&D Light/ Aneel Desenvolvimento Experimental Ref. 06/2007, que se desdobrou no P&D Light/Aneel 07/2011, intitulado Tecnologias inovadoras de tratamento de água de refrigeração para combate ao indesejável fenômeno do biofouling em usinas hidrelétricas [9]. Ambos os projetos estudaram as águas que abastecem a Usina Fontes Nova (cujas águas se originam do Reservatório de Lajes e do Rio Paraíba do Sul). Análises químicas e biológicas foram realizadas em incrustações (retiradas do interior dos trocadores de calor) e na água coletada no canal de fuga da Usina Santa Branca (SP). Além de fornecer informações sobre a água que abastece a Usina Santa Branca, as análises biológicas realizadas a partir de amostras de incrustações e da própria água coletada no nascedouro do Rio Paraíba do Sul cumpre um propósito específico: permitirá comparar a natureza dos micro-organismos que foram detectados na Usina Fontes Nova (cujas águas do Paraíba do Sul se misturam às águas do Reservatório de Lajes para alimentar as turbinas) com depósitos presentes na água do nascedouro do Rio Paraíba do Sul coletados na Usina Santa Branca. Conforme discutido no trabalho, os resultados das análises realizadas permitiram explicar a origem da indesejável formação de biofouling nos trocadores de calor utilizados no sistema de arrefecimento dos hidrogeradores em operação na Usina. A Figura 1 ilustra situações indesejáveis de incrustação nos dutos dos trocadores. 1 Programa de PósGraduação em Metrologia para Qualidade e Inovação, PósMQI, [email protected] 2 Usina Fontes Nova, LIGHT, Piraí, RJ Mauricio N. Frota 1 , Jaime M. Ticona 1 , Velfe H.O. Junior 1 e Gilson Valente 2 O PAPEL DA QUALIDADE DA ÁGUA EM TROCADORES DE CALOR: ESTUDO DE CASO EM SISTEMAS DE ARREFECIMENTO DE HIDROGERADORES Introdução A qualidade das águas que abastecem as usinas hidrelétricas constitui fonte permanente de preocupação não apenas de gestores públicos e de órgãos ambientais, mas, também, dos operadores de usinas para geração de eletricidade que fazem uso dessas águas em seus trocadores de calor utilizados para arrefecimento dos hidrogeradores [1-8]. A indesejável presença de resíduos e poluentes nessas águas pode causar danos de graves consequências ao sistema de hidrogeração, em particular aos equipamentos e dispositivos assessórios dos trocadores de calor do sistema de refrigeração dos mancais e outros dispositivos das turbinas e geradores à elas acoplados. Incrustações podem levar à obstrução quase total desses dispositivos, comprometendo, de forma drástica, a efetividade dos trocadores de calor [1,9-11]. Figura 1 Incrustações nas tubulações (2”e 6”) adjacentes à estação de medição de vazão Amostra #1 : Água decantada retirada do interior dos dutos do trocador de calor ar-água; Amostra #2 : Rastros de resíduos retirados (i) do espelho do trocador de calor ar-água (removidos por raspagem) e (ii) da tampa do coletor de fechamento do trocador; Amostra #3 : Amostras de lama coletadas na bacia (leito) da torre de resfriamento; Amostra #4 : Amostras de água coletadas no Rio Paraíba do Sul, a jusante do canal de fuga das turbinas; Amostras #5 a #8 : Amostras para análise biológica Ano 1 do estudo; Amostra #9 : Amostras para análise biológica Ano 2 do estudo. Materiais e métodos: Desenvolvimento experimental Procedimento experimental: resultados e discussão As figuras 2 a 9 ilustram imagens tiradas através do microscópio ilustrando as análises realizadas, cujos resultados são discutidos no trabalho. Ilustram, em particular, evidências de que existe reflorestamento na região (Fig. 2-1). As análises da amostra#2 revelaram a presença de particulado inorgânico fino, e também de areia e de um número expressivo de carapaças de diatomáceas (Fig. 2-1) e de grãos de pólen de pinheiros (Fig. 2-2), cujos resíduos são de natureza mineral e vegetal. Já as figuras 4 a 9 confirmam a presença de algas, bactérias, filamentos associados a detritos, filamentos de cianobactérias e algas diatomáceas. Amostra #2 Fig. 21: ParVculado inorgânico fino e carapaças de diatomáceas e Fig. 22: Carapaças de diatomáceas e grãos de pólen As análises biológicas realizadas permitiram mostrar que, embora “barrenta” e rica em resíduos minerais, a água originária do Rio Paraíba do Sul não pode ser responsabilizada pelas obstruções dos trocadores de calor, ao contrário, induzem a sua limpeza por abrasão mecânica. Já a água originária do fundo do Reservatório de Lajes embora visualmente cristalina possui a presença de micro- organismos anóxidos que se proliferam em colônias de reprodução rápida. Essas obstruções causam danos e perdas-de-carga (perdas de pressão) severas no sistema de refrigeração, levando quase que a sua obstrução total. Amostra #3 Fig. 32: Detalhe do grão de pólen (aumento de 400X) Amostra #4 Fig. 41: Alga do gênero Peridinium; Fig.: 42: Alga Spyrogyra; Fig. 43: Algas diatomáceas Amostra #9 Fig. 91: Bactérias filamentosas entre os detritos; Fig. 92: Algas diatomáceas entre os flocos de detritos 2-1 2-2 3-2 4-1 4-2 4-3 9-1 9-2 5-1 6-2 Amostra #5 Fig. 51: Bactérias filamentosas associadas a detrito; Amostra #6 Fig. 62: Filamentos de cianobactérias Amostra #7 Fig. 71: Presença de parVculados de coloração escura; Amostra #8 Fig. 82: Larva náuplio de copépodo 7-1 8-2 Poster # 47

