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Proposta Pedagógica Curricular 2012

Educação de Jovens e Adultos

EJA – Fase I

Pinhais

2012

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PINHAIS, Secretaria Municipal de Educação de. Proposta Pedagógica Curricular,

2012, Educação de Jovens e Adultos – Fase I .

Pinhais - Paraná: SEMED, 2012.

101 páginas.

Departamento de Ensino.

(planejamento; ensino; alfabetização e letramento de adultos; avaliação)

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Prefeito Municipal de Pinhais

Luiz Goularte Alves

Vice-Prefeita de Pinhais

Marli Paulino

Secretária Municipal de Educação

Rosa Maria de Jesus Colombo

Diretor do Departamento de Ensino

Célio Rodrigues Leite

Gerente de Ensino Fundamental

Kelly Panini Fonseca de Souza

Coordenação da Educação de Jovens e Adultos

Solange do Rocio Penna

Coordenadores:

Graciana Cardoso

Joceli Carla de Almeida

Inara Martins Ferreira

Adinilson Robaina

Gabriela de Sousa Toffoli

Professores Pesquisadores:

Maria Carina Gomes Barbosa

Gisele do Rocio Pereira Manika

Maria Elisabeth de Borba Alcantara

Maria Elioneide de Oliveira

Elenir de Mattos

Janice Bahls

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Marcio Merizio de Simas

Marcia Brandao das Neves Carbonera

Claudia Martins Gil

Claudia Inaudo

Meire do Rosio Goncalves da Luz

Roseli Roberta Pachelli Fernandes

Celia Regina Martins Steffen

Neide Simao Valek

Laudemir Monteiro Silva

Maria Aparecida de Lima

Ruth Greszyzyn de Lima de Carvalho

Sara Regina de Amorim Cini

Silvina Aparecida de Oliveira

Capa

Claudiane do Rocio Quaglia Nunes

Cleber da Rocha Santana

Diagramação

Marcia da Luz Corrêa Galindo

Ana Lucia Deslandes

Revisão e Apoio

Luciana Orlando dos Santos

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SUMÁRIO

APRESENTAÇAO ........................................................................................... 09

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10

FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS ............................ 15

PROPOSTA COMPLEMENTAR ..................................................................... 19

Formação Continuada ............................................................................... 19

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 21

ÁREAS DO CONHECIMENTO ....................................................................... 24

LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................. 24

Linguagem Oral ........................................................................................ 24

Conteúdos e Objetivos Didáticos da Linguagem Oral ............................... 25

Escrita – Sistema Alfabético e Ortografia .................................................. 26

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 27

Leitura e Escrita de Textos ....................................................................... 28

Modalidades de Textos .............................................................................. 29

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 31

MATEMÁTICA ................................................................................................. 40

Fundamentos e Objetivos da Área ............................................................ 40

Números e Operações Numéricas ............................................................ 41

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 41

Medidas .................................................................................................... 47

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 48

Geometria ................................................................................................. 50

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 51

Introdução e Estatística ............................................................................. 53

Conteúdos e Objetivos .............................................................................. 54

ESTUDOS DA SOCIEDADE E NATUREZA ................................................... 57

Fundamentos e Objetivos da Área ............................................................ 57

Educando e o Lugar da Convivência ......................................................... 58

Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 59

O Corpo Humano e Suas Necessidades ................................................... 61

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Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 62

Cultura e Diversidade Cultural ................................................................... 65

Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 66

Os Seres Humanos e o Meio Ambiente ..................................................... 67

Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 68

As Atividades Produtivas e as Relações Sociais ....................................... 71

Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 72

Cidadania e Participação .......................................................................... 74

Conteúdos e Objetivos ............................................................................... 75

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ....................................................................... 79

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ...................................................................... 91

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 98

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 101

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APRESENTAÇÃO

O presente documento tem a finalidade de subsidiar a prática do professor

da EJA.

Foi elaborado a partir das necessidades apontadas pelos professores da

EJA, com o objetivo de orientar o processo de ensino e aprendizagens,

respeitando as especificidades desta modalidade de ensino de forma a

oportunizar o acesso ao conhecimento de maneira autônoma, participativa, crítica

e consciente.

Ao professor o presente instrumento deve representar a conquista da

autonomia pedagógica revelando metas, objetivos do caminho a ser percorrido,

para que se tenha a cada dia mais, uma modalidade de Ensino que supra as

necessidades e interesse dos alunos jovens, adultos e idosos possibilitando a

compreensão e a reflexão da realidade em que estão inseridos.

Ressalta-se que a Secretaria Municipal de Educação de Pinhais,

reconhece o envolvimento coletivo de todos os profissionais da EJA para

pesquisa e elaboração desta proposta curricular, como também destaca a

importância deste instrumento de apoio para prática do professor com vistas ao

compromisso de fazer educação com qualidade.

Luiz Goularte Alves Rosa Maria de Jesus Colombo

Prefeito Secretária Municipal de Educação

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INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos no Brasil, desde a colonização

portuguesa, restringiu-se aos processos de alfabetização. A cultura que domina o

Brasil historicamente é a cultura ocidental branca, cristã e alfabetizada, em

detrimento da cultura popular, dos analfabetos, negros, índios. A educação, neste

contexto, tem sido historicamente discriminatória e excludente.

No final do século XIX e início do século XX, onde acontece um emergente

desenvolvimento industrial no país e a cultura europeia exerce forte influência,

são aprovados projetos de lei que dão ênfase à obrigatoriedade da educação de

adultos, mas estes têm como objetivo aumentar o contingente eleitoral no país e

atender aos interesses das classes dominantes locais. A escolarização vai se

tornando assim um critério de ascensão social, o que é referendado pela

Constituição Federal de 1891, que veta o voto aos analfabetos.

Em 1925, a Reforma João Alves estabelece o ensino noturno para jovens e

adultos, visando atender a esses mesmos interesses de erradicação do

analfabetismo.

O analfabetismo naquela época passou a ser considerado pela sociedade

como uma “doença nacional” e o analfabeto como “inculto e incapaz”. O domínio

da leitura e da escrita naquele momento se tornava imprescindível para a

execução das emergentes técnicas de produção industrial e a crescente

urbanização do país.

A Constituição Federal de 1934 instituiu a obrigatoriedade e gratuidade do

ensino primário para todos, mas sua oferta ainda era incipiente. O índice de

analfabetismo em 1940 era de 56,2% (FAUSTO, 1999). A educação de adultos

passa a receber 25% dos recursos do Fundo Nacional do Ensino Primário, sendo

destinada especificamente à população adulta analfabeta.

Mesmo com os avanços, o analfabetismo e o semianalfabetismo

continuaram crescendo no país devido à falta de escolas e à qualidade do ensino

elementar.

O analfabetismo no Brasil foi tema de discussão desde a Colônia e o

Império, mas principalmente após 1940 que passa a ser visto como um problema

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nacional. Neste período, o governo realizava campanhas nacionais de

alfabetização em massa que visavam atender principalmente a população rural.

Em 1947, a União lança em plano nacional a primeira Campanha de

Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). Essa proposta estava baseada no

conceito de educação de base sistematizado pela UNESCO, que previa para os

adolescentes e adultos da América Latina, que não havia frequentado a escola

regular, um ensino intensificado. Em termos teóricos, a campanha era

basicamente assistencialista e suas ações meramente compensatórias, não se

tratando do reconhecimento do direito de todos à educação.

Nos anos 40 já se entendia que a ação educativa não deveria se restringir

à alfabetização. Gerava-se a ideia da ação supletiva do estado para atender aos

não escolarizados e promover sua inserção na vida produtiva industrial e na vida

cívica urbana.

No final da década de 50, emerge uma nova perspectiva educacional

fundamentada nas ideias de Paulo Freire, que idealizou uma pedagogia voltada

para as necessidades das camadas populares e realizada com sua efetiva

participação, partindo de sua história e realidade. Essa perspectiva fundamenta a

educação de jovens e adultos a partir de princípios de educação popular.

Os anos 50 foram momentos de efervescência dos movimentos sociais,

políticos e culturais no país. São realizadas diversas experiências de educação

popular, como o Movimento de Educação de Base (MEB), os Centros Populares

de Cultura (CPC´s) e o Plano Nacional de Alfabetização (PNA), realizado pelo

governo federal de janeiro a abril de 1964 e coordenado por Paulo Freire. Essas

experiências passaram a questionar o sistema capitalista e se articular em torno

das Reformas de Base de João Goulart.

Esses movimentos tomaram a alfabetização como o primeiro passo para

uma ampla educação de adultos. A educação proposta por eles se referia ao

projeto nacional-desenvolvimentista, que se acreditava na época poder promover

uma mudança radical nas estruturas socioeconômicas do país. A educação de

adultos seria preparadora dessa mudança, o que lhe conferia uma dimensão

expressamente política.

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Segundo Fávero (2004), “Na década de 1950 a educação de adultos

“remava a favor da corrente”, na de 1960, “remava contra a corrente”“.

O golpe militar de abril de 1964 suprimiu muito dessas experiências,

apenas o MEB sobreviveu até 1966. Em 1967 o governo militar criou o Movimento

Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), com orientação metodológica e material

didático que seguiam alguns procedimentos das experiências anteriores, porém

esvaziadas de seu sentido crítico e problematizador. Durante a década de 70, o

MOBRAL expandiu-se por todo o país e se converteu no maior movimento de

alfabetização de jovens e adultos já realizado no país, com inserção em

praticamente todos os estados brasileiros. Mas, das quarenta milhões de pessoas

que o frequentaram, apenas 10% foram alfabetizadas.

Em 1985 o MOBRAL se extingue e cria-se a Fundação Educar, que

apoiou técnica e financeiramente algumas iniciativas de educação básica de

jovens e adultos conduzidas por prefeituras municipais e instituições da

sociedade civil.

A Constituição Federal de 1988 reconheceu a educação de jovens e

adultos como uma modalidade específica da Educação Básica e estabelece o

direito à educação gratuita para todos os indivíduos, inclusive aos que a ela não

tiveram acesso na denominada idade própria.

Em 1990, com a extinção da Fundação Educar, criou-se um enorme vazio

em termos de políticas para o setor. Neste mesmo ano foi realizada em Jomtiem

(Tailândia) a Conferência Mundial de Educação para Todos, financiada pela

UNESCO e pelo Banco Mundial, dentre outros.

Em nível mundial, existe neste momento mais de 960 milhões de

analfabetos e o analfabetismo funcional era um problema significativo em todos

os países industrializados ou oprimidos. Esta realidade, somada aos interesses

econômicos acordados entre o Banco Mundial e o FMI e o governo brasileiro,

definiu as orientações para as políticas educacionais no país que tomaram a

educação como um dos principais determinantes da competitividade entre os

países, considerando imprescindíveis os ajustes da economia brasileira às

exigências do modelo produtivo vigente.

Ainda na década de 90 foi promulgada a nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira, a Lei nº 9394/96, na qual a EJA passa a ser considerada

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uma modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e

Médio e com especificidade própria. Mesmo com o capítulo específico dedicado a

EJA na nova LDB, a aprovação da Emenda Constitucional nº 14/1996 suprimiu a

obrigatoriedade do poder público oferecer o Ensino Fundamental para os que a

ele não tiveram acesso na idade própria, e ainda, suprimiu o compromisso de

eliminar o analfabetismo no prazo de dez anos, assim como a vinculação dos

percentuais de recursos financeiros em lei para este fim.

Esta mesma emenda criou o FUNDEF, regulamentado na Lei 9424/96, na

qual é vetada a contabilização das matrículas no Ensino Fundamental nos cursos

de Educação de Jovens e Adultos, para fins de repasse desses recursos,

inviabilizando a inclusão dos alunos de EJA no financiamento da Educação

Básica.

Na segunda metade da década de 90, evidenciou-se também um processo

de mobilização de diversos segmentos sociais, como movimentos sociais,

governos, universidades e outros, que buscaram debater e propor políticas

públicas para a EJA em nível nacional. Provocados pelas discussões da V

Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA), realizada em

julho de 1997 em Hamburgo (Alemanha), estes movimentos constituíram Fóruns

Estaduais de EJA e iniciaram um importante movimento, que posteriormente se

desdobrou em Encontros Nacionais de Educação de Jovens e Adultos (ENEJAS),

desde o ano de 1999.

Num processo de amadurecimento das discussões e experiências em EJA

realizadas na década de 90, e em consequência das determinações legais

posteriores à emenda, o Conselho Nacional de Educação elaborou e promulgou

em 10/05/2000 as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e

Adultos. Este documento superou a visão preconceituosa do analfabeto como

“inculto e incapaz”, reconhecendo sua pluralidade e diversidade cultural e

regional. As Diretrizes Curriculares Nacionais ressaltaram a EJA como direito,

deslocando a ideia de compensação e substituindo-a pelas de reparação e

equidade, o que é um avanço na concepção.

Nesse mesmo período, ocorreu a inclusão da EJA no Plano Nacional de

Educação (PNE), sancionado em 09/01/2001 pelo governo federal. Este plano

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referenda a determinação constitucional que define como um dos objetivos do

PNE, a integração de ações do poder público que conduzam à erradicação do

analfabetismo. O plano compreende que deve fazer parte da EJA, no mínimo, a

oferta de formação equivalente às nove séries do Ensino Fundamental.

O PNE estabeleceu metas ousadas, como a de alfabetizar 10 milhões de

jovens e adultos em 5 anos a partir de sua aprovação, mas dados estatísticos

demonstram que ainda é grande o número de pessoas excluídas dos processos

de escolarização.

Forma de Organização da Modalidade

Na organização dos cursos, atender-se-á obrigatoriamente: os princípios e

as diretrizes que norteiam a educação nacional; os conteúdos mínimos da base

nacional comum; a adequação do PPP às especificidades institucionais e do perfil

de sua demanda.

A organização dos cursos de Educação de Jovens e Adultos se dará de

forma coletiva e observará a carga horária mínima de 1.200 (um mil e duzentas)

horas, de forma presencial.

Os cursos de Educação de Jovens e Adultos deverão contemplar:

conteúdos da Base Nacional Comum, distribuídos em cada componente curricular

correspondente à fase do Ensino Fundamental e nas áreas de conhecimento. A

avaliação deverá ser por área de conhecimento, processual e cumulativa,

condizente com a abordagem e tratamento metodológico específico da Educação

de Jovens e Adultos.

A avaliação da aprendizagem será expressa por um parecer final,

individual, para cada aluno, que manifeste, no mínimo, 60% (sessenta por cento)

de aproveitamento dos conteúdos desenvolvidos em cada área de conhecimento

e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência.

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FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS-

PEDAGÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos-EJA no Município de Pinhais se

fundamenta numa concepção crítica de educação, que tem como finalidade e

objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral,

a fim de oportunizar que os educandos participem política e produtivamente das

relações sociais, com conduta ética e compromisso político, por meio do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Vislumbrando este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir

com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida

coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, p.

40)

Concomitantemente, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

processo ensino e aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja

coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores

que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo

cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo.

No pensamento de Paulo Freire, a relação sujeito-sujeito e sujeito-mundo

são indissociáveis. O sujeito humano faz parte do mundo vivido, sendo dele o seu

centro. Não pode simplesmente ser considerado um sujeito que conhece. Mas, é

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antes de tudo, um sujeito que vive e age, que constrói uma cultura, que edifica

uma história, que cria valores e determina os seus rumos e os da sociedade.

Portanto, devem ser caracterizadas pelos seus poderes, suas capacidades, seus

projetos. Como ele afirma (2002, p. 68), "Ninguém educa ninguém, ninguém

educa a si mesmo, os homens se educam entre si, midiatizados pelo mundo".

Esta afirmação corrobora no entendimento da concepção da EJA assumida

no município de Pinhais e na sustentação da organização pedagógica a qual se

apresenta embasada na fundamentação teórica e prática Freiriana.

