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Prefeito ISSY QUINAN JÚNIOR
Vice-Prefeito
TORMIM CHAVES NETO
Presidente da Câmara Municipal CLEIDSON GONÇALVES MASCARENHAS
Secretário Municipal de Educação
CARLOS DE SOUZA LÔBO
Presidente do Conselho do FUNDEB NILZA AMÉLIA MACHADO CAIXETA
Presidente do Conselho Municipal de Educação
MARILMA POSSE DE SIQUEIRA
Comissão Executiva e de Sistematização de Plano Municipal de Educação
de Vianópolis, conforme Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014.
Secretário Municipal de Educação 1. Carlos de Souza Lobo
Representante do Conselho Municipal de Educação
1. Marilma Posse de Siqueira
Representante do Legislativo 1. Kléber Pereira de Oliveira
Representante dos Diretores Municipais
1. Valéria Cotrim Correa
Representante de Pais de Alunos da Rede Municipal 1. Márcia Correa de Siqueira Canedo
Representante da Secretaria Municipal de Educação
1. Célia Maria Matos de Oliveira Gomes 2. Mara Juliana Guimarães Ávila
Representante do Sindicato dos Servidores Públicos de Vianópolis
1. Rildo Batista de Souza
Representante do Executivo 1. Maria Lucélia Marinho
Representante do Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente
1. Núbia Odília de Oliveira Carvalho
Representante das Igrejas 1. Maria Angélica de Brito Caixeta
1 - Introdução
Vianópolis dá um grande salto de qualidade educativa ao elaborar,
de forma democrática e participativa, o Plano Municipal de Educação – PME,
para os próximos dez anos. O PME trata do conjunto da educação, no âmbito
Municipal, expressando uma política educacional para todos os níveis, bem
como as etapas e modalidades de educação e de ensino. É um Plano do
Município e não somente um Plano de Governo. Sua elaboração está
preconizada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei
13.005/2014, que em seu art. 8º declara: “Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou
adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes,
metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da
publicação desta Lei”.
Obedecendo ao princípio constitucional de gestão democrática do
ensino público, preconizada na Constituição Federal Art. 206, Inciso VII,
observando a gestão democrática de ensino e da educação, a garantia de
princípios de transparência e impessoalidade, a autonomia e a participação, a
liderança e o trabalho coletivo, a representatividade e a competência, foi
construído o presente Plano Municipal de Educação, um plano decenal. Ele
requereu, de todos nós, que dele participamos, clareza e objetividade a
respeito de qual educação queremos. Este processo de construção coletiva,
com a demonstração de um forte espírito de cidadania, autonomia e de
comprometimento, com a formação plena dos cidadãos, nos anima e nos
aponta para um caminho em que a educação é alicerce para o
desenvolvimento da sociedade do conhecimento, marca do século XXI.
O PME preconiza o que está posto no Plano Nacional de Educação.
De forma resumida, os principais aspectos norteadores abordados são: a
universalização do ensino, a elevação global do nível de escolaridade da
população de Vianópolis; a melhoria da qualidade do ensino em todos os
níveis; a redução das desigualdades sociais, no tocante ao acesso e à
permanência, na educação pública; e a democratização da gestão do ensino
público nos estabelecimentos oficiais.
Esperamos que o Plano Municipal de Educação de Vianópolis
aponte para uma Educação Plena, que contribua para a formação de cidadãos,
com uma nova visão de mundo, em condições para interagir, na
contemporaneidade, de forma construtiva, solidária, participativa e sustentável.
2 - Vianópolis-GO
3 - Histórico da Cidade
Vianópolis surgiu através de matas desbravadas e pontes erguidas,
do progresso na absorção da mão-de-obra, colocando cuidadosamente sob os
trilhos de aços as locomotivas na chegada da estrada de ferro em Goiás. Mas
antes de se tornar município, a região ficou conhecida como “Pouso do
Carreiro”, por ser o ponto de parada dos boiadeiros e tropeiros. Era também
chamada de “Cabeceira da Vereda”, devido ao córrego do mesmo nome. Mais
tarde, o lugar passou a ser chamado de “Estação Tavares”, que recebeu essa
denominação em homenagem à família Tavares, que na época era dona das
terras onde começou a cidade. Foi aí que o coronel Felismino de Souza Viana
logo adquiriu dois alqueires da área e deu início à formação da cidade. Daí o
nome Vianópolis, em homenagem ao fundador. Devido ao grande número
populacional da época, no dia 15 de maio de 1927 a cidade foi elevada a
Distrito de Bonfim. Mas a população não estava satisfeita e, em 19 de agosto
de 1948, pela Lei nº 115, foi criado o município de Vianópolis, durante o
governo de Jerônimo Coimbra Bueno. Atualmente, a cidade se destaca na
agropecuária, pelas grandes plantações de soja e milho, e pela pecuária de
leite, como maior destaque os pequenos produtores. Na formação
Administrativa Distrito criado com a denominação de Vianópolis, pela lei
municipal nº 121, de 16-05-1927, subordinado ao município de Bonfim. Em
divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Vianópolis, figura
no município de Bonfim. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas
de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. Pelo decreto-lei estadual nº 8305, de 31-12-
1943, o município de Bonfim passou a denominar-se Silvânia. No quadro fixado
para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Vianópolis, figura no
município de Silvânia ex-Bonfim. Elevado à categoria de município com a
denominação de Vianópolis, pela lei estadual nº 115, de 19-08-1948,
desmembrado de Silvânia. Sede no antigo distrito de Vianópolis. Constituído do
distrito sede. Instalado em 01-01-1949. Em divisão territorial datada de 1-VII-
1950, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 7174, de 05-11-
1968, é criado o distrito de Caraíba e anexado ao município de Vianópolis. Pela
lei complementar nº 46, de 07-02-1969, é extinto o distrito de Caraíba. Pela lei
estadual nº 8111, de 14-05-1976, é criado novamente o distrito de Caraíba e
anexado ao município de Vianópolis.
