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PRODUTO 09: PREPARAÇÃO PARA EXECUÇÃO DA

PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RSS

ARM_TEC_03_09_REL_RSS_03_20151017

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AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO

INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 09: PREPARAÇÃO PARA EXECUÇÃO DA

PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RSS

ARM_TEC_03_09_REL_RSS_03_20151017

Outubro de 2015

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 2

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do documento: Produto 09: PREPARAÇÃO PARA EXECUÇÃO DA PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RSS

Nome/código: ARM_TEC_03_09_REL_RSS_03_20151017 Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Azeredo Furquim Werneck

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 15/10/2015

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 16/10/2015

Aprovação: Jesús Blasco Data: 17/10/2015

Observações:

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 3

APRESENTAÇÃO

O presente documento, formalmente denominado Preparação para execução da

proposta de gestão integrada de RSS ou Produto 09, é o primeiro Produto da Fase 03

do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO

EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo Consórcio formado pelas empresas

IDP Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de Projetos Sustentáveis

(Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento da

Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e o seu Grupo de Acompanhamento

(GA).

Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na Região Metropolitana de Belo

Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e o gerenciamento dos RSS.

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão

e gerenciamento dos RSS.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses, e como o início

foi em janeiro de 2014, seu término está previsto para setembro de 2015.

A Fase 01, finalizada em setembro de 2014, teve a função de levantar dados e apresentar

o Diagnóstico da Situação Atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de Belo

Horizonte e, por sua vez, foi composta por três Produtos, além de um Resumo Executivo,

conforme esquema apresentado no quadro a seguir:

Quadro 1- Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de BH

Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do

Plano

Produto 01: Geração e fluxo de gestão e gerenciamento dos

RSS

Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em

execução, para gestão e gerenciamento dos

RSS

Resumo Executivo:Síntese analítica de

dados e informações

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Pag. 4

A Fase 02, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 01, com a elaboração do Produto

03, é composta por 06 (seis) Produtos, além de um resumo executivo, conforme descrito

de forma sintética no quadro seguinte:

Quadro 2- Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

A Fase 03, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 02, com a elaboração do Produto 08, é composta

por 01 (um) Produto, conforme descrito de forma sintética no quadro seguinte.

Quadro 3 - Etapas da Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão dos

RSS.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

O Produto 09 contendo a preparação para execução da alternativa proposta para a gestão

integrada e regionalizada de RSS, que deverá consolidar uma solução unificada dentre as

alternativas para o equacionamento dos problemas levantados pelos produtos anteriores,

em especial, o diagnóstico dos RSS na RMBH e CM.

A trajetória para a construção do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de RSS conta

com o levantamento e compreensão de dados secundários e também com informação de

âmbito primário de diagnóstico, como estabelecido em Produtos anteriores, sendo eles:

Produto 00 - Planejamento Técnico e Conteúdo Introdutório Referente aos Resíduos de

Serviço de Saúde (RSS), Produto 01 - Tipologia / Atividade, Geração e Custo Referente

aos Resíduos do Serviço de Saúde (RSS), Produto 03 - Benchmarking Internacional e

Nacional Referencial – RSS, Produto 04 - Alternativa de Gestão e Gerenciamento de RSS

recomendada, Produto 05 - Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final

Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS

Produto 03:

Benchmarking Referencial Nacional e

Internacional de Gestão e

Gerenciamento de RSS

Produto 04 -Alternativa de

Gestão e Gerenciamento

de RSS recomendada

Produto 05 -Alternativas para

o Transbordo, Tratamento e

Disposição Final

Produto 07 -Possibilidades de Implantação

de Soluções Integradas

Produto 06 -Áreas

Favoráveis para Instalação de Infraestruturas

de RSS

Produto 08 -Sistema de

Gerenciamento Proposto

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão dos RSS

Produto 09: Preparação para execução da proposta de gestão integrada de RSS

Resumo Executivo Fase 2

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Pag. 5

dos RSS, Produto 06: Áreas favoráveis para instalação de infraestruturas de RSS, Produto

07: Possibilidades de implantação de soluções integradas de RSS e Produto 08: Sistema

de gerenciamento proposto para RSS.Todos elaborados pelo Consórcio IDP Ferreira

Rocha.

O objetivo do Produto 09 é fundamentar as demais fases de desenvolvimento que

contempla o Plano, de forma dinâmica e podendo ser complementado em função das

necessidades técnicas específicas, buscando ser uma ferramenta que, aliada aos

mecanismos de gestão já implantados pela ARMBH, possa dar suporte ao Plano

Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).

Na Figura 1 é possível visualizar as fases que foram desenvolvidas, definindo também a

fase atual na qual se inclui este Produto, formando a denominada Estrutura Analítica de

Projeto (EAP)1.

1O Consórcio IDP Ferreira Rocha estabeleceu, como diretriz para o desenvolvimento dos trabalhos, a consideração do Plano como um projeto, a ser gerido e gerenciado em acordo com conceitos, diretrizes e ferramentas gerenciais consagradas internacionalmente pelo Gerenciamento de Projetos disciplinado pelo Project Management Institute (PMI) e consubstanciadas no Guia PMBOK 5ª edição. Segundo ao referido Guia a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é “O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.” Já o principal benefício desse processo é o fornecimento de uma visão estruturada do que deve ser entregue. A EAP é uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a ser executado pela equipe do projeto a fim de alcançar os objetivos do projeto e criar as entregas requeridas.

