Principio de Intervenção Em Desastres

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Como atuar em Desastres

Citation preview

PRINCIPIO DE INTERVENO EM DESASTRES

PRINCIPIO DE INTERVENO EM DESASTRESOS 9 WS

Desenvolvido por Benyakar, M. (1)(1) BENYAKAR, M. Lo disruptivo. Amenazas individuales y colectivas: el psiquismo ente guerras, terrorismos y catastrofes sociales. Buenos Aires: Biblos, 2003. 224 p.Os princpios de interveno que veremos agora , foram desenvolvidos por Benyakar, especialmente para as situaes de desastre. A situao de desastre catica, desorganizadora. Nossas respostas a ela no podem ter a mesma qualidade, pelo contrrio, devem ser claras e organizadas, para que possam ser eficientes. Por isso estes princpios so de suma importncia, pois facilitam a organizao e o planejamento de nossa interveno, assim como o treinamento de pessoas, norteando as atuaes nessas situaes. Princpios de Interveno em Catstrofes.Os 9 Ws: Warding and Warning (Preveno)Why (Porque)What (O que)Who (Quem)

(Benyakar,2003)Whom (Qual)When (Quando)Where (Onde)Ways (Formas)Wholeness (Totalidade)Estes so os nove princpios de interveno em catstrofes, conhecidos como os 9 Ws. Como j vimos,tm como objetivo sintetizar e orientar alguns pontos importantes da prtica de intervenes psicolgicas, nestes contextos to complexos. Sendo os 9 Ws uma proposta da prtica, devem ser utilizados com uma slida fundamentao terica. Veremos a seguir mais detalhadamente cada um destes princpios. 1) Warning (Preveno)

Preparar-se antecipadamente a uma situao.

Os 3 passos para desenvolver a Imunidade Psquica:- Reconhecer o fator externo ameaador em todas as suas caractersticas. (Benyakar,2003)- Reconhecer, ativar e aprender a usar os recursos que cada indivduo tem para enfrentar situaes ameaadoras (Benyakar,2003)- Tomar medidas de precauo objetivas (Benyakar,2003)

(Benyakar,2003)

possvel ajudarmos as pessoas a prepararem-se psiquicamente para melhor enfrentarem uma situao de desastre? Segundo Benyakar, sim, possvel. Este autor observou que populaes de pases ameaados por terrorismo tinham a tendncia de negarem esta ameaa, vivendo suas vidas como se o perigo no existisse, ou pelo menos, no fosse acontecer nada com elas. A ocorrncia deste mecanismo psquico de negao fazia com que estas pessoas no tomassem nenhuma medida de cuidado contra as ameaas e tambm, quando o fato ameaador se concretizava, tinha um efeito bastante patolgico nestas pessoas.O conceito de imunidade psquica mantm a analogia com a imunidade fsica: a vacinao. O que ocorre na vacinao? inoculada uma pequena quantidade do elemento patognico no organismo, e esse desenvolve defesas contra a doena.Partindo destes estudos e observaes, Benyakar desenvolveu o conceito de imunidade psquica e os passos necessrios para adquir-la. Ou seja, descreveu fatores importantes, que devem estar presentes em nossas intervenes preventivas, para que o indivduo alcance um psiquismo mais bem preparado para o enfrentamento de uma situao de desastre. Para isso, o mecanismo de negao deve dar lugar a outros recursos psquicos de enfrentamento mais adequados e saudveis. Esse processo de negao foi identificado no trabalho realizado em u banco brasileiro, j mencionado. Foi observado que os gerentes de agncia que mais tinham medo de assalto eram negligentes com as mediadas de segurana propostas pelo banco. O mecanismo parece ser o seguinte: muito medo negao se isso no vai acontecer para que me prevenir?O paradoxo encontrado na instituio que (por fora de lei) anualmente so investidos milhes de reais na preveno de incndios (no havia um incndio a mais de treze anos), enquato que assalto, que ocorriam quase que diariamente, no pas, no eram discutidos. Intervir para:

Evitar a cronicidade de uma situao que j em si, dolorosa.

Reinstalar funes mediadoras, de conteno e reasseguramento.

Restabelecer os processamentos psquicos adequados antes que se tornem patolgicos.

(Benyakar,2003)

2)Why? (Por que?)