O município conta também com dois povoados, sendo estes Ponte
Funda e Adelinópolis.
4 - Demografia
A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de
2000 e 2010, à taxa de 1,06% ao ano, passando de 11.293 para 12.548
habitantes. Essa taxa foi inferior àquela registrada no Estado, que ficou em
1,85% ao ano e inferior à cifra de 1,93% ao ano da Região Centro-Oeste.
A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A
população urbana em 2000 representava 68,35% e em 2010 a passou a
representar 73,08% do total.
A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município.
Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que cresceu
3,7% em média ao ano. Em 2000, este grupo representava 8,2% da população,
já em 2010 detinha 10,6% do total da população municipal.
O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre
2000 e 2010, com média de -0,9% ao ano. Crianças e jovens detinham 29,2%
do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 3.293 habitantes.
Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 23,9% da população,
totalizando 3.001 habitantes.
A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu
crescimento populacional (em média 1,50% ao ano), passando de 7.081
habitantes em 2000 para 8.219 em 2010. Em 2010, este grupo representava
65,5% da população do município.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000 a 2010
5 – População
A população de Vianópolis, segundo último censo 2010, é de 12,548
habitantes, sendo que 6297 são homens e 6251 são mulheres. A densidade
populacional é de 13,2 habitantes/Km². A população do município aumentou
11% de 2000 a 2010, enquanto a população do estado aumentou em 20% e do
país em 12% no mesmo período. A figura 1 mostra esta evolução em
comparação comas populações do estado de Goiás e do Brasil, em forma de
gráfico, enquanto a tabela 1 mostra o mesmo em números absolutos.
Figura 1: Gráfico da evolução populacional de Vianópolis, Goiás e Brasil de
1991 a 2010.
Tabela 1: Evolução populacional de Vianópolis, Goiás e Brasil de 1991 e 2010
em números absolutos.
No período de 2000 a 2010 a expectativa de vida ao nascer aumentou de
71,72 para 74.10, conforme dados do Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM), acima dos índices registrados para o país que variaram de
68.61 a 73.94, no mesmo período, (Tab 2). Esse aumento da longevidade da
população de Vianópolis deve ser considerado, preponderante, no
planejamento das políticas públicas de promoção de saúde e prevenção de
incapacidades, pois futuramente poderá se tornar uma população com maior
dependência dos serviços públicos de saúde, (Tab. 2).
Tabela 2: IDHM e Esperança de vida ao nascer, Brasil e Município, 1991, 2000
e 2010.
IDHM – Longevidade 1991
IDHM – Longevidade 1991
IDHM – Longevidade 1991
Esperança de vida ao nascer 1991
Esperança de vida ao nascer 1991
Esperança de vida ao nascer 1991
Brasil 0,662 0,727 0,816 64,73 68.61 73.94
Vianópolis
0.700 0.779 0.818 67.02 71.72 74.10
Fonte: IBGE 1991, 2000 e 2010
Os indivíduos do sexo masculino representam 50.2% da população total
do município, enquanto do sexo feminino, 49,8%. Não havendo, portanto,
diferença significativa na distribuição dos mesmos. (TAB 3).
Tabela 3: proporção entre homens e mulheres distribuídos por faixa etária do
município de Vianópolis em números absolutos segundo último censo.
Fonte: IBGE 2010
O nível de reposição populacional é de 2,1 filhos/mulher. No município
houve uma redução nas taxas de fecundidade, de 2,46 pra 2.10 no período de
1991 a 2010. Nesse último, significativamente, superior que do nível nacional,
entretanto, dentro dos parâmetros para a reposição da população, no
município, (TAB 4).
Tabela 4: Taxa de fecundidade e de envelhecimento, Brasil e Município de
Vianópolis, anos de 1991, 2000 e 2010
Taxa de fecundidade Total 1991
Taxa de fecundidade Total 2000
Taxa de fecundidade Total 2010
Taxa de envelhecimento 1991
Taxa de envelhecimento 2000
Taxa de envelhecimento 2010
Brasil 2,88 2,37 1,89 4,83 5,83 7,36 Vianópolis
2,46 2,38 2,10 4,24 5,43 7,17
A taxa de envelhecimento do município tem crescido, significativamente,
no mesmo período acompanhando a tendência estadual e nacional, fazendo
uma inversão na conformação da pirâmide. No Brasil, observamos um
alargamento da porção central em relação às outras duas porções o que indica
uma população predominantemente formada por adultos e a tendência é que
cada vez mais haja esse deslocamento de faixas, populacional, tendo no final
uma pirâmide invertida com a população predominantemente constituída por
idosos. (fig. 2)
Figura 2: Pirâmides etárias do Município de Vianópolis – 200 e 2010
As melhorias das condições econômicas, de educação e de saneamento
básico e saúde da população, assim como a redução da mortalidade infantil e
da taxa de fecundidade feminina, são fatores que contribuem para esse
fenômeno. Hoje as mulheres buscam maior competividade no mercado e
independência, deslocando-as da posição de apenas esposa e cuidadora do lar
e dos filhos para a de mulheres que competem no mercado de trabalho e
influenciam cada vez mais na economia do país, postergando a maternidade e
consequentemente o número de filhos. Também, o maior conhecimento e
acesso das mulheres aos métodos contraceptivos favorecem o planejamento
familiar e gravidez indesejada.
