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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO LILIANE OLIVEIRA DOS SANTOS PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE RECIDIVAS DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS: UMA REVISÃO LAGARTO/SE 2017

PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE ......de inflamação descontinuada (lesões em salto) ao longo do trato gastrointestinal, entretanto o íleo e o cólon são as porções

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ANTÔNIO GARCIA FILHO

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

LILIANE OLIVEIRA DOS SANTOS

PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE

RECIDIVAS DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS

INTESTINAIS: UMA REVISÃO

LAGARTO/SE

2017

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LILIANE OLIVEIRA DOS SANTOS

PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE

RECIDIVAS DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS

INTESTINAIS: UMA REVISÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe, Campus Universitário Prof. Antônio Garcia Filho – Lagarto, sob orientação da Prof.ª Daline Fernandes de Souza Araújo, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

LAGARTO-SE

2017

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CAMPUS DE LAGARTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

S237p

Santos, Liliane Oliveira dos

Probiótico no tratamento e prevenção de recidivas das doenças inflamatórias intestinais: uma revisão/ Liliane Oliveira dos Santos; orientadora Daline Fernandes de Souza Araújo. – Lagarto/SE, 2017.

24 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Sergipe, 2017.

1. Cepas probióticas. 2. Inflamação intestinal. 3. Doença de Crohn. 4. Colite Ulcerativa. I. Araújo, Daline Fernandes de Souza. orient. II. Título.

CDU 616.34-002

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LILIANE OLIVEIRA DOS SANTOS

PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE RECIDIVAS DAS

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS: UMA REVISÃO

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________

Presidente: Profa. Dra. Daline Fernandes de Souza Araújo

Orientadora

_____________________________________________________________

Membro: Profa. Me. Carolina Cunha de Oliveira

______________________________________________________________

Membro: Profa. Me. Adriana Lúcia de Sousa

LAGARTO/SE

2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, sobretudo, a Deus por ter permitido que tudo isso acontecesse e por todo

o sustento para chegar onde eu estou.

Agradeço a minha orientadora Profa. Dra. Daline Fernandes pela confiança e

excelente orientação.

Agradeço a Profa. Me. Carolina Cunha por toda ajuda e estímulo.

Agradeço aos meus pais, por todo o amor e apoio que me deram.

E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma

direta ou indireta, imensamente grata!

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso é uma revisão da literatura sobre o efeito de

probióticos na prevenção e tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais e será

apresentado na forma de artigo científico conforme as normas da revista DEMETRA:

Alimentação, Nutrição & Saúde, e-ISSN:2238-913X, Qualis B4- Nutrição (anexo 1).

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

5-ASA Ácido 5-aminossalicílico

Células Th Células T helper

Células Treg Células T reguladoras

DC Doença de Crohn

DII Doença Inflamatória Intestinal

DSS Dextrano sulfato de sódio

IFN- y Interferon gama

IkB- α Inibidor do fator de transcrição NF-κB

IL Interleucina

NF-kB Fator Nuclear kappa B

RNAm Ácido ribonucleico mensageiro

SOD Superóxido Dismutase

TGF- β Fator de transformação do Crescimento Beta

TLR Toll-like receptors

TNBS Ácido trinitrobenzenossulfônico

TNF-α Fator de Necrose Tumoral alfa

TRL Toll-like Receptor

UC Colite Ulcerativa (Ulcerative Colite)

UFC Unidades formadoras de colônia

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SUMÁRIO

ARTIGO - Probióticos no tratamento e prevenção de recidivas das doenças

inflamatórias intestinais: uma revisão

Resumo........................................................................................................08

Abstract ...................................................................................................... 09

Introdução .................................................................................................. 10

Metodologia ............................................................................................... 12

Resultados e discussão ............................................................................ 12

TRATAMENTO ........................................................................................... 12

PREVENÇÃO DE RECIDIVA....................................................................... 15

Conclusão .................................................................................................. 16

Referências ................................................................................................ 17

Anexo - Normas de publicação da revista ............................................................... 24

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Probióticos no tratamento e prevenção de recidivas das doenças

inflamatórias intestinais: uma revisão

Probiotics in the treatment and prevention of relapses of inflammatory bowel

diseases: a review

1*Liliane Oliveira dos Santos; 1Daline Fernandes de Souza Araújo

Av. Gov. Marcelo Déda - São José, Lagarto - SE, 49400-000

1Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Sergipe. Lagarto-SE, Brasil.

LO Santos foi responsável pelo levantamento e análise bibliográfica, redação do

artigo e da sua versão final; DFS Araújo orientou todas as etapas e foi responsável

pela revisão final do artigo.

*Correspondência/correspondence

Liliane Oliveira dos Santos

E-mail: [email protected]

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Resumo

A Doença inflamatória intestinal é uma condição inflamatória crônica, compreende, principalmente, Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa, de caráter multifatorial e com impactos negativos na qualidade de vida do indivíduo. O tratamento medicamentoso atual com aminossalicilatos e corticoides, especialmente, apresenta inúmeros efeitos colaterais, o que impulsiona a procura por outras terapias. É evidenciado a mudança na composição da flora intestinal de pacientes com colite. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática sobre o potencial dos probióticos na prevenção e tratamento da doença, utilizando as bases de dados PubMed e Bireme, limitada a ensaios clínicos em seres humanos e ensaios com animais. Constatou-se que o gênero Lactobacillus é o mais estudado e o que mais apresenta resultados positivos, seguido de Bifidobacteria e Streptococcus. As doses probióticas, administradas seja por via oral e ou/retal, que foram capazes de demonstrar efeitos benéficos variaram de 1x107 a 2x107 UFC. No entanto, são necessários mais estudos para compreender os seus mecanismos de ação, indicação de uso, dose-efeito e melhor via de administração antes da sua utilização como coadjuvantes na terapêutica e prevenção da colite. Palavras-chave: Cepas Probióticas, Inflamação Intestinal, Doença de Crohn, Colite Ulcerativa.