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Pag. 6

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP).

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Pag. 7

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 3

LISTA DE QUADROS ................................................................................................... 9

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 10

DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 11

ABREVIATURAS ........................................................................................................ 17

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 19

2 BASE LEGAL E NORMATIVA APLICÁVEIS PARA ESTE PRODUTO ................ 21

3 METODOLOGIA .................................................................................................. 24

4 ALTERNATIVA PARA A GESTÃO INTEGRADA E REGIONALIZADA DE RSS .. 26

4.1 CONSORCIAMENTO INTERMUNICIPAL ........................................................ 27

4.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .......................................................................... 31

4.2.1 Administração pública direta ......................................................................... 32

4.2.2 Administração pública indireta ...................................................................... 32

4.2.3 Administração mista ou privada .................................................................... 33

4.3 REGIME ECONÔMICO .................................................................................... 33

4.4 DIRETRIZES E METAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE RSS ......................... 35

4.5 MANEJO DOS RSS ......................................................................................... 37

4.5.1 Aspectos de classificação e quantificação dos resíduos e monitoramento de indicadores .............................................................................................................. 38

4.5.2 Minimização da geração de resíduos (redução, reutilização, recuperação ou reciclagem) ............................................................................................................. 38

4.5.3 Segregação dos resíduos ............................................................................. 39

4.5.4 Tratamento prévio dos resíduos, opcional ou obrigatório .............................. 39

4.5.5 Acondicionamento dos resíduos e rejeitos, por Grupo e Subgrupo, e identificação ............................................................................................................ 39

4.5.6 Armazenamento temporário ......................................................................... 39

4.5.7 Coleta e Transporte Internos ........................................................................ 39

4.5.8 Armazenamento externo............................................................................... 40

4.5.9 Coleta e transporte externos ......................................................................... 40

4.5.10 Transbordo ................................................................................................ 42

4.5.11 Sistemas de tratamento ............................................................................ 42

4.5.12 Disposição final ......................................................................................... 43

5 POSSÍVEIS ESTRUTURAS DE FOMENTO POR PARTE DOS AGENTES PÚBLICOS ................................................................................................................. 44

5.1 CONCESSÕES PÚBLICAS COM RETORNO ECONÔMICO A MÉDIO PRAZO . ......................................................................................................................... 45

5.1.1 Outras alternativas de sustentabilidade econômica ...................................... 46

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Pag. 8

5.2 COLABORAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA ............................................................ 47

5.2.1 Experiências similares .................................................................................. 48

5.2.2 Outras considerações ................................................................................... 49

6 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS52

6.1 AÇÕES FISCALIZADORAS ............................................................................. 52

6.1.1 Ações de fiscalização ................................................................................... 53

6.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL............................................................. 54

6.3 AÇÕES DE INSERÇÃO DE AGENTES ........................................................... 54

6.4 AÇÕES DE PREVENÇÃO ............................................................................... 55

6.4.1 Ações de prevenção nas infraestruturas de gerenciamento .......................... 58

6.4.2 Ações para comunicação .............................................................................. 58

6.5 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO ADEQUADA ............................. 59

6.6 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO ....................... 60

6.7 AÇÕES DE MONITORAMENTO ...................................................................... 60

6.7.1 Sistema de controle eletrônico de resíduos de serviços de saúde ................ 66

7 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS DEMAIS AGENTES PRIVADOS ................................................................................................................. 68

7.1 AÇÕES DE PREVENÇÃO ............................................................................... 68

7.2 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA ......................... 69

7.3 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO ....................... 70

7.4 AÇÕES DE MONITORAMENTO ...................................................................... 71

8 PRIORIZAÇÃO DA SEGREGAÇAO E DA COLETA SELETIVA .......................... 73

8.1 AÇÕES PARA INCENTIVAR A SEGREGAÇÃO NAS FONTES GERADORAS73

8.1.1 Campanhas de informação ........................................................................... 73

8.1.2 Criação de curso de educação profissional e tecnológica para gestor de RSS . ..................................................................................................................... 74

8.1.3 Treinamento para aplicação prática em matéria de gestão e gerenciamento de RSS .................................................................................................................... 74

8.1.4 Outras experiências ...................................................................................... 77

9 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS .................................................................... 79

9.1 TIPO DE INVESTIMENTO ............................................................................... 79

9.2 MECANISMOS DE RATEIO ............................................................................. 80

9.2.1 Exemplo de Critério de Rateio ...................................................................... 81

10 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................... 83

11 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 84

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Pag. 9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos. .............................................. 3

Quadro 2- Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e

disposição final dos RSS. ............................................................................................. 4

Quadro 3 - Etapas da Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das

alternativas para gestão dos RSS. ................................................................................ 4

Quadro 4 - Legislação Federal para PPP .................................................................... 21

Quadro 5 - Legislação Estadual para PPP. ................................................................. 23

Quadro 6 – Diretrizes e estratégias para alcançar os objetivos para a gestão dos RSS.

