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PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL DIRETORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL PROPOSTA PEDAGÓGICA: PRÉ-ESCOLA E 1º E 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL BLUMENAU – SC – 2007

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAUSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTALDIRETORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

PROPOSTA PEDAGÓGICA: PRÉ-ESCOLA E 1º E 2º ANODO ENSINO FUNDAMENTAL

BLUMENAU – SC – 2007

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAUSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTALDIRETORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Responsáveis pelo estudo e elaboração:

OrganizaçãoElenir Bauer Blasius (Diretora de Educação Infantil)

Irene Debarba (Coordenadora de Alfabetização)

RevisãoCleusa Aparecida Fogaça da Silva (Coordenadora de Línguas)

Coordenadores de Área da SEMEDCelso Menezes (Coordenador de Ciências)

Cleusa Aparecida Fogaça da Silva (Coordenadora de Línguas)Irene Debarba (Coordenadora de Alfabetização)

Jovino Luiz Aragão (Coordenador de Matemática)Luciana Maria Mülhmann (Coordenadora de Ensino Religioso)

Maria Alice Barreto de Azeredo (Coordenadora de Artes)Miriam Splitter Hackbarth (Coordenadora de História e Geografia)

Nídia Celina Cizanosky (Coordenadora de Educação Física)

Supervisoras Pedagógicas RegionaisAna Cintia MüllerAngelita Perrony

Elizete Gomes NardiGraciana Maria Ern de Oliveira

Maike Hiemisch da SilvaRosa Maria Fabiciak Schimoller

Programa de Saúde EscolarCynara Rúbia Meurer Grahl (Coordenadora de Projetos da Saúde Escolar)

Centro Municipal de Educação AlternativaCharles Deni Belz (Coordenador de Educação Especial)

Viviane Belz (Professora Itinerante)

Educadores das Escolas e Centros de Educação Infantil da Rede Municipal

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAUSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTALDIRETORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

PREFEITOJoão Paulo Kleinubing

VICE-PREFEITOEdson Brunsfeld

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃOMaurici Nascimento

CONSULTOR TÉCNICO PEDAGÓGICOOsmar Matiola

DIRETORA DE ENSINO FUNDAMENTALMarli Campos

DIRETORA DE EDUCAÇÃO INFANTILElenir Bauer Blasius

DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIROIvo Ralf Bilaardt

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central da FURB_____________________________________________________________________

Blumenau (SC). Secretaria Municipal de Educação. B658p Proposta Pedagógica : Pré-escola e 1. e 2. ano do ensino fundamental / [organização do documento: Elenir Bauer Blasius, Irene Debarba]. - Blumenau : Prefeitura Municipal, 2007. 73 p. Inclui bibliografia.

1. Ensino fundamental – Blumenau (SC). 2. Ensino de primeiro grau – Blumenau (SC). I. Blasius, Elenir Bauer. II. Debarba, Irene. III.Título.

CDD: 372.981642_________________________________________________________

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................5

HISTÓRICO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NA ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA..................................................................................................6

ALFABETIZAR LETRANDO................................................................................................8

ORIENTAÇÕES GERAIS.....................................................................................................16

LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................................................18

MATEMÁTICA......................................................................................................................35

CIÊNCIAS...............................................................................................................................42

ESTUDOS SOCIAIS...............................................................................................................46

ARTES.....................................................................................................................................51

ENSINO RELIGIOSO...........................................................................................................58

EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................62

DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL....................................68

ANEXOS..................................................................................................................................71

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INTRODUÇÃO

Segundo o Ministério da Educação – MEC, a ampliação do Ensino Fundamental de oito para nove anos, tem como objetivo “[…] assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla.” (Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações gerais, MEC, 2001, p. 17).

A fim de atender a este objetivo, cabe reorganizar o Ensino fundamental tendo em vista não apenas o primeiro ano, mas sim toda a estrutura dos nove anos. Desse modo, entre outras ações, faz-se necessário redimensionar a Proposta Pedagógica, sem perder de vista a faixa etária de 6 (seis) anos, incluindo recursos humanos, organização do tempo e do espaço escolar, material pedagógico, entre outros.

Sabendo da importância de envolver o maior número possível de profissionais na discussão da Educação que se quer para crianças, adolescentes, jovens e adultos da Rede Municipal de Ensino de Blumenau, Secretaria de Educação e profissionais das Escolas e dos Centros de Educação Infantil da Rede Pública Municipal, organizaram-se para a elaboração de uma Proposta Pedagógica que seja referência no trabalho a ser desenvolvido nas turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos. Portanto, a proposta que segue é resultado do entrelaçamento de muitas contribuições e fruto de muitas mentes, muitas mãos.

Convém destacar que tal documento pretende servir de subsídio para o redimensionamento do Projeto Político Pedagógico, bem como para o planejamento da prática de sala de aula, não como instrumento que venha a engessar ou impossibilitar o avanço do trabalho docente.

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HISTÓRICO DO TRABALHO DESENVOLVIDO NA ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Diante do desafio de elaborar a Proposta Pedagógica, foram desencadeadas uma série de ações de como encaminhar os trabalhos. Os estudos e a sistematização foram coordenados pela Secretaria Municipal de Educação, através das Diretorias de Ensino Fundamental e Educação Infantil, pela Coordenadora do Programa de Alfabetização Irene Debarba e pela então Gerente de Desenvolvimento Infantil Elenir Bauer Blasius, em parceria com os Coordenadores de Área, Supervisoras Pedagógicas Regionais, Programa de Saúde Escolar, Centro Municipal de Educação Alternativa, Recreadoras, Professores de diferentes turmas/áreas, Coordenadores Pedagógicos, Diretores das Unidades Escolares e Centros de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Blumenau, durante o ano letivo de 2006.

Segue abaixo breve histórico das ações realizadas na sistematização da Proposta Pedagógica.

• 24 de março de 2006 – Durante a Formação Pedagógica oferecida pela Secretaria de Educação da Rede Municipal, aos professores que atuavam com as turmas de Pré-escola, 1º. ano e 1ª. série, a Coordenadora de Alfabetização e a Gerente de Desenvolvimento Infantil formaram uma comissão de estudo integrada - Educação Infantil e Ensino Fundamental - para estudo e sistematização da Proposta Pedagógica para as turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos.

• Março de 2006 – A Coordenadora de Alfabetização e a Gerente de Desenvolvimento Infantil enviaram aos diretores e coordenadores pedagógicos um documento solicitando sugestões de objetivos, conteúdos e metodologia a serem trabalhados com as turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do ensino Fundamental de Nove Anos.

• Março e abril de 2006 – Período de coleta das sugestões enviadas pela Rede Municipal de Ensino.

• Abril e maio de 2006 – Foram realizados encontros com os integrantes da comissão de estudo, no período noturno, organizados e assessorados pela Coordenadora de Alfabetização e pela Gerente de Desenvolvimento Infantil, objetivando agrupar e analisar as sugestões enviadas pelos Centros de Educação Infantil e Escolas da Rede Municipal a fim de organizar um documento único (síntese).

• 23 de junho de 2006 – A Coordenadora de Alfabetização e a Gerente de Desenvolvimento Infantil realizaram uma primeira reunião com os Coordenadores de Área da Secretaria Municipal de Educação, a fim de integrá-los na sistematização da Proposta Pedagógica. Neste encontro entregaram a cada participante a síntese das sugestões enviadas pela Rede, compiladas pela comissão de estudo e textos para leitura e aprofundamento teórico.

• 23 de junho de 2006 – A Coordenadora de Alfabetização e a Gerente de Desenvolvimento Infantil enviaram convite e material de estudo para o primeiro encontro dos integrantes da 2ª. comissão. Recomendaram a leitura de dois textos “As diversas Expressões e o desenvolvimento da criança na escola” de Ângela Meyer

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Borba e Cecília Goulart e “As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento” de Patrícia Corsino.

• 03 de julho de 2006 – Foram sistematizados os objetivos e conteúdos destinados às turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), pelos grupos de trabalho mediados pelos Coordenadores de Área da SEMED, assessorados pela Coordenadora de Alfabetização e pela Gerente de Desenvolvimento Infantil. Estes grupos foram compostos por professores de diferentes áreas, supervisoras pedagógicas regionais, integrantes do Programa de Saúde Escolar, integrantes do Centro Municipal de Educação Alternativa e demais integrantes da 2ª. comissão de estudo.

• 06 de Julho de 2006 – Foram sistematização os objetivos e conteúdos para as turmas de 1º. ano (foi mantida a mesma organização dos grupos).

• 10 de julho de 2006 – Foram sistematizados os objetivos e conteúdos para as turmas de 2º. ano (foi mantida a mesma organização dos grupos).

• Agosto e setembro de 2006 – análise e reestruturação do material produzido nas reuniões da 2ª. comissão de estudo, pelos Coordenadores de Área da SEMED.

• Agosto e setembro de 2006 – formação para os professores do 1º. ano e 1ª. série, organizada pela Coordenadora de Alfabetização.

• Setembro de 2006 - relatos de experiência destinados aos docentes que atuavam com turmas de Pré-escola, coordenados pela Gerência de Desenvolvimento Infantil.

• Setembro e outubro de 2006 – análise, avaliação e revisão da Proposta Pedagógica pela Coordenadora de Alfabetização e pela Gerente de Desenvolvimento Infantil.

• Novembro de 2006 – Entrega do documento para apreciação das Diretorias de Educação Infantil, Ensino Fundamental e da então Secretária Municipal de Educação da Rede Municipal de Ensino de Blumenau.

• Dezembro de 2006 e fevereiro de 2007 – Leitura e aprimoramento da Proposta, pelos Coordenadores de Área, com base nas considerações realizadas pela então Secretária de Educação.

• Fevereiro de 2007 - entrega do documento final para apreciação das Diretorias de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Secretário Municipal de Educação, Secretário Adjunto e Gerência de Administração Escolar.

• Fevereiro de 2007 – Leitura e revisão final da Proposta Pedagógica pela Coordenadora de Alfabetização e pela Coordenadora de Línguas.

• Março de 2007 – Envio da Proposta Pedagógica às Escolas, Centros de Educação Infantil, ONGs e Creches Domiciliares ligadas à Rede Municipal de Ensino de Blumenau.

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ALFABETIZAR LETRANDO

Irene DebarbaCoordenadora de Alfabetização

Para nós, o que é alfabetização?

A primeira coisa a clarear é a de que o principal instrumento de comunicação utilizado pelas mais variadas comunidades mundiais, em todos os tempos, é a fala. Esta tem sido a forma mais usada para se comunicar, independente de fatores sócio-econômicos e culturais. Havelock afirma que “O hábito de usar símbolos escritos para representar essa fala é [...] um dispositivo útil que tem existido há pouco tempo para poder ter sido inscrito em nossos genes [...].” (apud GRAFF, 1994, p. 38).

Tais considerações nos possibilitam perceber a alfabetização como um fenômeno historicamente construído muito tempo depois da evolução e desenvolvimento da “arte de falar”, na e pela dinâmica e complexa relação indivíduo/sociedade. Sem sombra de dúvida, a relação entre sujeito e este novo objeto do conhecimento, construído em decorrência dos desafios tecidos no desenrolar da história, como indivíduo e como membro de um grupo, foi constantemente mediatizada.

Desde a fase pictórica1 que é caracterizada pela escrita através de desenhos ou pictogramas, passando pela fase ideográfica, que se caracteriza pela escrita através de desenhos especiais chamados de ideogramas, até a evolução destes, que com a perda dos traçados mais representativos das figuras retratadas, originaram a fase alfabética, percebe-se uma longa jornada, que não teria tido êxito, não fossem as interações sociais.

Entendemos então, alfabetização, primeiramente como uma conquista humana, decorrente das suas necessidades e esforços coletivos, sendo necessário tempo e superação de limites para chegar aos sistemas de escrita que temos atualmente, podendo ser, segundo Cagliari, divididos em dois grandes grupos: “Os sistemas de escrita baseados no significado (escrita ideográfica) e os sistemas baseados no significante (escrita fonográfica).” (2001, p. 114).

E quanto à alfabetização individual, como a entendemos? Compreendemos a alfabetização como um processo ativo que pode ser iniciado logo após o nascimento da criança, pois, em muitos lares, desde cedo, as diversas linguagens, entre elas a simbólica, são apresentadas à criança, passando a fazer parte de seu cotidiano. À medida que estabelece contato, vai elaborando conceitos e desenvolvendo habilidades necessárias no domínio do sistema de escrita.

No entanto, é importante compreender que a evolução desse processo, assim como a possibilidade de vir a ler e escrever eficientemente, se dá de forma diferente de sujeito para sujeito. Nesse processo interferem fatores culturais, econômicos, sociais, psicológicos, físicos, entre muitos outros.

Mas, o que não podemos deixar de destacar é o fato de que para se alfabetizar precisamos, inegavelmente, do outro. Ninguém se alfabetiza sozinho! Algumas crianças apresentam uma facilidade notável, vindo a ler e escrever antes mesmo de freqüentar os Centros de Educação Infantil ou Escolas, no entanto, é com as informações que vão recebendo e colhendo nas interações sociais, no meio em que vivem, que lhes é possível apropriar-se da leitura e da escrita.

1 Vide história da escrita em: Cagliari, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. São Paulo: Scipione, 1991, p.106.

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Ouvem uma informação aqui, outra acolá e, com o passar do tempo, estímulo, vivência e interesse, montam o quebra cabeça. Se o mero contato visual ou o manuseio de materiais ou objetos contendo conteúdos impressos determinasse o êxito na alfabetização, em sociedades grafocêntricas, isto é, aquelas em que a escrita conquistou importante espaço e função social no cotidiano das pessoas, não haveriam analfabetos.

Então, é preciso ter mais que oferta de materiais. É necessário contar com mediadores que façam a ponte entre o sujeito e o sistema de escrita, fornecendo, paulatinamente, pistas importantes. Podemos classificar como mediadores, não somente pessoas, mas também os inúmeros meios de comunicação, brinquedos educativos, computadores, entre outros.

Assim sendo, quanto mais recorrentes, diversificadas e ricas as oportunidades de interagir com o mundo da escrita, dos números, das imagens, geralmente maiores também as possibilidades de construir conceitos rumo à alfabetização.

Este é um dos motivos pelos quais chegam às turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos, crianças com conhecimentos tão distintos sobre a escrita convencional. Enquanto umas já lêem, outras reconhecem apenas alguns nomes de familiares, e outras ainda, desenham raras letras e assemelhados, na presença de modelos, sem identificá-las, sem falar nas que nos dão a falsa impressão de nada saberem sobre este misterioso mundo.

Outro fator que justifica conhecimentos tão distintos é a diferença de idade entre as crianças que freqüentam a mesma turma, chegando muitas vezes a quase um ano de diferença, devido à data estipulada para ingresso no Ensino Fundamental de Nove Anos de duração.

Atualmente, basta alfabetizar? Ou é preciso letrar?

Essa é uma discussão que vem desencadeando pesquisas e alimentando debates nos últimos tempos. O fato é que mudanças muito bruscas decorrentes das aceleradas inovações nas áreas industrial, tecnológica, científica, entre outras, têm afetado o modo de viver das pessoas, modificando conseqüentemente a organização e o funcionamento da sociedade como um todo.

Nesse cenário de mudanças, é impossível não perceber a importância que se vem concedendo, em escala cada vez mais crescente, ao mundo dos símbolos. Em todos os lugares, a todo instante, estamos rodeados por informações expressas por meio de letras, números, sinais, desenhos, mapas.

Assim sendo, para desempenhar desde as mais simples atividades cotidianas às mais complexas, precisamos ler, interpretar, compreender, escrever com autonomia. Outro fato inegável é a expansão do mundo digital. Já se fala em analfabetos digitais, quando ainda não superamos os desafios relacionados à democratização do ensino e à apropriação da língua escrita.

Hoje em dia, locomover-se, trabalhar, ir ao supermercado, quitar contas, fazer a contabilidade doméstica, possuir uma conta bancária, registrar reclamações em setores públicos, viajar, entre outras tantas atividades rotineiras, requer eficiência e autonomia tanto na leitura quanto na escrita, como também no manuseio de equipamentos eletrônicos.

No entanto, quantas pessoas sabem ler, sabem escrever, mas assinam contratos sem compreendê-los, não sabem preencher uma folha de cheque ou controlar uma conta corrente, se intimidam mediante a tarefa de redigir um curriculum vitae, encontram dificuldade para usufruir os serviços oferecidos em caixas eletrônicos, não conseguem compreender e executar instruções contidas em bulas de remédios, manuais. É por isso que apenas ler e escrever, sem o desenvolvimento de competências, habilidades, comportamentos exigidos no trato com o mundo dos signos, cada vez mais presente e de forma mais complexa, não estão assegurando

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às pessoas êxito, autonomia e segurança no desempenho das atividades em que o domínio da escrita se faz necessário.

Portanto, não nos resta dúvida de que na escola, importante agência de letramento, primeiramente “[...] é necessário reconhecer que alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais […]” (SOARES, 2004, p.20) Além disso, é relevante compreender que temos que ir muito além do domínio do código escrito. Nosso desafio se constitui em “alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela integração e articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita [...].” (SOARES, 2004, p.22).

E quanto ao professor alfabetizador, qual seu papel?

Se analisarmos a alfabetização de um modo simplista, fundamentando-se na corrente psicológica associacionista, por exemplo, consideraremos o processo de alfabetização como algo externo ao sujeito, sendo concebido como pura associação mecânica entre estímulos visuais e sonoros. Segundo esta visão, os treinos, as repetições, a cópia é que contam, e muito! Então, cabe ao professor seguir as lições do livro didático ou mesmo de seu planejamento, administrando às crianças, doses de letras, sílabas, frases, palavras... das mais simples às mais complexas e “alfabetizar” não terá mistério nenhum! Das crianças é esperado que observem e ouçam a explicação do professor, copiem, sigam o modelo, treinem, repitam, decorem, reproduzam ... e aprendam a ler... a escrever. Quem não conseguir acompanhar, por vezes é classificado, sem uma avaliação criteriosa, dentro de uma das alternativas que procuram justificar o insucesso, entre elas, as mais freqüentes: lentidão, imaturidade, problemas emocionais ou mesmo de aprendizagem, falta de interesse, preguiça, família desestruturada, pais analfabetos...