Por que intervir? Porque as situaes disruptivas so capazes de atingir o psiquismo, podendo provocar um efeito patolgico, como, por exemplo, o trauma. fundamental ento, termos claro qual a nossa funo, como profissionais de sade mental, quando se sucede um evento disruptivo. Qual a funo de nossa atuao em um momento como este? importante termos claro um ponto: Nossa funo no a de evitar que a dor seja vivida (Benyakar,2003), mas sim de evitar que esta se torne crnica, patolgica. de restabelecer processamentos psquicos adequados, antes que se tornem patolgicos. Estabelecer o limite e o foco do trabalho.

O foco de nossa ateno deve ser a conseqncia do desastre.

Preservar a subjetividade dos atingidos pelaviolncia

(Benyakar,2003)3)What? (O qu?)

O que tratar? Uma das caractersticas essenciais do atendimento psicolgico nestes casos emergenciais a presena de foco. Temos que ter claro que o foco da ateno, neste momento, deve ser a consequncia do desastre no indivduo, todo o resto pode esperar. Nosso objetivo preservar a subjetividade dos atingidos, preservar sua capacidade de processamento psquico, que ficou ameaada.A escuta, neste contexto, importantssima. A pergunta: O que aconteceu com voc? mais importante do que pode parecer. Na maioria das vezes a pessoa no tem para quem contar, porque os que esto ao seu redor esto na mesma situao, um quer poupar o outro e acabam tentando evitar a expresso de sua dor. Ento, poder contar com algum que possa escut-las e permita sua livre expresso de sentimentos importantssimo. atravs deste dilogo com a pessoa atingida que poderemos avaliar seu estado psquico, sua capacidade elaborativa e ajud-la na mobilizao de recursos psquicos favorveis. A pessoa treinada mais prxima.

Capacitar profissionais para transformarem-se em agentes de sade mental em situaes de desastre(Benyakar,2003).

Este papel multiplicador permite a intervenorpida no local do desastre, com um custo menor.

(Benyakar,2003)4)Who? (Quem?)

Quem pode efetuar este trabalho? Em uma situao de desastre, temos que levar em conta os aspectos reais da situao na qual nos encontramos. O nmero de pessoas envolvidas no desastre, a necessidade de rapidez no atendimento destas pessoas, o nmero de profissionais disponveis para atend-las, enfim, temos que lidar com situaes bastante diferentes do setting de consultrio, que necessitam de adaptaes e solues diferentes tambm. Em muitas situaes de desastre, os profissionais da sade mental, devem funcionar como multiplicadores de conhecimento e tcnica, para capacitar outras pessoas a fazerem este trabalho. necessrio saber identificar a demanda dos indivduos afetados pelo desastre.

Nem sempre aquele que expressa, atravs do choro ou da raiva, o mais afetado.

Muitas vezes, estas pessoas acabam tendo menor impacto psquico que aqueles para quem aparentemente no aconteceu nada.

(Benyakar,2003)

5)Whom? (Qual?)Quais pessoas devem ser atendidas? necessrio saber perceber onde h demanda, ou seja, quais so a pessoas com mais necessidade de atendimento. Esta tarefa necessita de ateno e sensibilidade especiais, pois no podemos deixar nos levar pela tendncia a crer que a pessoa com a aparncia mais tranquila aquela menos impactada. Muitas vezes o contrrio. Quem consegue expressar-se, chorar, sentir raiva, tem um melhor prognstico de recuperao do que aquela pessoa que se mantm no controle, com quem parece que nada aconteceu, que fala que est bem, que cuida das coisas prticas. Este sim um grande candidato a adoecer. importante detectar as populaes mais fragilizadas, como grvidas, crianas, idosos, e aquelas menos preparadas para reagirem em uma situao de desastre.Etapas de interveno:a. Anteriormente ao evento b. Durante o eventoc. Imediatamente aps d. Intervenes Posteriores

A interveno deve ser um processo contnuo. Desde o desenvolvimento da imunidade psquica, o atendimento no local, at a interveno em preveno terciria(Bleger), para as pessoas que desenvolvam sintomas.

(Benyakar,2003)6)When? (Quando?)