6 – Escolaridade
Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto
de 2010, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais era de
7,2%. Na área urbana, a taxa era de 6,5% e na zona rural era de 9,3%. Entre
adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de analfabetismo era de 1,2%. No que
concerne à taxa de atendimento da rede educacional do município, os dados
do Censo foram calculados por faixa etária, conforme se observa no gráfico
abaixo:
Foram calculadas, também, metas para o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB), conforme se observa no gráfico abaixo:
Quanto ao número de docentes por nível relaciona-se no gráfico abaixo (gráfico
1):
Gráfico 1: Docentes por nível
Gráfico 2: Matrículas por nível.
7 - Produção Econômica
Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do
município cresceu 60,0%, passando de R$ 104,1 milhões para R$ 166,6
milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que foi
de 69,4%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual
diminuiu de 0,21% para 0,19% no período de 2005 a 2010.
A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do
setor de Serviços, o qual respondia por 44,5% do PIB municipal. Cabe destacar
o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 11,2% em
2010, contra 14,6% em 2005. Variação contrária à verificada no Estado, em
que a participação industrial cresceu de 14,6% em 2005 para 23,8% em 2010.
8 - Produção Agropecuária
No município de Vianópolis é relevante a capacidade de geração de
renda através de atividades nas áreas da pecuária e agricultura. No caso da
pecuária, dados coletados da pesquisa agrícola municipal do IBGE, referente a
2011, apontam que as 6 (seis) principais culturas de rebanho local são as
indicadas no gráfico a seguir, assim como também as principais culturas
agrícolas no município, divididas entre aquelas permanentes e aquelas
temporárias, conforme demonstra o gráfico que segue.
Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece
dados acerca da área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados
acerca das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município, divididas
entre aquelas permanentes e aquelas temporárias, conforme demonstrado no
gráfico que segue:
9 - Agricultura Familiar
60.000
15.000
12.000
5.700
2.300
1.650
Bovinos
Galos, frangos, frangas e pintos
Galinhas
Suínos
Ovinos
Equínos
Distribuição das 6 (seis) principais culturas de rebanho do município -2011
Fonte: IBGE Pesquisa de Produção Pecuária Municipal 2011
94.000
89.100
31.000
7.000
2.160
2.130
Tomate
Soja
Milho
Sorgo
Cana-de-açucar
Feijão
Per
man
ente
Distribuição das 6 (seis) principais culturas do município, segundo condição permanente/temporária (Toneladas) - 2011
603
90
Palmito
Maracujá
Tem
po
rári
a
Fonte: IBGE Pesquisa Produção Agrícola Municipal 2011
No ano de 2013, são 566 agricultores familiares cadastrados com DAP
(Declaração de Aptidão ao Pronaf) no município. Esse número corresponde a
78% dos produtores rurais do munícipio.
Município 566 Estado 46.609 Brasil 4.395.395
9 - Mercado de Trabalho
Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto
de 2010, possuía 6.636 pessoas com 10 anos ou mais de idade
economicamente ativas, sendo que 6.388 estavam ocupadas e 248
desocupadas. A taxa de participação ficou em 61,7% e a taxa de desocupação
municipal foi de 3,7%.
No tocante à taxa de desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de
maneira comparativa:
A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra
que 31,6% tinham carteira assinada, 32,0% não tinham carteira assinada,
25,3% atuam por conta própria e 1,3% de empregadores. Servidores públicos
Quantidade de agricultores cadastrados com DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf
representavam 8,6% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na
produção para o próprio consumo representavam 1,3% dos ocupados.
Das pessoas ocupadas, 3,0% não tinham rendimentos e 45,1%
ganhavam até um salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio
mensal das pessoas ocupadas era de R$ 1.020,82. Entre os homens, o
rendimento era de R$ 1.226,14 e entre as mulheres de R$ 744,86, apontando
uma diferença de 64,61% maior para os homens. Segundo dados do Ministério
do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município
apresentou, por sete anos, saldo positivo na geração de novas ocupações
entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de 518. No
último ano, as admissões registraram 1.361 contratações, contra 1.279
demissões.
O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 2.001 postos, 40,2% a
mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou abaixo da média
verificada para o Estado, que cresceu 50,5% no mesmo período.
10 - Pobreza e transferência de Renda
Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto
de 2010, a população total era de 12.548 residentes, dos quais 272 se
encontravam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar
per capita abaixo de R$ 70,00. Isso significa que 2,2% da população municipal
vivia nessa situação. Do total de extremamente pobres, 72 (26,5%) viviam no
meio rural e 200 (73,5%) no meio urbano.
No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) utiliza as informações do
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ele provê dados
individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros
com renda familiar de até meio salário mínimo per capita, permitindo saber
quem são, onde moram, o perfil de cada um dos membros das famílias e as
características dos seus domicílios.
