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PROCESSO CIVIL 1. O juiz recebeu uma petição inicial, com pedido de tutela provisória, instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor à qual o réu não opôs prova capaz de gerar dúvida razoável. A tutela provisória a ser deferida é: A) tutela de evidência. B) tutela cautelar antecedente. C) tutela cautelar incidental. D) tutela antecipada. 2. Jose é advogado. Em 14.10.2019 recebeu a intimação eletrônica de uma sentença de um processo judicial do qual era o único patrono. Em 15.10.2019, ocorreu o nascimento do filho de José. Considerando o entendimento da Jurisprudência recente do Superior Tribunal de Justiça, pode-se corretamente afirmar que o prazo para a apresentação do recurso A) corre normalmente, salvo se, mediante comprovação do nascimento do filho, José comprovar que não tem condições de atender ao prazo, quando então o juiz poderá deferir um prazo razoável de suspensão. B) é suspenso, desde que seja imediatamente comunicado ao juízo o nascimento do filho do advogado e notificado o cliente, devendo a prova do nascimento ser feita por meio de certidão de nascimento, mediante juntada do documento aos autos do processo. C) é suspenso, a partir da data do nascimento, ainda que outra seja a data da comprovação nos autos, que pode ser feita no momento da interposição do recurso, desde que antes de operada a preclusão. D) é suspenso, desde que seja comunicado ao juízo, em até 5 dias, o nascimento do filho do advogado, devendo a prova do nascimento ser feita por meio de certidão de nascimento, mediante juntada do documento aos autos do processo. 3. Nos termos do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), é certo dizer que não dependem de prova os fatos: A) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; admitidos no processo como incontroversos; e fatos, em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. B) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela parte contrária; admitidos no processo como incontroversos; e fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. C) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela parte contrária; admitidos no processo como controversos; e fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. D) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; admitidos no processo como controversos; e fatos, em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 4. De acordo com o Código de Processo Civil, na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Sobre a reconvenção, julgue os itens a seguir: I – A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção; II – Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 10 (dez) dias; III – A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro; IV – A reconvenção sempre deve ser acompanhada da contestação, nunca pode ser oferecida sem contestação; V – A reconvenção não pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. Dos itens acima: A) Os itens II e IV estão corretos B) Os itens I e III estão corretos. C) Os itens IV e V estão corretos. D) Os itens II e III estão corretos. 5. O ordenamento jurídico brasileiro é claro no sentido de que a petição inicial deve indicar o pedido com as suas especificações. Quanto ao mencionado requisito da petição inicial, é correto afirmar que

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PROCESSO CIVIL

1. O juiz recebeu uma petição inicial, com pedido de tutela

provisória, instruída com prova documental suficiente dos

fatos constitutivos do direito do autor à qual o réu não

opôs prova capaz de gerar dúvida razoável. A tutela

provisória a ser deferida é:

A) tutela de evidência.

B) tutela cautelar antecedente.

C) tutela cautelar incidental.

D) tutela antecipada.

2. Jose é advogado. Em 14.10.2019 recebeu a intimação

eletrônica de uma sentença de um processo judicial do

qual era o único patrono. Em 15.10.2019, ocorreu o

nascimento do filho de José. Considerando o

entendimento da Jurisprudência recente do Superior

Tribunal de Justiça, pode-se corretamente afirmar que o

prazo para a apresentação do recurso

A) corre normalmente, salvo se, mediante comprovação

do nascimento do filho, José comprovar que não tem

condições de atender ao prazo, quando então o juiz

poderá deferir um prazo razoável de suspensão.

B) é suspenso, desde que seja imediatamente comunicado

ao juízo o nascimento do filho do advogado e notificado o

cliente, devendo a prova do nascimento ser feita por meio

de certidão de nascimento, mediante juntada do

documento aos autos do processo.

C) é suspenso, a partir da data do nascimento, ainda que

outra seja a data da comprovação nos autos, que pode ser

feita no momento da interposição do recurso, desde que

antes de operada a preclusão.

D) é suspenso, desde que seja comunicado ao juízo, em

até 5 dias, o nascimento do filho do advogado, devendo a

prova do nascimento ser feita por meio de certidão de

nascimento, mediante juntada do documento aos autos

do processo.

3. Nos termos do Código de Processo Civil (Lei nº

13.105/2015), é certo dizer que não dependem de prova

os fatos:

A) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela

parte contrária; admitidos no processo como

incontroversos; e fatos, em cujo favor milita presunção

legal de existência ou de veracidade.

B) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela

parte contrária; admitidos no processo como

incontroversos; e fatos em cujo favor milita presunção

legal de existência ou de veracidade.

