PRESTAÇÃO DE CONTAS - gaviaopeixoto.sp.gov.br · Turismóloga Ana Lia Silva Souza Dentillo Elaboração do Plano Gustavo Martins Piccolo ... comprovam a vocação turística do

Prefeitura Municipal de Gavio Peixoto ESTADO DE SO PAULO

Alameda Fratuci, 100 Fone (16) 3338.9999 CEP. 14813000- GAVIO PEIXOTO/SP 1



Plano Diretor de Turismo de Gavio Peixoto

Realizao: Prefeitura Municipal de Gavio Peixoto

Elaborao:

Gustavo Martins Piccolo: (Doutor em Educao e Professor da Universidade de Araraquara);

Ana Lia Silva Souza Dentillo: (Graduada em Turismo com especializao em Gesto de Eventos e

Gesto Mercadolgica em Turismo, Professora do Curso Tcnico em Agenciamento de Viagem da Etec e

professora do Curso de Turismo da FAIBI - Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras de Ibitinga. Atua

tambm no Curso Tcnico de Guia de Turismo distncia do Centro Paula Souza).



Crditos

PREFEITURA DO MUNICPIO DE GAVIO PEIXOTO

Prefeito de Gavio Peixoto Gustavo Martins Piccolo

Vice-Prefeito de Gavio Peixoto Jos Alves Filho

Presidente da Cmara Municipal Gregrio Gulla Jnior

Responsvel pelo Turismo Marcelo Prando Meneghelli

Responsvel pelo COMTUR Acylino Marcondes Jnior

Turismloga Ana Lia Silva Souza Dentillo

Elaborao do Plano Gustavo Martins Piccolo

Ana Lia Silva Souza Dentillo

FOTOGRAFIAS: Jos Luis de Francisco

Banco de Imagens da Prefeitura de Gavio Peixoto

Sede da Prefeitura de Gavio Peixoto

Alameda Fratuci, n.100, centro.

CEP: 14813-000

www.gaviaopeixoto.sp.gov.br

www.gaviaopeixoto.sp.gov.br/turismo

[email protected]

Jornal Cidade de Asas

Jornal Gazeta Gavionense

http://www.gaviaopeixoto.sp.gov.br/http://www.gaviaopeixoto.sp.gov.br/turismomailto:[email protected]



SUMRIO

1. Apresentao do Plano Diretor de Turismo.............................................................................05 2. O municpio de Gavio Peixoto Caractersticas Tursticas...................................................08 3. Objetivos do Plano Diretor de Turismo...................................................................................12 4. Breve histrico e Caracterizao do Territrio........................................................................15 5. Aspectos Histricos e Culturais de Gavio Peixoto: De Colnia a Municpio........................17 6. ndices e Dados do Municpio; ...............................................................................................34 7. Insero regional e acessibilidade acesso rodovirio, ferrovirio, hidrovirio, principais vias urbanas; .......................................................................................................................................49

8. Legislao Municipal;..............................................................................................................53 9. Mapas do Municpio;...............................................................................................................55 10. Sobre o COMTUR...................................................................................................................57 11. Apresentao da oferta turstica de Gavio Peixoto;...............................................................60 12. 11.1. Atrativos Naturais:..........................................................................................................60 11.2. Atrativos Culturais;.....................................................................................................................72

11.3. Atrativos Econmicos e de Negcios;........................................................................................77

11.4. Eventos de Gavio Peixoto;........................................................................................................79

11.5. MEIOS DE HOSPEDAGEM; ..................................................................................................84

11.6. Alimentos e Bebidas;..................................................................................................................87

11.7. Outras Estruturas Tursticas;.......................................................................................................98

12. Propostas e Sugestes COMTUR;...............................................................................................101

12.1. Estratgias para desenvolver/consolidar o turismo no municpio;...........................................105

12.2. Prioridades para o desenvolvimento do turismo;.....................................................................105

13. Propostas de aes conjuntas ao municpio;................................................................................113

Consideraes Finais.........................................................................................................................114

Referncias Bibliogrficas.................................................................................................................115



1. Apresentao do Plano Diretor de Turismo

A elaborao de um Plano Municipal de Turismo, como um estudo analtico do cenrio

turstico de Gavio Peixoto, tem como objetivo desenvolver e manter a identidade local,

determinando os objetivos, estratgias e ordenando as aes que nortearo o desenvolvimento

sustentvel do turismo de Gavio Peixoto.

Desta forma, trata-se de um Plano Estratgico, cujas principais decises devem ser tomadas

pelos diversos atores envolvidos nas mais diversas atividades consideradas como tursticas, assim,

estamos dialogando com um processo que tambm de conscientizao, sensibilizao e

capacitao dos vrios segmentos que compem a estrutura do municpio. Importante, neste espao

e tempo se faz reconhecer a importncia da dimenso do turismo em Gavio Peixoto como fato

indutor de gerao de emprego e renda, conciliando, desta forma, o crescimento econmico com a

preservao e manuteno do patrimnio histrico, cultural e ambiental do municpio.

Destarte, o Plano Diretor de Turismo um instrumento que fomentar este setor da cidade,

movimentando todos os segmentos e a comunidade como um todo, contribuindo com os parceiros

que investiram e investem direta e indiretamente no municpio. Com organizao, planejamento,

controle, estruturao e gesto profissional, o Plano Diretor torna-se uma ferramenta fundamental

para o municpio que pretende encarar o Turismo como uma alternativa de desenvolvimento e

crescimento social, cultural, poltico e econmico.

A construo do Plano Diretor de Turismo representa uma ferramenta democrtica, didtica e

efetiva de transformao da vida econmica da cidade e das potencialidades a serem desenvolvidas

pelo municpio at o ano de 2020, na medida em que este Plano se prope trienal. Desta forma, o

mesmo contm uma srie de aes que pretende desenvolver no sentido de fomentar a atividade

turstica do municpio de Gavio Peixoto.

Sua importncia inegvel, pois se constitui como plataforma e tropos dos caminhos a serem

trilhados pelo municpio, sendo elemento tambm de importncia mpar ao estabelecimento do

municpio como turstico. Sua abrangncia mescla elementos locais e regionais, incluindo at

nacionais, na medida em que o municpio tem como sua principal atividade uma Planta de Defesa da

Embraer que atrai inmeros turistas de outros pases, fundamentalmente para a produo de

negcios no setor aeronutico. regional, pois a cidade tem sido alvo de visitantes da Regio



Central como um todo. Tambm local, pois fruto das ideias do COMTUR materializada atravs de

uma srie de reunies, alm do mesmo ter se edificado na pesquisa sobre demanda de interesse nas

vozes dos cidados que aqui habitam onde est essa pesquisa? aquela com os estudantes?. Ou seja,

para desenvolvermos o turismo ouvimos visitantes da EMBRAER, visitantes da cidade em nossas

principais atraes, mormente o Parque Ecolgico e Rio Jacar-Guau e, no menos importante,

ouvimos a prpria populao, principalmente o segmento mais jovem da populao.

Um correto planejamento turstico deve maximizar os benefcios socioeconmicos e

minimizar os custos, visando o bem estar da comunidade receptora e a rentabilidade dos

empreendimentos do setor. Com enorme crescimento nos ltimos anos, o turismo tornou-se uma das

reas que mais oferecem empregos, contudo necessita ser sustentvel e vinculado ao

desenvolvimento que a cidade planeja e projeta para seu futuro prximo. O desenvolvimento

turstico buscar compatibilizar o atendimento das necessidades sociais e econmicas do ser humano

com as necessidades de preservao do ambiente, dos recursos naturais, da cultura e costumes, de

modo que assegure a sustentabilidade das aes desenvolvidas no municpio de Gavio Peixoto.

Este Plano compe as principais potencialidades tursticas do Municpio de Gavio Peixoto,

corteja as melhores ferramentas para seu desenvolvimento, alm de lanar ideias para a criao de

outros atrativos tursticos. Portanto, trata-se de plano diagnstico e situacional, mas tambm

propositivo, na medida em que objetiva diretamente a produo e promoo de novas formas de

atrao turstica ao municpio de Gavio Peixoto. Como todo e qualquer Plano, destaca os pontos

fortes do turismo no municpio, mas tambm expem lacunas que precisam ser sanadas no sentido

de melhoria das possibilidades existentes atualmente. um plano ousado e, concomitante, realista,

pois trata da construo de novos empreendimentos em sintonia com as finanas pblicas do

municpio.

Somos sabedores que a implantao de algumas das propostas que sero aqui apresentadas

demandam tempo e planejamento, e justamente tais elementos que o mesmo traz as claras ao

destacar um cronograma absolutamente fiel a realidade e possibilidade do municpio. O objetivo est

em nada mais do que colocar Gavio Peixoto na rota do turismo do Estado de So Paulo como dos

pontos mais agradveis e favorveis a visitas das mais diversas, seja para passar um dia ou perodos

de frias com a famlia, amigos. Seja para fazer negcios ou se divertir em nossas Cascatas, Rios,

Parque Ecolgico, celebrar em nossa igreja ou se divertir nas tradicionais festas do Municpio.



Tambm se pode visitar uma das hidroeltricas mais antigas do Estado de So Paulo, comer bem, ter

dias tranquilos e sem trnsito frentico. Se pode dormir de janelas abertas e sentir-se seguro, na

medida em que a cidade das que apresentam menores ndices de criminalidade de todo o pas.

Apenas para se ter uma ideia o ltimo homicdio registrado, esta ocorreu h uma dcada. Enfim, o

objetivo est em atrair os turistas que queiram paz, mas tambm aventura com a natureza, com a

relao entre fauna e flora que o municpio oferece.

Todos estes elementos fazem de Gavio Peixoto um lugar nico no Estado de So Paulo, que

certamente encantar aqueles que aqui passarem alguns dias e voltarem energizados para suas

atividades de rotina.

Essa parte ficou tima, muito bem fundamentada. isso que esperamos do turismo, que traga

desenvolvimento de forma sustentada, com o apoio da populao.



