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Anais do Seminário do Grupo de Pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais, Marília, v.2, 2019 221 DefSen V Seminário do Grupo de Pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais Faculdade de Filosofia e Ciências 18 e 19 de março de 2019 ISSN 2594-9802 PRODUçãO ACADêMICA ACERCA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR Damaris Caroline Quevedo de Melo 1 ; Eduardo José Manzini 2 [email protected] 1 Faculdade de Filosofia e Ciências; 2 Departamento de Educação Especial, Faculdade de Filosofia e Ciências. Introdução Inicialmente, era preciso conhecer se as instituições de Ensino Superior, em especial os cursos de Pedagogia, estão se adequando para formar seus pedagogos para atuarem na Pedagogia Hospitalar. De acordo com Pimenta e Fusari (2014), em uma pesquisa realizada por Leite e Lima (2010), houve a análise de 1.424 cursos de Pedagogia no Brasil, a partir dos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais- Inep/MEC (2005), concluindo que a Região Sudeste é a que mais oferece cursos de Pedagogia no País, sendo estado de São Paulo, até 2008, ofertante de 90% desses cursos, sendo que, 90% destes cursos eram oferecidos por instituições privadas (faculdades, em sua maioria) e apenas 10% por instituições públicas (Universidades). As autoras ressaltam que a maioria dos cursos de Pedagogia é oferecida no período noturno, e que, desde 1939, ano de sua criação no Brasil, as legislações foram alte- radas, marcando a presença da docência, mas ainda existe grande dificuldades em relação a definição de sua identidade. [...] atualmente, na diversidade das finalidades de formação conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, licenciatura, o que vem comprometer, sobre- maneira, a qualidade da formação, dificultando projetos pedagógicos emancipatórios e compro- missados com a responsabilidade de tornar a escola parceira na democratização social, econômica e cultural do país (LEITE; LIMA, 2010 apud FUSARI 2014, p. 9). De acordo com a pesquisa, a Região Sudeste é dentre as regiões do Brasil a que oferece maior número de cursos de Pedagogia, sendo a maior concentração no estado de São Paulo. Foi constatado que a maioria dos cursos de Pedagogia não é oferecida em Universidades, mas em instituições isoladas de En- sino superior. Em 2006, as instituições privadas eram responsáveis por 58,8% dos cursos de Pedagogia no País. Na Região Sudeste, em 2008, cerca de 90% dos cursos era oferecido por instituições privadas, e, somente 10%, por públicas. Esse dado se tornou relevante visto que, nessa região do país, os cursos de Pedagogia estão formando professores para os anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil em faculdades isoladas e integradas, da iniciativa privada, sem demonstrar preocupação com pesquisa, ensino e extensão. Os índices de Habilitações também chamaram a atenção, chegando a oferecer até 23 habi- litações, o deixa evidente a dificuldade em traçar a identidade do curso. O curso de Pedagogia tornou-se a principal referência na formação de professores para Educação Infantil, anos Inicial do Ensino Fun- damental, em disciplinas pedagógicas para formação de professores, assim como para a participação no planejamento, gestão em avaliação e estabelecimentos de ensino, antes mesmo da aprovação das novas DCN’s para a área. A maioria dos cursos de Pedagogia acontece no período noturno, tem duração de 3 a

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18 e 19 de março de 2019 ISSN 2594-9802

Produção acadêmica acerca da Pedagogia hosPitalar

Damaris Caroline Quevedo de Melo1; Eduardo José Manzini 2

[email protected]

1Faculdade de Filosofia e Ciências; 2Departamento de Educação Especial, Faculdade de Filosofia e Ciências.