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Abstract

Inflammatory bowel disease is a chronic inflammatory condition. It consists mainly of Crohn's disease and ulcerative colitis, with a multifactorial character and negative impact on the individual's quality of life. The current drug treatment with aminosalicylates and corticosteroids, especially, has numerous side effects, which drives a search for other therapies. It is evidenced the evolution in the composition of the intestinal flora of patients with colitis. As was done, the objective of this work was to conduct a systematic review of the potential of problems in the prevention and treatment of the disease, using the PubMed and Bireme databases, limited to clinical trials in humans and animal testing. It was found that the genus Lactobacillus is the most studied and the one with the most positive results, followed by Bifidobacteria and Streptococcus. As probiotic doses, administered orally and / or rectally, which are able to demonstrate beneficial effects ranged from 1x107 to 2x107 CFU. However, further studies are necessary for its mechanisms of action, indication of use, dose-effet and best route of administration prior to its use as adjuncts to therapy and prevention of colitis. Key words: Probiotics, Inflammatory Bowel Disease, Crohn's Disease, Ulcerative Colitis.

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Introdução

A Doença Inflamatória Intestinal (DII) compreende, principalmente, a Doença

de Crohn (DC) e a Colite Ulcerativa (UC). São caracterizadas por um estado

inflamatório crônico do trato gastrointestinal e por apresentar períodos de remissão e

exacerbação. A etiologia da DII ainda não foi totalmente esclarecida, mas sabe-se

que é o resultado da combinação de fatores ambientais, genéticos e da resposta

imune anormal à microbiota intestinal, que sucede em lesões. Geralmente, os

indivíduos são diagnosticados em uma faixa etária de 15 e 30 anos de idade.1,2

Apesar da DC e a UC pertencerem a mesma classificação de DII, apresentam

características diferentes. A DC, uma das formas mais comuns da DII, envolve áreas

de inflamação descontinuada (lesões em salto) ao longo do trato gastrointestinal,

entretanto o íleo e o cólon são as porções mais afetadas. A inflamação compromete

todas as camadas, da mucosa à serosa, e ainda podem ocorrer formação de

estenoses, fístulas e granulomas na mucosa. As manifestações clínicas da DC

podem incluir diarreia ou diarreia sanguinolenta (menos frequente), febre,

desnutrição, déficit de crescimento, dor abdominal e perda de peso. Além disso,

manifestações extraintestinais podem ocorrer, que se traduzem em complicações

oculares, hepáticas, urinárias, dermatológicas, entre outras.3–5

Diferente dos aspectos fisiopatológicos encontrados na DC, na UC a lesão

ocorre de forma contínua, há o envolvimento do cólon e reto e é limitada a camada

mucosa. É caracterizada por ulcerações superficiais, granularidade e um padrão

vascular, como também por uma transição nítida e bem demarcada entre o tecido

normal e o acometido. As principais manifestações clínicas da UC, incluem diarreia

com urgência, sangramento retal, dor abdominal em cólica e tenesmo.3,5,6

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A terapia medicamentosa tem sido empregada para o controle da doença e

inclui corticosteroides, aminossalicilados – sulfassalazina e mesalazina –,

imunossupressores.7 Estes fármacos podem causar efeitos adversos graves, tais

como problemas gastrointestinais, anemia, carcinogênese, hepatotoxicidade,

nefrotoxicidade e reações de hipersensibilidade.8

Embora os estudos genéticos forneçam uma compreensão sobre os

mecanismos da doença, a influência do meio ambiente sobre a microbiota pode ser

um fator essencial no desenvolvimento da doença.9 É evidenciado a mudança na

composição da flora intestinal de pacientes com DII, com uma diminuição da

prevalência de membros dominantes da microbiota comensal humana como

Clostridium, Bacteroides e bifidobactérias e um aumento concomitante de bactérias

prejudiciais como bactérias redutoras de sulfato e Escherichia coli.2

Assim, como a disbiose intestinal configura uma importante característica da

DII, tem sido bastante estudado o potencial dos probióticos tanto para manutenção

quanto para indução da remissão da doença, mas os resultados ainda são

heterogêneos.10 Probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados

em quantidades adequadas, são capazes de conferir benefícios à saúde do

hospedeiro.8 É importante destacar que as cepas mais estudadas, tanto para a

prevenção quanto para o tratamento da DII, são os Lactobacillus e Bifidobacterium,

pois são muito encontradas no íleo e cólon.11

Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão

sistemática sobre o uso de probióticos na prevenção e tratamento de DII, a fim de

esclarecer quanto a sua efetividade e mecanismo de ação.

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Metodologia

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o papel dos probióticos na DII

nas bases de dados Bireme e PubMed. Os termos de pesquisa utilizados foram

“Intestinal microbiota”, “inflammatory bowel disease”, “ulcerative colitis” e “Crohn's

disease”, e cruzados com o termo "probiotics".

Foram incluídos os estudos publicados no período de 2010 a 2017, ensaios

clínicos randomizados realizados com seres humanos e estudos experimentais, que

comparavam probióticos versus placebo ou versus outra intervenção para a

manutenção e/ou indução da remissão na UC e DC. Os artigos de revisão, estudos

que tratavam sobre simbióticos e que não apresentavam claramente a dose

probiótica utilizada foram excluídos.

Os dados analisados dos artigos foram a dose probiótica utilizada, via de

administração, comparação e/ou administração concomitante com algum

medicamento e tempo do estudo. Nesta revisão foram selecionados 18 estudos.

Resultados e discussão

TRATAMENTO

Em nossa pesquisa bibliográfica foram incluídos 11 estudos que avaliaram o

uso de probióticos no tratamento da DII (Tabela 1).12–22 Destes, cinco foram

realizados com seres humanos12–16 e seis com animais17–22. Apenas um trabalho

avaliou a DC, sendo este em modelo experimental de colite.18

Dos trabalhos em UC, oito estudos administraram apenas probióticos no

grupo de intervenção, em doses que variaram de 1x108 a 1x1010 UFC (unidades

formadoras de colônia).12-14,17,19-21,23 O gênero Lactobacillus foi o mais avaliado,

sendo que em três estudos foi administrado em conjunto com outras cepas, as

estirpes L. paracasei, L. plantarum, L. acidophilus, L. delbrueckii subsp bulgaricus e

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L. rhamnosus, no

geral, o grupo probiótico apresentou melhora do quadro clínico e induziu a uma

resposta anti-inflamatória.14,17,23 Entretanto, Zheng et al.19 em uma avaliação isolada

da cepa L. rhamnosus mostrou que esta não foi capaz de melhorar a colite induzida

por DSS (dextrano sulfato de sódio). Assim como Cui et al.21 em uma análise

individual da estirpe L. plantarum, comparada ao fármaco padrão mesalazina, não

mostrou nenhum efeito óbvio na atenuação da colite experimental. Indicando que,

possivelmente, nos estudos onde foi administrado uma combinação de cepas, os

resultados positivos obtidos não estão associados a estas espécies. Ainda no estudo

de Cui et al.21, foram avaliadas isoladamente as espécies L. fermentum que

demonstrou ser eficaz na atenuação da colite e a L. crispatus que agravou a doença.

