Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    1/38

    Autores: Prof. Wanderlei Sérgio da Silva  Profa. Raquel Maia Bokums

    Prática de Ensino:Integração Escola e

    Comunidade

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    2/38

    Professores conteudistas: Wanderlei Sérgio da Silva / Raquel Maia Bokums

    Wanderlei Sérgio da Silva

    Doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp),

    mestre em Ciências (Geografia Humana) e graduado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Durante 15anos, trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), com pesquisas relacionadas àsgeociências e ao meio ambiente. Atuou como consultor em trabalhos da área durante seis anos, totalizando cerca de100 projetos de pesquisa, em muitos deles atuando como coordenador de equipe. Em 2001, ingressou na UniversidadePaulista (UNIP) e lecionou disciplinas do curso presencial de Turismo relacionado à Geografia, ao meio ambiente e aoplanejamento, bem como disciplinas didático-pedagógicas do curso presencial de Psicologia (licenciatura).

    Atualmente, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e professor nos cursos de Letras e Matemáticada UNIP Interativa, sendo responsável pelas disciplinas relacionadas à Prática de Ensino, Didática Geral, Estrutura eFuncionamento da Educação Básica e Planejamento e Políticas Públicas da Educação.

    Raquel Maia Bokums

    Mestre em Ciências (Educação Física) pela Universidade de São Paulo (EEFE/USP), pós-graduada em Formação emEducação a Distância pela Universidade Paulista (UNIP) e em Educação Física Escolar pela Faculdades MetropolitanasUnidas (UniFMU). Graduada (licenciatura e bacharelado) em Educação Física pelo Centro Universitário Nove de Julho(Uninove) e em Letras (licenciatura em andamento) pela Universidade Paulista (UNIP). De 2007 a 2009, foi integrantedo Laboratório de Comportamento Motor (Lacom) da EEFE/USP, com pesquisas realizadas nessa área. Entre os anos de2008 e 2010, foi bolsista da Capes e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Capacidades e Habilidades Motoras(Gepcham) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (Each/USP), ocasião em que teve trabalhos e artigospublicados.

    Desde 2011, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e uma das professoras responsáveis pelasdisciplinas Prática de Ensino: Observação e Projeto  e Integração Escola e Comunidade . Por conta disso, desenvolvetrabalhos e artigos nos seguintes temas: educação, prática de ensino, educação a distância e metodologia da pesquisa.

    © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ouquaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem

    permissão escrita da Universidade Paulista.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    3/38

    Prof. Dr. João Carlos Di GenioReitor

    Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças

    Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias

    Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

    Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez

     Vice-Reitora de Graduação

    Unip Interativa – EaD

    Profa. Elisabete Brihy

    Prof. Marcelo Souza

    Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar

    Prof. Ivan Daliberto Frugoli

      Material Didático – EaD

      Comissão editorial:Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)

      Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)  Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)  Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)  Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)

      Apoio:  Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD  Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos

      Projeto gráfico:  Prof. Alexandre Ponzetto

      Revisão:  Carla Moro  Lucas Ricardi

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    4/38

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    5/38

    Sumário

    Prática de Ensino: Integração Escola e ComunidadeAPRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7

    Unidade I

    1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA .........................................................................................................9

    2 VISÃO GERAL DA ATIVIDADE – CARACTERIZAÇÃO ............................................................................ 10

    3 CARACTERIZAÇÃO........................................................................................................................................... 12

    3.1 Escola.........................................................................................................................................................123.1.1 Caracterização de uma unidade escolar: instruções ......................... .......................... ............. 12

    3.2 Comunidade ...........................................................................................................................................153.2.1 Caracterização da comunidade onde a escola se insere: instruções ........................ ......... 16

    4 INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE .................................................................................................... 184.1 A importância do professor na integração escola-comunidade....................................... 22

    5 VISÃO GERAL DA ATIVIDADE – PROJETO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE ...........23

    6 INSTRUÇÕES SOBRE O PROJETO A SER DESENVOLVIDO .................................................................23

    7 FORMATAÇÃO DO PROJETO ........................................................................................................................24

    8 POSTAGENS ....................................................................................................................................................... 27

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    6/38

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    7/38

    7

     APRESENTAÇÃO

    Prezado aluno, de modo geral, a disciplina Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade  tem oobjetivo de oferecer diretrizes para a realização das atividades obrigatórias de avaliação propostas nestesemestre. Nesta prática, além das atividades solicitadas, você também estudará novos conceitos.

    Solicita-se, primeiramente, a elaboração de um relatório de caracterização de uma escola juntamentecom a caracterização da comunidade que a cerca e, com base nisso, num segundo momento, odesenvolvimento de um projeto de integração escola-comunidade, com o intuito de propiciar a açãopedagógica e colocar em efetiva prática os conteúdos teóricos da disciplina.

    Dessa forma, o processo de construção da sua identidade profissional será desenvolvido pelavivência e identificação das características, necessidades e expectativas da escola e da comunidadeem questão. Você terá a oportunidade de selecionar e organizar dados de maneira crítica e reflexiva

    para a elaboração de um projeto acadêmico, com o objetivo de atender a uma das necessidades e/ouexpectativas observadas, buscando aproximar, assim, a escola com a comunidade e vice-versa.

    INTRODUÇÃO

    Para atingirmos nossos objetivos, você entrará em contato com os conceitos de caracterização,escola e comunidade; entenderá um pouco mais sobre o que diferentes autores e leis apresentam sobrea integração entre escola e comunidade e o papel do professor nesta questão. Por fim, relembraráconceitos importantes sobre a elaboração de um projeto acadêmico para, novamente, desenvolver umprojeto com foco nesta integração.

    Além dos aspectos teóricos, você receberá diretrizes para a realização das atividades obrigatóriasde avaliação propostas neste semestre. Solicita-se, primeiramente, a elaboração de um relatório decaracterização de uma escola juntamente com a caracterização da comunidade que a cerca, e com basenisso, num segundo momento, o desenvolvimento de um projeto de integração escola e comunidade,com o intuito de propiciar uma reflexão crítica sobre sua ação pedagógica e colocar em efetiva práticaos conteúdos teóricos da disciplina.

     Você está pronto para essa caminhada? Que desafio!

    Para isso, você não estará sozinho! Além de todo o suporte técnico e pedagógico da UNIP, oferecendoorientações nos materiais didáticos que fazem parte da disciplina, você terá a oportunidade de realizaras atividades propostas com outros colegas do mesmo curso e polo, ou seja, formar um grupo de até nomáximo vinte alunos, a fim de enriquecer a discussão sobre o tema e a qualidade dos trabalhos.

    Fique atento também, no livro-texto, nas sugestões de leituras de livros e artigos sobre o tema. Essasleituras, com certeza, enriquecerão o seu conhecimento na área e poderão servir como base para oreferencial teórico do seu projeto.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    8/38

    8

    Aproveite cada oportunidade que a UNIP oferece, especialmente durante esta disciplina, para seucrescimento acadêmico e profissional. Estude todo o material disponível com atenção e realize asatividades com uma postura crítica e consistente .

    Esperamos que esta disciplina produza bons frutos em sua prática, bons resultados em sua jornadacomo futuro docente e boas reflexões sobre o tema integração escola e comunidade.

    Bons estudos!

