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DIREITO DO TRABALHO 1. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase) A direção da empresa Vale Verde Ltda. Divulgou, por meio de circular interna, a proibição de fumar nos ambientes fechados da empresa, tendo sido estabelecidos locais específicos para a prática do tabagismo. Jorge, empregado da empresa Vale Verde Ltda., fumante há mais de 20 anos, descumpriu tal norma, e, por diversas vezes, foi flagrado fumando nos ambientes fechados da empresa, tendo sido, nessas ocasiões, advertido pelo empregador. Considerando a situação hipotética acima e com base na legislação trabalhista, assinale a opção correta. A) A atitude de Jorge não se caracteriza como desobediência à determinação do empregador dado o grau de dependência em relação ao cigarro, já que ele é fumante há mais de 20 anos. B) Como a atitude de Jorge não gera prejuízo para a empresa, mas apenas desconforto para seus colegas de trabalho, ele não pode ser punido por fumar em ambientes fechados da empresa. C) O ato de fumar nos ambientes fechados da empresa constitui motivo de despedida por justa causa por ato de indisciplina, uma vez que Jorge descumpriu uma ordem geral do empregador. D) A atitude de Jorge, que se caracteriza como incontinência de conduta ou mau procedimento, constitui motivo de dispensa por justa causa. 2. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase) Antônio, contratado como vigilante noturno de uma instituição financeira, abandonou, em duas oportunidades distintas, sem justificativa, seu posto de trabalho, por cerca de 30 minutos, para resolver questões particulares, fato comprovado por testemunhas. Na situação hipotética apresentada, a atitude de Antônio, para fins de despedida por justa causa, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é considerada A) ato de improbidade. B) ato de indisciplina ou de insubordinação. C) desídia no desempenho de suas funções. D) abandono de emprego. 3. (CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Em determinada empresa, um empregado utilizou seu e-mail corporativo para encaminhar aos colegas de trabalho conteúdos pessoais e fotos íntimas de pessoas que não tinham relação com o quadro de empregados da empresa. Ao tomar conhecimento do fato, a diretoria demitiu o empregado por justa causa. Nessa situação hipotética, a aplicação da justa causa está A) correta, pois o empregador pode exercer o controle do e-mail corporativo de seus empregados e a atitude se enquadra como fato ensejador de justa causa. B) errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado, por ser uma espécie de carta eletrônica, fere o direito à privacidade, constitucionalmente garantido. C) correta, porém o empregado terá direito a indenização por danos morais face o abuso do poder de fiscalização do empregador. D) errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado fere sua intimidade e a atitude por ele tomada não guarda qualquer implicação com a relação de trabalho. 4. (FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Analista Judiciário – Área Judiciária) A empresa de calçados Chão Azul Ltda. rescindiu o contrato de trabalho com justa causa da empregada Lívia que estava afastada do emprego gozando de auxílio doença previdenciário. Na última perícia médica Lívia teve alta do INSS, mas transcorridos cinquenta e cinco dias, ela não retornou ao trabalho e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST, a empresa A) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de quinze dias após a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer. B) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de trinta dias após a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer.

DIREITO DO TRABALHO - UniSate

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DIREITO DO TRABALHO

1. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase) A direção da empresa Vale Verde Ltda. Divulgou, por meio de circular interna, a proibição de fumar nos ambientes fechados da empresa, tendo sido estabelecidos locais específicos para a prática do tabagismo. Jorge, empregado da empresa Vale Verde Ltda., fumante há mais de 20 anos, descumpriu tal norma, e, por diversas vezes, foi flagrado fumando nos ambientes fechados da empresa, tendo sido, nessas ocasiões, advertido pelo empregador. Considerando a situação hipotética acima e com base na legislação trabalhista, assinale a opção correta. A) A atitude de Jorge não se caracteriza como desobediência à determinação do empregador dado o grau de

dependência em relação ao cigarro, já que ele é fumante há mais de 20 anos. B) Como a atitude de Jorge não gera prejuízo para a empresa, mas apenas desconforto para seus colegas de trabalho,