................................................................................................................................... 36

Quadro 7 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito Consórcio –

Nível Central. .............................................................................................................. 61

Quadro 8 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito municipal –

Nível Local. ................................................................................................................. 63

Quadro 9 – Valor total arrecadado pelos grupos de Rateio, estabelecido por faixa

populacional e área de abrangência do município na Bacia dos Sinos – RS, 2007. ... 82

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Pag. 10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP). ............................................................ 6

Figura 2 - Fluxograma de coleta de informação. ......................................................... 25

Figura 3 – Descrição Gestão-Gerenciamento-Manejo. ............................................... 26

Figura 4 – Proposta de organização do Consórcio em Gerências para a Gestão Integral

de RSS na RMBH e CM. ............................................................................................ 30

Figura 5 – Hierarquização da ação administrativa na gestão de RSS na RMBH e CM.

................................................................................................................................... 31

Figura 6 – Cartão do usuário – Pontos de descarte. ................................................... 77

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Pag. 11

DEFINIÇÕES

A seguir, estão apresentadas as definições de alguns termos técnicos utilizados ao

longo do documento.

Armazenamento externo

Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta

externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores (RDC

ANVISA nº 306/04).

Armazenamento temporário

Depósitos de armazenamento temporário de resíduos, logo após realizada a

segregação, localizados dentro dos ambientes do ES antes de ser transportados ao

armazenamento externo.Definição legal (RDC ANVISA nº 306/04): ARMAZENAMENTO

TEMPORÁRIO - Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos

já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta

dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o

ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito

armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo

obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento (ANVISA

RDC 306/04).

Aterro sanitário

Segundo a DN COPAM nº 171/2011: “I - Aterro Sanitário - técnica adequada de

disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à

segurança, minimizando os impactos ambientais, que utiliza princípios de engenharia

para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume

permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de

trabalho, ou a intervalos menores, se necessário”.

Segundo o PNRS – Lei 12.305/2010: devem ser colocados somente rejeitos. Papéis,

plásticos são recicláveis. “XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas

as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis

e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição

final ambientalmente adequada”.

Aterro sanitário de pequeno porte

Técnica adequada de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, de concepção

simplificada, seguindo os critérios de projeto e operação estabelecidos na NBR

15849:2010, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, adotando

adequações nos sistemas de proteção ambiental, sem prejuízo da minimização dos

impactos ao meio ambiente e à saúde pública (DN COPAM nº 171/2011).

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Pag. 12

Cadastro

Assentamento de dados de serviços, instalações, pessoas, equipamentos, produtos e

outros relevantes para o controle sanitário.

Caracterização

A caracterização de resíduos de serviços de saúde consiste na determinação da sua

composição quanto ao tipo, volume e porcentagem. O conhecimento da composição

permite realizar as medidas corretivas que sejam mais adequadas para cada caso.

Célula de Disposição Especial

Instalação segundo a DN COPAM nº 171/2011: Art. 8º - “Poderão ser encaminhados

para células de disposição especiais, localizadas em Usinas de Triagem e

Compostagem - UTC ou em aterros sanitários de pequeno porte detentores de

regularização ambiental, os RSS dos Grupos A: A1 e A2, após tratamento prévio; dos

Grupos A4 e E, respeitando-se as condições quanto à contaminação; do Grupo B sem

características de periculosidade, desde que sejam atendidos os seguintes requisitos

técnicos e operacionais:

I - possuir sistemas de drenagem de águas pluviais;

II - possuir sistema de coleta e disposição adequada dos percolados;

III - possuir coleta de gases;

IV - possuir impermeabilização da base e taludes;

V - dispor os resíduos diretamente sobre o fundo do local;

VI - acomodar os resíduos sem compactação direta;

VII - cobrir diariamente os resíduos com solo, admitindo-se disposição em camadas;

VIII - possuir cobertura final.

Coletor

Conhecido também como recipiente de transporte interno, recipiente de

acondicionamento, recipientes coletores, recipientes individualizados, de acordo com o

RDC ANVISA nº 306/04.

Pode ser fixo ou móvel, além de ter uma capacidade variável.

Coleta e Transporte Externo

Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a

unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a

preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da

população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos

de limpeza urbana. A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde

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Pag. 13

devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT

(RDC ANVISA nº 306/04).

Consolidação do veículo

Quando o veículo não atinge sua capacidade total deve-se realizar mais de uma coleta

para poder realizar a chamada consolidação do veículo, resultando assim em um

transporte mais eficiente. As coletas podem ser feitas em diferentes municípios, porém

sempre será do mesmo tipo de resíduo (CHAVES, ARRUDA e WANDA, 2012).

Disposição final de RSS

É a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-

los, de acordo com critérios técnico-construtivos e operacionais adequados, em

consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes (Resolução

CONAMA nº 358/2005).