Quando intervir? A interveno deve ocorrer em todas as etapas envolvidas no desastre e ter caractersticas e objetivos diferentes em cada uma delas. Na etapa anterior ao desastre nossa atuao ter carater preventivo, tambm chamada de preveno primria (Bleger), nosso objetivo ser o desenvolvimento da imunidade psquica, como j vimos. Durante o evento nossa ateno e atuao deve estar voltada para como as pessoas esto utilizando ou no os recursos desenvolvidos na etapa anterior, ou seja, como esto conseguindo processar os impactos do evento. Nosso trabalho auxili-las a processar o que est ocorrendo, buscando seus recursos mais adequados e favorveis. No perodo logo aps o desastre nosso objetivo avaliar como o indivduo est elaborando o ocorrido, quais so suas fantasias sobre o que aconteceu, e atuar para que ocorra uma elaborao adequada sem um desfecho patolgico. Estas duas ltimas intervenes so denominadas de preveno secundria (Bleger), quando j ocorreu o evento potencialmente patognico, porm o indivduo ainda no desenvolveu nenhuma patologia. A quarta e ltima etapa j no tem o carter emergencial, a etapa da psicoterapia em si para as pessoas afetadas. Esta etapa a denominada preveno terciria (Bleger), que o tratamento em si, para a pessoa adoecida.

Qualquer lugar que possa garantir privacidade para que o traumatizado possa expressar sua vivncia de forma espontnea.

Os profissionais devem ter criatividade e flexibilidade para serem capazes de atuar em locais diferentes,desapegando-se idia de consultrio.

(Benyakar,2003)7) Where? (Onde?)

Os locais onde atenderemos uma pessoa nestas situaes de emergncia sero bem diferentes dos utilizados em nossa prtica em outros contextos. Devemos ento, usar a criatividade para nos adaptarmos s condies reais e encontrarmos, dentro do possvel, um local mais apropriado para o atendimento. Pode ser um cantinho mais afastado, ou mais reservado, atrs de uma rvore, enfim, um local que garanta maior privacidade e conforto para o traumatizado.

Independente da abordagem terica utilizada, o profissional deve ter flexibilidade para adaptar tcnicas e procedimentos a uma situao anormal.

Os desastres exigem a interveno por presena(Benyakar,2003) .

O agente deve ter humildade na ao, nooutorgando-se um papel de heri ousalvador da ptria(Benyakar,2003)

8)Ways (Formas)Todas as abordagens tericas so vlidas e importantssimo que o profissional tenha sua prtica bem fundamentada na linha terica de sua escolha. Porm, o maior desafio a, ter flexibilidade para adaptar sua prtica s situaes anormais que sero encontradas. A inflexibilidade nestes casos tornar a atuao sem sentido e infrutfera. Um exemplo disto ser capaz de se adaptar a um local de atendimento diferenciado, rapidez e ao foco necessrios, aos alcances e limites deste tipo especfico de interveno, no tentando transferir o setting de consultrio para este contexto.A interveno por presena (Benyakar,2003) necessria na situao de desastre significa que somos ns que devemos nos fazer presentes e ir ao alcance das pessoas, perceber a demanda e atuar, pois nestes casos estamos agindo antes mesmo de a pessoa perceber a necessidade de ajuda e os efeitos do desastre nelas. A presena de algum reconhecido como o quem sabe o que fazer j elemento importante para a segurana psquica das pessoas afetadas pelo desastre. Significa considerar a maior quantidade possvel dos aspectos envolvidos na situao e suas inter-relaes.

O profissional deve ser capaz de percebera situao de forma global, integrando as dimenses do desastre e da pessoa afetada por ele.

(Benyakar,2003)9)Wholeness (Totalidade)

Cada pessoa ou populao que atendemos, tem diferentes caractersticas biopsicossociais, assim como cada situao de desastre tem suas caractersticas e particularidades, sejam elas, econmicas, polticas, sociais, ou outras. Todas estas dimenses se inter-relacionam, singularizando cada situao-problema que atendemos. Em nossa atuao devemos ter esta viso global e integradora. PARADOXOS Encontramos nesta rea de atuao alguns paradoxos. importante que tenhamos conhecimento sobre eles, para que possamos refletir sobre nossa prtica, tomar as precaues e cuidados necessrios e buscar a promoo de mudanas.