ele não pode ser punido por fumar em ambientes fechados da empresa. C) O ato de fumar nos ambientes fechados da empresa constitui motivo de despedida por justa causa por ato de

indisciplina, uma vez que Jorge descumpriu uma ordem geral do empregador. D) A atitude de Jorge, que se caracteriza como incontinência de conduta ou mau procedimento, constitui motivo de

dispensa por justa causa. 2. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase) Antônio, contratado como vigilante noturno de uma instituição financeira, abandonou, em duas oportunidades distintas, sem justificativa, seu posto de trabalho, por cerca de 30 minutos, para resolver questões particulares, fato comprovado por testemunhas. Na situação hipotética apresentada, a atitude de Antônio, para fins de despedida por justa causa, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é considerada A) ato de improbidade. B) ato de indisciplina ou de insubordinação. C) desídia no desempenho de suas funções. D) abandono de emprego. 3. (CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Em determinada empresa, um empregado utilizou seu e-mail corporativo para encaminhar aos colegas de trabalho conteúdos pessoais e fotos íntimas de pessoas que não tinham relação com o quadro de empregados da empresa. Ao tomar conhecimento do fato, a diretoria demitiu o empregado por justa causa. Nessa situação hipotética, a aplicação da justa causa está A) correta, pois o empregador pode exercer o controle do e-mail corporativo de seus empregados e a atitude se

enquadra como fato ensejador de justa causa. B) errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado, por ser uma espécie de carta eletrônica, fere o

direito à privacidade, constitucionalmente garantido. C) correta, porém o empregado terá direito a indenização por danos morais face o abuso do poder de fiscalização do

empregador. D) errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado fere sua intimidade e a atitude por ele tomada não

guarda qualquer implicação com a relação de trabalho. 4. (FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Analista Judiciário – Área Judiciária) A empresa de calçados Chão Azul Ltda. rescindiu o contrato de trabalho com justa causa da empregada Lívia que estava afastada do emprego gozando de auxílio doença previdenciário. Na última perícia médica Lívia teve alta do INSS, mas transcorridos cinquenta e cinco dias, ela não retornou ao trabalho e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso, de acordo com entendimento sumulado do TST, a empresa A) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de quinze dias após a cessação do benefício previdenciário

para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer. B) agiu corretamente, uma vez que Lívia possuía o prazo de trinta dias após a cessação do benefício previdenciário para

retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer.

C) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de sessenta dias após a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer, não havendo transcorrido, ainda este lapso temporal.

D) não agiu corretamente, uma vez que Lívia possui o prazo de noventa dias após a cessação do benefício previdenciário para retornar ao trabalho ou justificar o motivo de não o fazer, não havendo transcorrido, ainda este lapso temporal.

5. (FCC - 2018 - Prefeitura de Caruaru - PE - Procurador do Município) Na empresa X, Valter, que presta serviços como ajudante geral, apresentou um atestado médico para abono de falta ao serviço, constatado como falso; Solange, auxiliar de almoxarifado, recusou-se a usar o uniforme com o logotipo da empresa, regra especificada no Regulamento Interno. Por fim, Arnaldo, motorista da caminhonete, perdeu sua carteira de habilitação por não ter seguido as regras de trânsito, ultrapassando o limite de multas e pontuação. Nos casos hipotéticos, a empresa X poderia dispensar por justa causa: A) Valter por improbidade; Solange por insubordinação e Arnaldo por perda da habilitação. B) somente Valter por incontinência de conduta e Solange por insubordinação. C) Valter por improbidade; Solange por indisciplina e Arnaldo por perda da habilitação. D) Somente Valter por improbidade. 6. (FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Mário, empregado da empresa “Z” Ltda. completou quarenta anos e resolveu comemorar seu aniversário no refeitório da empresa, durante seu intervalo intrajornada, tendo em vista a autorização expressa de seu empregador. Durante a comemoração, Mario embriagou-se, tendo retornado ao serviço totalmente alcoolizado e ainda consumindo bebida alcoólica, causando diversos problemas dentro do estabelecimento em razão do seu estado de embriaguez. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a empresa “Z” Ltda. A) poderá rescindir o contrato de trabalho de Mário por justa causa pela embriaguez em serviço. B) não poderá rescindir o contrato de trabalho de Mário por justa causa, uma vez que o referido diploma legal apenas

permite a rescisão quando a embriaguez é habitual. C) somente poderá rescindir o contrato de trabalho de Mário se ele cometer uma das faltas tipificadas no referido

diploma legal, uma vez que a embriaguez não é causa autorizadora da rescisão do contrato de trabalho por justa causa.