Não estamos, com isso, negando a existência de problemas que interferem no processo de alfabetização. O que condenamos são os freqüentes e superficiais “achismos” que podem esconder causas diversas, entre elas, a inadequação da proposta pedagógica alfabetizadora.

Com relação aos métodos, sabemos que durante muito tempo, no Brasil, as pesquisas na área da alfabetização voltaram-se principalmente a uma pergunta: Como se deve ensinar a ler e escrever? Com o intuito de responder a esse questionamento, pesquisadores, educadores e professores ocuparam-se com a questão “como se ensina”, privilegiando, desse modo, o método ideal.

As pesquisas de Emilia Ferreiro e colaboradores provocaram surpreendentes avanços nesse processo. Deslocando a investigação de “como se ensina” para “como se aprende”, Ferreiro descobriu e descreveu a psicogênese da língua escrita. A partir desse avanço teórico, possibilitaram-se ações pedagógicas repensadas, fundamentalmente elaboradas a partir do conhecimento de como se constrói a escrita. No entanto:

Como conseqüência de o construtivismo ter evidenciado processos espontâneos de compreensão da escrita pela criança, ter condenado os métodos que enfatizavam o ensino direto e explícito do sistema de escrita e, sendo fundamentalmente uma teoria psicológica, e não pedagógica, não ter proposto uma metodologia de ensino, os professores foram levados a supor que, a despeito de sua natureza convencional e freqüentemente arbitrária, as relações entre a fala e a escrita seriam construídas pela criança de forma incidental e assistemática [...]. (SOARES, p.21, 2004).

Em decorrência de alguns equívocos de compreensão e transposição didática, muitas vezes, temos presenciado no cotidiano escolar brasileiro, práticas bastante extremistas. Por

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um lado, verificamos uma supervalorização das atividades de letramento, em detrimento do ensino direto, sistemático e elaborado do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita, por outro, ainda observamos o emprego de métodos “tradicionais” que se voltam, predominantemente, para o ensino e a aprendizagem do sistema de escrita (codificação e decodificação).

Outro fato, bastante presente, é a insegurança de parte dos alfabetizadores frente à tarefa de obter êxito na alfabetização em turmas cada vez mais heterogêneas. Esta realidade tem originado uma série de problemas relacionados à alfabetização no contexto brasileiro, denunciados em pesquisas tanto estaduais quanto nacionais.

De tudo isso, podemos tirar algumas lições: a primeira diz respeito à não existência de um método infalível. Também se pode, com facilidade, verificar na prática de sala de aula que o que dá certo com algumas crianças pode não funcionar com outras. Outro aprendizado relaciona-se às práticas extremistas, que privilegiam apenas uma face da alfabetização: ou a codificação e decodificação ou o letramento. Elas devem ser evitadas. Além disso, não dá mais para ignorar os avanços relacionados à lingüística, à psicolingüística, entre outras áreas, e a importância de se trabalhar com o texto como unidade de sentido, e não com letras, sílabas e palavras sem nenhum significado para o aluno. Desse modo, cada vez mais se ouve falar sobre a necessidade de se trabalhar com distintos gêneros discursivos, restituindo à escrita, à leitura, funções que não somente a de alfabetizar. Então, nas turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano, não cabem mais textos totalmente idealizados com a única finalidade de ensinar uma nova letra, ou som, ou sílaba.

Resumindo, precisamos ensinar às nossas crianças que há várias formas de representação gráfica, isto é, vários tipos de alfabeto. Mas não precisamos dosar o ensino do alfabeto iniciando pelas vogais, nem tampouco precisamos fazer com que aprendam todos os tipos de letras até o 2º. ano. Quanto ao tipo de letra a ser utilizada, sabemos que a script é a mais fácil para a criança. Com relação a este assunto, Cagliari, Dr. em Lingüística, esclarece:

A escrita de forma é muito mais fácil de aprender e reproduzir que a cursiva. Além disso, é a escrita de forma que mais aparece nos livros (exceto nas cartilhas...). A escrita cursiva tem um uso muito particular, individual, mesmo nos dias de hoje. É de difícil leitura e exige um domínio perfeito dos movimentos para a sua realização, o que representa um esforço muito grande por parte das crianças, que nem sequer conseguem segurar o lápis e controlá-lo com facilidade. (2001, p. 97-98).

Também afirma o mesmo estudioso, que “Além disso, o sistema de escrita cursivo é o mais complicado dos sistemas de escrita que existem no mundo [...]”. (p. 98). E mais adiante conclui que, “Sem dúvida, a escrita cursiva é importantíssima, fundamental na nossa cultura, mas não [...] parece ser a maneira mais adequada de ensinar alguém a escrever”. (p. 98).

Além do alfabeto, cabe conceituar sílaba e exemplificar como as sílabas podem originar palavras distintas quando reorganizadas. Sem sombra de dúvida, temos que trabalhar frases, textos diversos ensinando como proceder ao final da linha, quando o espaço existente não é suficiente para concluir a palavra. Também cabe dizer às crianças que as letras possuem sons e que algumas delas, possuem mais que um. Os sinais de pontuação devem integrar os alfabetos móveis e fazer parte das atividades desde o início do ano letivo, já nas turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso). Estes são apenas alguns dos conteúdos a serem mobilizados em sala. Sabe por quê? Porque a escrita é realmente um sistema complexo, convencional e arbitrário. Por isso, cabe ao professor alfabetizador mostrar como funciona, quais suas regras, suas particularidades. No entanto,

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isso deve acontecer de modo atraente, agradável, criativo, coerente, lúdico, prazeroso e adequado à faixa etária, conhecimentos, habilidades e necessidades das crianças.

Com este fim, os livros didáticos, de peças fundamentais passam a se constituir em mais um material de consulta, pesquisa, leitura, recorte ... E a multiplicidade de textos existentes na sociedade adentra a sala de aula sem nenhuma timidez. E quanto à escrita de textos, eles fazem parte do cotidiano da criança, mesmo que ela não saiba escrevê-los de forma convencional, pois sabe organizá-los mentalmente, sabe registrá-los segundo suas hipóteses. Por isso, a escrita espontânea, aquela que a criança produz sem intervenção, de acordo com os conhecimentos de que dispõe sobre o sistema de escrita, deve ser uma prática constante em sala de aula. Deve ainda se constituir em uma das possibilidades de coletar dados sobre a forma como cada criança vem concebendo a escrita, para em seguida, planejar atividades apropriadas. Estas podem ser coletivas, de grupo, dupla. Por vezes, são as mesmas para toda a turma, outras vezes são diversificadas, dependendo dos objetivos estipulados pelo professor, que trabalha com base no profundo conhecimento que possui da turma/aluno.

Para realizar esse tipo de trabalho, necessitamos de professores que, além de conhecimento, comprometimento, experiência e identificação com a tarefa de alfabetizar, alarguem continuamente seus conhecimentos sobre lingüística, psicolingüística, sociolingüística, psicologia... E para além disso, que se proponham a repensar freqüentemente sua prática, de modo a perseguir o objetivo de atingir a todos os alunos, nem que para isso, tenham que lançar mão de métodos e estratégias variados, porém, com segurança e intencionalidades bem definidas. Leitor, escritor, mediador, observador, afetivo, pesquisador, flexível, estudioso, são sem sombra de dúvida, algumas das características de um bom alfabetizador.

Crianças das turmas de Pré-escola, 1º. e 2º. ano: tudo a mesma coisa?

Quando as crianças chegam às turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos, trazem consigo, resultante das múltiplas interações sociais estabelecidas, um vasto repertório de experiências adquiridas ao longo de seus primeiros anos de vida, tanto na escola, quanto fora dela. Parte destas experiências são semelhantes, e até próprias do período comum vivenciado. Outras se diferenciam, por vezes, drasticamente, influenciadas por aspectos culturais, econômicos, sociais, étnicos, religiosos, entre muitos outros.

Por isso, as turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano não podem ser concebidas de modo padronizado. Este fato se comprova ao analisarmos, a título de exemplo, duas turmas de 1º. ano, de uma mesma escola, compostas com crianças da comunidade local. Não necessitaremos de muito tempo para constatar semelhanças, mas também diferenças significativas nas atitudes, no comportamento, na forma de lidar com os fatos e com as pessoas, no conhecimento já adquirido com relação à leitura e a escrita, que as turmas apresentam entre si. Se quisermos nos aprofundar um pouco mais, avaliando cada criança, por meio de estratégias diversas, perceberemos diferenças ainda mais evidentes e relevantes ao planejamento pedagógico.

Realidades diferentes resultam em concepções, valores, atitudes e conhecimentos também diferentes. São estes esclarecimentos que teremos que ter em mente antes de classificar as crianças em ótimas, médias e fracas. Também não podemos deixar de levar em conta as suas diferenças cognitivas, psicológicas, emocionais, físicas, sob pena de cometer grandes injustiças, rotulando, comparando nossas crianças, como se todas fossem ou pudessem vir a ser iguais. Não são, não serão, por razões inerentes ao ser humano, e não porque não o querem. Por isso, uma criança só pode ser comparada com ela mesma a fim de observar sua evolução, sua trajetória.

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Então, como ignorar o perfil de cada turma, a realidade de cada criança, o que elas já sabem, o que necessitam aprender, o que desejam saber, desprezando dados tão importantes? Proceder desta forma, nos parece bastante equivocado. Também equivocados são os papéis geralmente assumidos pelo livro didático, pelo método, pelo currículo, no planejamento das aulas, quando se desconhece o potencial humano com o qual se está trabalhando. Nesses casos, o conteúdo segue, parte das crianças também, porém, algumas ficam à margem, sentindo-se incapazes de acompanhar as demais. Pior que isso, algumas vezes, taxadas de incapazes, pelos próprios professores.

Mediante tantas diferenças, o que fazer? A primeira coisa que devemos fazer é nos situar, munindo-nos de todas as informações

possíveis sobre nossa turma, para podermos planejar a partir da realidade da turma e não do que determinam os livros, os planejamentos amarelados, a professora mais experiente.

Para tanto, lançaremos mão de variados procedimentos investigativos, tais como as dramatizações, os jogos, as brincadeiras, os registros, a narração de histórias e fatos, a dança, a música, a leitura, a conversa com os pais, entre outros, para coletar o maior número de informações possíveis a fim de caracterizar nossa turma, nas mais diversas dimensões, entre elas a corpórea, cognitiva, social, econômica, psicológica, cultural, tomando cuidado para não supervalorizar conhecimentos priorizados pela escola (conhecimento das letras, dos números...).

Pensando assim, é importante observar em cada criança da turma, uma série de questões, tais como: anda com firmeza? Ao se locomover, esbarra em móveis ou pessoas? Sabe pular corda? Tem ritmo? Como se situa no espaço e tempo? Comunica-se com facilidade? Apresenta troca, omissão ou supressão de letras na linguagem oral? Demonstra apatia, timidez, agressividade? Como se comporta frente aos desafios? Tolera frustrações? Sabe lidar com os conflitos? Sabe esperar sua vez, dividir brinquedos, materiais? Reconhece números, letras? O que pensa da escrita? Participa de eventos de letramento em casa? Aprecia a leitura de literaturas? Lê imagens, textos? Apresenta algum tipo de doença ou necessidade educativa especial? (baixa visão ou audição, síndromes, doenças físicas, mentais, etc.) Em caso afirmativo, como se comporta perante os demais e como é vista, tratada pelo grupo? Estas são apenas algumas das questões que podem ser observadas a fim de melhor conhecer a turma com a qual trabalharemos durante um ano.

Nessa tarefa, convém destacar a importância dos registros durante todo o processo de mapeamento das potencialidades, das limitações, das possibilidades e das dificuldades peculiares à turma, a cada criança em particular. Dá trabalho, sem dúvida, porém, esse período investigativo, longe de se constituir em perda de tempo, fornecerá as informações necessárias para realizar um bom planejamento pedagógico. A partir dessa avaliação diagnóstica inicial será possível elaborar um planejamento que faça sentido, prevendo como passos subseqüentes a intervenção pedagógica, a observação criteriosa, a coleta de dados, a avaliação diagnóstica e os planejamentos subseqüentes.

Como proceder quando as crianças falam errado?

Uma das primeiras coisas que fica evidente, na criança, ao freqüentar a escola, é seu modo de falar, ou seja, seu repertório lingüístico. Geralmente as crianças entendem e falam a língua portuguesa com desembaraço nas mais distintas situações do seu cotidiano. Ao se

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comunicarem, revelam diferenças no modo de dizer as coisas, em decorrência das regras próprias dos seus dialetos, espelho das comunidades lingüísticas no qual se encontram inseridas. No entanto, esses diferentes modos de falar não podem ser considerados errados. Nem tampouco podemos expor essas crianças a situações vexatórias. Importa, pois, mostrar a elas, por meio de situações e estratégias adequadas, a variação dialetal, assim como a existência de uma língua padrão, dotada de mais prestígio e aceitabilidade. É importante conhecê-la, saber como funciona. Também é importante saber que em diferentes contextos, em situações distintas, utilizam-se diferentes discursos. Por exemplo, bater um papo numa roda de amigos dispensa algumas formalidades que se farão necessárias ao estabelecermos um diálogo com uma autoridade da área médica.

Falar é realmente importante? Como entendemos a linguagem? Em contextos educacionais em que o professor está na sala para transmitir o

conhecimento e, o aluno, para assimilá-lo passivamente, observa-se que a voz do professor predomina. Às crianças, são reservados alguns minutos para contarem novidades, responderem questionamentos ou fazerem alguma pergunta. Também se admite que relatem fatos importantes, ocorridos na escola, desde que não sejam fofocas. Muitas vezes, para economizar tempo, pede-se aos alunos que respondam em coro.

No entanto, sabemos que nos contextos de sala de aula, em que o monólogo impera, mata-se a individualidade, restringem-se as possibilidades de tirar dúvidas e, conseqüentemente, de avançar na compreensão e apropriação do conhecimento. Nega-se o direito de enriquecer o vocabulário, a organização do pensamento, da argumentação,

Bakhtin (1997), importante filósofo da linguagem, enfatiza que nos constituímos, assim como as experiências, na e pela linguagem. Segundo ele, a linguagem é um fenômeno social, histórico, e, por isso mesmo, ideológico. Conseqüentemente, neutralidade não é uma de suas características constitutivas. A relação entre linguagem/pensamento/mundo não se concretiza de forma direta, linear, sem equívocos, opacidade, transparência. Quanto ao sentido da palavra, é determinado por seu contexto. Dessa forma, a significação é o efeito da interação do locutor e do receptor.

Esta acepção destaca o importante papel das interações sociais no forjamento dos sujeitos, dos sentidos, de suas histórias, tanto individuais quanto de grupo. Desse modo, se a linguagem possui um papel tão relevante na constituição do ser humano e do seu conhecimento, porque ainda monopolizamos a possibilidade de expressão?

É também com Bakhtin que vamos aprender que além da necessidade de instaurar um clima dialógico na sala de aula, ou seja, permitir que o diálogo seja uma constante, devemos favorecer a circulação de muitas vozes (polifonia), abrindo possibilidade para que haja embate de opiniões, divergências, diferentes pontos de vista em circulação, ao mesmo tempo (polissemia). Estes procedimentos se constituem em imbatíveis ferramentas para potencializar o desenvolvimento humano, quando valorizados e bem encaminhados.

Porém, há os que pensam que crianças não têm conhecimento lingüístico para tal. Com certeza não possuem a mesma competência dos pré-adolescentes, adolescentes e adultos. No começo, “economizarão palavras”, por falta de experiência, vocabulário insuficiente, necessidade de ampliar as capacidades de análise, síntese, ponderação, argumentação, articulação de idéias... O que não podemos esquecer é que essas competências são construídas e não adquiridas. Portanto, quanto mais cedo forem estimuladas, mais cedo se desenvolverão, beneficiando o desenvolvimento global das crianças.

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REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. (V. N. Volochívov). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 8. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1997.Cagliari, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. São Paulo: Scipione, 1991, p.106.GRAFF, Harvey J. Os labirintos da alfabetização: reflexões sobre o passado e o presente da alfabetização. Tradução: Maria L. M. Abaurre. Porto Alegre: Artes Medidas, 1994.SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. Pátio: revista pedagógica, Porto Alegra: RS, n. 29, p. 18-22, fev./abr. 2004.

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ORIENTAÇÕES GERAIS

Consideramos importante apresentar algumas orientações gerais que norteiem o trabalho pedagógico a ser desenvolvido com as turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos.

• Vale lembrar que a obrigatoriedade do ingresso da criança com seis anos no Ensino Fundamental e a extensão do mesmo para nove anos de duração, merece ser compreendida como a ampliação do tempo e não simplesmente como antecipação do conteúdo.

• Frisamos que os conteúdos apresentados servem de referência para o trabalho a ser realizado. No entanto, para saber por onde começar em cada turma/ano, é necessário lançar mão do perfil de turma (diagnóstico), a fim de planejar posteriormente uma intervenção qualificada, que atenda as necessidades, interesses e favoreça as possibilidades das crianças, como também permita ampliação e diversificação do que elas já sabem.

• Salientamos a importância de se organizar na sala da Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), do 1º. e 2º. ano, espaços de aprendizagens diferenciados (espaços temáticos: leitura e escrita, arte, pesquisa e curiosidades, jogos e brinquedos…), como também variar a disposição do mobiliário e a organização das carteiras ou mesas, priorizando trabalhos de grupo.

• Consideramos de suma importância utilizar uma metodologia que contemple todas as vias de entrada do conhecimento, bem como priorize as interações sociais. Para tanto, ao ser realizado o planejamento, faz-se necessário incluir freqüentemente atividades que envolvam a visão, a audição, o paladar, o olfato, o tato, pois a experimentação, a imitação, a imaginação, o lúdico, o corpo e o diálogo assumem importante papel nesta faixa etária, bem como nos processos de alfabetização e letramento.

• Sugerimos que sejam contemplados no planejamento, conteúdos conceituais, procedimentais (saber fazer, aplicação do aprendido no dia-a-dia) e atitudinais (valores, normas e atitudes).

• Salientamos a necessidade de se utilizar diversas tecnologias, entre elas, retroprojetor, computador, vídeo, DVD, máquina fotográfica, gravador como recursos para enriquecer e dinamizar as atividades propostas em todas as áreas do conhecimento. Quanto ao uso do mimeógrafo, sugere-se que seja utilizado com moderação para reproduzir textos ou atividades, desde que não venha a homogeneizar ou estereotipar o trabalho das crianças.