De acordo com Freire, o educando ao fazer uma leitura crítica de sua

realidade,torna-se capaz de perceber os seus direitos e deveres conquistados, de

ser autônomo, ou seja, se libertando da condição de oprimido. É um processo

gradativo.

Ao passar deste estágio o sujeito é capaz de modificar suas experiências

históricas e existenciais que são desvalorizadas na vida cotidiana pela cultura

dominante. Assim como o educando é capaz de problematizar, criticar e

emancipar a sua realidade nos âmbitos sociais, políticos e econômicos.

Mediante o contexto, ele nos mostra a relevância e a necessidade que todo

sujeito tem da reflexão e ação a partir das nossas próprias práticas, só no

momento em que nos reconhecemos em nossas atitudes como um opressor,

oprimido, hospedeiro do opressor ou até mesmo subopressores, podemos

assumir uma postura e tentar se libertar desta condição.

Diante disso a educação pode ser considerada um ato emancipatório e de

libertação do ser humano.

Segundo Freire, (2005, p.42) a práxis, porém, é reflexão e ação dos

homens sobre o mundo para transformá-lo. Sem ela, é impossível a superação da

contradição opressor-oprimidos. A educação possibilita aos alunos se tornarem

construtores do processo de conhecimentos e a partir de então transformadores

de uma sociedade melhor para todos.

No processo de alfabetização, de acordo com Paulo Freire a leitura do

mundo precede a leitura da palavra. Deste modo, os educandos necessitam

compreender a realidade em que vivem, dialogando, refletindo a respeito de si

mesmo e tudo que o cerca.

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O ato de ler e escrever não podem ser processos mecânicos, ou como a

educação bancária tão discutida por Freire (2005) em sua obra Pedagogia do

Oprimido. Devem ser construídos com metodologias criativas que respeitem a

realidade do educando e aos poucos vai desvelando a sua percepção econômica,

social, cultural e política, como sujeitos participantes e atuantes neste contexto

que, para tanto é preciso integrar leitura da palavra mundo.

Sabe-se que neste sentido a leitura crítica da realidade, dando-se num

processo de alfabetização ou não e associada, sobretudo a certas práticas

claramente políticas de mobilização e de organização, pode representar um

instrumento que Gramsci chamaria de ação contra-hegêmonica. (FREIRE, 2001,

p.21).

Todavia, pensar a alfabetização como uma ação política e cultural é

praticar um olhar Freiriano, com a sua proposta riquíssima para se trabalhar com

a EJA. No processo de alfabetização é possível analisar como se constrói uma

relação horizontal entre o educador e o educando, compreendendo que o

conhecimento ocorre no momento em que se edifica uma relação de respeito e

diálogo culminando com a humanização do ser.

O diálogo, como prática essencial para o ato de ensinar, possibilita uma

abertura para o conhecimento crítico do educando, sendo assim, a prática através

do diálogo tende-se a desenvolver uma troca de saberes instigando no aluno uma

busca continua de aprendizagens.

A educação problematizadora e conscientizadora não acontece sem o

diálogo. No entanto, não se consegue construir um diálogo sozinho, assim seria

um monólogo e resulta em uma educação bancária que o aluno apenas escuta e

nele é depositado o conhecimento. Neste sentido, Freire diz (2005) a

alfabetização não pode ser feita de cima para baixo, como uma dádiva ou uma

imposição, mas de dentro para fora, pelo próprio educando e apenas com a

colaboração do educador.

Nestas condições a constituição da relação educador/educando se

consolidaria quando no processo ensino e aprendizagem o educador ultrapassa o

intelectualismo alienado e o autoritarismo bancário, emanando em humanização e

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libertação para poder o educando se sentir parte da elaboração do conhecimento,

e assim se sentir parte deste mundo letrado de forma crítica e emancipatória.

O ser humano faz parte do mundo vivido, sendo dele o seu centro.

Superando a ideia de simplesmente ser considerado um sujeito que conhece.

Mas, é antes de tudo, um sujeito que vive e age, que constrói uma cultura, que

constrói uma história, que cria valores e gera os seus rumos e os da sociedade.

Desse modo, Paulo Freire elenca o diálogo como forma de libertação. Esta

afirmação contribui para a consolidação da educação como um ato dialógico,

tendo a linguagem como principal elemento mediador no processo educacional.

Registre aqui suas observações.

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PROPOSTA COMPLEMENTAR

Formação Continuada

A legislação que regulamenta a EJA, o Parecer 11/2000, recomenda uma

formação específica para os professores.

Ressalta, de início, que o preparo de um docente voltado para a EJA deve

incluir,além das exigências formativas para todo e qualquer professor, aquelas

relativas à complexidade diferencial desta modalidade de ensino. Assim, esse

profissional do magistério deve estar preparado para interagir empaticamente com

essa parcela de estudantes e estabelecer o exercício do diálogo. (CURY, 2000)

A Proposta de Formação Continuada para os professores da Educação de

Jovens e Adultos (EJA) no município de Pinhais tem por objetivo melhorar o

trabalho pedagógico em sala de aula e adequar as práticas dos professores à

realidade dos jovens, adultos e idosos.

A competência de refletir em e sobre sua ação assinala a concepção de

formação continuada enquanto processo dinâmico, através do qual o professor ao

longo do tempo vai adequando sua formação ás necessidade de sua atividade

profissional. Em concordância com o pensamento de Freire (1978, p.65) “a prática

de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo”.

A formação do profissional não se encerra na sua formação básica, há que

se possibilitar ao profissional da EJA um repensar contínuo de sua prática, de

forma a tornar-se cada vez mais identificado com as questões pedagógicas

específicas dos educandos jovens e adultos, incluindo também estudo das

questões de organização escolar e habilidade de estabelecer as articulações

entre o saberes de experiência trazidos pelos educandos da EJA e o

conhecimento escolar. O papel do educador da EJA é contemplar inovações que

tenham conteúdos significativos reconstruindo um vínculo positivo do educando

com a escola onde no trabalho com os conteúdos considera um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos,respeitando os

limites e possibilidade de cada educando, atendendo as suas necessidades

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individuais e construindo propostas viáveis para assegurar o acesso, a

permanência e o sucesso nos estudos.

Ao reconhecermos as características específicas do público que compõe

as turmas de Educação de Jovens e Adultos, compreende-se que o processo de

ensino e aprendizagem para a EJA deve pautar-se nas tramas de relações

cognitivas e afetivas, estabelecidas pelos sujeitos ativos do processo.

Para tanto, deverá ser oportunizado um processo de formação continuada

ao profissional da EJA, possibilitada em estudos contínuos através de leituras,

pesquisas individuais e estudos coletivos, que podem ser organizados em forma

de cursos, minicursos, palestras, seminários, encontros, oficinas e outros.

A Formação Continuada será desenvolvida durante o ano letivo. Nos

encontros serão detalhados aspectos metodológicos do trabalho com a EJA

dentro da concepção Progressista de Educação.

O desenvolvimento histórico da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, o

processo histórico-sócio-cultural de humanização (relação homem-natureza

sociedade e cultura); as contribuições de Paulo Freire; as dimensões técnicas e

políticas da alfabetização. Durante a formação continuada será apresentada aos

alfabetizadores depoimentos de alunos da EJA nos quais os mesmos poderão

visualizar a identidade dos sujeitos envolvidos e suas diversidades, incluindo

abordagem das questões de gênero, fazendo uma reflexão de quem são eles,

quais seus interesses, suas histórias de vida, suas necessidades e suas

expectativas.

Os professores realizarão estudo da Proposta Pedagógica da EJA, das

concepções de alfabetização de jovens e adultos no Brasil, fundamentos e

respectivas metodologias; construção da língua oral e escrita na alfabetização,

como os alfabetizadores e alfabetizandos ensinam e aprendem. O processo de

avaliação também será discutido e orientado.

A responsabilidade de viabilizar estas formações deve ser compartilhada

entre todos os profissionais envolvidos na Educação de Jovens e Adultos. A

organização destes estudos contínuos será realizada pela equipe gestora escolar.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O professor da EJA ao assumir o compromisso de lecionar para jovens,

adultos e idosos assume um grande desafio. O educando da Educação de Jovens

e Adultos é diferente do educando do ensino regular e não pode ser tratado da

mesma maneira. Embora, por motivos diversos estes alunos nunca tenham

frequentado o ensino regular ou o abandonaram ou ainda o fizeram de forma

precária, o educando EJA possui um conhecimento mais elaborado e complexo

da realidade e não está mais vivendo no contexto da infância. As habilidades

construídas ao longo de sua vida prática o fazem apresentar uma visão particular

do mundo e da escola.

Na Educação de Jovens e Adultos o professor deve perceber e administrar

diferentes aspectos como: a condição socioeconômica dos educandos e suas

trajetórias escolares interrompidas e marcadas pela exclusão. Tendo em vista a

diversidade desses educandos, com situações socialmente diferenciadas, é

preciso que a Educação de Jovens e Adultos proporcione seu atendimento por

meio de outras formas de socialização dos conhecimentos e culturas.

É papel do professor, ir além da transmissão de conhecimentos. A

construção do conhecimento deve ser feita em conjunto professor e aluno, um

processo no qual o professor é o mediador de ações planejadas e intencionais

com objetivos claros.

Desde o início da década de 60, Paulo Freire levantou uma questão

fundamental para a educação: a importância de se trabalhar com temas

significativos para os alunos. Ou seja, temas geradores: educador e educando

devem envolver-se em conteúdos sobre aspectos da realidade que, ao manter

ligação com o universo conhecido deles, são capazes de impulsioná-los para

novos conhecimentos.

Aprendemos mais e melhor aquilo que temos interesse em aprender. Sabe-

se o quanto é difícil aprender algo que pouco nos diz. Por isso a importância de

se trabalhar com temas geradores, para que se possibilite uma aprendizagem

significativa ao aluno.

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Diante de uma concepção dialética, onde há uma relação horizontal de

igual participação dialógica entre educador e educando, levanta-se a questão

sobre como dialogar em torno de assuntos técnicos, por exemplo, como os

camponeses poderiam opinar a respeito de algo que não conhecem ( no caso as

técnicas). Para Paulo Freire seria possível o diálogo se seu objeto de estudo

girasse em torno de sua vida diária, e não em torno de técnicas. Paulo Freire nos

indaga

“(...) por que não aproveitar a experiência que tem os alunos de

viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para

discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os

baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos

que oferecem à saúde das gentes. Por que não há lixões no

coração dos bairros ricos e mesmo puramente remediados dos

centros urbanos?” (FREIRE, 1996, p. 30)

Sendo assim a organização metodológica das práticas pedagógicas desta

modalidade deve contemplar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes

da Educação de Jovens e Adultos: trabalho, cultura e tempo.

A cultura compreende a forma de produção da vida material e imaterial e

compõe um sistema de significações envolvido em todas as formas de atividade

social, ou seja, engloba desde a mais sublime música ou obra literária, a

linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições

sociais, as crenças, as formas de trabalhar.

O trabalho compreende uma forma de produção da vida material; é a ação

pela qual o homem transforma a natureza e transforma-se a si mesmo. A ênfase

no trabalho não consiste somente em preparar o trabalhador para atender as

demandas do mercado de trabalho, mas sim, situar o educando numa perspectiva

mais ampla e considerar a constituição histórica do ser humano, sua autonomia,

sua liberdade individual e coletiva e sua emancipação.

Para considerar o tempo como um eixo é necessário compreender suas

variantes: tempo escolar e tempo pedagógico. O tempo escolar corresponde ao

calendário, suas exigências burocráticas, é mecânico, passível de ser medido;

nele impera a hora-relógio. O tempo pedagógico é o tempo vivido e está

relacionado ao processo de formação e autoconhecimento do educando.

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O equilíbrio entre tempo escolar e tempo pedagógico é necessário para

que possa atender aos interesses e as necessidades de pessoas que já possuem

um determinado conhecimento socialmente construído, com tempos próprios de

aprendizagem.

Para uma ação pedagógica significativa o currículo deve expressar os

interesses dos educadores e educandos, oferecer os conhecimentos necessários

para a compreensão histórica da sociedade, usar metodologias que deem voz a

todos os envolvidos nesse processo com uma avaliação que encaminhe para a

emancipação.

Registre aqui suas observações.

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ÁREAS DO CONHECIMENTO

LÍNGUA PORTUGUESA

A Língua Portuguesa é o principal mecanismo que temos para interagir

com outras pessoas. Como área, abrange o desenvolvimento da linguagem oral,

a introdução e o desenvolvimento da leitura e escrita.

No processo de ensino e aprendizagem deve-se partir do princípio de que

linguagem, leitura e escrita são aprendidas pelos usos e pelas reflexões desses

usos e compreender que a aprendizagem se dá especialmente pela interação

com o outro. Por meio do confronto de hipóteses, diálogos e posterior

reconstrução pessoal.

Linguagem oral

É essencialmente por meio da comunicação oral que nos tornamos

participantes de uma cultura. Mesmo após estarmos alfabetizados continuamos a

usar a linguagem oral para nos comunicarmos e também aprender.

A linguagem oral é mais flexível e dinâmica que a escrita, pois reflete uma

grande diversidade de sotaques, expressões de diferentes regiões do país e

gírias, o que não impede a forma de expressão.

O desenvolvimento da linguagem oral na Educação de Jovens e Adultos

deve favorecer situações reais de comunicação que possibilitem aos educandos a

ampliação de seus recursos linguísticos e também a capacidade de escutar.

O professor da EJA deve desenvolver atividades que estimulem a oralidade

promovendo momentos em que os educandos tenham oportunidade de ouvir,

falar, expressar-se utilizando argumentos, incorporar novas palavras ao seu

vocabulário, novos significados e compreender e avaliar o que ouve.

O trabalho pedagógico para o desenvolvimento e aprimoramento da

linguagem oral deve embasar-se em atividades que priorizem espaços de

conversas e narração de fatos que acontecem no dia a dia, formulação de

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perguntas cujas respostas exijam manifestação de opiniões, organização de

debates sobre temas escolhidos pela turma e estímulo a participação dos

educandos para solução de dúvidas e questionamentos oralmente.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Narração � Contar fatos e experiências cotidianas.

� Recontar textos narrativos.

� Perceber lacunas e/ou incoerências ao ouvir a narração de

fatos.

� Dramatizar situações reais e imaginadas.

Descrição � Descrever lugares, pessoas, objetos e processos.

� Perceber impressões ou lacunas ao ouvir descrições de

lugares, pessoas, objetos e processos.

Récita e leitura

em voz alta

� Recitar ou ler em voz alta textos poéticos.

� Ler em voz alta para um pequeno público textos em prosa.

� Acompanhar leituras em voz alta feita pelo professor.

Instruções,

perguntas e

respostas

� Dar instruções verbais. Compreender e seguir instruções

verbais.

� Identificar lacunas ou falta de clareza em instruções dadas

por outro.

� Pedir esclarecimentos sobre assuntos tratados ou

atividades propostas.

Definição e

exemplificação

� Perceber a distinção entre definir e exemplificar.

� Dar exemplos de conceitos e enunciados.

� Identificar a pertinência de exemplos para conceitos e

enunciados.

� Definir conceitos (explicá-los com as próprias palavras).

� Avaliar a adequação de definições e conceitos.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Argumentação e

debate

� Posicionar-se em relação a diferentes temas.

� Identificar a posição do outro em relação a diferentes

temas.

� Defender posições fundamentando argumentos.

� Reconhecer os argumentos apresentados na defesa de

uma posição.

� Fazer intervenções coerentes com o tema tratado.

� Avaliar a coerência das intervenções feitas por outros.

Escrita - sistema alfabético e ortografia.

Este conteúdo estabelece as características e normas que condicionam o

uso do sistema de escrita. Dominar o sistema alfabético, ou seja, o mecanismo

básico da escrita faz parte do processo de alfabetização. Compreender as normas

ortográficas no processo da escrita leva um período mais longo, pois o educando

precisa antes entender que não se pode escrever do mesmo jeito que se fala.