D) somente poderia rescindir o contrato de trabalho de Mário se não houvesse autorizado a comemoração dentro do estabelecimento.

7. (VUNESP - 2020 - AVAREPREV-SP - Procurador Jurídico) Felício é empregado de uma empresa e foi presidente do sindicato dos trabalhadores da sua categoria. Mas, findo o seu mandato, teve que retornar ao seu posto de trabalho. Seis meses após o seu retorno, o seu empregador pretende demiti-lo. Segundo o disposto na Constituição da República, nessa situação hipotética, é correto afirmar que A) Felício não poderá ser demitido do emprego, ainda que tenha cometido falta grave, em razão da sua estabilidade,

que perdura por até um ano após o final do seu mandato. B) o empregador poderá demitir Felício, se este tiver cometido falta grave, uma vez que a estabilidade de ex-dirigente

sindical não o protege nessa situação. C) Felício poderá ser demitido do emprego a qualquer momento, independentemente de ter ou não cometido falta

grave, pois a sua estabilidade não o protege após o fim do mandato. D) o empregador somente poderá demitir Felício após um ano do fim do mandato, tenha ele cometido ou não falta

grave. 8. (VUNESP - 2019 - SERTPREV - SP - Procurador Jurídico) Determinado empregado, mediante acordo com seu empregador, teve o contrato de trabalho extinto, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho. Nessa hipótese, é correto afirmar que A) são devidas as verbas trabalhistas correspondentes ao pedido de demissão e a liberação dos depósitos do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço.

B) são devidas as verbas trabalhistas correspondentes à despedida sem justa causa, exceto a liberação dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

C) não será devida a liberação dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço nem o acesso ao Programa de Seguro-Desemprego.

D) será permitida a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, limitada a 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.

9. (CESPE - 2018 - PGE-PE - Procurador do Estado) Joana trabalha em uma padaria e, há algum tempo, o seu empregador vem demonstrando insatisfação com o serviço prestado por ela. Por sua vez, Joana também está insatisfeita com as medidas que vêm sendo adotadas pelo seu empregador. Por tais razões, o empregador e Joana decidiram, por mútuo acordo, extinguir o contrato de trabalho. Nessa situação hipotética, Joana terá direito A) à integralidade de todas as verbas trabalhistas. B) a metade do aviso prévio, se indenizado, além da habilitação no programa de seguro-desemprego. C) a metade da indenização sobre o saldo do FGTS, além da movimentação da conta vinculada desse fundo, limitada a

50% do valor dos depósitos. D) a metade da indenização sobre o saldo do FGTS, cuja conta vinculada poderá ser movimentada até o limite de 80%, e

metade do aviso prévio, se indenizado, bem como à integralidade das demais verbas trabalhistas, mas não terá direito a habilitação no programa de seguro-desemprego.

10. Depois de trabalhar por oito anos na empresa Dukilo Atacadista Ltda., Romeu está se sentindo desmotivado e pretende procurar um novo trabalho. No entanto, não quer pedir demissão e, explicando a situação para o empregador, pede para ser dispensado. O empregador afirma que não tem intensão de dispensá-lo. Diante desse impasse, e considerando as hipóteses de rescisão do contrato de trabalho previstas em lei, com as inovações da Lei n° 13.467/2017, A) a única solução é Romeu pedir demissão, perdendo o direito à multa de 40% do FGTS, ao aviso prévio e não podendo

levantar os depósitos do FGTS. B) Romeu pode pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho, tendo em vista que o ato do empregador

caracteriza justa causa, com o recebimento de todas as verbas rescisórias e levantamento integral dos depósitos do FGTS.