• Recordamos que a oralidade antecede a escrita, assim como a leitura de mundo, das imagens a leitura das letras. Escutar atentamente as crianças, dando atenção ao que elas dizem ou não, nas mais variadas manifestações (fala, gestos, choro, silêncio, sorriso…), torna-se de fundamental importância para fazer da sala de aula um espaço dialógico e interativo.

• Entendemos que a alfabetização e o letramento se constituem em processos. Cabe ao professor, conhecedor dos caminhos percorridos na apropriação da leitura, da escrita e seus usos sociais, organizar uma ação pedagógica que leve em conta as necessidades, tanto coletivas quanto individuais, recorrendo a um planejamento que atenda a heterogeneidade da turma, tomando como referência a avaliação processual para saber o que cada um já sabe, o que quer e o que precisa saber.

• A escrita espontânea, aquela que a criança produz sem intervenção, de acordo com o seu nível conceitual, deve ser uma prática constante em sala de aula, bem como se

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constituir em uma das possibilidades de coletar dados sobre a forma como cada criança vem concebendo a escrita, para em seguida, planejar atividades apropriadas.

• A leitura e a escrita de textos deve fazer parte do cotidiano da criança, mesmo que ela não saiba ler e escrever de forma convencional, sabe ler à sua maneira e organizá-los mentalmente, sabendo também registrá-los segundo suas hipóteses.

• Consideramos relevante orientar as crianças das turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), 1º. e 2º. ano, quanto ao traçado convencional das letras, mostrando-o passo a passo.

• Recomendamos que as crianças das turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), utilizem inicialmente a letra script maiúscula para efetuar registros. Com o decorrer do tempo e de acordo com suas possibilidades, incluir letra script minúscula.

• Recomendamos adotar a letra script no trabalho realizado com 1º. ano. • Recomendamos que inicialmente, com crianças das turmas de Pré-escola (crianças que

completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), e se necessário, de 1º. ano, seja utilizado papel sem pauta para escrever. Progressivamente, de acordo com seus conhecimentos e habilidades, introduzir linhas (folhas elaboradas pelo professor), em que o espaçamento entre elas diminua gradativamente, até chegar ao caderno. Quanto ao uso do caderno, a criança precisa de ajuda para compreender sua função, importância e organização. Este conhecimento será construído no dia-a-dia, tendo o professor como mediador constante (orientador).

• Recordamos que nas turmas de Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso), teremos, principalmente, crianças com cinco e seis anos, nos primeiros anos, crianças com seis e sete anos, assim como nos segundos anos, crianças com sete e oito anos. Desse modo, a diferença de idade e a singular trajetória de cada criança, impõem a necessidade de, a partir do diagnóstico de turma, planejar atividades que venham promover o avanço de todas as crianças, considerando as possibilidades e especificidades de cada uma, exigindo muitas vezes, desenvolver trabalhos diferenciados numa mesma turma.

• Quanto à avaliação a ser realizada, esta deve ser diagnóstica, processual, formativa sendo registrada da seguinte forma:

descritiva, semestral, sem caráter de retenção na Pré-escola (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso);

descritiva, trimestral, sem caráter de retenção na turma de primeiro ano do ensino fundamental de nove anos;

trimestral, expressa em notas de zero (0,0) a dez (10,0), tendo como média mínima dois (2,0) nas turmas de segundo ano em diante.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A concepção sócio-interacionista de linguagem, leva a entender que mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de comunicação, a linguagem é o produto da interação do sujeito com o mundo e com os outros.

O sujeito que utiliza a língua é alguém que interfere na constituição do significado do ato comunicativo. Essa relação entre o lingüístico e o social precisa ser considerada no estudo da língua. O discurso, materializado na forma de um texto, vai permitir a análise desse fenômeno. Essa concepção está presente na teoria sobre os gêneros discursivos de Bakhtin (1979).

A elaboração de uma proposta de conteúdos para o ensino da Língua Portuguesa requer antes de tudo uma reflexão sobre que concepção de mundo, de homem e de conhecimento fundamenta as relações cotidianas. Repensar essa proposta implica em considerar a realidade, pois ela vai determinar a maneira como se dará nossa prática pedagógica.

É necessário compreender a função social da escola para propiciar à criança a compreensão da realidade como produto das relações sociais que o homem produziu a partir de suas necessidades. Para suprir suas necessidades o homem produz objetos e meios de sobrevivência. A linguagem é uma dessas produções.

Pensar o ensino da Língua Portuguesa, que propicie à criança o domínio das atividades de fala, leitura e escrita compreende também realizar uma ação reflexiva sobre a própria linguagem. Esse pensar envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da linguagem (organização gramatical), quanto a compreensão da realidade social e histórica (variação lingüística). A apresentação de conteúdos essenciais pretende servir como orientação à prática da sala de aula e desencadeador de possíveis reflexões e aprofundamento do estudo referente à linguagem.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralOportunizar gradativamente múltiplas possibilidades de interação com os vários gêneros

textuais, orais e escritos, de usos, finalidades e intenções diversas, aguçando a curiosidade e o desejo de aprender, visando à construção de conhecimentos no processo de aquisição e uso das diferentes linguagens.

Objetivos Específicos• Aprender, progressivamente, a ouvir, esperar sua vez, respeitar a fala do outro.• Organizar oralmente, com ajuda, idéias em seqüência lógica.• Escutar, produzir e reproduzir sons diversos (instrumentos musicais, vozes humanas e

de animais, ruídos...).• Contar histórias, notícias, fatos, vivências.• Ampliar o vocabulário.• Lançar hipóteses na diferenciação dos gêneros textuais (texto informativo, literário,

instrucional).• Ler, compreender e interpretar contextos que apresentam diferentes linguagens

(imagens, gestos, expressões faciais, sons).• Reconhecer fatos, personagens e situações em histórias lidas, contadas, vídeos.

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• Avançar na construção de significados, enriquecendo sua capacidade expressiva, utilizando várias linguagens (oral, escrita, corporal, plástica, musical, visual).

• Expressar, em pequenos e grandes grupos, sentimentos, vontades, necessidades e curiosidades.

• Familiarizar-se com a escrita (script maiúscula e minúscula), por meio do manuseio de livros e outros portadores de textos, bem como em vivências de situações em que seu uso se faça necessário.

• Reconhecer o seu nome escrito, identificando-o nas diversas situações cotidianas, observando e analisando sua composição, percebendo a variedade e a quantidade de letras e sons que o compõem.

• Identificar, progressivamente, letras e seus valores sonoros.• Apropriar-se, durante o ano, da escrita do nome completo.• Participar ativamente na elaboração de textos coletivos.• Ilustrar livros, textos, cartazes, panfletos.• Escrever textos espontâneos, de acordo com seu nível conceitual de escrita,

individualmente, em dupla, grupo.

Oralidade (fala/escuta)

Conteúdos

• Conversação (relato, argumentação, questionamentos...).• Jogos verbais (parlenda, trava-língua, adivinhações, canções, poemas...).• Sons diversos, sons da natureza e instrumentos musicais.• Sons das letras/consciência fonológica• Exploração sonora/vivência rítmica• Escuta de obras musicais/repertório musical• Observação e vivência de atividades de fala e escuta (ouvir, esperar sua vez, respeitar

a fala do outro).• Conversas informais e cotidianas de comunicação entre pares• Exposição oral de idéias• Seqüência lógica• Contação e reconto de histórias/notícias• Ampliação do vocabulário

Como trabalhar: algumas sugestões• Propor rodas de conversas, momentos de brincadeiras, em que a criança possa

expressar desejos, necessidades e opiniões.• Possibilitar momentos para as crianças brincarem com as palavras, usando novas

entonações, fazendo associações criativas...• Propiciar às crianças situações em que possam conversar entre si, partilhando suas

experiências, relatando suas vivências.• Desafiar a criança a elaborar perguntas e respostas de acordo com os diversos

contextos.• Organizar momentos de entrevistas, sobre assuntos variados que estejam sendo

trabalhados em sala.• Criar situações para que a criança reconte histórias conhecidas, com ou sem ajuda,

descrevendo personagens, cenários, objetos.

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• Oportunizar a ampliação do repertório lingüístico da criança, trabalhando trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, cantigas, brincadeiras cantadas e textos.

• Apresentar seqüência de histórias, baseando-se em gravuras e produções de desenhos infantis, possibilitando a participação da criança em narrativas, interagindo com as histórias, seja como personagem, narrador ou ouvinte.

• Ler histórias para as crianças, ressaltando a qualidade das imagens e conteúdos, citando o ilustrador e escritor.

• Escutar obras musicais variadas

Leitura

Conteúdos

• Função social da leitura• Diferentes portadores de textos e contextos que apresentam diferentes linguagens

(oral, escrita, gestual, visual, pictórica…).• Leitura do próprio nome • Leitura de imagens e indícios• Interpretação e compreensão de idéias vinculadas por meio de textos orais, escritos e

ilustrados.• Reconhecimento da leitura como fonte de informação, prazer e conhecimento.• Ampliação do Vocabulário

Como trabalhar: algumas sugestões• Organizar, no cotidiano, a roda de leitura com momentos em que o adulto e a criança

leiam e contem histórias, assumindo diferentes papéis (leitor, narrador, personagem, escritor, observador).

• Promover leitura compartilhada de diferentes portadores de texto (trava-línguas, contos, poemas, notícias de jornais, parlendas, letras de músicas, receitas...).

• Oportunizar a identificação dos pertences e produções individuais e grupais, como também a leitura dos nomes dos colegas da turma.

• Explorar no uso da agenda, na organização do calendário, no envio e recebimento de recados a compreensão do uso social dos diferentes portadores de texto.

• Explorar o contexto letrado que nos cerca (placas, rótulos, jogos, panfletos, outdoor...).

• Perceber a leitura como fonte de prazer, entretenimento e necessidade, apreciando, folheando e explorando diferentes tipos de textos (distinguindo letras, números, figuras…).

• Propor a leitura de imagens, de obras de arte e da natureza. Escrita

Conteúdos

• Escrita do nome e sobrenome• Alfabeto maiúsculo e minúsculo• Produção e ilustração de textos coletivos• Escrita espontânea e dirigida

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• Consciência fonológica• Relações de oralidade/escrita (semelhanças e diferenças entre as palavras...).

Como trabalhar: algumas sugestões• Apresentar a escrita do nome da criança, propondo a pesquisa de sua história.• Propor atividades para a criança relacionar a letra inicial do seu nome com outras

palavras do mesmo fonema.• Explorar rimas, letras iniciais e finais, propondo a imitação de sons diversos.• Construir o alfabeto ilustrado com as crianças, a partir de atividades desenvolvidas,

usando materiais diversos.• Construir jogos (memória, dominó, bingo, caça-palavras...) e oportunizar brincadeiras

envolvendo a escrita.• Produzir textos coletivos (professor escriba).• Desafiar a criança a usar a escrita de próprio punho valendo-se do conhecimento de

que dispõe sobre o sistema de escrita.• Oportunizar o contato com a escrita através do manuseio de livros, revistas,

embalagens.• Oportunizar atividades que dêem às crianças condições de superar suas hipóteses de

escrita e suas estratégias de leitura.• Utilizar linguagens gráficas para registro de idéias, observações, recordações e

sentimentos.• Criar inúmeras situações em que a criança seja convidada a ler ainda que não de

maneira convencional (músicas, trava-línguas, nome dos colegas…).

Obs.: Ver no final dos conteúdos de Língua Portuguesa referentes ao 2°. ano o agrupamento dos gêneros com base em critérios como Domínio Social da Comunicação, Capacidades de Linguagem envolvidas e Tipologias textuais existentes, de acordo com a organização dos pesquisadores Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004).

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralCriar sistematicamente condições e situações para que a criança, progressivamente,

amplie sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado às diferentes situações, contexto e práticas sociais, e evolua nos processos de alfabetização e letramento.

Objetivos Específicos de Aprendizagem• Expressar em pequenos e grandes grupos idéias, opiniões, sugestões, sentimentos,

intenções, questionamentos…• Aprender, progressivamente, a ouvir, esperar sua vez, respeitar a fala do outro.• Organizar, com ou sem ajuda, idéias em seqüência lógica.• Escutar, produzir e reproduzir sons diversos (instrumentos musicais, vozes humanas e

de animais, ruídos...).• Contar histórias, notícias, fatos, vivências.• Ampliar o vocabulário• Compreender as múltiplas funções sociais da leitura e da escrita

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• Desenvolver estratégias de leitura• Diferenciar gêneros textuais, tais como: texto informativo, literário, instrucional.• Ler contextos que apresentam diferentes linguagens (imagens, gestos, expressões

faciais, sons).• Compreender e interpretar diferentes tipos de textos tendo como mediador o professor

leitor• Identificar a síntese das idéias básicas do texto (oralmente)• Reconhecer fatos, personagens, localização temporal e espacial (narrativas).• Diferenciar as diversas linguagens (oral, escrita, gestual, visual, pictórica…).• Identificar o alfabeto maiúsculo e minúsculo e conhecer os valores sonoros das letras• Contribuir na produção de textos coletivos e de grupo• Escrever diferentes tipos de textos utilizando-se dos conhecimentos de que dispõe a

respeito do sistema de escrita (escrita espontânea)• Produzir livros ilustrados

Obs.: Sabemos que parte das crianças já ingressam alfabetizadas e outras se alfabetizarão no 1º. ano do Ensino Fundamental de Nove Anos. No entanto, objetivamos que ao final do 1º. ano, em decorrência de uma ação pedagógica rica, prazerosa e bem planejada, todas as crianças que não apresentam dificuldades de aprendizagem, necessidades especiais ou histórico de vida complicado, estejam escrevendo suas intenções, a partir do nível silábico, com relação sonora. Recomendamos oferta de atividades diferenciadas para as crianças que já ingressarem próximas do nível alfabético ou alfabetizadas, a fim de que possam avançar nas diferentes áreas do conhecimento.

Oralidade (fala/escuta)

Conteúdos

• Expressão de opiniões, sugestões, sentimentos, emoções, intenções, questionamentos, dúvidas.

• Observação e vivências de atividades de fala e escuta (ouvir, esperar sua vez, respeitar a fala do outro).

• Formulação de hipóteses• Organização das idéias em seqüência lógica• Respeito à variação lingüística (diferentes dizeres)• Escuta, produção e reprodução de sons diversos (instrumentos musicais, vozes

humanas e de animais, ruídos...).• Escuta e produção dos sons das letras (consciência fonológica)• Escuta de músicas de estilos e de compositores variados• Expressão verbal e não verbal de músicas, de diferentes estilos musicais.• Contação de histórias, notícias, fatos, vivências.• Jogos verbais (parlenda, trava-língua, adivinhações, ditos populares, quadrinhas).• Ampliação do vocabulário.

Como trabalhar: algumas sugestões• Implementar atividades permanentes tais como:

a) Vamos brincar? – momento em que se “brinca por brincar” […].

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b) A família também ensina… momento em que se convidam mãe, pai, avô, avó… para contar histórias, fazer uma receita culinária […].c) Cantando e se encantando – momento em que se privilegiam as músicas que as crianças conhecem e gostam de cantar.Obs.: Estas e outras sugestões de atividades permanentes podem ser encontradas no texto “Modalidades Organizativas do Trabalho Pedagógico: uma possibilidade”, de Alfredina Nery (2006, p. 112-113).• Priorizar atividades em duplas, trios, pequenos e grandes grupos.• Incentivar, respeitar e valorizar as manifestações orais (sugestões, dúvidas...).• Realizar projeto de trabalho a fim de pesquisar as diversas culturas incluindo

variações lingüísticas (gírias, sotaques, expressões específicas de cada região…), vestuário, alimentação… Em diferentes regiões, situações, meio social.

• Oportunizar o relato de histórias vividas ou ouvidas, “causos” e brincadeiras.• Organizar situações em que possam falar, cantar, dançar, organizar apresentações e

apresentá-las aos colegas da escola.• Criar situações para que declamem textos memorizados (poemas, trava-línguas).• Oportunizar situações para que exponham seus pontos de vista, comentários,

sugestões.• Disponibilizar materiais e favorecer a leitura de imagens, textos, mapas, gráficos.• Incentivar a organização de regras de jogos e brincadeiras.• Estabelecer acordos na realização de trabalhos diversos.• Organizar projetos que trabalhem os sons da natureza, os sons do corpo humano, os

sons das letras...• Realizar oficinas (confecção de jogos, instrumentos musicais...).• Oferecer figuras para serem organizadas na seqüência lógica (histórias). • Realizar brincadeiras e jogos orais que envolvam sons, letras, palavras...

Leitura

Conteúdos

• Múltiplas funções sociais da leitura• Estratégias de leitura• Distinção entre gêneros textuais, tais como: texto informativo, literário, instrucional.• Exploração de textos e contextos que apresentam diferentes linguagens (imagens,

escrita, gestos, expressões faciais, sons).• Identificação e síntese das idéias básicas do texto (oralmente)• Reconhecimento da leitura como fonte de informação, prazer e conhecimento.• Reconhecimento de fatos, personagens, localização temporal e espacial (narrativas).• Ampliação do Vocabulário

Como trabalhar: algumas sugestões• Organizar um aconchegante e convidativo espaço para a leitura, oferecendo vários

portadores de texto.• Implementar atividades permanentes tais como:

a) Roda semanal da leitura – momento em que as crianças lêem (leitores partilhando leituras).b) Leitura diária feita pelo professor - momento em que se lê para as crianças (histórias, fábulas, crônicas, poemas, gibis, quadro de um pintor...).

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OBS.: Ver mais sugestões em Nery (2006, p. 112-113).• Utilizar didaticamente os mais diversos meios de comunicação (computador, vídeo,

tv, rádio...)• Incentivar e criar momentos para a leitura do ambiente letrado que nos cerca,

fornecendo pistas importantes sobre a constituição da escrita convencional (placas, outdoors, embalagens, rótulos, panfletos, encartes, cartazes, informativos...)

• Planejar e realizar com as crianças a agenda diária ou semanal ilustrada (imagens, palavras-chave).