C) Notórios; afirmados por uma parte e negados pela

parte contrária; admitidos no processo como

controversos; e fatos em cujo favor milita presunção legal

de existência ou de veracidade.

D) Notórios; afirmados por uma parte e confessados pela

parte contrária; admitidos no processo como

controversos; e fatos, em cujo favor milita presunção legal

de existência ou de veracidade.

4. De acordo com o Código de Processo Civil, na

contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para

manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal

ou com o fundamento da defesa. Sobre a reconvenção,

julgue os itens a seguir:

I – A desistência da ação ou a ocorrência de causa

extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao

prosseguimento do processo quanto à reconvenção;

II – Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na

pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no

prazo de 10 (dez) dias;

III – A reconvenção pode ser proposta contra o autor e

terceiro;

IV – A reconvenção sempre deve ser acompanhada da

contestação, nunca pode ser oferecida sem contestação;

V – A reconvenção não pode ser proposta pelo réu em

litisconsórcio com terceiro.

Dos itens acima:

A) Os itens II e IV estão corretos

B) Os itens I e III estão corretos.

C) Os itens IV e V estão corretos.

D) Os itens II e III estão corretos.

5. O ordenamento jurídico brasileiro é claro no sentido de

que a petição inicial deve indicar o pedido com as suas

especificações. Quanto ao mencionado requisito da

petição inicial, é correto afirmar que

A) são compreendidos no principal os juros legais, a

correção monetária e as verbas de sucumbência, excluídos

os honorários advocatícios, cujo pedido deve ser expresso.

B) a existência de conexão é requisito para que se entenda

lícita a cumulação de vários pedidos, em um único

processo, contra o mesmo réu.

C) é permitido ao autor formular mais de um pedido em

ordem alternativa, ou seja, estabelecendo preferência

entre os pedidos, a fim de que o juiz conheça do posterior,

quando não acolher o anterior.

D) é permitida a cumulação de pedidos, mesmo quando,

para cada pedido, corresponder procedimento diverso,

devendo para tanto o autor empregar o procedimento

comum, sendo-lhe permitido inclusive adotar as técnicas

processuais diferenciadas previstas nos procedimentos

especiais respectivos, desde que não sejam incompatíveis

com as disposições sobre o procedimento comum.

6. De acordo com a configuração atribuída pelo Código de

Processo Civil ao instituto da denunciação da lide, é

correto afirmar sobre tal modalidade de intervenção de

terceiros que

A) é admissível, requerida pelo réu, dos demais devedores

solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o

pagamento da dívida comum.

B) é vedada mais que uma denunciação sucessiva, ficando

preservado ao denunciado sucessivo direito de regresso a

ser exercido por ação autônoma.

C) é causa de extinção da denunciação da lide sem

resolução de mérito a hipótese de o denunciante ser

vencido, pois a lide secundária não terá seu pedido

examinado.

D) é vedado, uma vez feita a denunciação pelo autor, que

o denunciado assuma a posição de litisconsorte do

denunciante.

7. No que diz respeito às regras que tratam da

competência, assinale a alternativa CORRETA, conforme o

Código de Processo Civil em vigor.

A) As partes podem modificar a competência em razão do

valor, do território ou da pessoa, elegendo o foro onde

será proposta a ação oriunda de direitos e obrigações.

B) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz

litispendência e obsta que a autoridade judiciária

brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são

conexas, ressalvadas as disposições em contrário de

tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no

Brasil.

C) A execução fiscal será proposta obrigatoriamente no

foro de domicílio do réu.

D) Compete à autoridade judiciária brasileira, com

exclusão de qualquer outra, proceder à partilha de bens

situados no Brasil, ainda que o titular seja de

nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do

território nacional, em ações de divórcio, separação

judicial ou dissolução de união estável.

8. Margarida ajuizou ação de indenização por danos

morais e materiais em face da Empresa de ônibus

Transporte Legal. Na inicial alegou que a empresa não

apenas extraviou suas bagagens, como a expôs a

constrangimento e humilhação. Citada, a Empresa ré

deixou correr o prazo para contestação in albis.

Considerando o caso narrado, assinale a alternativa

incorreta:

A) Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos

autos fluirão da data de publicação do ato decisório no

órgão oficial.

B) A empresa ré poderá intervir no processo em qualquer

fase, mas deverá recebe-lo no estado em que se

encontrar.

C) A empresa ré será considerada revel e presumir-se-ão

verdadeiras as alegações de fato formuladas por

Margarida, à exceção, entre outras hipóteses, se o litígio

versar sobre direitos disponíveis.

D) matéria de ordem pública, no entanto, reconhecível de

ofício, poderá ser alegada pela empresa ré, mesmo após a

decretação da revelia.