No início do processo da alfabetização o professor deve desenvolver no

educando o conhecimento do alfabeto, a relação entre sons e letras, as diferentes

composições silábicas, o sentido e o posicionamento da escrita e a segmentação

das palavras.

O domínio da ortografia inicia-se na alfabetização e prossegue,

possivelmente, pelo resto da vida de quem escreve.

No processo de alfabetização a maioria dos alfabetizadores utiliza a caixa

alta. Porém, independente da letra que se utilize deve-se apresentar ao educando

o alfabeto caixa alta e cursivo, maiúsculo e minúsculo. As atividades devem ser

significativas para os alunos, favorecer a troca de informações entre os colegas,

ampliar os conhecimentos e não apenas uma repetição mecânica de exercícios

desvinculados.

Nesta fase é importante que o aluno escreva mesmo que ainda não

produza uma escrita convencional. A partir dessas escritas o professor deve

auxiliar o aluno mostrando o que está faltando e trazendo novas informações.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

O alfabeto

� Conhecer a grafia das letras nos tipos usuais (letra

cursiva, caixa alta, script).

� Estabelecer a relação entre os sons da fala e as

letras.

Letras, sílabas e

palavras

� Distinguir letra, sílaba e palavra.

� Distinguir vogais de consoantes.

� Perceber que a sílaba é uma unidade sonora.

� Conhecer as variedades de combinações de letras.

� Analisar as palavras em relação a quantidade de

letras e sílabas.

Segmentação

das palavras � Usar espaços para separar palavras.

Sentido e

posicionamento

da escrita na

página

� Usar a escrita no sentido correto.

� Alinhar a escrita, seguindo pautas e margens.

� Utilizar espaços ou traços para separar títulos ou

tópicos.

Ortografia

� Perceber que um mesmo som pode ser grafado de

diferentes maneiras.

� Perceber que uma mesma letra pode representar

sons diferentes dependendo da sua posição na

palavra.

� Perceber as diferenças entre a pronúncia e grafia

convencional das palavras.

� Identificar nas palavras, sílabas terminadas em

consoante.

� Escrever corretamente palavras com sílabas

terminadas em consoante.

� Identificar nas palavras os encontros consonantais

cuja segunda letra é R ou L (BR, CR, DR, FR, GR,

PR, TR; e BL, CL, etc).

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

� Escrever corretamente palavras com encontro

consonantais.

� Identificar nas palavras, os encontros vocálicos orais

(ai, ou, etc); e nasais (ão, õe, ãe).

� Escrever corretamente palavras com encontros

vocálicos.

� Identificar nas palavras, os dígrafos: CH, LH, NH;

RR e SS; QU e GU, e vogais nasais formadas por

acréscimo de M e N.

� Escrever corretamente palavras com estes dígrafos.

� Escrever corretamente palavras usuais com S, com

som de Z, X com som de Z, JE, JI ou GE, GI; CE, CI

ou SE, SI; Ç ou SS; H inicial.

Acentuação

� Conhecer os sinais de acentuação e as marcas

sonoras que representam.

� Utilizar corretamente a acentuação na escrita de

palavras usuais.

Leitura e escrita de textos

Ler e escrever textos são os principais objetivos da Língua Portuguesa, o

domínio destas práticas é visto como o letramento. Para que o educando atinja

este objetivo de forma autônoma precisa compreender que a escrita de um texto é

um processo, e que muitas vezes, para ser bem escrito, precisa de revisões,

intervenções e, em muitos casos, ser reescrito quantas vezes for necessário para

que o autor se sinta satisfeito com sua produção, ou que ele seja considerado

adequado pelo professor e pelo grupo. O professor precisa mediar este processo

destacando erros, fazendo correções coletivas e incentivando a adequação da

produção. É necessário que o aluno reconheça a função social da produção

escrita para que possa dar clareza e adequação à sua produção.

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Entretanto, não basta apenas que os alunos apropriem-se dos códigos

gráficos, da mecânica da leitura e da escrita. É necessário mais do que ler, o

aluno precisa aprender a interpretar o que está lendo, seja um rótulo, uma fatura

de luz, uma notícia de jornal, um bilhete, uma tabela de preços, um formulário de

emprego, um anúncio de classificado, entre outros. Estes diversos tipos de textos

são manifestações de ideias e ao serem lidas precisam ser interpretadas para

serem compreendidas.

Nesse sentido, para formar bons leitores e bons produtores de textos é

preciso dar aos educandos oportunidade de conhecer os produtos da

comunicação escrita. Para isso, na sala de aula, os professores devem propiciar

aos alunos contato com diversos gêneros textuais. Muitos professores acreditam

que os educandos devem ter contato com textos somente após o domínio da

leitura, todavia, já no início da aprendizagem os educandos devem ter contato

com todas as modalidades de textos. É importante que tanto o professor quanto

os alunos conheçam as características de diferentes tipos de textos.

Modalidades de texto

Textos Literários

No texto literário a principal intenção é a estética, criar algo belo. Neste

texto o “como a coisa é dita” é tão ou mais importante que “o que está dito”

(Proposta Curricular MEC para Educação de Jovens e Adultos, 2001, p. 76).

Prosa

Na prosa encontramos diversos gêneros narrativos, desde as pequenas

fábulas e anedotas até as crônicas, contos e romances. Nesses textos a narrativa

pode ser entremeada por discussões e diálogos. Sua configuração é marcada

pela divisão em parágrafos que separam os diferentes momentos do enredo. A

narrativa pode ser escrita em primeira ou terceira pessoa e geralmente utiliza-se o

discurso direto.

Poesia

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É uma forma literária em que a beleza da linguagem é intensamente

evidenciada. Sua configuração é em versos e estrofes. As poesias apresentam a

força da linguagem figurada e do ritmo das palavras.

Textos Jornalísticos

São textos que tem como função informar sobre acontecimentos da

atualidade, encontrados em jornais e revistas, e de fácil acesso para jovens e

adultos dentro e fora da escola. Os professores devem possibilitar o acesso de

jornais e revistas inteiros e não apenas recortes de palavras ou textos.

As notícias, além de seu valor informativo, apresentam questões voltadas a

realidade do aluno, são excelentes para o exercício de síntese. As manchetes e

títulos são ideais para trabalhar no início da alfabetização pois apresentam

poucas palavras, supressão dos artigos e verbos no presente.

Textos Instrucionais (receitas, manuais, regulamentos, normas, etc)

Os textos instrucionais têm como função indicar formas de agir. Descrevem

etapas que devem ser seguidas para que se consiga fazer algo.

Para exemplificação destes textos pode-se trabalhar com receitas

culinárias, receitas médicas, manuais de instrução, regulamentos e normas, entre

outros.

Dentro dos textos instrucionais encontramos os formulários e questionários,

que são textos de um tipo particular, pois se destinam a coleta de informações,

que devem ser prestadas por escrito no próprio documento.

Textos Epistolares (carta)

A leitura e escrita de cartas é algo comum entre jovens e adultos e tem

como característica principal seu destinatário ser uma pessoa específica. As

cartas seguem um padrão: cabeçalho com local, data e nome do destinatário, o

corpo do texto que se desenvolve o tema a ser tratado e no final há fórmulas de

despedida e assinatura do remetente. Porém, é importante que os alunos

observem as diferenças entre cartas pessoais e cartas formais.

Cartões, telegramas, bilhetes e convites são formas epistolares mais

breves que também podem ser estudadas em sala de aula.

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Textos Publicitários

Textos publicitários são mensagens elaboradas para convencer o leitor de

algo e geralmente referem-se a mercadorias, eventos, serviços ou temas de

interesse público. Os educandos precisam atentar para a linguagem utilizada

nesses textos, pois costuma-se apelar para sentimentos, emoções, sensações,

valores e crenças da população a que se dirigem.

Podem aparecer na forma de anúncios, folhetos e cartazes, geralmente

com imagens, e são facilmente encontradas em jornais e revistas. Os anúncios de

classificados são de grande valia para a Educação de Jovens e Adultos, pois são

assuntos normalmente de interesse do aluno.

Textos de Informação Científica e Histórica

São textos que definem, explicam, analisam, relatam e tecem comentários

a respeito de temas ligados às áreas das Ciências Sociais e Naturais. Podem ser

encontrados em enciclopédias, dicionários, livros didáticos e livros em geral. As

principais qualidades linguísticas destes textos são a clareza e a precisão dos

termos.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Listas • Identificar uma lista.

• Produzir listas em forma de coluna ou separando os

itens com vírgulas ou hífens.

• Escrever diferentes tipos de listas (lista de compras,

lista de nomes de pessoas, nomes de cidades,

instrumentos de trabalho, animais, etc.).

• Ordenar listas por ordem alfabética.

• Consultar listas classificatórias e ordenativas

(dicionários, listas telefônicas, anúncios

classificados, guias de itinerários e ruas),

compreendendo seu critério de organização.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Receitas e

Instruções

• Identificar as partes que compõem uma receita

(títulos, lista de ingredientes, modo e tempo de

preparo, ilustrações, fotografias).

• Utilizar títulos, ilustrações e outros elementos

gráficos como chaves de leitura para prever

conteúdos de receitas e instruções.

• Consultar livros, fichas, encartes e suplementos de

jornais e revistas que contenham receitas ou

instruções, observando índice, número da página,

organização interna destes materiais.

• Escrever receitas, utilizando sua estrutura textual.

• Ler manuais de equipamentos identificando as

partes que o compõem.

• Redigir instruções de procedimentos simples (como

trocar um pneu, trocar uma lâmpada etc.).

• Realizar atividades seguindo instruções escritas.

• Ler e elaborar regulamentos e normas.

Formulários e

Questionários

• Observar modelos de formulários comuns e

compreender sua diagramação e seu vocabulário

(data de nascimento, sexo, estado civil,

nacionalidade, etc.).

• Ler e preencher formulários simples.

• Observar a organização de um questionário:

numeração das perguntas, respostas de múltipla

escolha, espaços para respostas por extenso, etc.

• Responder a questionários curtos com opiniões ou

dados pessoais.

• Preencher questionários com respostas de múltipla

escolha.

• Responder perguntas por extenso, selecionando as

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

informações pertinentes, na extensão adequada.

• Utilizar questionários como roteiros de estudo.

• Formular questionários sobre temas variados,

utilizando a pontuação adequada.

Anúncios,

folhetos e

cartazes

• Identificar os recursos visuais utilizados nesses

textos e compreender sua função: tipo e tamanho

das letras, cores, ilustrações, tamanho do papel.

• Analisar oralmente a linguagem usada nesses textos

quanto à clareza e objetividade.

• Localizar informações específicas em anúncios e

folhetos explicativos.

• Analisar criticamente mensagens publicitárias.

• Escrever cartazes, anúncios ou folhetos,

considerando o tipo de mensagem que se quer

transmitir, o tipo de linguagem e apresentação visual

adequada.

Versos,

poemas, letras

de música

• Observar a configuração desses textos, reconhecer

e nomear seus elementos: título, verso, estrofe.

• Observar os recursos sonoros dos textos, repetições

sonoras, rimas.

• Ler e analisar oral e coletivamente esses textos,

atentando para a linguagem figurada, observando

que essa linguagem pode sugerir interpretações

diversas.

• Criar e escrever títulos para poesias e letras de

música.

• Escrever pequenos versos, poemas ou letras de

música, ou reescrevê-los, introduzindo modificações

em textos de outros autores.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Consultar livros e antologias poéticas, identificando

poesias, prefácio, índice, numeração das páginas,

divisão de capítulos, biografia do autor etc.

• Conhecer o nome, breves dados biográficos e

alguns poemas de grandes poetas brasileiros.

• Conhecer o nome, breves dados biográficos e

algumas canções de grandes cancionistas

brasileiros.

• Apreciar e reconhecer o valor literário de textos

poéticos.

Bilhetes,

cartas e ofícios

• Ler e escrever bilhetes, atentando para as

informações que devem conter.

• Identificar os elementos que compõem uma carta:

cabeçalho, introdução, desenvolvimento, despedida.

• Preencher corretamente envelopes para postagem

segundo as normas do correio.

• Distinguir cartas pessoais de cartas formais.

• Escrever cartas pessoais.

• Escrever diferentes tipos de cartas, formais e

informais, utilizando estrutura e linguagem

adequadas.

• Ler e redigir telegramas.

Jornais • Saber qual a função dos jornais, como são

organizados, de que temas tratam.

• Identificar elementos gráficos e visuais que

compõem o jornal e sua função (diagramação,

fotografia, ilustrações, tamanho e tipo de letras,

gráficos e tabelas).

• Identificar e ler manchetes e títulos, prevendo o

conteúdo das notícias.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Ler legendas de fotografias, utilizar fotografias e

ilustrações como chave de leitura para prever o

conteúdo das matérias.

• Reproduzir oralmente o conteúdo de notícias lidas

em voz alta pelo professor, identificando: o que

aconteceu, com quem, onde, como, quando e quais

as consequências.

• Escrever manchetes para notícias lidas pelo

professor, utilizando linguagem adequada.

• Ler e identificar os elementos que compõem as

notícias e reportagens (o que, quando, como, onde,

com quem e quais as consequências).

• Escrever notícias a partir de fatos do cotidiano e

atualidades, utilizando linguagem adequada.

• Elaborar resumos de notícias.

• Ler artigos de opinião, identificando o

posicionamento do autor e os argumentos

apresentados.

• Ler e elaborar entrevistas, observando a pontuação

do discurso direto.

• Consultar diferentes jornais, utilizando índice,

informações contidas na primeira página,

identificando cadernos e seções.

• Comparar o tipo de informação e o tratamento dado

à informação por diferentes jornais.

• Posicionar-se criticamente diante de fatos noticiados

na imprensa.

Contos,

Crônicas,

Fábulas e

• Conhecer contos, crônicas, fábulas e anedotas

através da leitura oral do professor, identificando

elementos como título, personagens, complicação e

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Anedotas desfecho.

• Ler historietas e anedotas.

• Ler contos e crônicas, identificando narrador,

personagens, enredo.

• Escrever, com ajuda do professor e dos colegas,

pequenas histórias do cotidiano, anedotas ou contos

conhecidos.

• Reescrever histórias conhecidas completas ou em

parte (finais, descrição de personagens e lugares).

• Escrever histórias, observando o foco narrativo

(narração em primeira pessoa ou terceira pessoa).

• Utilizar corretamente a pontuação do discurso direto,

introduzindo falas dos personagens.

• Reconhecer o valor cultural dos textos e histórias

ficcionais.

• Conhecer o nome, breves dados biográficos e

algumas obras de grandes cronistas e contistas

brasileiros.

Relatos.

Biografias e

Textos de

Informação

Histórica

• Ler e escrever relatos breves de experiências de

vida.

• Ler e escrever biografias, observando a sequência

cronológica dos textos de eventos.

• Ler textos simples sobre eventos da história (do

Brasil ou universal).

• Distinguir relatos históricos de relatos ficcionais.

Textos de

Informação

Científica

• Observar a organização geral de dicionários,

enciclopédias, livros didáticos e paradidáticos.

• Consultar dicionários, enciclopédias, livros didáticos

e paradidáticos com ajuda do professor.

• Pesquisar a ortografia correta das palavras no

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

dicionário.

• Compreender abreviaturas e definições constantes

nos verbetes de dicionário.

• Pesquisar temas em livros didáticos e paradidáticos,

selecionando informações relevantes.

• Pesquisar temas em enciclopédias, selecionando

informações relevantes.

Pontuação de

Textos

• Observar os sinais de pontuação nos textos.

• Identificar os sinais de pontuação mais usuais

(ponto, vírgula, ponto de interrogação) e

compreender suas funções nos textos (relacionar o

uso do ponto ao uso da letra maiúscula no início das

frases).

• Utilizar adequadamente ponto (e letra maiúscula no

início das frases), ponto de interrogação, vírgula e

parágrafo na escrita de textos.