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    9/38

    9

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    Unidade I

    1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

    De início, é importante relembrar o contexto em que se insere esta atividade na dimensão práticado curso. A prática de ensino é desenvolvida em seis semestres, com atividades distribuídas ao longo detodo esse período. Naturalmente, deve haver uma articulação entre as fases desse processo, perpassandotodo o curso. Sobre isso, observe o quadro a seguir:

    Quadro 1 – Atividades relacionadas à prática de ensino

    Prática de ensino

    1º semestre 2º semestre 3º semestre 4º semestre 5º semestre 6º semestre

    Introdução àdocência

    Observação eprojeto

    Integração escola-comunidade

     Vivência noambiente educativo Trajetória da práxis Reflexões

      Legenda:

      Atividades já cumpridas

      Atividades em andamento

      Atividades a serem cumpridas

    De modo geral, a disciplina Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade, ora emdesenvolvimento, busca oferecer diretrizes para a realização das atividades solicitadas, tendocomo base a parte teórica já estudada e alguns conceitos novos. A orientação aqui propostarelaciona-se diretamente com os trabalhos vinculados à disciplina, sobre os quais você seráorientado. De antemão, deve-se ressaltar que a entrega dos trabalhos solicitados é obrigatória ,uma vez que nesta disciplina, bem como em todas as outras do âmbito de prática de ensino, nãohaverá prova.

    De modo ideal, num primeiro momento, em Prática de Ensino: Introdução à Docência, o objetivofoi levá-lo a perceber que existe uma educação (ou, de fato, educações) acontecendo ao seu redor;ela perpassa sua vida e o influencia, bem como a todos os que o rodeiam, e, ainda, não se restringe aoambiente escolar, mas ocorre também em outros espaços educativos.

    Em seguida, em Prática de Ensino: Observação e Projeto , o objetivo foi analisar os conceitosdos termos observação e projeto, além de levá-lo a uma aproximação com a educação que orodeia, dirigindo o seu olhar para observar mais de perto as escolas e outros ambientes em quea educação ocorre (como teatros, parques, ginásios de esporte etc.). Posteriormente, solicitamosque elaborasse um pequeno projeto pedagógico de integração entre um ambiente não escolar e

    uma escola.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    10/38

    10

    Unidade I

    Agora, em Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade , o objetivo é levá-lo a uma aproximaçãoainda maior em relação à educação, por meio da observação e do estudo integrado entre uma unidadeescolar e a comunidade em que ela se insere.

     Observação

    Esta disciplina, além de apresentar um tema fundamental na formaçãodo professor – a integração entre a escola e a comunidade –, busca oferecerdiretrizes para a elaboração de um relatório de caracterização de umaescola, da comunidade em que esta se insere e de um projeto de integraçãoescola-comunidade.

    2 VISÃO GERAL DA ATIVIDADE – CARACTERIZAÇÃO

    Pela primeira vez em seu curso, durante a elaboração das atividades desta disciplina, no contextoespecífico das atividades de ensino-aprendizagem (escolas e demais instituições educativas), seránecessário ingressar diretamente em uma unidade escolar, ou seja, no seu futuro ambiente de trabalho.

     Observação

    As atividades previstas buscam dar início à sua inserção no ambienteescolar. A finalidade é propiciar a vivência de situações reais, de modo que oajude a compreender melhor a realidade de seu futuro campo de atuação.

    Como futuro professor, é necessário que você se familiarize com o contexto educacional das escolasde Educação Básica e seja gradativamente habilitado a entender como programar suas futuras atividades.Além disso, é necessário dar início a uma visão crítica sobre a ação pedagógica. Para tanto, pretende-sedirigir o seu olhar à necessidade de relacionar a escola à comunidade em que se insere, identificando,em ambas, características que permitam promover sua articulação.

     Lembrete

    A partir desta atividade, será necessário ingressar numa unidade escolar.

    Com esse objetivo em mente, você terá de proceder a esta sequência de atividades:

    • Inicialmente, você deverá identificar uma escola que sirva de base para a sua pesquisa. É importanteressaltar que a direção da escola precisa aceitar que você desenvolva as atividades necessárias naqueleambiente, o que pode envolver algumas conversações informais ou formais. Assim sendo, faça contatocom a escola o quanto antes para pedir autorização, pois há o risco de você não ser aceito e ter quebuscar outra escola para realizar as atividades solicitadas. Portanto, não perca tempo!

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    11/38

    11

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

     Observação

    Não é necessário nenhum documento formal comprovando a sua

    inserção na escola. Entretanto, se a direção da escola solicitar umadocumentação da Universidade, você encontrará uma carta de apresentaçãoanexa ao final do livro-texto.

    • Uma vez identificada a escola, você deverá dar início a uma caracterização dessa unidade escolar,buscando identificar suas necessidades e expectativas que possam ser supridas, totalmente ou emparte, pela comunidade em que a escola se insere. Da mesma forma, no mesmo relatório, deverácaracterizar a comunidade por ela servida, buscando identificar suas necessidades e expectativasque, eventualmente, possam ser supridas, totalmente ou em parte, pelo seu envolvimento na

    unidade escolar ali localizada.• Com base nos dados do relatório das caracterizações, você deverá propor um projeto de integração

    entre a escola e a comunidade para dar maior visibilidade à escola na comunidade em que ela seinsere.

    Assim, pode-se afirmar que as atividades de Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade  apoiam-se nos conceitos de observação e projeto (já estudados em Prática de Ensino: Observação eProjeto ) e nos conceitos de caracterização, escola e comunidade, que serão apresentados sucintamentea seguir, naquilo que se refere especificamente a esta disciplina.

     Lembrete

    As principais atividades vinculadas a esta disciplina são: 1) o relatóriode caracterização, tanto da escola quanto da comunidade por ela servida,buscando identificar as necessidades e expectativas de cada uma delas quepossam ser supridas, no todo ou em parte; e 2) um projeto de integraçãoentre a escola e a comunidade caracterizadas anteriormente.

     Você está pronto para essa caminhada?

    Espero que esta disciplina produza bons frutos em sua prática, bons resultados em sua jornada comofuturo docente e boas reflexões sobre o tema integração escola-comunidade.

    Para isso, você não estará sozinho! Além de todo o suporte técnico e pedagógico da UNIP oferecendoorientações nos materiais didáticos que fazem parte da disciplina, você terá a oportunidade de realizaras atividades propostas com outros colegas do mesmo curso e polo, ou seja, formar um grupo de até nomáximo vinte alunos a fim de enriquecer a discussão e a qualidade dos trabalhos.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    12/38

    12

    Unidade I

     Observação

    A única possibilidade de o aluno realizar os trabalhos individualmente

    é no caso de ser o único matriculado em seu polo no referido curso. Casocontrário, os trabalhos solicitados neste livro-texto para a avaliação nadisciplina deverão ser realizados em grupo.

    3 CARACTERIZAÇÃO

    De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009, p. 398), “caracterização” – termoutilizado como conceito-chave nesta atividade − tem o sentido de “ destacar as particularidades dealgo, com o intuito de torná-lo conhecido”. Ao caracterizar a escola, devem-se destacar os elementos

    estruturais que possam ser utilizados pela e para a comunidade onde ela se insere, ou seja, deve-seidentificar quais os elementos que, se explorados de forma adequada, podem promover a articulação daescola com a comunidade que a circunda.