• Ler as regras dos jogos (manuais, folhetos).• Ler os bilhetes enviados pela escola aos pais (agenda escolar). • Realizar passeios em bibliotecas, museus, exposições de arte e outros.

Produção Escrita

Conteúdos

• História e função social da escrita• As diversas linguagens (oral, escrita, gestual, visual, pictórica…).• Variação lingüística (respeito aos diferentes dizeres)• Alfabeto maiúsculo e minúsculo• Consciência fonológica (relação grafema/fonema) • Ordem alfabética em situações reais de uso (consulta ao dicionário, lista telefônica…). • Escrita espontânea individual e em grupo (carta, bilhete, registro, relatos, acróstico,

poemas, histórias...).• Produção de textos coletivos• Leitura, produção e compreensão de diferentes tipos de textos tendo como mediador o

professor (leitor/escriba), observando: Planejamento da produção de texto, para que e para quem escrever, em que gênero,

que idéias apresentar. Unidade estrutural (introdução, desenvolvimento e conclusão). Segmentação das palavras (espaçamento) Seqüência lógica Elementos de apresentação (título, autor, imagens). Paragrafação Pontuação: ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, vírgula na

enumeração das palavras e das sentenças, travessão e dois pontos. Letras maiúsculas e minúsculas Disposição do texto na página (observando o padrão silábico) Ortografia (explorar a constituição convencional das palavras, informando regras

básicas que normatizam a escrita, nos momentos em que são produzidos os textos coletivos ou em outras situações em que se faça necessário).

Como trabalhar: algumas sugestões• Planejar e realizar com as crianças a agenda diária ou semanal ilustrada (imagens,

palavras-chave).• Construir alfabetos ilustrados (imagem, letra, palavra...) podendo mudá-los a cada

trimestre ou semestre (alfabeto para a parede, para colar sobre a mesa de cada aluno, para levar para casa).

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• Mostrar o traçado convencional das letras, passo a passo, e solicitar às crianças que o reproduzam no ar, na areia, no chão, em papéis distintos, no quadro, para que criem memória de movimento (evitar cópias e reproduções extensas, cansativas e desestimulantes).

• Propor que as crianças representem o alfabeto com as mãos, com os membros inferiores e superiores, com o corpo...

• Variar os suportes em que se escreve: papel pardo, argila, metais, cartolinas, lixa, madeira, pedras, calçadas, folhas pautadas...

• Propor a variação dos instrumentos com os quais se pode escrever: giz de cera, pincel atômico, lápis, canetinhas, pedras, pipoca, barbante, arame, palitos, bastões, pedacinhos de EVA, botões...

• Organizar um livro para registrar durante o ano as produções escritas espontâneas a fim de registrar a evolução do processo de construção da língua escrita.

• Propor o uso sistemático da agenda escolar, orientando os alunos quanto a sua importância, organização e funcionalidade (registro de lembretes, datas importantes, agendamento de passeios, tarefas...)

• Propor a elaboração de livros ilustrados (somente com imagens).• Construir e explorar jogos diversos que envolvam imagens, letras, palavras... tais

como memória, bingo, dominó entre muitos outros.• Organizar e completar com as crianças, coletivamente, cruzadinhas gigantes.• Oportunizar que as crianças representem o alfabeto, palavras, textos coletivos através

de materiais concretos tais como: massinha, argila, massa de pão, massa de biscoito, massa de brigadeiro, massa de biscuit...

• Utilizar inicialmente papel sem pauta para escrever. Progressivamente, desafiar as crianças a escreverem em linhas, em que o espaçamento entre elas diminua gradativamente, até chegar ao caderno.

Obs.: Ver no final dos conteúdos de Língua Portuguesa referentes ao 2°. ano o agrupamento dos gêneros com base em critérios como Domínio Social da Comunicação, Capacidades de Linguagem envolvidas e Tipologias textuais existentes, de acordo com a organização dos pesquisadores Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004).

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralCriar sistematicamente condições e situações múltiplas e diferenciadas para que a criança

amplie sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado às diferentes situações e contextos, bem como se alfabetize e desenvolva, progressivamente, comportamentos e habilidades exigidos uso da leitura e da escrita em práticas sociais.

Objetivos Específicos de Aprendizagem• Expressar, em pequenos e grandes grupos, idéias, opiniões, sugestões, sentimentos,

intenções, questionamento.• Saber ouvir, esperar sua vez, respeitar a fala do outro.• Organizar idéias em seqüência lógica.• Formular e expor hipóteses.

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• Respeitar a variação lingüística (diferentes dizeres).• Escutar, produzir e reproduzir sons diversos (instrumentos musicais, vozes humanas e

de animais, ruídos...).• Contar histórias, notícias, fatos, vivências.• Ampliar o vocabulário.• Compreender as múltiplas funções sociais da leitura e da escrita.• Diferenciar gêneros textuais, tais como: texto informativo, literário, instrucional.• Ler, compreender e interpretar textos e contextos que apresentam diferentes

linguagens (imagens, escrita, gestos, expressões faciais, sons).• Identificar a síntese das idéias básicas do texto.• Reconhecer fatos, personagens, localização temporal e espacial (narrativas).• Conhecer as diversas linguagens (oral, escrita, gestual, visual, pictórica…).• Identificar o alfabeto maiúsculo e minúsculo e conhecer os valores sonoros das letras• Escrever diferentes tipos de textos convencionalmente (listas, bilhetes, histórias…)

Obs.: Objetivamos que ao final do segundo trimestre do 2º. Ano do Ensino Fundamental de Nove Anos, em decorrência de uma ação pedagógica bem planejada, rica e prazerosa, todas as crianças que não apresentem dificuldades de aprendizagem ou necessidades especiais estejam lendo e escrevendo, reservando-se o último trimestre para aprimorar conteúdos relacionadas a produção textual, ortografia e fluência na leitura. Para as que já ingressarem alfabetizadas, estes conteúdos já devem ser trabalhados, desde o início do ano, a fim de que possam avançar nas diferentes áreas do conhecimento.

Oralidade (fala/escuta)

Conteúdos

• Expressão de opiniões, sugestões, sentimentos, emoções, intenções, questionamentos, dúvidas.

• Observação e vivências de atividades de fala e escuta (ouvir, esperar sua vez, respeitar a fala do outro).

• Formulação de hipóteses• Organização das idéias em seqüência lógica• Respeito à variação lingüística (diferentes dizeres)• Escuta, produção e reprodução de sons diversos (instrumentos musicais, vozes

humanas e de animais, ruídos...).• Escuta e produção dos sons das letras (consciência fonológica)• Escuta de músicas de estilos e de compositores variados• Expressão verbal e não verbal de músicas, de diferentes estilos musicais.• Contação de histórias, notícias, fatos, vivências.• Jogos verbais (parlenda, trava-língua, adivinhações, ditos populares, quadrinhas).• Ampliação do vocabulário• Ampliação dos elementos coesivos, (substituí-los por outros, e não apenas e, daí, aí,

então, né).• Clareza na exposição das idéias

Como trabalhar: algumas sugestões

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• Implementar atividades permanentes tais como: a) Você sabia? – Momentos em que se aborda assuntos e ou temas de interesse das crianças.b) Nossa semana foi assim... Momentos em que se retoma o trabalho desenvolvido durante a semana e se auxilia as crianças no relato e na síntese do que aprenderam.c) Notícia da hora: momento reservado às notícias que mais chamaram a atenção das crianças na semana. (exercitar o relato oral)Obs.: Estas e outras sugestões de atividades permanentes podem ser encontradas no texto “Modalidades Organizativas do Trabalho Pedagógico: uma possibilidade”, de Alfredina Nery (2006, p. 112-113).• Propor a reprodução oral de textos diversos, de filmes, de histórias animadas, entre

outras manifestações artísticas.• Priorizar atividades em duplas, trios, pequenos e grandes grupos.• Incentivar, respeitar e valorizar as manifestações orais (sugestões, dúvidas...).• Organizar recitais ou saraus de poesias e músicas.• Criar situações em que as crianças possam representar o que pensam, sentem,

sonham, desejam por meio das diferentes expressões artísticas tais como o teatro, a música, a dança e as artes visuais (modelagem, recorte, colagem, pinturas, desenhos, releituras...)

• Organizar teatro de bonecos (fantoches, marionetes).• Promover jogos cooperativos.• Realizar projetos de trabalho ou estudos em que possam ser realizadas apresentações,

entrevistas, debates...• Incentivar a organização de regras de jogos, brincadeiras, uso de materiais e espaços

coletivos.• Organizar projetos, jogos e brincadeiras que envolvam sons produzidos pelos

animais, sons do nosso corpo, sons das letras...• Realizar oficinas (confecção de jogos, instrumentos musicais, brinquedos com

sucata).• Oferecer figuras para serem organizadas na seqüência lógica (histórias). • Realizar brincadeiras e jogos orais que envolvam sons, letras, palavras...

Leitura

Conteúdos

• Múltiplas funções sociais da leitura• Estratégias de leitura• Relação entre texto e contexto, buscando no contexto elementos para antecipar ou

verificar o sentido atribuído.• Distinção entre gêneros textuais, tais como: texto informativo, literário, instrucional,

publicitário.• Identificação e síntese das idéias básicas do texto• Reconhecimento de fatos, personagens, localização temporal e espacial (quando e

onde).• Ampliação do vocabulário• Leitura, compreensão e interpretação de textos e contextos que apresentam diferentes

linguagens (imagens, escrita, gestos, expressões faciais, sons).• Compreensão dos significados veiculados

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Page 28: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Pontuação

Como trabalhar: algumas sugestões• Organizar um aconchegante e convidativo espaço para a leitura, oferecendo vários

portadores de texto.• Implementar atividades permanentes tais como:

a) Roda semanal da leitura – momento em que as crianças lêem (leitores partilhando leituras).b) Leitura diária feita pelo professor - momento em que se lê para as crianças (histórias, fábulas, crônicas, poemas, gibis, quadro de um pintor...).c) Descobri na internet – destinar momentos para descobertas que se realizam a partir dessa ferramenta de informação. (trabalho orientado pelo professor)OBS.: Ver mais sugestões em Nery (2006, p. 112-113).• Organizar projetos de trabalho que envolvam diferentes formas de se comunicar

(telefone, e-mail, carta, telegrama, bilhete...).• Organizar espaços para serem compartilhados recadinhos, notícias, pensamentos

(mural).• Organizar e ler a pauta de trabalho do dia. • Utilizar a agenda escolar (anotações importantes, lembretes, agendamento de datas,

registros das datas de aniversários dos colegas...)• Incentivar e criar momentos para a leitura do ambiente letrado que nos cerca,

fornecendo pistas importantes sobre a constituição da escrita convencional (placas, outdoors, embalagens, rótulos, panfletos, encartes, cartazes, informativos...)

• Ler manuais de instrução de jogos, bilhetes enviados pela escola aos pais, horários das aulas...

• Realizar passeios em bibliotecas, museus, exposições de arte...• Promover intercâmbios internos e externos (troca de correspondências, visitas).• Organizar uma exposição com diferentes objetos que veiculam mensagens escritas

(vestuários, calçados, utensílios domésticos, rótulos, brinquedos, jornais, revistas, ...)• Realizar dinâmicas de grupos que envolvam a prática da leitura (gincanas, jogos

cooperativos, dinâmicas de integração…).

Produção Escrita

Conteúdos

• História e função social da escrita • As diversas linguagens (oral, escrita, visual, gestual, pictórica…).• Variação lingüística (respeito aos diferentes dizeres)• Ampliação do vocabulário e adequação do discurso aos diferentes contextos (formal,

informal)• Alfabeto maiúsculo e minúsculo• Consciência fonológica (relação grafema e fonema)• Ordem alfabética em situações reais de uso (consulta ao dicionário, lista telefônica…). • Escrita espontânea (carta, bilhete, registro, relatos, acróstico, poemas, histórias...).• Uso de diferentes gêneros textuais (literários, informativos, científicos…).• Registro dos textos orais produzidos, individual ou coletivamente.• Produção de textos em diferentes gêneros• Reescrita de diferentes tipos de textos

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• Produção de diversos tipos de textos (coletiva e individualmente), observando: Planejamento da produção de texto, para que e para quem escrever; em que gênero;

que idéias apresentar. Unidade temática (idéia central e coerência entre as partes do texto) Unidade estrutural (introdução, desenvolvimento e conclusão). Segmentação das palavras (espaçamento) Seqüência lógica Elementos de apresentação (título, autor, imagens) Pontuação: ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação, vírgula na

enumeração das palavras e das sentenças, travessão e dois pontos (tipos de frases). Maiúsculas e minúsculas (nomes próprios e comuns/pontuação) Acentuação gráfica (acentos agudo e circunflexo) Sinais gráficos (til e cedilha) Paragrafação Concordância verbal e nominal (plural e singular/masculino e feminino) Aumentativo e diminutivo Sinônimos e antônimos Disposição do texto na página (observando o padrão silábico) Ortografia (explorar a constituição convencional das palavras, de acordo com as

regras que normatizam a escrita, nos momentos em que são produzidos os textos coletivos ou em outras situações em que se faça necessário).

Como trabalhar: algumas sugestões• Planejar e realizar com as crianças a agenda diária ou semanal ilustrada (imagens,

palavras-chave).• Construir alfabetos ilustrados (imagem, letra, palavra...) podendo mudá-los a cada

trimestre ou semestre (alfabeto para a parede, para colar sobre a mesa de cada aluno, para levar para casa).

• Mostrar o traçado convencional das letras, passo a passo, e solicitar às crianças que o reproduzam no ar, na areia, no chão, em papéis distintos, no quadro, para que criem memória de movimento (evitar cópias e reproduções extensas, cansativas e desestimulantes).

• Propor que as crianças representem o alfabeto com as mãos, com os membros inferiores e superiores, com o corpo...

• Variar os suportes em que se escreve: papel pardo, argila, metais, cartolinas, lixa, madeira, pedras, calçadas, folhas pautadas...

• Propor a variação dos instrumentos com os quais se pode escrever: giz de cera, pincel atômico, lápis, canetinhas, pedras, pipoca, barbante, arame, palitos, bastões, pedacinhos de EVA, botões...

• Organizar um portfólio das produções escritas espontâneas a fim de registrar a evolução do processo de construção da língua escrita.

• Propor o uso sistemático da agenda escolar, orientando os alunos quanto a sua importância, organização e funcionalidade (registro de lembretes, datas importantes, agendamento de passeios, tarefas...)

• Elaborar álbuns de trava-línguas, adivinhações, poemas, quadrinhas…• Sistematizar projetos de trabalho que incluam a comunicação via e-mail, cartas,

bilhetes, telegramas...• Propor a escrita de textos (contos, fatos, história em quadrinhos).• Elaborar um varal literário (textos produzidos pelos alunos)

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• Construir e usar freqüentemente jogos e brincadeiras.• Escrever recadinhos, produzindo cartões, deixando mensagens para os colegas do

outro turno. • Propor brincadeiras em que a língua escrita se faça presente e necessária.• Utilizando, na sala informatizada, alguns programas tais como: microsoft word, excel,

power point para produzir apresentações, textos, jogos, gráficos, pesquisas.• Propor o registro de conteúdos que tenham alguma função social: mnemônica,

comunicativa, entretenimento, entre outras.

Entendendo que a língua deve ser empregada sempre em situações de uso real, e os diversos gêneros presentes em nosso dia-a-dia, cumprem diversas funções sociais, entre elas: divertir, anunciar, informar, convencer, transformá-los em objeto de estudo, dentro do contexto escolar, implica em observar a capacidade de linguagem dos alunos, selecionar os gêneros que sejam significativos aos objetivos, interesses e afinidades de cada grupo (série), considerando o grau de dificuldade dos gêneros, e a faixa etária dos alunos.

Os pesquisadores Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (2004), há cerca de duas décadas, vêm desenvolvendo pesquisas na Universidade de Genebra sobre o ensino de língua a partir de gêneros. O ensino de produção de texto feito por essa perspectiva não despreza os tipos textuais até então trabalhados nas aulas de redação – narração, descrição e dissertação, mas os agrega a uma visão mais ampla, a da variedade dos gêneros. Precisamos então situar quais são os gêneros do narrar, do descrever, do argumentar, considerando qual a necessidade e importância da situação de comunicação: quem fala, o que fala, com quem fala, e qual a finalidade. Em função das capacidades de linguagem propõem o agrupamento dos gêneros em cinco domínios: o narrar, o relatar, o expor, o argumentar e o instruir. Cada domínio (agrupamento de gêneros) possibilita o desenvolvimento de algumas capacidades globais de linguagem, e são apresentados com base em critérios como Domínio Social da Comunicação, Capacidades de Linguagem envolvidas e Tipologias textuais existentes.

Apresentamos esse agrupamento como sugestão para a prática da linguagem oral, e prática da linguagem escrita.

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REFERÊNCIAS♣Domínios sociais de comunicação

♦Aspectos tipológicos

♠Capacidades de linguagem dominantes

Exemplos de gêneros orais e escritos

♣Cultura literária ficcional

♦Narrar

♠Mimeses da ação através da criação da intriga no domínio do verossímil

Conto maravilhosoConto de fadasContoFábulaLendaNarrativa de eventosBiografia romanceadaRomanceRomance histórico

Narrativa de ficção científicaNarrativa de enigmaNarrativa míticaHistória engraçadaCrônica literáriaAdivinhaPiadaNovela fantástica

♣Documentação e memorização das ações humanas

♦ Relatar

♠Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo

Relato de experiência vividaRelato de viagemDiário pessoalTestemunhoAnedota ou casoAutobiografiaCurriculum vitae...Notícia

ReportagemCrônica socialCrônica esportiva...HistóricoRelato históricoEnsaio ou perfil biográficoBiografia

♣Discussão de problemas sociais controversos

♦ Argumentar

♠Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição

Textos de opiniãoDiálogo argumentativoCarta de leitorCarta de reclamaçãoCarta de solicitaçãoDeliberação informalDebate regradoAssembléia

Discurso de defesaDiscurso de acusaçãoResenha críticaArtigos de opinião ou assinadosEditorialEnsaio...

♣Transmissão e construção de saberes

♦ Expor

♠Apresentação textual de diferentes formas dos saberes

Texto expositivo (em livro didático)Exposição oralSeminárioConferênciaComunicação oralPalestraEntrevista de especialistaverbete

Artigo enciclopédicoTexto explicativoTomada de notasResumo de textos expositivos e explicativosResenhaRelatório científicoRelatório oral de experiência...