• Utilizar adequadamente a pontuação do discurso

direto, destacando as falas de personagens (dois

pontos, travessão).

Campos

Semânticos e

Léxicos

• Classificar palavras ou expressões pelo critério de

proximidade do sentido (nomes de pessoas, nomes

de animais, nomes de cores, nomes de ferramentas,

expressões que servem para descrever uma casa,

atividades que realizamos no fim de semana etc.).

• Compreender e aplicar o conceito de sinônimo.

• Identificar conjuntos de palavras derivadas,

observando semelhanças ortográficas e de sentido.

• Conhecer o sentido de sufixos e prefixos usuais.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Flexão das

Palavras e

Concordância

• Observar palavras que se flexionam (plural, tempos

e pessoas verbais).

• Observar a concordância nominal e verbo-nominal

em frases e textos.

• Aplicar regras básicas de concordância nominal e

verbo-nominal na escrita de textos.

• Observar e empregar os tempos verbais adequados

a cada modalidade de texto.

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39

Registre aqui suas observações.

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40

MATEMÁTICA

Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos, contribui para a

formação do cidadão. Na sociedade atual em que os meios de informação são

baseados em dados quantitativos e espaciais em diferentes representações,

torna-se cada vez mais necessário saber contar, comparar, medir, calcular,

resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer figuras geométricas,

organizar, analisar e interpretar criticamente as informações. Aprender a

matemática é um direito básico de todas as pessoas e uma necessidade

individual do ser humano. Esta disciplina permite o desenvolvimento de

capacidades intelectuais fundamentais para estruturação do pensamento e do

raciocínio lógico para as aplicações na vida prática e na resolução de problemas

de diversos campos de atividade.

Assim como acontece com outras aprendizagens a alfabetização

matemática deve partir dos conhecimentos prévios dos educandos. O aluno no

seu cotidiano faz informalmente o uso da matemática em diferentes atividades,

com base em seu contexto sociocultural. É na escola que o aluno terá contato

com os processos formais da matemática, sendo necessário que o saber informal,

cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância

entre a matemática da escola e a matemática da vida.

O professor deve deixar claro para os alunos os objetivos, as possíveis

relações e a aplicabilidade do conteúdo ensinado com outras áreas do

conhecimento. Os conteúdos devem estar relacionados entre si, precisam ter

relevância para os educandos e sugere-se que sejam abordados por meio da

resolução de problemas. Na sala de aula, uma possibilidade, é transformar

situações do cotidiano que envolvem noções e notações matemáticas em suporte

para a aprendizagem significativa de procedimentos mais abstratos.

Para alguns professores a ausência de materiais manipuláveis na sala de

aula pode comprometer a aprendizagem da matemática. Para muitos o concreto é

sinônimo de fácil e o abstrato sinônimo de difícil. O ensino aprendizagem torna-se

mais significativo se relacionado à situações mais próximas, mais familiares dos

educandos. Em muitos casos não é necessário que se tenha contato com o

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material concreto, mas que se estabeleça relação com algo concreto do contexto

dos educandos.

Os materiais didáticos para apoio da aprendizagem dos números e das

operações, como ábacos, material dourado, discos de frações, cópias de cédulas

e moedas ou outros podem ser recursos didáticos eficientes, desde que também

estejam relacionados a situações significativas.

Embora seja uma questão polêmica, o uso da calculadora como recurso

didático também é indicado. Pode-se trabalhar muitos conteúdos utilizando este

recurso desde que não reduza o espaço para compreensão dos conceitos e

procedimentos envolvidos na resolução de problemas e nem prejudique os

esforços de memorização de cálculos elementares, que são o suporte para

cálculos mais complexos. É possível trabalhar conteúdos como regra do sistema

decimal de numeração, as propriedades das operações, as representações

decimais, o conceito das operações e cálculos.

Os conteúdos matemáticos estão organizados em quatro blocos: “Números

e Operações Numéricas”, “Medidas”, “Geometria” e em “Introdução à Estatística”.

Números e Operações Numéricas

Para o início da aprendizagem de conceitos e procedimentos matemáticos,

o aluno deve compreender a construção do sentido numérico, ou seja, o

reconhecimento do significado dos números. Esta construção acontece

gradativamente à medida que os números vão sendo percebidos como

instrumentos para resolver determinados problemas. É importante que o aluno

tenha total compreensão das funções do número como: quantificar, classificar,

ordenar e construir códigos.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Números

Naturais e

Sistema de

• Reconhecer números no contexto diário.

• Utilizar estratégias para quantificar: contagem,

estimativa.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Numeração

Decimal

• Emparelhamento, comparação entre

agrupamentos etc.

• Identificar situações em que é apropriado fazer

estimativas.

• Estimar quantidades e construir estratégias para

verificar a estimativa.

• Formular hipóteses sobre grandezas, a partir da

observação de regularidades na escrita numérica.

• Reconhecer, ler, escrever, comparar e ordenar

números naturais pela observação das escritas

numéricas.

• Identificar regularidades na série numérica para

nomear, ler e escrever números.

• Observar critérios que definem uma classificação

de números (maior que, menor que, terminados

em, estar entre...) e regras utilizadas em seriações

(mais um, mais dois, dobro de, metade de, triplo

de, terça parte de...).

• Contar em escala descendente e ascendente: de

um em um, de dois em dois, de cinco em cinco, de

dez em dez, de cem em cem etc., a partir de

qualquer número dado.

• Utilizar a calculadora em situações que

problematizem as escritas numéricas.

• Interpretar códigos numéricos frequentes no

cotidiano (números de apartamentos em edifícios,

números de telefone, código postal, números de

linhas de ônibus etc.).

• Usar números como sistemas de registro e

organização de informações.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Construir agrupamentos para facilitar a contagem e

a comparação de grandes quantidades.

• Agrupar e reagrupar quantidades e realizar trocas,

empregando uma regra de equivalência,

inicialmente até a 4ª ordem e nas ordens

subsequentes progressivamente.

• Identificar diferentes formas de compor e

decompor um número natural com três, quatro ou

cinco dígitos.

• Empregar os termos dezena, unidade, centena e

milhar para identificar os respectivos

agrupamentos.

• Ler e escrever números naturais com dois, três,

quatro ou mais dígitos, distinguindo o valor relativo

dos algarismos, de acordo com a sua posição na

escrita numérica.

• Identificar o antecessor e o sucessor de um

número natural escrito, com três, quatro ou cinco

dígitos.

• Estabelecer relação entre mudança do valor

posicional e a multiplicação ou divisão por 10, 100,

1.000...

Números

Racionais:

Representação

Decimal

• Reconhecer números racionais na forma decimal

no contexto diário.

• Ler e interpretar números racionais na forma

decimal.

• Identificar regularidades na série numérica para

nomear, ler e escrever números racionais na forma

decimal.

• Compreender que a representação dos números

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

racionais na forma decimal segue regras análogas

às dos números naturais: agrupamentos de dez e

valor posicional.

• Interpretar o valor posicional dos algarismos na

representação decimal, até a ordem dos

milésimos.

• Ler, escrever, comparar e ordenar números

racionais na forma decimal, até a ordem dos

milésimos.

Números

Racionais:

Representação

Fracionária

• Reconhecer e construir frações equivalentes, a

partir de experimentações (recipientes graduados,

balanças, fita métrica etc.) e pela comparação de

regularidades nas escritas numéricas.

• Comparar e ordenar frações, a partir de

experimentações, utilizando as expressões: “maior

que”, “menor que”, “igual a”.

• Ler e escrever frações.

• Observar que os números naturais podem ser

escritos em forma fracionária.

• Relacionar frações com denominador 10, 100,

1.000 com a representação decimal

(respectivamente 0,1, 0,01, 0,001).

• Reconhecer que as frações com denominador 100

podem ser representadas como porcentagem

(símbolo: %).

• Resolver problemas envolvendo porcentagem.

Adição e

subtração com

números

• Analisar, interpretar, formular e resolver situações-

problema compreendendo diferentes significados

da adição e da subtração.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

naturais • Reconhecer que diferentes situações-problema

podem ser resolvidas por uma única operação e

que diferentes operações podem resolver uma

mesma situação-problema.

• Estabelecer relações entre a adição e a subtração.

• Construir, organizar e representar os fatos

fundamentais da adição e da subtração, ampliando

o repertório básico para o desenvolvimento do

cálculo mental.

• Identificar, a partir do cálculo mental propriedades

da adição.

• Analisar e comparar diferentes estratégias de

cálculo.

• Utilizar o cálculo mental exato ou aproximado

como previsão e avaliação da adequação dos

resultados.

• Usar diferentes procedimentos de cálculo, em

função da situação-problema, das operações e dos

números envolvidos.

• Familiarizar-se com a terminologia da adição e da

subtração (parcelas, soma, sinal mais, primeiro

termo, segundo termo, diferença, resto, sinal

menos).

Adição e

subtração com

números

racionais na

forma decimal

• Efetuar cálculos de adição e subtração de números

racionais na forma decimal: por meio de

estratégias pessoais e construindo suas

representações gráficas; forma decimal – por meio

de técnica operatória escrita, utilizando “transporte”

e “recurso” à ordem imediatamente superior.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Multiplicação e

divisão com

números

naturais

• Analisar, interpretar, formular e resolver situações-

problema compreendendo diferentes significados

da multiplicação e da divisão.

• Reconhecer que diferentes situações-problema

podem ser resolvidas por uma única operação e

que diferentes operações podem resolver uma

mesma situação-problema.

• Estabelecer relações entre a multiplicação e a

divisão.

• Construir, organizar e representar os fatos

fundamentais da multiplicação e da divisão,

ampliando o repertório básico para o

desenvolvimento do cálculo mental.

• Identificar, a partir do cálculo mental propriedades

da multiplicação.

• Identificar, a partir do cálculo mental, a

regularidade presente na divisão: ao dividir ou

multiplicar o dividendo e o divisor por um mesmo

número, o quociente não se altera.

• Efetuar cálculos de multiplicação e divisão:

inicialmente, por meio de estratégias pessoais,

construindo sua representação gráfica;

posteriormente, por meio da técnica operatória.

• Analisar e comparar diferentes estratégias de

cálculo.

• Efetuar cálculos envolvendo as noções de dobro,

metade, terça parte e triplo.

• Utilizar o cálculo mental exato ou aproximado

como previsão e avaliação da adequação dos

resultados.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Utilizar diferentes procedimentos de cálculo, em

função da situação-problema, das operações e dos

números envolvidos.

• Familiarizar-se com a terminologia da multiplicação

e da divisão (fatores, produto, sinal vezes, sinal

dividir, dividendo, quociente, divisor).

Medidas

No cotidiano utilizamos diferentes grandezas e medidas para lidar com

diferentes aspectos, como tempo (horas), compras (quanto), entre outros. Para

estas situações, muitas vezes, apenas uma estimativa permite um resultado

favorável. Entretanto, em alguns casos, são necessários resultados precisos e

exatos que exigem o uso de equipamentos como trenas, fitas métricas, balanças,

relógios e termômetros.

“Medir implica comparar duas grandezas de mesma natureza e

verificar quantas vezes a grandeza tomada como unidade de

medida cabe na outra. A escolha da unidade depende da

grandeza que se pretende medir e da precisão desejada“.

(Proposta Curricular MEC para Educação de Jovens e Adultos,

2001, p. 76).

Para o estudo das medidas é essencial que os alunos dominem os

números decimais para que consigam ler e interpretar notações convencionais

contidas em bulas, embalagens, recipientes.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Conceito • Compreender que a medida envolve a comparação entre

duas grandezas da mesma natureza e a verificação de

quantas vezes a grandeza tomada como unidade de

medida cabe na outra.

• Comparar grandezas de mesma natureza e identificar

unidades de medida através de estratégias informais.

• Perceber que o número que indica a medida varia

conforme a unidade de medida utilizada.

• Reconhecer a utilidade dos números decimais para

representar quantidades relacionadas às medidas.

Sistema

Monetário

Brasileiro

• Estabelecer relações entre os valores monetários de

cédulas e moedas em situações-problema do cotidiano.

• Efetuar cálculos estabelecendo relações entre os

diferentes valores monetários.

• Empregar procedimentos de cálculo mental e escrito

para resolver situações-problema envolvendo preços,

pagamento e troco com cédulas e moedas.

Tempo • Ler, construir e utilizar o calendário como referência para

medir o tempo.

• Estabelecer relações entre dia, semana, mês e ano.

• Ler e utilizar o relógio de ponteiros e o relógio digital

como instrumentos para medir o tempo.

• Estabelecer relações entre dia, hora e minuto, e hora,

minuto e segundo.

• Resolver situações-problema envolvendo datas, idades e

prazos.

• Identificar o século como período de 100 anos (em

conexão com estudos históricos).

• Conhecer e utilizar notações usualmente empregadas

para o registro de datas e horas (12h55min, 12/05/96,

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

século XX etc.).

• Identificar que o marco de referência do calendário

cristão é histórico: o nascimento de Cristo.

Temperatura • Reconhecer o grau centígrado como unidade de medida

de temperatura.

• Ler o termômetro clínico e o termômetro meteorológico,

reconhecendo o símbolo ºC.

Comprimento • Medir utilizando unidades de medida não convencionais

e representar o valor da medida.

• Conhecer as unidades usuais de medida de

comprimento: metro, centímetro, milímetro e quilômetro,

estabelecendo relações entre elas.

• Reconhecer e utilizar os símbolos das unidades de

medida usuais (m, cm, mm, km).

• Medir comprimentos utilizando instrumentos como fita

métrica, trena, régua e expressar a medida na unidade

adequada, em função do contexto e da precisão do

resultado.

• Calcular o perímetro de figuras planas relacionadas a

situações-problema do cotidiano.

Capacidade • Conhecer as unidades usuais de medida de capacidade:

litro e mililitro e as relações entre elas.

• Reconhecer e utilizar as notações convencionais das

unidades de medida usuais (l e ml), identificando-as em

embalagens, receitas, vasilhames, bulas de remédio etc.

Massa • Conhecer as unidades usuais de medida de massa:

grama, quilograma e miligrama, estabelecendo relações

entre grama e quilograma, grama e miligrama.

• Reconhecer e utilizar as notações convencionais das

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

unidades de medida usuais (g, kg, mg), identificando-as

em embalagens, receitas, vasilhames, bulas de remédio

etc.

• Resolver problemas envolvendo conversões entre

unidades de medida usuais.

• Medir a massa utilizando balanças e expressar a medida

na unidade mais adequada em função do contexto e da

precisão do resultado.

Superfície • Conhecer as unidades usuais de medida de superfície:

metro quadrado (m²), quilômetro quadrado (km²) e

centímetro quadrado (cm²), estabelecendo a relação

entre m² e cm², m² e km².

• Calcular a área do quadrado e do retângulo, por

contagem de regiões, verificando quantas vezes uma

unidade de medida cabe numa determinada superfície.

• Identificar relações entre áreas de figuras geométricas

por meio da composição e decomposição de figuras.

• Resolver problemas envolvendo relações entre área e

perímetro.

• Desenvolver a noção de escala como ampliação ou

redução das dimensões reais em situações que

envolvam representação de medidas de comprimento e

superfície (plantas, mapas, guias, itinerários).

Geometria

A geometria está presente no espaço em que vivemos e nos objetos nele

presentes. Por isso devemos desenvolver nos educandos a capacidade de

reconhecer formas, representá-las, identificar suas propriedades e abstraí-las

para que possam construir o pensamento geométrico. Ao observar objetos de

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diferentes maneiras, de diferentes posições ou organizá-lo de diferentes formas

desenvolve no aluno o sentido de organização e orientação espacial.

