JBCONSTRUÇÕES &INCORPORAÇÕES

EXMO SR. SECRETARIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, PORINTERMÉDIO DA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

Ref: CONCORRÊNCIA n°007/2017 - CSL/MA

Processo Administrativo n° 853/2016 - SEAP

RECEBIDO

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JB CONSTRUÇÕES EINCORPORAÇÕES LTDA, pessoa jurídica de direito privado, situada na Rua Mitra,edifício Atrium Plaza, sala 218, Jardim Renascença, nesta capital, inscrita no CNPJ sob o n° 14.608.683/0001-79,

vem, respeitosamente, à presença de V. Excelência, apresentar o presente RECURSO, com base no art. 109, da

Lei n° 8.666/93, e item 12 do Edital Convocatório em face da decisão que INABILITOU a ora recorrente,fazendo-o segundo os fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

cr

I. DA OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA E AOS

PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE

Oprincípio da isonomia tem fundamento no art. 5o da Constituição Federal eestá preceituado noart.3° daLei n° 8.666/93 como segue:

Art.3° A licitação destina-se a garantir a observância do princípioconstitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para aAdministração e será processada e julgada em estrita conformidade com osprincípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,da publicidade, da probidade administrativa, do julgamento objetivo edos que lhessão correlatos.

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PROTOCO/SEAPRECEBIDO

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Ass:

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§1° E vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas oucondições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu carátercompetitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade,da sede oudomicílio dos licitantes oude qualquer outra circunstância impertinenteou irrelevante para o específico objeto do contrato; (grifou-se)

A seguir, perceber-se-á que a decisão ora vergastada deve ser reformada para manter-se me

consonância aos referidos princípios, e evitar uma limitação à concorrência no presente certame.

„DOS FATOS E DO DIREITO

A Empresa JB CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA. deveria ter sido

HABILITADA no processo licitatório de Concorrência n° 007/2017/CSL/MA, isso porque a razão apontadapara sua Inabilitação representa excesso de formalidade e rigorismo, além de se revelar contrária á jurisprudênciados tribunais pátrios.

II.I QUANTO AO ITEM 9.1.2, ALÍNEA "B" DO EDITAL

O item 9.1.2, alínea "b', exige "Prova de Inscrição no Cadastro de Contribuintes Estadual ou Muniápal,rehtivo àsede ou domicílio do licitante,pertinente ao seu ramo de atividade ecompatível com oobjeto licitado".

A Recorrente cumpriu o referido item na medida em que apresentou comprovação de que seencontra devidamente inscrita no Cadastro de Contribuintes do Município de São Luís, bem como Certidão

Negativa de Débitos do Município de São Luís, além de seu Alvará de Funcionamento, que, além de atestar pelaregularidade fiscal da RECORRENTE, expõe o número de sua Inscrição Municipal.

Ocorre que, mesmo diante da devida comprovação, a Comissão de Licitação entendeu pelainabilitação da ora recorrente sob oseguinte argumento: "o cadastro muniápal apresentado encontra-se desatualizado, poisconsta como última alteração contratual a data de 05/05/2014, entretanto a quarta alteração está datada de 20/12/2016,descumprindo assim oexigido no item 11.1.11 do Instrumento Convocatório".

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JBsua inabilitação. Vejamos.

D\StAtmn°lá^L

Proc. n°

Rub.:

CONSTRUÇÕES & \ Matr.:INCORPORAÇÕES

Nesse ponto, aempresa recorrente entende que aComissão agiu com formalismo exacerbado em

Ainscrição Municipal tem como finalidade primordial confirmar que aempresa se encontra inscritana Prefeitura Municipal como contribuinte, exercendo atividade de prestação de serviços e, dessa forma,possibilitando afiscalização por parte do ente público quanto ao pagamento de tributos.

Ressalte-se que acomprovação de inscrição no Cadastro Municipal sequer serve para demonstrararegularidade no recolhimento dos tributos. Tanto éassim, que aempresa recorrente teve que apresentar certidãonegativa de débitos do Município de São Luís. Ese assim ofez, atingiu afinalidade do disposto na alínea "b", doirem 9.1.2 do Instrumento Convocatório.

Segundo o princípio da finalidade, a norma administrativa deve ser interpretada e aplicada daforma que melhor garanta arealização do fim público aque se dirige. Deve-se ressaltar que oque explica, justificaeconfere sentido auma norma éprecisamente afinalidade aque se destina. Apartir dela éque se compreende aracionalidade que lhe presidiu aedição. Logo, éna finaUdade da lei que reside o critério norteador de sua corretaaplicação, pois éem nome de um dado objetivo que se confere competência aos agentes da Administração. Épreciso examinar à luz das circunstâncias do caso concreto se o ato em exame atendeu ou concorreu para oatendimento do específico interesse público almejado pela previsão normativa genérica.

No caso em comento, com base no princípio da finaUdade, verifica-se que omencionado item doedital foi devidamente cumprido, vez que aempresa comprovou que está inscrita no Cadastro de ContribuintesWMumcípio de São Luís, emais, que se encontra regular com seus deveres tributários junto afazenda municipal.