C) Romeu e Dukilo Atacadista Ltda. podem fazer um acordo para a rescisão do contrato de trabalho, sendo que o empregado receberá multa de 20% do FGTS, metade do aviso prévio indenizado e a integralidade das demais verbas trabalhistas, e poderá movimentar 80% do valor dos depósitos do FGTS.

D) o desinteresse de Romeu pelo trabalho caracteriza insubordinação, podendo o empregador dispensá-lo por justa causa, com a perda dos direitos rescisórios.

11. (FCC - 2016 - CREMESP - Analista de Gestão de Pessoas - Área Departamento Pessoal) Sandra, empregada de uma loja de roupas, recebe, além do salário, comissões sobre as vendas realizadas e ajuda de custo para vestuário e despesas relativas a cuidados com a aparência necessários ao desempenho de suas atribuições. Por ocasião da rescisão de seu contrato de trabalho, o cálculo da indenização apresentada pelo empregador considerou apenas o salário da empregada, sem computar as comissões, nem tampouco os valores recebidos a título de ajuda de custo. De acordo com as disposições da CLT que disciplinam a matéria, referido cálculo encontra-se A) correto, eis que as parcelas em questão constituem verbas de natureza eventual, que não se integram à

remuneração para nenhuma finalidade. B) correto, pois referidas parcelas somente são consideradas para efeito de cálculo de férias e 13° salário, não sendo

computadas para cálculo da indenização por rescisão. C) incorreto, eis que as comissões integram o salário para todos os fins, bem como as ajudas de custo e diárias de

qualquer valor. D) incorreto, eis que as comissões integram a remuneração do empregado, diversamente das ajudas de custo que, de

fato, não devem ser computadas para fins de cálculo da indenização rescisória. 12. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Jurema foi contratada por Alice, em 10/05/2007, para prestar serviço como doméstica. Em 10/11/2008, ela foi dispensada sem justa causa e não lhe foi exigido o cumprimento do

aviso prévio. No dia 20/11/2008, Alice pagou Jurema as verbas rescisórias. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca do pagamento das verbas rescisórias. A) A empregadora, Alice, está sujeita ao pagamento da multa equivalente a 50% do salário de Jurema, dado o atraso no

pagamento das verbas rescisórias. B) A empregadora, Alice, não está sujeita ao pagamento de multa pelo atraso no pagamento de verbas rescisórias. C) A empregadora, Alice, está sujeita ao pagamento da multa equivalente a um salário mínimo, em decorrência do

atraso no pagamento das verbas rescisórias. D) A empregadora, Alice, está sujeita ao pagamento da multa equivalente a 20% do salário de Jurema, em decorrência

do atraso no pagamento das verbas rescisórias. 13. (CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) Manoel é empregado de uma empresa individual. Em decorrência da morte do empregador da mencionada empresa, Manoel ingressou com uma reclamação trabalhista objetivando a rescisão do seu contrato de trabalho por justa causa do empregado, fundamentando-se no art. 483 da CLT. Com referência à situação hipotética acima apresentada, assinale a opção correta. A) A morte do empregador é motivo de rescisão indireta do contrato de trabalho por justa causa do empregado. B) A morte do empregador empresa individual é um dos casos de demissão sem justa causa para fins de verbas

rescisórias. C) A morte do empregador empresa individual constitui hipótese de motivo justificado, mas não de justa causa. D) Não existe necessidade de Manoel ingressar com ação judicial para a rescisão contratual, pois, ocorrendo a morte do

empregador, o contrato de trabalho estará automaticamente rescindido. 14. (CESPE - 2006 - OAB - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) Luiz, empregado de determinada pessoa jurídica, recebeu aviso-prévio indenizado, sob alegação de justa causa, em 10/4/2005. Não se conformando com a situação, Luiz ajuizou reclamação trabalhista em desfavor de sua antiga empregadora, alegando demissão sem justa causa, e pleiteando o recebimento das verbas rescisórias pertinentes. O empregador, ao apresentar sua contestação, alegou a existência de justa causa ou, alternativamente, culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho. O reajuste da categoria profissional a que pertence Luiz foi estabelecido em acordo coletivo para o dia 7 de maio de cada ano. Com base na situação hipotética acima, assinale a opção incorreta. A) Se for declarada judicialmente a existência de culpa recíproca, Luiz terá direito a apenas 50% do valor do aviso-prévio