Na Educação de Jovens e Adultos o início da aprendizagem da geometria

se dá por meio da observação e reconhecimento das formas geométricas nos

objetos do ambiente. Os alunos devem apresentar problemas relativos ao espaço

e tentar resolvê-los, apoiado em suas concepções espontâneas. Para auxiliar na

construção do sentido espacial, as noções de direção e orientação devem partir

de atividades em que o educando possa descrever sua posição na sala de aula,

desenhar a sala, representar o caminho que percorre deslocar-se no espaço

utilizando pontos de referência.

A geometria estabelece grande relação com as noções de medidas,

números fracionários, números decimais, gráficos, com o estudo da geografia,

artes plásticas e todos os campos que envolvem o sentido espacial.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Espaço,

Dimensão,

Posição,

Direção,

Sentido

• Descrever a situação de objetos presentes no

entorno, empregando a terminologia referente: ao

dimensionamento, à posição e à direção e sentido.

• Localizar-se no espaço com base em pontos de

referência e algumas indicações de posição.

• Movimentar-se no espaço com base em pontos de

referência e algumas indicações de direção e

sentido.

• Descrever sua posição e a posição de objetos no

espaço, dando informações sobre pontos de

referência, direção e sentido.

• Descrever a posição de objetos no espaço a partir

da observação de maquetes, croquis, fotografias,

gravuras, desenhos, guias do bairro e da cidade,

mapas, globo terrestre e planisfério, empregando a

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52

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

terminologia referente às noções de grandeza,

posição, direção e sentido.

• Distribuir de maneira adequada registros sobre o

papel (transcrição de textos, reprodução de

desenhos, tabelas e gráficos).

• Diferenciar espaços abertos e fechados.

• Ocupar espaços percebendo as relações de

tamanho e forma.

• Representar a posição de objetos no espaço

através da construção de maquetes, desenhos,

itinerários, plantas baixas.

• Representar a movimentação de objetos no espaço,

evidenciando os deslocamentos realizados.

• Comparar maquetes e desenhos, desenhos e

mapas.

• Identificar propriedades relativas à posição dos

elementos de uma figura — paralelismo e

perpendicularismo — através da observação de

objetos, trajetos, dobraduras etc.

• Identificar o ângulo reto.

Formas Bi e

Tridimensionais,

Figuras Planas e

Sólidos

Geométricos

• Identificar as características das formas

geométricas que estão presentes em elementos

naturais e nos objetos criados pelo homem.

• Identificar semelhanças e diferenças entre a forma

dos objetos.

• Reproduzir a forma dos objetos através de

construções com massa, argila, sabão, varetas etc.

• Identificar sólidos geométricos e formas planas,

perceber semelhanças e diferenças entre alguns

deles (cubo e quadrado, pirâmide e triângulo,

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

paralelepípedo e retângulo, esfera e círculo).

• Identificar semelhanças e diferenças entre os

sólidos geométricos.

• Reconhecer características comuns aos poliedros:

faces, arestas e vértices (identificação e contagem).

• Reconhecer características comuns aos corpos

redondos como esfera, cone e cilindro.

• Identificar semelhanças e diferenças entre os

poliedros.

• Identificar semelhanças e diferenças entre

diferentes polígonos como os quadriláteros, os

triângulos e outros.

• Classificar polígonos como triângulos e

quadriláteros, usando diferentes critérios e também

as noções de retas paralelas e ângulo reto.

• Identificar simetrias em diferentes formas

geométricas e analisar as características

decorrentes.

• Compor e decompor sólidos geométricos e figuras

planas, identificando diferentes possibilidades.

• Planificar alguns sólidos geométricos, identificando

a relação entre faces e figuras planas.

Introdução à Estatística

Diariamente os veículos de comunicação apresentam dados estatísticos

representados por tabelas e gráficos. Dados estes que são fontes de situações

reais, o que torna fundamental que o educando leia e interprete corretamente

estas informações. O trabalho com tabelas e gráficos favorece o uso de

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situações-problema real e engloba contagem, números, medidas, cálculos e

estimativas.

Para o início da aprendizagem de leitura e análise de dados, nas suas

diferentes formas de apresentação, o professor deve propor atividades em que os

educandos façam levantamento de dados acerca de seu contexto social, como

levantamento dos estados de origem dos alunos, das faltas dos alunos, das

idades e profissões dos alunos, entre outros. Para que a coleta de dados e

informações ocorra de forma correta, os alunos precisam conhecer quais dados

devem ser levantados, onde e como coletá-los, organizá-los e apresentá-los.

No estudo deste conteúdo é fundamental que os educandos compreendam

a importância das representações gráficas como forma de apresentação global de

informações.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Coleta,

Sistematização

e Análise de

Dados

• Coletar e organizar dados e informações.

• Construir registros pessoais para comunicar

informações coletadas.

• Analisar fenômenos sociais e naturais a partir de

dados quantitativos.

Tabelas e

Gráficos

• Reconhecer, descrever, ler e interpretar informações

apresentadas em tabelas simples, tabelas de dupla

entrada, gráficos de barra, gráficos de linha, gráficos

de setor.

• Construir tabelas simples, tabelas de dupla entrada,

gráficos simples de barra, de linha e de setor.

• Comparar e estabelecer relações entre dados

apresentados em diferentes tabelas.

• Traduzir em tabelas simples e de dupla entrada dados

apresentados em gráficos numéricos, evidenciando a

compreensão das informações.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Identificar características dos acontecimentos

previsíveis e utilizar as informações para fazer

previsões.

• Identificar as características de acontecimentos

aleatórios e utilizar as informações para avaliar

probabilidades.

Média

Aritmética

• Desenvolver a noção de média aritmética como o

resultado da soma de x parcelas dividida por x.

• Calcular e interpretar a média aritmética em casos

significativos para a compreensão da informação.

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Registre aqui suas observações.

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ESTUDOS DA SOCIEDADE E DA NATUREZA

Fundamentos e Objetivos da Área

A área de Estudos da Sociedade e da Natureza busca desenvolver

conhecimentos que ajudem os educandos a compreender criticamente a

realidade em que vivem e nela atuem de forma mais consciente e participativa.

Nesta perspectiva deve servir de elemento reflexivo sobre a condição humana,

permitindo analisar e problematizar práticas, condutas e valores historicamente

constituídos, compreendendo e refletindo sobre sua condição de ser social.

Trabalhar com temas que fazem parte da realidade do aluno cria

oportunidades dos educandos articularem conhecimentos que já detém com o

conhecimento escolar, enriquecendo seus esquemas de compreensão e em

alguns casos modificando-os parcialmente, pois uma nova explicação sobre o

tema torna-o mais abrangente e significativo em relação a um conceito que o

educando tinha anteriormente.

No trabalho desta área é importante que os educandos manifestem suas

ideias e impressões acerca do assunto tratado e que o professor tenha visão

crítica e interesse pelos fenômenos sociais e naturais e pelo processo de

produção do conhecimento. O Estudo da Sociedade e da Natureza facilita o

trabalho com temas geradores, conforme Paulo Freire defendia: educador e

educando debruçam-se sobre aspectos da realidade que, mantendo ligação com

o universo conhecido deles, são capazes de impulsioná-los para novas

descobertas.

É importante que o professor estabeleça relação clara com as outras áreas

do conhecimento, Língua Portuguesa e Matemática, propondo atividades que

utilizem diversos conteúdos e mecanismos destas áreas do conhecimento,

enriquecendo o processo de ensino aprendizagem. Por exemplo, é possível

elaborar situações problemas de matemática a partir de fenômenos sociais ou

naturais estudados anteriormente, leitura de diferentes tabelas ou gráficos e

produções de textos.

É fundamental facilitar o acesso dos educandos à informação sobre os

assuntos tratados. As fontes de conhecimentos são diversas: estudos do meio,

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textos didáticos e literários, mapas, gráficos, tabelas, estatísticas, desenhos,

fotografias, pinturas, filmes, vídeos, depoimentos, entrevistas; e o uso destas

fontes variadas favorecem a dinâmica das aulas e a compreensão dos

educandos.

A área Estudos da Sociedade e da Natureza divide-se em seis blocos que

visam nortear o trabalho dos educadores na elaboração de seu plano de ensino.

Os blocos não estão hierarquizados por grau de importância ou complexidade e

cabe ao professor selecionar, recombinar e sequenciar os conteúdos e objetivos

de acordo com o seu projeto pedagógico e com o perfil de cada turma. Os seis

blocos que formam esta área são: O educando e o Lugar de Vivência; O Corpo

Humano e suas Necessidades; Cultura e Diversidade Cultural; Os Seres

Humanos e o Meio Ambiente; As Atividades Produtivas e as Relações Sociais;

Cidadania e Participação.

O educando e o Lugar de Vivência

Um aspecto fundamental da inserção de jovens e adultos em programas

educativos é o fortalecimento da sua auto-estima. Ao expor sua situação pessoal

o educando não deve sentir-se forçado a fazê-lo e sim, estimulado para integrar-

se ao grupo. As diversidades de características entre os educandos são muitas e

a recuperação das suas histórias de vida tem papel importante na valorização das

tradições culturais e no saber prático que os alunos detêm.

Com a realização de atividades que recuperem a história de vida dos

educandos em que eles possam localizar data e local de nascimento, os vários

locais de moradia, motivos das mudanças realizadas, situação familiar, vida

profissional e escolar e tantas outras informações relevantes, é possível ampliar

as noções de tempo e espaço, conhecer unidades de medida do tempo

cronológico, de extensão e de área, desenvolver habilidade de orientação e

representação espacial, introduzir conceitos relacionados à cultura, ao mundo

trabalho, os processos migratórios e a urbanização.

Um dos aspectos da recuperação da identidade dos educandos é abordar

o papel da escola na vida dos jovens e adultos. Cabe ao professor auxiliar seus

alunos a conhecer melhor o lugar de suas vivências presentes, não só em sua

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estrutura física, mas que ele seja capaz de usufruir dos recursos sociais e

culturais do seu lugar de moradia.

A abordagem deste conteúdo além de ampliar os conhecimentos dos

alunos possibilita a melhora do bem-estar pessoal e social.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

A Identidade do

Educando

• Recuperar a história pessoal por meio de relatos

orais, escritos, desenhos ou dramatizações,

valorizando positivamente sua experiência de vida.

• Reconhecer a si próprio e seus pares enquanto

portadores e produtores de cultura, dotados de

capacidade de ampliar seu universo de

conhecimentos, valores e meios de expressão.

• Estabelecer uma relação empática e solidária com

os colegas, respeitando as diferenças

socioculturais, de gênero, geração e etnia

presentes no grupo.

• Ordenar cronologicamente fatos significativos da

vida pessoal, empregando unidades de medida do

tempo (anos, décadas, meses) e estabelecendo

periodizações pertinentes (infância, adolescência

etc.).

• Localizar nos mapas político do Brasil e do estado

os municípios de origem e de moradia atual.

• Conhecer os vários documentos de identificação

pessoal e suas utilidades (certidão de nascimento,

RG, título de eleitor etc.).

O Centro

Educativo

• Reconhecer o valor pessoal e social da educação

e os principais direitos constitucionais a ela

relacionados.

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60

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

• Conhecer o calendário escolar, situando

cronologicamente eventos e períodos significativos

(dias letivos, férias, festividades etc.).

• Conhecer as dependências e equipamentos do

centro educativo, observando seus aspectos

físicos e sociais e colaborando para sua

manutenção ou melhoria.

• Conhecer, analisar e respeitar as normas de

funcionamento do centro educativo, formulando

propostas para seu aperfeiçoamento.

• Participar dos órgãos de gestão democrática do

centro educativo, conhecendo os direitos e deveres

de seus vários integrantes.

Espaço de

Vivência

• Observar, descrever e desenhar croquis de

espaços geográficos conhecidos (lugar de origem,

de moradia e trabalho, entorno da escola etc.)

empregando símbolos e legendas.

• Observar e descrever formas de ocupação social

do espaço, analisando seu aproveitamento ou

degradação.

• Interpretar e desenhar plantas simples

empregando proporções, símbolos convencionais

e legendas.

• Identificar os principais órgãos de administração e

serviços (públicos, privados e comunitários) da

região, conhecer suas funções, analisando sua

qualidade e formulando sugestões para sua

melhoria.

• Relacionar as condições de saneamento básico da

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61

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

região e de seus serviços de saúde com a

incidência e tratamento de doenças.

• Identificar formas de participação individual e

coletiva na comunidade, desenvolvendo atitudes

favoráveis à melhoria de suas condições

socioambientais (saneamento básico, coleta

seletiva e reciclagem de lixo, mutirões de moradia,

movimentos por melhoria dos serviços, campanhas

de solidariedade, etc.).

• Identificar os principais órgãos de participação civil

da região (associações de bairro, sindicatos,

partidos políticos, grupos religiosos etc.),

distinguindo as respectivas esferas de atuação.

• Identificar, descrever e recuperar as origens das

principais festividades e outras tradições culturais

da região.

• Observar mudanças ocorridas na região,

recuperando seu passado por meio de relatos orais

de moradores antigos ou fontes documentais

(fotos, jornais, livros etc.).

O Corpo Humano e suas Necessidades

Conhecer o próprio corpo é um assunto que pode interessar muito a jovens

e adultos. Assim como ocorre em outras áreas os alunos detêm conhecimentos

práticos sobre os assuntos tratados e cabe ao professor esclarecê-los, ampliá-los

e complementá-los com informações científicas, para que possa propiciar uma

melhor compreensão das condições de geração, manutenção e qualidade de

vida.

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Um dos assuntos que também desperta interesse na Educação de Jovens

e Adultos é a reprodução humana, visto que muitos já possuem vida sexual ativa,

muitas dúvidas e curiosidades em relação a este tema e estão cercados de

preconceitos e tabus. Especialmente para os jovens estas informações podem ser

cruciais devido ao grande número de adolescentes que engravidam

precocemente. As discussões deste tema devem ser mediadas com muito

cuidado, de forma aberta, respeitando a liberdade individual, princípios e valores

morais de cada um.

Nas aulas é importante a conscientização do aluno de que a saúde é um

bem individual e coletivo, e desenvolver noções sobre o cuidado da saúde,

hábitos de higiene e prevenção de doenças. Além da consciência individual é

necessário envolver os alunos para uma mobilização coletiva, como por exemplo

em relação ao saneamento básico e melhorias dos serviços de assistência

médica.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

A Espécie

Humana

• Reconhecer-se como ser vivo e, portanto, parte da

natureza.

• Identificar os seres humanos como animais

mamíferos.

• Identificar a alimentação como mecanismo de

manutenção do indivíduo e a reprodução como

mecanismo de manutenção da espécie.

O corpo Humano • Identificar o esquema corporal (cabeça, tronco e

membros) relacionando as funções que cada região

desempenha.

• Identificar a simetria bilateral externa do corpo

humano e a proporcionalidade entre seus

constituintes nas diversas fases de crescimento.

• Identificar estruturas de proteção das regiões vitais

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63

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

(crânio, costelas, etc.).

• Identificar as estruturas responsáveis pelo

movimento, relacionando-as com os problemas

posturais ou decorrentes de falta ou excesso de

exercícios.

• Identificar os órgãos dos sentidos, seu

funcionamento e cuidados necessários à sua

preservação.

• Conhecer necessidades especiais de pessoas

portadoras de deficiências.

Alimentação • Entender a digestão como transformação dos

alimentos em substâncias que o corpo pode utilizar.

• Identificar órgãos do aparelho digestivo e as funções

que desempenham.

• Identificar a função da água para nosso corpo.

• Classificar os alimentos mais comuns segundo

critérios diversos (origem animal e vegetal;

consumido cru ou cozido, fresco ou em conserva,

etc.).

• Classificar os alimentos mais comuns segundo a

função de seus nutrientes para o corpo.

• Compreender referências quanto a prazo de

validade, composição e uso de conservantes em

embalagens de produtos alimentares

industrializados.

• Comentar criticamente os hábitos alimentares.

• Compreender a importância da higiene da água e

dos alimentos.

