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Um Caminho Para a Qualidade de Vida Prácas Integravas e Complementares no SUS: PRÁTICAS INTEGRATIVAS - CUIDADOS INTEGRAIS À SAÚDE - PROMOÇÃO DA SAÚDE Um Caminho Para a Ampliando o conceito de saúde Pesquisa realizada comprova eficácia da UCIS A importância de investir na implantação de práticas e oficinas

Práticas Integrativas e Complementares no SUS: Um Caminho Para a Qualidade de Vida

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Autor: Ednaldo Pereira

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Um Caminho Para aQualidade de Vida

Práticas Integrativas e Complementares no SUS:

PRÁTICAS INTEGRATIVAS - CUIDADOS INTEGRAIS À SAÚDE - PROMOÇÃO DA SAÚDE

Um Caminho Para a

Ampliando o conceito de saúde

Pesquisa realizada comprova eficácia da UCIS

A importância de investir na implantação de práticas e oficinas

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Neste artigo pretende-se descrever a utilização das Práticas Integrativas e Complementares em uma unidade de saúde do SUS, localizada na cidade de Recife-PE, no período de 2005 a 2007. Inicialmente se apresenta um pequeno histórico sobre a promoção da saúde no âmbito das práticas integrativas e complementares no Brasil. A seguir, apresenta-se a Unidade de Cuidados Integrais à Saúde - UCIS, com um resumo das práticas e oficinas realizadas. Em seguida, a partir de um levantamento realizado é traçado um perfil sócio-economico dos usuários e o motivo do encaminhamento, com as queixas e patologias mais frequentes. Na discussão dos resultados se evidenciam uma população constituída prioritariamente por mulheres (83%), com renda mensal entre 03 e 04 salários mínimos (51%); apontando ainda, entre outros problemas de saúde, a “dor” como a queixa mais freqüente (26%). Finaliza-se oferecendo reflexões e sugestões para a implantação das UCIS no âmbito do Sistema Único de Saúde.

AUTOREdnaldo Pereira da Silva: Psicólogo, Especialista em Saúde Coletiva e Sociedade pela Faculdade de Tecnologia

Internacional - FATEC.

Esta publicação se refere ao trabalho de conclusão do curso - TCC, do curso de Especialização em Saúde Coletiva e Sociedade do IBPEX, que teve como orientador o professor Jailson Lopes de Sousa, cirurgião dentista e mestre em saúde coletiva - Recife 2010.

Ednaldo Pereira da Silva

Psicólogo graduado pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda - FACHO (1988). Especialização em

Saúde Coletiva e Sociedades pela Faculdade de Tecnologia Internacional - FATEC (2010). Especialização em

Psicologia Clínica pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda - FACHO (1998). Possui experiência na área

de Gestão Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas Públicas de Ressocialização, Educação,

Saúde Coletiva e Psicologia Clínica.

[email protected] - 8726-7422 / 83 - 8770-7670

Todos os direitos reservados ao autor, conforme registro: FBN - EDA nº 497-220, livro 940, folha 359. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou gravações, assim como traduzida, sem a permissão por escrito do seu autor. De acordo com a Lei 9.610/98, os infratores poderão ser punidos. Todo o conteúdo, pesquisa e citações são de inteira responsabilidade do autor.

Práticas Integrativas e Complementares no SUS: Um Caminho para a Qualidade de Vida - Tiragem: 5000 mil exemplares Projeto Gráfico e Diagramação: EstampaPB - Ilka Cristina Nascimento da Silva (83) 3042-0806 - Recife, 2014

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Ampliando o conceito de

saúde“A crise experimentada pela

ciência em geral, incapaz de prover respostas a várias questões da maior importância, tanto no plano indivi-dual como sócio-cultural, tem pro-duzido duas atitudes positivas: a di-minuição da arrogância que percebia todos os demais saberes como algo inferior e algum interesse dirigido para o entendimento e preservação de formas alternativas de saber”. ¹