indenizado. B) Se, no curso do período do aviso-prévio, Luiz cometer ato que se consubstancie em falta grave, ele não terá direito

ao recebimento de qualquer verba de natureza indenizatória. C) Se o contrato de Luiz fosse por prazo determinado, na rescisão contratual sem justa causa, Luiz teria direito a

receber, a título de indenização, valor correspondente à metade do que teria direito até o término do contrato. D) No cálculo das verbas rescisórias, não será considerado o percentual do reajuste coletivo da categoria a que

pertencia Luiz. 15. (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Um empregado ajuizou reclamatória trabalhista contra sua empregadora, alegando, em suma, que fora demitido por justa causa, deixando de receber as verbas rescisórias devidas. O reclamante ingressou com a ação, pleiteando o afastamento da justa causa e o pagamento das verbas rescisórias. Por sua vez, a reclamada apresentou sua tese defensiva, alegando que a demissão ocorreu por justa causa em razão de o reclamante ter agredido seu superior hierárquico. Quando do julgamento do feito, o juiz reconheceu que tanto o reclamante quanto a reclamada participaram do evento que determinou o fim do contrato com igual culpa, ou seja, com culpa recíproca. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta. A) O empregado terá direito a 50% do valor do décimo terceiro salário e das férias proporcionais; e a 100% do aviso

prévio. B) O empregado terá direito a 50% do valor das férias proporcionais; as demais parcelas, décimo terceiro salário e aviso

prévio, devem ser solvidas no percentual de 100%. C) Todas as rubricas deverão ser adimplidas em sua totalidade pelo empregador, com exceção do aviso prévio, que nem

sequer é devido na situação considerada.

D) O empregado terá direito a 50% do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. 16. (FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário – Área Judiciária) Eduardo foi dispensado por justa causa pela empresa Esperança S.A. Ajuizou ação trabalhista postulando a conversão da ruptura em dispensa imotivada e o pagamento de verbas decorrentes da resilição unilateral do contrato de trabalho. Na sentença prolatada pelo juízo da 30ª Vara do Trabalho de Palhoça (SC), foi reconhecida a resolução bilateral contratual, em razão da prática de atos faltosos por ambos os contratantes. À luz da legislação e da jurisprudência uniforme do TST, é correto afirmar que: A) o empregado receberá todas as verbas regularmente, nos mesmos moldes da dispensa sem justa causa; B) a lei determina que o juiz analise o grau de culpabilidade de cada litigante para definir se o trabalhador merece, ou

não, receber alguma indenização; C) nenhuma verba será devida, porque houve reconhecimento judicial de culpa do empregado; D) é devido o pagamento de 50% do aviso prévio, do 13º salário e das férias proporcionais, assim como 20% da

indenização compensatória do FGTS; 17. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Na hipótese de a justiça do trabalho declarar nulo contrato de trabalho celebrado entre a administração pública e servidor público que não tenha sido previamente aprovado em concurso público, o empregado A) não terá direito a nenhuma verba, dado que o contrato foi declarado nulo. B) terá direito a férias proporcionais ou integrais, saldo de salário e 13.º salário. C) fará jus ao pagamento da contraprestação pactuada em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor

da hora do salário mínimo, e dos valores referentes ao depósito do FGTS. D) terá direito somente ao salário devido. 18. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Jurandir, empregado da Empresa Alfa Ltda., em um domingo, quando gozava seu descanso semanal remunerado, discutiu com Pedro em um bar, agredindo-o fisicamente. No processo criminal movido por Pedro, por lesões corporais leves, Jurandir se beneficiou da suspensão condicional do processo, mediante o pagamento de cestas básicas a uma instituição de caridade, além da restrição de não poder se ausentar da cidade enquanto perdurasse o período de suspensão. Ao tomar conhecimento do processo criminal, André, proprietário da Empresa Alfa, demitiu Jurandir por justa causa. Com relação à situação hipotética acima, assinale a opção correta. A) A suspensão condicional do processo, por ser uma espécie de condenação criminal, é motivo suficiente para a