Estabelecimento de Saúde (ES)

Denominação dada a qualquer edificação destinada à realização de atividades de

prevenção, produção, promoção, recuperação e pesquisa na área da saúde ou que

estejam a ela relacionadas(Resolução CONAMA nº 358/2005).

Estações de Transbordo (ET)

As Estações de Transbordo de resíduos são classificadas como empreendimentos de

impacto ambiental conforme inciso IX do art. 74-A da Lei 7166/1996 e se caracterizam

por serem áreas de recebimento de resíduos inertes para triagem, armazenamento

temporário dos materiais segregados e posterior remoção para destinação adequada,

sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.

Geradores de RSS

Todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal,

inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios

analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem

atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de

medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de

ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de

produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e

controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços

de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares(RDC ANVISA nº 306/04).

Gerenciamento dos RSS

Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases

científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de

resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma

eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos

recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger todas as etapas

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de planejamento e manejo dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação

dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.

Gestão de resíduos de serviços de saúde

Toda atividade técnica, administrativa, de planejamento, coordenação, negociação,

desenho, aplicação e avaliação de políticas, estratégias, planos e programas de ação

de manejo apropriados dos resíduos sólidos no âmbito nacional, regional e local.

Infraestrutura de disposição final

Instalação devidamente equipada e operada que permite dispor de maneira sanitária e

ambientalmente segura os resíduos sólidos, mediante aterros sanitários e células de

disposição especial.

Infraestrutura de tratamento

Instalação onde se aplicam ou operam tecnologias, métodos ou técnicas que modificam

as características físico-químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, de maneira

compatível com requisitos sanitários, ambientais e de segurança.

Manifesto de manejo de resíduos sólidos perigosos

Documento técnico administrativo que facilita o rastreamento dos resíduos sólidos

perigosos transportados, desde o lugar de geração até sua disposição final.

Minimização

Ação de reduzir ao mínimo possível o volume e periculosidade dos resíduos sólidos, por

meio de de qualquer estratégia preventiva, procedimento, método ou técnica utilizada

na atividade geradora.

Reaproveitamento

Obtenção de benefício de um bem, artigo, elemento ou parte do mesmo, que constitui

resíduo sólido. Reconhece-se como técnica de reaproveitamento: a reciclagem, a

recuperação e a reutilização.

Resíduos comuns

São aqueles que não estiveram em contato com pacientes, materiais ou substâncias

contaminantes. São gerados em escritórios, corredores, áreas comuns, cafeterias, salas

de espera, auditórios, e geralmente em todos os locais do Estabelecimento do gerador.

Inclui restos da preparação de alimentos também. São classificados como Classe D

segundo a RDC ANVISA nº 306/2004.

Resíduos dos serviços de saúde (RSS)

São aqueles resíduos gerados nos processos e nas atividades para a atenção e

pesquisa médica em Estabelecimentos relacionados com o atendimento à saúde

humana ou animal, como hospitais, clínicas, centros e postos de saúde, laboratórios

clínicos, consultórios, entre outros afins. Alguns destes resíduos se caracterizam por

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estar contaminados com agentes infecciosos ou que podem conter altas concentrações

de microrganismos que são potencialmente perigosos, tais como agulhas hipodérmicas,

gazes, algodões, meios de cultura, órgãos patológicos, restos de comida de pacientes,

papéis contaminados, embalagens, materiais de laboratório, entre outros.

Resíduos não perigosos

São aqueles produzidos pelo gerador em qualquer lugar e no desenvolvimento de sua

atividade, que não apresentam riscos para a saúde humana e/ou ao meio ambiente.

Qualquer resíduo de um ES não perigoso, sobre o qual se presuma haver estado em

contato com resíduos perigosos, deve ser tratado como tal.

Resíduos perigosos

São aqueles resíduos que por suas características ou manuseio ao que serão

submetidos, representam um risco significativo para a saúde ou ao ambiente. São

considerados perigosos os que apresentem pelo menos uma das seguintes

características: combustível, explosivo, corrosivo, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade, os quais podem causar dano à saúde humana e/ou ao ambiente.

Também se consideram perigosos os coletores e embalagens que tenham estado em

contato com estes resíduos, substâncias ou produtos perigosos.

Como estabelece a NBR 10004:2004. Resíduos Sólidos – Classificação, os resíduos

perigosos são aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido no item 3.2,

ou uma das características descritas nos itens 4.2.1.1 a 4.2.1.5, constantes nos anexos

A ou B.

Sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde

Conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características

físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua

descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a preservação da

qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador (Resolução

CONAMA nº 358/2005).

Taxa

É o tributo (imposto) cobrado de alguém que se utiliza de serviço público especial e

divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional, ou o tem à sua disposição. A taxa

tem caráter compulsório, é fixada por lei num exercício para vigência no exercício

financeiro seguinte sem sofrer reajuste.

De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN Art. 77) - As taxas podem ser

cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, e pelos os Municípios, no

âmbito de suas respectivas atribuições. Ou seja, as pessoas de Direito Público não

podem interferir na competência umas das outras. Por exemplo, a União não poderá

cobrar taxas que são de competência de um Município.

