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Infecção que ocorre em um paciente durante o processo de assistência em um hospital ou qualquer serviço de saúde:
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
Hospital Homecare Cirurgia ambulatorial
Longa permanência
✓ Não estava presente ou em período de incubação no momento da sua
admissão/assistência/procedimento;
✓ Inclui as infecções adquiridas no hospital, as que aparecerem após a alta hospitalar e também as
infecções ocupacionais.
World Health Organization. "Reportontheburdenofendemichealthcare-associatedinfectionworldwide." (2011).
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
A. Borghesi, M Stronati J Hosp Infection (2008)68,293-300
As infecções estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade
em unidades de terapia intensiva neonatal
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
Fonte: Anahp. Observatório 2019. Publicação Anual, Edição 11, 2019.
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
Ressalta-se que a maioria das IRAS, 34,8% foi determinada pela
contaminação cruzada, e, portanto, causada pelo próprio ambiente
insalubre e pelas mãos contaminadas dos trabalhadores de sáude que
atuam na UTIN.
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)
Características de uma Unidade Neonatal
ImunodeficiênciaDesenvolvimento
mental/físico Prematuridade Doença de basePeso nascimento
Família
BrinquedosImunização
Duração da hospitalizaçãoProcedimentos invasivos
Área física
Características de uma Unidade Neonatal
➢ RN é imunocomprometido;
➢ Taxas de IRAS variam de acordo com o nível de cuidado;
➢ Dispositivos invasivos aumentam risco de infecção;
➢ Alto risco para infecção grave e dificuldade diagnóstica: uso de ATM de amplo espectro;
➢ RN “doente” se coloniza rapidamente com microbiota resistente;
➢ RNs colonizados são as principais fontes de microrganismos para outros bebês na UTIN;
➢ Transferência de microrganismos pelas MÃOS das equipes assistenciais de e para os RNs e
o ambiente;
➢ Equipamentos e materiais são fontes importantes de surtos infecciosos.
MendicinoN et al.. Neonates. APIC. TextOnline 2017 http://text.apic.org/toc/infection-prevention-for-specialty-care-populations/neonates
Risco de IRAS
➢ RN saudáveis ≥ 37 semanas de IG
➢ Peso ao nascimento ≥ 2.000 g
➢ Curta permanência hospitalar
➢ Raramente são submetidos a procedimentos
invasivos
➢ Taxas IH entre 0,3 a 1,7 por 100 admissões -
Menor risco de IRAS
Coffin SE, ZaoutisTE. Healthcare-Associated Infections in the Nursery. In: Remington JS, et al., eds. Infectious Diseases of the Fetus and Newborn Infant, 7th ed. 2011
➢ Baixo Peso Nascimento;
➢ Disfunção sistema imunológico;
➢ Quebra de Barreiras naturais de defesa (pele e mucosas);
➢ Doença de base e gravidade;
➢ Microbiota ausente;
➢ Antibioticoterapia de amplo espectro (>10 dias);
➢ Procedimentos invasivos -cateteres vasculares, ventilação
mecânica, cirurgia e uso de NPT;
➢ Ambiente: espaço físico, equipamentos, RH.
MendicinoN et al.. Neonates. APIC. TextOnline 2017 http://text.apic.org/toc/infection-prevention-for-specialty-care-populations/neonates
Baixo risco Alto risco
Risco de IRAS nos prematuros: manuseio excessivo
Cenário complexo
Cuidado integral
Elevados riscos
Equipe multi
Rápida tomada de
decisão
Sobrevivência
Calcula-se que, em um período de internação de cerca de quatro meses,
a criança é manipulada de 82 a 132 vezes por dia
(SCOCHI et al., 2001).
Quando o mínimo é, na verdade, o máximo que se pode oferecer.
Como garantir a segurança do paciente na prevenção das
IRAS?
Qual impacto das IRAS?
➢ Aumenta o sofrimento do paciente e familiares;
➢ Causa incapacidade temporária ou permanente;
➢ Causa morte;
➢ Prolonga hospitalização;
➢ Aumenta necessidade de maior nível de cuidado;
➢ Aumenta custos para paciente, serviços de saúde e
Sistema de Saúde.
Prevenir infecção
Requer que o profissional:
•Conhecimento sobre IRAS, modos de transmissão e medidas
preventivas
•Atitude de cooperação e comprometimento
•Habilidades necessárias para prestar assistência segura!
Como prevenir IRAS
I. Quebrando os elos de ligação da cadeia de
transmissão de microrganismos.
II. Aderindo às medidas:
A. Precauções Padrão
B. Precauções Específicas
III. Utilizando técnicas padronizadas / assépticas.
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa
%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373
Como prevenir a transmissão de microrganismos em serviços de saúde?
Garner, J. (1996). Guideline for Isolation Precautions in Hospitals.Infection Control & Hospital Epidemiology,17(1), 54-80. doi:10.1017/S0195941700006123
Entender como ocorre a transmissão de microrganismos!!!-Entender onde/como quebrar os elos de ligação-Aplicar as medidas preventivas
L
Habilidades
➢ Aplicar medidas das Precauções Padrão;
➢ Utilizar EPIs corretamente;
➢ Encorajar outros – melhores práticas;
➢ Notificar quebras de técnica que coloquem
em risco o paciente e/ou profissional;
➢ Observar sinais e sintomas de infecção para
detecção precoce e tratamento;
➢ Avaliar necessidade em instituir Precauções
Contato, gotículas e aerossóis.
Modos de transmissão de microrganismos
Fonte: http://virologydownunder.blogspot.com/2014/08/ebola-virus-may-be-spread-by-droplets.html
Ex: Vírus influenza, caxumba, rubéola, N. meningitidis
Ex: M. tuberculosis,vírus sarampo, VVZ (varicela, zoster localizado em imunossuprimido ou disseminado)
Ex: VSR; Parainfluenza, Adenovírus, Vírus varicela –zoster (VVZ), Bactérias sensíveis e MR
Como quebrar a cadeia detransmissão de microrganismos?