2. O municpio de Gavio Peixoto Caractersticas Tursticas

O municpio de Gavio Peixoto est situado na regio central do Estado de So Paulo. Possui

uma populao de pouco menos de 5 mil habitantes e um ritmo de vida calmo e montono. Sua

grande atividade econmica baseia-se no interior do Polo Aeroespacial, na qual se encontra situada

uma unidade da Embraer, que gera fonte de negcios dos mais diversos e atrai pessoas das mais

diversas nacionalidades ao municpio.

Quem procura Gavio Peixoto busca ou fechar negcios na EMBRAER ou ento aproveitar

as potencialidades naturais, histricas e culturais do municpio. Assim, imperioso se faz ressaltar que

alm da Unidade da Embraer o municpio possui uma das hidroeltricas mais antigas do Estado de

So Paulo, alm de inmeras cachoeiras, cascatas, do Rio Jacar-Guau, do Parque Ecolgico

inaugurado em 2016 e que tem recebido visita de diversos turistas, da Igreja de Santo Antnio, que

recebe o turismo religioso, principalmente no ms de junho, ms do padroeiro, daqueles que buscam

a pesca; h tambm no municpio a famosa Mata dos Macacos, que deixa as crianas encantadas

com os pequenos macacos-pregos, as festas tradicionais que atraem pessoas de toda a regio, a

beleza da Praa da Matriz; o Natal de Luz, no qual so feitas esculturas de luzes e espalhadas pela

cidade, o bairro de Nova Pauliceia, que abriga a antiga Estao Frrea do Municpio.

O Plano Diretor de Turismo visa explorar as caractersticas tursticas da cidade. Pelo

entendimento de que o foco principal do turismo em Gavio Peixoto o de negcios, ainda que no

se resuma a isso, na medida em que o municpio possui uma srie de outras potencialidades,

exploraremos como uma das vertentes os impactos gerados pela instalao de uma unidade da

EMBRAER (situada no Km 13 da Estrada Vicinal Nelson Barbieri) enquanto polo atrativo de

negcios, na medida em que existe um grande fluxo de turistas no municpio derivado desta

atividade econmica. A unidade da EMBRAER, fundamentalmente dedicada a rea militar e no

qual desenvolvido os projetos KC-390 (maior cargueiro j produzido no pas), Grippen e A4.

Contudo, devido a imensa gama de oferta turstica existente no municpio de Gavio Peixoto

optamos por no focar somente na vertente turismo de negcios, expandindo nossas anlises para

outros campos e contextos. Cabe ressaltar que este trabalho surge como pressuposto alavancado a

partir de estudos de demanda turstica realizado em 2016 e corroborado em 2017, cujos dados

comprovam a vocao turstica do municpio de Gavio Peixoto a partir dos dados coletados e



analisados. A pesquisa, ao ouvir diversos turistas que passam pelo municpio em distintas pocas e

com distintos objetivos categorizam as potencialidades tursticas do municpio para as mais diversas

ferramentas tursticas. Nela observamos desde a presena de pessoas que vem ao municpio nica e

exclusivamente para fazer negcios na EMBRAER at pessoas cujo objetivo principal resida na

visita ao Parque Ecolgico, na prtica da Pesca, dentre outros.

Devido a importncia assumida pela EMBRAER na vida do municpio e na economia da

prpria nao como um todo Gavio Peixoto se tornou espao de visitao de mltiplos estrangeiros

ano aps ano, o que denota a necessidade de fazer com que estas pessoas se encantem pela beleza do

municpio de forma a criar quando as mesmas veem na planta da EMBRAER um roteiro adicional

pela cidade, processo esse do mais alto teor de importncia. Da a necessidade, como apontou a

anlise da pesquisa, de o municpio transformar o percurso at a chegada a unidade de modo que o

nome do municpio fique evidente a todo o momento. preciso ornamentar o percurso virio at a

chegada a Unidade de modo a melhorar a visibilidade que este tipo de turista tem para com o espao

anterior que frequenta. Esta uma oportunidade que certamente no pode ser perdida sob qualquer

hiptese. O que agrada aos olhos sempre exercer efeito positivo sobre toda e qualquer relao, seja

mercantil, afetiva, amorosa, etc. Nesse sentido, de fundamental importncia que a cidade Gavio

Peixoto se torne atrativa para aqueles que visitam a unidade. Evidente que o motivo principal de sua

visita e ser sempre a produo de negcios no campo da aeronutica, todavia, se o mesmo se

sentir tentado a visitar a cidade e conhecer seus prazeres certamente teremos a potencializao do

turismo a nveis nunca dantes visto na cidade.

Indubitavelmente, muito pode ser feito pelo poder pblico nesse sentido de forma a gerar

uma relao ainda mais prxima com a EMBRAER e valorizando aquela que sua principal marca

caracterstica, na medida em que so poucos os municpios de pequeno porte que possuem o

privilgio de terem uma planta dessa dimenso em sua rea territorial. Nesse sentido, a instalao de

um avio no principal acesso da cidade tambm deve ser visto como chamariz a vinculao da

cidade a seu principal quefazer. Tal ao ser tomada em conjunto com a FAB e a EMBRAER, de

forma a embelezar a entrada da cidade e criar raiz ainda mais aparente entre a vocao

historicamente construda na cidade com o setor aeronutico.

Ademais, a pesquisa apresentou referindo-se especificamente aos questionrios aplicados no

Parque Ecolgico Municipal, principal chamariz turstico do municpio, quais os mltiplos aspectos



que o municpio precisa melhorar para efetivamente se consolidar como destino turstico do Estado

de So Paulo, sendo que estes elementos sero desenvolvidos neste Plano Diretor de Turismo. O

primeiro passo est em melhorar sua sinalizao turstica, na medida em que o mesmo carece de

placas caractersticas e especficas para a atrao propriamente dita de turistas. Como pontos

positivos citamos as rodovias de acesso, os atrativos e os servios de infraestrutura como um todo, j

incorporando o atendimento da sade, que possui Pronto Atendimento 24 horas por dia, e os

servios de coleta e tratamento de gua e esgoto, os quais se universalizaram em 2017. O comrcio

em si da cidade precisa ser melhor desenvolvido e este certamente um dos grandes propsitos deste

plano, posto configurar um ponto de nodal melhoria a comunidade como um todo. Mesmo que a

marca da EMBRAER se estabelea como fator determinante do municpio preciso tambm tentar

criar uma identidade para alm da mesma e alavancar o turismo com a utilizao de postais como

Parque Ecolgico, os rios, cachoeiras, cascatas, as belezas histricas, os eventos, etc.. Deve-se assim

criar rotas alternativas de atrao turstica que envolvam os rios, as corredeiras, a Praa da Matriz, a

Igreja da Matriz, o bairro de Nova Pauliceia, a Usina Hidreltrica, a Mata dos Macacos, pontos estes

muitas vezes desconhecidos da grande maioria dos turistas e que certamente criariam um roteiro que

demandaria muito mais tempo dos turistas na cidade. Esses espaos de criao certamente

desenvolveriam em muito a rede hoteleira da cidade, assim como a gastronomia e o comrcio em

geral.

premente a criao de portais e painis destacando as belezas da cidade, alm de vincular a

vocao aeronutica da cidade. Cabe ressaltar que em pesquisa aplicada em outubro de 2017 com

jovens do Ensino Mdio os mesmos destacam a necessidade de fortalecer o turismo melhorando o

Parque Ecolgico; Valorizando os Rios; Construindo um Clube de Esportes Aquticos e Lazer e

Investir em Eventos que atraiam pessoas de regio. Todos estes elementos aparecem como aes

fundantes de nosso Plano de Turismo e esto representados no mesmo de forma a gerar melhorias na

cidade como um todo e que respeito opinio do turista e do morador, criando, assim, uma sinergia

benfica a ambos no qual o maior vencedor a prpria cidade de Gavio Peixoto.

Nada mais salutar ento do que potencializar esta soma de elementos componentes dos

atrativos tursticos municipais e edificar novos postais tursticos como incremento de servios.

Certamente com esta composio o municpio crescer por induo seu setor de servios, rede

hoteleira, comrcio, dentre outros. Em economia a procura gera oferta, e no caso de Gavio Peixoto,



esta relao ser de mutualidade no qual todos ganham, estejamos nos referindo aos turistas, aos

muncipes ou ao prprio municpio. Esperamos que o plano de aes que compem o Plano Diretor

de Turismo se torne uma prtica efetiva e gere melhorias no turismo que possibilite o efetivo

incremento de emprego e renda em toda a cidade e melhore a imagem do municpio como um todo.

Este o principal desejo deste rduo trabalho que apresenta suas linhas finais neste momento. A

seguir, apresentaremos todos os elementos constituintes de nosso Plano de Turismo com os

elementos que o municpio pretende construir em prazo de 05 anos, resultado este derivado de uma

soma de iniciativas que pressupe investimentos do poder pblico municipal e tambm do Governo

do Estado de So Paulo via Secretaria de Turismo. Cabe ressaltar que este Plano Diretor foi

apresentado de maneira prvia em audincia pblica realizada no dia 22 de novembro de 2017 ao

membros do Poder Executivo; Poder Legislativo; COMTUR e Sociedade Civil e aprovado por

unanimidade em 29 de novembro de 2017 por todos os presentes na audincia pblica, o que destaca

a importncia que o mesmo assume para a cidade de Gavio Peixoto. Foi nesta esteira que referido

trabalho se orientou. Ouvir a todos para colher os melhores caminhos rumo ao desenvolvimento

turstico da cidade.



3. Objetivos do Plano Diretor de Turismo

O objetivo do Plano Diretor de Turismo est em organizar criteriosamente um planejamento

para fortalecimento e maximizao do turismo no Municpio de Gavio Peixoto. Envolve

articular com todos os atores sociais as principais iniciativas que o municpio deve tomar para

que alavanque o turismo de forma a torn-lo referncia regional e estadual no que diz respeito a

atrao de pessoas que queiram passar parte de seu tempo livre em Gavio Peixoto.