Nessa perspectiva trabalhamos com um conceito de saúde constru-ído dentro de sociedades que, além da produção, possuem certas formas de organização da vida cotidiana, da sociabilidade, da afetividade, da sensualidade, da subjetividade, da cultura e do lazer, das relações com o meio ambiente. Ë antes resultante do conjunto da experiência social, individualizado em cada sentir e vi-venciado num corpo que é também, não esqueçamos, biológico. ²

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem estimulando o uso da Medicina Tradicional / Me-dicina Complementar / Alternati-va nos sistemas de saúde de forma integrada às técnicas modernas da Medicina Ocidental e que em seu

documento “Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002-2005” preconiza o desenvolvimento de políticas de saúde observando os requisitos de segurança, de eficácia, de qualidade, de uso racional e de acesso. 3,4-6

A Portaria Ministerial N° 971/GM, de 3 de maio de 2006 que aprova a Política Nacional de Prá-ticas Integrativas e Complementa-res (PNPIC) no SUS, aponta como principais práticas a Acupuntura, a Homeopatia, a Fitoterapia, o Ter-malismo e a Medicina Antroposófi-ca, entre outras terapias de harmo-nização corpo e mente. 3,4-6

Práticas Integrativas e Com-plementares - PIC são técnicas que visam assistência e a saúde do indi-

víduo, seja na prevenção, tratamen-to ou cura, considerando-o como mente / corpo / espírito e não um conjunto de partes isoladas. Seu ob-jetivo, portanto, é diferente daque-les da assistência alopática, também conhecida como medicina ociden-tal, em que a cura da doença deve ocorrer através da intervenção dire-ta no órgão ou parte doente. 7

As PIC têm alcançado um de-senvolvimento excepcional nas últimas décadas. Alheia à falta de comprovação científica de muitas práticas e às discussões entre médi-cos e outros profissionais da saúde sobre quais categorias são aptas para as utilizarem, uma grande parcela da população de muitos países vem aderindo a estas formas de tratamen-to. Conforme, Astin appud Esper (2009), “entre 30% e 50% da popula-ção adulta de países industrializados utilizam alguma forma de PIC para prevenir ou tratar algum problema relacionado à saúde. Em uma pes-quisa realizada entre os anos de 1997 e 2002 nos Estados Unidos estima-se que 35% da população adulta (cerca de 72 milhões de pessoas) deste país utilizam algum tipo de PIC”. 7

Aula prática de Lian Gong

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Estudos recentes afirmam uma tendência mundial de crescimento de práticas não convencionais no campo da saúde, e de legislação para sua integração nos sistemas nacio-nais de saúde. Assim, as PIC vêm sendo gradativamente inseridas no Sistema Único de Saúde, como pre-vê a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Todavia, embora essa temática esteja também incluída na Agenda Nacional de Prioridades de Pesqui-sa em Saúde, há escassez de estudos publicados nessa área. A Organi-zação Mundial da Saúde aponta como grandes desafios a realização de estudos de custo-efetividade, bem como de segurança, eficácia e qualidade de tais práticas, além de estabelecer as situações clínicas nas quais elas podem ser aplicadas. 7- 9

Promoção da Saúde no Âmbito das Práticas Integrativas e Complementares no Brasil

As transformações ocorridas principalmente a partir das décadas de 1950 e 1960, na estrutura econô-mica brasileira, sobretudo o avanço do processo de industrialização, de-terminaram significativas alterações na esfera social, política, demográ-fica e epidemiológica. As cidades cresceram, inchando seus espaços periféricos e não satisfazendo as necessidades existenciais de seus habitantes. A partir de então, as mu-danças ocorridas no processo de tra-