Poster # 47 …de calor de arrefecimento dos hidrogeradores. Análises biológicas realizadas nas águas de refrigeração e nos resíduos coletados no interior das passagens do trocadores

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    Good

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    QUICK START (cont . )

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    ©  2013  PosterPresenta/ons.com          2117  Fourth  Street  ,  Unit  C                            Berkeley  CA  94710          [email protected]  

    O trabalho avalia a qualidade das águas que abastecem uma usina hidrelétrica para explicar o fenômeno de formação de biofouling que obstrui os trocadores de calor de arrefecimento dos hidrogeradores. Análises biológicas realizadas nas águas de refrigeração e nos resíduos coletados no interior das passagens do trocadores permitiram mostrar que o indesejável mecanismo de incrustação resulta de um processo de crescimento desordenado de multiplicação em colônias de micro-organismos após sua exposição a um processo de oxigenação que ocorre na caixa-caracol das turbinas hidráulicas. As análises biológicas revelaram a presença de cianobactéria filamentosa e a presença de bacilariofíceas agregadas ao material analisado (aumento de 400x), com agregado biológico nitidamente evidenciado (aumento de 600x).

    Resumo  

    Contexto  

    Conclusão      

    Similarmente, também as análises da lama coletada na bacia da torre de resfriamento (Figura 3) mostraram a abundante presença de diatomáceas e grãos de pólen, conforme claramente ilustram as imagens com amplificação de 400 vezes (Fig. 3-2). Nesta figura, observam-se sinais de reflorestamento na região. Evidências de sinais claros de presença de sílica (resíduos de água de superfície), que de certa forma contribui para a abrasão mecânica que, ao invés de obstruir, ajuda a limpar os trocadores calor.

    Referências  Bibliográficas  1.   M.N. Frota; E.M. Ticona; A.V. Neves; R.P. Marques; S.L. Braga and Valente G. title: On-line cleaning technique

    for mitigation of biofouling in heat exchangers: a case study of a hydroelectric power plant in Brazil. Journal title: Experimental Thermal and Fluid Science (2014) Vol. Vol. 53C,  pp. 197-206 Elsevier. http://dx.doi.org/10.1016/j.expthermflusci.2013.12.