Nesse sentido, mais que uma simples proposta de ao, o Plano Diretor de Turismo de

Gavio Peixoto objetiva vender uma ideia: Gavio Peixoto tem potencial para ser dos grandes

indutores de turismo do Estado de So Paulo, este conceito que nos move e sobre o qual se

situa nossas aes. Para tanto, uma srie de tarefas e elementos sero tomados em conta, a citar:

* Levantar e analisar a situao atual do Turismo em Gavio Peixoto;

* Definir diretrizes, projetos e programas para o Turismo em Gavio Peixoto;

* Concretizar Gavio Peixoto como um receptivo do Turismo de Negcios e Eventos, alm

tambm do Ecoturismo; do Turismo Cultural, do Turismo Religioso e do Turismo de Pesca;

* Atrair investimentos no setor de Turismo do Municpio de Gavio Peixoto;

* Criar atrativos socioculturais;

* Estimular os profissionais recm-formados a permanecerem no municpio;

* Utilizar as ferramentas de grande mdia para tornar a cidade de Gavio Peixoto cada vez

mais conhecida;

* Participar de feiras, exposies e eventos para melhor divulgao de nossas potencialidades

tursticas;

* Avaliar a oferta de servios tursticos e a satisfao da demanda;



3.1 Executores do Plano Diretor de Turismo

Gustavo Martins Piccolo (Prefeito do Municpio de Gavio Peixoto//Professor da

Universidade de Araraquara//Doutor em Educao Especial pela UFSCar);

Ana Lia Silva Souza Dentillo (Turismolga//Professora do Centro Paula Souza e

Professora da Faculdade de Ibitinga)

Secretaria Juventude, Esporte, Lazer e Turismo, Prefeitura Municipal de Gavio Peixoto,

Cmara Municipal;

COMTUR de Gavio Peixoto

Proposta dos Objetivos e Marcos Principais

A nossa proposta implantar um sistema de turismo levando sempre como princpio a

sustentabilidade e no perder oportunidade para o crescimento do Turismo de Negcios e

Eventos, alm tambm do Ecoturismo; do Turismo Cultural, do Turismo Religioso e do

Turismo de Pesca;

Certamente um dos marcos cruciais residiu na criao do COMTUR em Gavio Peixoto,

pela Lei de n 655 de 16 de maro de 2017 pelo Prefeito em exerccio Gustavo Martins

Piccolo, publicada no jornal folha da cidade. Trata-se de um rgo local na conjugao de

esforos entre o Poder Pblico e a Sociedade Civil, sendo esta ultima responsvel por

dois teros de seus participantes, de carter deliberativo e consultivo para o

assessoramento da municipalidade em questes referentes ao desenvolvimento turstico

da cidade.

Decreto n.1053 de 17 de maro de 2017, o qual nomeou interinamente Jessica Aparecida

Alcaraz para conduzir os trabalhos e composio do Conselho Municipal de Turismo de

Gavio Peixoto;

A nomeao dos membros do COMTUR pela portaria n4767/2017 feita pelo Prefeito

Gustavo Martins Piccolo, datada de 31 de maio de 2017 e afixada no pao municipal,

tendo como presidente o senhor Acylino Marcondes Rezende Jnior e contando com

representantes das reas de Turismo; Educao; Meio Ambiente; Cultura; Obras;



Representante do Comrcio; Representante de Restaurantes; Representante Setor Rural;

Representante Setor Hoteleiro e Receptivo.

Tambm figura como marco do desenvolvimento do turismo em Gavio Peixoto a vinda

do Polo Aeroespacial de Gavio Peixoto em 2000;

A criao do Plano Diretor em 2014 que tem como um de seus componentes o

desenvolvimento do turismo, ainda que no detalhe citado item;

A construo de Estao de Tratamento de Esgoto, que entra em operao em 2017 e

contribuir enormemente para a preservao do meio ambiente como um todo;

A Lei de Incentivo as Micro e Pequena Empresas trata-se de elemento fundamental para

o fortalecimento das relaes econmicas no municpio;

A Lei Madeira Legal, que institui a obrigatoriedade da procedncia da origem da madeira

a ser utilizada no municpio, evitando o fortalecimento de prtica danosas e predatrias

ao meio ambiente;

A Lei que cria o CODEMA, Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Todos estes elementos se encontram em anexo e tambm fazem parte deste Plano Diretor de

Turismo, na medida em que se compem como elementos que efetivamente permitem a

transformao dos potenciais tursticos de nosso municpio. Com estes elementos esperamos

modificar favoravelmente a estrutura do turismo em Gavio Peixoto, principalmente mediante apoio

do Governo do Estado de So Paulo de forma a impulsionar as prticas tursticas que aqui sero

desenvolvidas.



4. Breve histrico e Caracterizao do Territrio

Gavio Peixoto tem um histrico recente de emancipao poltica. Apesar de ser uma

comunidade antiga, com fundaes que remontam ao incio do sculo XX, o municpio era distrito

de Araraquara at o ano de 1995, quando seus moradores decidiram pela emancipao poltico

administrativa, criao que foi formalizada pela Lei 9330, de 27 de dezembro de 1995. A primeira

administrao municipal ocorreu no perodo de 1997 a 2000. At o ano 2000 o municpio possui

corte econmico essencialmente voltado ao cultivo agrcola, tendo como base s culturas de laranja

e cana-de-acar, com safra no perodo de abril a novembro, aproximadamente. Desde ento, com a

instalao do Polo Aeroespacial, em que abriga uma unidade da Embraer, a cidade apresentou uma

rpida transformao de suas principais relaes, principalmente nas mobilirias devido ao

crescimento da especulao, caracterstica da chegada de qualquer grande investimento a um

municpio at ento desconhecido em termos de mdia.

Mapa Gavio Peixoto



O municpio de Gavio Peixoto est situado no Centro do Estado de So Paulo. No que se

refere ao turismo, adentrou ao Mapa do Turismo no ano de 2017 e faz parte do grupo nominado

Centro Paulista, que tem como municpio indutor a cidade de Araraquara. Faz parte dos limtrofes de

Gavio Peixoto as cidades de Nova Europa; Boa Esperana do Sul, Araraquara, Mato, Ibitinga.

Ainda como importantes cidades vizinhas cabe ressaltar Tabatinga, Trabiju, Amrico Brasiliense,

Motuca, Rinco, Santa Lcia, So Carlos, Ibat, Dourado. Tais cidades compem o eixo da regio

central do Estado de So Paulo.

No que se refere especificamente ao municpio de Gavio Peixoto, o mesmo possui grande

rea rural, com pouca ocupao urbana devido a prpria caracterstica de sua histrica, a citar, um

municpio jovem, recm-emancipado de Araraquara e que durante a maior parte da histria viveu

como colnia. A principal cultura agrcola do municpio, sem qualquer dvida, a cana de acar,

sendo observadas tambm plantaes de laranja, caf, milho-verde, abacaxi, soja, girassol, dentre

outras. Nos ltimos meses houve um acentuado investimento do setor citrcola na plantao de

milhares de ps de laranja, os quais faro em curto espao de tempo com que o municpio

novamente se torne um dos importantes produtores desta cultura do Estado de So Paulo.

Ainda cabe ressaltar a produo de mel no municpio, com apicultura desenvolvida pelos

prprios muncipes. No que se refere indstria, a produo se concentra basicamente sobre a

EMBRAER. O comrcio possui bares, restaurantes, sorveterias, farmcias, mercados, tica,

borracharia, funilaria, auto eltrica, posto de combustveis, pastelarias, padaria, dentre outros. um

comrcio que vem se encorpando e evoluindo com o crescimento e desenvolvimento da prpria

cidade. O territrio de Gavio Peixoto , em sua maior parte plano, porm, margeado pelo Rio

Jacar-Guau, cujo sinuoso trajeto provoca acidentes naturais que transformam o municpio em

propcio para a prtica de esportes de aventura, alm da pesca. O municpio est situado abaixo do

Aqufero Guarani, o que favorece a obteno de gua pura e cristalina, alm de favorecer a

precipitao de diversos tipos de minas e fenmenos naturais de rara beleza, sendo sobre este

conceito que se erigiu o Parque Ecolgico do Municpio de Gavio Peixoto, um local de rara beleza

edificado sobre as pedras baslticas. Estas so as principais caractersticas do municpio, que ser

apresentado em sua gnese constitutivo no captulo a seguir, e posteriormente apresentaremos seus

principais dados constitutivos.



5. Aspectos Histricos e Culturais de Gavio Peixoto: De Colnia a Municpio

Os apontamentos abaixo destacados foram retirados ipsis literis da volumosa e brilhante

dissertao de Alexandre Marucci Bastos, ex-prefeito de Gavio Peixoto e que publicou seu trabalho

em 2007, intitulado Gavio Peixoto: um sculo de sua histria e as dimenses de sustentabilidade no

seu desenvolvimento, na Universidade de Araraquara-UNIARA.

5.1 A gnese de um lugar chamado Gavio Peixoto

No obstante a nova configurao produtiva estabelecida com a ruptura do modelo da mo-

de-obra escrava no final do sculo XIX havia a necessidade, alm de efetivar o conceito da

utilizao do trabalhador livre introduzido na realidade brasileira, de: atrair imigrantes europeus para

a provncia de So Paulo (tangvel a uma poltica demogrfica de aumento da oferta de mo-de obra

para a economia em geral); da diversificao produtiva (atentando-se questo da monocultura

cafeeira); e da ocupao territorial, tendo o imigrante europeu, consigo mesmo, o grande ideal de

tornar-se proprietrio de terras (FERRARI, 1976). Segundo Ferrari (ibid), a criao dos ncleos

coloniais foi a forma encontrada pelo Estado para compatibilizar o ajustamento premente poca e,

a partir de 1877, efetiva-se a formatao prtica desse processo com a criao de vrios ncleos. No

incio do sculo XX, entre 1905 e 1911, foram fundados os ncleos coloniais oficiais demonstrados

na Tabela 2.1, os quais no tinham nuana alguma de uma colonizao voltada aos interesses de um

progressivo povoamento do pas. Visavam apenas resolver, em curto prazo, o problema da escassez

de mo de- obra na lavoura cafeeira (In MARUCCI, 2007).