As mãos dos profissionais de saúde são um reservatório de microrganismos –controlado com adequada
higienização das mãos.
Colonização persistente das mãos devido a:
▪ Omissão ou lavagem inadequada das mãos
▪ Contaminação de torneiras
▪ Unhas naturais ou artificiais pintadas e longas, pulseiras, anéis
Equipe assistencial
A higienização das mãos pelos profissionais da saúde é considerada a medida mais efetiva,
simples e segura de prevenir qualquer infecção hospitalar.
Higiene das mãos
A higienização das mãos pelos profissionais da saúde é considerada a medida mais efetiva,
simples e segura de prevenir qualquer infecção hospitalar.
Higiene das mãos
Medida + efetiva....
PORÉM..... Baixa adesão ±40% (OMS)
Higiene das mãos
•Álcool gel = lavagem ↓ colonização
bacteriana.
•Almotolias / leito → melhora higienização.
•Guidelines ótimos (OMS) mas não
melhoram adesão.
•Programas educacionais e abordagem
multidisciplinar.
Higiene das mãos
1. Suporte da liderança;
2. Educação e treinamento em prevenção e controle de infecção;
3. Educação de pacientes, familiares e cuidadores;
4.Monitoramento de desempenho e retroalimentação (feedback);
5.Precauções Padrão;
5a. Higiene das mãos;
5b. Limpeza e desinfecção ambiental;
5c. Medicação e Injeção segura;
Core Infection Prevention and Control Practices for Safe Healthcare Delivery in All Settings. CDC, 2017 https://www.cdc.gov/hicpac/recommendations/core-practices.html
DEVEM SER APLICADAS EM TODOS PACIENTES, DURANTE TODO TEMPO E EM TODOS OS SERVIÇOS DE
SAÚDE!!!
Principais Práticas de Prevenção e Controle de Infecções – Assistência Segura
em todos os Serviços de Saúde. CDC, 2017
5d. Reprocessamento de material reutilizável entre cada paciente e no mesmo paciente;
6. Precauções baseadas no modo de transmissão (contato/gotículas/aérea ou aerossóis);
7. Prevenção de infecção associadas a dispositivos invasivos (INDICAÇÃO e TÉCNICA ASSÉPTICA);
8.Saúde ocupacional.
Core Infection Prevention and Control Practices for Safe Healthcare Delivery in All Settings. CDC, 2017 https://www.cdc.gov/hicpac/recommendations/core-practices.html
Principais Práticas de Prevenção e Controle de Infecções – Assistência Segura
em todos os Serviços de Saúde. CDC, 2017
9. Vigilância epidemiológica das IRAS:
- Obter taxas que permitem conhecer a realidade epidemiológica;
- Identificar os padrões de resistência microbiana;
- Identificar surtos antes de sua propagação;
- Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas de prevenção e controle aplicadas;
- Determinar áreas, situações e serviços que merecem atuação especial da CCIH e outros setores
do serviço de saúde;
- Avaliar fatores que possam estar associados ao aumento ou diminuição da ocorrência do evento.
NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA NO 05/2017
Principais Práticas de Prevenção e Controle de Infecções – Assistência Segura
em todos os Serviços de Saúde. CDC, 2017
Estabelecer estratégias que visam
Cultura de segurança
Liderança e constância de
propósito
Gestão do risco da causa até a
ação preventiva / corretiva
Melhorar a comunicação e qualidade dos
registros
Promover reporte de
eventos adversos
Comitê de gerenciamento
de risco
Envolver e comunicar os
pacientes/ familiares
Protocolos e checklist
gerenciadosAuditorias
ROPS
(Prática Organizacional
Exigida)
▪ Limitar a suscetibilidade a infecções, aumentando as defesas do recém-nascido
▪ Interromper a transmissão de organismos pelos profissionais de saúde
▪ Promover o uso criterioso de antimicrobianos
Metas internacionais de segurança
➢ Identificação Correta do Paciente
➢ Melhorar a eficácia da Comunicação
➢ Melhorar a Segurança para Medicamentos de Alto Risco
➢ Eliminar a possibilidade de realizar cirurgias erradas, em paciente errado, na parte errada
➢ Redução dos Riscos de Infecção Hospitalar
➢ Redução dos riscos e danos decorrentes de queda
Joint Commission InternationalCenter for PatientSafety. 2008 InternationalPatientSafetyGoals. Disponível em www.jcipatientsafety.org/29083/
Cada Rn/paciente deve ser manipulado como se ele ou
ela estivesse colonizado com uma microbiota única
que não poderia ser transferida a outro.
O que estamos fazendo...
➢ Auditoria de processos de higienização das mãos;
➢ Round multidisciplinar em todos os pacientes internados;
➢ Auditoria de adesão aos protocolos de precaução e isolamento;
➢ Auditoria de processos para prevenção PAV, ITU e ICS;
➢ Inserção do enfermeiro na manipulação e administração dos medicamentos intravenosos;
➢ Divulgação dos indicadores infecciosos;
➢ Identificação e gerenciamento dos riscos envolvidos nas IRAS;
➢ Reunião multidisciplinar > gerenciamento dos riscos assistencial;
➢ Reunião Núcleo de Segurança do Paciente > gerenciamento dos indicadores estratégicos;
➢ Treinamento dos novos colaboradores pela CCIH;
➢ Cartilha de boas práticas entregue aos pais no ato da admissão.
Prevenção e Controle das Infecções.... Responsabilidade de cada um e de todos nós!
Obrigada!