Corroborando, Zhou et al.19 também avaliou de forma individual a L. crispatus, e esta

exacerbou a colite. Em contrapartida, Oliva et al.13 avaliou, também de forma

isolada, em um ensaio clínico com seres humanos, a espécie L. reuteri ATCC

55730, esta apresentou atividade imunomoduladora, aumentando a expressão da

citocina anti-inflamatória interleucina 10 (IL-10) enquanto diminuiu IL-1β, TNF-α, IL-8

e IL-6 (pró-inflamatórias).

O gênero Bifidobacterium também foi avaliado, na grande maioria dos

estudos em combinação com outras cepas e apresentou efeitos benéficos.14,15,17 A

espécie B. breve, foi a única analisada à parte apenas em um estudo realizado por

Zheng et al.19 e foi constatado que a cepa exibiu atividade anti-inflamatória em

modelo de colite experimental, em dose de 1x109 UFC. Enquanto que, a espécie a

espécie Streptococcus thermophilus foi analisada apenas em combinação.14,15,17

A espécie não patogênica Escherichia coli Nissle 1917 foi avaliada em um

ensaio clínico com seres humanos, administrada por enema retal em uma dose de

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1x108 UFC, em três grupos com diferentes concentrações (40, 20 e 10ml), as taxas

de remissão e melhora da pontuação histológica foram mostradas, principalmente,

no grupo que recebeu o maior volume.12

Em dois trabalhos em UC a intervenção probiótica foi avaliada em conjunto

com medicamentos, sendo o estudo de D’incà et al.16, um ensaio clínico com seres

humanos, utilizou a cepa L. casei DG e ácido 5-aminosalicílico (5-ASA) por via oral e

retal em doses de 8x108 UFC e o estudo de Garrido-mesa et al.22, um ensaio com

animais, analisou tanto Saccharomyces boulardii em combinação o fármaco

doxiciclina quanto apenas a levedura, por via oral em uma dose de 5 x 108 UFC. Nos

dois estudos os grupos probióticos apresentaram redução da inflamação intestinal,

foi capaz de manipular a microbiota do cólon e de diminuir a recaída, sendo que a S.

boulardii, apesar da ação conjunta ter maior potencial, isoladamente mostrou-se

capaz de recuperar a histologia intestinal.

O único estudo realizado em DC foi em modelo de colite induzida pelo ácido

trinitrobenzeno sulfônico (TNBS) utilizando uma cepa probiótica geneticamente

modificada (L. casei BL23) para produção das enzimas antioxidantes superóxido

desmutase (SOD) e catalase (CAT), administrada por via oral em uma dose de

1x109. Os resultados mostraram que a estirpe foi capaz de prevenir o agravamento

da inflamação causada pelo o estresse oxidativo.18

Assim sendo, os principais mecanismos de ação dos probióticos encontrados

nos estudos selecionados foram estímulos a atividades imunomoduladora – com

redução das citocinas interleucina 1β (IL-1β), TNF-α, IL-8 e IL-6 (pró-inflamatórias) e

aumento de IL-10 (anti-inflamatória) –, melhora dos escores histológicos,

manipulação da microbiota do cólon, prevenção da inflamação causada pelo

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estresse oxidativo, aumento da expressão de RNAm que codifica citocinas

associadas a Th2 e a células Treg no cólon e melhora do quadro clínico.

PREVENÇÃO DE RECIDIVA

Foram incluídos 7 estudos nesta revisão que tiveram como objetivo avaliar o

uso de probióticos como prevenção de recidiva da DII (Tabela 2).23–29 Destes,

apenas dois24,25 foram realizados com seres humanos e cinco23,26–29 com animais.

Somente um trabalho avaliou a DC.25

Dos trabalhos em UC, cinco estudos administraram, isoladamente ou em

conjunto com outras cepas, apenas probióticos no grupo de intervenção, em doses

que variaram de 1x107 a 2x1010 UFC.23,26–29 Destes, três estudos23,27,28 avaliaram as

cepas L. delbrueckii subsp bulgaricus, L. reuteri e L. acidophilus, sendo que em dois

trabalhos23,28 houve a combinação com a estirpe Streptococcus thermophilus e

apresentaram como resultados principais aumento de mediadores anti-inflamatórios

e alterações na microbiota intestinal. Dicksved et al.27 demonstrou que a

administração isolada de L. reuteri também foi capaz de prevenir a colite

experimental, devido, possivelmente, a inibição da translocação bacteriana para os

linfonodos mesentéricos.

O gênero Bifidocterium foi avaliado em dois estudos. Kim et al.26 identificaram

que B. lactis inibiu a fosforilação de IkB-α e a constataram que a maior dose (2x1010

UFC) teve resultados mais significativos. Enquanto que, no estudo de Srutkova et

al.29 B. longum ssp. longum CCM 7952 foi capaz de preservar as junções oclusivas,

mas a variação B. longum ssp. longum CCDM372 não apresentou benefícios.

Em apenas um trabalho, de Hegazy e El-bedewy24 por meio de um ensaio

clínico randomizado, a intervenção probiótica foi avaliada em conjunto com o

fármaco padrão, sulfassalazina, utilizando o composto probiótico Lacteol Fort (L.

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delbrueckii e L. fermentum) em uma dose de 1x1010 UFC, o grupo probiótico

apresentou melhora histológica da inflamação e redução de citocinas inflamatórias

na mucosa intestinal. Apenas a via oral de administração foi testada nesses estudos.