demissão por justa causa aplicada a Jurandir. B) O processo criminal não é motivo para demissão por justa causa, salvo nos casos de condenação imposta que torne

impossível a continuidade do trabalho. C) A conduta praticada por Jurandir é ofensiva à boa fama da empresa, o que ensejaria uma demanda por danos

morais, mas não justificaria demissão por justa causa. D) A demissão por justa causa foi bem aplicada, haja vista o mau procedimento de Jurandir. 19. (FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação) Henrique e Bruno são empregados da Lanchonete “R” Ltda. Em razão da prática de crimes diversos alheios ao ambiente de trabalho, ambos estão sendo processados criminalmente, mas continuam trabalhando normalmente, não faltando sem justificativa ao serviço. Esta semana a sentença penal condenatória de ambos transitou em julgado, e Henrique terá que cumprir pena em regime inicial fechado; já Bruno foi condenado à pena de reclusão mas com suspensão da execução da pena. Nesse caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a empregadora A) poderá rescindir por justa causa ambos os contratos de trabalho em razão do trânsito em julgado das sentenças

penais condenatórias. B) poderá rescindir por justa causa apenas o contrato de trabalho de Henrique. C) não poderá rescindir por justa causa nenhum dos contratos de trabalho, uma vez que não se trata de hipótese legal

autorizadora da rescisão contratual nesta modalidade.

D) poderá rescindir por justa causa o contrato de trabalho tanto de Henrique quanto de Bruno, uma vez que, por terem cometido crimes, é configurado ato de improbidade, bem como mau procedimento, condutas autorizadoras da rescisão contratual nesta modalidade.

20. (CESPE - 2008 - OAB - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase ) A partir do mês de agosto de 2007, a empresa Pedra Branca Ltda., onde trabalha Alberto, deixou de pagar os salários dos empregados, alegando sérias dificuldades financeiras, mas sempre sustentando que viabilizaria novos contratos para resolver a crise. Durante 4 meses seguidos, Alberto trabalhou sem receber os salários. Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta. A) Alberto pode pleitear na justiça do trabalho a rescisão indireta do seu contrato de trabalho, por descumprimento das

cláusulas contratuais por parte do empregador. B) Alberto pode deixar de trabalhar, por iniciativa própria, até que a empresa regularize o pagamento dos salários. C) Dificuldade financeira grave é motivo justificante para a empresa atrasar temporariamente o salário dos

empregados. D) Não existe qualquer tipo de irregularidade praticada pela empresa, que pode atrasar, por até 6 meses, o pagamento

de salários, sem que essa atitude justifique rescisão do contrato por parte do empregado. 21. (PUC-PR - 2015 - Prefeitura de Maringá - PR - Procurador Municipal) Referente à rescisão contratual, analise as seguintes proposições e assinale a alternativa CORRETA. I. O factum principis dá-se sempre que houver paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade. II. O empregado que acessa sites com conteúdo pornográfico no local de trabalho incorre em falta grave que justifica sua dispensa por justa causa por desídia. III. Presume-se discriminatória a dispensa do empregado soropositivo. IV. O abandono de emprego demanda, unicamente, o afastamento injustificado do empregado por mais de trinta dias consecutivos. A) Somente as proposições I e III estão corretas. B) Somente as proposições I e II estão corretas. C) Somente as proposições I, II e IV estão corretas. D) Somente as proposições I, III e IV estão corretas. 22. (FCC - 2015 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto) O instituto do factum principis é totalmente aplicável no Direito do Trabalho, posto que está disciplinado na CLT − Consolidação das Leis do Trabalho. Assim sendo, para que sua caracterização possibilite ao empregador elidir a sua responsabilidade pelo evento danoso, será necessária a ocorrência de determinadas situações fáticas, das quais NÃO se enquadra a A) imprevisibilidade do evento danoso. B) inexistência de concurso direto ou indireto do empregador no evento danoso. C) necessidade imperativa de que o evento tenha atingido frontal e significativamente a situação econômico-financeira

