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16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Controle de infecção em
postos de saúde e clínicas
ambulatoriais
Maria Clara Padoveze
Escola de Enfermagem da USP
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Conceito de vulnerabilidade
Conceitos de grupos de risco e
comportamento de risco em Aids êxito técnico restrito
produção de estigma, preconceito e culpabilização
Aplicável a outros danos ou condição de
interesse para a saúde pública
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Vulnerabilidade
“a chance de exposição das pessoas ao
adoecimento, resultante de um conjunto de
aspectos que, ainda que se refiram
imediatamente ao indivíduo, são também
relacionados ao coletivo no qual este
indivíduo está inserido.”
Sanchez e Bertolozzi (2007)
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Dimensões da vulnerabilidade
individual: aspectos próprios do ponto de
vista da pessoa que contribuem para seus
potenciais de adoecimento
social: fatores contextuais que levam à
vulnerabilidade individual.
programática: aspectos das instituições que
atuam para reproduzir ou minimizar a
vulnerabilidade social
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Dimensão programática - elementos a
serem conhecidos:
Grau e qualidade do acesso
Forma de organização dos serviços
Vínculo dos usuários com os profissionais
Acolhimento do usuário
Ações para prevenção e controle
Recursos sociais existentes na área de abrangência
os recursos de que dispõem os serviços
o grau e a qualidade do compromisso dos órgãos de saúde
a sustentabilidade das propostas
os valores e competências de suas gerências e técnicos,
o monitoramento, avaliação e retroalimentação das ações,
permeabilidade à participação dos sujeitos sociais para diagnóstico da situação e busca de superação de problemas.
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Infecções Relacionadas a Assistência a
Saúde (IRAS)
progressão e ampliação do conceito de IH:
melhor reflete o risco destas infecções
mais conhecidas as relacionadas a
assistência hospitalar
tendência ao aumento dos casos associados
a atendimento em regime de não internação
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
IRAS em unidades básicas de saúde
Real magnitude do problema desconhecida
recomendações de prevenção focadas na área
de imunização e risco biológico
no Brasil: sem outras normativas específicas ou
roteiros de inspeção
RDC 48: roteiro de inspeção específico para área
hospitalar
Portaria 2616: não abrange instituições não hospitalares
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Contexto da Atenção Básica
A Atenção Básica (ou Primária):
forma de organização dos serviços de saúde
estratégia para integrar todos os aspectos desses
serviços
Tem como perspectivas as necessidades em saúde
da população.
a porta de entrada ao sistema de saúde
local responsável pela organização do cuidado à
saúde dos indivíduos, de suas famílias e da
população ao longo do tempo
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Contexto da Atenção Básica
O compromisso com o Cuidar pressupõe uma
expectativa de beneficência, sem qualquer
maleficência.
as IRAS são produtos indesejados do Cuidado,
sendo a sua prevenção e seu controle
preocupações a ele relativas.
o plano individual de atenção das IRAS é
indissociável do seu caráter social e coletivo
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Papéis da AB na produção de IRAS
a) a sua intrínseca participação no sistema
de saúde e na relação com as unidades
hospitalares potencialmente geradoras de
IRAS;
b) o seu papel específico na produção de
IRAS no próprio local de prestação da
atenção primária.
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Unidade Básica de Saúde
Características
sistema de não internação
Interligado com rede de serviços
atendimento multidisciplinar
baixo risco de infecção
pacientes menos graves
procedimentos menos complexos
contato breve
podem ocorrer surtos
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Profissionais envolvidos
Enfermagem
Enfermeiros, aux, tec.