Em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, teve

o intuito de continuar o tratamento com a administração por via oral da levedura S.

boulardii em pacientes com DC, único estudo sobre essa versão da DII. Os

resultados mostraram que o probiótico não apresentou efeitos benéficos sobre a

prevenção de recidiva, visto que 47,5% dos doentes tratados com S. boulardii

tiveram recaída durante o período do estudo, em comparação com uma taxa de

recaída de 53,2% no grupo placebo.25

Em suma, os mecanismos de ação identificados nos estudos incluídos foram

melhora histológica, redução de calprotectina fecal, da translocação bacteriana do

intestino para os linfonodos mesentéricos e dos mediadores pro-inflamatórios;

preservação de proteínas das junções oclusivas e inibição da fosforilação de IkB-α.

Conclusão

Os estudos revelam que os probióticos apresentam um efeito potencialmente

benéfico tanto na prevenção quanto no tratamento da DII, principalmente em UC. De

acordo com as evidências atuais não é recomendado o uso de probióticos em DC. O

gênero Lactobacillus é o mais estudado e o que mais apresenta resultados positivos

em doses de 1x107 a 2x1010 UFC, mas quantidades mais altas demonstraram

melhores resultados. A cepa L. reuteri exibiu benefícios tanto no tratamento quanto

na prevenção. Entretanto, a espécie L. crispatus mostrou-se agravar a doença e as

estirpes L. rhamnosus e L. plantarum não exibiram benefício algum, mas também

não exacerbou a colite.

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Dessa forma, devido a particularidade de cada indivíduo com DII, são

necessários mais estudos sobre o papel dos diferentes tipos de estirpes probióticas

na DII. Assim, devem esclarecer sobre o mecanismo de ação, indicação de uso,

dose-efeito e melhor via de administração dos probióticos, podendo ser utilizados

como coadjuvantes aos tratamentos convencionais.

Referências

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19. Zheng B, van Bergenhenegouwen J, Overbeek S, van de Kant HJG, Garssen J, Folkerts G, et al. Bifidobacterium breve attenuates murine dextran sodium sulfate-induced colitis and increases regulatory T cell responses. PLoS One 2014; 9: e95441.

20. Zhou F-X, Chen L, Liu X-W, Ouyang C-H, Wu X-P, Wang X-H, et al. Lactobacillus crispatus M206119 exacerbates murine DSS-colitis by interfering with inflammatory responses. World J Gastroenterol 2012;18:2344–56.

21. Cui Y, Wei H, Lu F, Liu X, Liu D, Gu L, et al. Different Effects of Three Selected Lactobacillus Strains in Dextran Sulfate Sodium-Induced Colitis in BALB/c Mice. PLoS One 2016; 11: e0148241.

22. Garrido-Mesa J, Algieri F, Rodriguez-Nogales A, Utrilla MP, Rodriguez-Cabezas ME, Zarzuelo A, et al. A new therapeutic association to manage relapsing experimental colitis: Doxycycline plus Saccharomyces boulardii. Pharmacol Res 2015;97:48–63.

23. Chaves S, Perdigon G, de Moreno de LeBlanc A. Yoghurt consumption regulates the immune cells implicated in acute intestinal inflammation and prevents the recurrence of the inflammatory process in a mouse model. J Food Prot 2011; 74:801–11.

24. Hegazy SK, El-Bedewy MM. Effect of probiotics on pro-inflammatory cytokines and NF-kappaB activation in ulcerative colitis. World J Gastroenterol 2010; 16: 4145–51.

25. Bourreille A, Cadiot G, Le Dreau G, Laharie D, Beaugerie L, Dupas J, et al.

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19

Saccharomyces boulardii Does Not Prevent Relapse of Crohn’s Disease. Clin Gastroenterol Hepatol 2013;11:982–7.

26. Kim SW, Kim HM, Yang KM, Kim S-A, Kim S-K, An MJ, et al. Bifidobacterium lactis inhibits NF-κB in intestinal epithelial cells and prevents acute colitis and colitis-associated colon cancer in mice. Inflamm Bowel Dis 2010; 16: 1514–25.

27. Dicksved J, Schreiber O, Willing B, Petersson J, Rang S, Phillipson M, et al. Lactobacillus reuteri maintains a functional mucosal barrier during DSS treatment despite mucus layer dysfunction. PLoS One 2012 7: e46399.

28. Assis POA de, Guerra GCB, Araújo DF de S, Araújo Júnior RF de, Machado TADG, Araújo AA de, et al. Intestinal anti-inflammatory activity of goat milk and goat yoghurt in the acetic acid model of rat colitis. Int Dairy J 2016; 56:45–54.

29. Srutkova D, Schwarzer M, Hudcovic T, Zakostelska Z, Drab V, Spanova A, et al. Bifidobacterium longum CCM 7952 Promotes Epithelial Barrier Function and Prevents Acute DSS-Induced Colitis in Strictly Strain-Specific Manner. PLoS One 2015;10: e0134050.

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Tabela 1. Revisão de estudos sobre o uso de probióticos no tratamento da DII

Referência Tipo de estudo/ Tempo

Cepa probiótica/ Dose

Fármaco padrão/ Placebo

Via Principais resultados

Tursi et al., 201034

ECRDCCP/ 8 semanas

*VSL#3 (3,6x109 UFC) n=71

Placebo n=73

Oral Melhora do quadro clínico e aspecto endoscópico da mucosa do cólon.

Ng et al., 201035

ECRDCCP/ 8 semanas

*VSL#3 (3,6x109 UF) n=14

Placebo n=14

Oral

VSL#3 induziu as células dendríticas do cólon humano a uma atividade anti-inflamatória.

Matthes et al., 201032

ECRDCCP/ 8 semanas

Escherichia coli Nissle 1917 (1x108 UFC) n= 24 (40ml) n=23 (20ml) n=23 (10ml)

Placebo n=20

Enema retal

O efeito é dose-dependente, visto que, as taxas de remissão e melhora da pontuação histológica foram mostradas principalmente no grupo que recebeu 40 mL de enema de EcN.

D’Incà et al., 201136

ECR/ 8 semanas

L. casei DG + 5-ASA (8x108 UFC) n=8 n=11

5-ASA n=7

Oral e/ou retal

Melhora significativa dos escores histológicos de gravidade da doença em pacientes que receberam a cepa probiótica pela via oral e retal. Embora, a administração por via retal parece ser capaz de manipular a microbiota do cólon e demostrou atividade imunomoduladora.