9. Maria das Dores, brasileira, casada, do lar, residente em

Campo Grande/RJ, por si e representando seu filho

Marcos com 5(cinco) anos de idade, propôs Ação de

Alimentos em face de Caio, com quem é casada pelo

regime da comunhão parcial de bens, sob a alegação de

que o mesmo não vem contribuindo para a mantença do

lar e da prole. Anexou na petição inicial toda a

documentação comprobatória e necessária para a

demonstração do binômio: necessidade/ possibilidade, de

que trata a Lei 5.478/68, pleiteando a condenação de Caio

a pagamento mensal de um salário mínimo, sendo 50%

para cada autor. Atribuiu à causa o valor de R$ 1.000,00

(um mil reais). Ao receber a petição inicial, o juiz

competente determinou que a mesma fosse emendada no

prazo de 15(quinze) dias, sob pena de indeferimento.

Diante da situação hipotética narrada, é correto dizer que:

A) o pedido alimentar formulado na petição inicial, por ser

certo e determinado, não implica na retificação do valor

da causa correspondendo à pretensão autoral.

B) a determinação do juízo é incorreta, porque não há

previsão legal que defina o valor da causa nas ações de

alimentos, deixando a critério do autor essa prerrogativa.

C) o juiz agiu corretamente ao determinar a emenda uma

vez que o valor da causa nas ações de alimentos

corresponde a soma de 12 (doze) prestações mensais

pedidas pelo autor.

D) o juiz não agiu corretamente, porque o valor da causa a

ser atribuído nas petições iniciais relativas às ações de

alimentos não é considerado como requisito formal para

que a mesma seja recepcionada pelo Poder Judiciário,

sendo considerada mera faculdade do Autor apresentá-la.

10. Marcos propôs ação indenizatória, pelo procedimento

comum, em face da Companhia de Transportes Vila Velha

Ltda. sob a alegação de que sofrera danos de ordem

pessoal, bem como materiais em seu veículo, em

decorrência da falta de cuidados objetivos do preposto da

empresa de transportes quando conduzia o coletivo. O

feito processual tramitou regularmente na 1ª. Vara Cível

de Itaboraí/ RJ, tendo àquele juízo julgado improcedente a

ação indenizatória sob a alegação de que Marcos não teria

demonstrado o nexo de causalidade que unisse o dano

que experimentou à conduta culposa da Ré. A sentença de

improcedência foi publicada na própria Audiência de

Instrução e Julgamento, após a colheita das provas e das

alegações finais orais, tendo Marcos peticionado ao juízo,

no dia subsequente à prolação do “decisum”,

manifestando o seu conformismo com o mesmo. No

entanto, decorridos três dias da apresentação da referida

petição de concordância Marcos arrependeu-se, tendo

interposto recurso de apelação objetivando a reforma do

julgado. Diante do caso narrado, é correto afirmar que:

A) o recurso de apelação interposto por Marcos é o

adequado, devendo ser recebido pelo juízo cível em que o

feito tramitou em respeito aos princípios do contraditório

e da ampla defesa.

B) o recurso interposto contra o “decisum” não irá no

mérito, pelo fato de ter ocorrido verdadeira preclusão

lógica.

C) o recurso interposto é tempestivo, posto que Marcos

ainda se encontrava dentro do prazo legal para recorrer.

D) o recurso interposto não deve ser acolhido porquanto,

quando Marcos peticionou concordando com a sentença,

operou-se a figura da perempção.

11. João ingressou com ação de indenização contra Maria.

A ação foi julgada procedente. As partes não interpuseram

recurso contra a sentença, razão pela qual, após o

transcurso do prazo legal, foi certificado o trânsito em

julgado. Após 01 (um) ano do trânsito em julgado, quando

já havia se iniciado o cumprimento de sentença, Maria

descobre que a sentença proferida pelo juiz violou

manifestamente norma jurídica. Diante desse fato, é

correto afirmar sobre a ação rescisória que:

A) O direito de Maria à rescisão se extingue em 2 (dois)

anos contados do trânsito em julgado da sentença que

julgou procedente a ação de indenização.

B) Maria poderá propor ação rescisória, porém o

cumprimento de sentença não poderá ser suspenso,

tendo em vista que não cabe a concessão de tutela

provisória nesse procedimento.

C) Maria poderá propor ação rescisória, devendo

depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o

valor da causa, que se converterá em multa caso a ação

seja, por maioria simples de votos, declarada inadmissível

ou improcedente.

D) Maria não poderá propor a ação rescisória com

fundamento na manifesta violação de norma jurídica, se a

sentença tiver sido baseada em enunciado de súmula.