do empreendimento do empregador. D) situação em que a Administração pública age como contratante e intervém na contratada que, por fato notório,

devidamente comprovado, causou danos a um grande número de pessoas. 23. (CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase) A empresa Rio Corrente Ltda. funcionava em um único estabelecimento e empregava 15 funcionários. No mês de setembro, uma forte chuva de granizo destruiu por completo o estabelecimento onde funcionava a empresa, de forma que os prejuízos econômicos sofridos tornaram inviável a sua continuidade. Nos quadros da empresa, não havia nenhum empregado que gozasse de estabilidade. Nessa situação hipotética, a empresa deve rescindir os contratos de trabalho de seus empregados A) sem justa causa, e pagar todas as verbas devidas previstas nos casos de rescisão sem justa causa.

B) com justa causa, com fundamento no motivo de força maior. C) com fundamento no motivo de força maior, e pagar indenização equivalente à metade da que seria devida em caso

de rescisão sem justa causa. D) com justa causa, mas pagar as verbas devidas como se a rescisão tivesse ocorrido sem justa causa. 24. (IBFC - 2020 - EBSERH - Advogado) Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. Sobre a força maior no direito do trabalho, assinale a alternativa incorreta. A) O empregado, sendo estável, nos termos da lei, não é indenizado, quando despedido, em casos de força maior que

determine a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado B) A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior C) Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido o restabelecimento dos salários reduzidos D) É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos

empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região

25. (CONSULPLAN - 2018 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Procurador) Em relação ao término do contrato por prazo determinado no Direito do Trabalho, analise as afirmativas a seguir. I. Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. II. Se o empregado der causa ao término do contrato, antes do prazo fixado, deverá pagar indenização ao empregador, pelos prejuízos que esse desligamento antecipado causar à empresa. III. Havendo termo estipulado, o empregado não poderá se desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. Estão corretas as afirmativas A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. 26. (FCC - 2017 - TST - Técnico Judiciário – Área Administrativa) José foi dispensado sem justa causa, após 11 meses de serviço. Passou a cumprir o aviso prévio trabalhando, optando pela redução de duas horas diárias do seu horário normal de trabalho. Entretanto, neste período, registrou sua candidatura para eleição a cargo de dirigente sindical. De acordo com a legislação e o entendimento sumulado do TST, neste caso a empregadora de José deverá A) cancelar a dispensa e aguardar a eleição, pois o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical

durante o período do aviso prévio trabalhado com a redução de duas horas diárias de seu horário de trabalho lhe assegura a estabilidade.

B) manter a dispensa, tendo em vista que o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio não lhe assegura a estabilidade.

C) manter a dispensa, tendo em vista que o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical somente lhe assegura a estabilidade se fosse feita na modalidade do aviso prévio indenizado.

D) cancelar a dispensa e aguardar a eleição, pois o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período do aviso prévio trabalhado se equipara às regras dos contratos de trabalho por prazo determinado, assegurando-lhe a estabilidade.

27. (TRT 4º Região - 2016 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho Substituto) Maria é auxiliar de cozinha em um restaurante há mais de 5 (cinco) anos. Em função da redução da clientela e do número de refeições servidas, o empregador

começou a enfrentar dificuldades para pagar os salários dos seus empregados, tanto que o salário de dezembro de 2015 somente foi adimplido no dia 12/01/2016. No dia 03/02/2016, Maria pediu demissão, o que foi homologado pelo sindicato da categoria, sem qualquer ressalva, e ingressou com ação trabalhista, solicitando a conversão do pedido de demissão em despedida indireta. Com base neste relato, assinale a assertiva correta. A) A mora salarial pelo restaurante revela o descumprimento das obrigações contratuais pelo empregador, de modo a

justificar a despedida indireta. B) A demissão é ato jurídico perfeito e sua conversão em despedida indireta depende da demonstração de vício de

consentimento da trabalhadora. C) A despedida indireta não se caracteriza, pois a mora do empregador não indica gravidade suficiente para justificar o

rompimento do contrato. D) A conversão em despedida indireta deve ser deferida pelo Juízo, porque o risco do negócio não pode ser transferido