Por fim, trago à baila, os ensinamentos do jurista Marcai Justen Filho, em 'Comentários àLei deLicitações eContratos Administrativos', 13a ed, páginas. 401/2:

(A inscrição no Cadastro de Contribuintes destina-se a permitir aidentificação do sujeito eadeterminação deque exercita sua atividaderegularmente, em termos tributários. (...)

Desse modo, inabüitar aRECORRENTE por tal formaUdade seria uma violação ao princípio darazoabüidade elimitaria aconcorrência no presente certame, demonstrando excesso de rigor eformaUsmo, oqueé vedado pelos Tribunais Pátrios.

Nesse ponto, observa-se oconfronto de dois princípios fundamentais para as Ucitações púbUcas,quais sejam: o da vinculação ao instrumento convocatório e o da supremacia do interesse púbUco aqui® 98 98412-8208 / 98894-5829

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V

Proc. <

Rub.:__

Matr.:

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representado pela seleção da proposta mais vantajosa,proporcionaUdade.

Oart. 3o, da Lei 8.666/93, define que

sem mencionar os princípios da razoabiUdade e

a licitação destina-se a garantir a observância do prinKpinconstitucional da isonomk eaSfikgjgaai aproposta m,js vantajosapara aAdministração eserá processada e julgada em estrita conformidadecom os princípios básicos da legaUdade, da impessoaUdade, da moraUdade,

^ da igualdade, da pubUcidade, da probidade administrativa, da vinculação aoinstrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes sãocorrelatas.

Aquestão basüar é: até que ponto se deve defender aestrita vinculação ao instrumentoconvocatório, alijando outro licitante do certame por mero rigorismo? Éfirme oentendimento de quedeve ser evitado oexcesso de formalismo nas licitações públicas, em detrimento da consecução dointeresse público.

Nesse sentido, oAcórdão 1758/2003, do Plenário do TCU, cujo voto do ministro relator abaixose delimita:

expondo que

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ressalto, preliminarmente, que o edital não constitui nm fi™ „™ <,;

mesmo. Trata-se de instrumento para a consecução das finaUdades docertame licitatório, que são assegurar a contratação da proposta maisvantajosa eaigualdade de oportunidade de participação dos interessados, nosprecisos termos do art. 3o, caput, da Lei 8.666/93. Assim, ainterp^^eaplicação das regras nele estabelecida deve sempre ter por nnfte natingimento das finalidades da linWSn, evitandn_sp „ ^„n aformalismos exao-erados irrelevante. „u desarra*nados. q„P nãocontribuem para esse desiderato

No mesmo trilhar, tem-se oAcórdão 1025/2003, também do Plenário daquela Corte de Contas,

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A Administração não deve se ater a formalismos exagerados. Mas as

formalidades só podem ser dispensadas se da decisão da

Administração não resultar prejuízo ao interesse público.

OSuperior Tribunal de Justiça igualmente se manifestou aesse respeito, ao julgar oMS 5.418/DF,

colocando que :

^ o formalismo no procedimento licitatório não significa que se possa

desclassificar propostas eivadas de simples omissões ou defeitos

irrelevantes.

Do mesmo modo, cita-se o seguinte aresto do Tribunal da Cidadania:

O ordenamento jurídico regulador da licitação não prestigia decisãoassumida pela Comissão de Licitação que inabilita concorrente combase em circunstância impertinente ou irrelevante para o específicoobjeto do contrato, fazendo exigência sem conteúdo de repercussãoparaa configuração de habilitação jurídica,da qualificaçãotécnica, dacapacidade econômico-financeira e da regularidade fiscal. (STJ,Mandado de Segurança n.° 5779/DF (98/0026226-1, Relator Ministro JoséDelgado).

Em remate cumpre registrar que todas as alterações contratuais foram devidamente comunicadase registradas naJunta Comercial do Maranhão, conforme a documentação apresentada pela empresa, sendo quetais informações são disponibilizadas para secretarias fazendárias de todos os entes, através do CadastroSincronizado (http://www.semfaz.saoluis.ma.gov.br/conteudo?/21/34/Cadastro%20Sincronizado%20(CPE)V

Desse modo, a ora Ucitante recorrente não pode ser prejudicada, seja pelo apego exacerbado ao

formaUsmo, ou mesmo pela dispUcência do órgão fazendário municipal em manter atuaUzado os dados

devidamente informados pela empresa.

III DO PEDIDO

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"T j |cONSTRUÇÕES&fl J INCORPORAÇÕES

Diante do exposto, em especial da vasta jurisprudência colacionada, aRECORRENTE requer a

reforma da decisão administrativa que a inabilitou do certame.

Com isso, a RECORRENTE JB CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA. requer que

seja HABILITADA no certame em comento, passando aapta para afase de abertura de Proposta de Preços.

Nestes termos, pede deferimento

São Luís, 14 de outubro de 2017.

C^\Jamil Maluf Neto

Sócio Administrador

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