balho (posição na ocupação, ritmo, numero de horas trabalhadas, etc.) alteraram significativamente a dinâ-mica do modo de vida da população. Verificaram-se, ainda, transforma-ções no estilo (tabagismo, consumo de álcool, comportamento sexual, atividade física, locomoção, tempo dedicado a lazer, medicalização, etc.) e nas condições de vida (alimenta-ção, habitação, saneamento, acesso à água, destino do lixo, educação, aces-so a bens e serviços, etc.) Na pers-pectiva epidemiológica diminuíram as taxas de mortalidade por doenças

infecciosas e parasitárias e se elevou a mortalidade por doenças crônico--degenerativas. Todavia, no Brasil, ao contrário do que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, não houve para toda a população, me-lhoria nas condições de vida. Este fato contribuiu para que houvesse sobretudo no perfil de morbidade, a persistência e/ou recrudescimento das doenças, óbitos e agravos iden-tificados com o atraso: desnutrição, doenças carências e doenças infec-ciosas e parasitárias. 10

Uma grande parcela da popu-

Ampliando o conceito de saúde

Aula prática de Lian Gong Sessão de Acupuntura

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lação passou a ser exposta simulta-neamente a esses riscos e a outros advindos com a “modernidade”: acidentes de trabalho, doenças do aparelho circulatório, transtornos emocionais, neoplasias e agravos e mortes violentas. O enfrentamento desses problemas pela população e serviços de saúde implica na maioria dos casos, no uso diário de medica-mentos caros e indutores de muitos efeitos colaterais e em um número significativo de casos, não sobrevém o alívio do sofrimento. 10, 11

Neste sentido, a adesão a ou-

tras práticas terapêuticas pela po-pulação tem sido cada vez mais ob-servada. Algumas dessas práticas às quais a população adere, como acupuntura, homeopatia, fitotera-pia, antes marginalizadas, ocupam agora lugar de destaque nos dis-cursos médico-institucionais e nas políticas de saúde. 7, 12, 13

Dados levantados, no ano de 2006, apontavam que 19 capitais e 232 municípios do país já adota-vam uma ou mais dessas práticas. O Distrito Federal faz parte do seleto grupo de unidades que têm práticas

integrativas de saúde disponíveis na atenção básica de todas Regionais. O Núcleo de Medicina Natural e Tera-pêutica de Integração - Numenati, oferece aos pacientes da rede pública Shantala, automassagem, Lian Gong, meditação e Tai Chi Chuan . 12,13

Considerando ainda, a Portaria Nº. 971/GM, 2006, entende-se que a construção da saúde individual e coletiva busque possuir: capacidade para responder ao sofrimento mani-festo, o que depende tanto da postura dos profissionais, como da organiza-ção dos serviços; postura não redu-cionista frente à necessidade de ações e serviços de saúde apresentada pelos sujeitos; capacidade de apreensão ampliada das necessidades de ações de saúde, no contexto de cada encon-tro, por meio do olhar atento; e por fim, reconhecimento e defesa da in-tersubjetividade inerente às práticas em saúde, que fundamentalmente envolvem uma dimensão dialógica ou de negociação, entre profissionais e usuários, quanto à definição dos projetos terapêuticos. 6, 14

A partir dessa perspectiva bus-cou-se descrever o funcionamento de uma unidade de saúde volta-da para a aplicação dos conceitos acima descritos, apresentando um pequeno perfil sócio-econômico de sua clientela e o motivo do enca-minhamento com as queixas e pa-tologias mais freqüentes. Com isso esperamos demonstrar, de forma concreta, a importância da introdu-ção das práticas integrativas e com-plementares no SUS, como propos-ta de promoção da saúde.

Aula prática Tai Chi Chuan

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Pesquisarealizada comprova eficácia da UCIS

Salão de Práticas

Recepção

No presente estudo, foi reali-zado um levantamento na ficha de triagem dos usuários atendidos na Unidade de Cuidados Integrais à Saúde Professor Guilherme Abath – UCISGA, no período de janei-ro de 2005 a dezembro de 2007. A amostra constou de 3.160 usuários que se submeteram a triagem multi-profissional no período em questão.