    O mesmo procedimento deverá ser adotado na caracterização da comunidade, ou seja, deve-se procuraridentificar elementos da paisagem que possam ser utilizados para promover a esperada articulação.

     Lembrete

    Novamente, caracterizar é entendido como “destacar as particularidadesde algo com o intuito de torná-lo conhecido”, conforme o DicionárioHouaiss da Língua Portuguesa (2009, p. 398).

    3.1 Escola

    Para os fins desta atividade, escola trata-se de um “estabelecimento público ou privado destinadoa ensino coletivo” (HOUAISS, 2009, p. 800) vinculado à Educação Básica, ou seja, escolas de EducaçãoInfantil, de Ensino Fundamental e/ou de Ensino Médio. A escola deve ser devidamente reconhecida,

    registrada no Ministério da Educação e, ao se promover a sua caracterização, deve-se dar ênfase especialà sua estrutura física, organizacional e pedagógica.

    3.1.1 Caracterização de uma unidade escolar: instruções

    Para realizar a primeira parte do relatório de caracterização de uma escola, você deverá seguirestritamente as orientações constantes deste título, entendendo-o como uma espécie de receita a serseguida.

    Procure responder cada aspecto com relevância e profundidade. Evite respostas curtas, pois elas

    demonstram falta de conteúdo e de envolvimento na realização desta caracterização.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    13/38

    13

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

     Lembrete

    Ao se caracterizar uma escola, nesta atividade, deve-se enfatizar a sua

    estrutura física, organizacional e pedagógica.

    A caracterização de uma unidade escolar, para os fins desta atividade, envolve a resposta às questõesque seguem:

    • Identificação:

    — nome;

    — endereço;— telefone;

    — instituição mantenedora do estabelecimento escolar.

    • Análise crítica do ambiente físico:

    — A localização da escola é compatível com o acesso da clientela?

    — O espaço físico da escola está adequado à sua proposta pedagógica?

    — A relação entre número de alunos e espaço (área) é adequada nas salas de aula, no pátio, nabiblioteca, no laboratório e em outras dependências?

    — Há salas-ambientes? Elas atingem suas finalidades?

    Quanto à utilização da biblioteca, do laboratório ou de outras dependências:

    — Que atividades são desenvolvidas?— Quem utiliza essas dependências e com que frequência?

    — Tais recursos são bem utilizados, atingindo seus objetivos?

    — Que aspectos mereceriam suas críticas ou elogios?

    — Há comentários relevantes sobre outros aspectos?

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    14/38

    14

    Unidade I

    • Características da gestão escolar:

    — Como foi a participação dos vários profissionais da educação na elaboração da propostapedagógica e do regimento escolar?

    — Existe um conselho de escola ou órgão semelhante? Como funciona? Que decisões relevantestem tomado? Os alunos participam? E os pais?

    — Documentos como proposta pedagógica e regimento escolar, dentre outros, propiciaram, nasua elaboração, uma reflexão conjunta da comunidade escolar (interna)?

    — Há comentários relevantes sobre outros aspectos?

    • Organização administrativa e pedagógica:

    — Como é a estrutura organizacional da escola (essa pergunta deve ser respondida com aapresentação do organograma)?

    — Quais os cursos oferecidos, número de classes, horários? Como são tomadas as decisões emrelação a esses aspectos e ao calendário escolar?

    — Como tem funcionado o horário destinado à permanência dos professores na escola (horasatividade, reuniões)? Quem coordena esta parte do trabalho?

    — Como são elaborados os planos de ensino?

    — Como funciona o sistema de avaliação e recuperação dos alunos?

    — Como se dá a comunicação da escola com as famílias dos alunos? Há reunião de pais? Acomunidade costuma vir à escola? E as informações sobre a aprendizagem dos alunos, comosão feitas?

    — Há comentários relevantes sobre outros aspectos?

    • Outras atividades desenvolvidas pela escola:

    — A escola possui associação de pais e mestres ou equivalente?

    — A escola possui um grêmio estudantil ou equivalente?

    — A escola desenvolve programas ou projetos especiais (Escola da Família, clube de mães etc.)?

    — Há comentários relevantes sobre outros aspectos?

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    15/38

    15

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    • Levantamento das expectativas dos alunos em relação à escola:

    — Essa parte envolve aplicação de questionários, entrevistas ou registro de conversas informais.Trata-se de parte essencial da pesquisa, pois permite destacar, com base nas expectativas, asnecessidades reais dos alunos, que fundamentarão as propostas de integração entre escola ecomunidade, no momento final do trabalho.

    Agora que você já sabe como proceder com a primeira parte do relatório da caracterização de umaunidade escolar, escolha uma escola, preferencialmente (mas não obrigatoriamente) onde pretendarealizar seu estágio e inicie suas atividades em conformidade com o que foi orientado neste capítulo.

     Lembrete

    Caracterizar uma escola envolve sua identificação, análise crítica doambiente físico, gestão escolar, organização administrativa e pedagógica,outras atividades desenvolvidas pela escola e, principalmente, olevantamento das expectativas dos alunos com relação a ela.

    Nesta primeira parte do relatório, se desejar, você poderá incluir fotos e mapas, desde que nãoultrapasse o limite de páginas nem substitua o conteúdo escrito por imagens.

    Note, também, que a realização da atividade é obrigatória para a sua avaliação na disciplina. Porisso, elabore a primeira parte do relatório – caracterização da unidade escolar – tomando por base asorientações deste capítulo e, assim, coloque em prática o conhecimento adquirido.

     Observação

    Siga exatamente as orientações deste livro-texto. Qualquer relatóriodiferente do que está sendo aqui proposto poderá levá-lo à reprovação, ouseja, o relatório das caracterizações da escola e comunidade não poderá sersubstituído por quaisquer outros tipos de relatório.

    3.2 Comunidade

    Segundo o conceito adotado nesta atividade, comunidade corresponde à “população que vive numdado lugar ou região, ligada por interesses comuns” (HOUAISS, 2009, p. 509).

    Tanto o lugar enfocado quanto a população que ali reside são de interesse da pesquisa, pois compõem, juntamente com a escola, um só objeto de estudo, em que nada ocorre isoladamente, mas de modo integrado.

    Por comunidade se entende, portanto, “a população que reside no entorno escolar, no bairro onde selocaliza a escola e em localidades circunvizinhas que a escola procura servir” (SUNG, 2003, p. 5). Assim,

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    16/38

    16

    Unidade I

    são fatores de vital importância as populações usuárias da escola (efetivas e potenciais), bem como oespaço físico que ela ocupa.

    Conforme Freire (1996), a formação dos professores devia insistir na constituição deste sabernecessário que é o contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. Além disso, o saber teóricodesta influência teria que ser associado ao saber teórico-prático da realidade concreta em que osprofessores trabalham. Freire (1996) ainda aponta a importância de o professor estar atento e abrir-seà realidade dos seus alunos, com quem partilha a atividade pedagógica, ou seja, entender as condiçõesmateriais nas quais vivem seus educandos. Precisa, portanto, tornar-se, se não absolutamente íntimo desua forma de ser, no mínimo, menos estranho e alheio a ela, a fim de diminuir a sua distância da realidade(às vezes hostil) em que vivem seus alunos. Melo (2012) também afirma que o papel do educador éconhecer o aluno, sua vida, sua prática social, as contradições da vida que levam em comunidade, suasnecessidades etc.