Leblanc et al., 201138

Ensaio com animais

L. casei BL23 (1 x 109 UFC)

– Oral Foi capaz de prevenir a inflamação causada pelo estresse oxidativo.

Oliva et al., 201233

ECRCP/ 8 semanas

L. reuteri ATCC 55730 (1x1010 UFC) n=20

Placebo n=20

Enema retal

O escore histológico diminuiu significativamente Aumentou a expressão de IL-10, enquanto que a IL-1β, TNF-α e IL-8 diminuíram.

Zhou et al., 201240

Ensaio com animais

L. crispatus M206119 (1 x 1010 UFC)

5-ASA Oral

O grupo probiótico apresentou a doença acentuadamente mais grave, com maior perda de peso, diarreia, sangramento fecal e encurtamento do comprimento do cólon. Como também, tinha escores histológicos comparativamente mais elevados e mais infiltração de neutrófilos do que os controles.

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Referência Tipo de estudo/ tempo

Cepa probiótica/ Dose

Fármaco padrão/ Placebo

Via Principais resultados

Yoon et al., 201437

Ensaio com animais

*Duolac-Gold (1×108 UFC) (1×109 UFC) (1×1010 UFC)

– Oral

Todos os grupos tratados com Duolac-Gold apresentaram efeitos benéficos. Contatou-se melhora na consistência das fezes, aumento de peso corporal, preveniu o encurtamento do cólon e diminuiu a expressão da IL-6.

Zheng et al., 201439

Ensaio com animais

L. rhamnosus e B. breve (1×109 UFC)

– Oral

B. breve atenuou significativamente a gravidade da colite, aumentou a expressão de RNAm que codifica citocinas associadas a Th2 e a célula Treg no cólon distal dos animais.

Garrido-Mesa et al., 201542

Ensaio com animais

S. boulardii CNCMI-745 Doxiciclina + S. boulardii CNCMI-745 (5x108 UFC)

Doxiciclina

Oral

O uso concomitante de doxiciclina e S. boulardii reduziu a inflamação intestinal, acelerou a recuperação e diminuiu a recaída. Em um segundo processo de administração DSS, reativando a colite – o grupo tratado com S. boulardii, isoladamente ou em associação com doxiciclina, mostrou uma recuperação significativa da histologia intestinal.

Cui et al., 201641

Ensaio com animais

L. fermentum CCTCC M206110, L. crispatus CCTCC M206119 e L. plantarum NCIMB8826 (3,0x108

UFC)

Mesalazina

Oral

A administração de L. crispatus CCTCC M206119 agravou a colite, enquanto L. fermentum CCTCC M206110 demonstrou ser eficaz na atenuação. Entretanto, L. plantarum NCIMB8826 não mostrou nenhum efeito óbvio de atenuação na colite induzida.

ECRDCCP: Ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo; ECRCP: Ensaio clínico, randomizado, controlado por placebo; ECR: Ensaio clínico randomizado; UFC: unidades formadoras de colônia; IL: interleucina; TNF-α: fator de necrose tumoral alfa. *Descrição dos conteúdos bacterianos de cada produto VSL#3: L. paracasei, L. plantarum, L. acidophilus e L. delbrueckii subsp bulgaricus, B. longum, B. breve, B. infantis e Streptococcus thermophilus; Duolac-Gold: Bifidobacterium latics (KCTC 11904BP), Bifidobacterium longum (KCTC 12200BP), Bifidobacterium bifidum (KCTC 12199BP), Lactobacillus acidophilus (KCTC 11906BP), Lactobacillus rhamnosus (KCTC 12202BP) e Streptococcus thermophilus (KCTC 11870BP).

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Tabela 2. Revisão de estudos sobre o uso de probióticos na prevenção da DII

Referência Tipo de estudo/ Tempo

Cepa Probiótica/ Dose

Fármaco padrão/ Placebo

Via Principais resultados

Hegazy e El-Bedewy, 201043

ECR/ 8 semanas

Sulfassalazin + Lacteol Fort (1×1010 UFC) n=15

Sulfassalazina+ placebo (amido) n=15

Oral

O grupo probiótico apresentou melhora histológica da inflamação, diminuição da dosagem de calprotectina fecal e redução de citocinas inflamatórias mucosas.

Kim et al., 201045

Ensaio com animais

B. lactis (2×109 UFC) (2×1010 UFC)

– Oral

Inibi a fosforilação de IkB-α, diminuindo sinalização de NF-kB. A dose mais elevada produziu efeitos mais significativos.

Chaves et al., 201148

Ensaio com animais

L. delbrueckii subsp. bulgaricus e Streptococcus thermophilus (2x109 UFC)

– Oral

Evitou a recorrência da inflamação, devido, possivelmente, pelo o aumento da produção de IL-10 e alterações na microbiota intestinal.

Dicksved et al., 201246

Ensaio com animais

L. reuteri (1x109 UFC)

– Oral

Foi capaz de proteger da colite, mas não foi capaz de melhorar a integridade da camada de muco e nem reverter o desequilíbrio bacteriano causado pela indução da colite.

Bourreille et al., 201344

ECRDCCP/ 52 semanas

S. boulardii (1g) n=84

Placebo n=81

Oral

O grupo em regime probiótico não apresentou um efeito significativo na população do estudo.

Srutkova et al., 201549

Ensaio com animais

B. longum ssp. longum CCDM 372 e B. longum ssp. longum CCM 7952 (2x108 UFC)

– Oral

Efeitos benéficos apenas foram relacionados com a estirpe B. longum ssp. longum CCM 7952, sendo capaz de preservar a ruptura de proteínas das junções oclusivas.

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Referência Tipo de estudo/ tempo

Cepa probiótica/ Dose

Fármaco padrão/ Placebo

Via Principais resultados

Assis et al., 2016 47

Ensaio com animais

Streptococcus salivarius subsp. thermophillus, L. delbrueckii subsp. bulgaricus e L. acidophilus (1x107 UFC)

Sulfassalazina Oral

O iogurte induziu a redução da lesão do tecido colônico, preservação da citoarquitetura do tecido e diminuição dos mediadores pró-inflamatórios, acompanhada pela melhora do estresse oxidativo.