De acordo com os registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a
folha de pagamentos de abril de 2013 do Programa Bolsa Família, o município
conta com 1.516 famílias registradas no Cadastro Único e 769 famílias
beneficiárias do Programa Bolsa Família (50,73% do total de cadastrados). O
gráfico mostra a evolução desses cadastros para o seu município:
O município apresenta uma cobertura cadastral que supera as estimativas
oficiais, de maneira que a gestão municipal do Cadastro Único deve concentrar
esforços na qualificação das informações registradas e na atualização dos
dados familiares. Com isso, o município poderá abrir espaço para incluir no
Bolsa Família as famílias em extrema pobreza já cadastradas e que ainda não
recebem os benefícios.
De junho de 2011 a janeiro de 2013, o município inscreveu no Cadastro
Único e incluiu no Programa Bolsa Família 14 famílias em situação de extrema
pobreza.
11 - Assistência social
Os atendimentos realizados no âmbito de rede sócio assistencial também
são importantes elementos para o diagnóstico do perfil social do seu município.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) constitui uma das mais
importantes ferramentas de distribuição de renda no âmbito da assistência
social, tendo sido instituído ainda na Constituição Federal de 1988. Neste
município, o gráfico abaixo confere informações acerca da quantidade de
beneficiários de BPC considerando o período de 2004 a 2013, por tipo de
beneficiário.
Além do BPC, a Assistência Social desenvolve diversos tipos de
programas, ações e atendimentos, especialmente considerando seus espaços
institucionais, como é o caso dos Centros de Referência da Assistência Social
(CRAS) e o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). O gráfico abaixo
apresenta os principais indicadores de atendimento nesse âmbito,
considerando os dados coletados no Censo SUAS do MDS para o ano de
2012:
0
50
100
150
200
jan
/04
mai
/04
set/
04
jan
/05
mai
/05
set/
05
jan
/06
mai
/06
set/
06
jan
/07
mai
/07
set/
07
jan
/08
mai
/08
set/
08
jan
/09
mai
/09
set/
09
jan
/10
mai
/10
set/
10
jan
/11
mai
/11
set/
11
jan
/12
mai
/12
set/
12
jan
/13
mai
/13
set/
13
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome(MDS)
Evolução da quantidade de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), por tipo de beneficiário-2004 a 2013
Pessoas com deficiência Idosos
12 - Inclusão Produtiva
Além dos aspectos de cadastramento no Cadastro Único, no Bolsa
Família e de atendimento sócio assistencial, é importante analisar, também, o
perfil ocupacional dos indivíduos que fazem parte desse conjunto. Para isso,
foram analisados os dados mais atualizados do programa de
Microempreendedores Individuais (MEI). Em fevereiro de 2013, o município
contava com 158 pessoas cadastradas como MEI. Desse total, foi possível
encontrar, também, indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro
Único. O gráfico abaixo mostra a evolução do total destes indivíduos, que estão
cadastrados tanto no Cadastro Único, quanto no MEI, para os meses de junho
de 2012, novembro de 2012 e fevereiro de 2013:
Quando consideramos os indivíduos cadastrados simultaneamente no
Cadastro Único e no programa MEI, foi possível observar, para o seu
município, as 5 (cinco) principais atividades econômicas por eles
desenvolvidas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:
13 – Saúde
Os dados do Ministério da Saúde são importantes para diagnosticar a
situação da área no seu município. No tocante à mortalidade infantil, o número
de óbitos infantis foi de 6 crianças, ao passo que no Estado o número de óbitos
infantis foi de 1.212 crianças e a taxa de mortalidade infantil foi de 13,62
crianças a cada mil nascimentos. No que concerne à morbidade hospitalar, as
5 (cinco) principais causas de internação são as listadas no gráfico abaixo:
Além da morbidade hospitalar, é importante, também, assinalar as
principais causas externas de óbito relatadas pelo município. De acordo com o
Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de 3.180
indivíduos, sendo que 22 faleceram em função de eventos e/ou causas
externas. Quando analisamos de maneira mais detida essas informações,
notamos que as causas de morte variam por município. No município, as 3
(três) principais causas externas de óbito dos indivíduos na faixa etária de 15 a
29 anos são, de acordo com dados do Ministério da Saúde, as que seguem no
gráfico abaixo, tomando por base os anos de 2005 e 2010:
Por fim, é importante ressaltar as condições de saneamento e serviços
correlatos do município, que interferem nas condições de saúde da população.
Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que na área rural do seu
município, a coleta de lixo atendia 97,3% dos domicílios. Quanto à cobertura da
rede de abastecimento de água, o acesso nessa área estava em 57,7% dos
domicílios particulares permanentes e 1,3% das residências dispunham de
esgotamento sanitário adequado. No caso da área urbana, o gráfico abaixo
fornece a distribuição desses serviços para os domicílios particulares
permanentes:
14 - Finanças Públicas
A receita orçamentária do município passou de R$ 9,9 milhões em 2005
para R$ 18,6 milhões em 2011, o que retrata uma alta de 87,5% no período ou
17,02% ao ano.
A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades
econômicas do município, em relação à receita orçamentária total, passou de
9,34% em 2005 para 11,00% em 2011, e quando se analisa todos os
municípios juntos do estado, a proporção aumentou de 23,28% para 23,34%.
A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) diminuiu no município, passando de 35,59% da receita orçamentária em
2005 para 29,73% em 2011. Essa dependência foi superior àquela registrada
para todos os municípios do Estado, que ficou em 22,58% em 2011.
As despesas com educação, saúde, administração, transporte e
assistência social foram responsáveis por 76,61% das despesas municipais.