introduçãoInicialmente, era preciso conhecer se as instituições de Ensino Superior, em especial os cursos

de Pedagogia, estão se adequando para formar seus pedagogos para atuarem na Pedagogia Hospitalar. De acordo com Pimenta e Fusari (2014), em uma pesquisa realizada por Leite e Lima (2010), houve a análise de 1.424 cursos de Pedagogia no Brasil, a partir dos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais- Inep/MEC (2005), concluindo que a Região Sudeste é a que mais oferece cursos de Pedagogia no País, sendo estado de São Paulo, até 2008, ofertante de 90% desses cursos, sendo que, 90% destes cursos eram oferecidos por instituições privadas (faculdades, em sua maioria) e apenas 10% por instituições públicas (Universidades). As autoras ressaltam que a maioria dos cursos de Pedagogia é oferecida no período noturno, e que, desde 1939, ano de sua criação no Brasil, as legislações foram alte-radas, marcando a presença da docência, mas ainda existe grande dificuldades em relação a definição de sua identidade.

[...] atualmente, na diversidade das finalidades de formação conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, licenciatura, o que vem comprometer, sobre-maneira, a qualidade da formação, dificultando projetos pedagógicos emancipatórios e compro-missados com a responsabilidade de tornar a escola parceira na democratização social, econômica e cultural do país (LEITE; LIMA, 2010 apud FUSARI 2014, p. 9).

De acordo com a pesquisa, a Região Sudeste é dentre as regiões do Brasil a que oferece maior número de cursos de Pedagogia, sendo a maior concentração no estado de São Paulo. Foi constatado que a maioria dos cursos de Pedagogia não é oferecida em Universidades, mas em instituições isoladas de En-sino superior. Em 2006, as instituições privadas eram responsáveis por 58,8% dos cursos de Pedagogia no País. Na Região Sudeste, em 2008, cerca de 90% dos cursos era oferecido por instituições privadas, e, somente 10%, por públicas. Esse dado se tornou relevante visto que, nessa região do país, os cursos de Pedagogia estão formando professores para os anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil em faculdades isoladas e integradas, da iniciativa privada, sem demonstrar preocupação com pesquisa, ensino e extensão.

Os índices de Habilitações também chamaram a atenção, chegando a oferecer até 23 habi-litações, o deixa evidente a dificuldade em traçar a identidade do curso. O curso de Pedagogia tornou-se a principal referência na formação de professores para Educação Infantil, anos Inicial do Ensino Fun-damental, em disciplinas pedagógicas para formação de professores, assim como para a participação no planejamento, gestão em avaliação e estabelecimentos de ensino, antes mesmo da aprovação das novas DCN’s para a área. A maioria dos cursos de Pedagogia acontece no período noturno, tem duração de 3 a

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4 anos, e atendem a carga horaria mínima legalmente instituída. Porém, mesmo os cursos que apresentam incoerência, foram aprovados pelo MEC, castrados e reconhecido pelo INEP/MEC.

Os cursos de Pedagogia, com a Resolução CNE/CP n. 1/2006, possibilitam a formação pro-fissional em cinco modalidades, algumas instituições oferecem as cinco modalidades em cursos de licen-ciatura de apenas 3.200 horas. Os dados apresentados mostram um descaso com a formação de professo-res. Segundo Leite e Lima (2010), a formação de professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tem a premissa de se constituir em projetos emancipatórios e compromissados com a responsabilidade de tornar a escola parceira da democratização social, econômica e cultural, podendo, assim, cumprir o papel significativo que possui na busca e na construção de uma sociedade mais justa. Segundo Pimenta e Fusari (2014, p.7):

A insuficiência dos cursos de Pedagogia na formação do professor decorre, dentre outras questões, de dificuldades e deficiências, tais como [...] aligeiramento de conteúdos e sua desarticulação na estrutura do curso, professores com pouca formação específica e pouca experiência de Ensino Fundamental. As escolas superiores têm-se revelado muito distanciadas do problema do exercício do magistério de Ensino Fundamental, sobretudo 1ª e 4ª séries, e dos problemas concretos da rede escolar como um todo (GATTI, 2000, p. 49 apud PIMENTA e FUSARI, 2014, p. 7).