Odontologia
Dentistas e ASB/TSB/ACD
Fisioterapeutas
Terapeuta ocupacional
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Assistente Social
Farmacêutico + Tec Farmácia
Educador Físico
Médicos
Medicina de Família
Clínicos
Ginecologistas
Pediatras
Dermatologistas
Cirurgiões
Psiquiatras
Segurança
Atendente Técnico Administrativo
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Procedimentos
Odontologia
Clínica
cirúrgica
Curativos, retirada de
pontos
Pequenas cirurgias:
cantoplastia, exerese de
lipomas, suturas
Eletrocardiograma
Exames de sangue
Fornecimento e
Administração de:
Imunobiológicos
medicamentos –
VO/IM/EV/SC/ID e infusão
venosa
Inalação
Instalação e retirada de DIU
Exames de fonoaudiologia,
otoscopia
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Procedimentos
Terapia ocupacional
Fisioterapia
Respiratória
Muscular
Aspiração traqueal
Cuidados com traqueostomia
Troca de canula
Passagem de sonda
Vesical
gástrica
Exame papanicolau
Sonar obstétrico
Glicemia capilar
Teste do pezinho
Coleta de escarro
Coleta de exames de sangue
Manejo de pacientes com doenças transmissíveis
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Desafios para o controle de
IRAS
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Participação no sistema de saúde para
a prevenção de IRAS
Acolhimento das necessidades de saúde
Reduzir atendimentos emergenciais desnecessários
Reduzir as internações sensíveis a atenção primária
Referência e contra-referência: continuidade do
processo de cuidado
Cuidado materno-infantil
Cuidado pré e pós-cirúrgico
Engajamento do paciente no seu papel no controle
de IRAS
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Papel na produção interna de IRAS
Ausência de programas
governamentais que
atendam a
especificidade
Dispor de grupo de
profissionais com
atenção para o controle
de IRAS
Crítico: processamento
de artigos e superfícies
Aplicar normas e
rotinas para assistência
de qualidade
Dispor de estrutura
física adequada
Condições precárias de
mobiliário
Condições ambientais
inadequadas para
higienização e fluxos
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Desafios para o controle de IRAS
Atendimento as
precauções especiais
Tuberculose
Influenza
Varicela
Sarampo
Cachumba
Rubéola
Estabelecer sistemas
de vigilância
epidemiológica para
avaliar a qualidade da
assistência
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Estrutura física
Estrutura física:
Atender a RDC 50, ANVISA
Condições para higiene das mãos
Pias
Dispensadores de sabão líquido
Dispensador de papel toalha
Solução alcoólica francamente incorporada no processo de trabalho
Descarte de pérfuro-cortantes
Não improvisado
Adequado para as dimensões
Fixado em local apropriado
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Estrutura física
Sala para realização de procedimentos invasivos (se
necessários)
Local apropriado para atendimento de pacientes c/
tuberculose bacilífera
Local apropriado para espera de pacientes em situações
de precauções especiais
Local apropriado para DML
Prover condições reais de higienização ambiental
Mobiliário íntegro
Superfícies higienizáveis
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Estrutura física
Condições apropriadas de processamento de artigos
Separação de áreas para artigos sujos e limpos
Condições adequadas de limpeza
Soluções
Escovas
Tecidos para secagem e ar comprimido para tubulações
Condições adequadas para desinfecção
Secagem dos materiais antes de imersão
Imersão completa e por tempo definido
Enxágue abundante, secagem e estocagem individual dos itens
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Estrutura física
Condições apropriadas para esterilização
Autoclave horizontal
Manutenção
Controles químicos, físicos e biológicos
Invólucros adequados
Registro
Controle de qualidade do processo
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Processos de trabalho
Orientação e estímulo para higiene das mãos dos PAS e dos pacientes
Ênfase na solução alcoólica
Educação em saúde para os pacientes
Desenvolvimento de cultura de segurança para todos os procedimentos envolvendo a assistência a saúde
Orientações para precauções especiais no atendimento na recepção
Priorizar o atendimento
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Processos de trabalho
Pessoas treinadas para o processamento de
artigos
Obediências as normas elementares de
processamento de artigos
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Normas e rotinas
Essenciais:
Higiene das mãos
Limpeza de superfícies (mobiliário e
ambiental)
Limpeza, desinfecção e esterilização
prevenção e atendimento a acidentes pérfuro-
cortantes
imunização de profissionais
precauções padrão e precauções especiais
técnicas e procedimentos assistenciais
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Programas de treinamento
Sistemáticos
programados
periódicos
Conteúdo dirigido
atender às necessidades especiais do serviço
voltar-se para aos profissionais-alvo
Documentado
lista de presença
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Considerações finais
A prevenção de IRAS nas UBS depende da melhorias na sua dimensão programática:
Manifestação do compromisso governamental
Manifestação do compromisso institucional
Manifestação do compromisso dos PAS
Os aspectos da dimensão social e individual envolvem:
Análise epidemiológicas de risco convencionais
Engajamento dos pacientes, famílias e sociedade na conquista de melhorias de condições
16a. Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Ribeirão Preto
Obrigada!