• Conhecer as formas de transmissão das parasitoses

intestinais, medidas de tratamento e prevenção.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Reprodução • Identificar os órgãos dos aparelhos reprodutores:

feminino e masculino.

• Explicar de forma simples o seu funcionamento,

relacionando os órgãos com as funções que

desempenham.

• Explicar, de forma simples, como se dá a

fecundação.

• Conhecer métodos de contracepção, seu

funcionamento e condições de uso.

• Explicar, de forma simples, como se dá o

desenvolvimento fetal, relacionando-o à importância

dos cuidados pré-natal.

• Conhecer os riscos relacionados à gravidez precoce

e tardia.

• Conhecer as vantagens e desvantagens do parto

normal e cesariana.

• Compreender a importância do planejamento

familiar.

• Identificar as principais doenças sexualmente

transmissíveis, conhecer formas de prevenção e

tratamento.

• Aplicar conhecimentos sobre a reprodução humana

para analisar as atitudes pessoais com relação à

sexualidade.

Desenvolvimento

Humano

• Identificar e comentar hábitos de cuidado com as

crianças.

• Conhecer as necessidades alimentares específicas

da primeira infância.

• Conhecer as principais doenças causadoras de

mortalidade infantil, formas de prevenção e

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

tratamento.

• Conhecer a importância da vacinação.

• Conhecer as condições necessárias para que as

crianças tenham um bom desenvolvimento motor,

cognitivo, emocional e social.

• Conhecer as principais características fisiológicas e

psicológicas da puberdade e adolescência.

• Analisar formas de relacionamento saudável entre

crianças, adolescentes, jovens e adultos dentro e

fora da família.

• Discutir os cuidados necessários de atenção à

saúde dos adultos enquanto indivíduos e enquanto

trabalhadores.

• Conhecer as principais características fisiológicas e

psicológicas da terceira idade.

Cultura e Diversidade Cultural

O Brasil é país que a diversidade cultural é muito grande e que cada povo

ou etnia contribui para a construção do povo que somos hoje. A sociedade

brasileira comporta uma grande diversidade cultural que deve ser encarada como

patrimônio a ser preservado e enriquecido. Independente da diversidade cultural

todo brasileiro tem direitos constitucionais iguais, inclusive o direito de preservar

sua cultura.

Este bloco trata de conteúdos que permitem ao professor criar condições

para que os educandos entendam que a identidade dos diversos grupos sociais é

garantida pelo conjunto de conhecimentos, crenças, moral, costumes, leis e

hábitos desenvolvidos pelos seus integrantes. A cultura constitui a identidade dos

povos e o respeito e a consideração pelo modo de ser do outro é algo a ser

desenvolvido nesse bloco.

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Compreender a cultura e a diversidade cultural consiste em perceber que

desde seu nascimento o ser humano recebe influências da sociedade em que

vive e informações do grupo: os hábitos alimentares, o vestuário, o costume de

dormir em cama ou rede, a língua, a identificação do pai e da mãe, as

brincadeiras, o aprendizado para o trabalho, as buscas amorosas. Todavia, os

educandos precisam se reconhecer como portadores e produtores de ideias,

linguagens, conhecimentos e sentimentos e capazes de propor, atuar e criar,

agindo como agente de transformação da sua cultura.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Cultura • Exprimir, por meio de exemplos, o conceito de cultura

como algo dinâmico e plural.

• Observar mudanças ocorridas em aspectos da cultura

no passado e no presente (concepções científicas,

tecnologias, formas de trabalho, hábitos alimentares,

padrões de moralidade, expressões artísticas, etc.).

Diversidade

Cultural e

Sociedade

Brasileira

• Reconhecer o caráter multiétnico e a diversidade cultural

da sociedade brasileira.

• Reconhecer os povos indígenas como primeiros

habitantes do Brasil e seus direitos à preservação da

identidade cultural e ao território.

• Reconhecer, através de exemplos, a diversidade cultural

e linguística dos povos indígenas do Brasil, valorizando-

a enquanto elemento constitutivo do patrimônio cultural

da sociedade brasileira.

• Analisar exemplos de conflitos culturais, pela posse da

terra e problemas de saúde decorrentes de contatos

entre os povos indígenas brasileiros e a sociedade não

indígena.

• Localizar, no planisfério (mapa-múndi) político, a África e

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

as regiões de origem dos principais grupos étnicos

africanos trazidos ao Brasil durante a vigência da

escravidão.

• Conhecer traços culturais dos principais grupos étnicos

africanos presentes no Brasil.

• Localizar, no planisfério (mapa-múndi) político, os

continentes e os países de origem de alguns grupos de

imigrantes que se deslocaram para o Brasil ao longo de

sua história.

• Conhecer traços culturais de algumas nacionalidades

que imigraram para o Brasil, valorizando-os enquanto

elementos constitutivos do patrimônio cultural da

sociedade brasileira.

• Conhecer a legislação que proíbe e pune a prática de

racismo na sociedade brasileira.

• Identificar traços culturais característicos de diferentes

regiões do Brasil.

• Relacionar influências culturais aos movimentos

migratórios na História do Brasil.

Os Seres Humanos e o Meio Ambiente

Além de reconhecer sua identidade e cultura o aluno deve entender que

também faz parte da natureza, que existe uma relação de interdependência entre

os seres vivos e o meio ambiente, e que pode ser capaz de transformar o mundo

natural, mas sem deixar de estar submetido aos seus ciclos: aos dias, às noites, à

vida e à morte.

Historicamente pode-se perceber que a humanidade alterou o seu espaço

natural, mas se antes a natureza podia ser encarada como fonte inesgotável de

recursos, hoje sabe-se que uma exploração indiscriminada e predatória pode

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levar ao esgotamento destes recursos. Esta problemática precisa ser abordada e

discutida com os alunos na sala de aula.

Ao estudar o espaço rural e urbano o professor pode contextualizar o

estudo do meio ambiente e os efeitos que a intervenção humana tem sobre ele. O

professor pode utilizar este conteúdo para trabalhar questões de diferentes áreas

do conhecimento, como elaborar e interpretar mapas, estrutura fundiária,

movimentos migratórios, redes urbanas e processos de metropolização.

É importante nesta área que se apresente ao educando conhecimentos

sobre o universo que habitam, desde o reconhecimento do planeta Terra e sua

localização no sistema solar, os movimentos de rotação e translação da Terra e

da Lua e suas consequências sobre o ambiente terrestre e também a

identificação do globo terrestre e planisfério como representação do planeta.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Ecossistemas e

ciclos naturais.

• Distinguir seres vivos e ambiente físico, com base

na existência ou não do ciclo vital (nascer,

crescer, reproduzir e morrer).

• Reconhecer-se como ser vivo e, portanto, parte

da natureza.

• Classificar os seres vivos como animais, vegetais

e decompositores a partir do atributo forma de

obtenção de energia.

• Reconhecer a existência de animais e vegetais

microscópicos.

• Reconhecer a existência de microorganismos

decompositores por meio da análise de

fenômenos como apodrecimento e fermentação.

• Identificar relações de dependência entre os

seres vivos e o ambiente físico.

• Observar exemplos de cadeias alimentares,

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69

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

identificando os produtores, consumidores e

decompositores.

• Observar exemplos de transformações

ambientais que ocorrem naturalmente.

• Compreender a poluição ou degradação dos

ambientes como resultado da impossibilidade de

reequilíbrio natural, dada a intensidade e a

rapidez com que os seres humanos transformam

o ambiente natural.

Espaços Rurais e

Urbanos

• Observar diferenças entre os espaços rural e

urbano, relacionado-os às atividades econômicas

características do campo e da cidade.

• Identificar fluxos econômicos entre cidade e

campo (matérias-primas, insumos, força de

trabalho, consumo, sistemas de transporte,

comunicação e serviços).

• Localizar o município de Pinhais em mapas

físicos do Brasil e do estado, interpretando os

símbolos e legendas empregados.

Problemas

Ambientais das

Zonas Rurais e

Urbanas

• Conhecer características do solo e reconhecer

sinais de sua degradação (erosão, compactação,

desertificação).

• Conhecer as principais formas de conservação do

solo (rodízio, adubação natural e artificial,

cobertura vegetal).

• Conhecer os riscos do uso indiscriminado de

agrotóxicos.

• Conhecer as principais formações vegetais

existentes no território brasileiro (florestas,

cerrado, caatinga, campos, vegetação costeira),

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70

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

particularmente a cobertura vegetal original do

município.

• Discutir consequências do desmatamento e

extinção de vegetais e animais.

• Identificar causas da poluição do ar e suas

consequências, especialmente para a saúde das

pessoas.

• Identificar causas e consequências da poluição

das águas.

• Conhecer em seus traços gerais os processos de

captação, tratamento e distribuição da água

potável, identificando causas e consequências da

poluição de mananciais.

• Identificar e comentar problemas relacionados à

destinação dos esgotos e do lixo industrial e

doméstico.

• Localizar no mapa do Brasil as principais bacias

hidrográficas brasileiras e no mapa do estado os

rios que abastecem o município.

• Identificar e comentar problemas relativos ao

trânsito nos grandes centros urbanos.

Conservacionismo • Identificar e comentar iniciativas pessoais,

coletivas e governamentais de defesa do meio

ambiente.

• Desenvolver atitudes positivas relacionadas à

preservação dos recursos naturais e do meio

ambiente rural e urbano.

O planeta Terra • Reconhecer a Terra como corpo celeste em

movimento.

• Distinguir corpos celestes luminosos (estrelas e

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

cometas) e iluminados (planetas e satélites).

• Localizar a Terra no sistema solar, recorrendo a

modelos visuais (maquetes, esquemas etc.).

• Reconhecer os movimentos da Terra (rotação e

translação) e da Lua e suas consequências sobre

o ambiente terrestre (ocorrência de dias e noites,

estações do ano, eclipses, marés).

• Identificar o globo terrestre e o planisfério (mapa-

múndi) como modelos de representação da Terra.

• Localizar, a partir do globo, o interior, a crosta e a

atmosfera terrestre.

• Observar, no globo terrestre e no planisfério

(mapa-múndi), os oceanos e continentes.

• Localizar o Brasil e o continente americano no

planisfério (mapa-múndi) político.

• Empregar os pontos cardeais como sistema de

referência e orientação no espaço terrestre.

As Atividades Produtivas e as Relações Sociais

O trabalho é uma dimensão essencial da vida humana e da organização da

sociedade. A maioria dos alunos quando ingressam na Educação de Jovens e

Adultos já estão inseridos no mundo do trabalho, o que faz com que temas

econômicos lhe sejam familiares. Além das situações do cotidiano, os alunos

recebem informações e notícias pelos meios de comunicação, principalmente

pelos telejornais, sobre consumo, preços e salários, valor dos impostos, das

moedas e taxas de juros.

Além do aluno poder compreender as relações de trabalho e sua influência

na sociedade atual, este tema expande-se para um trabalho interdisciplinar, tanto

com a Matemática e Língua Portuguesa, e até mesmo com a História, e essas

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possibilidades devem ser exploradas pelo professor. Os encaminhamentos na

sala de aula sobre trabalho, tecnologia e emprego, precisam abordar questões do

passado e da atualidade, relacioná-las com a vivência do aluno trabalhador e

suas concepções sobre o trabalho, a economia e a sociedade brasileira.

Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Trabalho,

Tecnologia e

Emprego

• Classificar as atividades econômicas em ramos

(extrativismo, mineração, agricultura, pecuária,

indústria, comércio, serviços).

• Classificar as atividades econômicas em setores

(primário, secundário, terciário).

• Localizar os municípios de origem e de moradia atual

em mapas econômicos do Brasil e do estado,

interpretando os símbolos e legendas empregados.

• Relacionar profissões aos diferentes ramos e setores

da atividade econômica.

• Reconhecer o desenvolvimento científico e

tecnológico como meio de ampliar a produtividade do

trabalho humano.

• Identificar e citar exemplos do impacto do

desenvolvimento tecnológico nos diversos ramos da

atividade produtiva.

• Relacionar, por meio de exemplos, o

desenvolvimento tecnológico às exigências de

qualificação profissional.

• Relacionar, por meio de exemplos, o

desenvolvimento tecnológico e a liberação de mão de

obra.

• Analisar o problema do desemprego.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Relações de

Trabalho na

História do Brasil

• Distinguir, através de exemplos, relações sociais de

trabalho baseadas no parentesco, na escravidão e no

assalariamento.

• Conhecer algumas características da organização

socioeconômica dos povos indígenas brasileiros,

particularmente as relações de trabalho baseadas no

parentesco.

• Identificar exemplos contemporâneos de trabalho

baseado em relações de parentesco e solidariedade

em sociedades não indígenas (mutirão, trabalho

comunitário, trabalho familiar).

• Valorizar os afazeres domésticos como modalidade

de trabalho familiar e analisar a divisão das tarefas

entre os membros da família.

• Caracterizar, através de exemplos, o trabalho

escravo.

• Localizar, cronologicamente, o regime de trabalho

escravo na História do Brasil.

• Conhecer características do trabalho escravo e

formas de opressão impostas aos negros africanos

escravizados no Brasil durante os séculos XVI a XIX.

• Conhecer fatos e personagens que marcaram a

resistência dos índios e negros à escravidão na

História do Brasil.

• Identificar e comentar resquícios da escravidão na

sociedade brasileira atual.

• Identificar casos de regime de trabalho escravo na

sociedade atual.

• Conhecer as condições históricas que levaram à

abolição do trabalho escravo e à dominância do

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

trabalho assalariado no Brasil ao final do século XIX.

• Identificar os traços fundamentais das relações

sociais de trabalho assalariado.

• Distinguir, por meio de exemplos, trabalho

assalariado formal e informal.

• Analisar causas dos movimentos migratórios rural-

urbanos e inter-regionais no Brasil.

• Analisar causas e consequências das desigualdades

econômicas no Brasil.

Cidadania e Participação

O desinteresse pelo tema político é crescente no Brasil e em outros países.

Porém é um tema de suma importância e que afeta diretamente a vida em

sociedade. Este conteúdo propicia o conhecimento de aspectos do sistema

político democrático e da constituição do país, que define os direitos e deveres

dos cidadãos brasileiros. Neste contexto destaca-se a necessidade de ajudar os

educando a compreender a complexidade das questões políticas e a superar as

atitudes de passividade.

A cidadania é um conceito que procura-se construir no educando desde o

início da alfabetização. Ao iniciar o estudo da Cidadania e Participação o

professor deve dialogar a respeito de como os alunos exercem esse direito e

como reagem à sua ausência. Ao conhecer e compreender seus direitos

enquanto cidadão, como liberdade de ir e vir, de imprensa, de pensamento, de

crença, de voto, participação no exercício do poder, entre outros, o educando

pode exercer de forma ativa sua cidadania e exigir que seus direitos sejam

efetivados.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

O Estado Brasileiro • Observar o mapa político do Brasil e do estado,

neles localizando as capitais estaduais e federal

(Brasília).

• Caracterizar um regime político democrático por

meio de exemplos (eleições livres, liberdade de

expressão e associação), distinguindo-o de

regimes autoritários.

• Identificar os poderes que configuram o Estado

brasileiro e suas competências (executivo,

legislativo, judiciário).

• Identificar as instâncias administrativas e suas

competências (federal, estadual e municipal).

• Identificar características do regime republicano

presidencialista, comparando-o com outros

regimes (monarquia, parlamentarismo).

• Analisar alguns artigos da Constituição Brasileira

relativos à organização do sistema político.

• Localizar, cronologicamente, mudanças políticas

na História do Brasil (Independência,

Proclamação da República etc.).

Direitos Civis,

Políticos e Sociais

• Identificar direitos e deveres pessoais e coletivos

no âmbito dos locais de moradia e trabalho, na

escola, nos organismos políticos, associações

etc.

• Conhecer a Declaração Universal dos Direitos do

Homem (da ONU), ler e comentar alguns trechos.

• Reconhecer a importância da Constituição para a

edificação da democracia no país.