ECRDCCP: Ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo; ECR: Ensaio clínico randomizado; UFC: unidades formadoras de colônia; IL: interleucina; IkB- α: Inibidor do fator de transcrição NF-κB. *Descrição dos conteúdos bacterianos de cada produto Lacteol Fort: L. delbruekii e L. fermentum.

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ANEXO – Normas da revista para submissão de artigos

DIRETRIZES PARA AUTORES

Objetivos e política editorial

DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde tem por missão publicar debates,

análises e resultados de investigações relevantes para o campo da Alimentação,

Nutrição e Saúde.

1. CATEGORIAS DE TRABALHOS

Editorial: Texto que expressa posicionamentos dos editores da revista.

Artigo de debate: Texto, preferencialmente de cunho conceitual, encomendado

pelos editores, e que será debatido por cerca de cinco pesquisadores convidados.

Os autores dos Artigos de Debate apresentarão considerações a partir do conjunto

dos debates.

Artigo temático: Texto de revisão crítica ou correspondente a resultados de

pesquisas de natureza empírica ou reflexão conceitual sobre o assunto em pauta em

número temático. Números Temáticos podem ser propostos à Editoria, bastando a

apresentação de um Termo de Referência explicitando a temática a ser abordada,

artigos e respectivos autores que comporão o conjunto da obra e um cronograma de

produção. É recomendável que o Número Temático proposto inclua um Artigo de

Debate e os correspondentes debatedores.

Tema livre: Análise teórica e/ou metodológica ou texto derivado de pesquisas

empíricas ou discussão conceitual sobre temas distintos daquele que identifica um

determinado Número Temático da revista.

Resenha: Análise crítica de livros ou outros tipos de publicações recentes e

relacionados ao campo científico da Alimentação, Nutrição e Saúde.

Entrevista: Diálogo com personalidades de destaque no campo científico da

Alimentação, Nutrição e Saúde conduzidos a partir da Editoria.

2. REVISÕES E TRADUÇÕES PARA INGLÊS E ESPANHOL

Textos submetidos em português: quando, após avaliação por pares, o original for

recomendado para publicação, os autores providenciarão a tradução para a língua

inglesa junto a profissionais especializados credenciados pelo periódico; os custos

de tradução ficam a cargo dos autores.

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25

Textos submetidos em espanhol: quando, após avaliação por pares, o original for

recomendado para publicação, os autores providenciarão a tradução para a língua

inglesa e a revisão da versão em espanhol junto a profissionais especializados

credenciados pelo periódico; os custos de tradução e de revisão ficam a cargo dos

autores.

Textos submetidos em inglês: quando, após avaliação por pares, o original for

recomendado para publicação, os autores providenciarão a tradução para a língua

portuguesa e a revisão da versão em inglês junto a profissionais especializados

credenciados pelo periódico; os custos de tradução e de revisão ficam a cargo dos

autores. Reiteramos a inexistência de qualquer forma de pagamento para submissão

dos artigos e que o acesso a todo o material publicado permanece aberto, sem

custos para o leitor. Neste momento, lamentavelmente, não nos é possível arcar

com despesas de tradução e/ou revisão de textos conforme explicitado

acima. Enfatizamos que essa condição aplica-se exclusivamente aos artigos

recomendados para publicação.

Os autores serão orientados sobre os procedimentos de contato com os

revisores, na ocasião em que for comunicado que o artigo foi recomendado para

publicação.

3. APRESENTAÇÃO DOS ORIGINAIS

Recomendamos a leitura atenta das informações abaixo. Eventuais

dificuldades na submissão on line ou dúvidas poderão ser encaminhadas através

dos endereços eletrônicos [email protected] ou [email protected].

Os conceitos e opiniões expressos nos artigos, bem como a exatidão e a

procedência das citações são de exclusiva responsabilidade dos autores.

O artigo deve ser um trabalho original, e não ter sido publicado ou estar sendo

avaliado para publicação em outra revista.

Os originais devem ser encaminhados exclusivamente à DEMETRA:

Alimentação, Nutrição e Saúde.

Serão recebidos originais em português, inglês ou espanhol.

Os textos devem ser digitados em Word, página tamanho A-4, margens de

2,5 cm, espaço duplo e fonte Arial tamanho 12.

Todas as páginas deverão estar numeradas, sendo a primeira a página de

rosto.

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3.1. PÁGINA DE ROSTO

• Deverá conter título completo do artigo indicando claramente o conteúdo

central do estudo. Títulos em português ou espanhol devem apresentar também sua

versão em inglês. Títulos em inglês devem apresentar também sua versão em

português.

• Informar os nomes de todos os autores por extenso, endereço completo,

incluindo endereço eletrônico e afiliação institucional principal (Exemplo:

Departamento, Faculdade e Universidade, nesta ordem).

• Indicar o autor para troca de correspondências com a revista.

• Especificar a participação de cada autor na elaboração do original (Exemplo:

AL Costa participou da concepção e da análise e interpretação dos dados; MJ

Marques participou do desenho do estudo, da redação do artigo e da sua versão

final; FDR Lopes trabalhou em todas as etapas desde a concepção do estudo até a

revisão da versão final do artigo).

• Tendo em vista o crescimento no número de coautores em muitos artigos

encaminhados a DEMETRA, o número máximo de autores está limitado a seis.

Somente com justificativas excepcionais e bem fundamentadas será aceito número

maior de autores, o que deve ser aqui informado.

• Declarar a existência ou não de conflito de interesses de cada autor.

• Registrar agradecimentos a pessoas ou instituições, deixando bem claro que

não se trata de autores ou financiadores.

• Se o trabalho foi subvencionado, indicar o agente financiador e respectivo

número de processo.

• Identificar o tipo de trabalho submetido, assinalando com "x" uma das opções:

( ) Estudo empírico ( ) Ensaio ou abordagem conceitual

• Identificar a área de avaliação do trabalho assinalando com "x" uma das

opções: ( ) Nutrição e Epidemiologia ( ) Políticas de Alimentação e Nutrição (

) Ciências Humanas e Sociais em Alimentação ( ) Alimentação para Coletividades (

) Nutrição e Alimentos ( ) Nutrição Clínica ( ) Nutrição Básica ( )

Nutrição Experimental ( ) Nutrição, Atividade Física e Esportes

• A PÁGINA DE ROSTO deverá ser transferida como DOCUMENTO

SUPLEMENTAR em arquivo específico e, portanto, em separado do Corpo de Texto

Original.