As variáveis investigadas foram: a) sócio-econômicas: sexo, idade, renda familiar; unidade de origem e Distrito Sanitário; b) motivo do encaminhamento: queixas e patolo-gias mais frequentes.

Os dados individuais foram coletados através das fichas de triagem de usuários que se encon-tram nos arquivos da UCISGA; e

o quantitativo de procedimentos no mapa de atendimentos enviado pela unidade, para fins de produti-vidade, à base de dados da Secreta-ria de Saúde da Cidade do Recife.

Para classificar as queixas e pa-tologias mais freqüentes utilizou-se a descrição por categorias de sinto-mas de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Do-enças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 10).

Na realização da coleta de da-dos não foi necessário entrevistar técnicos e usuários, visto que se tratava de uma série histórica 15. Fo-ram realizadas visitas para pesquisa nos arquivos da unidade, incluindo

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Sala de espera

então, o contato com os funcioná-rios e a gerência.

Os dados quantitativos foram digitados e apresentados através de gráficos e tabelas. Para tanto foi uti-lizada a ferramenta Microsoft Offi-ce Excel 2007.O referido estudo foi submetido ao comitê de ética do Hospital da Restauração – Recife – PE, conforme a Resolução nº. 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde.

Unidade de Cuidados Integrais à Saúde - UCIS

Implantada em setembro de 2004 e inserida no projeto Práticas de Promoção à Saúde da Secretaria de Saúde da Prefeitura da Cidade do Recife, a Unidade de Cuidados Integrais à Saúde - UCIS - Prof. Guilherme Abath, está localizada no Distrito Sanitário II que corres-ponde a uma população de aproxi-madamente 270.000 habitantes. 16

Forma de Funcionamento

Os usuários são encaminha-dos pela Estratégia de Saúde da Família - ESF, Policlínicas, Centros de Saúde, Centros de Atenção Psi-cossocial - CAPS e outras unidades da rede pública de saúde. As tria-gens são agendadas por telefone, pelo usuário ou pela unidade de origem, e ocorrem de segunda à sexta feira, no horário das 7:30 às 17:30h.

O processo de triagem cons-ta de uma entrevista semi-aberta realizada por equipe multipro-fissional, composta por: médicos homeopatas, médicos acupuntu-ristas, farmacêutica e nutricio-nistas; a mesma tem como ordem de prioridade o levantamento dos dados pessoais e sócio-econômi-cos, motivo da consulta, informa-ções complementares e o estabe-lecimento do plano terapêutico inicial.

Após a triagem, os usuários

são encaminhados para o grupo de acolhimento, realizado pelos profissionais de cada prática. Na ocasião, são prestadas informa-ções e esclarecimentos sobre a prática a ser realizada e ouvidas as necessidades relacionadas ao mo-tivo do atendimento, confirman-do ou não a indicação terapêutica da triagem.

Quinzenalmente são realiza-das reuniões técnicas com toda a equipe, com o objetivo de discutir casos clínicos, debater assuntos de interesse da unidade e da rede as-sistencial.

O tratamento em cada práti-ca dura em média 04 meses; após esse período, é facultado ao usu-ário um espaço de escuta, deno-minado grupo de egresso. É um espaço para incentivar a manu-tenção do estilo de vida que incor-pora o modelo de saúde integral, tirar dúvidas, rever os exercícios aprendidos e avaliar o desapare-cimento ou alívio das queixas ini-cialmente apresentadas.

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Caracterização da pesquisa realizada

Principais AtividadesAs práticas e oficinas são de-

senvolvidas por profissionais habi-litados através das profissões regu-lamentadas já existentes no SUS; e por instrutores com formação com-provada, contratados para esta fina-lidade. 17, 18

PráticasHomeopatia é um sistema te-

rapêutico desenvolvido pelo médi-co alemão Samuel Hahnemann no século XVIII, baseado no princípio da semelhança, isto é, um medica-mento que é capaz de provocar sin-tomas em um indivíduo são, é tam-bém capaz de curar esses mesmos sintomas em um indivíduo doente. Os medicamentos são de origem animal, vegetal e mineral. Na con-sulta homeopática o paciente é visto como um todo, o que é feito através da anamnese dos sintomas físicos e emocionais. A unidade possui uma farmácia que manipula e disponibi-liza a medicação Homeopática para os pacientes atendidos.