Segundo o Decreto nº 5.773/06, as instituições de Educação Superior, de acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são credenciadas no Ministério da Educação (MEC) como: faculdades; centros universitários; e universidades. Investigamos a quantidade de instituições que oferecem na matriz curricular alguma disciplina relacionada direta ou indiretamente com a Pedagogia Hospitalar ou Educação Hospitalar.

Dessa forma, todas as Instituições analisadas possuem credenciamento junto ao MEC para o funcionamento do curso de Pedagogia. Delimitamos a pesquisa apenas para o estado de São Paulo, visando o estreitando a área a ser estudada e podendo verificar, com mais afinco, as Unidades de Ensino Superior, por possuir um grande território que permitiria ter uma ideia de quantas instituições oferecem a formação com matérias específicas ou que possam contemplar a Pedagogia Hospitalar/Classe Hospita-lar. Para consultar as Instituições credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC), acessamos o site do MEC, através da página do e-mec, no período de novembro a dezembro de 2014.

Posteriormente, rastreamos todos os sites destas instituições objetivando encontrar em suas matrizes curriculares disciplinas sobre a Pedagogia Hospitalar. Das 328 instituições pesquisadas, estavam disponíveis as matrizes curriculares de aproximadamente 250 cursos e conseguimos encontrar em apenas 10 cursos disciplinas relacionadas a temática dessa pesquisa, a procura nesse caso se restringiu a nomen-clatura de disciplinas sobre a Pedagogia Hospitalar. Das disciplinas identificadas, temos as seguintes no-menclaturas: Pedagogia Hospitalar (10 disciplinas), e Saúde na Educação (10 disciplinas). Entretanto, referente à disciplina “Saúde na Educação” não é possível afirmar que se relaciona a Pedagogia Hospitalar, visto que não tivemos acesso as ementas das disciplinas (MELO, 2014).

Encontramos, na análise das matrizes curriculares, uma disciplina denominada “Educação Não – Escolar”, presente em 50 cursos de pedagogia no estado de São Paulo. A Pedagogia Hospitalar po-deria ser trabalhada nessa disciplina, visto que a proposta de educação formal no interior de hospitais se caracteriza como uma educação que ocorre fora do âmbito escolar. As disciplinas de “Saúde na Educação” e “Educação e Saúde” aparecem em aproximadamente 15 cursos de Pedagogia. A partir dessa nomencla-

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tura, consideramos a possibilidade de discussão sobre a Pedagogia hospitalar, visto que essas disciplinas poderiam ser introdutórias ao tema do nosso estudo.

Os cursos de Pedagogia identificados costumam oferecer disciplinas sobre Educação Especial, porém, ao verificar as matrizes curriculares percebemos que nem todos os cursos possuem uma disciplina com a nomenclatura de Educação Especial ou Educação Inclusiva, em alguns casos, as duas disciplinas aparecem interligadas e, em outros, elas simplesmente não aparecem. Nesse ponto, não podemos dizer se tais matérias abrangem a Pedagogia Hospitalar ou não, pois, segundo Romanowski e Hosda:

É primordial que o curso de formação inicial se reformule de acordo com as realidades existentes em sala de aula, e na sociedade. Se estamos vivendo tempos onde a educação é para todos em ní-vel de igualdade, e as Leis vigentes são de inclusão de todas as diferenças nas salas de aula, o curso de formação inicial precisa atender a essas novas diretrizes. Segundo Freitas (2006 p. 93), “[...] o debate deste tema consiste na tentativa de discutir os entendimentos de uma inclusão que não seja feita em termos voluntários e semi-clandestinos, mas, pelo contrário, que se assuma como política social e educativa”. Mas que aconteça de forma clara e consciente, discutida, estudada e entendida, por todos e principalmente pelo professor. (2012, p.8).