Gavio Peixoto, portanto, foi criado juntamente com Nova Europa e Nova Paulicia. Esses

ncleos, chamados Ncleos do Cambuhy, eram, conforme discorre Ferrari (1976), os mais distantes

da capital, que, naqueles tempos, situavam-se na borda da expanso cafeeira para o oeste, em pleno

Planalto Ocidental Paulista, uma regio que era conhecida por sertes de Araraquara.



5.2 A etimologia toponmica de Gavio Peixoto

A etimologia toponmica do municpio de Gavio Peixoto, ou seja, a origem de seu nome

como localidade, j esteve no mbito da controvrsia. A obra patrocinada pelo governo do Estado de

So Paulo, A origem dos nomes dos municpios paulistas, quando da explanao acerca da origem

do nome, no traz discernimento conclusivo. Pois a referida obra, ao discorrer sobre o tema, refere-

se a Bernardo Gavio Peixoto. Porm h duas pessoas com o nome de Bernardo Gavio Peixoto,

ensejando, porquanto, referncias passveis de discusso (MARUCCI, 2007).

Uma delas refere-se homenagem ao 8 presidente da Provncia de So Paulo, Dr. Bernardo

Jos Pinto Gavio Peixoto (1791-1859), ao passo que outra considera uma homenagem a um de seus

filhos, o stimo, Bernardo Avelino Gavio Peixoto; que, conforme j explanado, doou, em 1906,

extensa rea para a instalao dos Ncleos Coloniais de Nova Europa, Nova Paulicia e Gavio

Peixoto, portanto esta ltima em homenagem ao doador (MARUCCI, 2007).

O Ncleo Colonial de Gavio Peixoto foi criado (juntamente com Nova Europa e Nova

Paulicia) pelo Decreto n. 1.432, de 12 de janeiro de 1907. Porm h de se ressaltar um trecho, do

translado da escritura de compra, venda e doao entre Gavio Peixoto e o governo paulista fica

evidente a importncia do ato de Gavio Peixoto, juntamente com sua esposa, dona Josepha Ribeiro

Gavio, na criao dos Ncleos do Cambuhy. Esta determinao em colaborar com o

desenvolvimento do Estado de So Paulo foi devidamente reconhecida pelo governo, tanto que um

dos ncleos recebe o seu nome para perenizar seu gesto.

Portanto, o Ncleo Colonial Conselheiro Gavio Peixoto recebeu este nome a fim de prestar

merecida homenagem, pelo Governo do Estado, a Bernardo Avelino Gavio Peixoto, tornando

patente a importante doao que fizera para a colonizao do estado (FERRARI, 1976, In Marucci,

2007).

5.3 De ncleo colonial a municpio: nove dcadas de histria

Dois anos depois de suas fundaes, os Ncleos do Cambuhy ainda apresentavam um quadro

de baixa ocupao, pois, alm da insignificante imigrao entre os anos de 1907 e 1910, havia ainda



outras questes: a) os meios de comunicao e de transportes eram bastante deficientes; e b)

dificuldades dos colonos no processo de fixao nos lotes, decorrentes de doenas tropicais e do

rigor das exigncias, por parte do governo, no cumprimento do contrato (CINTRO, 1999). As

dificuldades contratuais comearam a se mostrar j no primeiro ano, pois, em 17 de dezembro de

1907, era publicado o Decreto n. 1.541 que alterava o de n. 1.432, dilatando o prazo de pagamento

das parcelas com o claro propsito de incentivar a ocupao dos lotes dos Ncleos do Cambuhy. De

acordo com o Relatrio da Secretaria Estadual da Agricultura, referente aos anos de 1908-1909,

Gavio Peixoto tinha, em 1908, sete lotes rurais com ttulos provisrios expedidos e um concedido;

a populao rural era de 112 pessoas, a urbana de apenas 6 e a escolar de 22 crianas, de 6 a 12 anos.

Nova Paulicia tinha 9 lotes rurais concedidos: a populao rural era de 32 habitantes, entre os quais,

4 crianas de 6 a 12 anos.

O Decreto n. 1.432 j trazia a determinao do governo em efetivar um ramal ferrovirio nos

Ncleos do Cambuhy. Dizia seu Artigo 2: Cada um desses ncleos compreender uma rea

aproximada de dois mil alqueires das terras que forem percorridas pela Estrada de Ferro do

Dourado, que abrir, nos pontos mais convenientes de cada um deles, uma estao com o mesmo

nome do respectivo ncleo. Concomitante aos ajustes para adequar os entraves contratuais,

cumpria-se o planejamento da construo da ferrovia que lhes servisse, conforme se confirma pelos

relatrios da Secretaria da Agricultura.

Em maio de 1894, foi entregue o ramal de Ribeiro Bonito pela Cia. Paulista de Estradas de

Ferro, saindo da estao de So Carlos, no tronco, e com ponto terminal em Ribeiro Bonito. Em 1

de outubro de 1900, com a abertura de uma linha que unia Ribeiro Bonito a Dourado, era

inaugurada a Cia. Estrada de Ferro do Dourado, tambm conhecida como Douradense. Suas

diretrizes foram modificadas em 1906, tendo em vista a criao dos Ncleos Coloniais do Cambuhy.

Seus trilhos atingem Gavio Peixoto em 1 de abril de 1908 e Nova Europa, seis meses aps, em 1

de outubro do mesmo ano. Em 1910, o tronco da Douradense atinge Ibitinga e, em 1939, sua linha

prolongada at Novo Horizonte (MARUCCI, 2007).

A implantao da ferrovia e o estabelecimento de suas estaes, combinado com a dilatao

dos prazos para pagamento dos lotes, incentivaram a demanda de lotes por parte dos colonos (e

imigrantes), provocando, inclusive, uma ateno do governo para que no houvesse concentrao de



propriedade de terra; proibindo-se a venda de mais de um lote a um mesmo colono, exceto quando

este possusse uma famlia de mais de cinco pessoas e pretendesse adquirir outro lote vago, contguo

ao primeiro adquirido (CINTRO, 1999, In MARUCCI, 2007).

Porm, mesmo com a chegada da ferrovia a Gavio Peixoto, no ano de 1908, percebe-se que

a realidade, em 1909, ainda era desafiadora e de grandes dificuldades para os colonos. Conforme o

prprio decreto que criou os Ncleos do Cambuhy informa, estes foram instalados nas terras dos

municpios de Araraquara, Mato e Ibitinga, assim alocados: a) Nova Europa dentro das terras de

Araraquara, Mato e Ibitinga; e b) Gavio Peixoto e Nova Paulicia exclusivamente nas terras de

Araraquara. Esse fato, juntamente com a pequena distncia entre Gavio Peixoto e Nova Paulicia

(apenas 4 quilmetros), fez com que esses dois ncleos apresentassem uma natural miscigenao de

seus preceitos cotidianos; tendo, inclusive um s diretor para ambos, em Nova Paulicia, o Coronel

Francisco Bastos. No raro, referncias usando o nome de apenas um dos ncleos abarcavam ambos,

suprimindo uma distino entre Nova Paulicia e Gavio Peixoto, situao esta que acabou

ensejando a publicao do Decreto n 1.779, de 28 de outubro de 1909, que anexou Nova Paulicia a

Gavio Peixoto, na categoria de Seo.

Nova Paulicia, mesmo como Seo de Gavio Peixoto, fazia-se um centro gerencial, em

decorrncia de l estar instalada a diretoria que, representando o governo do Estado de So Paulo,

administrava os Ncleos de Nova Paulicia e Gavio Peixoto. De acordo com o lbum de

Araraquara uma publicao de 1915 de relevante importncia e cujo teor documental se perfila a

um relatrio sob os auspcios da Cmara Municipal de Araraquara , Nova Paulicia enrijecia seu

status de referncia administrativa. Diz o lbum que, em fins do ano de 1912, Nova Paulicia

elevada a Distrito de Paz, compreendendo a sua povoao e a de Gavio Peixoto, sendo um dos mais

importantes distritos do grande municpio de Araraquara e com uma populao total calculada em

3.500 almas (habitantes).

Assim como a ferrovia, a construo da usina hidreltrica, iniciada em 1908 pela Empresa

Fora e Luz do Jah, foi um marcante investimento em infraestrutura nos primrdios de Gavio

Peixoto. Dedicam-se, com proposital deferncia, algumas pginas desta dissertao usina, na

inteno de preservar um pouco de sua histria, haja vista, a partir de 2005, ser iniciada sua

modernizao e automao, fato este que poderia lanar no esquecimento seu passado no fosse esta

oportunidade ensejada (e aproveitada) para perpetuar sua importncia histrica, principalmente no



que tange a seus maravilhosos equipamentos, os quais foram desmontados em nome da modernidade

tecnolgica e otimizao produtiva. Segundo pesquisa em campo, assim como dados e imagens

fornecidos pelos funcionrios da CPFL Energia S/A Csar Martins Silveira, tcnico de gerao da

GOP/USPE (Gerao e Operao/Usina de Gavio Peixoto), Jos Guilherme de Freitas, engenheiro

do COG (Centro de Operao de Gerao) e o diretor de Operaes, Jos Ferreira Abdal Neto , o

incio das obras deu-se a partir de 1908, com a chegada da ferrovia. A usina iniciou efetivamente

suas operaes em 1913 com dois geradores Siemens Schuckert, os quais eram movidos por turbinas

construdas pela J.M. Voith, equipamentos que foram produzidos em 1911.