    Nota-se, portanto, que a comunidade em torno da escola não se limita às pessoas que lá estudame a seus familiares, mas se estende a todos aqueles que moram nos bairros próximos à escola (SILVA;MENIN, 2012). Assim, comunidade não deve ser confundida com comunidade escolar, cujo conceitoengloba o conjunto de docentes e especialistas, o pessoal técnico-administrativo e de serviços, lotadose em exercício na instituição escolar, bem como os pais ou responsáveis pelos educandos e os própriosalunos matriculados na instituição e com frequência regular na instituição (BRASIL, 1998).

    3.2.1 Caracterização da comunidade onde a escola se insere: instruções

    Para realizar a segunda parte do relatório de caracterização da comunidade que circunda a escola,você deverá seguir estritamente as orientações constantes deste capítulo, entendendo-o como umaespécie de receita a ser seguida.

    Em Prática de Ensino: Observação e Projeto , você foi orientado sobre a prática investigativa da observação.Este conhecimento deverá ser aplicado aqui. Como a escola está inserida numa comunidade, é imprescindívelo conhecimento desta comunidade, para que seja possível compreender as relações entre ambas.

     Você deve, inicialmente, estabelecer um limite geográfico para a comunidade objeto de estudo.Note que o critério a ser adotado será eminentemente espacial. Sugere-se, portanto, um raio de

    aproximadamente 2 mil metros ao redor da unidade escolar escolhida, uma vez que correspondeaproximadamente a uma distância média de moradia da clientela escolar, ou seja, até esta distância,regra geral, estarão localizadas as moradias da maioria dos alunos da escola em questão.

     Observação

    Caracterizar a comunidade envolve: localização geográfica,equipamentos sociais, densidade demográfica, perfil econômico dapopulação, uso do solo predominante e levantamento das expectativas dapopulação em relação ao trabalho da escola.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    17/38

    17

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    A partir da definição do limite geográfico da comunidade objeto de estudo, esta deverá sercaracterizada nos seguintes aspectos:

    • Localização geográfica:

    — Descreva dados básicos que permitam localizar geograficamente a comunidade, como Estado,município, bairro, acessibilidade a partir da capital do Estado (quando for o caso) e vias deacesso. Não deixe de localizar a comunidade em mapa ou croqui.

    • Equipamentos sociais:

    — Tratam-se de equipamentos de prestação de serviços públicos. Devem-se relacionar osequipamentos de educação (escolas), saúde (hospitais, postos de saúde, unidades básicas desaúde etc.), segurança pública (delegacias), lazer (parques, teatros, cinemas etc.) e outros que se

     julguem convenientes, no sentido de subsidiar a avaliação da qualidade de vida da populaçãoque reside na comunidade, ao menos no que se refere à infraestrutura social disponível.

    • Densidade demográfica:

    — Por definição, densidade demográfica refere-se ao número de habitantes por km2. Contudo,para os fins a que esta atividade se destina, basta classificá-la numa das categorias:

    – muito populosa;

    – populosa;

    – pouco populosa.

    • Perfil econômico da população:

    — Para esta atividade, basta classificar a comunidade, de modo geral, numa das categorias:

    – baixa renda;

    – classe média;

    – classe alta.

    • Uso predominante do solo:

    — Refere-se ao uso do solo que predomina na comunidade. Você deve classificá-la numa dasseguintes categorias:

    – residencial;

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    18/38

    18

    Unidade I

    – industrial;

    – comercial;

    – misto;

    – rural.

    Caso seja necessário, você pode recorrer à prefeitura do município para obter essa informação demodo oficial.

    • Levantamento das expectativas da comunidade em relação ao trabalho da escola:

    — Este levantamento é essencial para a caracterização da comunidade, pois permite destacar,

    com base nas expectativas, suas necessidades reais que, no momento final do trabalho,fundamentarão as propostas de integração entre escola e comunidade. O levantamento dessesdados pode ser realizado por meio de questionários, entrevistas ou mesmo de conversasinformais com pessoas da região.

    Um dos resultados mais importantes de seu aprendizado será o conhecimento da realidade em quevivem os alunos da escola objeto de estudo, principalmente em termos socioeconômicos e culturais.Somente conhecendo a realidade escolar e a comunidade em que ela se insere será possível idealizarprojetos de interação entre ambas, objetivo final da atividade proposta nesta disciplina.

    Agora que você já sabe como proceder com a segunda parte do relatório de caracterização dacomunidade em que a escola escolhida se insere, inicie suas atividades em conformidade com o quefoi orientado neste capítulo. Da mesma forma que na caracterização da escola, se desejar, poderão serincluídos mapas e fotos, desde que seja respeitado o limite de páginas e não seja substituído o conteúdoescrito por imagens.

    A realização da atividade é obrigatória para a sua avaliação na disciplina. Por isso, elabore a segundaparte do relatório de caracterização da comunidade tomando por base as orientações deste capítulo e,assim, coloque em prática o conhecimento adquirido.

     Observação

    Aatividade 1 (relatório com a caracterização da escola e da comunidade)deverá apresentar, no total, de 5 a 10 páginas (incluindo a capa).

    4 INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE

    A integração entre escola e a comunidade é um assunto de relevância tamanha que merece umdestaque especial no programa de prática de ensino dos cursos de licenciatura da UNIP.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    19/38

    19

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    A partir de 1988, com a promulgação da atual Constituição da República Federativa do Brasil, propostasde participação da comunidade na escola se intensificaram, especialmente devido à insatisfação quanto aoquadro caótico vislumbrado pela educação, especialmente no que se referia ao ensino público brasileiro. Sobcerta pressão da sociedade civil, as administrações públicas do setor educacional voltaram suas atençõespara a escola, que passou a ocupar o centro das preocupações educacionais (SUNG, 2003).

    As propostas de reforma do setor pautaram-se, em grande parte, no discurso sobre a importânciade ampliar a participação da comunidade na vida escolar. A partir dessas iniciativas, a participaçãoda comunidade na escola ganhou sustentação legal, amparada pela Constituição e pela nova Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), ficando os estabelecimentos de ensinocom “a incumbência de articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integraçãoda sociedade com a escola” (BRASIL, 1996).

    A partir de então, vários dispositivos legais e institucionais começaram a surgir, convocando

    a sociedade a participar da vida escolar. Essas propostas de integração da comunidade à escola, noBrasil, foram inovadoras, e o país passou a se rearticular e a dar um novo significado à educação. Omesmo discurso de democratização da escola, que já era comum nos meios chamados progressistasda sociedade, encontrou eco nos setores sociais tidos como conservadores, que passaram também adefender a participação da comunidade no meio escolar.

    Contudo, para Assumpção (2005), existe até uma busca de interações mais efetivas em algumasinstituições escolares, mas essa relação escola-comunidade está muito impregnada no discurso e poucona prática. Ainda nesse aspecto, Moran (2013) também confirma que temos hoje, no Brasil, muitasiniciativas de escolas abertas para a comunidade que procuram as competências no bairro, mas aindasão projetos pontuais. A maior parte das escolas permanece distante da inserção da comunidade.

