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Análise de Impacto Regulatório, Transparência, Comunicação e Participação Social Luciana Vieira V Fórum Capixaba de Energia I Encontro da ABAR - Região Sudeste Vitória, 25 de abril de 2012

princípios de qualidade regulatória

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Page 1: princípios de qualidade regulatória

Análise de Impacto Regulatório, Transparência, Comunicação e

Participação Social

Luciana Vieira

V Fórum Capixaba de Energia

I Encontro da ABAR - Região Sudeste

Vitória, 25 de abril de 2012

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Fim séc. XIX 1945

Federal Regulatory Commissions

Public Utilities Commissions

1985

Papel Empresas Estatais

Europa / Outros Países

Reforma Britânica

Órgãos Reguladores Setoriais

1990

1990 Busca pelo aumento

Da Competição

>>> Regulação

<<< Política Setorial (Energética)

Multiplicação dos Órgãos de Regulação

Setoriais e

enfraquecimento relativo dos

Ministérios setoriais

2000

>>> Política Setorial (Energética)

Readequação do papel

do Regulador?

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A AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Agenda internacional da Better Regulation:

Década de 90: parte da política de governança regulatória da OCDE. Hoje, no âmbito da OCDE, 26 países adotam alguma forma de AIR, com base em diferentes métodos e arranjos institucionais.

Suporte à agenda de eficiência econômica:

- Competitividade e crescimento econômico;

- Redução da burocracia para as empresas.

Suporte à agenda de eficiência administrativa:

- Redução da burocracia para os cidadãos e

dentro do próprio governo.

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Agenda internacional da Better Regulation:

A AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Conceito de Regulação: “Qualquer instrumento por meio do qual o governo, seus órgãos subsidiários ou organismos internacionais impõem, com força de lei, obrigações aos cidadãos ou empresas” (OCDE, 2010).

“Legislar Melhor”

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Problemas mais comuns da Regulação - Falta de clareza

- Complexidade e Inconsistência

- Excesso de prescrição

- Desatualização

- Falhas de comunicação

- Pouca “gestão regulatória”: transparência dos motivos e prestação de contas dos resultados

- Falhas de implementação

A AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Page 6: princípios de qualidade regulatória

A AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Agenda internacional da Better Regulation:

“Princípios de Qualidade Regulatória”

1. Proporcionalidade

2. Motivação / “Accountability”

3. Consistência

4. Transparência

5. Foco (“fit for purpose” )

(Fonte: OCDE, 1995, 1997, 2005; Reino Unido, BRTF, 2005.)

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AIR NA AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Agenda internacional da Better Regulation:

Política regulatória

Forma Institucional

Ferramentas Regulatórias

Qualidade da

Regulação

Objetivos da política e princípios de ação

Meios de ação Órgão ou entidade encarregado de desenvolver a política

AIR

Page 8: princípios de qualidade regulatória

Agenda internacional da Better Regulation:

AIR NA AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

“Standard Cost Model”

“One In; One Out”

Simplificação Administrativa

“Regulatory Cost Model”

“Sunset Clauses”

Participação Transparência

“Risk-based regulation”

AIR

Page 9: princípios de qualidade regulatória

Em resumo:

Agenda da eficiência - competitividade e desburocratização;

Multiplicidade de instrumentos;

Regulação em sentido lato: “uso do poder normativo”;

Visão procedimental da qualidade da regulação;

Foco no Governo como um todo: - Meio para racionalizar a ação governamental.

AIR E A AGENDA INTERNACIONAL DE QUALIDADE REGULATÓRIA

Page 10: princípios de qualidade regulatória

Better Regulation no Brasil:

Tradução recente: PRO-REG (2008)

Foco nas Agências Reguladoras;

Foco em AIR

QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

Page 11: princípios de qualidade regulatória

QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

Better Regulation nas Agências Reguladoras:

No Brasil, as dimensões de autonomia administrativa e financeira das ARs não se consolidaram plenamente;

Autonomia decisória e Qualidade Regulatória: principais meios de que as Agências dispõem para cumprir sua missão num ambiente institucional cada vez mais complexo.

CONHECIMENTO TÉCNICO E ESPECÍFICO DO SETOR

Page 12: princípios de qualidade regulatória

O que é AIR?

Uma sistemática para a elaboração da Regulação

Um documento:

• Identificação do Problema

• Definição dos objetivos

• Identificação das opções

• Análise do Impacto

• Meios de implementação

AIR

Consulta Pública de qualidade

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O que é AIR?

Nível Técnico Nível

Organizacional

Nível Governamental

Page 14: princípios de qualidade regulatória

Complexidade Institucional

Complexidade Econômica

Complexidade

Técnica

REGULAÇÃO DO SETOR DE ENERGIA: Pode ser

instrumento para reduzir a assimetria de informação e aumentar a racionalidade da regulação?

AIR:

QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

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QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

Experiência na ANP:

Questão central: compatibilizar inovação e mecanismos de regulação

Objetivo da Regulação: introdução de combustíveis mais limpos visando contribuir para a mitigação das emissões de poluentes

Problema para a ANP: superar as barreiras quanto à adoção de novas resoluções, exigindo capacidade de adaptação do marco regulatório e incentivando o processo de inovação

Page 16: princípios de qualidade regulatória

QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

Experiência Piloto de AIR na ANP: Iniciativa da Superintendência técnica, apoiada

pelos Diretores da área; Equipe multidisciplinar, envolvendo várias áreas da ANP Expectativas : Familiarização do corpo técnico com a lógica de AIR; Capacitação em metodologias específicas de avaliação (custo-

benefício/custo-efetividade etc.); Apreciação do potencial da ferramenta para uso mais amplo na

ANP e propostas para aprimoramento do processo regulatório da Agência.

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QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

AIR na ANP

Page 18: princípios de qualidade regulatória

Conclusões (I):

No que se refere à regulação em sentido lato:

Política de qualidade regulatória para o governo como um todo é fundamental;

Necessário desenvolver agenda e institucionalização.

QUALIDADE REGULATÓRIA NO BRASIL

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Conclusões (II) No que se refere à regulação setorial:

Política de qualidade regulatória/órgão supervisor apenas para Agências Reguladoras será ou inócuo ou contraproducente;

Fortalecer autonomias é fundamental para aumentar eficiência das Agências;

Fortalecer coordenação entre Agências e Ministérios é fundamental para aumentar qualidade regulação;

Reforçar capacidades nos Ministérios é fundamental para aumentar racionalidade das políticas públicas e coordenação com Agências Reguladoras.

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Conclusões (III)

No que se refere à AIR: Que seja um instrumento de racionalidade técnica, participação

e transparência à disposição das Agências;

Que seja um instrumento das próprias Agências, adaptado às especificidades de cada tema/setor regulado.

Que não seja um rito de controle e uma burocracia adicional que impacte a agilidade das decisões das Agências e sua autonomia;

Necessário maior esforço de capacitação para amadurecimento, adaptação e internalização do instrumento nas rotinas de elaboração de regulação.

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MISSÃO DO REGULADOR