Prática da Alquimia

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    Prtica da Alquimia

    A prtica alqumica, de maneira

    extremamente resumida, consiste em pegar a prima materia (matria-prima primordial) eliminar as suas impurezas(morte e renascimento), separar seuscomponentes (mercrio e enxofre) e reuni-los novamente (por intermdio do sal)fixando os elementos volteis, formandoassim a pedra filosofal. Seria comolibertar o esprito por meio da matria

    e a prpria matria por meio do

    esprito, ou ainda, fazer do fixo, voltile do voltil,o fixo, onde no se pode fazercada etapa independentemente.

    O alquimista uma peafundamental nos experimentos e nosomente um simples observador. Oexperimento e o experimentadorconstituem uma nica coisa na alquimia.Este ponto de vista do experimentadorcomo participante est agora sendo

    retomado pela fsica quntica, alterando otermo observador para participante.Portanto, mesmo tendo o conhecimento

    prtico do processo, se tiver perdido a pureza do esprito, a Grande Obra nopoder ser concluda.

    Vrios alquimistas relatam dozeprocessos, em trs etapas ou trs obras, para a realizao da Grande Obra que,contudo, no correspondem literalmente

    aos nomes conhecidos. So eles:

    Calcinao - constitui a purificao do primeiro material pelofogo, sem contudo diminuir seu teor degua.

    Soluo ou dissoluo - a parteslida dissolvida na gua, porm relatado que esta gua no molha a mo. Agua pode ser o prprio mercrio. Esta

    uma dissoluo filosfica em que osolvente mata os metais, portanto esta fase

    A matria-prima

    Esta primeira matria que dar

    origem a pedra filosofal constitui um dosgrandes segredos da alquimia. Normalmente descrita como algo desprezado, inferior esem valor. Pode ser encontrado em todos oslugares, conhecido por todos, varrido

    para fora de casa, as crianas brincam comele, porm possui o poder de derrubarsoberanos.

    Dentre os no iniciados, cada umaposta em um tipo de material tanto do reinoanimal, vegetal como mineral. riosutilizaram minrios (especialmente os dechumbo, o cinabre que contm enxofre emercrio, o stibine um raro mineralsulfuroso, a galena que magntica), cinzas,fezes, barro, sangue, cabelos. A maioriadeles emprega a prpria terra, recolhida emlocal preservado. A terra estaria impregnadade energia csmica, com a gua que contm.

    Esta matria no est somente noreino do psiquismo, como afirmava Jung, ela

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    um smbolo da morte para os trs reinos.

    Separao - o mercrio separadodo enxofre. Fornecendo um calor externo

    adequado, o mercrio que contm oenxofre interno coagula a si mesmo graasa um artificio que constitui um segredo, o

    secretum secretorum, que uma marcadivisria entre a alquimia e a qumica.Este artifcio consiste, metaforicamente,em capturar um raio de sol, condens-lo,aprision-lo em um frasco hermeticamentefechado e aliment-lo com o fogo. A terrafica em baixo enquanto o esprito sobe.Esta etapa completa a primeira obra e

    quando concluda corretamente pode sever a formao de uma estrela dentro dofrasco.

    Conjuno - o mercrio e oenxofre so novamente unidos. Toda aoperao deve ser realizada no mesmorecipiente, sendo que nesta fase o frasco hermeticamente fechado.

    Putrefao - o calor mata oscorpos e a putrefao ocorre. Aparece umacolorao escura, enegrecida.

    Congelamento - nesta fase apareceuma colorao esbranquiada, um calor

    brando quem promove esta mudana.

    Cibao - matria seca deve seradicionado os componentes necessrios

    para aliment-la.

    Sublimao - fase em que o corpotorna-se espiritual e o esprito corporal, ouseja, volatilizar o fixo e fixar o voltil,sendo que um processo depende do outro eno possvel fixar um sem volatilizar ooutro. Para esta fase relatado umadurao de quarenta dias. Porm, todoesse processo que se encerra com asublimao teve incio na conjuno econstitui a segunda obra.

    Fermentao - adiciona-se ouro

    tem tambm sua expresso no reino materialatravs de um mineral que possui

    propriedades vegetativas.