Conforme aponta Fusari e Pimenta (2014, p. 36), infere-se, ainda, que as Instituições de Ensino Superior, ao arquitetar seus projetos pedagógicos considerando as DCNs, e, particularmente, no que diz respeito às formas de constituição, traduzem exemplos de formação de professores denomi-nados por Saviani (2008, p.8 apud FUSARI; PIMENTA, 2014) como “modelo dos conteúdos culturais cognitivos e/ou modelo pedagógico-didático”. Compreende-se que é essencial, na formação do pedagogo, os diversos conhecimento e saberes que abarcam as diferentes tradições culturais e as ciências de valores, assim como é acentuado o reconhecimento da escola enquanto instituição que possui complexidades que tem funções sociais e formativas de promoção da educação para a cidadania. Entretanto, é imprescindível pensar o projeto formativo do Pedagogo em sua essência, levando em conta todos os aspectos de sua for-mação. No que diz respeito as minorias Fusari e Pimenta (2014, p. 34) afirmam que:

Pelo exposto anteriormente, é possível verificar que o tema mais expressivo contemplado pelo conjunto de disciplinas da categoria trata da Diversidade e minorias linguísticas e culturais. Esse conjunto contempla disciplinas acerca das minorias étnico-raciais e culturais, como os índios e os afrodescendentes [...]. Esse dado pode indicar que as ações afirmativas e as políticas públicas comprometidas com a cultura e os direitos dos grupos minoritários começam a ter impacto no currículo dos cursos de Pedagogia.

A Pedagogia Hospitalar, apesar de não ser citada na pesquisa de Pimenta e Fusari (2014), pode ser considerada uma minoria na formação de professores, já que não é contemplada nas grades cur-riculares na maioria dos cursos de Pedagogia, diante disso, podemos supor que o fato de algumas univer-sidades possuírem em suas matrizes curriculares disciplinas relacionadas a Pedagogia Hospitalar pode ser um indicativo que a Formação de Professores ainda precisa pensar e considerar os grupos que não estão dentro do espaço escolar, mas que fazem parte do contexto educacional, visando o reconhecimento dos profissionais que atuam ou desejam atuar na Pedagogia/ classes hospitalares, bem como, a maior inclusão das demandas que necessitam desse atendimento.

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objetivoObjetivando um maior aprofundamento sobre o estudo da Pedagogia/Educação Hospitalar

e buscando evidenciar a importância de estudos sobre a temática, realizamos o Levantamento da quanti-dade de produções acadêmicas em nível stricto sensu (mestrado e doutorado) acerca da Pedagogia/Classe Hospitalar.

métodoVisando atingir ao objetivo proposto, realizou-se o acesso no banco de teses da CAPES para

analisar a quantidade de teses e dissertações cadastradas e com temática da Educação para crianças e adolescentes hospitalizados. Identificamos 73 dissertações de Mestrado Acadêmico, e apenas 15 teses de Doutorado, totalizando 88 pesquisas de Pós-Graduação stricto sensu com ênfase na temática Educação em ambiente hospitalar. Esse total refere-se às pesquisas finalizadas entre 2000 e 2017.

resultados e discussãoAs dissertações e teses foram colhidas do banco de Teses da Capes. Buscaram-se trabalhos com

as temáticas de “Pedagogia Hospitalar” e “Classe Hospitalar”. A análise consistiu em ler todos os resumos dos trabalhos, realizar uma categorização conforme os grandes temas que surgiram, tendo com critério a frequência nos títulos dos estudos. Posteriormente, realizou-se a contextualização do material.