Em assistência social, as despesas alcançaram 6,20% do orçamento total,
valor esse superior à média de todos os municípios do estado, de 4,99%.
15 - Recursos Humanos
A Administração Municipal conta com 563 servidores, entre os quais
88,9% são estatutários. Entre 2012 e 2013 o município não realizou concurso
público.
METAS E ESTRATÉGIAS
Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de
educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da
vigência deste PME.
1.1 Estabelecer, no prazo de um ano após a aprovação deste plano, o regime
de colaboração com o Estado para assegurar a expansão do atendimento
501
0
44
0
18
0
100
200
300
400
500
600
Estatutários CLT Comissionados Estagiários Sem vinculosPermanentes
Fonte: Departamento de Recursos Humanos(RH)
Total de servidores da administração municipal segundo tipo de vinculo-2014
da Educação Infantil de acordo com, no mínimo, o padrão de qualidade
estabelecido nacionalmente.
1.2 Garantir que, ao final da vigência deste PME, seja inferior a 10% (dez por
cento) a diferença entre as taxas de frequência à educação infantil das
crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto de renda familiar per
capita mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais
baixo;
1.3 Realizar, anualmente, em regime de colaboração, levantamento da
demanda por creche para a população de até 3 (três) anos, como forma
de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta.
1.4 Estabelecer, no primeiro ano de vigência do PME, normas e
procedimentos e prazos para definição de mecanismos de consulta
pública da demanda das famílias por creches;
1.5 Estabelecer, manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas
as normas de acessibilidade, programa municipal de construção e
reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos,
visando à expansão e à melhoria da rede física de instituições públicas de
educação infantil;
1.6 Implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da
educação infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) anos, com base em
parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o
quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a
situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;
1.7 Promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais da
educação infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por
profissionais com formação superior;
1.8 Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento
educacional especializado complementar e suplementar aos (às) alunos
(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para
crianças surdas e a transversalidade da educação especial nessa etapa
da educação básica;
1.9 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio
às famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e
assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de
até 3 (três) anos de idade;
1.10 Preservar as especificidades da educação infantil na organização dos
Sistemas de Educação, garantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a
5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam o padrão de qualidade
estabelecido nacionalmente e a articulação com a etapa escolar seguinte,
visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no ensino
fundamental;
1.11 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da
permanência das crianças na educação infantil, em especial dos
beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração
com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e
proteção à infância;
1.12 Promover anualmente a busca ativa de crianças em idade correspondente
à educação infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência
social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da
família em relação às crianças de até 3 (três) anos;
1.13 Realizar e dar ampla divulgação a sociedade civil, a cada ano, o
levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e
pré-escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento;
1.14 Garantir o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as
crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos, respeitando o direito à educação de
qualidade, conforme estabelecido nas diretrizes curriculares nacionais
para a Educação Infantil.
Meta 2: Manter o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a
população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos conclua essa etapa na idade
recomendada, até o ultimo ano de vigência deste PME
2.1 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da
permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas
de transferência de renda, bem como das situações de discriminação,
preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de
condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em
colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;
2.2 Promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em
parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, adolescência e juventude;
2.3 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira
articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a
escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da
educação especial, das escolas do campo e das comunidades indígenas
e quilombolas;
2.4 Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do
trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de
acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições
climáticas da região;
2.5 Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais,
a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição
dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando
ainda que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural;
2.6 Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento
das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das
relações entre as escolas e as famílias;
2.7 Estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais,
para as populações do campo, indígenas e quilombolas, nas próprias
comunidades;
2.8 Oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e
de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos
nacionais;
2.9 Promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades
esportivas nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do
desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional;
2.10 Manter e garantir o transporte escolar dos alunos da zona rural para a
zona urbana do município, para cursarem o ensino fundamental, nos
locais onde não há escolas;
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do
período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino
médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
3.1 Apoiar os programas Estaduais e Nacionais de renovação do ensino
médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens
interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio
de currículos escolares que organizem, de maneira flexível e
diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões
como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte,
garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de
material didático específico, a formação continuada de professores e a
articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais;
3.2 Manter e criar ações de correção de fluxo do ensino fundamental,
juntamente com o Conselho Escolar, por meio do acompanhamento
individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e pela
adoção de práticas como aulas de reforço no turno complementar,
estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a reposicioná-lo
no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;
3.3 Apoiar e incentivar a participação dos alunos do Ensino Médio no ENEM
(Exame Nacional do Ensino Médio), como ponto de partida para o acesso
à educação superior;
3.4 Manter e oferecer em parceria com o Estado e a União transporte escolar
adequado e acesso a educação à população do campo;
3.5 Apoiar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, de forma a
atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas
dos (as) alunos (as);
3.6 Incentivar ações de prevenção à evasão motivada por preconceito ou
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra
formas associadas de exclusão;
3.7 Incentivar a participação dos adolescentes nos cursos das áreas
tecnológicas oferecidas nos centros educacionais profissionalizantes;
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 14 (quatorze) anos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de
salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados.