Acupuntura, modalidade te-rapêutica utilizada originalmente pela medicina tradicional chinesa, hoje adequadamente integrada à prática médica convencional. Fun-ciona através da estimulação de pontos específicos no corpo do in-divíduo, onde se utiliza agulhas, calor (moxabustão), ventosas, laser e massagens. Constitui-se um va-lioso recurso terapêutico, tanto no aspecto assistencial, como preventi-

vo, com atuação integrada às outras especialidades médicas. Dentro da concepção chinesa, a acupuntura tem como princípio o equilíbrio fí-sico e mental do indivíduo.

Bioenergética, considerada uma especialidade da Psicologia, trabalha através do verbal, corporal e respiração os conteúdos emocionais. São utilizados exercícios específicos, com o objetivo de distensionar e fa-cilitar a expressão dos sentimentos. É principalmente indicada, para pessoas com problemas emocionais e doenças psicossomáticas.

Lian gong (pronuncia-se lian cum) é um tipo de ginástica tera-pêutica com 17 exercícios, desen-

volvida na China, pelo Dr. Zhuang Yuen Ming, médico ortopedista da Tradicional Medicina Chinesa, na década de 60. Tem como objetivo o tratamento e prevenção das algias, disfunções dos órgãos internos e restabelecimento do equilíbrio emocional.

Tai chi chuan, é definido como “a arte da meditação em movimen-to”, os movimentos flexíveis e lentos do Tai chi chuan promovem a har-monização das energias Yin e Yang através da coordenação entre a consciência e a respiração, liberan-do as tensões corporais. Seu efeito terapêutico se faz sentir sobre a saú-de física e no equilíbrio emocional.

Sessão de acupuntura

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FONTE: Serviço de Triagem da UCIS

ANO TOTAL %

2005 1.339 42,0

2006 895 28,0

2007 926 30,0

TOTAL 3.160 100,0

Resultados encontradosDe acordo com a pesquisa realizada nos arquivos da UCIS, verificamos

que no período de 2005 a 2007 foram realizadas 3.160 triagens, distribuídas ano a ano conforme tabela abaixo:

Tabela 1 - Distribuição das triagens realizadas na UCIS Recife-PE, no período de 2005 a 2007.

Yoga, originária da Índia, é uma prática milenar com cerca de 5.000 anos de existência. Propõe a evolução global e contínua das ca-pacidades humanas físicas, mentais e espirituais, e possui a concepção de homem como ser de totalidade e relações (pensamento, emoção e outras ações interligadas). O Tan-tra Yoga trabalha com exercícios corporais que levam ao equilíbrio e energização dos 7 centros energéti-cos principais, os Chacras .

Nutrição, considerando-se a importância de uma boa alimenta-ção para uma melhor qualidade de vida e a prevenção de doenças, são realizadas palestras e consultas com nutricionistas que examinam o esta-do nutricional dos usuários, avaliam os fatores relacionados com proble-mas de alimentação, elaborando car-dápios e dietas especiais com suges-tões sobre a introdução gradativa de produtos naturais mais nutritivos e econômicos para a população.

Oficinas Fitoterapia é considerada a mais antiga prática terapêutica da humani-

dade de que se tem registro. Nas oficinas são ensinadas manipulações casei-ras com base em critérios de segurança e eficácia, utilizando as espécies de plantas medicinais mais comuns na região.

Alimentação saudável supervisionadas por nutricionistas, são oficinas que buscam ensinar a população a aproveitar todas as partes dos alimentos utilizados no seu dia-a-dia (talos, cascas, folhas e sementes), como também, o desenvolvimento de novos hábitos alimentares.