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Tarifas ou preços públicos

São cobrados por serviços de interesse específico de pessoas ou instituições que se

disponham a pagar por eles. São de natureza contratual e os preços podem ser

reajustados durante o exercício financeiro.Podem ser realizados pela administração

pública indireta, a seu exclusivo criterio e cobrando o preço público pelo serviço

prestado, ou realizados pela iniciativa privada.

Tratamento

Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características

dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de

acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado

no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes

casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e

o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde

devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº

237/1997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância

sanitária e de meio ambiente (RDC ANVISA nº 306/04).

Tratamento térmico

É todo e qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima

de 800 ºC (Resolução CONAMA nº 316/2002).

Unidade de Tratamento e Disposição Final de RSS - UTDF

Instalação destinada ao tratamento prévio específico, transbordo, tratamento térmico ou

disposição final de resíduos de serviços de saúde.

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ABREVIATURAS

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

AS ATERRO SANITÁRIO

CAFIMP CADASTRO DE FORNECEDORES IMPEDIDOS DE LICITAR E CONTRATAR COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL

CM COLAR METROPOLITANO

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

COPAM CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL

CS CÉLULA DE DISPOSIÇÃO ESPECIAL

CTRS CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

EAP ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO

EBITDA RESULTADO OPERACIONAL ANTES DOS IMPOSTOS, JUROS

E DEPRECIAÇÃO

ES ESTABELECIMENTO DE SAÚDE

FEAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

P+D+I PESQUISA + DESENVOLVIMENTO + INOVAÇÃO

MMA MINISTÉRIO DO MEDIO AMBIENTE

NBR NORMA BRASILEIRA

PGIRS PLANO PARA A GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

PGRSS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE

SAÚDE

PMI PROCEDIMIENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERÉSSE

PNRS PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PNSB POLÍTICA NACIONAL DE SANEAMIENTO BÁSICO

PMDI PLANO MINEIRO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

PPAG PLANO PLURIANUAL DE AÇÃO GOVERNAMENTAL

PPP PARCERIA PÚBLICO PRIVADA

PSF PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

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RCA RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL

RDC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RSS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SMMA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

TA TAXA DE ATRATIVIDADE

TIR TAXA INTERNA DE RETORNO

UBS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

UC UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

UCPPP UNIDADE CENTRAL DE PPP

UTDF UNIDADE DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL

UTRSS UNIDADE DE TRANSBORDO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o termo de referência, este documento tem como objetivo geral

desenvolver a base mínima para a preparação da execução da proposta alternativa no

domínio da gestão integrada e regionalizada da RSS da RMBH e Colar Metropolitano,

tendo em conta os pilares fundamentais de informação, comunicação e formação,

bem como de mecanismos de fiscalização. Dada a descrição das possíveis estruturas

de fomento para essa gestão, tais como, sistemas de concessão e parceria público-

privada.

Propor medidas concretas a serem realizadas por organismos públicos, incluindo ações

de fiscalização, que devem ter como objetivo principal o destino e disposição final

ambientalmente adequada dos RSS, associada com a inclusão social, a emancipação

econômica e ações de redução de risco para as organizações de catadores de materiais

recicláveis.

Promover dentro do programa de educação ambiental, o reconhecimento do resíduo

reciclável como um bem econômico, capaz de gerar emprego e renda, e incentivar

coleta seletiva e a logística reversa, em particular, o descarte adequado de resíduos de

medicamentos e de produtos farmacêuticos.

Promover a importância da implementação da coleta seletiva nos municípios com o

objetivo de otimizar a gestão e a segregação na fonte dos RSS, oferecendo cursos de

formação nas unidades geradoras (estabelecimentos de saúde, policlínicas, hospitais,

etc.) e propor programas e ações de educação continuada previsto na Resolução

ANVISA RDC nº 306/2004.

Ainda de acordo com o TR estão apresentadas informações sobre (i) Fontes Públicas

de Fomento para a Gestão e Gerenciamento dos RSS – Identificação de possíveis

estruturas de fomento, por parte dos agentes públicos, para tornar a exploração privada

dos RSS uma atividade econômica atrativa e para ampliação do mercado de produtos

recicláveis; (ii) Destinação final e disposição final ambientalmente adequada dos RSS

- proposição de ações concretas para serem executadas pelos órgãos públicos,

incluindo ações fiscalizadoras, e que tenham como objetivo primordial a destinação

final e disposição final ambientalmente adequada dos RSS, associada à inclusão

social, emancipação econômica e a redução de riscos para as organizações de

catadores de materiais recicláveis; (iii) Mecanismos de Rateio e Programas de

Investimento – avaliação de Mecanismos de Rateio e Programas de Investimento que

melhor se adequem para a gestão dos RSS.

Como ítem final registram-se as Considerações e Recomendações mais indicadas para

a fase de incorporação do Plano de Gestão e Gerenciamento dos RSS da RMBH e CM

ao Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo Horizonte

e Colar Metropolitano, elaborado pela Secretaria Extraordinária de Gestão

Metropolitana – Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo

Horizonte, aprovado em 2013.