12. O Código de Processo Civil estabelece que todos os

sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se

obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e

efetiva. Em relação às normas fundamentais do processo

civil, assinale a alternativa correta de acordo com o

referido diploma legal:

A) Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz não atenderá

aos fins sociais e às exigências do bem comum,

resguardando e promovendo a dignidade da pessoa

humana e observando a proporcionalidade, a

razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

B) É assegurada às partes paridade de tratamento em

relação ao exercício de direitos e faculdades processuais,

aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação

de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo

efetivo contraditório.

C) O juiz pode decidir, em qualquer grau de jurisdição,

com base em fundamento a respeito do qual não se tenha

dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que

se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

D) Aquele que de qualquer forma participa do processo

não deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

13. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição

ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre

os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo,

poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por

meio de embargos de terceiro. Considera-se terceiro para

efeitos da lei o seguinte:

A) quem sofre constrição judicial de seus bens por força

de desconsideração da personalidade jurídica, que tenha

sido parte no incidente.

B) o credor sem garantia para obstar expropriação judicial

do objeto de direito real de garantia, caso tenha sido

intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios

respectivos.

C) o adquirente de bens cuja constrição decorreu de

decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em

fraude à execução.

D) O devedor que figura no processo de execução como

executado.

14. Na improcedência liminar do pedido, regulada pelo

CPC (Código de Processo Civil), nas causas que dispensem

a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação

do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que

contrariar determinadas situações elencadas pelo CPC.

Nesse sentido, é CORRETO afirmar que, interposta a

apelação, o juiz poderá retratar-se em:

A) 30 (trinta) dias.

B) 10 (dez) dias.

C) 05 (cinco) dias.

D) 02 (dois) dias.

15. Citado regularmente, o réu ofereceu contestação no

quinto dia do prazo de que dispunha para tanto. Mas,

depois de protocolizada a sua peça de bloqueio, lembrou-

se ele de outra tese defensiva que lhe seria aproveitável,

não suscitada em sua contestação e tampouco sendo

cognoscível ex officio pelo juiz. Assim, optou o

demandado por ofertar nova contestação, o que fez no

décimo segundo dia após o da juntada do mandado de

citação. Nesse cenário, deve o juiz:

A) deixar de receber a segunda contestação, em razão da

preclusão temporal;

B) deixar de receber a segunda contestação, em razão da

preclusão lógica;

C) deixar de receber a segunda contestação, em razão da

preclusão consumativa;

D) receber a segunda contestação, já que apresentada

dentro do prazo legal.

16. De acordo com o Código Processual Civil em vigor, se

um dos polos do processo for ocupado por quem não tem

capacidade de ser parte, ter-se-á:

A) Declaração de nulidade do processo e remessa dos

autos ao juízo competente, pois há casos em que a falta

de um pressuposto processual de validade ensejará a

nulidade do processo, mas não a sua extinção.

B) Extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez

que a falta de um pressuposto processual constitui

matéria de ordem pública, devendo ser declarada de

ofício pelo juiz a qualquer tempo e grau de jurisdição.

C) Prazo dado pelo juiz para regularização, pois há

pressupostos processuais cuja inobservância pode

acarretar a extinção do processo, mas antes deve o juiz

permitir a sua regularização.

D) Homologação da desistência da ação, que não se

confunde com a renúncia ao direito em que ela se funda.

17. Os artigos 21 e 22 do CPC enumeram as ações que a lei

atribui à justiça brasileira, sem afastar eventual jurisdição

concorrente da justiça estrangeira. São ações que, se

aforadas no Brasil, serão conhecidas e julgadas. Assim, a

autoridade judiciária brasileira tem jurisdição concorrente

em diversas hipóteses, EXCETO se:

A) o réu, qualquer que seja sua nacionalidade, estiver

domiciliado no Brasil.

B) no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.

C) a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado

no Brasil.

D) as ações decorrentes de relação de consumo, quando o

consumidor tiver domicílio ou residência no seu país de

origem.

18. A intervenção de terceiros consiste em permissão legal

para que um sujeito alheio à relação jurídica processual

originária ingresse em processo já em andamento,

transformando-se em parte. Com relação ao tema, analise

as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso

(F):

( ) A decisão do juiz ou relator sobre o ingresso de amicus

curiae é irrecorrível.

( ) O incidente de desconsideração da personalidade

jurídica, enquanto modalidade de intervenção de

terceiros, não se aplica ao processo de competência dos

juizados especiais, dada a existência de vedação legal

expressa.

( ) No chamamento ao processo, a citação daqueles que

devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida

pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de

30 (trinta) dias, sob pena de extinção do feito.