Vejamos a seguir, cada um dos paradoxos encontrados na rea de sade mental, em situaes de desastre.Paradoxos

Os profissionais de sade (e sade mental) esto sob as mesmas ameaas que os atingidos.Quem presta a assistncia est afetado pelo desastre Este primeiro paradoxo nos mostra a importncia de o atendimento poder ser feito por profissionais de fora e no por profissionais da localidade, que tambm sofreram os efeitos do desastre e no esto em condies emocionais de prestar assistncia.Pudemos perceber essa dificuldade em nossa experincia. Em uma situao, uma psicloga do servio pblico do municpio acompanhava uma das profissionais da equipe. Quando a moradora comeou a relatar a vivencia do desastre, a psicloga teve uma crise de choro, pois passou por momentos de terror semelhantes ao da moradora, inclusive com perdas materiais superiores s da moradora. ParadoxosQuase todos os que passaram por uma situao disruptiva foram afetados, mas no so necessariamente pacientes. No se trata de atender pessoas doentes, mas pessoas normais afetadas por uma situao anormal.Tratar pessoas normais que no procuraram ajudaH a uma grande diferena entre o campo das emergncias e outros campos da Psicologia. Ao trabalhar em situaes de desastres, o profissional ir ao encontro de pessoas normais, em uma situao anormal, com o objetivo de atend-las. O que bem diferente do que atender pacientes que percebem uma necessidade de ajuda e vo ao encontro do profissional.Apesar de no perceberem a demanda, a assistncia sempre bem recebida.

No trabalho realizado no Vale do Itaja, uma das equipes no conseguiu localizar o abrigo para o qual deveriam se dirigir. Nos ligaram perguntando o que fazer, e para ganharmos tempo para organizarmos outro local, sugeri que procurassem uma rua com marca de barro nas paredes, batessem na porta e oferecessem assistncia. Para nossa surpresa, a receptividade foi total. Nas poucas residncias que dispensaram a assistncia, indicavam vizinhos que estavam mal. A noticia da assistncia foi mais rpida que as psiclogas. tarde, vinham moradores do final da rua perguntar se eles tambm seriam atendidos. Essa equipe ficou ou outros dias apenas nesse bairro.

ParadoxosEm grandes desastres, esse nmero aumenta para 200.Para cada 20 profissionais de sade fsica = 1 profissional de sade mental.Para um ferido fsico: no mnimo 4 pessoas traumatizadasAs consequncias psquicas de um desastre no ocorrem somente nas pessoas que o presenciaram diretamente, mas tambm em outras pessoas ligadas a ele indiretamente, como amigos e familiares de vtimas, por exemplo.Este paradoxo nos mostra a deficincia do numero de profissionais de sade mental quando levamos em conta o grande alcance que tem o efeito do desastre. ParadoxosDesproporo entre os recursos econmicos e a quantidade de profissionais necessrios para assistncia em sade mental.

Entre o profissionalismo e o voluntariadoParadoxosOs efeitos desorganizadores dos desastres tambm influenciam as pessoas que ajudam.H uma tendncia a atuar os componentes ameaadores do ambiente, de forma inconsciente, a rivalizar e dividir-se em pequenos grupos inimigos.Entre a solidariedade e a rivalidade entre os profissionais de sade mentalEncontramos neste meio uma rivalidade entre os profissionais, que dividem-se em grupos rivais ao invs de unirem-se para trabalhar com o mesmo propsito.Infelizmente, alguns profissionais ou grupos consideram-se donos do desastre, dificultando o auxilio de outros profissionais. Um desastre natural geralmente atinge centenas ou milhares de pessoas. Nenhum grupo ou instituio capaz de sozinho, dar conta da demanda. Todo auxilio deveria ser bem-vindo, no entanto no assim que ocorre na prtica, e temos vivenciado essa guerra de egos. ParadoxosNem sempre a pessoa que parece mais descompensada diante de um desastre a que precisa de mais ajuda.

Entre a aparncia e a consequncia

Como j vimos anteriormente, na maioria das vezes, aquelas pessoas que choram, sentem raiva, se expressam, tem um melhor prognstico de recuperao do que aquelas que no manifestam reaes e dizem estar bem.Procedimentos para notificao de falecimentoNational Center for Post-traumatic Stress Disorder(EUA)1) Apresente-se (nome e profisso) e pea para entrarem ou entre na residencia. (Preferivelmente pais, cnjuge ou irmos. Deixe crianas fora)

2) Pea para todos se sentarem.

3) Use o nome: Voces so os pais/esposa/irmo do .............

4) Informe de forma simples e direta, mas com compaixo: 5) Infelizmente, tenho notcias ruins para dar. (Pausa). (nome) foi envolvido em.....e ele morreu. (Pausa) Eu sinto muito. Falar do sentimento convida as pessoas a expressarem os seus.No usar termos como faleceu, no est mais entre ns. ("expired," "passed away," or "we've lost )

6) So esperadas reaes fortes, como fuga, raiva, desespero. Se houver desmaio, deixe a pessoa deitada, com os ps para cima e chame um mdico. Tambm comum uma aparente apatia.