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Portanto, este documento irá apresentar as propostas que melhor atendam as

necessidades locais para desenvolver uma correta gestão integrada e regionalizada de

RSS na RMBH e Colar Metropolitano.

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2 BASE LEGAL E NORMATIVA APLICÁVEIS PARA ESTE PRODUTO

O Quadro 4 apresenta a Legislação vigente em 2015 pertinente à preparação para a

implementação da proposta de gestão integrada de RSS, complementando a legislação

apresentada nos produtos anteriores.

Quadro 4 - Legislação Federal para PPP

Ano Natureza Legislação Disposição

1993 Federal LEI nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição

Federal, institui normas para licitações e contratos

da Administração Pública e dá outras providências.

1995 Federal LEI nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

Dispõe sobre o regime de concessão e permissão

da prestação de serviços públicos previsto no art.

175 da Constituição Federal e dá outras

providências.

1995 Federal Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995.

Estabelece normas para outorga e prorrogações

das concessões e permissões de serviços públicos

e dá outras providências.

1996 Federal Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996

Dispõe sobre a arbitragem.

2004 Federal Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004.

Institui normas gerais para licitação e contratação

de parceria público-privada no âmbito da

Administração Pública.

2005 Federal Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005.

Dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos e dá outras providências.

2005 Federal Decreto Federal nº 5.385, de 4 de março de 2005

Institui o Comitê Gestor de Parceria Público-

Privada (PPP) Federal – CGP e dá outras

providências.

2005 Federal Decreto Federal nº 5.411, de 6 de abril de 2005

Autoriza a integralização de cotas no Fundo

Garantidor de Parcerias Público-Privadas – FGP,

mediante ações representativas de participações

acionárias da União em sociedades de economia

mista disponíveis para venda e dá outras

providências.

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Ano Natureza Legislação Disposição

2006 Federal Decreto Federal nº 5.977, de 1º de dezembro de 2006

Regulamenta o art. 3º, caput e § 1º, da Lei nº

11.079, de 30 de dezembro de 2004, que dispõe

sobre a aplicação, às parcerias público-privadas

(PPP), do art. 21 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro

de 1995, e do art. 31 da Lei nº 9.074, de 7 de julho

de 1995, para apresentação de projetos, estudos,

levantamentos ou investigações, a serem

utilizados em modelagens de parcerias público-

privadas no âmbito da administração pública

federal, e dá outras providências.

2007 Federal

Lei Complementar Federal nº 126, de 15 de janeiro de 2007

Dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão

e sua intermediação, as operações de cosseguro,

as contratações de seguro no exterior e as

operações em moeda estrangeira do setor

securitário; altera o Decreto-Lei nº 73, de 21 de

novembro de 1966, e a Lei nº 8.031, de 12 de abril

de 1990; e dá outras providências.

2007 Federal Decreto Federal nº 6.037, de 7 de fevereiro de 2007

Altera e acresce dispositivos do decreto n° 5.385,

de 4 de março de 2005, que institui o Comitê

Gestor de Parceria Público-Privada Federal –

CGP.

2007 Federal Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007.

Regulamenta a Lei no 11.107, de 6 de abril de

2005, que dispõe sobre normas gerais de

contratação de consórcios públicos.

2012 Federal Lei nº 12.766, de 27 de dezembro de 2012

Altera a Lei nº 11.079, de 30 de Dezembro de

2004, que institui normas gerais para licitação e

contratação de parceria público-privada no âmbito

da administração pública, para dispor sobre o

aporte de recursos em favor do parceiro privado, e

dá outras providências.

2012 Federal Medida Provisória nº 575, de 7 de agosto de 2012

Altera a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de

2004, que institui normas gerais para licitação e

contratação de parceria público-privada no âmbito

da administração pública.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

No Quadro 5 se apresenta a legislação mais relevante de âmbito estadual para as

parcerias públicos-privadas.

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Quadro 5 - Legislação Estadual para PPP.

Ano Natureza Legislação Disposição

2003 Estadual Lei Estadual nº 14.868, de 16 de dezembro de 2003

Dispõe sobre o Programa Estadual de Parcerias

Público-Privadas.

2003 Estadual Lei Estadual nº 14.869, de 16 de dezembro de 2003

Cria o fundo de parcerias público-privadas do

Estado de Minas Gerais.

2003 Estadual Decreto Estadual nº 43.702, de 16 de dezembro de 2003

Instala o Conselho Gestor de Parcerias Público-

Privadas - CGPPP e dá outras providências.

2007 Estadual Decreto Estadual nº 44.565, de 03 de Julho de 2007

Institui o procedimento de manifestação de

interesse em projetos de parcerias público-

privadas, nas modalidades patrocinada e

administrativa, e em projetos de concessão

comum e permissão.

2008 Estadual Decreto Estadual nº 44.929, de 29 de outubro de 2008

Dispõe sobre a organização do plano estadual de

parcerias público-privadas e dá outras

providências.

2009 Estadual Lei Estadual nº 18.038, de 12 de janeiro de 2009

Define diretrizes para a formalização de parcerias

entre o Estado e a iniciativa privada e dá outras

providências.