( ) Demonstrado o desvio de finalidade ou a confusão

patrimonial, será acolhido o pedido de desconsideração

da personalidade jurídica para tornar ineficaz a alienação

ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, em

relação a todos os possíveis credores prejudicados, ainda

que não tenham intervindo nos autos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta

de cima para baixo.

A) V, V, V, V

B) V, F, F, V

C) V, F, F, F

D) F, F, F, F

19. A interposição de recurso face à uma decisão judicial

gera determinados efeitos.

Com relação aos efeitos recursais no Direito Processual

Civil e sua classificação em cinco espécies, assinale a

alternativa incorreta.

A) Por efeito obstativo entende-se o ingresso de qualquer

recurso que impeça a geração da preclusão temporal, com

o consequente trânsito em julgado, que somente se

verificará após o devido julgamento do recurso.

B) Por efeito translativo entende-se a transferência ao

órgão ad quem do conhecimento de matérias que já

tenham sido objeto de decisão no juízo a quo.

C) O chamado efeito expansivo objetivo interno refere-se

a capítulos não impugnados da decisão recorrida que

serão atingidos pelo julgamento do recurso.

D) Como corolário do efeito substitutivo, a substituição da

decisão recorrida pelo julgamento do recurso somente

ocorre na hipótese de julgamento do mérito recursal.

20. A respeito da ação monitória, pode-se corretamente

afirmar:

A) O contrato de abertura de crédito em conta corrente,

mesmo acompanhado do demonstrativo de débito, não

constitui documento hábil para o ajuizamento da ação

monitória.

B) Cabe a citação por edital em ação monitória, mas não é

admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.

C) A reconvenção é cabível na ação monitória, após a

conversão do procedimento em ordinário, bem como o

oferecimento de reconvenção à reconvenção.

D) Cabe ação monitória para haver saldo remanescente

oriundo de venda extrajudicial de bem alienado

fiduciariamente em garantia.

21. Conforme rol taxativo do CPC, no cumprimento de

sentença, a Fazenda Pública poderá impugnar a execução,

mas não poderá arguir

A) nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o

processo correu à revelia.

B) ilegitimidade de parte.

C) inexequibilidade do título ou inexigibilidade da

obrigação.

D) penhora incorreta ou avaliação errônea.

22. De acordo com o código de processo civil, o autor

poderá aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir

A) até o saneamento do processo, com consentimento do

réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade

de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)

dias.

B) a qualquer tempo do processo, com consentimento do

réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade

de manifestação deste no prazo mínimo de 20 (vinte) dias.

C) até a citação do réu, com consentimento do réu,

assegurado o contraditório mediante a possibilidade de

manifestação deste no prazo mínimo de 30 (trinta) dias.

D) a qualquer tempo do processo, sem consentimento do

réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade

de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)

dias.

23. Considere as seguintes situações: (i) Joaquim ajuizou

ação requerendo o pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil

reais) a título de danos morais em face do Hospital X em

razão de uma infecção hospitalar; o juiz julgou a ação

parcialmente procedente e condenou o Hospital X ao

pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). (ii) Fernando

ajuizou ação de reintegração de posse em face de uma

escola particular; o juiz julgou procedente a ação,

condenando a escola a desocupar o imóvel e a pagar a

Fernando indenização em danos morais e materiais no

valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). (iii) Júlia ajuizou ação

requerendo a condenação da empresa Y ao pagamento de

danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e o

juiz julgou a ação procedente, condenando a empresa ao

pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Diante das

situações hipotéticas apresentadas, quanto às sentenças

proferidas, é correto afirmar, nessa ordem:

A) são citra, extra e ultra petita.

B) são citra, ultra e extra petita.

C) não possui defeito, são extra e ultra petita.

D) não possui defeito, são ultra e extra petita.

24. Caso haja precedente judicial firmado por tribunal

superior em julgamento de caso repetitivo, a distinção

(distinguishing), técnica processual por meio da qual o

Poder Judiciário deixa de aplicar o referido precedente a

outro caso concreto por considerar que não há

semelhança entre o paradigma e o novo caso examinado,

poderá ser realizada

A) por decisão de qualquer órgão jurisdicional.

B) somente por decisão colegiada ou monocrática de

tribunal.

C) somente por decisão colegiada de tribunal.

D) somente por decisão colegiada ou monocrática do

tribunal superior que firmou o precedente.