♣Instruções e prescrições

♦Descrever ações

♠Regulação mútua de comportamentos

Instruções de montagemReceitaRegulamentoRegras de jogo

Instruções de usoComandos diversosTextos prescritivos...

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Page 32: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

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2. Concepção de língua como discurso:

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3. Texto: constituição e tipologia:

KOCH, Ingedore V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.SÉRKEZ, Ângela Maria Batista; MARTINS, Sandra M. Bozza. Trabalhando com a palavra viva: a sistematização dos conteúdos de língua portuguesa a partir do texto. Curitiba: Renascer, 1994.GERALDI, João Wanderley. (org.) O texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel, PR: Assoeste, 1987.

4. Texto, escola, leitura e produção:

SOARES, Magda. A escolarização da literatura infantil e juvenil. In: EVANGELISTA, A. et al. A escolarização da leitura literária. Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p. 17-58.GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa Moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1973.SANT ‘ANNA, Affonso R. Paródia & cia. São Paulo: Ática, 1995.GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. São Paulo: Ática, 2004.MANUAL geral de redação. São Paulo: Folha de São Paulo, 1987.AGUIAR, Vera Teixeira de. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. Org. Regina Zilberman. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.PAULINO, Graça. O jogo do livro infantil. Belo Horizonte: Dimensão, 2001.MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.MARIA, Luzia de. Leitura & colheita: livros, leitura e formação de leitores. Petrópolis: Vozes, 2002.ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

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5. Outros:

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MATEMÁTICA

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Page 35: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

Durante muitas décadas a matemática era considerada uma ciência exata, precisa e abstrata, aliada à idéia de que a Matemática, como disciplina, tinha conteúdo fixo e definido, não abrindo espaço para a criatividade ou para a investigação.

Diante desta realidade, numa sociedade do conhecimento e da comunicação, como a do terceiro milênio, os estudos e pesquisas do movimento de Educação Matemática, têm desenvolvido grandes contribuições no avanço desta ciência. Para tanto, o ensino está baseado em quatro grandes eixos temáticos: os números, espaço e forma, grandezas e medidas, e tratamento da informação entre si e com outras áreas do conhecimento.

Nessa proposta, a criança se encontra no centro do processo educativo, assumindo papel ativo na construção de seu conhecimento, rompendo o abismo do olhar a matemática de forma estática, abrindo portas para a criação e para a emoção. Não se trata de abolir a metodologia tradicional, mas de empregá-la nos momentos adequados.

Nas diversas situações do cotidiano e em várias culturas, o ser humano necessita contar, fazer cálculos mentais e por escrito, comparar, medir, localizar, representar, interpretar, e o faz informalmente, à sua maneira, com base em parâmetros do seu contexto sociocultural.

É preciso que esse saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, formando um elo entre a Matemática que se aprende na escola e a Matemática da vida.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralOportunizar e estimular a capacidade das crianças vivenciarem a matemática por meio do

lúdico, do corpo, dos materiais concretos, das situações contextualizadas, das observações e da utilização da Matemática no dia-a-dia, a fim de estimular a curiosidade, criatividade e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Reconhecer as diversas formas dos objetos presentes no dia-a-dia das pessoas.• Identificar números e situações nas quais estes são utilizados, contando, agrupando,

comparando, estimando, ordenando e seqüenciando diferentes quantidades.• Identificar sólidos geométricos.• Classificar figuras de acordo com tamanho, forma e cor.• Identificar dia, semana, mês e ano como unidades de tempo.

Conteúdos

Trabalhando com espaço e forma• Os sólidos geométricos e o nosso corpo• Tamanho, forma e cor.• Vistas de trás, de frente, de lado, de baixo e de cima (tridimensional).• Diferenças e semelhanças de objetos e sólidos• Idéia de quantidade• Descobrindo os números• Maior e menor• Os números e o nosso corpo• Desafios

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Trabalhando com grandezas e medidas• Situações-problema com o metro, as mãos e pés.• Metade e inteiro• Tempo – dia e noite, semana, mês e ano.• Seqüência• Desafios

Trabalhando com os números• Idéia de quantidade• Descobrindo os números• Os números nos diversos contextos• Seqüências• Brincando com os números• Quantidades e seus símbolos• Comparação de quantidades• Cálculos mentais• Agrupamentos, ordenação, seriação e classificação.• Idéias associadas à adição e subtração dos números• Desafios (trabalhar estimativa, deduções lógicas).

Como trabalhar: algumas sugestões• Realizar atividades concretas, jogos, brincadeiras, dramatizações e desafios.• Propor às crianças que manipulem materiais e realizem atividades envolvendo

recortes, colagens, montagens e representações diversas.• Buscar dados em imagens para estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico.• Construir atividades manipulativas de geometria, priorizando o contato com as mãos e

os olhos.• Fazer continuamente perguntas às crianças, durante as múltiplas atividades realizadas,

para poder intervir/mediar/ampliar a partir da lógica delas.

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralDesenvolver a capacidade de compreender e utilizar a matemática construindo conceitos

e procedimentos, possibilitando a integração dos grandes eixos temáticos - os números, espaço e forma, grandezas e medidas, e tratamento da informação entre si e com outras áreas do conhecimento, visando o desenvolvimento lógico-matemático, relacionando idéias, estimulando a curiosidade e a criatividade, argumentando, escrevendo, resolvendo e formulando situações-problema, representando de várias maneiras as idéias matemáticas.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Identificar números e situações nas quais estes são utilizados, contando, agrupando,

comparando, estimando, ordenando e seqüenciando diferentes quantidades.• Reconhecer a utilidade e algumas funções dos números.• Relacionar e compreender a unidade e dezena na construção de número.• Resolver situações-problema de adição e subtração, usando diferentes procedimentos.• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para realizar cálculo mental e

aproximado.

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• Trabalhar com seqüências e padrões lógicos.• Compreender a importância dos números ordinais.• Realizar diferentes estimativas com metade e inteiro.• Realizar coleta de dados e agrupar as informações.• Reconhecer algumas formas geométricas planas e espaciais e suas características.

Conteúdos

Trabalhando com espaço e forma• Idéia de quantidade• Descobrindo os números nas formas e espaço• Maior e menor• Os números e o nosso corpo• Os sólidos geométricos e o nosso corpo• Tamanho, forma e cor.• Vistas de trás, de frente, de lado, de baixo e de cima (tridimensional).• Diferenças e semelhanças de objetos e de sólidos geométricos• Regiões planas – retangulares, quadradas, triangulares e circular.• Desafios

Trabalhando com grandezas e medidas• Situações-problema envolvendo o tamanho dos alunos e outras situações• Metade e inteiro• Tempo – dia e noite, semana, mês e ano.• Seqüência• Desafios

Trabalhando com os números• História dos números• Relacionando quantidade ao número• Identificação dos números e grafia convencional• O que vem antes? O que vem depois? (antecessor e sucessor)• Descobrindo os números• Os números nos diversos contextos• Seqüências• Brincando com os números• Quantidades e seus símbolos• Comparação de quantidades• Cálculo mental• Agrupamentos, ordenação, seriação e classificação.• Números ordinais• O nosso dinheiro• Idéias associadas à adição e subtração dos números • Desafios

Trabalhando com o tratamento da informação• Coletas de dados, construção e interpretação de tabelas e gráficos.

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Como trabalhar: algumas sugestões• Propor às crianças que manipulem materiais e realizem atividades concretas

envolvendo recortes, colagens, montagens, escrevendo e representando de várias maneiras (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.) as idéias matemáticas.

• Realizar atividades concretas, jogos, brincadeiras, dramatizações e desafios.• Organizar atividades manipulativas de geometria, explorando o papel quadriculado,

massinha de modelar e outros.• Criar durante todo o ano letivo condições para que as crianças expressem suas idéias,

dialogando, argumentando, defendendo, criticando ou apresentando pontos de vista, formulando hipóteses e dando sugestões em cada situação.

• Elaborar estratégias de trabalhar o cálculo mental. • Fazer continuamente perguntas às crianças, durante as múltiplas atividades realizadas,

para poder intervir/mediar/ampliar a partir da lógica delas.

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralDesenvolver a capacidade de compreender e utilizar a matemática construindo conceitos

e procedimentos, possibilitando a integração dos grandes eixos temáticos - os números, espaço e forma, grandezas e medidas, e tratamento da informação entre si e com outras áreas do conhecimento, visando o desenvolvimento lógico-matemático, relacionando idéias, estimulando a curiosidade e a criatividade, argumentando, escrevendo, resolvendo e formulando situações-problema, representando de várias maneiras as idéias matemáticas.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Identificar as regiões planas e os sólidos geométricos.• Reconhecer elementos geométricos na natureza.• Realizar construções com sólidos geométricos.• Reconhecer as medidas de comprimento e tempo.• Reconhecer que um mesmo número pode ser decomposto de diversas maneiras.• Formular e resolver situações-problema com as adições e subtrações, usando

diferentes procedimentos.• Utilizar a decomposição das escritas numéricas para realizar cálculo mental e

aproximado.• Compreender as seqüências e padrões lógicos.• Compreender as idéias associadas na multiplicação e divisão.• Compreender a importância dos números ordinais.• Realizar diferentes estimativas como: dobro, triplo, metade, inteiro, dúzia e meia

dúzia.• Interpretar informações em gráficos e tabelas.• Resolver situações-problema que envolva multiplicações e divisões.• Resolver situações problema com o nosso dinheiro.

Conteúdos

Trabalhando com espaço e forma• Regiões planas – retangulares, quadradas, triangulares e circular.• Os sólidos geométricos – o cubo, o bloco retangular e a esfera.

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• Vistas de trás, de frente, de lado, de baixo e de cima (tridimensional).• Diferenças e semelhanças de objetos e de sólidos geométricos• Classificação dos elementos quanto a: cor, forma e tamanho.• Desafios

Trabalhando com grandezas e medidas• Situações-problema contextualizadas• Metade e inteiro• Tempo – dia e noite, semana, mês e ano.• Medidas de comprimento• Seqüência• Desafios

Trabalhando com os números• Regiões planas – retangulares, quadradas, triangulares e circular.• Onde os números são usados?• Relacionar a quantidade ao número• Números (mínimo até 100)• O que vem antes? O que vem depois? (sucessor e antecessor)• Par ou ímpar?• Identificação dos números e grafia convencional• Cálculo mental• Ordem crescente e decrescente• Composição e decomposição• Unidades, dezenas e centenas• Dúzia e meia dúzia• Números ordinais• O nosso dinheiro• Idéias associadas à adição e subtração explorando o cálculo simples e com recursos• Idéias associadas à multiplicação e divisão• O dobro e o triplo• Desafios

Trabalhando com o tratamento da informação• Coletas de dados• Construção e interpretação de tabelas e gráficos

Como trabalhar: algumas sugestões

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Page 40: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Explorar através dos jogos (Eu tenho, quem tem? Bingo, cartas e trilhas) as multiplicações e divisões.

• Consultar tabela de distância rodoviária entre cidades.• Explorar o espaço físico da escola para trabalhar diversos conteúdos.• Fazer levantamento estatístico sobre os meios de transporte utilizados pelos alunos

para irem à escola.• Trabalhar as multiplicações com o papel quadriculado.• Desmontar embalagens.• Construir linha do tempo com fatos relacionados à própria vida.• Realizar atividades concretas, jogos, brincadeiras, dramatizações e desafios.• Criar, durante todo o ano letivo, condições para que os alunos expressem suas idéias,

dialogando, argumentando, defendendo ou criticando pontos de vista, formulando hipóteses e dando sugestões em cada situação.

• Elaborar estratégias de trabalhar o cálculo mental. • Construir o Tangran.• Fazer continuamente perguntas às crianças, durante as múltiplas atividades realizadas,

para poder intervir/mediar/ampliar a partir da lógica delas.• Proporcionar momentos com as novas tecnologias.

REFERÊNCIAS

BACQUET, Michelle. Matemática sem dificuldade. Porto Alegre: Artmed, 2001.HUETE, Sánchez; BRAVO, Fernández. O Ensino da Matemática: fundamentos teóricos e bases psicopedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2006.KAMII, Constante. A criança e o número. 16. ed. Campinas: Papirus, 1992.IMENES, Luiz Márcio; LELLIS, Marcelo; MILANI, Estela. Matemática Paratodos. São Paulo: Scipione, 2004.PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: matemática. Brasília, D.F: MEC/SEF, 1998.SANTA CATARINA. Coordenadoria Geral de Ensino. Proposta curricular de Santa Catarina: educação infantil, ensino fundamental e médio: (disciplinas curriculares). Florianópolis: COGEN, 1998.

BIBLIOGRAFIA

ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino de matemática. Campinas: Papirus, 2001.ZASLAVSKY, Claudia. Jogos e atividades matemáticas do mundo inteiro. Porto Alegre: Artmed, 2000.DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Ática, 1989.KAMII, Constante; DECLARCK, Georgia, Reinventando aritmética. 5. ed. Campinas: Papirus, 1992.KAMII, Constante. A criança e o número. 16. ed. Campinas: Papirus, 1992.AZEVEDO, Maria Verônica Rezende. Jogando e construindo matemática. São Paulo: Unidos, 1993.

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Page 41: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.NUNES, Terezinha; BRYANT, Peter. Crianças fazendo matemática. São Paulo: Artes Médicas, 1997.CÃNDIDO, Suzana Laino. Formas num mundo de formas. São Paulo: Moderna, 1997.SMOLE, K; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Coleção Matemática de 0 a 6 v.1: Brincadeiras infantis nas aulas de Matemática; v. 2: Resolução de problemas; v.3: Figuras e formas. Porto Alegre: Artmed. BRENELLI, Rosely Palermo. O jogo como espaço para pensar: a construção de noções lógicas e aritméticas. Campinas: Pairos, 1996.FAINGUELERNT, Estela Kaufman; NUNES, Kátia Regina Ashton. Fazendo arte com a Matemática. Porto Alegre: Artmed. 2006.RIZZI, Leonor; Haydt, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. 2. ed. São Paulo: Ática, 1987.CENTURIÓN, Marília, et al. Jogos, projetos e oficinas para Educação Infantil. São Paulo, FTD, 2004.GORDON, Hélio. A história dos números. São Paulo, FTD/CHC – USP, 2002.

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Page 42: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

CIÊNCIAS

O ensino de Ciências não pode, simplesmente, ser concebido como uma oportunidade para o repasse de um grande número de conhecimentos, que nem sempre contribuem para que as crianças possam perceber o seu cotidiano além do senso comum. A memorização passiva dos conceitos científicos muito pouco tem contribuído para a educação científica das crianças.

A transmissão de conhecimentos e a sua recepção passiva ainda é uma prática que podemos identificar no ensino de Ciências das séries iniciais, fato que, obviamente, o tem reduzido a contextos em que a repetição de conteúdos, destituídos de significados, prevalece, tornando-o um processo desestimulante tanto para as crianças como para os professores.

Promover a interação da criança com o mundo natural de uma forma lúdica, é uma forma bastante significativa de contemplar os temas relacionados à Educação Ambiental. Além disto, devemos incentivar a curiosidade e a investigação, objetivando o desenvolvimento de habilidades como a observação, a comparação, a classificação e a interpretação.

A compreensão de que as crianças chegam à escola trazendo conhecimentos do senso comum é fundamental para o planejamento dos processos de ensino mais apropriados. Os conceitos científicos devem ser ensinados de forma simples, sempre relacionados com a criança e seus diferentes contextos, possibilitando a apropriação dos conhecimentos, considerando-as como as principais protagonistas das ações desenvolvidas em sala de aula. As atividades ao ar livre, por exemplo, além de propiciar o contato direto com os elementos da natureza e seus conceitos mais elementares, auxiliam no desenvolvimento de atitudes fundamentais na construção do conhecimento com vistas às ações ecológicas muito mais edificadas no respeito, solidariedade e responsabilidade para com a vida e todas as suas manifestações.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo geral Promover o desenvolvimento intelectual das crianças, auxiliando-as nas primeiras

construções de uma cultura científica, com vistas a um entendimento dos fenômenos do mundo físico e biológico, dos aspectos ambientais necessários para a manutenção da vida e da tecnologia, suas aplicações, conseqüências e limitações, promovendo a construção de concepções adequadas sobre o meio natural, social e tecnológico.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Compreender a importância dos órgãos dos sentidos e das funções do corpo.• Desenvolver e valorizar atitudes de higiene, visando o bem estar pessoal e social.• Conhecer os diferentes espaços da natureza, visando a formação da consciência de

preservação e respeito aos elementos naturais.• Perceber a importância da alimentação saudável.• Caracterizar meio ambiente e a diversidade dos seres vivos.

Conteúdos

• Corpo humano Órgãos dos sentidos Higiene corporal e cuidados

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Page 43: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Meio ambiente Diversidade entre os Seres Vivos Alimentos Estações do ano

Como trabalhar: algumas sugestões• Explorar o ambiente estabelecendo contato com animais e plantas.• Promover passeios de estudo.• Desenvolver atividades variadas com as diferentes sensações (olfativa, gustativa, tátil,

visual e auditiva).• Realizar atividades com frutas, legumes, verduras, cereais para incentivar seu

consumo.• Utilizar materiais recicláveis para a construção de brinquedos.• Fazer o contorno do corpo da criança em papel e colar partes deste, desenhadas por

elas, para que entendam a localização dos órgãos.• Plantar sementes em potes reutilizáveis para observação do ciclo das plantas.Obs.: É importante que as crianças sejam orientadas no sentido de compreender que são

membros da comunidade da vida em seu conjunto, a fim de que valorizem e respeitem a vida em suas diferentes manifestações.

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo geralPossibilitar à criança vivenciar situações que favoreçam a observação, análise e reflexão

do corpo e seu funcionamento, como também a consciência crítica e autônoma para que compreenda melhor a importância de preservar o meio ambiente, garantindo assim, uma melhoria na qualidade de vida do ser humano.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Reconhecer os órgãos dos sentidos. • Entender o funcionamento básico do corpo humano.• Aprimorar os cuidados relacionados à higiene pessoal.• Desenvolver e praticar hábitos saudáveis de alimentação.• Conhecer e preservar o mundo natural.• Perceber as estações do ano e suas influências.• Diferenciar os tipos de animais e desenvolver práticas de cuidado e preservação.