Automassagem, através de exercícios físicos e de relaxamento, busca desenvolver nas pessoas a capacidade de realizar em si mesmo uma sessão completa de massagem, como forma de promover o alívio de dores e ten-sões acumuladas.

Dança e percussão, oficinas onde os participantes através da utilização de instrumentos musicais de percussão e da dança, trabalham o ritmo, o som, os movimentos corporais, associados à música étnica, buscando pro-mover a liberação das tensões e equilíbrio emocional. 17

Como se pode observar na tabela 1, houve uma redução no número de tria-gens realizadas em 2006, com 895 atendimentos e em 2007 que apresentou 926 atendimentos, quando comparados ao ano de 2005, com 1339 atendimentos.

Essa diminuição pode ser explicada devido à mudança na forma de en-caminhamento para a unidade. Em março de 2006 os atendimentos deixa-ram de ser realizados por demanda espontânea, e passaram a ser referencia-dos pela rede pública de saúde.Oficina de alimentação saudável

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Caracterização da pesquisa realizada

Pode-se afirmar que existe predominância entre as idades de 40 a 59 anos (42%) dos usuários atendidos, embora se verifique também uma significativa quanti-dade de pessoas situadas na faixa de 20 a 39 anos de idade (27%). A demanda da UCIS portando, encontra--se situada principalmente nestes dois grupos, que re-presenta 69%, ou seja, pessoas em idade produtiva do ponto de vista profissional.

Tabela 4 - Distribuição dos usuários segundo a ren-da familiar atendidos pela UCIS Recife-PE, no período de 2005 a 2007.

Em 2007, constata-se uma leve recuperação no número de triagens realizadas, o que aponta para uma melhoria no entendimento da rede de saúde sobre as práticas oferecidas pela UCIS. Verificou-se, também, devido à referenciação da rede, uma maior qualificação da demanda, ano a ano, acompanhada de uma gradativa ampliação na oferta de serviços.

Tabela 2 - Distribuição dos usuários segundo sexo atendidos pela UCIS Recife-PE, no período de 2005 a 2007.

Oficina de percussão e dança

FONTE: Serviço de Triagem da UCIS

2005 2006 2007 TOTAL %

Na distribuição da clientela por sexo, houve uma diferença significativa no que se refere às mulheres (83,0%), sendo os homens em menor número, apenas (17,0%). (Tabela 2).

A respeito desse resultado, seria importante que fosse desenvolvido um estudo mais aprofundado, so-bre o que leva a clientela do sexo feminino procurar em maior número os serviços da UCIS e qual o motivo da menor procura por atendimento, de usuários do sexo masculino.

Tabela 3 - Distribuição dos usuários segundo faixa etária atendidos pela UCIS Recife-PE, no período de 2005 a 2007.

SEXO

FEMININO MASCULINO

TOTAL

1.107 747 763 2.617 83,0

232 148 163 543 17,0

1.339 895 926 3.160 100,0

FONTE: Serviço de Triagem da UCIS

IDADE 2005 2006 2007 TOTAL %

0-19 127 92 105 324 10,020-39 367 251 230 848 27,040-59 573 357 402 1.332 42,060 ou + 272 195 189 656 21,0TOTAL 1.339 895 926 3.160 100,0

SALÁRIO MÍNIMO 2005 2006 2007 Total %

Menos de 01 9 169 174 352 11,0

Um 214 35 37 286 9,0

Dois 309 179 185 673 21,0

Três 301 275 285 861 28,0

Quatro ou + 304 207 214 725 23,0

NÃO INFORMADA 202 30 31 263 8,0

TOTAL 1.339 895 926 3.160 100,0

FONTE: Serviço de Triagem da UCIS

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Para determinar o nível sócio-econômico, foi uti-lizada como referência a quantidade de salários míni-mos recebidos. O estudo apontou que houve uma pre-dominância na faixa compreendida entre três e quatro salários totalizando (51,0%) seguidos de renda com dois salários (21,0%); chamou atenção a quantidade de usuários com renda com quatro ou mais salários (23%) o que sugere que as PIC, são mais conhecidas e procu-radas pela classe média da sociedade.