Foto Retirado de Marucci, 2007.

poca, a demanda por energia eltrica crescia vigorosamente e era essencial disponibilizar

eletricidade em compasso com o desenvolvimento da regio. Assim, a usina foi ampliada alguns

anos depois com a insero de mais duas turbinas e seus respectivos geradores. A 3 turbina

instalada produzida em 1916 pela Verkstaden Kristinemamn (gerador Westinghouse) entrou em

operao em 1920. Passados mais seis anos, em 1926, entrava em operao a 4 turbina (voltando a



ser da fabricante Voith, com gerador Siemens Schuckert, numa verso bem mais moderna produzida

em 1924).

Pode-se reputar Usina Hidreltrica de Gavio Peixoto o ttulo de museu vivo por quase um

sculo, pois funcionou perfeitamente, mantendo suas caractersticas arquitetnicas originais (alm

de mquinas e equipamentos), at o ano de 2005. A Figura abaixo retrata essa realidade de

pouqussimas mudanas, como, por exemplo, casas funcionais, melhoria da subestao de fora e,

mais uma vez, a escada de peixes; a qual voltou a ser de concreto, margem direita, e que no

possvel ver na imagem do ano de 2005 por estar atrs das rvores.

Com a ferrovia e a energia eltrica se estabelecendo, a infraestrutura ia se transformando em

realidade. E o desenvolvimento dos Ncleos do Cambuhy era, ento, um caminho natural a seguir.

Assim, em 31 de outubro de 1912, por intermdio da Lei n 1.328, era criado o Distrito de Paz em



Nova Paulicia (mesmo sendo uma Seo de Ncleo a partir de 1909), que abrangia, tambm, o

Ncleo de Gavio Peixoto, os quais dentro do territrio de Araraquara, a Comarca de ambos.

Segundo Ferrari (1976), o principal motivo da diferena de perfil produtivo entre os Ncleos do

Cambuhy consiste no fato de Gavio Peixoto ter maior nmero de colonos brasileiros e de j

residentes no pas, que dominavam melhor as tcnicas agrcolas; ao passo que em Nova Europa

predominavam colonos recm-chegados. Destes, grande parcela no era de agricultores em seu

pas de origem e, entre os poucos que eram, havia as diferenas de clima e da gama de culturas,

consoantes s metodologias agrcolas locais, a serem consideradas.

Chegava a dcada de 1920 e com ela, conforme coloca Lorenzo e Fonseca (In Marucci,

2007), os saltos qualitativo e quantitativo para as atividades de transformao industrial na regio,

advindos do crescimento do mercado cafeeiro (e eficincia da atividade cafeeira), da maior

disponibilidade de energia eltrica, do grande aumento populacional e da diversificao dos

mercados locais. Contudo, at o incio dos anos de 1920, as chamadas doenas tropicais grassavam

com virulncia, principalmente no Ncleo de Gavio Peixoto, pelo fato de este contar com maior

nmero de cursos dgua que Nova Paulicia e, com isso, contribuir com a proliferao de

hemotozorios. Essa situao retraa o potencial da localidade. Mas, a partir do momento em que os

resultados obtidos com aes sanitrias se mostraram favorveis, Gavio Peixoto tambm passou a

enveredar pela trilha do desenvolvimento, solidificando o restabelecimento de sua pujana

(FERRARI, 1976, In MARUCCI, 2007).

A partir do Decreto n 3.649 de 8 de novembro de 1923, Gavio Peixoto saa da tutela do

estado e, com a participao do prefeito de Araraquara, Plnio de Carvalho, do presidente da Cmara

Municipal araraquarense, Bento de Abreu Sampaio, do delegado capito Tertuliano Soares Leito e

de Nicodemo Senapechi (influente agricultor) e Sebastio Ramalho de Mendona (escrivo de Paz),

em 5 de dezembro de 1924, por intermdio do Decreto n. 1.993, o Distrito de Paz transfere-se de

Nova Paulicia para Gavio Peixoto, onde permanece at hoje. A partir do momento em que Gavio

Peixoto passou a ser distrito de Araraquara e administrado por esta, houve uma tutela mais prxima,

no obstante de difcil sinergia entre ambos, devido s condies de transporte. Conforme coloca

Ferrari (1976), as vias carroveis eram precrias e a utilizao da ferrovia lanava o distrito mais

para a realidade de So Carlos do que sua prpria sede, Araraquara. Tal colocao ganha mais

consistncia quando se considera a alterao da linha da Douradense. Em decorrncia de o trecho



original entre Ribeiro Bonito e Dourado (via Ferraz Salles) se apresentar muito acidentado, em

1910 foi aberta uma nova linha ligando Ribeiro Bonito diretamente a Trabiju, pelo ramal Sampaio

Vidal, o que resultou na diminuio substancial da distncia entre Gavio Peixoto e So Carlos, no

s em quilmetros como, principalmente, em tempo despendido.

Em 1949 a Cia. Paulista de Estrada de Ferro adquiriu a Douradense, adicionando, sua linha-

tronco, o ramal de Ribeiro Bonito a Novo Horizonte, localidade que havia recebido os trilhos da E.

F. Dourado em 1939. Os fatos relevantes da dcada de 1940 se encerraram com a determinao da

comunidade em concluir as obras da Matriz da cidade, com a construo de sua torre.

Em 1976, Gavio Peixoto consegue enfim, no governo de Clodoaldo Medina (1972-1976),

um caminho pavimentado at Araraquara, que consistiu em uma estrada asfaltada de

aproximadamente 14 quilmetros entre Gavio Peixoto e a Rodovia Washington Luiz a Ibitinga

SP-331 40. A SP-331, desde sua implantao, tornou-se um importante eixo rodovirio para o

desenvolvimento no s de Gavio Peixoto como tambm de Nova Europa, Tabatinga e Ibitinga.

Quanto ligao entre Gavio Peixoto e a SP-331, registra-se que esta foi denominada Jos Cutrale,

o qual, assim como a Famlia Fischer, proporcionou a alavancagem da citricultura na regio nos

anos de 1980. Nesse ensejo, salienta-se que na dcada de 1970 tambm se deu o incio da efetivao

da citricultura no municpio e na regio.

Iniciam-se os anos de 1980 e j em 1981, no 1 governo de Waldemar De Santi (1976-1982),

era entregue populao, aos 30 dias de agosto, a 1 creche de Gavio Peixoto; instalada na antiga

sede do Centro Cvico XV de Novembro, a qual, conforme j referido, tornou-se patrimnio pblico

fruto de doao feita Prefeitura pela agremiao. A dcada de 1980 foi decisiva para a

infraestrutura rodoviria de Gavio Peixoto, fato que veio marcar a 2 gesto de Clodoaldo Medina

no distrito, conforme se discorre a seguir:

Em 19 de agosto de 1984, efetivou-se a ligao pavimentada direta com Araraquara a

Rodovia Nelson Barbieri;

Em 1986 foi pavimentada, em etapas, a Estrada do Tamba (obra realizada em parceria entre

a Fischer/Citrosuco e a Prefeitura de Araraquara);

Aos 27 dias de novembro de 1987, mais duas estradas so entregues: a) Rodovia Prefeito

Engenheiro Jos dos Santos um prolongamento da Rodovia Cottar Tannuri, ligando Gavio



Peixoto (passando pelas vilas de Ponte Alta e Pedra Branca) SP-255 (Rodovia Comandante

Joo Ribeiro de Barros); rodovia esta que leva a Boa Esperana do Sul, Dourado, Bocaina e

Ja; e b) Rodovia Leonardo Cruz, no trajeto Gavio Peixoto-Nova Paulicia-Nova Europa.

Pelo fato de a msica ter participao intensa na vida da sociedade gavionense, destaca-se a

inaugurao do novo coreto na Praa Central, em 23 de dezembro de 1984. No obstante uma

cabvel conotao de descaso, qui abandono, por parte da cidade-sede nos primeiros anos da

dcada de 1990, enseja-se, pelo fato de a ltima obra ser exatamente o velrio, certa dose de ironia;

pois um ano e oito meses aps sua inaugurao, no dia 21 de maio de 1995, Gavio Peixoto via

falecer sua condio de distrito e decidia seguir seu prprio destino. Momento em que, por meio

de plebiscito, com a presena do governador Mario Covas, o povo gavionense optava pela sua

emancipao poltico-administrativa, iniciando o efetivo processo que encerraria o domnio exercido

por Araraquara em Gavio Peixoto (MARUCCI, 2007).

5.4. Gavio Peixoto emancipa-se de Araraquara

Reiterando, Gavio Peixoto j havia passado por uma emancipao no incio dos anos de

1920, quando saa da tutela do Estado de So Paulo e se submetia aos auspcios de Araraquara. Foi

um processo apenas documental, por meio do Decreto Estadual n. 3.649 de 8 de novembro de 1923,

sem qualquer participao popular. A segunda emancipao, desvinculando-se de Araraquara, foi

distinta da primeira, pois, alm de o contexto jurdico ser bem mais complexo, teve a chancela da

sociedade. Os dados e fatos contidos neste tpico foram obtidos na Resoluo n. 763/94 (gerada a

partir do Projeto de Resoluo n. 16 de 1993) da Assemblia Legislativa do Estado de So Paulo,

assim como, por intermdio de noticirios da poca, pesquisa de campo em rgos oficiais e

anotaes pessoais.

Atendidas todas as condies pertinentes legislao estadual disciplinadora da matria

referente emancipao do Distrito de Gavio Peixoto, oficializada a Resoluo n. 763, de 29 de

julho de 1994, da Assemblia Legislativa de So Paulo, que diz em seu 1 artigo o seguinte:

aprovada a solicitao do Tribunal Regional Eleitoral para a realizao de plebiscito referente

emancipao do Distrito de Gavio Peixoto, pertencente ao municpio de Araraquara.