    A abertura da escola implica numa reorganização do tempo e espaço da instituição escolar emudança de atitude das pessoas envolvidas. Não adianta abrir os portões nos finais de semana, mas nodia a dia continuar com os mesmos mecanismos de exclusão da comunidade, tanto no currículo quantonas vivências cotidianas na escola (ALMEIDA, 2005).

    A prática participativa deve ir além do discurso e da implantação de mecanismos de participaçãoinstitucional de âmbito geral. Não se pode perder de vista as particularidades de cada escola e os

    aspectos que, juntos, a tornam única, diferenciada das demais. Assim, a prática participativa envolveum caminhar próprio e particular de cada escola e de cada comunidade que a circunda. O desafio éconhecer e reconhecer esses aspectos, de modo que propicie uma integração que seja benéfica paraambas as partes – escola e comunidade –, e isso é possível com o conhecimento intrínseco de cada umadelas.

    Logo, existe uma necessidade de descobrir formas inovadoras de convivência com a comunidade, paraque esse convívio qualificado realmente aconteça. A escola não pode concentrar todos os seus esforçossó na melhoria do ensino e das atividades didáticas. Ela precisa de gestão eficiente, de envolvimento coma comunidade, dos pais, das competências da cidade e de integração aos vários órgãos governamentaisna vida escolar (MORAN, 2013).

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    20/38

    20

    Unidade I

     Saiba mais

    Para mais informações sobre o tema, procure os livros:

    ALMEIDA, J. G. Como se faz escola aberta?  São Paulo: Paulus, 2005;

    CODY, F.; SIQUEIRA, S. Escola e comunidade : uma parceria necessária.São Paulo: Ibis, 1997.

    MELO, A. Relações entre escola e comunidade . Curitiba: InterSaberes, 2012.

    MORAN, J. M. A educação que desejamos : novos desafios e como chegar

    lá. Campinas: Papirus, 2013.

    Segundo Melo (2012, p. 7), “a participação da comunidade na escola tem como premissa fundamentalque a educação das novas gerações não pode ser tarefa unicamente da escola”. Para o autor, a educação émuito mais que aprendizado de conhecimentos; ela leva em conta outras questões, como a vida familiar,a situação econômica e, no caso, a participação da comunidade na escola, resultando na melhoria daqualidade da educação.

    Para Bezerra et al . (2010), essa relação deve ser pautada pelo diálogo, pela participação e pela confiança.Para os autores, todos os participantes do processo educativo têm capacidade para elaborar propostas de

    melhoria na educação, propostas que partam das necessidades reais da comunidade. Para isso, “a escoladeve oportunizar ‘situações de encontro’, a fim de conhecer os recursos da comunidade e os aspectos dasua realidade, visando à melhoria do ensino – aprendizagem” (BEZERRA et al ., 2010, p. 282).

     Vale salientar, todavia, que essa relação deve ser construída pela escola, pois é provável que acomunidade não tenha essas iniciativas (SILVA; MENIN, 2011).

    Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Temas Transversais, “a relação da escola coma comunidade é uma rica contribuição, principalmente, pelo vínculo que estabelece com a realidade” e os

    problemas da comunidade onde vivem seus alunos (BRASIL, 1998). O documento ainda cita que é essencial:

    [...] mostrar a importância da participação da comunidade na escola,de forma que o conhecimento apreendido gere maior compreensão,integração e inserção do mundo; a prática escolar comprometida com ainterdependência escola-sociedade tem como objetivo situar as pessoascomo participantes da sociedade – cidadãos – desde o primeiro dia de suaescolaridade (BRASIL, 1998, p. 10).

    Silva e Menin (2011) ainda apontam que a escola pode ser marcada por diversos elementos da

    comunidade em que está inserida, tais como: associação de pais, associação de bairro, igrejas e iniciativas de

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    21/38

    21

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    instituições municipais próximas à escola, entre outros. Entretanto, a escola também pode ser influenciadapor muitos problemas da comunidade ao redor, como tráfico de drogas, banditismo, vandalismo, diversasformas de violência, precárias condições de saneamento básico e até mesmo por problemas ambientaisligados ao descaso do poder público ou, ainda, a acidentes da natureza, como enchentes.

    Além desses aspectos, o que se observa geralmente é uma escola cheia de vícios, em que a preocupaçãomaior está no cumprimento do programa, mesmo que este não tenha apresentado nenhuma relaçãocom o mundo do aluno, e, portanto, não estimule o avançar no conhecimento. Também se observa aescola agindo de forma isolada, sem qualquer tentativa de relação com a comunidade ao seu redor evice-versa (ASSUMPÇÃO, 2005).

    A escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte e deve estar presente noprocesso de organização de modo que as ações a serem desenvolvidas estejam voltadas para asnecessidades comunitárias (HORA, 1994). Silva e Menin (2012) também destacam que essa integração

    se faz necessária para que a comunidade, e todos os seus membros, sintam-se responsáveis pela escola,pela educação dos alunos e, principalmente, pela realidade local, no sentido de corresponsabilidade.

    Para Moran (2013, p. 68), “a escola pode incluir a comunidade ao seu redor, criar pontes para assituações reais de aprendizagem existentes, vivenciadas na prática. Pode oferecer espaços de atualizaçãopara famílias e comunidade”. Ainda para o autor,

    [...] uma escola fechada com muros altos e grades é um exemplo de insucessopedagógico. Se está situada em uma região carente, tem de dialogar comas pessoas, os grupos, a comunidade. Se for mais rica que o ambiente que arodeia, deve abrir-se com mais razão ainda, oferecer seus serviços, mostrarque o bairro ganha com essa integração (MORAN, 2013, p. 69).

    Dessa forma, pensar em projetos educacionais que busquem a integração entre a escola e acomunidade ao redor e vice-versa fortalece os vínculos entre elementos naturalmente indissociáveise aprimora a qualidade do ensino. A escola precisa caminhar junto com a comunidade, pois “qualquerescola pode ser uma escola que se articule efetivamente com os pais, com a comunidade, que incorporeseus saberes, que preste serviço e aprenda com ela” (MORAN, 2013, p. 26).

    Ainda refletindo sobre a relação entre escola e comunidade, Silva e Menin (2011) apontam que:

    [...] a escola deve possibilitar situações para que a comunidade tenha voze participação na vida escolar para que, assim, seja possível identificaros problemas, os recursos e as especificidades daquela população. Poroutro lado, a não integração entre a escola e a comunidade pode gerarum sentimento de não pertencimento e indiferença dos membros dacomunidade em relação à escola (SILVA; MENIN, 2011, p. 9484).

    Por isso, é de fundamental importância que todos – pais, alunos, professores e comunidade local –,passem a compartilhar e a participar do contexto educacional.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    22/38

    22

    Unidade I

    4.1 A importância do professor na integração escola-comunidade

    A inserção da comunidade na escola exige do professor práticas que venham a romper com oisolamento da escola em seus modelos pedagógicos (HORA, 1994). Essa mudança na educação, dentreoutros, depende de uma ação educativa sólida do professor, caminhando para uma educação dequalidade.

    Nesse contexto, na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), no Artigo13, inciso VI, define o papel do professor nessa integração, declarando que os “docentes incumbir-se-ão decolaborar com as atividades de articulação da escola com a família e a comunidade” (BRASIL, 1996). A integraçãocom a comunidade fortalece a escola, rompe com o isolamento dos professores em sua luta pela melhoria daaprendizagem, aperfeiçoa a qualidade do ensino e dá aos alunos um exemplo de prática de cidadania.