Conteúdos

• Corpo Humano Órgãos dos sentidos (audição, visão, paladar, olfato e tato). Higiene corporal Partes do corpo Saúde Alimentação saudável Atividades físicas Prevenção de doenças e qualidade de vida

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Page 44: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Meio Ambiente Animais e Plantas (características e classificação) Reciclagem do lixo e poluição ambiental Exposição solar (cuidados) Preservação e cuidados com o meio ambiente

Como trabalhar: algumas sugestões• Possibilitar às crianças o contato com os elementos da natureza, com as tecnologias,

favorecendo a observação, a experimentação, o debate e a ampliação do conhecimento científico.

• Promover passeios de estudo.• Trabalhar com a percepção humana dos órgãos dos sentidos.• Utilizar massinhas para reprodução do corpo em miniatura. • Utilizar materiais recicláveis para a construção de maquetes.• Fazer uso da lupa para conhecer a diversidade natural.• Plantar sementes de hortaliças e flores.

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo geralProporcionar à criança o conhecimento do seu próprio corpo e ressaltar a influência do

homem no ambiente em que vive, desenvolvendo atividades que despertem a curiosidade e estimulem a observação do aluno, propondo situações desafiadoras e significativas.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Conhecer as diferenças dos animais e seu hábitat, aprimorando práticas de cuidado e

preservação.• Reconhecer os órgãos internos e externos e desenvolver comportamentos que

assegurem sua boa funcionalidade.• Saber a classificação básica dos animais.• Reconhecer alguns tipos de plantas.• Desenvolver hábitos e atitudes que promovam qualidade de vida. • Compreender a importância de não extinguir espécies animais.

Conteúdos

• Corpo Humano Partes do corpo Órgãos internos e externos (nomenclatura) Órgãos dos sentidos (audição, visão, paladar, olfato e tato). Higiene corporal e bucal Alimentação saudável. A saúde do corpo (doenças e prevenção)

• Animais Características e classificação dos animais Classificação (mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes). Hábitat e alimentação (carnívoros e herbívoros) Animais domésticos e selvagens (hábitat)

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Page 45: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

Animais nocivos (hábitat) Importância dos animais Partes da planta (raiz, caule, folha, flor, frutos e semente).

Como trabalhar: algumas sugestões• Trabalhar com experimentos, imagens, desenhos animados, slides.• Promover passeios de estudo.• Utilizar vídeos sobre a preservação da fauna e flora.• Plantar sementes em potes reutilizáveis.• Construir pequenos espaços naturais para plantio de hortaliças.• Utilizar lupas para observação de animas menores.• Desenvolver atividades com materiais reutilizáveis para construção de maquetes e

brinquedos.

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: ciências naturais. Brasilia, D.F: MEC/SEF, 1998. PRETTO, Nelson De Lucca. A ciência nos livros didáticos. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, D.F: MEC/SEF, 1998. SANTA CATARINA. Coordenadoria Geral de Ensino. Proposta curricular de Santa Catarina: educação infantil, ensino fundamental e médio: (disciplinas curriculares). Florianópolis: COGEN, 1998.

BIBLIOGRAFIA

BORGES, Regina Maria Rabello; MORAES, Roque. Educação em Ciências nas séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.CARRETERO, Mario. Construtivismo e educação. Porto Alegre: Artmed, 1997.CARVALHO, Anna Maria Pessoa de, et. al. Ciências no ensino fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.COLL, César. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2002.DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.GIORDAN, André; VECCHI, Gerard de. As origens do saber: das concepções dos aprendentes às concepções científicas. Porto Alegre: Artmed, 1996.HARLAN, Jean Durgin; RIVKIN, Mary S. Ciências na educação infantil: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: ciências naturais. Brasilia, D.F: MEC/SEF, 1998. PRETTO, Nelson De Lucca. A ciência nos livros didáticos. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.SANTA CATARINA. Coordenadoria Geral de Ensino. Proposta curricular de Santa Catarina: educação infantil, ensino fundamental e médio: (disciplinas curriculares). Florianópolis: COGEN, 1998. SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. Araraquara: JM Editora, 2004.

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Page 46: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

ESTUDOS SOCIAIS

Nos tempos de globalização e da revolução tecnológica, precisamos mais do que nunca conhecer e preservar o nosso patrimônio cultural, material e social.

O homem esvaziado da cultura do saber e do fazer está exposto a todo tipo de influência. Já o homem que se sente integrante de um contexto histórico, político e cultural tem referência do passado e conhece o seu presente, torna-se um cidadão criativo, atuante e responsável com seu futuro e com o contexto em que vive.

A Escola deve estar sempre se atualizando e acompanhando as mudanças da sociedade. Se o mundo precisa de pessoas criativas, ela deve estimular esse lado. E isso vale para a vida dos professores e dos alunos. Não podemos mais continuar formando os jovens apenas para o trabalho e o lucro. É preciso oferecer uma formação integral. .

Neste sentido, não podemos mais nos limitar, no trabalho desenvolvido com os alunos, apenas à realidade que os cerca. O universo está disponível a ser explorado e tudo que acontece com ele nos afeta diretamente. É fundamental que nesse processo os alunos também se situem em relação aos diferentes espaços, percebendo-se como agentes da sua construção e determinando qual a sua atuação responsável como cidadãos, diante dos problemas do nosso país e do mundo.

Dessa forma, vamos incorporando conhecimentos das diferentes áreas das ciências humanas para entender o Homem e o nosso Planeta. Cabe à escola instigar os alunos a observar, conhecer e interagir com diferentes culturas, fatos históricos, políticos, econômicos e os elementos naturais que lhe deram feições próprias como Homem, que ao longo do tempo, modificou, alterou esses espaços na medida de sua necessidade ou interesse.

Para tanto, é preciso modificar nossa consciência ingênua e acrítica e passarmos a ter competência técnica e política para redirecionar o processo educativo, na busca do conhecimento do homem, constituindo assim, uma sociedade mais justa e igualitária capaz de proporcionar a todos os seres humanos, as mesmas oportunidades, pois são muitos os tratados teóricos da ciência que provaram os efeitos das desigualdades econômicas, sociais e culturais na formação da consciência humana.

A metodologia de ensino utilizada proporcionará a participação ativa do aluno, utilizando as diferentes linguagens disponíveis. Os estudantes recebem em sala de aula, conjuntos de atividades teóricas e práticas que envolvem a vida, dentro e fora do espaço da escola e que interferem na sua formação. Essa participação será orientada no sentido de levar os alunos a perceberem-se como parte do todo, conhecendo-se e expressando-se como indivíduos e como seres atuantes na realidade em que vivem.

A avaliação não se restringirá à capacidade de memorização, mas sim na capacidade de refletir e aplicar os conceitos, conteúdos, procedimentos e atitudes.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralPropiciar às crianças noções de espaço, localização espacial, relação temporal e a

contextualização histórica da criança, família, comunidade.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Conhecer a sua história e seus familiares.• Reconhecer a sua localização no meio em que está inserida (Escola/CEI/seu lar).

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Page 47: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Reconhecer lugares e desenvolver o gosto de cuidar, criar e preservar belas paisagens, praças, jardins e floreiras.

• Vivenciar atitudes de cidadania e patriotismo.

Conteúdos

• Histórico de vida da criança• Resgate da história familiar• Reconhecer o espaço físico que ocupam nos CEIs e UEs• Datas comemorativas• Moradia: tipos de casas, localização.• Meios de transporte• Estações do ano• Lugares e paisagens• Dia, mês, ano.

Como trabalhar: Algumas sugestões• Criar álbum de figurinhas e de família.• Sistematizar projetos que envolvam as pessoas e as paisagens do lugar onde vive.• Pesquisar receitas da minha terra... • Explorar o guia turístico da cidade, visitando alguns pontos. • Criar um museu na própria sala. • Desenvolver projetos tais como: Com a câmera na mão e uma idéia na cabeça... Quem

canta seus males espanta...

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralEstimular na criança o conhecimento e o sentimento de confiança em suas capacidades,

afetiva, física, cognitiva, ética, estética, inter-relação pessoal, favorecendo a inserção social para agir com perseverança na busca do conhecimento, compreendendo a importância da sua participação, para atitudes de solidariedade, justiça, estabelecendo relações éticas com todas as pessoas, fazendo uso de diversos conhecimentos e princípios da história e geografia.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Conhecer a sua história e seus familiares, e estabelecer os seus deveres e direitos como

criança. • Reconhecer o espaço e deslocamento da escola para o lar e o seu espaço físico.• Desenvolver noções de dimensões espaciais.• Reconhecer lugares e desenvolver o gosto de cuidar, criar e preservar belas paisagens,

praças, jardins e floreiras.• Vivenciar atitudes de cidadania e patriotismo. • Respeitar normas escolares, de trânsito, locais públicos, etc.

Conteúdos

• Ser criança

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Page 48: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Quem é você• História pessoal• Família• Escola• História da escola• Lugares e paisagens• Cidade e Campo• Meios de transportes• Meios de comunicação• Profissões• Vivendo em comunidade• Direito e deveres da criança• Datas comemorativas • Dia, mês, ano.• Estações do ano

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo Geral Oferecer condições para a criança reconhecer a formação do meio em que está inserida,

contextualizando o bairro, e contribuindo na interação com a natureza, sensibilizando o educando para ações sócio-comunitárias.

Objetivos específicos (aprendizagem)• Conhecer a história de seu bairro. • Reconhecer o espaço de seu Bairro no Município de Blumenau• Conhecer a geografia física do Bairro, compreendendo a importância da preservação

de todos os elementos estudados (hidrografia, relevo, fauna e flora...). • Desenvolver noções espaciais referentes ao município de Blumenau dentro contexto

mundial.• Reconhecer lugares e desenvolver o gosto por espaços culturais, praças e áreas de

preservação. • Reconhecer as estações do ano, desenvolvendo noções sobre o clima e suas

implicações (modos de se vestir, alimentação, prevenção de doenças, entre outras).• Identificar as Áreas Comunitárias e compreender seus valores para a sociedade (postos

de saúde, associação de moradores, postos policiais...). • Vivenciar atitudes de cidadania e patriotismo. • Respeitar normas escolares, de trânsito, locais públicos, etc.

Conteúdo

• Bairro O aluno e o meio em que vive Pessoas e seus lugares (descendências) O bairro e sua história - Colonização Bairro – municípios e limites Transformação ao longo do tempo Indústria

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Page 49: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

Comércio Agricultura Pecuária Turismo Artesanato Descobrindo pontos culturais do bairro Recursos Naturais – preservação Vegetação Clima Relevo Solo Hidrografía Áreas comunitárias Necessidades básicas Trabalho Meio de transporte Meios de comunicação

Datas comemorativas significativas e datas cívicas Cidadania e ética

Como trabalhar: algumas sugestões (1º. e 2º. ano)• Desenvolver atividades que proporcionem à criança a capacidade de leitura do espaço

geográfico por meio da representação em mapas. Estimular outras formas de representação.

• Construir mapas. (Nosso lugar no mundo - partir das observações do micro para o macro e vice-versa – o bairro, a cidade, o estado, o país e o mundo).

• Demonstrar em espaço externo, os pontos cardeais e colaterais.• Representar símbolos, legendas (os significados individuais e as convenções

cartográficas) e cores (as diferentes cores e tonalidades e seu significado no mapa).• Reproduzir através de maquetes cidades (de áreas rurais e urbanas) e fenômenos

geográficos. • Reproduzir painéis com imagens de fenômenos naturais (climáticos) e formas de

relevo, históricos e outros.• Realizar pesquisa histórica para identificar as pessoas que contribuíram na construção

cultural do Bairro e do Município.• Realizar leituras de músicas, poemas e fatos históricos e ambientais – uma forma da

leitura da sociedade em que vivemos.• Explorar trabalho de Campo (o professor poderá planejar excursões ao bairro, áreas de

preservação ambiental, parques, rios, visitas a indústrias, entre outros).• Usar materiais audiovisuais, computador, internet.

SITES SUGERIDOS

www.discoverybrasil.com/ dados Brasil e Mundowww.ibge.gov.br- dados estatísticos do Brasilwww.novaescola.com.br- dados educacionaiswww.tv.cultura.com.br- informações sobre vídeos educativoswww.brasil.com.br- informações gerais sobre o Brasilwww.incra.gov.br- informações sobre questões da terra no Brasil

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Page 50: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

www.ibama.gov.com.br- informações sobre questões ambientais no Brasilwww.sc.gov.br/ informações sobre o Estado de Santa Catarina www.blumenau.gov.br informações sobre Blumenau www.geocites.com.br- informações gerais sobre Geografia www.das.inpe.br- acesso a imagens de satéliteswww.dominiopublico.gov.br/ informações

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Page 51: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

ARTESToda expressão artística é uma síntese do espírito e um ato de comunicação

(José Bernardo Toro)

Durante muito tempo o ensino da arte no Brasil esteve embasado na prática da cópia de modelos estereotipados, na formação e preparação para o trabalho e na construção de objetos de uso imediato e utilitário.

Isso fez com que a arte na escola tivesse uma forma de interpretação e prática errôneas, mas o ensino da arte no Brasil vem sofrendo modificações positivas nas últimas décadas. Após ser vista durante muito tempo como disciplina não importante no currículo escolar, hoje já começa a colher o fruto de muito trabalho realizado por profissionais da educação interessados em melhorar a qualidade da prática em nossas escolas.

Movimentos de arte educadores por todo o Brasil em busca de melhorias nos currículos das instituições de ensino superior, maior oferta em capacitação de professores, disponibilidade de material pedagógico e, principalmente, mudança na prática em sala de aula implicaram em mudanças significativas para o ensino e aprendizagem em arte.

Hoje a arte já é reconhecida como disciplina que tem muito a contribuir na formação do ser humano como um todo. Integrada a outras disciplinas, muitas vezes, faz com que as consideradas mais “sérias”, sejam trabalhadas de forma mais prazerosa e lúdica.

A educação pela e para a arte deve proporcionar ao aluno o desenvolvimento do pensamento artístico, através da experimentação, trocas e conhecimentos de toda produção cultural produzida pela humanidade ao longo dos tempos.

Através dessas experiências o aluno poderá ser estimulado a desenvolver sua sensibilidade, percepção e imaginação e, dessa forma, se colocar como sujeito participativo, crítico e transformador nas diferentes situações sociais.

Desde muito pequena a criança desenvolve atividades rítmicas, melódicas, fantasia-se de adulto, produz desenhos e inventa histórias.

Todas essas expressões artísticas funcionam para ela como atividade simbólica, sendo uma forma de expressar-se e interagir com o mundo. Faz isso do jeito que imagina ser as coisas para ela, sem precisar da “ajuda” ou da interferência do adulto. Pequenos pontos ou diferentes traços se transformam em pessoas ou qualquer outra coisa que ela imaginar.

É nessa fase que o professor deve cultivar esses meios de expressão, para encorajá-la nas primeiras manifestações estéticas, deixando que se expresse com liberdade nas diferentes formas de manifestações da arte.

A proposta de arte que se sugere para a educação infantil e anos iniciais visa desenvolver a sensibilidade, a percepção, através da experiência e da experimentação estética. Para tanto é fundamental colocar as crianças frente às diferentes possibilidades de exploração da arte e suas expressões, valendo-se dos jogos, brincadeiras, música, teatro, atividades plásticas e visuais, permitindo que se expressem com liberdade e naturalidade, aproveitando o conhecimento que trazem e que é natural, promovendo trocas e, dessa forma, enriquecendo o desenvolvimento intelectual, a percepção e a sensibilidade.

É fundamental ter um ambiente estimulante para a criação a fim de colocar a criança frente às produções artísticas, onde ela possa interagir, conhecer e explorar, criando objetos artísticos com materiais alternativos, valorizando a pesquisa e a descoberta. Construindo, a criança transforma e descobre novas possibilidades e um novo significado para o que está a sua volta.

A afetividade e as trocas de experiências também são importantes no ato de aprender e de desenvolver o pensamento crítico e reflexivo a fim de tornar a criança mais observadora e perceptiva, contribuindo assim para seu desenvolvimento integral.

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Page 52: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralApreciar as diferentes formas de expressão humana e experienciar esteticamente todos os

tipos possíveis de linguagem tais como o desenho, a modelagem, a colagem, a pintura, a obra, a imagem, a música, o teatro, visando à ampliação do conhecimento de mundo e a sensibilização entre o sujeito histórico-cultural, a realidade e a arte.

Objetivos Específicos• Reconhecer e observar alguns elementos da composição de uma obra de arte como:

cor, forma e o tema.• Expressar e experimentar as diferentes expressões da linguagem visual, através do

desenho, da pintura, do recorte, da colagem, modelagem, etc.• Apreciar na música a escuta, os sons do mundo e da natureza.• Ser capaz de expressar-se corporalmente, utilizando a música, a imitação, marcando o

ritmo.• Desenvolver a percepção, curiosidade, a atenção e a concentração.• Desenvolver o respeito pelo o seu trabalho e o trabalho do colega.• Integrar e se comunicar com os outros por meio de movimentos e gestos.

Conteúdos• Leitura de imagens (comparar, relacionar, descrever...)• Desenho e livre expressão• Pintura• Recorte e colagem• Gravuras e impressões• Modelagem• Figuras geométricas• Conhecendo obras e mestres das artes visuais• Trabalhando o tato, a percepção visual…• Elementos de uma composição (o ponto, a linha cor, volume, espaço, contraste, luz e

tema).• Canto• Jogos e brincadeiras• Dramatização• Explorando os diferentes sons e ritmos• Jogos teatrais• Teatro de fantoches

Algumas sugestões de como trabalhar o desenho, a pintura a gravura, a modelagem e outras formas de expressão plástica:

• Oferecer diferentes materiais para a criança expressar seus sentimentos e idéias através do seu grafismo, podendo ser utilizada a música e a expressão corporal nesse processo.

• Propor a criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).

• Possibilitar contato com materiais, texturas, suportes e instrumentos diversificados.

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Page 53: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Oportunizar atividades que envolvam a descrição de imagem comparando, observando…

• Trabalhar a modelagem com argila ou massa de modelar que pode ser feita por eles.• Possibilitar o manuseio de formas geométricas, explorando as formas e as cores.