4.1 Promover, no prazo de vigência deste PME, a universalização do
atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0
(zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que
dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional;
4.2 Implantar, ao longo deste PME, salas de recursos multifuncionais e
fomentar a formação continuada de professores e professoras para o
atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo,
indígenas e de comunidades quilombolas;
4.3 Manter e ampliar em regime de colaboração com os entes federados
articulados com os respectivos sistema de ensino programas
suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas,
para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com
deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte
acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos
de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em
todas as etapas, níveis e modalidades de ensino;
4.4 Garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino
regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica
entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado;
4.5 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para
atender à demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do
atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou
auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para
surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e
professores bilíngues;
4.6 Definir, e implementar no segundo ano de vigência deste PME,
indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o
funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam
atendimento a alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.7 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público,
visando a ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral
das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de
ensino;
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o
(terceiro) ano do ensino fundamental.
5.1 Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais
do ensino fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas
na pré-escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as)
alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a
alfabetização plena de todas as crianças;
5.2 Instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para
aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como
estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos
instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas
pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas até o final do
terceiro ano do ensino fundamental;
5.3 Selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a
alfabetização de crianças, assegurada a diversidade de métodos e
propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados
nos sistemas de ensino em que forem aplicadas, devendo ser
disponibilizadas, preferencialmente, como recursos educacionais abertos;
5.4 Promover o desenvolvimento e acesso a tecnologias educacionais e de
práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e
favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos
(as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua
efetividade;
5.5 Apoiar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de
populações itinerantes, com a produção de materiais didáticos;
5.6 Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as)
para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas
tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando
a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de
formação continuada de professores (as) para a alfabetização;
5.7 Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as
suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas
surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal;
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 15%
(quinze) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 8% (oito
por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.
6.1 Promover, com o apoio do Município, a oferta de educação básica pública
em tempo integral, por meio de atividades de acompanhamento
pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma
que o tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua
responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias
durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de
professores em uma única escola;
6.2 Instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas
com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em
tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças
em situação de vulnerabilidade social;
6.3 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional
de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da
instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de
informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios,
cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da
produção de material didático e da formação de recursos humanos para a
educação em tempo integral;
6.4 Apoiar a participação das escola nos diferentes espaços educativos,
culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros
comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e
planetários;
6.5 Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos,
assegurando atendimento educacional especializado complementar e
suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria
escola ou em instituições especializadas;
6.6 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na
escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho
escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais.
Meta 7: Incentivar a qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo
a atingir as seguintes médias do ideb.
IDEB 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5
Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2
7.1 Desenvolver projetos alternativos de atendimento escolar para a
população do campo que considerem as especificidades locais e as boas
práticas nacionais e internacionais;
7.2 Universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede
mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar,
até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede
pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das
tecnologias da informação e da comunicação;
7.3 Apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência
direta de recursos financeiros à escola, garantindo a participação da
comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos,
visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da
gestão democrática;
7.4 Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao (à) aluno (a),
em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;
7.5 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional
de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas,
visando à equalização regional das oportunidades educacionais;
7.6 Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e das
secretarias de educação do Município, bem como manter programa
nacional de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das
secretarias de educação;
7.7 Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo
desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para
detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e
sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para
promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado
de segurança para a comunidade;
7.8 Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para
adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade
assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069,
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;
7.9 Promover a integração do currículo e propostas pedagógicas específicas
para educação escolar para as escolas do campo e para as comunidades
indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais
correspondentes às respectivas comunidades e considerando o
fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada
comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos
específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com deficiência;
7.10 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação
formal com experiências de educação popular e cidadã, com os
propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de
todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas
públicas educacionais;
7.11 Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito
local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e
emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de
rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da
qualidade educacional;
7.12 Universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas
áreas da saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da
rede escolar pública de educação básica por meio de ações de
prevenção, promoção e atenção à saúde;
7.13 Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção,
prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental
e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a
melhoria da qualidade educacional;
7.14 Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do
Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a
capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e
agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da
leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do
desenvolvimento e da aprendizagem;
7.15 Instituir, em articulação com o Estado e a União, programa nacional de
formação de professores e professoras e de alunos e alunas para
promover e consolidar política de preservação da memória nacional;
7.16 Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o
desempenho no Ideb, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da
direção e da comunidade escolar;
Meta 8: Incentivar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29
(vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de
estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do
campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco
por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não
negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE.
8.1 Apoiar politicas e ações para a correção de fluxo, para acompanhamento
pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem
como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado,
considerando as especificidades dos segmentos populacionais
considerados;
8.2 Apoiar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com
defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a
continuidade da escolarização, após a alfabetização inicial;
8.3 Promover, em regime de colaboração com a União e o Estado, parceria
com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o
monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos
populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e
colaborar com o Estado e a União para a garantia de frequência e apoio à
aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento
desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;
8.4 Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos
segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de
assistência social, saúde e proteção à juventude;
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos
ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento)
até 2015 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo
absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo
funcional.
9.1 Incentivar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os
que não tiveram acesso à educação básica na idade própria
9.2 Auxiliar no levantamento e diagnóstico dos jovens e adultos com ensino
fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda ativa por
vagas na educação de jovens e adultos;
9.3 Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos,
promovendo-se busca ativa em regime de colaboração entre entes
federados e em parceria com organizações da sociedade civil;
9.4 Apoiar a realização de avaliação, por meio de exames específicos, que
permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15
(quinze) anos de idade;
9.5 Incentivar a integração e o apoio dos segmentos empregadores, públicos
e privados, e os sistemas de ensino, para promover a compatibilização da
jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a oferta das
ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos;
Meta 10: Incentivar a ofertar, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e
médio, na forma integrada à educação profissional.