    2.   J.R.C Azevedo Neto, J.J. Milon, E.M. Ticona, J.M. Ticona, S.L. Braga e M.F. Frota, Avaliação técnica e econômica da bioincrustação de trocadores de calor em sistemas de hidrogeração: a experiência da Usina Fontes Nova. XX SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica. 22-25 Novembro, 2009.

    3.   S.L. Braga, M.N. Frota, J.J Millón, E.M. Ticona, J.R.C.A. Neto, 26 June-1 July 2011, Hydrodynamic and thermal evaluation of fouling mitigation in hydro generators heat exchangers, 8th International Conference on Heat Transfer, Fluid Mechanics and Thermodynamics, Point Aux Piments, Mauritius Islands.

    4.   P.C.S. GARCIA, Tratamento de Água de Resfriamento, Beltz Dearborn Gerência de Marketing, 1997. 5.   C.E. Belz, O.S. Mader Netto, A.S. Silva, L.C. Freitas (Copel/PR), P.D. Borges e J. Duarte, Programa de

    avaliação e controle de espécies aquáticas invasoras na bacia do Rio Iguaçu, Paraná. Grupo de estudo de impacto ambiental do LACTEC/PR. XIX Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (XIX SNPTEE), 14 a 17 de Outubro, 2007, Rio de Janeiro, RJ.

    6.   A.W.S. Guarino, et al. Caracterização Limnológica do Reservatório de Ribeirão das Lajes, RJ. In: Congresso Brasileiro de Limnologia, 9, 2003, Juiz de Fora. Sociedade Brasileira de Limnologia, 2003.

    7.   E.A. Palermo, D. Kasper, T.S. Reis, S. Nogueira, C.W.C. Branco, and O. Malm, Mercury level increase in fish tissues downstream the Tucuri Reservoir, Brazil RMZ-Materials and Geo-enviroment, 51: 1292-1295. 2004.

    8.   M.M. Molisani, R. Rocha, W. Machado, R. Barreto, L.D. Lacerda, Mercury content in aquatic macrophytes from two reservoirs in the Paraíba do Sul-Guandú River system, SE, Brazil. Brazilian Journal of Biology, v. 66, n. 1a, p. 101-107, 2006.

    9.   M.N. Frota, (2011), Relatório Executivo #5 do Projeto Referência P&D OKE 06-07: Tecnologia de Tratamento de Água de Refrigeração da Usina Fontes Nova. P&D Light Energia, Ciclo 2006-2007. Usina Fontes Nova, Piraí, RJ.

    10.  M.A.S. Jerónimo, L.F. Melo, A.S. Braga, P.J.B.F. Ferreira and C. Martins, 1997, Monitoring the thermal efficiency of fouled heat exchangers: a simplified method, Thermal and Fluid Science, vol 14 (9), pp 455-463, doi.org/10.1016/S0894-1777(96)00146-X.

    11.  C.O.R Negrão, P.C. Tonin and M. Madi, Supervison of the thermal performance of heat exchanger trains. Applied Thermal Engineering, Vol 27 (2) (2007), pp. 347-357, DOI:10.1016/j.applthermaleng.2006.07.025.

    12.  M.C. Soares, M.M. Marinho, V.L.M. Huszar, C. W. C. Branco & S.M.F. Azevedo, The effects of water retention time and watershed features on the limnology of two tropical reservoirs in Brazil. Lakes & Reservoirs: Research & Management. Vol. 13 (4), (2008) 257-69, DOI: 10.1111/j.1440-1770.2008.00379.x.