7) Continue usando o nome da pessoa na conversao (no use expresses como o corpo, ou cadver).8) No culpe a vtima pelo que aconteceu (mesmo que tenha sido culpada).

9) Responda as perguntas honestamente. No d mais detalhes alm do que foi perguntado. Quando no souber a resposta, diga: No sei, vou procurar me informar.

10) Mostre preocupao com a famlia e oferea-se para acompanhar e auxiliar nos procedimentos.Principalmente, avalie seus sentimentos em relao a situaes de morte.

Se for muito doloroso para voc,

NO FAA!

Pea a um colega.Princpios de interveno Le Crocq.1 - Criar um mundo intermedirio entre o irreal e o real. (no espao e no tempo)2 -Conforte o paciente com sua presena e ateno(o pacientepercebe que eleno est abandonado,preservando a suaautonomia)

Princpios de interveno Le Crocq.3 -Convide-o averbalizarsua emoo(linguagemcatrticae nonarrao)

4 -Informar sobretrauma, estresse eseus sintomas(mais fcil lidar comum sintomaconhecido do queumcom umdesconhecido)Princpios de interveno Le Crocq.5 -Ajudea dominar ossentimentos de impotnciaderrotae culpa.(mas o pacientetem de lidar coma sua culpa, quando for real- procurara formas de reparao)

6 -Apaziguaras tensese conflitos nogrupo

(e reforaro esprito do grupo)

Princpios de interveno Le Crocq.7- Ajudar o pacientea aceitara sua presena esua responsabilidade(Emseu dramae histria)

8 -Prepararo pacientepara voltarao seu ambiente(a comunidadedossobreviventes)

Princpios de interveno Le Crocq.9- Detectarcasos gravesque precisaro de umaterapiamaispessoal

10 -Ajudaro paciente aconformar-secom seu calvrio.

Auto ajuda aps desastres Carlson, EveGaste tempo com outras pessoas. Lidar com eventos estressantes mais fcil quando as pessoas apoiam-se mutuamente.Se isso ajuda, falar sobre como voc est sentindo. Esteja disposto a ouvir outras pessoas que precisam falar sobre como se sentem.Voltem para suas rotinas dirias. Hbitos familiares podem ser muito reconfortantes.Tome tempo para lamentar e chorar, se voc precisar. Para se sentir melhor a longo prazo, voc precisa deixar esses sentimentos para fora em vez de empurr-los, afasta-los ou escond-los.Pea apoio e ajuda de sua famlia, amigos, igreja ou outros recursos da comunidade. Juntar-se ou desenvolver grupos de apoio.Auto ajuda aps desastres Carlson, EveDefinir metaspequenaspara enfrentargrandes problemas.Tome umacoisa de cada vezao invs de tentarfazertudo de uma vez.Comer alimentos saudveise ter tempo paracaminhar,esticar,exercitare relaxar,mesmo que apenaspor alguns minutosde cada vez.Certifique-se devoc possa descansar e dormir.Vocpode precisar de maissonoque o normal quandovoc estmuito estressado.Faa algo ques se sintabem como tomar umbanho morno,dar um passeio,sentado ao sol,ou acariciarseu gato ou co.Sevoc est tentandofazer demais,tentarcortar, adiandooudesistindoalgumas coisas quenoso absolutamente necessrias.Auto ajuda aps desastres Carlson, EveEncontre algo de positivoque voc pode fazer.D o sangue.Doar dinheiro para ajudar as vtimas doataque.Unir esforosem sua comunidadepara responder a esta tragdia.Fuja doestresse do evento.Desligueosnoticiriosde TVe distrair-se fazendoalgo que voc gosta.Auto ajuda aps desastres Carlson, EveParacrianas:Deixe-os saberque vocentende seus sentimentos.Diga-lhes queeles realmente esto seguros.Mantenhasuas rotinashabituais.Proteja-osde vermuitasimagensassustadorasdos eventos.Eduque-se sobrecomo conversar comcrianas de diferentes idadessobre o trauma.

TFTTHOUGHT FIELD THERAPYTFTPensar na situao entrando em contato com o que ela provoca (no tentar evitar, distrair-se, controlar-se, etc)

O que a lembrana te provoca (dor, sensao de aperto, medo, tristeza, etc). Onde sente?