• Conhecer alguns direitos civis garantidos pela

Constituição e relacioná-los com suas vivências e

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

acontecimentos da atualidade (liberdade de ir e

vir, de imprensa, de pensamento, de crença,

direito à propriedade e à justiça etc.).

• Conhecer alguns direitos políticos garantidos pela

Constituição e relacioná-los com suas vivências e

acontecimentos da atualidade (direito de voto,

participação no exercício do poder).

• Conhecer alguns direitos sociais garantidos pela

Constituição e relacioná-los com suas vivências e

acontecimentos da atualidade (direito à

educação, à saúde, à vida digna).

• Conhecer os principais direitos trabalhistas e

previdenciários garantidos pela legislação

brasileira e relacioná-los com suas vivências e

acontecimentos da atualidade (salário mínimo,

férias, aposentadoria, direito de greve etc.).

• Conhecer o Estatuto da Criança e do

Adolescente, analisar alguns trechos e relacioná-

los com suas vivências e acontecimentos da

atualidade.

• Identificar o papel do Estado e da sociedade na

efetivação dos direitos dos cidadãos.

• Identificar o recolhimento de impostos como

mecanismo de financiamento de políticas

públicas, baseado no princípio da solidariedade

social.

• Conhecer e analisar as principais formas de

recolhimento e destinação dos impostos vigentes

do Brasil.

• Discutir formas de aprofundar a democracia

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

brasileira.

Organização e

Participação da

Sociedade

• Relacionar a conquista e manutenção de direitos

de cidadania com a capacidade de organização e

ação coletiva da população.

• Inventariar e comentar experiências de

organização e ação coletivas vividas ou

conhecidas pelos alunos.

• Identificar os sindicatos como forma de

organização e ação coletiva dos trabalhadores.

• Identificar outras formas de organização e

participação civil (associações civis, conselhos de

escola, conselhos tutelares, conselhos de saúde,

etc.).

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Registre aqui suas observações.

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79

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (N TIC’S)

Estamos hoje vivendo um período revolucionário, mas a revolução não é

apenas tecnológica. Embora computadores e telecomunicações tenham um papel

importante nas mudanças revolucionárias que estão acontecendo, é importante

reconhecer que as mudanças também são econômicas, sociais, culturais,

políticas, religiosas, institucionais e até mesmo filosóficas ou, mais precisamente,

epistemológicas. Uma nova civilização está nascendo, que envolve uma nova

maneira de viver (TOFFLER, 1993).

No entanto, é necessário que a mudança que se deseja na educação

esteja antes de tudo no comprometimento profissional dos professores. Neste

sentido, apresenta-se as mudanças que vêm ocorrendo na área de tecnologia

educacional e o que se espera dos profissionais da educação diante delas.

A tecnologia sempre esteve presente na vida do ser humano, desde os

tempos mais antigos, nas primeiras descobertas e invenções. A evolução deste,

até os dias atuais, está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da tecnologia.

Sendo assim, pode-se constatar que ela está em todas as atividades e em todos

lugares, desde a sua forma mais simples até os aparatos mais desenvolvidos.

Na área educacional, a tecnologia é bastante recente e traz consigo

possibilidades de grandes transformações nos modos de pensar e fazer dentro do

espaço escolar.

Possibilita também novos conceitos e palavras chaves como informação e

comunicação, permitindo que o conhecimento seja acessível a todos, diminuindo

a distância e as desigualdades sociais.

Pode-se considerar como Novas Tecnologias de Informação e

Comunicação (NTIC’s), que podem ser utilizadas no espaço escolar, entre outras:

os computadores, as câmeras de vídeo e foto, webcams, gravadores de CDs e

DVDs; os diversos suportes para guardar e portar dados como cartões de

memória e pendrives; as tecnologias analógicas e digitais de captação e

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tratamento de imagens e sons, scanners e DVD; correio eletrônico (e-mail), a

internet, os websites, home pages e as enciclopédias colaborativas, entre outras.

Abordagens Tecnológicas: Alfabetização em Tecnologi a, Aprofundamento e

Criação do Conhecimento.

As abordagens escolhidas para o trabalho com a Tecnologia, baseiam-se

no Projeto Padrões de Competências em Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC’s) para professores da Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), onde detalha as habilidades

específicas a serem adquiridas pelos professores, o marco político e curricular,

com o objetivo maior de contribuir para um sistema de ensino de qualidade.

Alfabetização em Tecnologia

A alfabetização em tecnologia supõe, preparar professores e educandos

para que sejam capazes de utilizar as novas tecnologias, incluindo a melhoria das

habilidades básicas de alfabetização empregando a tecnologia e adicionando o

desenvolvimento de habilidades em TIC (Tecnologia de Informação e

Comunicação) aos contextos curriculares relevantes.

A abordagem de alfabetização tecnológica inclui habilidades básicas em

alfabetização digital, como: capacidade de selecionar e utilizar os tutoriais, jogos,

exercícios e práticas e conteúdos da web em laboratórios de informática ou em

salas de aula, para complementar os objetivos curriculares padrões, as

abordagens de avaliação, planos de unidade e métodos didáticos de ensino.

As mudanças na prática pedagógica envolvem o uso de diversas

tecnologias, ferramentas e conteúdo eletrônico como parte de todas as atividades

da turma, do grupo e individuais, estas propiciam saber onde e quando usar (ou

não usar) a tecnologia nas atividades propostas, onde o foco central é a aquisição

do conhecimento pedagógico e o desenvolvimento profissional do próprio

docente.

O objetivo dessa abordagem é agregar a tecnologia nos currículos para

melhorar as habilidades básicas da alfabetização, tornando-as significativas e

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produtivas, tanto para os educandos quanto para os profissionais envolvidos

neste processo.

Aprofundamento do Conhecimento

Consiste em aumentar a habilidade dos professores e educandos,

aplicando o conhecimento das Disciplinas escolares para solucionar problemas

complexos e de alta prioridade, que são encontrados em situações no cotidiano.

A pedagogia de sala de aula inclui o aprendizado colaborativo, com base

em problemas e projetos, em que os educandos exploram profundamente uma

matéria e levam seu conhecimento para enfrentar questões, problemas e

situações rotineiras e complexas e assim o papel do professor é estruturar

questões-problema, mediar a compreensão dos educandos e apoiá-los nos

projetos colaborativos. Essa parceria professor/educando propicia a criação,

implementação e monitoramento das soluções para os problemas questionados.

O trabalho em sala de aula é dinâmico, os educandos trabalham em grupos

favorecendo maior interação e compreensão do conteúdo em questão. Os

professores orientarão e empregarão ferramentas abertas de tecnologia

específica da sua disciplina e também deverão ser capazes de gerenciar

informações, tarefas-desafio e integração de ferramentas e aplicativos específicos

concentrados no educando e projetos cooperativos, aprofundando o entendimento

e aplicação das soluções para os problemas complexos do mundo real.

O uso da tecnologia e dos recursos de rede possibilitam aos educandos a

cooperação, acesso as informações e comunicação com especialistas para

analisar e solucionar os problemas encontrados. Os professores utilizarão as

TIC’s para apoiar a aprendizagem dos educandos, bem como ter acesso a sites

especializados para troca de informações com outros profissionais e também

melhorar seu próprio desenvolvimento profissional.

O objetivo dessa abordagem é fomentar questões relevantes e complexas

da sociedade atual e inseri-las no currículo educacional em consonância com as

ferramentas tecnológicas para buscar soluções coletivamente.

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Criação do Conhecimento

Objetiva aumentar a produtividade, favorecendo aos professores e

educandos, o permanente envolvimento com a criação de conhecimento e

inovação, beneficiando-se deles e de um aprendizado por toda a vida.

Os professores devem elaborar atividades em sala de aula que propiciem a

criação de novos conhecimentos para si e para os educandos. As habilidades

para solução de problemas, comunicação, colaboração, experimentação,

pensamento crítico e expressão criativa se tornam metas curriculares e são

objetos dos novos métodos de avaliação.

O papel do professor é mediar esses processos de forma clara,

estruturando situações nas quais os educandos aplicam e adquirem essas

habilidades e garantem a construção de uma aprendizagem sólida para si e junto

a seus pares.

As escolas se transformam em organizações de aprendizagem com o

envolvimento de todos neste processo, efetivando a experimentação educacional

e inovação, em colaboração com colegas e especialistas na produção de novos

conhecimentos sobre a prática de ensino e aprendizagem.

Os professores usarão as TIC’s para apoiar o desenvolvimento da criação

de conhecimento e das habilidades de pensamento crítico dos educandos,

aprendizado contínuo e reflexivo, desempenhando um papel de liderança na

criação e implementação de uma visão de escola baseada na inovação e no

aprendizado constante, enriquecida pelas TIC’s.

O objetivo dessa abordagem é elaborar e implementar estratégias

diferenciadas para aquisição de habilidades de raciocínio, planejamento,

aprendizado reflexivo, construção de conhecimento e comunicação associadas

com os recursos disponibilizados pelas TIC’s.

As Diferentes Mídias e a Educação

O termo “mídia” se refere ao vasto e complexo sistema de expressão e de

comunicação e atualmente é uma terminologia usada para suporte de difusão e

veiculação da informação (rádio, televisão e jornal), para gerar informação

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(máquina fotográfica e filmadora), e também como essa informação é produzida e

disseminada (mídia impressa, mídia eletrônica e mídia digital).

O indivíduo se desenvolve e interage com o mundo utilizando suas

múltiplas capacidades de expressão por meio de variadas linguagens por meio de

signos orais, textuais, gráficos, imagéticos, sonoros, entre outros. Portanto, nos

dias atuais, se tornou necessário criar espaços para a identificação e o diálogo

entre várias formas de linguagem, permitindo que as pessoas se expressem de

diferentes maneiras.

A linguagem por si só, já constitui um instrumento de interação entre o

pensamento humano e o seu meio. Essa comunicação pode ocorrer de modo

direto ou pode ser mediada por outros instrumentos e artefatos: as tecnologias.

Tomadas em conjunto, as inovações tecnológicas de telecomunicações e

de informação possibilitam o fornecimento de informações praticamente em toda

parte e sob qualquer forma – verbal, sonora, impressa ou em vídeo.

Mídia Impressa

A utilização de jornais revistas e demais materiais impressos é uma forma

de levar os educando à reflexão e ampliação da visão de mundo e não supõe

custos elevados.

O ambiente escolar deve ser um ambiente privilegiado para discussão e

debates sobre a sua realidade e experiências vividas.

Como os demais meios de informação, comunicação e expressão da

sociedade, os jornais e revistas, podem refletir opiniões, visões e concepções

muito diversas. É necessário, portanto, incentivar discussões e debates,

identificando as diferentes posições, favorecendo assim aos educandos a

compreensão, comparação e formação de opinião crítica e própria.

A comunicação escrita, especialmente aquela provocada por livros ou

similares, permanece e permanecerá indispensável, não apenas para a fruição da

literatura, mas para qualquer situação em que o sujeito precise ler

cuidadosamente, não apenas para "escanear" ou "receber" informações, mas

também especular e refletir sobre estas.

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Daí a necessidade de pensarmos na formação de um leitor eclético, cuja

maturidade se vai formando no acesso e na convivência com os diferentes

veículos e configurações de linguagens e, por meio do entendimento da sintaxe

dos mesmos, possa adentrar criticamente as informações que circulam em

sociedade (SILVA, 2005, p. 35)

TV e Vídeo

Apesar do grande interesse atual pelo computador, internet e afins, não

devemos deixar de lado mídias mais acessíveis, como a TV.

A TV desempenha um papel educacional relevante, pois nos passa

continuamente informações interpretadas; mostra-nos modelos de

comportamento, ensina-nos linguagens coloquiais, cultura e costumes de todo o

mundo. A imagem mexe com o imediato, com o palpável.

Com o surgimento da rede de satélites, o ensino pela televisão se tornou

bem popular ao veicular programas em escala nacional. Sua linguagem que

articula som e imagem é dinâmica e propicia a ilustração de assuntos,

dramatizações variadas, entre outras coisas.

A televisão amplia brutalmente a gama de coisas que os educandos veem

e que os impressionam. É um instrumento formidável de abertura para o mundo, e

possui um imenso potencial para ampliar a imaginação e os conhecimentos

infantis. Eu, tu, ele, nós, vós e eles gostamos de televisão, nosso mundo e nossa

mente seriam outros sem ela (RISCHBIETER, 2009).

O uso do vídeo em sala de aula deve integrar-se as demais tecnologias de

forma a desenvolver a capacidade analítica e crítica do educando, buscando

formar o telespectador consciente, ativo e crítico por meio de análises dos meios

de comunicação e dos discursos por eles veiculados, e podem ser utilizados com

as seguintes funções:

Vídeo de Apoio – ilustrar, demonstrar ou complementar o discurso.

Vídeo Informação – transmitir informações completas.

Vídeo Motivador – enriquecer, estimular e sensibilizar a participação dos

educandos para o debate.

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Rádio

É um dos maiores veículos de propagação na cultura popular, com grande

audiência em áreas que a televisão, seja a aberta ou a cabo, não tem

abrangência.

O rádio é um dos meios de comunicação mais democráticos, no sentido de

que permite que quem não lê mas escuta, possa ficar a par das notícias de sua

região.

O rádio é uma mídia flexível, de rápida difusão a custos bem reduzidos,

suas vantagens como veículo massivo são a ampla difusão popular, a

simultaneidade, a instantaneidade, o largo alcance e o baixo custo per capita.

Torna-se necessário, sobretudo, que o rádio possa ser introduzido nas

escolas, como recurso pedagógico, propiciando aos educandos a oportunidade de

aprender a produzir e selecionar programas educativos de qualidade, exercendo

um senso crítico sobre o que ouvem e recebem através das diversas mídias.

Devem, por outro lado, enfatizar e destacar o uso pedagógico do rádio,

valorizando a aprendizagem colaborativa e participativa, que ressalte os valores

individuais e coletivos e estimule os indivíduos a serem coparticipantes do próprio

processo de evolução, aprendendo a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.

Torna-se necessário projetar o nosso amanhã em termos educacionais,

construirmos e consolidarmos esta sociedade, alicerçada pela ética, justiça e

solidariedade, já que essas são competências que se aprendem.

Daí entendermos a educação como um processo amplo, um projeto para

toda uma vida, um bem ao qual se agregue valor permanentemente e possa ser

promovido pelo uso de tecnologias que alcancem a todos (GONZALES, 2005,

p.10).

Internet

O avanço tecnológico através da internet contribui consideravelmente para

o desenvolvimento da cultura, promove comunicação entre as pessoas de uma

forma rápida e eficaz e oportuniza a constituição de novos hábitos de trabalho,

estudo, lazer e busca de informação.

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Atualmente a internet utilizada como ferramenta pedagógica oferece

subsídios à reflexão dos professores que buscam novas formas de aprender e de

interagir com esta tecnologia.

Segundo Prado (...) o uso da internet na escola pode exemplificar a

multiplicidade de recursos que podem ser utilizados em situações de

aprendizagem. Um dos recursos bastante conhecido são os sites de busca, que

podem facilitar e incentivar o aluno na pesquisa de informações e dados. Outro

recurso da que também vem sendo explorado educacionalmente são as

ferramentas de comunicação, como: correio eletrônico, fórum de discussão e

chats.

Estes novos meios de comunicação favorecem o estabelecimento de

conexões entre pessoas de diferentes lugares, idades e profissões. A troca de

ideias e experiências com pessoas de diversos contextos podem ampliar a visão

do aluno no sentido de fornecer novas referências para sua reflexão (PRADO,

2005, p. 56)

Nessa perspectiva há um redimensionamento do papel da escola e de seus

protagonistas. A escola devera criar ambientes de aprendizagem que possibilitem

a utilização da tecnologia com o compromisso da transformação, da criação de

um espaço de descoberta e de escuta de demandas e necessidades, na

inovação, organização e sistematização dos conhecimentos.