    Diante de tanto apelo e necessidade de uma real integração entre escola e comunidade, o professor

    precisa refletir constantemente em sua prática, a fim de favorecer a participação da comunidade nasdecisões e necessidades da escola e a elaboração de projetos de integração, visando ao desenvolvimentode ambas (ALMEIDA, 2005).

    Conforme Freire (1996), ensinar exige uma reflexão crítica sobre a prática e compreender que aeducação é uma forma de intervenção no mundo. O professor deve vincular a sua relação com o alunoà prática social, ou seja, ter como parâmetros a própria prática cotidiana, possibilitando aos alunos ocontato com a sua realidade social, por meio de uma participação e do convívio com a comunidade aoredor da escola (MELO, 2012).

    Além do seu papel específico de docência na disciplina, o professor também tem algumasresponsabilidades, e dentre elas, participar das atividades que envolvem a comunidade, cívicas, culturaisou recreativas (LIBÂNEO, 2001).

    Almeida (2005), em seu livro Como se Faz Escola Aberta, citando um discurso de um dos professoresentrevistados, coloca que:

    [...] alguns professores acham que inovar é apenas passar o mesmo conteúdode um modo diferente, envolvendo as mesmas práticas já ultrapassadas.

    Esquecem-se de que a grande inovação se dá de dentro para fora, começandoprimeiramente pela postura diante dos alunos, passando pela sensibilidadepara saber quais as necessidades daquele grupo (ALMEIDA, 2005, p. 78).

    Libâneo (2009) também recomenda aos professores e a toda equipe de dirigentes que tenhamconhecimento e sensibilidade em relação às necessidades sociais e demandas da comunidade local edo próprio funcionamento da escola, de modo a ter clareza sobre as mudanças a serem esperadas nosalunos em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.

    Por isso, o desafio do professor é que o seu saber não se resuma apenas ao conhecimento técnico-científico e à transmissão desse conteúdo, mas ao conhecimento dos educandos com os quais divide

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    23/38

    23

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    sua prática pedagógica e das necessidades da comunidade ao seu redor, a fim de se aperfeiçoar e sefamiliarizar, cada vez mais, com a escola e sua comunidade, sabendo promover uma integração coerentee significativa entre elas.

    Dada a relevância que o tema apresenta, reservou-se um semestre da dimensão prática do curso,na UNIP, para a orientação da prática participativa, pois isso servirá para ampliar a sua visão sobre aeducação e a escola, seu futuro ambiente de trabalho, além de contribuir para o estímulo à criatividade. Você tem toda liberdade de criar ideias e propor ações locais de integração que deem maior visibilidadeà escola no contexto da comunidade e que ajudem a suprir necessidades e expectativas da sociedade.Essa é, portanto, uma oportunidade de agir com cidadania e de sentir-se um agente participativo e ativonas mudanças que sua comunidade necessita.

    5 VISÃO GERAL DA ATIVIDADE – PROJETO DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE

    Com base nos dados levantados sobre a escola e a comunidade, você deverá verificar uma possívelrelação de integração e apoio entre elas. A partir disso, procure elaborar uma proposta de ação quepossibilite o atendimento a ao menos uma das expectativas ou necessidades observadas, buscando umaaproximação entre a escola e a comunidade, de modo que haja uma ampliação da visibilidade da escolano local.

     Observação

     Vale ressaltar que o grupo deverá propor uma nova ideia de integraçãoentre a escola e a comunidade em questão, tendo como base os dadoslevantados no primeiro trabalho. Não poderá ser apresentado um projeto já existente na escola e/ou comunidade sobre esse tema.

    6 INSTRUÇÕES SOBRE O PROJETO A SER DESENVOLVIDO

    Tendo em mente tudo o que foi dito até este ponto, siga exatamente as orientações deste livro-texto.Note que qualquer projeto diferente do que está sendo aqui proposto poderá levá-lo à reprovação, ou seja,

    o projeto aqui solicitado não poderá ser substituído por qualquer outro tipo de projeto eventualmentedesenvolvido na escola.

     Observação

    Seu projeto deverá apresentar uma nova proposta de ação que possibilitea integração entre a escola e a comunidade, atendendo a, ao menos, umadas expectativas ou necessidades levantadas anteriormente no relatóriodas caracterizações.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    24/38

    24

    Unidade I

    Além disso, lembre-se de que um bom projeto é aquele em que os agentes se sentem realmenteresponsáveis. Em outras palavras, embora o projeto não precise ser aplicado, (ou seja, basta que sejaapenas escrito), é importante que você procure pensar sobre como envolver os alunos da escola noprojeto do modo mais direto possível, pois eles são o maior elo entre a escola e a comunidade, o quefaz com que representem, portanto, seu mais importante instrumento de trabalho no que concerne àpromoção tão esperada da integração entre essas duas esferas da sociedade.

    Importante: é extremamente relevante notar ainda que o projeto elaborado no âmbito destadisciplina poderá ser aplicado na escola objeto de estudo a partir do próximo semestre, desde que hajaaquiescência do diretor ou responsável pela escola, embora essa aplicação não seja obrigatória.

     Lembrete

    Para fins da avaliação neste semestre, vale repetir, basta elaborar oprojeto no papel, na teoria, sem a necessidade de aplicá-lo de fato.

    Importante: a partir do próximo semestre, caso você decida aplicar o projeto de integração entreescola e comunidade, ficará apto a receber horas para a sua carga horária de estágio curricular obrigatório.No próximo semestre, você receberá orientações específicas do seu professor orientador de estágio.

    Além disso, a aplicação será benéfica para todos os agentes envolvidos no processo. A escolacertamente se beneficiará da integração, bem como a comunidade, pelos vários motivos já mencionadosneste texto. A UNIP será beneficiada por sua participação ativa em projetos junto à comunidade, umadas diretrizes de trabalho que sempre nortearam a ação da instituição.

     Observação

    A única possibilidade de o aluno realizar os trabalhos individualmenteocorre no caso de ser o único matriculado em seu polo no referido curso.Caso contrário, os trabalhos solicitados neste livro-texto para a avaliaçãona disciplina deverão ser realizados em grupo.

    7 FORMATAÇÃO DO PROJETO

    Como já foi estudado em Prática de Ensino: Observação e Projeto (PEOP) , um projeto tem porfinalidade demonstrar o que se pretende fazer, como  fazê-lo e aonde se quer chegar. É importantesalientar que uma boa apresentação é fundamental, pois delineia o seu perfil como aluno e futuroprofissional, além do caminho que irá seguir em seu trabalho, possibilitando uma boa impressão  arespeito de você.

    Para facilitar a elaboração do projeto, lembramos os itens que deverão estar contidos nele, com basenas orientações de PEOP.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    25/38

    25

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    O projeto a ser elaborado, para fins desta atividade, deverá conter:

    • Capa: tem a finalidade de evidenciar dados importantes, devendo incluir: nome e logotipo dainstituição (UNIP INTERATIVA), nome do curso, nome da disciplina, título do projeto, nome e RAdos alunos do grupo, polo de matrícula e ano de postagem;

    • Folha de rosto: trata-se da primeira folha imediatamente após a capa. Ela deve conter o nomedo autor na parte superior, centralizado, e o título do trabalho no centro da página, tambémcentralizado. O local (cidade) e o ano da realização do projeto devem ser incluídos na parteinferior da página e, na margem direita, centralizado a partir da metade da página, deve haverum retângulo com as informações básicas, como no exemplo a seguir. O professor, neste caso, é oda videoaula;

    Projeto apresentado à Universidade Paulista – UNIP, do curso de

    ___________________, como um dos requisitos para a obtençãoda nota na disciplina Prática de Ensino: Integração Escola – Comunidade ,ministrada pelo (a) Prof. (a)._______________________________.