à empregada. 28. (FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Rosa Maria trabalhou como Gerente de Produtos na empresa Limpe Bem Ltda., que aluga equipamentos de limpeza residencial e industrial. A empregada trabalhou para a referida empresa de 01 de agosto de 2012 até 10 de novembro de 2015, quando foi dispensada sem justa causa, com a concessão de aviso prévio indenizado. Uma semana após a comunicação da dispensa, Rosa Maria voltou à empresa para devolver dois equipamentos de limpeza que havia levado para sua residência, indevidamente e sem o conhecimento da empresa, com o objetivo de limpar um cômodo de sua casa. Diante da situação fática apresentada e de acordo com o entendimento sumulado pelo TST, Rosa Maria A) poderá ter sua dispensa imotivada convertida em dispensa por justa causa, perdendo o direito ao restante do

respectivo período de aviso prévio. B) poderá ter sua dispensa imotivada convertida em dispensa por justa causa, mas terá direito de receber todos os

valores relativos à rescisão sem justa causa, com a compensação da quantia referente ao aluguel do equipamento utilizado indevidamente.

C) perderá o período restante do aviso prévio, mas terá direito a receber os valores relativos às férias vencidas e proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional, décimo terceiro salário e saque do FGTS.

D) não poderá ter sua dispensa imotivada convertida em dispensa por justa causa, porque o ato faltoso foi cometido antes da concessão do aviso prévio, não sendo mais possível alterar o motivo determinante da ruptura do contrato de trabalho.

29. (FGV - 2016 - CODEBA - Analista Portuário - Advogado) Paula é empregada em uma empresa de produtos químicos e, apesar de não ser filiada ao sindicato, sempre foi muito atuante na defesa dos seus interesses e dos seus companheiros de trabalho. Invariavelmente pedia ao gerente que pagasse as horas extras e o adicional noturno sonegados a todos, estimulava os empregados à formação de um grupo de estudo para reivindicar melhores condições de trabalho e lutava para a compra dos melhores EPI´s, cujo custo era mais alto e, em razão sua atuação, sempre sofreu resistência da chefia. Em razão dessa postura ativa e verificando que Paula angariava a fama e confiança dos demais empregados, tornando-se uma líder informal, a empresa a dispensou sem justa causa para servir de exemplo àqueles que tentassem perseguir seus direitos de forma mais enfática. Diante da situação retratada e da modelagem legal de regência, acerca da ruptura contratual, assinale a afirmativa correta. A) Paula poderia postular a readmissão com ressarcimento integral do período de afastamento ou o pagamento em

dobro do período de afastamento, porque sua dispensa pode ser considerada discriminatória. B) Paula não tem garantia no emprego e nada poderia ser feito por ela, porque resilir unilateralmente o contrato de

trabalho é um direito potestativo do empregador. C) Paula não poderá retornar ao emprego porque não possui estabilidade nem garantia no emprego, mas poderia

reivindicar indenização por dano moral. D) Paula, pelo princípio da primazia da realidade, tem o direito de ser equiparada ao dirigente sindical em razão de sua

atuação, daí porque tem garantia no emprego por um ano, de modo que deverá ser reintegrada.

30. (FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) Empregado portador do vírus HIV é dispensado sem justa causa pelo seu empregador, sendo que a doença não guarda nexo de causalidade com a atividade laboral desenvolvida. Segundo entendimento sumulado do TST, a dispensa, nesse caso, A) é lícita, posto que a dispensa sem justa causa ou arbitrária, em qualquer situação, é autorizada pelo ordenamento

jurídico brasileiro, se classificando como direito potestativo do empregador. B) presume-se lícita, devendo o empregado comprovar a discriminação, posto que se trata de fato constitutivo de seu

direito. C) presume-se lícita, devendo o empregador comprovar que não houve discriminação, em atenção ao princípio da

repartição dinâmica das provas. D) presume-se discriminatória, posto tratar-se de doença grave que causa estigma ou preconceito, cabendo ao

empregador comprovar que não praticou conduta discriminatória.