    Descobrir a matria-prima no o principal, mas sim ergu-la a um pontoprivilegiado para as operaes subseqentes.Esta abordagem s ser conseguida quando oalquimista deixa de lado a fronteira fictciaentre os elementos constitutivos de sua

    personalidade (fsica e espiritual) e ouniverso.

    Ela normalmente relacionada aocaos da gnese, a base de todo o processo,

    que tanto material como imaterial.

    Para descobrir a matria-primamineral o operador e o objeto, observador eo observado, devem estar unidos. Istosignifica se abstrair da viso lgica edesenvolver uma viso intuitiva. Esta viso

    pode aparecer aps um longo perodo dereflexo sobre os impasses insolveis daalquimia, aps um estmulo externo como o

    barulho do vento, das ondas do mar, dotrovo e outros. Caso contrrio ela

    permanecer escondida por uma roupagemou uma casca como o ovo.

    O orvalho

    O orvalho normalmente utilizadopara umedecer (banhar e nutrir) a matria- prima. Como se condensa lentamente edesce da atmosfera est impregnado da

    energia csmica. A melhor poca de recolhero orvalho vai do equincio de primavera aosolstcio de vero, pois possui uma maiorenergia. Normalmente recolhido comlenis estendidos sobre vegetao rasteirasem, no entanto, toc-la.

    As cores da Grande Obra

    Nas vrias etapas do processo a matria vaimudando de cor, primeiro aparecendo uma

    massa enegrecida, que passa a esbranquiada

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    para tornar o j existente mais ativo.

    Exaltao - processo semelhante asublimao, seria uma ressublimao.

    Multiplicao - uma quantidademaior de energia acrescida nesta etapa,

    porm no necessariamente a matriaque aumenta.

    Projeo - teste final da pedra emseus usos normais, como a transmutao.

    O agente da dissoluo convertido empaciente que sofre a operao na

    fase da coagulao. Por isso aoperao comparada a brincadeira decriana de pular carnia em que ora um

    pula o outro e ora pulado.

    e finalmente avermelhada.

    A cor negra seria a cor da fase daputrefao, a cor branca se inicia na fase de

    dissoluo e a cor vermelha constitui a fasefinal do processo, ou seja, a pedra filosofal.Podem tambm aparecer coresintermedirias como o amarelo e mesmo ascores do arco-ris, tambm chamadas decores da cauda do pavo. A observaodestas cores muito importante para saber sea obra est evoluindo de maneira correta.

    Outro indcio da concluso constituina juno de cristais em forma de estrela na

    superfcie do lquido, ou um som parecidocom o canto de cisnes.

    A Temperatura

    A temperatura do forno em cada etapa dotrabalho deve ser rigorosamente controlada.O aquecimento deve ser aumentado de formagradual e bem lenta. A primeira etapa(putrefao) pode durar quarenta dias e atemperatura desta compara a do ventre oudo seio materno. Aquecendo-se muito correo risco de fracasso ou mesmo de exploso.

    OS DOIS CAMINHOS

    Via mida

    A via mida, como o prprio nome j

    indica, realizada com gua (do orvalho).Esta via muito lenta, podendo durar mesesou anos e oferece menores riscos. Astemperaturas nas vrias etapas soconsideravelmente menores, tendo em vistaque a gua ferve a 100 oC. O recipienteutilizado um balo de vidro ou cristal(tambm chamado de ovo filosfico, por seuformato) que suporta bem as temperaturasrequeridas nesta via. Nunca se deve deixarferver, pois pode haver uma exploso devido

    ao aprisionamento de gases no recipiente

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    hermeticamente fechado.

    Via seca

    Esta via bem mais rpida, duraapenas sete dias, porm bem mais perigosa

    pois pode haver exploso. Tudo feito emum cadinho, pequeno recipiente de porcelanaaberto em cima com a aparncia de um copo,que resiste a altssimas temperaturas. No hadio de gua. raramente relatada e

    praticada, porm os alquimistas que a praticaram a consideram com muito maischances de obter sucesso.

    Uma outra via seca tambm relatada adiretssima, que seria quase instantnea

    durando apenas trs dias. Esta seria realizadaa partir da emanao de um tipo de energiana forma de raio diretamente no cadinho eno corpo do alquimista. Porm seriaextremamente perigosa podendo at mesmofazer desaparecer o corpo do alquimista.

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