25. Alexandre possui contrato de plano de saúde com uma

empresa e, em razão da negativa de autorização para

realização de determinada cirurgia, ajuizou ação contra

ela. Em sua petição inicial, deduziu pedido único principal

objetivando a referida autorização e requereu a concessão

de tutela provisória de urgência satisfativa, em caráter

incidental. O juiz concedeu a tutela provisória,

determinando seu cumprimento imediato. Realizada a

cirurgia, foi marcada audiência inicial de conciliação,

oportunidade em que o autor apresentou pedido de

desistência da ação, sob o argumento de que houvera

perda de objeto. Por esse motivo, o magistrado prolatou

sentença terminativa, sem resolução de mérito.

Posteriormente, a empresa apresentou, no mesmo

processo, pedido de ressarcimento referente ao valor

gasto com a cirurgia. Nessa situação hipotética, a empresa

A) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a

responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de

natureza objetiva e, se possível, a indenização deverá ser

liquidada no processo em que a medida havia sido

concedida.

B) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a

responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de

natureza subjetiva e, se possível, a indenização deverá ser

liquidada no processo em que a medida havia sido

concedida.

C) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a

responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de

natureza objetiva, sendo vedada a cobrança da

indenização no mesmo processo em que a medida havia

sido concedida.

D) tem direito ao ressarcimento pleiteado: a

responsabilidade do autor pelo prejuízo do réu é de

natureza subjetiva, sendo vedada a cobrança da

indenização no mesmo processo em que a medida havia

sido concedida.

26. Em determinada seção do STJ, durante julgamento de

recurso especial repetitivo acerca de discussão referente

ao custeio de medicamento por plano de saúde, questão

que se reflete em diversas demandas de consumidores

economicamente vulneráveis, foi admitido o ingresso da

Defensoria Pública da União na qualidade de guardião dos

vulneráveis (custos vulnerablis).

Nessa hipótese, de acordo com a jurisprudência atual do

STJ, a atuação como guardião dos vulneráveis

A) não possui fundamento no ordenamento jurídico

brasileiro, motivo pelo qual a decisão é nula e a

Defensoria Pública deve ser excluída do feito.

B) está eivada de nulidade relativa, por ausência de

fundamento para essa forma de intervenção, e a

participação da Defensoria Pública deve ser convertida em

atuação como amicus curiae.

C) é adequada desde que se restrinja ao mero

acompanhamento do processo, sendo vedada a prática de

atos processuais pela Defensoria Pública.

D) representa uma forma interventiva da Defensoria

Pública em nome próprio e em favor de seus interesses

institucionais, sendo-lhe permitida a interposição de

recurso.

27. No julgamento de um recurso de apelação em órgão

colegiado de tribunal de justiça, o relator votou no sentido

de não conhecer do recurso por ausência de requisito de

admissibilidade recursal. Posteriormente, houve

divergência entre os outros dois desembargadores que

participavam do julgamento: um deles acompanhou o

voto do relator; o outro discordou quanto à

admissibilidade porque entendeu pelo conhecimento da

apelação.

Nessa situação hipotética, de acordo com o previsto no

CPC e com a jurisprudência do STJ, a técnica de ampliação

do colegiado com a participação de outros julgadores

A) não deverá ser aplicada, porque o CPC expressamente

veda a ampliação do colegiado para debater questão de

natureza processual.

B) não deverá ser aplicada, porque somente é cabível

quando há divergência quanto ao mérito e quando a

apelação é provida por maioria.

C) somente será aplicada caso haja expressa manifestação

do interessado pelo prosseguimento do julgamento com a

convocação de novos julgadores.

D) deverá ser aplicada de ofício, sendo possível o

prosseguimento do julgamento, na mesma sessão do

tribunal, caso estejam presentes outros julgadores do

órgão colegiado aptos a votar.

28. Nos Juizados Especiais, o processo orienta-se pelos

critérios da oralidade, simplicidade, informalidade,

economia processual e celeridade.

Ao tratar das intimações e das citações no âmbito dos

Juizados Especiais Cíveis, a Lei nº 9.099/95 estabelece

que:

A) a citação não se fará por edital;

B) a citação é feita exclusivamente por oficial de justiça;

C) o comparecimento espontâneo não suprirá a falta ou

nulidade da citação;

D) dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão

cientes as partes presentes após intimação por oficial de

justiça.

29. Determinadas sentenças proferidas contra o poder

público estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição, não

produzindo efeito senão depois de confirmadas pelo

tribunal. Conforme os contornos conferidos pelo

ordenamento jurídico brasileiro, é verdadeiro afirmar que

não haverá remessa necessária:

A) quando a sentença estiver fundada em entendimento

coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito

administrativo do próprio ente público, consolidada em

manifestação, parecer ou súmula administrativa.

B) quando o valor da condenação for inferior a 600

(seiscentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito

Federal e as respectivas sociedades de economia mista.

C) quando a sentença estiver fundada em súmula do

Supremo Tribunal Federal, desde que seja vinculante.