Oficina de Fitoterapia

Motivo da ConsultaAbaixo, descrevemos as principais queixas apresen-

tadas, partindo do princípio de que um mesmo usuário poderia apresentar uma ou mais, queixa ou patologia.

Tabela 4 - Distribuição do total de queixas apre-sentadas na triagem segundo categorias de sintomas da clientela da UCIS Recife-PE, no período de 2005 a 2007.

Analisando o tipo de problemática apresentada pelos usuários dentro das principais queixas relatadas, nota-se um predomínio da dor (dores musculares, ar-troses, artrites, doenças reumáticas, enxaquecas) com 26% do total, seguidos pelas queixas associadas à obe-sidade e aos distúrbios metabólicos (diabetes mellitus, dislipidmia, desnutrição) com 23%; imediatamente após, estão os problemas relacionados à ansiedade e transtornos mentais (Insônia, depressão) com 22%; também são citadas as queixas relacionadas à Hiper-

FONTE: Serviço de Triagem da UCIS

QUEIXAS /PATOLOGIAS 2005 2006 2007 TOTAL %

Dor 761 433 442 1.636 26,0

Obesidade / Distúrbios Metabólicos 519 474 478 1.471 23,0

Ansiedade / Transtornos Mentais 667 396 376 1439 22,0.Hipertensão / Transtornos Cardiovasculares 317 234 267 8.18 13,0

Alergia / Transtornos Respiratórios 164 141 135 440 7,0

Gastrite / Transtornos do Aparelho Digestivo 137 73 63 273 4,0

Menopausa / Queixas Ginecológicas 78 61 37 176 3,0

Artrite / Doenças Reumáticas 18 25 22 25 0,5

Neurológicas 16 21 15 21 0,5

Outras 130 59 60 59 1,0

TOTAL 2.807 1.917 1.895 6.358 100,0

tensão e outros transtornos cardiovasculares (doença coronariana, arritmia) com 13%, e as alergias e trans-tornos respiratórios (renite, asma) com 7%. Apresen-taram-se ainda, só que em menor número: Gastrite e Transtornos do aparelho digestivo (constirpação in-testinal) com 4%, Menopausa e queixas relacionadas à saúde da mulher (cólica menstrual, dismenorréia, cis-to mamário, mioma, infecções vaginais) com apenas 3%. Também foram citadas algumas queixas de ordem neurológica.

Aula prática de Lian Gong

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Nos últimos anos a população brasileira, em função das políticas de governo, tem tido a possibilida-de de acesso às condições básicas de educação e distribuição de renda com o Programa Bolsa Família, e as ações de enfrentamento aos proble-mas de saúde, através da Estratégia do Saúde da Família. Com isso, bus-

A importância de investir na implantação de práticas eoficinas

cou-se superar, ainda que timida-mente, as mazelas sociais herdadas do século passado.

Quando se aponta as Práti-cas Integrativas e Complementares como uma estratégia de promoção da saúde, nota-se que elas estão sin-tonizadas com os princípios nortea-dores do SUS. Sua aplicação repre-

senta, de maneira concreta, a busca da Integralidade dentro de um con-ceito ampliado de saúde, como apontado no início deste trabalho.

Diferentemente da abordagem feita pelo modelo hegemônico que objetiva a eliminação ou ausência da doença, o projeto da UCIS se concentra no restabelecimento do equilíbrio do indivíduo como ser integral, buscando prevenir o apa-recimento de algumas doenças ad-vindas da “modernidade”. Muitas vezes é mais fácil tomar um medi-camento para aliviar um sintoma, do que procurar compreender o que o organismo nos quer comuni-car. Outro aspecto bastante positivo da UCIS é o trabalho com grupos, pela possibilidade de aproximar as pessoas da comunidade e de com-partilhar suas experiências.