2009 Estadual Decreto Estadual nº 45.144, de 24 de Julho de 2009

Regulamenta a lei nº 18.038, de 12 de janeiro de

2009, que define diretrizes para a formalização de

parcerias entre o estado e a iniciativa privada e dá

outras providências.

2011 Estadual Lei Estadual nº 19.477, de 12 de janeiro de 2011

Dispõe sobre a adoção do juízo arbitral para a

solução de litígio em que o Estado seja parte e dá

outras providências.

2012 Estadual Decreto Estadual nº 45.902 de 27 de janeiro de 2012,

Dispõe sobre o Cadastro Geral de Fornecedores –

CGEF -, previsto no art. 34 da Lei Federal nº 8.666,

de 21 de junho de 1993, e regulamenta a Lei

Estadual nº 13.994, de 18 de setembro de 2001,

que institui o Cadastro de Fornecedores Impedidos

de Licitar e Contratar com a Administração Pública

Estadual – CAFIMP.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

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3 METODOLOGIA

O conteúdo que será apresentado nos itens a seguir foi elaborado tomando como

referência as análises, resultados e conclusões da FASE 01: Diagnóstico da Situação

Atual dos Resíduos e da FASE 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento,

tratamento e disposição final dos RSS, todos elaborados pelo Consórcio IDP-FR.

O presente documento, Preparação para execução da proposta de gestão integrada

dos RSS apresenta de maneira específica a proposta de gestão sustentável e

regionalizada dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano.

Para tal, a metodologia para as fases de levantamento de dados foi baseada em fontes

específicas, primárias e secundárias.

A coleta de fontes específicas teve como fonte principal os Planos de Gestão e outra

documentação elaborada por diversas Áreas Metropolitanas (do Brasil e de outros

países), e estudos comparativos entre as mesmas. A coleta de dados primários teve

como fonte principal a documentação elaborada pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha na

FASE 01: Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos e da FASE 02: Elaboração de

proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RSS. Já o

levantamento de dados secundários foi realizado por meio da consulta de fontes

externas, tais como: trabalhos acadêmicos, legislações e normas, projetos de pesquisa,

tanto nacional como internacional que forneceram fundamentação técnica às propostas

de gestão sustentável e regionalizada dos RSS.

A Figura seguinte elucida a estrutura metodológica que foi utilizada para o levantamento

de dados do presente documento. Outras informações foram obtidas por contribuições

do grupo gestor e nos debates das reuniões públicas.

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Figura 2 - Fluxograma de coleta de informação.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

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4 ALTERNATIVA PARA A GESTÃO INTEGRADA E REGIONALIZADA DE

RSS

A escolha do modelo integrado de gestão e regionalizado de RSS a ser implementado

para a RMBH e CM, envolve questões de âmbito técnico, operacional, financeiro e

político. A solução proposta deve atender a qualidade dos serviços desejada pelo

usuário, buscando um equilíbrio na relação final de custo-benefício.

A gestão dos RSS de acordo com Brasil (2005a) compreende as ações relacionadas

com a tomada de decisões políticas e estratégicas sobre as questões institucionais,

operacionais, financeiras, sociais e ambientais relacionadas aos resíduos sólidos e é o

ápice da pirâmide da Gestão-Gerenciamento-Manejo de RSS, como mostrado na figura

seguinte:

GESTÃO: Define a Política GERENCIAMENTO: Implementa a política MANEJO: Operaciona a implementação

Figura 3 – Descrição Gestão-Gerenciamento-Manejo.

Fonte: Adaptado Brasil (2005a)

Para a Gestão de RSS, podem ser avaliadas as diferentes alternativas entre as quais

estão as seguintes:

Realizada diretamente pelo município (execução direta /centralizada).

Por meio de empresa pública específica (execução indireta/descentralizada).

Por empresas de economia mista criada especificamente para desempenhar

estes serviços (concessão ou delegação).

Por iniciativa privada, por meio de terceirização (execução descentralizada).

Muitas vezes, os problemas relacionados com o governo municipal exigem soluções

que vão além do âmbito de aplicação e da capacidade de ação das prefeituras, em

termos de investimento, atividade política, recursos humanos e técnicos. Muitas dessas

soluções exigem ações conjuntas, considerando que a maioria destes problemas

afetam, simultaneamente, a mais de um município. Neste caso, sendo o consórcio

público intermunicipal um instrumento jurídico, tem a capacidade de resolver algumas

destas dificuldades.

No modelo de delegação à iniciativa privada, é importante a existência de um regulador

independente para regular a entidade privada. A título de comparação, não é possível

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imaginar uma gestão unicamente privada dos serviços associados à gestão dos

resíduos sólidos, com pouca ou nenhuma relação em nível estadual.

4.1 CONSORCIAMENTO INTERMUNICIPAL

Os consórcios intermunicipais podem ser considerados "Organismos Públicos

Descentralizados", que vem sendo uma solução adotada pelos municípios brasileiros

como uma ferramenta interessante para o planeamento e gestão de questões que vão

além das fronteiras do seu território, tendo em conta que pequenos municípios são os

que tem mais dificuldades para viabilizar qualquer modelo de negócio sustentável a

longo prazo (SOUSA, 2012).