Como discorrido, o aval plebiscitrio obtido em 21 de maio de 1995 pavimentou o caminho

para que Gavio Peixoto fosse implantado, efetivamente, como municpio, com as posses dos

Poderes Executivo e Legislativo, em 1o de janeiro de 1997, nos termos das redaes dadas a seguir:

Artigo 4. - A instalao do Municpio dar-se- por ocasio da posse do Prefeito, Vice-Prefeito e

Vereadores (Lei Complementar n. 651, de 31/7/1990). Artigo 4 - Os municpios criados pela

presente lei sero instalados, com a posse dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, nos termos da

legislao vigente (Lei n. 9.330, de 27/12/1995).

A conduta procedimental, a fim de fundamentar tal status quo, sempre se pautou pela

obedincia dos ritos ditados pelos instrumentos legais vigentes a cada etapa e momento, o que fazia

o processo de emancipao estar no diapaso das respectivas instncias institucionais, doutrinrias

e/ou cronolgicas. No obstante as exigncias legais serem devida e continuamente observadas e

atendidas, dentro do mbito ntimo do Executivo municipal gavionense, nos primeiros meses de

administrao estabelecia-se um clima temerrio em decorrncia do contexto interposto pela

promulgao da Constituio Federal de 1988; a qual propiciou uma exploso na criao de novos

municpios, motivo que fez surgir uma forte corrente contrria ao cenrio emancipacionista. Tal fato

suscitava a ameaa de Gavio Peixoto poder retornar condio de distrito, mesmo j instalado

como municpio.

A Constituio Federal de 1988, entre outros pontos, promoveu a descentralizao do Estado

brasileiro, conferindo novas prerrogativas e responsabilidades aos estados e municpios, assim como

uma maior liberdade e autonomia a estes. Os citados autores explanam que, assim como foi dada

uma maior liberdade ao municpio, o prprio processo para sua criao tambm foi facilitado com a

prerrogativa de os estados federados estabelecerem as respectivas normas para tanto. Diferentemente

do que ocorria anteriormente, quando a Unio ditava as regras para a criao de novos municpios,

que eram bastante restritivas. Desse modo, o pas assistiu a uma verdadeira exploso de novos

municpios na dcada de 1990, quando foram criadas 1.243 novas cidades. Destas, 73 nos sete

primeiros anos da dcada referida no Estado de So Paulo, saltando de 572 para 645 (nmero que

perdura at os dias atuais, em 2006). Na mesma linha de raciocnio, Lorenzetti (2003)46 esclarece

que at a promulgao da Carta de 1988, o tema de criao de novos municpios era objeto de

dispositivo da Constituio Federal de 1967 (artigo 14 e seu pargrafo nico); combinada com a Lei

Complementar n 1, de 9 de novembro de 1967, e a Emenda Constitucional n 1, de 17 de outubro de



1969. O grande diferencial entre esses dois cenrios reside no fato de que o primeiro era

extremamente restritivo ao tema e o segundo concebeu uma abertura movida por um ideal de

descentralizao que cessava a interferncia do Poder Central, obedecendo aos ditames estaduais.

Na prtica, ainda segundo Lorenzetti (ibid), essa opo se revelou danosa. As Leis

Complementares Estaduais produzidas para regular o novo dispositivo constitucional estabeleceram,

via de regra, requisitos tbios, propiciando a criao de um enorme nmero de municpios, muitos

dos quais visando ao atendimento de interesses ilegtimos, que no resistiam confrontao com

critrios tcnicos. A autora coloca que a maioria dos entes polticos criados no dispunha de receita

prpria compatvel com as demandas de sua auto sustentabilidade (MARUCCI, 2007).

5.5 Gavio Peixoto, agora um municpio

O aval plebiscitrio obtido em 21 de maio de 1995 pavimentou o caminho para que Gavio

Peixoto fosse implantado, efetivamente, como municpio, com as posses dos Poderes Executivo e

Legislativo, em 1o de janeiro de 1997, nos termos das redaes dadas a seguir: Artigo 4. - A

instalao do Municpio dar-se- por ocasio da posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores (Lei

Complementar n. 651, de 31/7/1990). Artigo 4 - Os municpios criados pela presente lei sero

instalados, com a posse dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, nos termos da legislao vigente

(Lei n. 9.330, de 27/12/1995).

A conduta procedimental, a fim de fundamentar tal status quo, sempre se pautou pela

obedincia dos ritos ditados pelos instrumentos legais vigente a cada etapa e momento, o que fazia o

processo de emancipao estar no diapaso das respectivas instncias institucionais, doutrinrias

e/ou cronolgicas.

No obstante as exigncias legais serem devida e continuamente observadas e atendidas,

dentro do mbito ntimo do Executivo municipal gavionense, nos primeiros meses de administrao

estabelecia-se um clima temerrio em decorrncia do contexto interposto pela promulgao da

Constituio Federal de 1988; a qual propiciou uma exploso na criao de novos municpios,

motivo que fez surgir uma forte corrente contrria ao cenrio emancipacionista. Tal fato suscitava a

ameaa de Gavio Peixoto poder retornar condio de distrito, mesmo j instalado como

municpio.



Segundo Braga e Pateis a Constituio Federal de 1988, entre outros pontos, promoveu a

descentralizao do Estado brasileiro, conferindo novas prerrogativas e responsabilidades aos

estados e municpios, assim como uma maior liberdade e autonomia a estes. Os citados autores

explanam que, assim como foi dada uma maior liberdade ao municpio, o prprio processo para sua

criao tambm foi facilitado com a prerrogativa de os estados federados estabelecerem as

respectivas normas para tanto. Diferentemente do que ocorria anteriormente, quando a Unio ditava

as regras para a criao de novos municpios, que eram bastante restritivas. Desse modo, o pas

assistiu a uma verdadeira exploso de novos municpios na dcada de 1990, quando foram criadas

1.243 novas cidades. Destas, 73 nos sete primeiros anos da dcada referida no Estado de So Paulo,

saltando de 572 para 645 (nmero que perdura at os dias atuais, em 2006).

Na mesma linha de raciocnio, Lorenzetti (2003) esclarece que at a promulgao da Carta de

1988, o tema de criao de novos municpios era objeto de dispositivo da Constituio Federal de

1967 (artigo 14 e seu pargrafo nico); combinada com a Lei Complementar n 1, de 9 de novembro

de 1967, e a Emenda Constitucional n 1, de 17 de outubro de 1969. O grande diferencial entre esses

dois cenrios reside no fato de que o primeiro era extremamente restritivo ao tema e o segundo

concebeu uma abertura movida por um ideal de descentralizao que cessava a interferncia do

Poder Central, obedecendo aos ditames estaduais (MARUCCI, 2007).

5.6 A implantao do Polo Aeronutico em Gavio Peixoto: com a instalao da EMBRAER

Em 28 de junho de 2000, uma quarta-feira, no Palcio dos Bandeirantes, sede do governo do

Estado de So Paulo, era realizada a cerimnia que oficializava Gavio Peixoto como a cidade

contemplada para receber um dos maiores investimentos de incentivo empresarial at ento

realizados pelo governo de Mario Covas.

Depois que o governo do Estado de So Paulo firmou o Protocolo de Intenes, este seguiu

expropriao das reas, ato procedido por meio do Decreto n. 45.152, de 4 de setembro de 2000, o

qual transcrito sinteticamente a seguir:

Decreto n. 45.152, de 4 de setembro de 2000 Publicado no Dirio Oficial do Estado, em 5/9/2000. DOE-I, p. 2.

Declara de utilidade pblica, para fins de desapropriao, reas de imveis situadas no Municpio de Gavio Peixoto,

necessrias ao Estado de So Paulo, para a criao de Plo Industrial, Tecnolgico, Aeronutico e Aeroespacial.



Artigo 1 - Ficam declarados de utilidade pblica, a fim de serem desapropriados pela Fazenda do Estado de So Paulo,

por via amigvel ou judicial, imveis a seguir caracterizados, situados no Municpio de Gavio Peixoto, necessrios ao

Estado de So Paulo, para a criao de Plo Industrial, Tecnolgico, Aeronutico e

Aeroespacial, imveis esses que constam pertencer a Roberto Paulino, Geraneo Participaes Ltda. E Hibisco

Participaes Ltda., Agropecuria Affonso Giansante Ltda., Sucoctrico Cutrale Ltda., de acordo com os registros

constantes do 2 Cartrio de Registro de Imveis de Araraquara, entre outros...

Artigo 2 - Fica a expropriante autorizada a invocar o carter de urgncia no processo judicial de desapropriao, para os

fins do disposto no artigo 15 do Decreto da lei Federal n. 3.365, de 21 de junho de 1941, alterado pela Lei Federal n.

2.786, de 21 de maio de 1956.

Artigo 3 - As despesas com a execuo do presente decreto correro por conta de verba prpria da Secretaria da

Cincia, Tecnologia e Desenvolvimento Econmico.

Artigo 4 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicao.

Palcio dos Bandeirantes, 4 de setembro de 2000

MRIO COVAS

Com o Protocolo de Intenes firmado e o Decreto 45.152 publicado, a Embraer iniciou a

busca por uma sede na rea urbana para desenvolver as atividades administrativas de sua nova

unidade. Em razo das dificuldades de se encontrar um imvel compatvel s suas necessidades,

assim como em decorrncia da realidade financeira imobiliria esdrxula que acabou dominando

Gavio Peixoto, a empresa acabou se instalando em parte do Pao Municipal; e, definido seu

endereo jurdico, era emitido, em 31 de agosto de 2000, o CGC/MF (CNPJ) n 60.208.493/0009-39

da nova unidade (com o advento da reestruturao acionria da Embraer, em maro de 2006, o CGC

foi alterado para 07.689.002/0004-21). Com a posse definitiva das reas para o governo do Estado

de So Paulo, este as cedeu em comodato por 35 anos Embraer. Assim, aos 21 dias de dezembro

de 2000, era lanada a Pedra Fundamental que marcava oficialmente o incio das obras do Polo

Aeronutico de Gavio Peixoto (Figura abaixo).