Ainda se for considerada a de-manda, o Projeto da UCIS, ao longo dos 03 anos pesquisados, apresen-tou um aumento significativo no número de procedimentos realiza-dos, totalizando 62.408; esses pro-cedimentos corresponderam ao so-matório das triagens, atendimentos individuais e em grupo. Em 2005 os

Atividade educativa

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A importância de investir na implantação de práticas eoficinas

números, acima referidos, foram de 15.545 procedimentos; no ano de 2006, totalizaram 25.011; e em 2007, continuou o crescimento atingindo 30.265 procedimentos. Isso pode indicar uma maior adesão da popu-lação à proposta de atenção integral à saúde; pode significar também, uma resposta ao alívio de queixas e sintomas, inicialmente apresenta-dos, pelos usuários, assim como, a descoberta de uma nova maneira de cuidar de si mesmo.

Por fim, podemos considerar que a dinâmica de funcionamento de uma UCIS, aproxima-se, ao de uma unidade básica de saúde, no que diz respeito a sua estrutura físi-ca e de recursos humanos, sem de-pender, necessariamente, do acesso às tecnologias. Seu baixo custo de implantação e a capacidade de aten-dimento, já que prioriza o trabalho nos grupos, pode significar uma fa-cilidade de acesso na assistência e promoção da saúde. Se tomarmos como exemplo, em uma única ofi-

cina de automassagem, que dura em torno de 90 minutos, nela po-dem participar 80 ou mais pessoas. Isso se estende também, ao Tai Chi Chuan e ao Lian Gong, com cerca de 40 participantes por sessão.

Outro aliado impor-tante para disseminação das Práticas Integrativas e Complementares no SUS, e sua consequente referenciação às UCIS, é a Estratégia do Saú-de da Família que pode integrar ações de orientação e de qualificação em PIC, através da Educação Per-manente; e do p r o v i m e n t o do acesso aos medicamentos homeopáticos e fito-terápicos.

Por tudo isso, não podemos deixar de perceber o momento fa-

vorável que a população brasileira tem de reafirmar sua confiança no Sistema Único de Saúde, o qual tem recebido as mais diversas críticas, principalmente em relação ao aces-so. O Projeto da UCIS não tem a pretensão de resolver essa questão, todavia, utilizando-se de uma visão de clínica ampliada e acolhendo os diversos saberes, representa um avanço na promoção da saúde jun-to à população.

Aula prática Tai Chi Chuan

Oficina de automassagem

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REFERÊNCIAS

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Sobre o autor________________________________________

Produção bibliográfica

Artigos completos publicados em periódicos

A CLIENTELA INFANTIL DA CLÍNICA DE PSICOLOGIA DA FACHO: UM PERFIL FAMILIAR E PSICOLÓGICO. Revista Symposium, 1999; AVALIAÇÃO DE RESULTADOS NO ATENDIMENTO PSICOLÓGICO A CRIANÇAS SUBMETIDAS AOS EXAMES DE MIELOGRAMA E/OU PUNÇÃO LOMBAR. Revista Âmbito Hospitalar, 1994; ASPECTOS PSICOLÓGICOS, OBSERVADOS EM DOADORES, RELACIONADOS À COMUNICAÇÃO DA INFECÇÃO PELO HTLV-1. Boletim da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (Impresso) Revista Brasileira de Hematologia e Hemo, 1994.

Livros publicados/organizados ou edições

RELATÓRIO FINAL SOBRE A PESQUISA DIREITOS HUMANOS E A GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA. CCS Grafica e Editora, 2009.

Outras produções bibliográficasRelato de Experiência na implantação de Práticas Integrativas e Complementares em um Distrito Sanitário da Cidade do Recife. Webartigos, 2011.

Recife/PE2014