As dissertações e teses estudam várias nuances da Educação em ambiente hospitalar para crianças e adolescente em situação de internação hospitalar. A Tabela 1 foi organizada visando contex-tualizar os grandes temas trabalhados pelos autores. Os grandes temas variam entre: Praticas pedagógicas com 30 trabalhos finalizados, seguido de Formação de Professores com 17 trabalhos, logo após o tema Inclusão/reinserção/ exclusão da criança hospitalizada com 14 estudos, Classes/Brinquedotecas/Lúdico em Hospitais com 14 produções, Processo organizacional da Escola nos hospitais com 5 pesquisas, Per-cepções de Familiares, Médico e pacientes/estudantes 4 pesquisas e Desafios e Possibilidades da Educação em classes Hospitalares também com 4 pesquisas, todas concluídas. Apenas (1) uma dissertação de todas as analisadas se refere ao estudo sobre uma criança com necessidades educacionais especiais -portador da Síndrome de Werdnig-Hoffman- que fala sobre as vivências no atendimento educacional em uma UTI hospitalar.

As 78 dissertações analisadas possuem diversos estudos com as mais variadas nuances investi-gativas, dando um contexto mais amplo de diferentes realidades e distintas percepções acerca do trabalho educacional realizado em hospitais, isso por que a maioria das pesquisas realizadas determinam um local específico para a investigação, saindo porém da teoria e analisando o contexto da prática de como ocorre o atendimento pedagógico hospitalar nos distintos hospitais e como em alguns casos chamando a atenção para o olhar de quem recebe o atendimento (criança/adolescente) ou de quem observa de perto (no caso dos médicos, enfermeiros ou familiares), é interessante observar que de acordo com as dissertações analisa-das as pesquisas se desenvolvem sem grandes dificuldades por se tratar de um local específico e por possuir esse caráter particular de investigação mais afunilado já que se trata de conhecer mais afundo e com maior afinco a realidade em questão.

As 15 teses de doutorado encontradas possuem temas que variam entre: educação e saúde sobre os processos de aprendizagem, ensinar, atender e (re)construir as instituições-escola na saúde, am-

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bientes virtuais de aprendizagem e recursos da web, e medicina, corpo, educação, classes hospitalares, currículo entre outros temas, as pesquisas apresentam diferentes vertentes sobre o ensino hospitalar com enfoque principalmente no contexto educacional e no âmbito da saúde, a formação de professores é es-tudada em todas visto que o enfoque das linhas de pesquisa está relacionado ao ensino-aprendizagem dos estudantes (crianças e adolescentes) em situação de internação.

Considerando que apenas 14 pesquisas (dissertações e teses) são voltadas para a investigação da inclusão, reinserção ou exclusão das crianças e adolescente em situação de afastamento escolar por estarem em situação de internação e/ou tratamento de saúde, sendo a grande maioria finalizada até me-ados de 2012 e apenas uma dissertação finalizada em 2016, podemos perceber a necessidade de estudos mais acurados e atuais sobre o atendimento educacional hospitalar e a relevância para evitar a exclusão e facilitar a reinserção, o retorno, e a inclusão dessa criança ou adolescente no ambiente escolar. E mesmo a importância de realiza-se mais pesquisas sobre crianças com necessidades especiais públicos alvo do AEE que estão, ou vivem em situação de internação, para compreendermos com mais precisão a relevância de Professores realizando um trabalho educativo em hospitais. No quadro abaixo apresentamos os principais temas encontrados nas pesquisas bem como seus autores, constando também nas referências.

Tabela 1- Número de trabalhos de mestrado e doutorado durante os anos de 2000 a 2017

Categoria Tipo Autores n

Praticas pedagógicas

T Moreno (2012), Cavalcanti (2000), Rolim (2008) 3

D

Sandroni (2011); Zombini (2011); Kabata (2011); Saldanha (2012); Alvim (2012); Baceto (2011); Xavier (2012); Rocha (2012); Loper (2011); Santana, C. (2012); Santana (2012); Morgado (2011); Kamiyama (2010); Marchesan(2007) Muller (2016); Bortolozzi (2007); Bonassina (2008); Foggiatto (2006); Fontes (2003); Kowalski (2008); Linheira (2006); Fontes (2012); Ortiz (2002); Sousa, F.M (2005); Souza (2002); Tomasini (2008) Rabelo ( 2014)