Aps a concluso da instalao da EMBRAER no Municpio de Gavio Peixoto podemos

observar uma transformao repentina em diversos elementos da cidade. Inicialmente, a especulao

mobiliria tomou conta de nossa cidade devido a instalao de um grande empreendimento, que

efetivamente altera o lcus societal de qualquer pequeno municpio. Gavio Peixoto adentrou ao

cenrio nacional mediante a instalao de empresa de grande porte em pequena localidade, o que a

fez conhecida em diversos cantos. Desde ento, as visitas a cidade por diversos migrantes e turistas

passou a ser comum, fenmeno esse que transformou a realidade da pacata cidade. A EMBRAER

atualmente ocupa importante papel no cenrio econmico nacional e continua sendo das lderes de

fabricao de aeronaves no pas e das grandes exportadora nacional. Sua atividade no municpio de

Gavio Peixoto, desde 2014, com a vinda da Presidenta da Repblica, a ExcelentssimaSenhora

Dilma Vana Roussef e do Excelentssimo Governador Geraldo Alckmin, se concentra sobre a rea

de defesa. Praticamente, toda a rea de defesa da empresa se encontra instalada em Gavio Peixoto,



cujo principal produto tecnolgico atual o fabrico do cargueiro KC-390 e do caa Grippen, dentre

outros avies.

Abaixo apresentamos imagens da planta da EMBRAER em Gavio Peixoto.



Primeira Imagem do KC-390, quando da inaugurao de sua Planta

Imagem da Pista de Aterrisagem/Decolagem da Embraer Gavio Peixoto (2 Maior do

Planeta)



Primeiro KC-390 Concludo para Testes

Devido a estes elementos efetivamente Gavio Peixoto entra na rota do turismo de negcios,

sendo um dos maiores centros atrativos do ponto de vista de negcios no setor da aeronutica do

Estado de So Paulo. So milhares os visitantes que aqui esto durante todo o ano, sendo os mesmos

das nacionalidades mais distintas que visitam a empresa em busca de fechar negcios em seus pases

de origem. Assim torna-se inegvel a necessidade de transformar o municpio em Centro Indutor de

Turismo, que certamente muito incrementaria ao municpio e ao Governo do Estado de So Paulo

como um todo. Ademais destes elementos, as outras potencialidades tursticas certamente em muito

agregam ao municpio, na medida em seus rios, cachoeiras, quedas dgua, suas belezas histricas

como a Estao Frrea e a Usina Hidroeltrica, as belezas culturais dos tradicionais festejos e a

beleza religiosa de suas igrejas, alm de seu Parque Ecolgico que tem atrado muitos turistas de

todas as regies. Estes fenmenos constituem uma mostra fundamental do intenso poderio atrativo

que o municpio pode representar em curto espao de tempo, denotando a cidade como um dos

destinos tursticos do Estado de So Paulo pelos mais variados motivos.



6. ndices e Dados do Municpio

Apresentaremos neste captulo os principais dados sobre o municpio de Gavio Peixoto em

sua curta histria de existncia enquanto municpio emancipado. Para tanto, nos valemos de dados

do IBGE, do Governo do Estado de So Paulo, da pesquisa sobre o municpio realizada por Marucci

(2007) e todos os elementos que so importantes histria constitutiva do municpio.

Identificao do Municpio em Relao ao Estado de So Paulo

Smbolos do Municpio: Bandeira e Braso de Gavio Peixoto



Dados Demogrficos de Gavio Peixoto

rea da unidade territorial - 2016 243,766 km Estabelecimentos de Sade SUS 4 estabelecimentos Matrcula - Ensino fundamental - 2015 585 matrculas Matrcula - Ensino mdio - 2015 163 matrculas Nmero de unidades locais 183 unidades Pessoal ocupado total 3.328 pessoas PIB per capita a preos correntes - 2014 24.304,31 reais

Populao Residente 2010 4.419 pessoas Populao Residente Projeo Censo 2017 4.739 pessoas

Populao residente - Homens 2.284 pessoas Populao residente - Mulheres 2.135 pessoas Populao residente alfabetizada 3.730 pessoas Populao residente que frequentava creche ou escola 1.767 pessoas Populao residente, religio catlica apostlica romana 2.971 pessoas Populao residente, religio esprita 38 pessoas Populao residente, religio evanglicas 1.074 pessoas Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domiclios

particulares permanentes - Rural 466,00 reais

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domiclios

particulares permanentes - Urbana 541,00 reais

Valor do rendimento nominal mdio mensal dos domiclios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situao do domiclio - Rural 1.763,78 reais

Valor do rendimento nominal mdio mensal dos domiclios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situao do domiclio - Urbana 1.939,76 reais

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, 2010

Dados sobre rea, densidade, IDH, PIB

rea da unidade

territorial 2016 (km)

243,766

Densidade

demogrfica 2010

(hab/km)

18,13

Cdigo do Municpio 3516853

Gentlico Gavionense

INDICADORES

IDH-M/2017 0,763 elevado PNUD/2000[4]

PIB R$ 74 099,098 mil IBGE/2008[5]

PIB per capita R$ 17 492,70 IBGE/2008[5]

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humanohttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humanohttps://pt.wikipedia.org/wiki/PNUDhttps://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_interno_brutohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Real_(moeda)https://pt.wikipedia.org/wiki/IBGEhttps://pt.wikipedia.org/wiki/2008https://pt.wikipedia.org/wiki/2008https://pt.wikipedia.org/wiki/Produto_interno_bruto#PIB_per_capitahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Real_(moeda)https://pt.wikipedia.org/wiki/IBGEhttps://pt.wikipedia.org/wiki/2008https://pt.wikipedia.org/wiki/2008



Clima e Hidrografia

Clima: Clima tropical Bioma: Cerrado

Temperatura Mdia Anual: 23,8 Umidade Relativa do Ar (Mdia Anual): 48%

Formao Vegetal: Mata Ciliar (Floresta

Ripria): adensamento da vegetao localizada

ao longo do curso dos rios, formando a mata

que protege a margem dos rios da eroso e

abriga os animais silvestres.

Solos: Areias Quartzosas, Planossolos e

Litlicos e Hidromrficos

Relevo: Plancies Aluviais, Colinas Amplas e

Colinas Mdias

Aspectos geolgicos: Domnio das coberturas

da sedimentares e Vulcano-sedimentares

mesozoicas e paleozoicas pouco a

moderadamente consolidadas, associadas a

grandes e profundas bacias sedimentares do

tipo sinclise.

Bacia Hidrogrfica: Rio Jacar-Guau; Rio

Itaquer.

Dados Educao

Docentes por nvel

Varivel Gavio Peixoto So Paulo Brasil

Pr-escolar 19 633,04 3.079,06

Fundamental 49 2.946,13 15.495,21

Mdio 11 1.299,71 5.697,34

Nmeros de escolas por nvel


Pr-escolar/Berrio 2 122,48 1.050,40

Fundamental 1 148,17 1.340,77

Mdio 1 64,32 279,93

Matrculas por nvel


Pr-escolar 126 10.868,71 49.165,25

Fundamental 585 53.307,30 278.253,38

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Jacar%C3%A9-Gua%C3%A7u



Mdio 163 18.505,13 80.748,81

Nmero de matrculas, por srie escolar 2008 - 2015

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Creche 151 109 140 131 159 159 175 177

Pr-escola 186 128 101 121 110 126 145 126

Ensino fundamental 621 700 675 667 646 634 581 585

Quadro das Avaliaes Educacionais - Anos Iniciais do Ensino Fundamental - ANA - Srie

Histrica Gavio Peixoto/SP



Dados Histricos IDEB

Quadro das Avaliaes Educacionais Gavio Peixoto/SP- Anos Iniciais do Ensino

Fundamental - Prova Brasil - Participao

Mdias de Proficincia da sua Rede

Resultado nas edies anteriores - 5 ano

Lngua Portuguesa

Matemtica

Ano

2013

186,97 203,75

2015

207,10 221,29

Evoluo Notas IDEB



Os dados apresentados abaixo nos permitem observar as projees positivas da educao no

municpio. De forma geral todos os indicadores apresentaram melhoras, algumas delas significativas

como o resultado da Prova referente a Avaliao Nacional de Aprendizagem divulgada em 2017. Tal

retrato condiz com o investimento que tem sido feito na rea da educao e com as melhorias

globais atinentes a mesma, tal qual a implantao do sistema integral de ensino. No que se refere ao

clima observamos o mesmo como propcio a prtica do turismo, sendo o mesmo ensolarado na

maioria dos dias. Ainda importante que o municpio apresenta uma srie de matas absolutamente

preservadas, sendo excelentes a prtica do ecoturismo. Achei que misturou o assunto educao com

clima. Essa informao do clima no pode ser colocada em outro lugar?

Taxas de Criminalidade

Fonte: Secretaria de Segurana Pblica do Estado de So Paulo



Na figura acima percebemos o baixssimo ndice de criminalidade no municpio. Cabe

ressaltar que o ltimo homicdio registrado ocorreu em 2012, ou seja, h mais de 05 anos, o que

torna Gavio Peixoto um dos municpios mais seguros do Estado de So Paulo. Outros dados

importantes merecem ateno como o baixo nmero de roubo e roubo veculo, prtica que tem

sido comum em outras cidades e que tem afugentado diversos turistas. Somente trs ocorrncias

foram registradas em 2015 e em 2016, nmero extremamente reduzido. Esse dado demonstra o bom

papel que vem sendo desepenhado pela Polcia Militar do Estado de So Paulo em parceria com o

municpio.

ndices Econmicos



Pessoas Ocupadas por Setor

Pessoas ocupadas por setor 2007 - 2013

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Agricultura 1825 1686 1630 1695 1493 1661 1238

Comrcio 113 44 36 51 57 61 73

Indstria 1936 2084 1936 1899 1800 1907 1912

Servios 1187 287 338 352 438 363 354

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

Os dados econmicos do municpio de Gavio Peixoto retratam a primazia que a Embraer

desempenha enquanto agregador da principal atividade econmica do municpio, na medida em que



a indstria representa percentual significativa do nvel de empregabilidade e tambm corporifica a

renda mais expressiva apresentada pelos muncipes, at mesmo quando comparada a outras

atividades industrias ocorridas em municpios da mesma regio administrativa. Estes dados que se

apresentam hoje foram objeto de anlise em sua protoforma, na medida em que ainda no estavam

sedimentados, por Marucci (2007), que analisou os perfis laboriosos e atitudinais da populao de

Gavio Peixoto. Estes dados foram produzidos em 2007, mas certamente nos ajudam a compreenso

mais geral do municpio como um todo. Apresentaremos grficos/tabelas que ilustram uma anlise

da situao ocupacional do municpio h uma dcada, dados estes que em sua boa parte se repetem

at os dias atuais e encontram guarida nos dados por ns apresentados.