    • Lista de ilustrações: elemento opcional. Recomenda-se seu uso a partir de três ocorrências deilustrações no trabalho; a ordem da lista deve obedecer à ordem em que as imagens aparecem notexto, e cada item deve ter seu nome específico acompanhado do respectivo número de página;

    • Sumário: apresentação dos capítulos constitutivos do projeto, indicando a página em que seiniciam;

    • Introdução: deve motivar a apreciação do projeto e antecipar ao leitor uma visão geral; envolvea identificação do tema, sua importância, seu contexto problemático, os objetivos e justificativasdo projeto, conforme segue:

    — Objetivos: sua definição deve responder às seguintes perguntas: o que se pretende alcançarcom este trabalho? Qual a finalidade de sua realização?

    — Justificativa: sua definição deve responder às seguintes perguntas: o que justifica a elaboração

    do projeto? Por que elaborá-lo (importância social e pessoal)? Por que a escolha deste problema?

    • Desenvolvimento: esta parte deverá ser dividida em:

    — Referencial teórico sobre o tema do projeto (integração escola e comunidade): é a construçãode uma base organizada e sistemática com alguns autores da área, buscando um diálogo entreeles e subsídios para sua proposta de ação. Envolve a apresentação de pesquisas e publicaçõesna área;

    — Método: é a descrição do caminho adotado para atingir os objetivos, ou seja, qual escolae comunidade envolvida, a proposta de integração de acordo com a definição do problema

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    26/38

    26

    Unidade I

    (atendendo a uma das necessidades/expectativas da escola ou comunidade), cronogramas dasatividades, forma de avaliação etc.

    • Resultados esperados: apresenta os resultados da pesquisa em função dos objetivos propostos;

    • Considerações finais: deve apresentar uma síntese geral do conteúdo do trabalho, inserindoalgumas observações críticas julgadas convenientes. Nesta parte, devem-se evidenciar os aspectosmais importantes da pesquisa;

    • Referências bibliográficas: devem apresentar a relação das obras consultadas que foramefetivamente utilizadas ou citadas na redação do texto;

    • Apêndice: elemento opcional elaborado pelo próprio autor para o desenvolvimento do trabalho;tem como objetivo complementar a argumentação, sem romper a lógica do trabalho; deve ser

    expresso em maiúsculas (exemplo: APÊNDICE), seguido de letra maiúscula (exemplo: A, B, C),travessão (-) e o título que recebeu. Exemplo: APÊNDICE A – Questionário sobre as necessidadesda escola.

    • Anexo: elemento opcional; trata-se de texto ou documento não elaborado pelo autor incorporadoao trabalho para fundamentar, ilustrar ou confirmar ideias; quanto à grafia, segue as mesmasregras do apêndice.

    Sendo assim, ao elaborar o projeto explicado anteriormente para esta disciplina, você deverá adotaras seguintes normas tipográficas, baseadas na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT:

    • margens: esquerda: 3 cm; direita: 2 cm; superior: 3 cm; inferior: 2 cm;

    • parágrafo: recuado da margem esquerda em 1,25 cm, com espaçamento 1,5 entre linhas;

    • numeração de páginas: começa-se a contar a partir da folha de rosto, mas não aparece nesta.A numeração só aparecerá a partir da introdução. Os números devem ser posicionados no cantosuperior direito;

    • redação: sempre na forma impessoal, abolindo-se os pronomes pessoais e evitando verbosque indiquem subjetividade, como: acha-se que, acredita-se que etc.; abreviações no textotambém devem ser evitadas, salvo em notas de rodapé e nas referências e tabelas (MARCONI;LAKATOS, 2011).

     Observação

    A atividade 2 (projeto de integração escola-comunidade) deveráapresentar no máximo 10 páginas.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    27/38

    27

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    Além disso, deverão ser adotadas as normas de padronização da Associação Brasileira de NormasTécnicas – ABNT. Poderão ser incluídas fotos, desde que não seja ultrapassado o limite de páginas, nemsubstituído o conteúdo escrito.

    Nesta disciplina, a elaboração das atividades é obrigatória; por isso, siga exatamente as orientaçõesdeste livro-texto para o Relatório da caracterização da escola e da caracterização da comunidade e parao projeto de integração escola-comunidade. Não haverá prova.

    8 POSTAGENS

    As orientações sobre procedimentos e períodos de postagens serão disponibilizadas no seu AVAoportunamente. Fique atento aos avisos!

    As atividades referentes à avaliação da disciplina Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade  

    serão inseridas no sistema da seguinte forma:

    • Postagem 1 – Atividade 1: relatório contendo a caracterização da escola e da comunidade(atividade em grupo). Antes de fazer seu relatório, releia atentamente o trecho deste livro-textoreferente à caracterização da escola e da comunidade em que a escola se insere e faça seu relatórioem conformidade com as orientações lá detalhadas.

    • Postagem 2 – Atividade 2: projeto de integração escola-comunidade (atividade em grupo).Releia atentamente as exigências de produção do projeto contidas neste livro-texto e redija umprojeto de integração escola-comunidade, em conformidade com as orientações anteriormentedetalhadas.

     Vale ressaltar que o grupo deverá propor uma nova ideia de integração entre a escola e acomunidade em questão, tendo como base os dados levantados no primeiro trabalho (no relatóriodas caracterizações). Não poderá ser apresentado um projeto já existente ou desenvolvido naescola e/ou comunidade.

    • Postagem 3 – Exame (Atividade 1 + Atividade 2): apenas para os alunos que não tiverem atingido amédia final para aprovação ou que tiverem perdido os prazos das postagens anteriores. Estudantes

    numa dessas situações deverão realizar a postagem 3 dos dois trabalhos obrigatoriamente (relatóriode caracterização da escola e da comunidade e projeto de integração escola-comunidade) em umúnico arquivo. O grupo deverá refazê-los de acordo com os apontamentos do professor para quesejam reavaliados. Portanto, fique atento aos avisos para o prazo da terceira postagem para osalunos de exame.

     Observação

    Todas as informações relacionadas às atividades solicitadas paraesta disciplina você também encontrará no Manual de Orientação das

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    28/38

    28

    Unidade I

    Atividades, disponíveis no AVA, em: Meus Conteúdos Acadêmicos> AsMinhas Comunidades – Nome do curso> Orientação Disciplinas:Cunho Prático> Prática de Ensino: Integração Escola – Comunidade

     Saiba mais

    A seguir, apresentamos algumas sugestões de leituras que poderão serutilizadas como apoio para o referencial teórico do projeto:

    BRAMBATTI, C. M. B. Família e Escola: rompendo barreiras, fortalecendorelações. Revista de Educação do IDEAU , v. 4, n. 9, 2009.

    COLL, C. Escola e comunidade: um novo compromisso. Pátio RevistaPedagógica, v. 3, n. 10, p. 9-12, 1999.