27

Formação de Professores

T Falco (2010); Wiese (2013); Lima (2010); Branco (2008); Covic (2008) 5

DSantos (2012); Ramires (2012); Rodrigues (2012); Meinem (2012); Furtado (2010); Goldmann (2010); Bragio (2014); Amaral (2001);Costa (2008); Covic (2003)Menezes (2004); Comim (2009)

12

Inclusão /reinserção / exclusão da criança hos-pitalizada

T Santos (2012); Silva (2006) 2

DSilva (2011); Mascarenhas (2011); Rocha (2012); Geremias (2010); Lucon (2010); Oliveira (2016); Garcia (2008); Gonçalves (2201); Holanda (2008); Justi (2003); Kulpa (2001); Moreira (2002)

12

Classes / Brinquedotecas / Lúdico em Hospitais

T Paula (2005) 1

DNazareth (2012); Lima (2011); Kohn(2010); Sikilero (2010); Pacco (2017); Darela (2007); Giannoni (2013); Rodrigues (2016); Carvalho (2008); Gabardo (2002); Trugilho(2003); Ramos (2006) Moro (2011); Silva (2014)

13

Processo organizacional da Escola nos hospitais

T Ortiz (2012) 1 D Zaias (2011); Olanda (2006); Zardo (2007); Silva (2008) 4

Percepções de Familia-res, Médico e pacientes / estudantes

T Moro (2011) 1

D Bonassina (2008); Calegari (2003); Gomes (2003) 3

Desafios e Possibilidade da Educação em classes Hospitalares

T Neves (2016); Granemann (2012) 2

D Cardoso (2011); Sari (2012) 2

Total 90Legenda: T – Tese; D - DissertaçãoFonte: MELO, 2017

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conclusãoA Pedagogia hospitalar atua como um acompanhamento ao aluno fora do ambiente escolar e

busca desenvolver suas necessidades psíquicas e cognitivas utilizando programas voltados a infância, com prioridade sobre programa sócio-interativos, vinculando-se aos sistemas educacionais como modalidade de ensino na Educação Especial. A Pedagogia hospitalar “[...] busca oferecer assessoria e atendimento pedagógico humanístico tanto para o paciente quanto para o familiar, na busca de promover situações e atitudes educativas, a partir do efetivo envolvimento com o doente e com o ambiente” (ORTEGA; SAN-TIAGO, 2009, p.32).

A Pedagogia Hospitalar tem como base o atendimento personalizado ao educando internado, por meio do qual se desenvolve uma proposta pedagógica de acordo com as suas necessidades e possi-bilidades diárias. A atividade pedagógica em hospitais surge por causa das necessidades infanto-juvenil em interagir, não só com a realidade hospitalar, mas integrar-se dentro do ambiente educacional, visando estabelecer critérios de aprendizagem, humanização e assistência emocional. A atuação de docentes em hospitais é um tema polêmico, porém, acreditamos que o professor é um elemento fundamental na busca de qualidade do ensino, mas um profissional com formação qualificada e que compreenda criticamente seu papel e função no contexto educacional brasileiro, principalmente no espaço da Pedagogia Hospitalar.

Considerou-se importante destacar a quantidade de pesquisas desenvolvidas sobre a temática, justamente para que haja a compreensão mais ampla acerca do que vem sendo produzido nos últimos anos, e para evidenciar que existe, de fato, uma carência investigativa, visto que, em 17 anos, considerando apenas o período analisado, só foram produzidas 88 pesquisas sobre a temática, sendo a maioria sobre as Práticas Pedagógicas e Formação de Professores. Portanto, quando pensamos acerca da nossa pesquisa, compreendemos a carência de estudos sobre a Legislação que respalda o ensino e a educação hospitalar. Considerando que as classes hospitalares já existem no Brasil há mais de 60 anos, parecer haver a neces-sidade de uma legislação específica.

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