10.1 Apoiar o programa nacional de educação de jovens e adultos voltado à
conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de
forma a estimular a conclusão da educação básica;
10.2 Incentivar as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a
articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação
profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do
trabalhador e da trabalhadora;
10.3 Apoiar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com
deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação
de jovens e adultos articulada à educação profissional;
10.4 Pactuar com a União e o Estado programa de reestruturação e aquisição
de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da rede física de
escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à
educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com
deficiência;
10.5 Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos,
articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e
estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência,
do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o
tempo e o espaço pedagógicos adequados às características desses
alunos e alunas;
10.6 Participar de programas estaduais e nacionais de assistência ao
estudante, compreendendo ações de assistência social, financeira e de
apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a
permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito da educação de
jovens e adultos articulada à educação profissional;
10.7 Valorizar o reconhecimento de saberes dos jovens e adultos
trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos
de formação inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível médio;
Meta 11: Incentivar as matrículas da educação profissional técnica de
nível médio.
11.1 Estimular as matrículas de educação profissional técnica de nível médio
na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
11.2 Apoiar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível
médio na modalidade de educação a distância, com a finalidade de
ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional pública
e gratuita;
11.3 Estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de
nível médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter
pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação
de qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização
curricular e ao desenvolvimento da juventude;
Meta 12: Incentivar o aumento da taxa de matrícula na educação superior
para a população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, no segmento
público.
12.1 Ampliar a oferta de estágio como parte da formação na educação
superior;
12.2 Incentivar a participação proporcional de grupos historicamente
desfavorecidos na educação superior, inclusive mediante a adoção de
políticas afirmativas, na forma da lei;
12.3 Assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação
superior, na forma da legislação;
12.4 Incentivar a consolidação de programas e ações de incentivo à
mobilidade estudantil e docente em cursos de graduação e pós-
graduação, em âmbito nacional e internacional, tendo em vista o
enriquecimento da formação de nível superior;
12.5 Manter e garantir o transporte escolar aos alunos matriculados no ensino
superior em cidades circunvizinhas;
Meta 13: Incentivar a ampliação de mestres e doutores do corpo docente
em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior.
13.1 Apoiar a cobertura do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes -
ENADE, de modo a ampliar o quantitativo de estudantes e de áreas
avaliadas no que diz respeito à aprendizagem resultante da graduação;
13.2 Apoiar os processos contínuos de auto avaliação das instituições de
educação superior, fortalecendo a participação das comissões próprias de
avaliação, bem como a aplicação de instrumentos de avaliação que
orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a
qualificação e a dedicação do corpo docente;
Meta 14: Incentivar gradualmente o número de matrículas na pós-
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação de mestres e
doutores.
14.1 Incentivar o aumento do numero de mestres e doutores no município;
14.2 Apoiar ações para reduzir as desigualdades ético-raciais e regionais e
para favorecer o acesso das populações do campo e das comunidades
afins, a programas de mestrado e doutorado;
14.3 Incentivar a oferta de cursos de pós graduação stricto sensu, utilizando
inclusive metodologias, recursos e tecnologias de educação à distância;
14.4 Estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-graduação
stricto sensu, em particular aqueles ligados às áreas de engenharia,
matemática, física, química, informática e outras no campo das ciências;
14.5 Viabilizar o intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional,
entre as instituições de ensino, pesquisa e extensão;
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o
Município, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PME, política
nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os
incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, assegurado que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida
em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
15.1 Incentivar a iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de
licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no
magistério da educação básica;
15.2 Viabilizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de
nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho
sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da
educação básica;
15.3 Incentivar os profissionais da educação, no prazo de 1 (um) ano de
vigência desta Lei, política nacional de formação continuada para os (as)
profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério,
construída em regime de colaboração entre os entes federados;
Meta 16: Formar, em nível de pós-graduação, 75% (setenta e cinco por
cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência
deste PME, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação
básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as
necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
16.1 Consolidar política municipal de formação de professores e professoras
da educação básica, definindo diretrizes municipais, áreas prioritárias,
instituições formadoras e processos de certificação das atividades
formativas;
16.2 Fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas
públicas de educação básica, por meio da implementação das ações do
Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de
disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério
público;
16.3 Viabilizar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das
professoras da educação básica disponibilizando gratuitamente materiais
didáticos e pedagógicos suplementares;
Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas
de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos
(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do
sexto ano de vigência deste PME.
17.1 Manter, adequar e cumprir o plano de Carreira para os (as) profissionais
do magistério das redes públicas de educação básica, observados os
critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com
implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único
estabelecimento escolar;
17.2 Buscar a implementação financeira junto a União para melhoria de
políticas de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular
o piso salarial nacional profissional;
Meta 18: Assegurar a existência de planos de Carreira para os (as)
profissionais da educação básica pública de ensino e, o plano de Carreira
dos (as) profissionais da educação básica pública de ensino, tomar como
referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal,
nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
18.1 Garantir que, até o início do terceiro ano de vigência deste PME, 90%
(noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do
magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos
profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de
provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se
encontrem vinculados;
18.2 Dar continuidade na rede pública municipal de educação básica,
acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe
de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em
avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio;
18.3 Promover a realização de concurso público de admissão de profissionais
do magistério da educação básica pública municipal para suprir o
preenchimento de vagas conforme demanda e necessidade do município;
18.4 Prever, nos planos de Carreira dos profissionais do Município, licenças
remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em
nível de mestrado stricto sensu;
18.5 Criar comissões permanentes de profissionais da educação de todos os
sistemas de ensino do município, para subsidiar os órgãos competentes
na elaboração, reestruturação e implementação dos Planos de Carreira.