AlgoritmoPensar no problema ou situao traumtica e medir o mal estar provocado em uma escala de 0 a 10

SUD (Subjective Unit of Distress)

3. Bater alternadamente debaixo dos olhos.

3. Bater alternadamente debaixo dos olhos.

4. Bater abaixo das axilas.

5. Bater com os dedos no peito, aproximadamente 1 dedo abaixo do osso da saboneteira (collarbone)

6. Golpeando rapidamente no dorso da mo entre o dedo mnimo e o anular (gamut spot)

7. Olhos bem abertos Olhos fechados com fora Olhos abertos8. Olhando para um lado e para baixo; Olhando para o outro lado e para baixo (sem mexer a cabea).9. Fazendo um crculo com os olhos; Fazendo um crculo em outro sentido.10. Cantarolando uma msica (s na base do l-l-l)11. Contando at 5 em voz alta12. Cantarolando outra melodia (l-l-l).Fazendo outra contagem (aleatria)13. Se repete:

Bater alternadamente: Incio das sombrancelhasDebaixo dos olhosAbaixo das axilas (outro lado)No peito (collarbone) Efeitos esperadosAlteraes na imagem da lembrana (mais borrada, desfocada e mais distante. Algumas vezes, fica difcil lembr-la)A imagem passa de cmera subjetiva para cmera objetiva (como se estivese assistindo e no fosse com a prpria pessoa). Diminuio ou desaparecimento de emoes e sentimentos dolorosos.

Se o mal-estar no desapareceu, repetir passos 2, 3, 4, 6.

Se no diminuir nada, bater no dorso da mo (PR Spot) e repetir.Perguntar novamente que nota daria fora da lembrana.

Quando usar TFT?Quando a pessoa no quer falar sobre o problema.

Quando tem mais necessidade de aliviar do que de compreender.

Quando as emoes so muito intensas.

Interveno em sesso nicaProcedimento a) Reconhecer os limites de atuao.Procedimento1) Estabelecimento de aliana teraputicaDefinio de papis: Se voc me disser o que est acontecendo eu posso ajudarDescrio do estado emocionalQuando a pessoa est tomada por seu problema ela incapaz de pensar sobre ele. A pessoa se sente invadida por sentimentos e pensamentos que no consegue evitar. Ela a expresso do que est vivenciando.(Safra)Procedimento2) Ouvir o problema, sem julgamento ou crtica.A escuta deve ser emptica, interessada.A escuta ativa uma atitude direcionada para a facilitao da expresso verbal (dilogo) e no verbal (gestual) que permite maior entendimento dos contedos manifestos e latentes do paciente de tal forma que proporciona um acolhimento do dito e do no dito, ou seja, inclui as entrelinhas.Procedimento3) Refletir para a pessoa o que voc est observando. Emprestar para a pessoa a sua capacidade de observar e objetivar o problema. Inferir os sentimentos presentes.Efeito: A pessoa sente-se compreendida e vista e no mais sozinha. Descola-se do problema, distancia-se a ponto de poder falar sobre ele. Discorre sobre o que a faz sofrer.

Procedimento4) Auxiliar a pessoa explorar a situao que ela tenta abordar. As interrupes na fala, as auto-acusaes, as rupturas nas seqncias indicam que preciso intervir com perguntas esclarecedoras, comentrios tranquilizadores, demonstrando que est acompanhando e pensando junto.Procedimento5) Localizar historicamente o problema em uma srie psquica.Isso auxilia a resgatar a organizao do pensamento, a noo de temporalidade e a integrao psquica.

Procedimento6) Elaborao de uma sntese do que foi dito. Esse procedimento favorece a integrao psquica em um outro patamar. Deve devolver para a pessoa,de formaorganizada o que ela revelousobre si mesma em relao ao seuproblema, aspectos de seu discurso queela pode no ter percebido, solues queter apontado sem se dar conta.Procedimento7) Questionar as fantasias decorrentes do problema.Efeito: Traz tona as crenas irracionais e os temores ocultos. A pessoa, ao reconhec-los pode por si mesma modific-los.Procedimento8) Resgate da esperana.Quando a pessoa est tomada pelo sofrimento, no h futuro, o tempo pra. Quando ela capaz de pensar e projetar em termos de futuro, de projeto, sinal de que houve um domnio psquico. A pessoa torna-se capaz de sofrer. Nesse momento a interveno pode ser encerrada.