No que tange ao papel do professor, cabe conhecer as especificidades de

cada um dos recursos para orientar-se na criação de ambientes que possam

enriquecer o processo de aprendizagem onde fique claro que “mais do que

ensinar, trata-se de fazer aprender (...), concentrando-se na criação, na gestão e

na regulação das situações de aprendizagem” (PERRENOUD, 2000, p.139).

Em relação ao educando cabe ressaltar que seu papel não é o de tarefeiro,

o de executar a atividade, mas o de copesquisador responsável por imprimir

qualidade e tratamento às informações coletadas, valendo-se para tal da

aplicação de conceitos e estratégias conhecidas formal ou intuitivamente e da

utilização de diferentes formas de linguagens e estruturas de pensamento.

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Informática

O termo "Informática na Educação" tem assumido diversos significados

dependendo da visão educacional e da condição pedagógica em que o

computador é utilizado, significa a inserção do computador no processo de

aprendizagem em todos os níveis e modalidades.

Para tanto, o professor deve ter conhecimento sobre os potenciais

educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades

de ensino e aprendizagem e atividades que usam o computador.

No entanto, a atividade de uso do computador pode ser feita tanto para

continuar transmitindo a informação para o educando e, portanto, aprimorar o

processo de ensino, quanto criar condições para o educando construir seu

conhecimento por meio da criação de ambientes de aprendizagem que

incorporem o uso do computador.

Nesse sentido, para desenvolver a autonomia e autoria o educando

constrói o conhecimento por meio da exploração, navegação, comunicação, troca,

representação, criação/recriação, organização/reorganização, ligação/religação,

transformação e elaboração/reelaboração.

Para tanto, o professor deve atuar como mediador, incentivador,

desafiador, investigador do conhecimento de sua prática e da aprendizagem

individual e grupal.

Na organização do seu trabalho, o professor deve equilibrar o processo de

organização e de questionamento partindo do pressuposto que compreender é

organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar, buscando superar e

modificar os modelos preexistentes, alcançando novos níveis de conhecimento.

Assim, o papel do professor amplia-se significativamente passando de

mero informador, que dita conteúdos, para se transformar em mediador de

aprendizagens, em gerenciador de pesquisa, informação e comunicação.

O trabalho com a informática em escolas públicas representa atuar

diretamente na diminuição das diferenças e contribuir ativamente com o seu

conhecimento para a transformação de uma sociedade menos desigual.

Deve ser pensado de uma forma mais abrangente, mais ampla, no espaço

educacional. Ele pode ser o embrião de uma verdadeira transformação

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educacional e social, pois é possível trabalhar com diversos softwares e

ferramentas e com metodologias diferenciadas das até então utilizadas.

Além da sua importância educacional, deve ser visto como um local de

experimentação na escola. Um local para que todos: educandos, professores e

técnicos, possam trabalhar a sua criatividade e construir novos conhecimentos,

juntos.

Porém não podemos ser ingênuos e delegar a responsabilidade da

utilização das tecnologias informáticas às próprias máquinas, como se estas

fossem autônomas, esquecendo-se que, por si só, elas nada realizam. Portanto,

cabe aos professores tomarem atitudes que promovam aprendizagens

significativas.

Gestão Escolar e Tecnologia

O uso da tecnologia no contexto escolar requer a formação, o envolvimento

e o compromisso de todos os protagonistas do processo educacional

(professores, diretores, pedagogos e funcionários), no sentido de repensar o

processo de ensino e aprendizagem na e para a sociedade do conhecimento.

Estes protagonistas têm papéis distintos e, portanto, o uso da tecnologia

deve atender às suas especificidades, de tal forma que, no âmbito global, suas

ações sejam articuladas com vistas a favorecer o desenvolvimento de todos os

envolvidos como cidadãos participativos e críticos capazes de lidar com as

inovações tecnológicas.

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Tópicos de

conteúdo Objetivos didáticos

Mídias e

Tecnologias

• Conhecer os diferentes tipos de mídias e tecnologias.

• Reconhecer a importância e especificidades das

mídias e tecnologias.

Noções Básicas

de Informática

• Identificar diferentes componentes do computador:

mouse, teclado, monitor, CPU, entre outros.

• Reconhecer alfabeto e números no teclado.

• Familiarizar-se com o uso do teclado para digitação.

• Conhecer e utilizar programas específicos para

elaboração de textos, planilhas e gráficos.

Computador como

Ferramenta de

Aprendizagem

• Perceber que o computador pode auxiliar no

desenvolvimento de conceitos e habilidades.

Internet • Conhecer os mecanismos de utilização da internet.

• Perceber a Internet como mecanismo de pesquisa.

• Reconhecer a internet como mecanismo de

comunicação.

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Registre aqui suas observações.

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PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação na Educação de Jovens e Adultos , assim como em qualquer

outra modalidade de ensino, deve ser um processo que se dá ao longo de todo o

ano letivo. Sendo este, um processo contínuo e formativo.

Porém durante muito tempo, a avaliação foi considerada pelos professores

apenas como um instrumento para medir acertos ou erros, com um único objetivo

de avaliar para aprovação ou reprovação.

Apesar das mudanças ocorridas em relação à avaliação, esta ainda

centraliza no professor todo o processo, não atendendo as especificidades dos

educandos. Então como pensar nesta avaliação, na Educação de Jovens e

Adultos? Os jovens, adultos e idosos, antes mesmo de ingressarem na escola,

possuem uma série de conhecimentos, pontos de vista, procedimentos, crenças e

valores, que se relacionam tanto diretamente como indiretamente ao que

aprendem na escola.

A consideração de que estes sujeitos são portadores de cultura e dominam

uma série de conhecimentos, habilidades, procedimentos e representações sobre

a linguagem escrita e outros domínios do conhecimento, não são novos para

muitos professores e pesquisadores, mas suas implicações para as práticas que

se estabelecem em salas de aula são ainda pouco sistematizadas.

A razão para conhecer o que eles já sabem, se deve à constatação de que

as pessoas quando se deparam com determinada situação mobilizam aquilo que

já sabem para enfrentá-la. Quando uma pessoa enfrenta uma nova

aprendizagem, arma-se de uma série de conceitos, representações, valores,

procedimentos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência em

experiências anteriores. São essas chaves de leitura e interpretação que

permitem uma primeira aproximação ao novo e condicionam, inicialmente, o que

utilizar e como fazer para aprender. Além de permitir esse contato inicial com um

novo conteúdo, esses conhecimentos prévios são os fundamentos destinados à

construção de novos significados e sentidos para o que se aprende.

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A avaliação em si tem por objetivo orientar e redirecionar o trabalho do

professor e a aprendizagem depende da sua prática pedagógica. É ele que

definirá os critérios a serem adotados para que o processo de avaliação se

efetive. A avaliação possibilita aos educandos e professores reverem até onde

conseguiram atingir os objetivos propostos. A avaliação permite ao educando

avaliar não somente a si, mas também o trabalho do professor, possibilitando uma

aprendizagem mais significativa.

Nesse sentido, a avaliação na Educação de Jovens e Adultos, acompanha

as tendências em que se destacam o aprender a ser, o aprender a conhecer, o

aprender a fazer e o aprender a conviver. A EJA tem trazido para esse debate sua

tarefa de assumir a educação para a convivência com as diversidades no sentido

ético combatendo a exclusão social. Sendo assim, as práticas pedagógicas

deverão atender as especificidades que essa modalidade de ensino necessita,

ressignificando experiências culturais dos educandos e proporcionando a

construção e reconstrução de conhecimentos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96)

determina que a avaliação seja “contínua e cumulativa” e que os aspectos

qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.Assim o ensino e aprendizagem

assumem um caráter mediador permitindo tanto ao educando como ao professor

reverem caminhos para compreender e agir sobre o conhecimento. A avaliação

tem o pressuposto do acompanhamento no processo de desenvolvimento, com

base na reflexão crítica de novos desafios que são oportunizados, estando a

frente do processo professores e educandos, por meio de uma participação ativa

e no diálogo.

Autores como Luckesi (1990), Hoffmann (1993; 2004) e Vasconcellos

(1995) têm contribuído na compreensão da avaliação, ao concebê-la como um ato

pedagógico que ocorre no interior da escola, a qual, por sua vez, está inserida

num determinado contexto social. Analisando o trabalho pedagógico, a prática

avaliativa, observa–se que a avaliação pode assumir as funções classificatórias

ou diagnósticas, conforme a postura pedagógica assumida pelo professor de

compreender o nível em que o educando se encontra, a fim de buscar desafios

que o estimulem no processo de (re) construção do conhecimento.

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Por fim, deve-se ter claros os critérios que servirão de parâmetro para a

avaliação do rendimento do aluno. Pois, são esses critérios que apresentam de

forma objetiva o que deve ser apreendido em cada conteúdo.

Regime escolar

Oferta

A oferta pretendida pelo Estabelecimento, a forma e turno, de acordo com

Deliberação nº 02\2010 – CLN – Conselho Municipal de Educação a organização

da oferta da Educação de Jovens e Adultos atenderá obrigatoriamente:

I- Os princípios e as diretrizes que norteiam a educação nacional;

II- Os conteúdos mínimos da base nacional comum;

III- A adequação do PPP ás especificidades institucionais e do perfil de

sua demanda.

EJA fase I – Ano \ Etapa \ Período, sendo a 1ª etapa com 600 horas, a 2ª e

a 3ª com 300 horas cada.

A carga horária total do curso e por etapa/período/semestre/ciclo é de 1200 horas.

Matrícula

A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de

ensino, conferindo-lhe a condição de aluno.

É vedada a cobrança de taxas e / ou contribuições de qualquer

natureza vinculadas à matrícula.

O estabelecimento de ensino assegura matrícula inicial ou em curso,

conforme normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções do

Conselho Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Educação.

A matrícula deve ser requerida pelo seu responsável, sendo necessária a

apresentação dos seguintes documentos: Certidão de Nascimento ou Casamento,

cópia e original e/ou Carteira de Identidade – RG, obrigatória para alunos maiores

de 15 (quinze) anos, cópia e original, comprovante de residência, prioritariamente

a fatura de energia elétrica, cópia e original, Histórico Escolar ou declaração de

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escolaridade da escola de origem, esta com o Código Geral de Matrícula – CGM,

quando aluno oriundo da rede estadual ou municipal que possua o CGM.

A matrícula é deferida pelo diretor, conforme prazo estabelecido na

legislação vigente.

No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável será informado sobre o

funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o

Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos

Internos.

O período de matrícula será estabelecido pela Secretaria Municipal de

Educação, por meio de instruções normativas.

Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino assegura-se

a possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta a

processo de classificação, previsto no presente Regimento Escolar, conforme

legislação vigente.

O controle de frequência far-se-á a partir da data da efetivação da

matrícula, sendo exigida frequência mínima de 75% do total de aulas.

Procedimentos de Avaliação e Critérios para Atribui ção de Notas

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

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Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação

dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão

sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno deve ser considerado o resultado obtido durante todo

o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento

escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Atribuição de Notas

O sistema de notas é semestral.

As notas, de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), serão

atribuídas como resultado das análises do processo de avaliação.

A nota semestral de cada matéria ou área de ensino estará referida:

a) no conjunto de instrumentos estabelecidos ao início do ano letivo e

reavaliado semestralmente pelos professores de cada etapa com a Organização

Pedagógica da unidade escolar, segundo valores a ele atribuídos, totalizando

10,0 (dez vírgula zero) pontos;

b) na análise dos registros descritivos feitos ao longo do período, que

contribuirão para a atribuição da nota final.

c) a média final do aluno, em cada matéria ou área de ensino, é obtida pela

média aritmética simples entre a nota semestral, expressa pela fórmula:

MF = 1º + 2º = 6,0

2

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Aproveitamento de Estudos

Haverá aproveitamento de estudos mediante apresentação de documento

comprobatório de série/etapa/período concluída com êxito.

Classificação

O estabelecimento adotará os procedimentos de Classificação (antes da

matrícula), para fins de posicionar o educando na etapa/período/semestre/ciclo

compatível com sua experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais

ou informais, independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação.

A escola fará classificação para os educandos que apresentarem conhecimentos

escolares apropriados, sem apresentar documento e os que apresentarem

documento, será feito aproveitamento de estudos.

Reclassificação

O estabelecimento adotará o processo de Reclassificação, para que o

educando matriculado e com frequência na etapa/período/semestre/ciclo, seja

encaminhado para a etapa/período/semestre/ciclo compatível com sua

experiência e desempenho escolar, mediante avaliação.

Transferência

A matrícula por transferência, na modalidade EJA, considerará a

documentação apresentada pelo aluno como comprovante de escolaridade

parcial anterior, sendo o aluno matriculado na etapa condizente.

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Registre aqui suas observações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Fundamental. 3. Currículo.Educação para Jovens e Adultos: Ensino Fundamental:

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CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova Didática. 7ed.Petrópolis – RJ 1995.

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I,2010,Pinhais.Construindo o Sistema Articulado de Educação: Plano Municipal

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CURITIBA, Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. 2006,

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DEJA/SEED/PR, Breve histórico da educação de jovens e adultos. In:

DEJA/SEED/PR. Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA . Curitiba, PR:

Departamento da Educação de Jovens e Adultos/SEED, 2006, p. 7-20.

Deliberação CME/CBA nº 02/2010 de 16/11/2010. Instituí Normas e

Procedimentos para a Educação de Jovens e Adultos no Sistema Fundamental de

Ensino de Pinhais.

DELIBERAÇÃO CME/CLN nº 01/2010 de 09/11/2010. Instituí Normas

Complementares para a Implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para

Ed. das Relações Etnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena no Sistema Municipal de Ensino de Pinhais.

DELIBERAÇÃO CME/CLN nº 02/2010 de 16/11/2010. Instituí Normas e

Procedimentos dos Regimentos Escolares das Unidades Educacionais que

compõem o Sistema Municipal de Ensino de Pinhais.

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99

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática

educativa. 9ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE,Paulo. Conscientização :Teoria e prática da Libertação - Uma introdução

ao pensamento de Paulo Freire.Moraes – São Paulo – SP 1980.

GROPPA, Julio de Aquino. Erro e Fracasso na Escola: São Paulo –SP: Sammus.

1997.

HOFFMANN, Avaliar para Promover. Porto Alegre – RS. 2001.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. Porto Alegre – RS. 1993.

http://www.triplov.com/ista/cadernos/cad_09/amaro.html acesso em 18/01/2011

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da Aprendizagem na Escola. 2ed. São Paulo –

SP`. 1995.

PINHAIS, Proposta Pedagógica Curricular, 2010,Ensino Fundamental Anos

Iniciais – Pinhais – Paraná; Secretaria Municipal de Educação – SEMED, 2010.

RIBEIRO, Ana Maria. Planejamento e Avaliação Educacional. Florianópolis – SC.

2004.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezados Profissionais da Educação

Tendo em vista que a Proposta Pedagógica Curricular de Pinhais é fruto de uma

construção coletiva, de diversos olhares pedagógicos e da contribuição de profissionais

que assumiram essa responsabilidade, enfatizamos que mesmo com o esforço em

comum e diversas revisões, pode conter aspectos que possivelmente deverão ser

aprimorados no decorrer do processo ao passo que for utilizada em sala de aula.

Salientamos que apesar de editada e divulgada, não está terminada e fechada e

que todas as questões que precisam ser melhoradas ao ponto de vista dos profissionais

da educação de Pinhais devem ser registradas e enviadas à Secretaria Municipal de

Educação para serem devidamente analisadas, revisadas e divulgadas na próxima

edição.

Para facilitar o registro dessas considerações, solicitamos que as questões

pontuadas sejam registradas na própria Proposta e enviadas para o endereço abaixo:

[email protected]

Pela sua contribuição, os organizadores agradecem.

Secretaria Municipal de Educação

Pinhais/2012

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