Meta 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a
efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios
técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade
escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio
técnico do Município para tanto.
19.1 Incentivar o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos
municipais de educação, como instrumentos de participação e
fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de
programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de
funcionamento autônomo;
19.2 Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação,
alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-
pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos
escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes
e gestores escolares;
19.3 Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de
gestão financeira nos estabelecimentos de ensino;
19.4 Desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares,
bem como aplicar prova específica, a fim de subsidiar a definição de
critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados possam
ser utilizados por adesão;
Meta 20: Acompanhar a ampliação do investimento público em educação
pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento)
do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência
desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao
final do decênio.
20.1 Acompanhar a arrecadação da contribuição social do salário-educação;
20.2 Acompanhar, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular
dos investimentos e custos por aluno da educação básica e superior
pública, em todas as suas etapas e modalidades.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
O documento final do Plano Municipal de Educação de Vianópolis,
mantendo o princípio da participação democrática, constituiu-se em uma aula
de democracia, um momento ímpar, no qual segmentos das esferas pública e
privada, bem como a comunidade civil e organizada de Vianópolis, definiram os
caminhos da educação do município para os próximos dez anos, após sua
aprovação.
Uma ação, cujo processo percorreu os seguintes passos:
levantamento diagnóstico da situação educacional do município, análise dessa
realidade e definição de metas e estratégias do PME com a Comissão
executiva do PME, consolidação do texto base sobre as políticas educacionais
para o município, culminando com a realização da I Audiência Pública
Municipal do PME.
De forma articulada com o Plano Nacional de Educação (PNE) e o
Plano Estadual de Educação (PEE) e em consonância com a Constituição
Federal de 1988, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, o PME responde as expectativas e especificidades da educação para
atender aos anseios da comunidade vianopolina.
Uma realidade que, tendo em vista a adequação às constantes
mudanças sofridas pela sociedade, precisa ser constantemente considerada.
Nesse contexto, faz-se necessário criar mecanismos de acompanhamento e
avaliação da implementação do mesmo, assegurando que prioridades sejam
respeitadas, atingindo objetivos e metas estabelecidos através da análise de
resultados e redirecionamento de estratégias e execução.
De acordo com determinação prevista em legislação afim, o Fórum
Municipal de Educação, por meio de seus membros e comissões instituídas,
acompanhará e avaliará o PME após sua aprovação. É importante ressaltar
que o respectivo órgão contará com o apoio e assessoramento técnico e
financeiro da Secretaria Municipal de Educação.
A Comissão trabalhará na implantação do PME, registrando,
sistematizando e analisando, constantemente, o desenvolvimento das ações,
operacionalizando as metas estabelecidas e realizando avaliações com
levantamentos periódicos dos resultados alcançados e replanejamento de
novas ações. Para que a sociedade civil possa acompanhar a execução e a
avaliação do PME, serão realizadas, de dois em dois anos, encontros com o
objetivo de promover balanços dos resultados alcançados, garantindo o
princípio da participação e o exercício da democracia.
Extraordinariamente, a primeira revisão deverá ser realizada um ano
após a aprovação do Plano Nacional de Educação, tendo em vista a sua
melhor atualização e articulação como o mesmo, bem com a participação da
sociedade civil e organizada, numa tentativa de correção do longo período
entre a sua elaboração e aprovação pela Câmara Municipal.
REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos Demográficos de 2000 e 2010, http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Produção Pecuária Municipal (PAM). Ministério do Desenvolvimento Agrário. Vianópolis - GO – DAP(Declaração de Aptidão ao Pronaf). BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vianópolis-Go - Aspectos Históricos, Geográficos e Econômicos. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Vianópolis-GO. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vianópolis – Dados Populacionais e Aspectos Socioeconômicos. Disponível em < http://www.ibge.gov.br. BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Vianópolis - Go – Taxa de Analfabetismo e Escolaridade Média. Disponível em < http://www.ibge.gov.br BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL, MEC. Ideb, 2011. Disponível em http://portal.mec.gov.br BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004. BRASIL, MEC. Plano Decenal de Educação para Todos – Brasília: MEC, 1993 – versão acrescida. BRASIL, MEC/INEP - Censo da Educação Básica INEP/MEC, 2010. BRASIL, MEC/INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Índices de aprovação, reprovação e abandono no Município de Vianópolis- Go, 2010. Disponível em > http://portal.inep.gov.br/. BRASIL, MEC/INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Matricula inicial por dependência administrativa na Educação Básica no município de Vianópolis– Go, 2010. Disponível em > http://portal.inep.gov.br/. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, Aprovação do Plano Nacional de Educação – PNE. BRASIL, MEC. Parecer CNE/CEB nº 7/2010, aprovado em 7 de abril de 2010. Disponível em < portal.mec.gov.br/ >.
BRASIL, Ministério da Educação. Avaliação do Plano Nacional de Educação. Brasília: Inep, 2010. DOURADO, Luiz F. (Org.). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e perspectivas.Goiânia: Editora da UFG/Autêntica, 2011.