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Prescrição, decadência, preclusão temporal e perempção Salvar 8 comentários Imprimir Reportar Publicado por Guilherme Nepomuceno - 6 meses atrás LEIAM 38 NÃO LEIAM O presente texto tem como escopo elucidar dois institutos jurídicos que ainda geram confusão aos estudantes de direito. Hodiernamente não encontro dificuldades para compreensão exata de seus termos e para diferenciá-los, mas, já foi caótico entender tais institutos, a saber: Prescrição e Decadência. Oportunamente, faz-se mister alusão a outros dois institutos (preclusão temporal e perempção) que não se confundem, entre si, nem com a prescrição e decadência. Precipuamente, válido ressaltar que o tempo é elemento da decadência, prescrição, preclusão temporal e perempção, uma vez que, a inatividade dentro de um determinado período, acarretará a incidência de um desses institutos jurídicos. Decadência é a perda do direito potestativo, ou seja, extingue-se o direito após escoar o prazo previsto em lei. Devemos salientar que o objeto da decadência é o direito, diferente da prescrição que atinge a pretensão. Prescrição, portanto, consiste na perda da pretensão, isto é, extingue-se a pretensão após decorrer o prazo disposto em lei. Entende-se como pretensão o poder de exigir de outrem, em juízo, uma prestação. A violação de um direito, por conseguinte, gera para o seu titular uma pretensão, e por meio de um processo o autor busca satisfazer sua pretensão. Verifica-se que, não obstante, a prescrição atinja a faculdade que o autor tem de propor ação contra o réu, permanece o seu direito frente a este, com efeito, o direito a prestação devida continuará com o credor, porém, não poderá exigi-lo judicialmente. Além disso, opera para aquele que se manteve inerte a preclusão temporal, todavia, difere da prescrição e da decadência, visto que, só ocorre dentro do processo.

Prescrição decadencia e perenpçao diferencia

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Prescrição, decadência, preclusão temporal e perempção Salvar • 8 comentários • Imprimir • Reportar

Publicado por Guilherme Nepomuceno - 6 meses atrás

LEIAM 38 NÃO LEIAM

O presente texto tem como escopo elucidar dois institutos jurídicos que ainda geram confusão aos

estudantes de direito.

Hodiernamente não encontro dificuldades para compreensão exata de seus termos e para diferenciá-los,

mas, já foi caótico entender tais institutos, a saber: Prescrição e Decadência.

Oportunamente, faz-se mister alusão a outros dois institutos (preclusão temporal e perempção) que não

se confundem, entre si, nem com a prescrição e decadência.

Precipuamente, válido ressaltar que o tempo é elemento da decadência, prescrição, preclusão temporal e

perempção, uma vez que, a inatividade dentro de um determinado período, acarretará a incidência de um

desses institutos jurídicos.

Decadência é a perda do direito potestativo, ou seja, extingue-se o direito após escoar o prazo previsto

em lei. Devemos salientar que o objeto da decadência é o direito, diferente da prescrição que atinge a

pretensão.

Prescrição, portanto, consiste na perda da pretensão, isto é, extingue-se a pretensão após decorrer o

prazo disposto em lei.

Entende-se como pretensão o poder de exigir de outrem, em juízo, uma prestação. A violação de um

direito, por conseguinte, gera para o seu titular uma pretensão, e por meio de um processo o autor busca

satisfazer sua pretensão.

Verifica-se que, não obstante, a prescrição atinja a faculdade que o autor tem de propor ação contra o

réu, permanece o seu direito frente a este, com efeito, o direito a prestação devida continuará com o

credor, porém, não poderá exigi-lo judicialmente.

Além disso, opera para aquele que se manteve inerte a preclusão temporal, todavia, difere da prescrição

e da decadência, visto que, só ocorre dentro do processo.

Denomina-se preclusão temporal a perda da faculdade ou direito processual por não exercício em tempo

útil, em outras palavras, ultrapassado o limite de tempo estabelecido para pratica de um ato processual,

este não poderá ser praticado.

Ademais, o autor que dá causa a extinção do processo sem resolução do mérito pelo abandono da causa

por mais de 30 (trinta) dias, por três vezes, incorre em perempção.

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Perempção é a perda do direito do autor renovar a propositura da mesma ação. Embora a perempção

cause a perda do direito de ação, nada impede que a parte invoque seu eventual direito material em

defesa, quando sobre ele vier a se abrir processo por iniciativa da outra parte.

Em suma, a decadência é um prazo estabelecido pela lei para exercício de um direito, não praticado

dentro do prazo, ter-se-á extinção do direito, ao passo que, a prescrição é um prazo dentro do qual se

pode exigir em juízo uma pretensão, se não fizer, o autor perderá o poder de exigir a prestação

judicialmente. Já à preclusão deriva do fato do autor ou réu não ter praticado um ato processual no prazo

em que ele deveria ser realizado e a perempção a perda do direito de ação do autor que abandonou a

causa três vezes.

Publicado por Guilherme Nepomuceno

Brasileiro, Solteiro, Estudante de Direito na Universidade Braz Cubas e Estagiário em Escritório de

Advocacia