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralApreciar as diferentes formas de expressão humana e experienciar esteticamente todos os

tipos possíveis de linguagem tais como o desenho, a modelagem, a colagem, a pintura, a obra, a imagem, a música, o teatro, visando a ampliação do conhecimento de mundo e a sensibilização entre o sujeito histórico-cultural, a realidade e a arte.

Objetivos Específicos• Reconhecer elementos da linguagem visual como: O ponto, a linha, a cor, a forma e

texturas.• Observar e apreciar as atividades de dança realizadas por outros, desenvolvendo seu

olhar, sua fruição, sensibilidade e capacidade analítica. • Saber expressar-se corporalmente acompanhando o ritmo da música através de jogos,

danças e atividades diversas.• Produzir trabalhos artísticos de linguagem visual, explorando diferentes elementos

como material alternativo, reciclável, entre outros. • Explorar obras e trabalhos artísticos de diferentes épocas.

Conteúdos

• Jogos de percepção e observação• Leitura e interpretação de imagens• Pintura• Recorte e colagem• Modelagem• Explorando os elementos de uma composição plástica (o ponto, a linha, a cor e a

forma).• Texturas• Brincadeiras de roda• Canto: cantigas de roda, músicas do folclore.• Explorando o ritmo da música com o corpo• Jogos teatrais• Teatro de bonecos/marionetes e fantoches• Explorando os sentidos• Desenho

Algumas sugestões de como trabalhar o desenho, a pintura, a modelagem e outras formas de expressão plástica:

• Estimular a criança a se expressar em diferentes formas gráficas, utilizando a música como elemento estimulador.

• Construir composições a partir de obras dos grandes artistas, tendo como leitura a interpretação dos mesmos.

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Page 54: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Propor a criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos (bidimensional e tridimensional).

• Oportunizar a criação e o manuseando de formas geométricas.• Utilizar diversos materiais para a composição plástica tais como: cola colorida,

guache, tintas, lápis, giz, papéis diversos, sementes, elementos da natureza, barbantes, tecidos, pincéis, canudos e outros.

Algumas sugestões de como trabalhar a dança, a música e o teatro:• Explorar o espaço, utilizando o corpo para marcar o ritmo e movimento. • Brincar, cantar através de cantigas de roda e música do folclore.• Possibilitar o conhecimento dos sons da natureza.• Experimentar e tirar sons de diferentes materiais do cotidiano.• Explorar jogos teatrais de imitação, adivinhação e todas as formas de expressão

corporal.• Realizar teatro de bonecos (confecção e manuseio).• Propor a integração e comunicação com os outros por meio dos gestos e do

movimento.• Oportunizar as brincadeiras, os jogos, as danças, as atividades diversas de movimento

e suas articulações com os elementos da linguagem musical.• Oferecer a música em seus diferentes estilos para apreciação.• Viabilizar a experimentação e articulação entre as expressões corporal, plástica e

sonora.• Oportunizar passeios de estudo em espaços culturais diferenciados.

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivo GeralApreciar as diferentes formas de expressão humana e experienciar esteticamente todos os

tipos possíveis de linguagem tais como o desenho, a modelagem, a colagem, a pintura, a obra, a imagem, a música, o teatro, visando a ampliação do conhecimento de mundo e a sensibilização entre o sujeito histórico-cultural, a realidade e a arte.

Objetivos Específicos• Desenvolver o olhar critico com relação ao que produzem e o que é produzido pelos

artistas.• Identificar os elementos da linguagem musical, explicitando-os por meio da voz, de

materiais sonoros e de instrumentos disponíveis, sempre que possível, por meio do teatro.

• Explorar a leitura e discussão de textos simples, imagens e informações orais sobre os artistas e suas produções.

• Construir formas plásticas (bidimensional e tridimensional).• Utilizar máscaras, bonecos e outros elementos para expressar-se oralmente.

Conteúdos

1 – Artes Visuais:1.1 Vídeo

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Page 55: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• O Início da Arte no MundoSugestão: A Era do Gelo.

1.2 Cores• Trabalhar as sensações: Alegre, suave, forte, vibrantes, conflitos. O uso das cores na arte Pintura com dedo, mãos, misturas e experiências com cores.

1.3 PontoObs.: Trabalhar de forma lúdica e não aprofundada.

1.4 Texturas• Explorar no espaço escolar e ou diferentes locais, alguns tipos de texturas existentes

como: áspero, liso, rugoso e ou folhas de vegetais, etc.

1.5 Formas• Tridimensional: trabalhando e criando com sucatas• Modelagem com massinhas coloridas, argila ou biscuit, papel marche, etc.• O círculo, quadrado, forma aberta e ou fechada, o triângulo e o retângulo.• Geometria e arteSugestão: Para que possa haver melhor compreensão e reconhecimento dos elementos

que estruturam a linguagem visual, utilizar leitura com histórias, contos e outros meios.

1.6 Leitura de Imagens (1a fase)Analisar:• Número de elementos• O que aparece mais vezes• Comparar e analisarObs.: Trabalho prático: Revisitar obras interferindo, adicionando ou subtraindo

elementos.

1.7 Leitura de imagens (2a fase)• Explorar sensações: O que sentiu? O que o artista pensava quando fez a obra? Que nome você daria a essa obra? Ela te lembra alguma coisa, ou algum momento?Obs.: Sempre ao final de cada leitura e interpretação de imagens, oferecer à criança a

oportunidade de expressar-se com atividades prática, construindo novas composições plásticas sobre o tema trabalhado.

1.8 Ilustração de textosSugestões: Textos de interesse da criança, tais como: conto, poema, fábulas e outros.

1.9 Pré-História – Arte Rupestre• Trabalhar com impressões positivo e negativo, carvão, papel pardo, guache, pigmentos

naturais.

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Page 56: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

1.10 Artesanato: Arte Popular e Utilitária• Trabalhar o artesanato local produzido pela comunidade do município.Sugestões: trabalhos manuais (modelagem em argila, entre outros).

1.11 Folclore• Trava Línguas• Música e outras formas de expressão popular.

2 – Teatro:• Definir os diferentes tipos de comunicação que o ser humano utilização para

comunicar-se:

2.1 Linguagem• Falada• Visual• Gestual• Percepções auditivas, olfativas e tato.

Trabalhar: Os gestos Sons e sinais Sons e gestos Pintar os sons Sons e cores Sons para imagens Expressão verbal e corporal Histórias e objetos com seqüência Fantoches (1a fase) Máscaras (1a fase)

3.0 Música• Cantigas infantis• Música ambiente• O canto• Clássicos e orquestras

Trabalhar: O timbre Ritmo Explorar e produzir sons com o corpo

4.0 Dança• Coreografias e seqüências de movimentos• Gestos que inventam (imitando ou recriando)

REFERÊNCIAS

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Page 57: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

BORO, José Bernardo. A Educação como uma obra de arte. In: Arte, escola e cidadania: Um prêmio e seus premiados. Instituto Arte na Escola. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006. PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: arte. Brasília, D.F: MEC/SEF, 1998.

BIBLIOGRAFIA

READ, Hebert. O Sentido da arte. 7. ed. São Paulo: Imbrasa, 1978.CAMARGO, Luis. (Org.) Arte – Educação: da pré–escola á universidade. São Paulo: Nobel, 1989.BRASSART, Fontanel. A Prática da expressão plástica: 60 fichas de trabalho criativo. São Paulo: Martins Fontes, 1982.DERDIK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 1989.LOWENFELD, Victor. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1970.REVERBEL, Olga. Jogos teatrais na escola: atividades globais de expressão. São Paulo: Scipione, 1989.LADEIRA, Idalina; SARAH, Caldas. Fantoches e cia. São Paulo: Scipione, 1989.RICARDO, Japiassu. Metodologia do ensino de teatro. Campinas: Papiros, 2003.AMARAL, Ana Maria de Abreu. O autor e seus duplos: Máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Senac, 2002.BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003.PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: arte. Brasília, D.F : MEC/SEF, 1998. BARBOSA, Ana Mae. Som, gesto, forma e cor: dimensões da arte e seu ensino. Belo Horizonte, 1995.

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Page 58: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

ENSINO RELIGIOSO

Visando uma educação global que considera o ser humano na sua totalidade, a religiosidade e suas diferentes expressões se apresentam hoje como uma dimensão relevante, manifestando os níveis mais criativos e profundos do ser humano. A religião, como expressão da religiosidade humana presente em todos os povos e culturas, sempre ocupou um lugar de destaque na vida dos indivíduos e das sociedades.

Portanto, uma educação global, que vise o desenvolvimento pleno do educando e aberta para o reconhecimento do sentido da vida, que homens e mulheres de qualquer cultura, independente da sua religião, busquem viver a fraternidade universal, deve iniciar na infância.

O Ensino Religioso não pode ser entendido como mera informação a respeito das religiões ou manifestações religiosas e muito menos com doutrinação ou proselitismo, mas através do conhecimento das grandes experiências religiosas da humanidade e de suas expressões, em busca do sentido da vida, deve favorecer o autoconhecimento do educando e seu posicionamento diante da vida, num relacionamento de respeito com o outro.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu artigo 33, afirma: “[...] a escola é um espaço privilegiado de construção de conhecimentos, expansão da criatividade, desenvolvimento da humanização, vivência dos valores universais, promoção do diálogo inter-religioso, valorização da vida e educação para paz, e assim, não pode ignorar a importância da disciplina Ensino Religioso como parte integrante da formação básica do cidadão.”.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralPropiciar às crianças vivências dos princípios da moral, da ética, da cidadania, relações

pessoais e interpessoais, considerando sua religiosidade, para contribuir no desenvolvimento e nas relações cotidianas.

Objetivos Específicos• Reconhecer que cada ser humano é único.• Identificar atitudes de respeito para consigo e com outro.• Estimular a solidariedade familiar e com os outros.• Observar o meio que o cerca e relacioná-lo consigo e com o outro.• Conhecer e respeitar as diferentes crenças presentes em sua turma.

Conteúdos

• Tema principal: Vida, um grande presente! Eu Família Amizade Respeito Natureza

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Page 59: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

Como trabalhar: algumas sugestões• Ler e dramatizar histórias infantis que valorizem a vida.• Solicitar aos alunos que desenhem em uma folha as pessoas que lhe são importantes.• Assistir filmes que proporcionem a reflexão de valorização dos amigos.• Cantar músicas de acordo com os temas propostos.

1º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

Objetivo GeralPropiciar à criança a compreensão de sua identidade numa construção de reciprocidade e

respeito com o outro e na percepção da idéia do Transcendente, expressas de maneira diversas pelos símbolos religiosos.

Objetivos específicos:• Reconhecer que cada ser é único e possui inúmeras possibilidades diante do mundo.• Reconhecer a importância do outro, independente de raça, cor e credo. • Vivenciar valores e incentivar o seu agir como co-responsável na construção do bem

viver.• Possibilitar o conhecimento e assim, o respeito às diversas formas de crer.

Conteúdos

• Tema principal: Eu, o outro e o mundo Eu, pessoa especial Eu e o outro As pessoas têm características diferentes Posso transformar o mundo Posso escolher Minhas atitudes para transformar o mundo Falo com Deus Conhecendo nossas religiões

Como trabalhar: algumas sugestões• Ler e dramatizar histórias infantis que valorizem as atitudes de boa convivência.• Solicitar às crianças que representem em um cartaz as maravilhas da natureza e as

transformações feitas pelo homem.• Apresentar filmes infantis que valorizem os amigos. • Oportunizar a interação das crianças através de músicas.• Interpretar e ou criar histórias em quadrinhos referentes aos temas propostos.

2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

Objetivo GeralA aprendizagem do Ensino religioso propiciará o entendimento dos diferentes

significados dos símbolos religiosos na vida e convivência das pessoas e grupos, assim como,

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Page 60: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

o valor da reverencia ao Transcendente, que é um só e expresso de maneiras diversas pela simbologia religiosa.

Objetivos específicos:• Desenvolver as relações sociais.• Contemplar sua própria história e conhecer a história das pessoas que dão exemplos de

fé.• Vivenciar os valores dos pequenos gestos.• Reconhecer o valor que cada símbolo religioso tem para os adeptos de sua religião.• Valorizar a forma de reverência ao Transcendente, nas diversas maneiras de

expressão.

Conteúdos

• Tema principal: A grandeza dos pequenos gestos Estou mudando Cresço com o outro Aprendendo os costumes O valor da Bondade O que é um símbolo religioso Valorizando o símbolo do outro Gestos que expressam alegria Saber ouvir e acolher Eu e as outras pessoas de outras religiões As religiões e seus gestos O amor, símbolo de Deus

Como trabalhar: algumas sugestões• Contar e dramatizar histórias infantis que valorizem as atitudes de amor e bondade.• Solicitar às crianças que tragam de sua casa símbolos religiosos utilizados na sua

crença.• Representar símbolos religiosos de cada religião apresentada e fazer uma exposição.• Apresentar filmes infantis que valorizem a religiosidade. • Oportunizar a interação das crianças através de músicas.• Interpretar e ou criar histórias em quadrinhos referentes aos temas propostos.• Oportunizar a interação das crianças, através de dinâmicas.• Fazer relatos sobre os novos conhecimentos religiosos.

REFERÊNCIAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, publicada no Diário oficial da União de 23 de dezembro de 1996.

BIBLIOGRAFIA

CARNIATO, Maria Inês. Redescobrindo o universo religioso: Educação Infantil e 1ª. e 2ª. Séries. Petrópolis: Vozes, 2001.

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Page 61: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. O ensino religioso: perspectivas, tendências e desafios. Petrópolis, Vozes, 1996.SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto. Proposta curricular de Santa Catarina: implementação do ensino religioso: ensino fundamental. Florianópolis: Secretaria de Estado da Educação e do Desporto, 2001.PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: ciências naturais. Brasilia, D.F: MEC/SEF, 1998. FÓRUM. Nacional Permanente do Ensino Religioso. – Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Religioso. 2ª Edição. São Paulo – Ave Maria, 1997.

SITES

www.dominiopublico.gov.brwww.turmadamonica.com.brwww.eaprender.com.br

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Page 62: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física visa contribuir para o desenvolvimento da criança, lhe assegurando o acesso às práticas corporais produzidas pela cultura humana através do lúdico, dos jogos, das brincadeiras e diversas formas de ginástica nas quais a criança descobre seus limites, atinge metas, vence desafios, respeita e cria regras. Seu objeto de estudo é o movimento humano; “movimento” como um processo mais amplo da motricidade, procurando a interação da criança com o meio ambiente através de todas suas dimensões – motora, cognitiva, afetiva e social – garantindo-lhe uma formação integral, para que saiba fazer, e entender o que faz, procurando desenvolver a autonomia e a cooperação, garantindo desta forma uma melhoria na qualidade de vida.

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (crianças que completam 6 anos de idade após 31/03 do ano em curso)

Objetivo GeralProporcionar às crianças diferentes práticas corporais que atuem no desenvolvimento das

habilidades motoras e sociais, através dos jogos/brincadeiras, ginástica e dança, a fim de oportunizar o conhecimento gradativo dos limites e potencialidades do próprio corpo e do outro, desenvolvendo o espírito cooperativo e o respeito às regras.

Objetivos Específicos de aprendizagem• Vivenciar jogos/brincadeiras, danças e ginástica.• Brincar em tempos e espaços diferenciados.• Identificar partes do próprio corpo.• Identificar diferentes formas, cores, objetos, números e letras através do movimento

corporal.• Construir brinquedos e brincadeiras.• Participar ativamente de brincadeiras que desenvolvam a percepção dos sentidos.• Respeitar e criar regras em jogos.• Cooperar com os colegas.

Conteúdos

Quanto menor a criança, maior é a responsabilidade do adulto de lhe proporcionar vivências posturais e motoras variadas. O professor deve organizar o ambiente com materiais que propiciem a descoberta e exploração do movimento. Materiais que rolam pelo chão, como cilindros e bolas de diversos tamanhos, sugerem às crianças que se arrastem, engatinhem ou caminhem atrás deles ou ainda que rolem sobre eles. As bolas podem ser chutadas, lançadas, quicadas. O professor pode organizar atividades que exijam o aperfeiçoamento das capacidades motoras da criança, ou que lhes tragam novos desafios, considerando seus progressos. Organizar circuitos no espaço externo ou interno da escola de modo a sugerir às crianças desafios corporais variados.

1. Jogos e brincadeiras: Processos lúdicos e criativos que permitem modificar imaginariamente a realidade, desenvolvendo a capacidade de abstração e atuação no simbólico.

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Page 63: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

1.1 Populares 1.2 Sensoriais

1.3 Brincadeiras de Roda 1.4 Brinquedos Cantados 1.5 Construção de Brinquedos

2. Ginástica: Proporcionar às crianças a oportunidade de conhecer e valorizar as várias formas de ginástica.

2.1 Natural:• Locomotores: rastejar, engatinhar, correr, saltar, saltitar, etc.• Manipulativos: alcançar, agarrar, soltar, empurrar, carregar, suspender, arrastar,

arremessar, passar e receber, rebater, etc.• Estabilidade: flexionar, estender, girar, balançar, equilibrar, equilibrar-se, escalar,

dependurar-se, etc.• Outros tipos: Chutar, aparar e rebater com diferentes partes do corpo, rolar, etc.

2.2 Historiada:• Imitação de animais• Objetos• Meios de transportes, etc.

2.3 Aparelhos manuais:• Materiais de sucata• Alternativo• Corda• Bola• Arco• Bastão

3. Dança: Valorizar a espontaneidade, a criatividade e as possibilidades expressivas da dança e de outros movimentos que traduzem a cultura brasileira e o folclore das várias regiões:

• Atividades com diferentes sons• Mímicas• Dramatizações• Folclóricas• Temas livres• Memorização de cantos• Brinquedos cantados

4. Orientação espaço-temporal:• Lateralidade: explorar a noção de lateralidade do corpo em relação a outro para a

realização de atividades. É uma valência motora que se refere aos olhos, mãos e pés.• Espaço-temporal: a brincadeira e o uso de espaços e tempos diferenciados, noção

frente e atrás, acima e abaixo, em cima e embaixo, etc.