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3.2. CORPO DO TEXTO ORIGINAL

O Corpo do Texto Original (sem a Página de Rosto) deve conter título,

resumo, palavras-chave, corpo do texto propriamente dito e referências.

Quando submetido em português ou em espanhol apresentará título, resumo,

palavras-chave na língua original e em inglês.

Quando submetido em inglês deve ter título, resumo e palavras-chave na

língua original e em português.

Resumo

Deve ter entre 150 e 250 palavras, evitando o uso de abreviaturas e de

citações.

Para estudos empíricos ou surveys, identificar as seguintes partes, tal como abaixo:

• Objetivos.

• Metodologia.

• Resultados.

• Discussão.

• Conclusões.

Para ensaios, abordagens conceituais e outras similares, o resumo pode ser

narrativo, tal como abaixo:

• Objeto do estudo ou problema em questão e fundamentos conceituais.

• Desenvolvimento da argumentação.

• Considerações finais.

É muito importante que o resumo seja bem elaborado e redigido com clareza.

Palavras-chave

Indicar no mínimo três e no máximo seis palavras-chave descritoras do

conteúdo do trabalho utilizando os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) do

Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde

(Bireme), em português ou espanhol e em inglês. Devem suceder os resumos por

idioma.

Corpo do Texto Original

Em estudos de cunho empírico ou surveys é frequente a divisão do texto em

seções como Introdução (que inclui a justificativa e o objetivo do trabalho, sua

importância, abrangência, lacunas, controvérsias e outros dados considerados

relevantes pelo autor), Metodologia (deve conter descrição da população estudada e

dados do instrumento de investigação; nos estudos envolvendo seres humanos deve

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28

haver referência à existência de um termo de consentimento livre e esclarecido

apresentado aos participantes e à aprovação do Comitê de Ética da instituição onde

o projeto foi desenvolvido), Resultados (devem ser apresentados de forma sintética

e clara, e apresentar ilustrações elaboradas de forma a serem autoexplicativas e

com análise estatística; evitar repetição de dados do texto), Discussão (deve

explorar os resultados, apresentar a experiência pessoal do autor e outras

observações já registradas na literatura; dificuldades metodológicas podem ser

expostas nesta parte) e Conclusões (apresentar as conclusões relevantes face aos

objetivos do trabalho, podendo haver indicação sobre formas de continuidade do

estudo). É possível apresentar Resultados e Discussão juntos.

Para ensaios, abordagens conceituais e outras similares, há liberdade para

estabelecer a estrutura (título e subtítulos) de seu original de modo a contemplar a

identificação do objeto do estudo ou problema em questão e fundamentos

conceituais, o desenvolvimento da argumentação e considerações finais.

Títulos ou subtítulos não devem ser numerados, podendo-se fazer uso de

recursos gráficos (caixa alta, negrito, etc).

Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos) devem ser apresentadas em

separado, no final do texto, depois das referências do original com respectivos

títulos, legendas e referências específicas. O número máximo de ilustrações é 6

(seis).

Ao longo do texto os autores devem indicar, com destaque, a localização de

cada ilustração, todas devidamente numeradas.

As tabelas e os quadros devem ser elaborados em Word.

Os gráficos devem ser elaborados em Excel e os dados numéricos

correspondentes devem ser enviados, de preferência, em separado no programa

Word ou em outra planilha como texto, para facilitar o recurso de copiar e colar.

As figuras devem ser encaminhadas em JPEG ou TIFF.

Notas de rodapé: deverão ser restritas ao necessário e indicadas por letras

sobrescritas (Ex. a, b).

ARTIGOS DE DEBATE devem ter, no máximo, 7.000 palavras e 40 referências; os

textos dos debatedores e o correspondente às considerações dos autores sobre o

conjunto dos debates devem ter, no máximo, de 4.000 palavras e 20 referências,

cada um. Na contagem do número de palavras estão incluídos o texto original do

artigo e as referências.

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ARTIGOS TEMÁTICOS e TEMAS LIVRES devem ter, no máximo, 7.000 palavras e

40 referências; excetuam-se os artigos de revisão que devem ter, no máximo, 60

referências. Na contagem do número de palavras estão incluídos o texto original do

artigo e as referências.

RESENHAS devem ter, no máximo, 4.000 palavras. Estão incluídos o texto original

da resenha e as referências. O autor da resenha deve encaminhar imagem

eletrônica, com qualidade, da capa do livro resenhado.

ENTREVISTAS devem ter, no máximo, 4.000 palavras.

Referências

As referências seguem o estilo Vancouver. Devem ser numeradas

consecutivamente de acordo com a ordem em que são citadas no texto. Devem ser

identificadas por números arábicos sobrescritos, colocados após a pontuação, se

houver.

Exemplo: ... Foi utilizado o questionário GTHR 6 ...

Para referência de mais de dois autores, no corpo do texto deve ser

registrado apenas o nome do primeiro autor seguido da expressão et al.

Exemplo: ... De acordo com Marshall et al 13, as crianças...

As referências citadas somente nas ilustrações devem ser numeradas a partir

do número da última referência citada no texto.

As referências citadas devem ser listadas ao final do artigo, em ordem

numérica, seguindo as normas gerais dos Requisitos uniformes para manuscritos

apresentados a periódicos biomédicos (http://www.icmje.org).

Nomes de pessoas, cidades e países devem ser citados na língua original da

publicação.

Exemplos de referências encontram-se ao final destas “Diretrizes para

Autores”.

4. ENSAIOS CLÍNICOS

A revista DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde apoia as políticas para

registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e

do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a

importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de

informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão

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aceitos para publicação, a partir de 2007, os artigos de pesquisas clínicas que

tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios

Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços

estão disponíveis no site do ICMJE. O número de identificação deverá ser registrado

ao final do resumo.

Exemplos de referências

1. AUTOR

Um autor – inicia-se pelo último sobrenome do autor, em caixa baixa, utilizado

também para sobrenomes compostos seguidos das iniciais dos prenomes, sem

espaço nem pontuação entre as iniciais.