TABELA 1. Expectativa popular de algum da famlia vir a trabalhar na Embraer (Retirada de Marucci, 2007)



TABELA 02 Os porqus das expectativas de algum da famlia vir ou no a trabalhar na Embraer (Retirada de Marucci, 2007).

Citado dado demonstra cristalinamente a importncia e o desejo da populao de

Gavio Peixoto em trabalhar na empresa Embraer, que o principal centro agregador em potencial

de mo de obra do municpio e a instituio que melhor remunera. Estes dados esto obnubilados na

antena ter um futuro melhor. Nesse diapaso torna-se evidente a vocao de Gavio Peixoto no que

se refere ao desenvolvimento do turismo de negcios, todavia, e isto importante assinalar

justamente no sentido de valorizao desta caracterstica, mas tambm na diversificao da mesma

que reside a construo deste Plano Diretor de Turismo, o qual objetiva diversificar ainda mais a



economia do municpio, aproveitando outras importantes potencialidades que o mesmo apresenta.

Este o desafio que consolidamos a partir deste momento, ou seja, efetuar a dinamizao do turismo

para que este represente um importante papel e filo da sociedade gavionense. So vrios os

exemplos que demonstram a possibilidade de tal intento, tais como a cidade de Brotas, Ibitinga,

dentre outras e justamente nesta linha de conduta que objetivamos trilhar nossos passos

constitutivos de uma nova sociedade.

Linha Geral da Economia de Gavio Peixoto (Retirada de Marucci, 2007)

O grfico de linha de tempo representativo no que diz respeito composio histrica das

atividades econmicas de Gavio Peixoto. O mesmo representa com clareza meridiana as sucesses

dos diferentes tempos histricos e a predominncia do setor aeronutico em 2000 quando da

implantao da Embraer.

Outros dados estatsticos importantes do Municpio de Gavio Peixoto

Total de Veculos no Municpio


Automveis 1.289 17.247.123 51.296.981

Caminhes 69 669.056 2.684.227

Caminhes-trator 5 162.501 606.679

Caminhonetes 202 1.825.129 6.880.333

Caminhonetas 76 1.105.626 3.053.759

Micro-nibus 15 118.291 383.325

Motocicletas 147 4.378.772 20.942.633

Motonetas 9 828.036 3.990.558

nibus 24 155.317 601.522

Tratores 0 10.695 30.896

Utilitrios 4 225.204 707.152



Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

Pirmide Populacional

Pirmide Populacional

Idade Gavio Peixoto So Paulo Brasil

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

0 a 4 anos 162 148 1.361.616 1.313.756 7.016.614 6.778.795

5 a 9 anos 178 161 1.457.203 1.403.430 7.623.749 7.344.867

10 a 14 anos 187 174 1.687.826 1.637.087 8.724.960 8.440.940

15 a 19 anos 200 207 1.667.482 1.636.426 8.558.497 8.431.641

20 a 24 anos 230 211 1.835.222 1.802.466 8.629.807 8.614.581

25 a 29 anos 212 196 1.881.495 1.908.294 8.460.631 8.643.096

30 a 34 anos 185 164 1.741.346 1.815.101 7.717.365 8.026.554

35 a 39 anos 174 169 1.549.270 1.634.851 6.766.450 7.121.722

40 a 44 anos 172 153 1.444.230 1.536.444 6.320.374 6.688.585

45 a 49 anos 148 128 1.308.853 1.444.270 5.691.791 6.141.128

50 a 54 anos 116 100 1.149.501 1.286.603 4.834.828 5.305.231

55 a 59 anos 89 87 930.303 1.057.688 3.902.183 4.373.673

60 a 64 anos 68 78 705.940 831.069 3.040.897 3.467.956

65 a 69 anos 44 47 499.180 609.906 2.223.953 2.616.639

70 a 74 anos 53 44 371.655 484.550 1.667.289 2.074.165

75 a 79 anos 38 30 246.532 354.796 1.090.455 1.472.860

80 a 84 anos 17 25 150.452 246.113 668.589 998.311

85 a 89 anos 8 8 63.558 121.030 310.739 508.702

90 a 94 anos 3 3 20.758 45.806 114.961 211.589

95 a 99 anos 0 1 4.534 12.323 31.528 66.804

Mais de 100 anos 0 1 917 2.317 7.245 16.987

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Dados Domiciliares

Rendimento Domiciliar per capita - 2010

At 1/2 salrio mnimo 164

De 1/2 a 1 salrio mnimo 445

De 1 a 2 salrios mnimos 532

De 2 a 5 salrios mnimos 148

Mais de 5 salrios mnimos 15

Populao residente, por grupos de idade - 2010

0 a 14 anos 1017

15 a 59 anos 2941

60 anos ou mais 461



Populao residente e domiclios 1980 - 2010

1970 1980 1991 2000 2010

Domiclios - - - 1068 1334

Populao - - - 4126 4419

Nmero de eleitores, por grupos de idade - 2010

16 e 17 anos 78

18 a 69 anos 3604

70 anos ou mais 246

Dados da Sade

Estabelecimentos de Sade


Federais 0 29 950

Estaduais 0 181 1.318

Municipais 4 5.640 49.753

Privados 0 8.365 42.049

O municpio possui uma Pronto Socorro Municipal (Unidade de Pronto Atendimento); 02 Ncleos da Sade da Famlia; 01 Unidade Bsica da Sade com Centro de Fisioterapia Especial E Ncleo de Apoio a

Sade da Famlia.

Notificaes de dengue registradas 2007 - 2012

2007 2008 2009 2010 2011 2012

- 4 2 5 28

O municpio enfrentou srios problemas com a exploso de casos de dengue em 2011, mas que felizmente foi solucionado desde 2012, se mantendo inalterado at aqui.

Dados Coleta Lixo; Abastecimento de gua e Esgoto Sanitrio (Fonte: Governo do

Estado de So Paulo)

Coleta de Lixo - Nvel de Atendimento - Censo Demogrfico (Em %) - 2010

Municpio 100,00

RG 99,83

RA 99,85

Estado 99,66

Abastecimento de gua - Nvel de Atendimento - Censo Demogrfico (Em %) - 2010

Municpio 100,00

RG 99,43

RA 99,50

Estado 97,91

http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4http://www.perfil.seade.gov.br/#4



Esgoto Sanitrio - Nvel de Atendimento - Censo Demogrfico (Em %) - 2010

Municpio 99,82

RG 98,95

RA 98,96

Estado 89,75

Cabe frisar que at o ano de 2017 o municpio conseguiu a universalizao do tratamento de esgoto no que se refere a

coleta e tambm a tratamento, posto que o mesmo tenha construdo sua Estao de Tratamento de Esgoto, que tem

capacidade para realizao de toda a coleta do esgoto produzida pelo municpio, j computando a perspectiva de

crescimento populacional por vrios anos.

Estes dados apresentam um interessante panorama da cidade de Gavio Peixoto, destacando

alguns de seus principais indicadores, tendo como aspectos favorveis o bom nmero de

estabelecimentos de sade em relao a quantidade de habitantes que o municpio possui, o que

permite certamente espao para atendimentos de turistas dos mais diversos, sem qualquer

sobrecarga. Ademais, o municpio realizou timo trabalho no que diz respeito a coleta e

tratamento de esgoto domiciliar, sendo abastecido tambm por gua de tima qualidade. Sua

malha urbana est em timo estado de conservao e quase toda asfaltada. Estes elementos

certamente fazem de Gavio Peixoto um local extremamente agradvel a prtica do turismo como

um todo. Passemos agora a destacar seus marcos localizadores.

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7. Insero regional e acessibilidade acesso rodovirio, ferrovirio, hidrovirio, principais vias urbanas;

Apresentaremos abaixo os principais marcos localizadores de Gavio Peixoto tomando por

marco a capital Braslia e a cidade de So Paulo, principal centro irradiador de uma mirade de

relaes sociais, tursticas e econmicas desenvolvidas no pas. So Paulo, inegavelmente congrega

aquilo que de melhor e mais moderno temos em nosso Estado no que se refere a induo do turismo

como um todo. O municpio de Gavio Peixoto, por estar situado no Centro do Estado de So Paulo

possui fcil rota de acesso para quem transita pelo Estado. Ele no fica longe de nenhum ponto em

especfico devido a sua posio central. A maioria das rotas de acesso se d por rodovias, estradas

ou pelo transporte areo, na medida em que o municpio possui pista de pouso e decolagem

localizada no interior da Embraer. J o transporte hidrovirio e ferrovirio se mostra incipiente. Uma

importante forma de turismo tem se dado tambm pelo percurso de bicicletas nas estradas vicinais,

principalmente na Estrada Nelson Barbieri devido a seu bom estado de conservao. Ademais, a

conservao das estradas rurais tem se mostrado extremamente satisfatria, o que tem permitido a

difuso desta prtica a cada dia mais comum na cidade.

Localizao

Braslia 880 km

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PRESTAÇÃO DE CONTAS - gaviaopeixoto.sp.gov.br · Turismóloga Ana Lia Silva Souza Dentillo Elaboração do Plano Gustavo Martins Piccolo ... comprovam a vocação turística do