    13.  C. W. C. Branco, B. Kozlowsky-Suzuki, I. F. Sousa-Filho, A. W. S. Guarino and R.J. Rocha, Impact of climate on the vertical water column structure of Lajes Reservoir (Brazil): A tropical reservoir case, Lakes & Reservoirs: Research & Management. 14 (2009) 175-191, DOI: 10.1111/j.1440-1770.2009.00403.x.

    Agradecimentos  Os autores agradecem ao apoio financeiro Light/Aneel pela oportunidade de desenvolver o P&D 07/2011, intitulado Tecnologias inovadoras de tratamento de água de refrigeração para combate ao indesejável fenômeno do biofouling em usinas hidrelétricas; ao grupo de pesquisa do Laboratório do Núcleo de Estudos Liminológicos do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que possui tradição em estudos das águas do Reservatório de Lajes e do Rio Paraíba do Sul, pelo apoio em frutíferas discussões e pelas análises biológicas realizadas. À CAPES, pela bolsa de mestrado ao mestrando Velfe Hollandino de Oliveira Junior que desenvolve sua pesquisa no tema do projeto. Programa de Pós-graduação em Metrologia para Qualidade e Inovação PósMQI/PUC-Rio http://www.puc-rio.br/metrologia Telefone: (55 21) 3527-1542

    As análises químicas foram realizadas como subsídio ao Projeto de P&D Light/Aneel Desenvolvimento Experimental Ref. 06/2007, que se desdobrou no P&D Light/Aneel 07/2011, intitulado Tecnologias inovadoras de tratamento de água de refrigeração para combate ao indesejável fenômeno do biofouling em usinas hidrelétricas [9]. Ambos os projetos estudaram as águas que abastecem a Usina Fontes Nova (cujas águas se originam do Reservatório de Lajes e do Rio Paraíba do Sul). Análises químicas e biológicas foram realizadas em incrustações (retiradas do interior dos trocadores de calor) e na água coletada no canal de fuga da Usina Santa Branca (SP). Além de fornecer informações sobre a água que abastece a Usina Santa Branca, as análises biológicas realizadas a partir de amostras de incrustações e da própria água coletada no nascedouro do Rio Paraíba do Sul cumpre um propósito específico: permitirá comparar a natureza dos micro-organismos que foram detectados na Usina Fontes Nova (cujas águas do Paraíba do Sul se misturam às águas do Reservatório de Lajes para alimentar as turbinas) com depósitos presentes na água do nascedouro do Rio Paraíba do Sul coletados na Usina Santa Branca. Conforme discutido no trabalho, os resultados das análises realizadas permitiram explicar a origem da indesejável formação de biofouling nos trocadores de calor utilizados no sistema de arrefecimento dos hidrogeradores em operação na Usina. A Figura 1 ilustra situações indesejáveis de incrustação nos dutos dos trocadores.

    1  Programa  de  Pós-‐Graduação  em  Metrologia  para  Qualidade  e  Inovação,  PósMQI,  mfrota@puc-‐rio.br  2  Usina  Fontes  Nova,  LIGHT,  Piraí,  RJ  

    Mauricio  N.  Frota  1,  Jaime  M.  Ticona  1,  Velfe  H.O.  Junior  1  e  Gilson  Valente  2    

    O  PAPEL  DA  QUALIDADE  DA  ÁGUA  EM  TROCADORES  DE  CALOR:  ESTUDO  DE  CASO  EM  SISTEMAS  DE  ARREFECIMENTO  DE  HIDROGERADORES    

     

    Introdução  A qualidade das águas que abastecem as usinas hidrelétricas constitui fonte permanente de preocupação não apenas de gestores públicos e de órgãos ambientais, mas, também, dos operadores de usinas para geração de eletricidade que fazem uso dessas águas em seus trocadores de calor utilizados para arrefecimento dos hidrogeradores [1-8]. A indesejável presença de resíduos e poluentes nessas águas pode causar danos de graves consequências ao sistema de hidrogeração, em particular aos equipamentos e dispositivos assessórios dos trocadores de calor do sistema de refrigeração dos mancais e outros dispositivos das turbinas e geradores à elas acoplados. Incrustações podem levar à obstrução quase total desses dispositivos, comprometendo, de forma drástica, a efetividade dos trocadores de calor [1,9-11].