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5. Imagem-corporal e esquema-corporal: reconhecimento de si mesmo e do outro, em repouso ou em movimento, assim como das relações entre suas diferentes partes e, sobretudo, de suas relações com o espaço e com os objetos que nos rodeiam, o reconhecimento do seu próprio corpo como um todo, bem como a posição das partes do corpo, com relação às pessoas, objetos e implementos;• Brincar com a própria sombra• Brincadeiras com objetos variados, tocar com a parte do corpo solicitado pelo

profº.

6. Atitudinais: Esses aspectos devem ser compreendidos como uma organização didática para maior clareza do processo educativo, mas na prática não se fragmentam; acontecem simultaneamente e se ampliam durante todo o processo. Entre eles pode-se citar:• Cooperação• Autonomia• Respeito às regras• Criação de regras• Criatividade

7. Educação Física adaptada: Buscar alternativas para atender e incluir respeitando as particularidades dos portadores de necessidades educativas especiais.

1º. e 2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

Objetivos gerais• Ampliar as possibilidades expressivas do movimento humano, explorando diferentes

qualidades e dinâmicas, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo e aperfeiçoando gradualmente os seus limites, ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações.

• Proporcionar melhora progressiva da imagem global do corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o corpo.

Objetivos específicos:• Superar progressivamente suas habilidades motoras, sociais e afetivas.• Conhecer o próprio corpo e perceber sua inserção no meio ambiente.• Vivenciar exercícios corporais – jogos, brincadeiras, dança – bem como construir

brinquedos e regras.• Brincar em tempos e espaços diferenciados.• Desenvolver o espírito cooperativo e o respeito às regras.• Manusear diferentes materiais e objetos através de movimentos de preensão, encaixe e

lançamento.

Conteúdos

1. Esquema corporal e imagem corporal• Perceber e controlar o próprio corpo• Bom equilíbrio postural

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Page 65: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Dominância lateral, direita e esquerda• Domínio das pulsões (freio inibitório)• Independência entre os diferentes segmentos corporais• Mostrar e nomear as partes do corpo• Perceber o controle do próprio corpo através de exercícios ritmados e segmento• Educação das atitudes, através da colocação da cabeça, das costas, das sensações

plantares, educação das posições, economia e equilíbrio das posturas.

2. Respiração• Educar a respiração e o relaxamento

3. Coordenação motora ampla e fina

Andar, correr, saltar, andar em quadrupedia, rastejar, trepar, impulsionar, deslizar, deslocar-se no espaço, procurando dar significação a estes movimentos:

• Corridas em várias direções com arcos, pneus ao som pular por baixo, por cima.• Provocar uma reflexão sobre as situações• Jogos de perseguição “Pega-pega” com diversas variações• Circuitos com obstáculos: com arcos, bastões, pneus, cordas.• Aplicar jogos de imaginação e os jogos simbólicos que tem valor de expressão• Distribuir o material de forma que desperte a imaginação das crianças• Propor atividades nas quais os parâmetros dos movimentos tomem formas diferentes

em amplitude, direção, aceleração, força, velocidade e duração.• Trabalhos com apoio musical e percepção temporal• Jogos com regras e funcionais

4. Coordenação dinâmica específica• Provocar situações diferentes através da colocação postural.• Utilização de objetos de diferentes formas, cores, volumes, pesos, texturas.• Localização dos objetos através da distância, trajetória e velocidade.• Objetivar movimentos de lançar, produzir impacto, golpear, deixar, receber, apanhar,

parar, conduzir-se.

5. Organização espacial e temporal

5.1 Organização espacial• Projetar a lateralidade no espaço• Observar trajetórias, velocidades e acelerações.• Representar e interpretar graficamente os espaços• Consolidar noções de dentro/fora, interior/exterior, noções de frente/atrás, noções

acima/abaixo, em cima/embaixo e noções de ordem.

5.2 Organização temporal• Aquisição de noções de antes, durante, depois.• Aquisição de noções de sucessão e simultaneidade• Percepção de duração• Apreciação das estruturas rítmicas

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Page 66: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

• Em relação espaço-temporal, apreciação de velocidades (do próprio corpo, dos colegas, dos objetos, etc.).

• Atividades rítmicas

6. Ritmo• A noção de regularidade ou pulsação rítmica, que é a freqüência mais rápida ou menos

rápida da sucessão, de onde vai derivar a noção de andamento.• A noção de alternância regular de dois ou de vários elementos, que está ligada a noção

de repetição, de ciclo.• A noção de agrupamento regular, ligada à de intervalos.• Atividades envolvendo sensações corporais.• Atividades envolvendo os seres e fenômenos dos reinos animal, vegetal e mineral.• Atividades envolvendo o mundo da escola da família e do trabalho.• Danças de diferentes ritmos• Atividades com músicas de diversos gêneros e instrumentos musicais

7. Lateralidade e Direcionalidade:• Confirmar a dominância lateral que já tem fixado através da diferenciação da direita e

da esquerda corporal• Afinar os movimentos dos segmentos dominantes• Jogos e atividades de expressão livre• Exercícios de manipulação, malabarismo (coordenação óculo-manual).

8. Equilíbrio;• Com cordas• Banco• Deslocamento em diferentes posições e direções• Deslocamento com variação de ritmo, direção, sentido e posição.• Andar sobre objetos (tijolos, madeira, pneus).

9. Jogos• Jogos motores coletivos• Jogos motores individuais• Jogos intelectuais psíquicos e sensoriais

14. Atitudinais: Esses aspectos devem ser compreendidos como uma organização didática para maior clareza do processo educativo, mas na prática não se fragmentam; acontecem simultaneamente e se ampliam durante todo o processo.

• Reconhecimento de si mesmo e do outro• Reconhecimento do sentido das ações pessoais• Cooperação• Respeito a regras• Autonomia

REFERÊNCIAS

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Page 67: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

MATTOS, M. G. e Neira, H.G. Educação Física Infantil: Construindo o movimento na escola. Guarulhos, SP: Phorte, 2004.PARÂMETROS curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: educação física. Brasília, D.F: MEC/SEF, 1998.MATTOS, Mauro Gomes; NEIRA, Marcos Garcia - Educação física infantil: construindo o movimento na escola. 4. ed. Phorte Editora ltda. 2004,BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. Blumenau: Odorizzi, 1998.ROSA NETO, F. Escala de desenvolvimento motor: “E.D.M.” (Apostila). Florianópolis, 1996ROSA NETO, f. Desenvolvimento motor. (Apostila). Florianópolis, 2000.ARRIBAS, Teresa L. Arribas. A Educação Física de 03 a 08 Anos. 7ªed. Artmed: São Paulo,2002

BIBLIOGRAFIA

TOLEDO E. (Vários) Educação Física Escolar: desafios e propostas, 2004.SANTIN,Silvino.Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijui.1987TISI, Laura. Educação Física e a Alfabetização. 1Ed.Srint: Rio de Janeiro,2004BARBOSA, C. L. A. de A. Educação física e filosofia – A relação necessária. Petróplolis: Vozes, 2005.BORSARI, J. R. (org) Educação Física: Da Pré – Escola à Universidade. São Paulo: Epu, 1980.FERRACINI, L. G. Xadrez no Currículo Escolar: Ensinando para crianças a partir de 3 anos de idade. Londrina: Midiograf, 1998.FREITAS, M. R. e NASCIMENTO, C. Subsídios para Educação Física de 1ª a 4ª séries. Petrópolis: Editora, 1988.GONÇALVES, M. C., PINTO, R. A., TEEUBE, S. P. Aprendendo a Educação Física da Pré-Escola a 8ª série. Curitiba: Bolsa nacional do livro, 1998.

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Page 68: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

TURMA DE PRÉ-ESCOLA (CRIANÇAS QUE COMPLETAM 6 ANOS DE IDADE APÓS 31/03 DO ANO EM CURSO), 1º. E 2º. ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE

NOVE ANOS

O conceito de inclusão em sua evolução sócio-histórica aponta para a necessidade de aprofundar o debate sobre diversidade humana. Isso implica em compreender a heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as específicas do humano e, sobretudo, as diferentes situações vividas no cotidiano educacional.

Escola ou CEI inclusivo é aquele que garante a qualidade de ensino a cada uma de suas crianças, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada uma de acordo com suas potencialidades e necessidades. Para que se torne inclusivo é preciso contar com a participação responsável de todos os profissionais que permeiam a instituição: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada um vive. Será necessário garantir que cada criança tenha sua individualidade respeitada e seu acesso garantido. Não é possível delinear uma ação pedagógica específica sem antes tecer o perfil e o histórico da criança em questão.

A função da educação especial será de grande importância nas orientações que demarcarão o trabalho pedagógico do professor de sala para poder contribuir na organização dos grupos, na modificação de atividades, na seleção de materiais e recursos. Porém, os conteúdos, atividades, organizações didáticas estão diretamente relacionados à concepção de aprendizagem da instituição e o crédito depositado na criança com deficiência.

Orientações de como trabalhar com:

a) Alunos Surdos

É de extrema importância que a Escola ou CEI tenha conhecimento prévio de qual é a perda auditiva da criança e procure orientações específicas. Os recursos visuais devem ser explorados em todos os aspectos possíveis. É importante ressaltar que em qualquer nível de escolarização só se fará uso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) quando a família optar por uma formação bilíngüe.

b) Escrita/Linguagem/Surdo

Algumas sugestões:

• Falar sempre de frente para a criança. O rosto do professor deve ficar iluminado, procurando ser expressivo. O rosto da criança deve estar sempre na mesma altura do rosto do professor.

• Contar histórias ampliadas com imagem e seqüência que permita o seu entendimento por meio da leitura de imagem.

• Quando a proposta for bilingüismo propiciar à criança a visualização do alfabeto manual, confeccionar jogos que envolvam alfabeto manual x alfabeto português; utilizar ampliação de sinais em LIBRAS como indicadores. Ex: sinal de banheiro, nome, aniversário.

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Page 69: Pp Pre 1 e 2 Ano Fundamental

c) Escrita/Linguagem/Cego

Algumas sugestões:

• Identificar-se sempre ao se aproximar da criança cega.• Disponibilizar o alfabeto braile ampliado, afixado em lugar de fácil acesso a criança

(será necessária orientação específica para a marcação correta dos pontos).• Confeccionar jogos com alfabeto braile.• Utilizar livros e jogos com texturas.• Usar jogos adaptados tais como ludo, dado.• Avisar a criança ao sair, para evitar que fique falando sozinha.• Utilizar e estimular a oralização da criança.• Ao realizar mudanças na organização dos espaços e mobílias, sempre informar e

orientar a criança, situando-a dentro do espaço reorganizado.• Proporcionar iniciação a informática por meio do programa DOS VOX. • Explorar os conteúdos matemáticos por meio de materiais concretos.

d) Escrita/ Linguagem/Baixa Visão

Crianças com baixa visão têm necessidade de materiais ampliados, como livros, letras, alfabeto e em muitos casos com contraste, como por exemplo, o alfabeto escrito em folha branca, mas a escrita escura, preta de preferência.

Outro aspecto importante é que essa criança precisa de atendimento específico, pois existem particularidades de cada criança quanto à causa da baixa visão, que implicará em recursos e metodologias diferenciadas.

O processo de construção da língua escrita da criança cega deve acontecer no atendimento especializado, pois depende de procedimentos específicos do profissional da Educação Especial. Sugere-se ao professor que desenvolva sua prática pedagógica mediante as orientações específicas do professor do ensino especializado.

e) Deficiência Física

A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema osteoarticular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações físicas de grau e gravidades variáveis segundo segmento(s) coporal(is) afetado(s) e o tipo de lesão ocorrida. (Saberes e Práticas da Inclusão p.11)

Obs.: Partir do princípio de individualidade, garantido que as necessidades específicas e a permanência da criança sejam asseguradas. Em alguns casos é recomendado, além de orientações pedagógicas, orientações específicas de profissionais da saúde (fisioterapia, fonoaudiólogia.)

f) Deficiência Mental

Segundo a AAMR (American Association on Mental Retardation, 2006, p.30):

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[…] a deficiência mental é uma incapacidade caracterizada por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, e está expresso nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. Essa incapacidade tem início antes dos 18 anos.

• Comunicação;• Cuidados pessoais;• Habilidades sociais;• Desempenho na família e comunidade;• Independência na locomoção;• Saúde e segurança;• Desempenho escolar.

Obs.: É preciso garantir à criança a adaptação curricular de pequeno porte para que ocorram adaptações de objetivos, conteúdos, temporalidade e principalmente adaptação no processo avaliativo, considerando as necessidades específicas do aluno e as orientações específicas dos profissionais da educação especial.

REFERÊNCIAS

Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência física/ coordenação geral – Francisca Roseneide Furtado do Monte, Ide Borges dos Santos- Brasília: MEC, SEESP,2004 , 98 p

Retardo mental: definição, classificação e sistemas de apoio/ American Association on Mental Retardation; tradução Magda França Lopes – 10.ed.- Porto Alegre: Artimed, 2006 , 288 p

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ANEXOS

ANEXO I – Integrantes da 1ª. Comissão de Estudo e sistematização da Proposta Pedagógica

ANEXO II – Integrantes da 2ª. Comissão de Estudo e sistematização da Proposta Pedagógica

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ANEXOSANEXO I – Integrantes da 1ª. comissão de estudo e sistematização da Proposta Pedagógica

Ana Cíntia Müller - Supervisora Pedagógica Regional - SEMEDAngela da Cunha Papst - EBM Machado de AssisAngeli Jacinto – EBM Gustavo RichardAngelita Perrony - Supervisora Pedagógica Regional - SEMEDCatarina Furtunato - CEI Profª. Tereza A. E. AugsburguerCelia Regina H. Menegazza - CEI Maike Andresen DeekeDenise Pruner Barbieri - EBM Norma HuberElenir Baue Blasius – Gerente de Desenvolvimento Infantil (2005-2006)Elizabeth Avila Ferrari - EBM Profª. Júlia StrzalkowskaGraciana Maria E. de Oliveira - Supervisora Pedagógica Regional - SEMEDHeloisa G. Ribeiro - EBM Rodolfo HollenwegerIara Andréa Maes - CEI Bruno SchreiberInácia T. Pereira - EBM Almirante TamandaréIrene Debarba – Coordenadora de Alfabetização - SEMEDIvanir Maciel Ortiz - EBM Fancisco LanserIvone Hafemann Fernandes - CEI Alwin KnaeselIvone Maronez - EBM Helena M. N. WincklerJanete Schneider - EBM Quintino BocaiuvaJeane Gonçalves Mistura - EBM Lore Sita BollmannJuliane Feldmann - EBM Pedro IMaike Hiemisch da Silva - Supervisora Pedagógica Regional - SEMEDMargaret Goerttmann - CEI Elisa HortMari Terezinha Holstein - CEI Anilda Batista SchimittMaria da Paz Balthazar - CEI Alberto SteinMaria Terezinha de Souza - EBM Profª. Júlia StrzalkowskaMarlene Rocha - EBM Francisco LanserNeusa Böll - CEI José DickmannPatricia Lueders - CEI Olga BrehmerPriscila Scheidemantel - EBM Adelaide StarkeRegiane Francez Novak - EBM Machado de AssisRita de Cásia P. Amaral - CEI Hilca Piazera SchnaiderRosa Maria Fabiciack Schimoller - Supervisora Pedagógica Regional - SEMEDRose Mary Soares Voltolini - EBM Lauro MüllerRoselene Vick - EBM General Lúcio EstevesRute Blasius Ferreira - CEI Pedro KraussSchirlei Jeane Dickmann - CEI Cily JensenShirley Jorge da Silva - CEI Antonio José CurtipassiSueli Vieira - EBM Pedro IISuzane Habitzreuter - EBM Vidal RamosTânea Regina dos Santos - EBM Norma HuberTerezinha Pereira Vieira - EBM Gustavo RichardTerezinha Fátima Fachini Cawaleti - CEI Osvaldo BürgerUyara P. H. Hoffmann - EBM Pedro II e EBM General Lúcio EstevesVania E. R. Nogueira - CEI Tereza Raquel S. de AraújoVera Lúcia Simão – Diretora de Ensino Fundamental (2005-2006)

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ANEXOS

ANEXO I – Integrantes da 2ª. comissão de estudo e sistematização da Proposta Pedagógica

Carmem Silvia Almeida - EBM Felipe SchmitCélia Regina H. Menegazza - CEI Maike Andresen DeekeCelso Menezes – Coordenador de Ciências - SEMED Charles Belz – Coordenador de Educação Especial – CEMEACleusa Aparecida Fogaça da Silva (Coordenadora de Línguas)Cynara Rúbia Meurer Grahl – Coordenadora de Projetos de Saúde Escolar - SEMEDElenir Baue Blasius – Gerente do Desenvolvimento Infantil – SEMED (2005-2006)Flaviani Dalla Costa - CEI Maria ZimmermannIrene Debarba – Coordenadora de Alfabetização - SEMEDIvanir Maciel Ortiz - EBM Fancisco LanserJanete M. Wulf - EBM Duque de CaxiasJovino Luiz Aragão – Coordenador de Matemática - SEMEDJulian Gilmara Isensee - CEI Luiz VargasKatiusca Moreira Venâncio - CEI Manoel da Luz RampelottiLiliane Aparecida dos Santos Jaques - EBM Patricia Helena F. Pegorin Luciana Maria Mülmann – Coordenadora de Ensino Religioso - SEMEDMara Rúbia Dickmann Meyer - EBM Quintino BocaiuvaMarcia A. C. Burkhardt - CEI Laudemar BernardoMargaret Dias do Nascimento - Coordenadora de 2ª. a 4ª. série – SEMED (2005-2006)Mari Terezinha Holstein - CEI Anilda Batista SchimittMaria Alice B. Azeredo – Coordenadora de Artes - SEMEDMiriam Hackbasth – Coordenadora de História e Geografia - SEMEDNeusa Böll - CEI José DickmannNidia C. Cizanoski – Coordenadora de Educação Física - SEMEDRicardo Henry de Oliveira Maes - EBM Quintino BocaiuvaRose Mary Soares Voltolini - EBM Lauro MüllerRoselene Vick - EBM General Lúcio EstevesSandra Borges Funke - EBM Henrique AlfarthShirley Jorge da Silva - CEI Antonio José CurtipassiSusana Cristina Heinzen - EBM Lauro MüllerTerezinha Fatima Fachini Cawaleti - CEI Osvaldo BürgerViviane A. C. Belz - Professora Itinerante - CEMEA

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