Camões L.

Saint-Exupery A.

Oliveira Filho C.

Até seis autores – mencionam-se todos, na ordem em que aparecem na

publicação, separados por vírgula.

Mais de seis autores – citar os primeiros seis, na ordem em que aparecem na

publicação, seguido da expressão et al.

Vários autores, com um responsável destacado (organizador, coordenador,

compilador etc.) – entrada pelo nome do responsável, seguido da abreviatura da

palavra que indica o tipo de responsabilidade.

Teitel S, coordenador

Barnes J, editor.

Obra publicada sob pseudônimo – adotar o pseudônimo e quando o nome

verdadeiro for conhecido indicá-lo entre colchetes.

Tupynambá M, [Fernando Lobo]

2. REFERÊNCIAS POR TIPO DE MATERIAL (documentos considerados no todo

e partes de documentos)

Livros e folhetos - Autor. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação (cidade):

Editora; ano de publicação. Número de páginas.

Indivíduo como autor

MATTOS RS. Sobrevivendo ao estigma da gordura. 1. ed. São Paulo: Vetor;

2012.

Organizador ou compilador como autor

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31

Bosi MLM, Mercado FJ, organizadores. Pesquisa qualitativa de serviços de

saúde. Petrópolis: Vozes; 2004.

Capítulo de livro

SANTOS LAS. Da anorexia à obesidade: considerações sobre o corpo na

sociedade contemporânea. In: Diez-Garcia RW, Cervato-Mancuso AM,

organizadores.Mudanças alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro:

Guabanara Koogan; 2011, p. 109-109.

Periódicos (revistas, jornais etc. na íntegra) - Título da publicação ano mês dia; nº

do volume (nº do fascículo): total de páginas ou paginação do volume referenciado.

Revista de Nutrição 2011 dez; 24(6): 801-938.

Artigos de revista - Autor. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico ano mês; nº

do volume (nº do fascículo): páginas inicial e final.

Barbosa TBC, Mecenas AS, Barreto JG, Barreto MI, Bregman R, Avesani CM.

Longitudinal assessement of nutritional status in nondialyzed chronic kidney disease

patients. CERES 2010; 5(3): 127-137.

Trabalhos apresentados em congressos - Autor do trabalho. Título: subtítulo.

In:Tipo de publicação do Congresso (Anais, Resumos) Nº do Congresso Nome do

Congresso, ano mês dia, local de realização (cidade). Local de publicação: editora;

ano. Páginas inicial e final do trabalho.

Goidanich ME, RIAL CS. Relações entre os sentidos e as escolhas

alimentares no supermercado: uma abordagem etnográfica. In: IX Reunião de

Antropologia do Mercosul; 2011; Curitiba. p. 1-19.

Entrevistas - A entrada para entrevista é feita pelo nome do entrevistado. Para

referenciar entrevistas gravadas, faz-se descrição física de acordo com o suporte

adotado. Nome do entrevistado. Título. Referência da publicação. Nota da

Entrevista.

Moura EG. Considerações sobre a criação da área de avaliação “Nutrição” na

CAPES. CERES 2011 6(2): 125-128. Entrevista concedida a Maria Claudia da Veiga

Soares Carvalho.

Dissertação e tese - Autor. Título: subtítulo. [Indicação de dissertação ou tese]

Local: Instituição, nome do curso ou programa da faculdade e universidade; ano da

defesa.

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32

OLIVEIRA DA. Alimentação complementar no primeiro ano de vida no

município do Rio de Janeiro: tendência temporal 1998 – 2008 [dissertação]. Rio de

Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2011.

Marques MLGB. Desenvolvimento, agendas internacionais e políticas

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Eventos (Congresso, conferência, encontro etc.) - Tipo de publicação do evento

(Anais, Resumos) número do evento Nome do Evento; ano, local de realização

(cidade). Local de publicação (cidade): Editor, ano de publicação. Número de

páginas ou volume.

Anais do 3º Seminário Brasileiro de Educação; 1993; Brasília. Brasília: MEC;

1994. 300 p.

Documento eletrônico - Autor. Título: subtítulo. Edição. Local de publicação

(cidade): ano. Número de páginas ou volume (série) - se houver. Disponível em

URL: <http://.....>

Assis M, organizador. Promoção da saúde e envelhecimento: orientações

para o desenvolvimento de ações educativas com idosos. Rio de Janeiro: 2002. 146

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Dicionário e Enciclopédia - Autor. Título: subtítulo. Edição. (se houver) Local:

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Ferreira AB H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro:

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Legislação - Lei nº....., Ementa. data completa (ano mês abreviado dia). Nome da

publicação volume (fascículo), data da publicação (ano mês abreviado dia). Nome

do caderno, páginas inicial e final.

Lei nº 10.741 Estatuto do Idoso 2003 out 1. Pub DO 1(1), [Out 3 2003].

Programas de Televisão e de Rádio - Tema. Nome do programa. Cidade: nome da

TV ou Rádio, data da apresentação do programa. Nota especificando o tipo de

programa (TV ou rádio)

Um mundo animal. Nosso Universo. Rio de Janeiro: GNT; 4 de ago. 2000.

Programa de TV.

Page 35: PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE ......de inflamação descontinuada (lesões em salto) ao longo do trato gastrointestinal, entretanto o íleo e o cólon são as porções

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CD-ROM - Autor. Título. Edição. Local de publicação (cidade): Editora, data (ano).

Tipo de mídia.

Almanaque Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM

E-mail - (as informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho

da mensagem recebida)

Nome do remetente. Assunto. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por

<e-mail do destinatário> em (data de recebimento).

Biblioteca Central da UFRGS. Alerta. [mensagem pessoal]. Mensagem

recebida por <[email protected]> em 20 jun. 2005.

Web sites ou Homepages – Nome. Disponível em: URL: http//....

Núcleo de Estudos sobre Cultura e Alimentação NECTAR. Disponível em:

URL: http://www.nutricao.uerj.br

Programa de computador

Hemodynamics III: the ups and downs of hemodynamics [computer program].

Version 2.2. Orlando (FL): Computerized Educational Systems; 1993.