    CONCEIÇÃO, M. V.; ZIENTARSKI, C.; PEREIRA, S. M. Gestão democráticada escola publica: possibilidades e limites. UNIrevista, v. 1, n. 2, 2006.

     Resumo

    De início, é importante saber a contextualização da disciplina Prática

    de Ensino: Integração Escola e Comunidade  na dimensão prática do curso.Essa prática encontra-se no terceiro semestre do curso e se articula àsdemais práticas.

    Esta disciplina aborda um assunto extremamente relevante na formaçãodo docente, que é a integração entre a escola e a comunidade. O professor,em seu papel, deve refletir constantemente sobre esse tema, a fim de garantiraos alunos e comunidade uma prática realmente efetiva, alcançando atodos e, principalmente, uma educação de qualidade. Para isso, a disciplina

    busca levar o aluno a identificar e conhecer por meio da elaboração de umrelatório uma unidade escolar, bem como a comunidade em que a escolaestá inserida. Em seguida, pretende estimular a elaboração de um projetoconforme as normas ABNT que busque apresentar uma proposta de açãocapaz de possibilitar a integração entre a escola e a comunidade.

    Os conceitos estudados são: caracterização, escola e comunidade.Com base nesse conhecimento teórico e da questão da integração escola-comunidade, a disciplina propõe atividades a serem realizadas em grupopara a avaliação do aluno.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    29/38

    29

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    A primeira trata-se do relatório de caracterização da escola(identificação, análise crítica do ambiente físico, características da gestãoescolar, organização administrativa e pedagógica, outras atividadesdesenvolvidas na escola e levantamento das expectativas dos alunos emrelação à escola) e da comunidade (localização geográfica, equipamentossociais, densidade demográfica, perfil econômico, uso predominante do soloe levantamento das expectativas da comunidade em relação ao trabalhoda escola). A segunda atividade envolve a elaboração de um projeto deintegração, ou seja, uma proposta de ação em que o grupo apresenteuma nova ideia de integração, tendo como base o conteúdo levantado norelatório, principalmente nas necessidades e nas expectativas da escola eda comunidade em questão.

     Vale reiterar que a elaboração dessas atividades é obrigatória e não

    haverá prova na disciplina.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    30/38

    30

    Unidade I

    REFERÊNCIAS

    ALMEIDA, J. G. Como se faz escola aberta?  São Paulo: Paulus, 2005.

    ASSUMPÇÃO, T. M. T. de. Reflexões sobre a escola e sua interação com a comunidade : um estudo de caso.2005. 115f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Joinville/SC, 2005.

    BEZERRA, Z. F. et al . Comunidade e escola: reflexões sobre uma integração necessária. Educar emRevista, Curitiba, n. 37, p. 279-291, 2010.

    BRAMBATTI, C. M. B. Família e escola: rompendo barreiras, fortalecendo relações. Revista de Educaçãodo IDEAU , v. 4, n. 9, 2009.

    BRASIL. Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 . Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação

    Nacional (LDB). Brasília: Secretaria Geral/MEC, 1996. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2014.

    ___. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros  Curriculares Nacionais;terceiro e quarto ciclo : apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf>. Acesso em: 27 out. 2014.

    ___. Lei Complementar nº 170, de 7 de agosto de 1998 . Dispõe sobre o Sistema Estadual de Educação.Diário Oficial do Estado de Santa Catarina. Santa Catarina, 1998. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2014.

    CODY, F.; SIQUEIRA, S. Escola e comunidade : uma parceria necessária. São Paulo: Ibis, 1997.

    COLL, C. Escola e comunidade: um novo compromisso. Pátio Revista Pedagógica, v. 3, n. 10, p. 9-12, 1999.

    CONCEIÇÃO, M. V.; ZIENTARSKI, C.; PEREIRA, S. M. Gestão democrática da escola publica: possibilidadese limites. Unirevista, v.1, n. 2, 2006.

    FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

    HORA, D. L. da. Gestão democrática na escola: artes e ofícios da participação coletiva. Campinas:Papirus, 1994.

    HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

    LIBÂNEO, J. C. O sistema de organização e gestão da escola. In: LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão daEscola: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Alternativa, 2001.

    ___. A prática de organização e gestão da escola e a aprendizagem de professores e alunos. Revista deEducação , CEAP-Salvador (BA), jan./abr. 2009.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    31/38

    31

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

    MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas,amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo:Atlas, 2011.

    MELO, A. de. Relações entre escola e comunidade . Curitiba: InterSaberes, 2012.

    MORAN, J. M. A educação que desejamos : novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2013.

    SILVA, C. C. M.; MENIN, M. S. de S. O lugar da comunidade em projetos de educação moral: pensandoem possíveis relações. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 5., 2011, Curitiba. Anai s... Curitiba:PUC – PR, 2011.

    ___. Análise das relações entre escola, comunidade e educação moral . São Paulo: Fapesp, 2012.Disponível em: .

    Acesso em: 28 out. 2014.

    SUNG, C. L. Participação da comunidade na escola pública: os modelos colegiado e voluntariado e seuscampos de significação. 2003. 308 p. Dissertação (Mestrado em Pedagogia) – Faculdade de Educação,Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    32/38

    32

    Unidade I

    ANEXO

    Universidade Paulista – Unip InterativaCoordenadoria de Estágios em Educação (CEE)

    Prática de Ensino: Integração Escola-Comunidade

    CARTA DE APRESENTAÇÃO

    ____________________, ___ de __________ de 20___

    O (a) aluno (a) ______________________________________________, RA:_______________,

    portador do RG n°_______________, regularmente matriculado (a) no curso de:_______________,da Universidade Paulista – Unip Interativa, no Polo _________________________________, no______ semestre, está cursando a disciplina Prática de Ensino: Integração Escola – Comunidade, aqual solicita como forma de avaliação a elaboração das seguintes atividades:

    1) Relatório de caracterização de uma escola e da comunidade em que ela se insere;

    2) Projeto de integração entre a escola e a comunidade (buscando atender ao menos uma dasnecessidades e expectativas observadas nas caracterizações).

     Vale ressaltar que para a realização das atividades desta disciplina, no contexto específico dasatividades de ensino-aprendizagem, será necessário que o aluno da Unip Interativa  ingressediretamente em uma unidade escolar. As atividades previstas exigem a permanência do aluno por umcurto período de tempo dentro da escola, para a observação de diversos aspectos.

    Dessa forma, o estudante dará início à sua inserção no ambiente escolar, podendo compreendermelhor a realidade do seu futuro campo de atuação e entender como programar suas futuras atividades.

    Importante: O projeto elaborado no âmbito desta disciplina não será aplicado neste semestre,apenas

    elaborado no papel. Entretanto, caso o aluno realize seu estágio na escola no próximo semestre e optepor aplicá-lo para redução de carga horária de estágio, com a autorização da direção, sua aplicaçãoserá benéfica para todos os agentes envolvidos no processo. A escola certamente se beneficiará daintegração, bem como a comunidade.

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    33/38

    33

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    34/38

    34

    Unidade I

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    35/38

    35

    PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    36/38

    36

    Unidade I

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    37/38

  • 8/21/2019 Prática de Ensino - Integração Escola-comunidade (1)

    38/38

    Informações:

    www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000