D) quando o polo passivo for constituído por Municípios e

respectivas autarquias e fundações de direito público,

independentemente do valor da condenação.

30. O instituto da improcedência liminar do pedido foi

significativamente alterado pelo Código de Processo Civil

de 2015. Quanto ao regime jurídico a ele atualmente

conferido, é correto afirmar que

A) se o pedido contrariar enunciado de súmula do

Superior Tribunal de Justiça, poderá ser proferida

sentença de improcedência liminar após a produção de

prova testemunhal essencial para a demonstração dos

fatos alegados pelo autor.

B) pode ser julgado liminarmente improcedente o pedido

quando este for indeterminado, ressalvadas as hipóteses

legais em que se permite o pedido genérico.

C) o juiz, sem citar o réu, poderá julgar liminarmente

improcedente o pedido que contrariar entendimento

firmado em assunção de competência, quando a causa

dispensar a fase instrutória.

D) não interposta apelação, os autos serão imediatamente

arquivados, sendo dada baixa no distribuidor.

31. Determinado indivíduo, réu em processo que tramita

no primeiro grau de juizado especial cível, deseja impetrar

mandado de segurança contra decisão interlocutória

teratológica prolatada pelo magistrado.

Considerando-se essa situação hipotética e o

entendimento sumulado do STJ, o mandado de segurança

deve ser processado e examinado

A) pelo próprio órgão judicial prolator da decisão.

B) por vara cível da justiça comum.

C) por turma recursal.

D) pelo tribunal de justiça.

32. O Código de Processo Civil disciplina os atos

processuais que podem ser praticados pelas partes e os

que devem ser praticados pelo juiz. A respeito dos atos

processuais, assinale a opção correta.

A) São exemplos de atos bilaterais das partes a petição

inicial e a conciliação.

B) São exemplos de atos processuais das partes a

contestação e a mediação.

C) O ato processual do juiz que está apto a por fim ao

processo é a decisão interlocutória.

D) Despacho é todo pronunciamento judicial de natureza

decisória que não põe fim ao processo.

33. Em cumprimento de sentença que reconhece a

exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa movido

em face da Fazenda Pública, considerando-se as previsões

do CPC/15 sobre o tema, assinale a alternativa correta:

A) Se o STF considerar inconstitucional a lei sobre a qual o

título executivo judicial se fundou, para que se considere

inexigível a obrigação fundada no referido título, é

necessário que a decisão do STF tenha sido proferida

antes de prolatada a decisão exequenda.

B) Se o STF considerar inconstitucional a lei sobre a qual o

título executivo judicial se fundou, caberá ação rescisória

se a decisão do STF for proferida após o trânsito em

julgado da decisão exequenda, cujo prazo será contado do

trânsito em julgado da decisão exequenda.

C) Somente a decisão do STF proferida em controle

concentrado de constitucionalidade toma inexigível a

obrigação contida no título.

D) A multa pelo não pagamento voluntário, prevista no

cumprimento definitivo de decisão para pagar quantia

certa, não se aplica à Fazenda Pública.

34. Proposta ação de obrigação de pagar quantia certa

contra o município Bela Vista na vara da Fazenda Pública

da comarca, a sentença de primeiro grau proveu

integralmente os pedidos autorais, mas a decisão não foi

cumprida voluntariamente pela administração pública.

Resta à parte vencedora, então,

A) nos mesmos autos, juntar petição inicial requerendo a

abertura de processo de execução fiscal contra o

município vencido por não pagar a quantia determinada

na sentença.

B) em processo autônomo, pedir a execução do valor

arbitrado na sentença condenatória imposta ao município

de Bela Vista, que deverá garantir o juízo da execução

caso apresente defesa.

C) nos mesmos autos, juntar simples petição informando

ao juízo o descumprimento do município vencido e

requerendo a abertura da fase de cumprimento de

sentença.

D) em processo autônomo, pedir a dependência à ação

principal e executar a quantia arbitrada em sentença

imposta ao município de Bela Vista, que não precisará

garantir o juízo da execução caso apresente defesa.

35. A Municipalidade foi condenada em primeira instância

por decisão de juiz singular. A decisão não observou tese

jurídica fixada em incidente de resolução de demandas

repetitivas julgado no Tribunal de Justiça ao qual o juiz

encontra-se vinculado. A medida judicial especificamente

prevista no Código de Processo Civil para o caso retratado

e que deveria ser apresentada pela Municipalidade é:

A) reclamação.

B) embargo de divergência.

C) correição parcial.

D) apelação.

36. Caio ajuizou uma ação pretendendo obter a

condenação de Tício ao pagamento de quantia constante

de um cheque, emitido há mais de 30 anos, respaldado

por uma confissão de dívida, datada de um mês atrás.

