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A prática da Enfermagem na comunidade Enfª Adalgisa Alves

A prática da Enfermagem na comunidade

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Page 1: A prática da Enfermagem na comunidade

A prática da Enfermagem na comunidade

Enfª Adalgisa Alves

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Ementa

• Fazer uma reflexão acerca do crescimento da necessidade de assistência à saúde na comunidade; o cuidado domiciliar.

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- O cuidado com base na comunidade não é um conceito novo na Enfermagem.

- A Enfermagem desempenhou um papel fundamental na comu-

nidade entre a metade e o final de 1.800 .

- Os cuidados de Enfermagem com base na comunidade e domiciliar, que tradicionalmente tem focalizado a promoção da saúde, a saúde materna e infantil e os doentes crônicos, agora estão se expandindo para atender as necessidades de muitos outros grupos de pacientes, com uma variedade de problemas e necessidades.

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- A prática de Enfermagem com base na comunidade preocupa-se com o cuidado geral e abrangente da comunidade mais ampla,com ênfase na prevenção primária, secundária e terciária.( Cookfair, 1996)

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- O cuidado domiciliar dirige-se basicamente aos grupos de pacientes específicos, com necessidades identificadas, comumente relacionadas a doença, traumas ou debilidade resultante da idade avançada ou doença crônica.

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- A prática de Enfermagem de saúde comunitária/pública concentra-se em promover e manter a saúde da população e em impedir e minimizar o avanço da doença.

- Níveis de cuidados preventivos utilizados pela Enfermagem na comunidade:

- PREVENÇÃO PRIMÁRIA: concentra-se na promoção da saúde e na proteção contra problemas de saúde.

- Abrange prescrições como educação para a saúde no tocante a estilos de vida saudáveis.

- PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: concentra-se na manutenção da saúde e visa a detecção precoce, minimizando a perda de função e independência.

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- Abrange prescrições como controle da saúde e avaliação de risco de saúde.

- PREVENÇÃO TERCIÁRIA: concentra-se na reabilitação para auxiliar os pacientes e alcançar seu potencial máximo, trabalhando através de seu desafio físico ou psicológico.

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- A assistência domiciliar constitui uma atividade básica a ser realizada em Atenção Primária à Saúde para responder às necessida-

des de assistência de pessoas que, de forma temporária ou permanente, estão incapacitadas para deslocarem-se aos serviços de saúde.

- É preciso resgatar e potencializar as ações dessa modalidade de assistência e analisar em profundidade suas indicações concretas em razão das características da comunidade atendida e dos recursos disponíveis para assistir as pessoas com diferentes graus de incapacidade.

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- A OMS define Assistência domiciliar como “a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Podem ser classificados como preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos”

- Com a implantação da ESF, a assistência domiciliar passou de uma assistência pontual com conotações exclusivamente sanitárias, a ser parte de um processo de atenção continuado, integral e multidisciplinar no qual se realizam funções e tarefas sanitárias, assistenciais e sociais, dentro da lógica da vigilância á saúde.

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- As mudanças sociodemográficas, junto com outros fatores: novas técnicas assistenciais, o crescimento dos gastos por hospitalização e a busca de um cuidado mais humanizado mantendo a pessoa enferma sempre que possível em seu contexto familiar habitual tem reforçado a assistência domiciliar.

- Apesar de tais mudanças e necessidades,existem ainda

dificuldades tanto na organização e operacionalização, quanto na destinação de recursos humanos e materiais para um adequado desenvolvimento da assistência domiciliar.

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- Ainda que no âmbito da assistência domiciliar se preste atenção para qualquer tipo de enfermo, deve-se priori

zar os grupos vulneráveis.

- O processo de assistência domiciliar é complexo por várias razões, dentre elas:

1- Não é específico de uma patologia concreta nem de nenhuma faixa etária.

2- A demanda de assistência nem sempre é gerada pelo enfermo e sua família.

3- Requer em muitos casos, a prestação de serviços ou cuidados tanto assistenciais como sociais.