    Figura  1  -‐  Incrustações  nas  tubulações  (2”e  6”)  adjacentes  à  estação  de  medição  de  vazão    

    §  Amostra #1: Água decantada retirada do interior dos dutos do trocador de calor ar-água; §  Amostra #2: Rastros de resíduos retirados (i) do espelho do trocador de calor ar-água (removidos por

    raspagem) e (ii) da tampa do coletor de fechamento do trocador; §  Amostra #3: Amostras de lama coletadas na bacia (leito) da torre de resfriamento; §  Amostra #4: Amostras de água coletadas no Rio Paraíba do Sul, a jusante do canal de fuga das turbinas; §  Amostras #5 a #8: Amostras para análise biológica Ano 1 do estudo; §  Amostra #9: Amostras para análise biológica Ano 2 do estudo.    

    Materiais  e  métodos:  Desenvolvimento  experimental  

    Procedimento  experimental:    resultados  e  discussão  As figuras 2 a 9 ilustram imagens tiradas através do microscópio ilustrando as análises realizadas, cujos resultados são discutidos no trabalho. Ilustram, em particular, evidências de que existe reflorestamento na região (Fig. 2-1). As análises da amostra#2 revelaram a presença de particulado inorgânico fino, e também de areia e de um número expressivo de carapaças de diatomáceas (Fig. 2-1) e de grãos de pólen de pinheiros (Fig. 2-2), cujos resíduos são de natureza mineral e vegetal. Já as figuras 4 a 9 confirmam a presença de algas, bactérias, filamentos associados a detritos, filamentos de cianobactérias e algas diatomáceas.

    Amostra  #2  -‐  Fig.  2-‐1:  ParVculado  inorgânico  fino  e  carapaças  de  diatomáceas  e                                                      Fig.  2-‐2:  Carapaças  de  diatomáceas  e  grãos  de  pólen  

    As análises biológicas realizadas permitiram mostrar que, embora “barrenta” e rica em resíduos minerais, a água originária do Rio Paraíba do Sul não pode ser responsabilizada pelas obstruções dos trocadores de calor, ao contrário, induzem a sua limpeza por abrasão mecânica. Já a água originária do fundo do Reservatório de Lajes ─ embora visualmente cristalina ─ possui a presença de micro-organismos anóxidos que se proliferam em colônias de reprodução rápida. Essas obstruções causam danos e perdas-de-carga (perdas de pressão) severas no sistema de refrigeração, levando quase que a sua obstrução total.

    Amostra  #3  -‐  Fig.  3-‐2:  Detalhe  do  grão  de  pólen  (aumento  de  400X)      

    Amostra  #4  -‐  Fig.  4-‐1:  Alga  do  gênero  Peridinium;  Fig.:  4-‐2:  Alga  Spyrogyra;                                                      Fig.  4-‐3:  Algas  diatomáceas  

    Amostra  #9  -‐  Fig.  9-‐1:  Bactérias  filamentosas  entre  os  detritos;                                                      Fig.  9-‐2:  Algas  diatomáceas  entre  os  flocos  de  detritos  

    2-1 2-2 3-2

    4-1 4-2 4-3

    9-1 9-2

    5-1 6-2

    Amostra  #5  -‐  Fig.  5-‐1:  Bactérias  filamentosas  associadas  a  detrito;      Amostra  #6  -‐  Fig.  6-‐2:  Filamentos  de  cianobactérias    

    Amostra  #7  -‐  Fig.  7-‐1:  Presença  de  parVculados  de  coloração  escura;    Amostra  #8  -‐  Fig.  8-‐2:  Larva  náuplio  de  copépodo    

    7-1 8-2

    Poster # 47