Tício foi ao cartório e analisou pessoalmente os autos e

pôde constatar que a confissão de dívida apresentada por

Caio é falsa. O cheque, porém, foi realmente emitido por

Tício. O advogado de Tício alegou falsidade do documento

na contestação e requereu a produção de prova pericial,

mas esqueceu de alegar a ocorrência de prescrição da

dívida representada pelo cheque. Sobre o caso hipotético,

assinale a alternativa correta.

A) A falsidade será resolvida como questão incidental,

sendo vedado à parte requerer que o juiz a decida como

questão principal.

B) O ônus da prova da falsidade documental será de quem

produziu o documento, no caso, de Caio.

C) Não se procederá ao exame pericial se Caio concordar

em retirar a confissão de dívida do processo.

D) Poderá ser reconhecida de ofício a prescrição pelo juiz

independentemente de prévia manifestação das partes.

37. Maria procurou um advogado para ajuizar demanda,

visando à revisão de obrigação decorrente de empréstimo

obtido junto à instituição financeira. O advogado

A) poderá propor a ação no foro de eleição, no domicílio

da autora ou em outro foro que entender adequado ao

autor para pleitear seus direitos.

B) poderá fazer pedido genérico postulando a revisão de

todo o contrato, sendo que, após o deferimento do

pedido, em liquidação por arbitramento, será quantificado

o quanto deverá ser pago por Maria à instituição

financeira.

C) deverá atribuir à causa o valor correspondente ao valor

do contrato de empréstimo, incluindo a parte controversa

e incontroversa, limitada ao valor máximo de 12

prestações mensais.

D) deverá, sob pena de inépcia, discriminar na petição

inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que

pretende controverter, além de quantificar o valor

incontroverso do débito que deverá continuar a ser pago

no tempo e modo contratados.

38. José apresentou uma petição inicial onde se limitou a

requerer a antecipação de tutela em caráter antecedente

para que seu plano de saúde fosse obrigado a custear uma

cirurgia bariátrica (redução de estômago). O juiz deferiu o

pedido de tutela de urgência. O réu, plano de saúde, não

recorreu da decisão, mas apresentou contestação dentro

do prazo do recurso se insurgindo contra a pretensão do

autor. Pode-se corretamente afirmar que

A) a tutela de urgência sofreu o fenômeno da

estabilização, tendo em vista a não apresentação de

recurso, fazendo a decisão coisa julgada, passível de ser

revista somente em ação rescisória.

B) não ocorreu a estabilização, tendo em vista que a

oposição inequívoca do réu por meio da contestação

impede a estabilização.

C) o autor deverá aditar a petição inicial, com a

complementação de sua argumentação, a juntada de

novos documentos e a confirmação do pedido de tutela

final, em 5 (cinco) dias ou em outro prazo menor que o

juiz fixar.

D) em razão da não apresentação de recurso, a tutela

antecipada é convertida em sentença de mérito e o autor

não mais precisará aditar a inicial, devendo o processo ser

extinto, fazendo coisa julgada a decisão proferida.

39. Sobre a audiência de conciliação ou de mediação no

procedimento comum, nos termos do Código de Processo

Civil de 2015, assinale a alternativa CORRETA:

A) Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e

não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz

designará audiência de conciliação ou de mediação com

antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser

citado o réu com pelo menos 15 (quinze) dias de

antecedência.

B) Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da

audiência manifestado por um dos litisconsortes aproveita

aos demais.

C) É vedada a realização por meio eletrônico da audiência

de conciliação ou de mediação.

D) O não comparecimento injustificado do autor ou do réu

à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à

dignidade da justiça e será sancionado com multa de até

dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do

valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.

40. A intervenção de terceiros é o fato jurídico processual

em que um terceiro, alheio à relação jurídica processual

originária, ingressa no processo já em andamento. Nesse

ínterim, com base no CPC/15, assinale a alternativa

INCORRETA sobre a denunciação da lide:

A) É admissível a denunciação da lide, promovida por

qualquer das partes, aquele que estiver obrigado, por lei

ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o

prejuízo de quem for vencido no processo.

B) Feita a denunciação pelo réu, se o denunciado

contestar o pedido formulado pelo autor, o processo

prosseguirá tendo, na ação principal o denunciado, sendo

defeso o litisconsórcio entre denunciante e denunciado.

C) Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá

assumir a posição de litisconsorte do denunciante e

acrescentar novos argumentos à petição inicial,

procedendo-se em seguida à citação do réu.

D) O direito regressivo será exercido por ação autônoma

quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser

promovida ou não for permitida.

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