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4- Em razão do grau de complexidade dos cuidados a serem prestados pode ser necessária a colaboração e adequada articulação entre recursos da atenção secundária e terciária com a atenção primária.

5- É imprescindível que exista uma integração adequada com outros elementos e recursos que complementam a assistência.

6- Necessita a participação e apoio dos elementos familiares, da vizinhança e do uso de uma rede de apoio disponível.

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Alguns conceitos fundamentais

-1- Assistência domiciliar: efetivação de todo e qualquer atendimento no domicílio, realizado por profissionais que integram a equipe de saúde. Pode ser dividida em algumas modalidades.

1.1- Atendimento domiciliar: cuidado prestado no domicílio, para pessoas com problemas agudos e que em função disto estejam temporariamente impossibilitadas de comparecer à UBS.

1.2- Internação domiciliar: cuidado no domicílio de pacientes, com problemas agudos ou egressos de hospitalização, que exijam uma atenção maior, mas que

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possam ser mantidos em casa, desde que disponham de equipamentos, medicamentos e acompanhamento diário pela equipe da UBS e a família assuma uma parcela de cuidados. Esse atendimento não substitui a internação hospitalar.

1.3- Acompanhamento domiciliar: cuidado no domicílio para pessoas que necessitem contato frequentes e programáveis com os profissionais da equipe.

1.4- Vigilância domiciliar: decorrente do comparecimento de um integrante da equipe até o domicílio para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população de sua área de responsabilidade.

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2- Cuidador: pode ser um membro da família ou da comunidade que, idealmente, deve atuar como um colaborador para a equipe de saúde e a família.

É importante que as atribuições sejam claramente definidas entre equipe de saúde, família e cuidador, dentro de um processo continuado de troca de saberes, poderes e responsabilidades.

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3- Visita domiciliar (VD): é o instrumento de realização da assistência domiciliar, sendo constituído pelo conjunto de ações sistematizadas para

viabilizar o cuidado a pessoas com algum nível de alteração no estado de saúde ou para realizar atividades vinculadas aos programas de saúde.

- Deve ser planejada, portanto antes de realizá-la o visitador deve:

- Ter claro os objetivos da visita.

- Conferir se o paciente a ser visitado está cadastrado na UBS, tendo prontuário.

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- Pesquisar e reunir todos os dados sobre o paciente ou a família que irá visitar.

- Avaliar qual o profissional indicado para aquela situação e se há necessidade de mobilizar outros recursos.

- Levar o material necessário.

- Registrar o atendimento no prontuário do paciente.

- Dar a equipe o retorno sobre o atendimento.

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Princípios que devem orientar a assistência domiciliar

1- Abordagem integral à família.

2- Consentimento da família, participação do usuário e existência do cuidador.

3- Trabalho em equipe e interdisciplinaridade.

4- Adscrição da clientela.

5- Inserção na política social local.

6- Estímulo a redes de solidariedade.

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Atribuições do Enfermeiro na assistência domiciliar

- Avaliar de modo integral, individual, familiar e social a situação do paciente.

- Avaliar as condições e infra-estrutura física do domicílio para a modalidade de assistência domiciliar requerida.

- Elaborar, com base no diagnóstico de Enfermagem, a prescrição dos cuidados.

- Identificar e treinar o cuidador domiciliar.

- Supervisionar o trabalho dos Técnicos de Enf. e ACS’s

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- Solicitar exames complementares, prescrever/transcrever medicações conforme protocolos estabelecidos nos programas do Ministério da Saúde e as disposições legais da profissão.

- Realizar os procedimentos de Enfermagem que requeiram maior complexidade técnica.

- Estabelecer comunicação participativa com a família.

- Comunicar a equipe de saúde as alterações observadas e avaliar periodicamente o desempenho da equipe de Enfermagem na prestação do cuidado.

- Dar alta dos cuidados de Enfermagem.

- Registrar os atendimentos.

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"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas quando tocares uma alma humana, seja apenas outra alma humana."

(Carl Gustav Jung)

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Obrigada pela atenção !