No território brasileiro, a Lei Federal 11.107/2005 que rege as regras gerais relativas

aos contratos de consórcios públicos foi regulamentada pelo Decreto nº 6.017, de 17 de

janeiro de 2007. De acordo com o referido decreto, os consórcios são caracterizados

por um acordo entre municípios, a fim de alcançar objetivos comuns e objetivos comuns

previamente estabelecidos, permitindo a criação de uma nova entidade jurídica com

estrutura de gestão autônoma, bem como orçamento e patrimônio próprio para levar a

cabo as suas atividades (Lei 11.107/05).

As experiências nacionais mostram na maioria dos casos concessões diretas para a

prestação de serviços, por meio de contratos obtidos por processos licitatórios, exceção

para a região metropolitana de Campinas, cujo modelo adotado foi o de consórcio,

previsto na Lei Federal dos Consórcios Públicos, nº 11.107/2005, que regulamenta o

Art. 241 da Constituição Federal e estabelece as normas gerais de contratação de

consórcios públicos. Os consórcios públicos dão forma à prestação regionalizada de

serviços públicos instituída pela Lei Federal de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) e

que é incentivada e priorizada pela Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei

12.305/2010).

Os recursos econômicos podem ser gerados a partir das próprias atividades e

contribuições dos municípios membros, de acordo com o estatuto do consórcio,

considerando a população atendida e das toneladas tratadas. As contribuições podem

ser partes iguais entre os municípios ou podem variar de acordo com o orçamento do

município, população, uso de serviços e bens do consórcio, bem como outros critérios

que se considerem apropriados para as partes (ABLP, 2014).

Segundo BRASIL (2013), a síntese dos principais tipos de serviços previstos ou

executados pelos consórcios identificados, revelam um amplo espectro de serviços,

contemplando alguns de caráter mais genérico e outros com objetivos bastante

específicos. Como exemplos, citam-se:

Implementação de apoio técnico para implantação de sistemas de fiscalização.

Apoio técnico para organização e realização de concurso para provimento de

cargos do consórcio.

Orientação na formulação da política tarifária e definição dos critérios de cálculo

do valor de taxas/tarifas.

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Apoio técnico junto a processos de licenciamento ambiental das unidades dos

sistemas locais.

Atuação no desenvolvimento sustentável dos municípios.

Elaboração de planos de gestão de resíduos sólidos.

Implantação e operação de aterro sanitário compartilhado.

Implantação e operação de coleta seletiva.

Implantação de coleta e tratamento de resíduos dos serviços de saúde.

Atuação sobre os resíduos de construção civil.

Coleta e destinação de pneus inservíveis.

Coleta e destinação de resíduos eletrônicos.

Capacitação técnica de pessoal para atuação nos consórcios.

Compartilhamento de máquinas e veículos.

Consultoria e capacitação para a captação de recursos financeiros.

Nem sempre estabelecer parcerias com outros municípios é uma tarefa fácil, pois

envolve questões relacionadas às demandas sociais, políticas e econômicas dos

diferentes municípios. Portanto, a transparência e o diálogo são essenciais neste

processo de mútuo acordo.

O consórcio é passível de passar por fiscalização contábil, operacional e de patrimônio

líquido pelo tribunal de contas competente, que poderá ter acesso às contas de seu

representante legal. Tudo isso, sem perder o controle externo, deve ser feito com base

em cada um dos contratos a celebrar entre os consorciados e o próprio consórcio.

A gestão de RSS na RMBH e CM poderia incluir as seguintes ações:

1. A ação administrativa que inclui o planejamento e preparação de planos e

programas de ação, assim como as ações orçamentais e de avaliação, de

educação e fiscalização necessárias para um manejo adequado de RSS.

2. A ação operacional, que inclui as ações ou serviços empregados para o correto

manejo dos RSS, desde a geração até seu tratamento ou disposição final

adequada.

Neste sentido, a “ação” operacional dos RSS compreenderia as seguintes ações ou

serviços:

1. Geração de RSS.

2. Segregação e armazenamento de RSS no ES.

3. Tratamento de alguns subgrupos no ES.

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4. Transporte de RSS para Estações de Transbordo.

5. Transporte das estações de transbordo para UTDF de RSS.

6. Tratamento dos RSS em UTDF.

7. Disposição final de rejeito de tratamento para célula de disposição especial

8. Disposição de RSS no aterro sanitário.

Como indicado no PRODUTO 07 (IDP-FR, 2015a), é importante ressaltar que a

formação de um consórcio público intermunicipal deve emanar de decisões políticas

locais e, portanto, cabe unicamente a cada um dos municípios, decidir sobre o assunto.

Por outro lado, dentro da prestação dos serviços de um consórcio público intermunicipal,

se encontram tarefas como:

Aprovação de projetos - o consórcio de gestão de RSS, poderia ter um órgão

responsável pela aprovação de projetos das infraestruturas dos sistema

proposto.

Sistema de informação de custos – sugere-se que o consórcio responsável

pela gestão de RSS implemente um sistema de informação abrangente capaz

de gerar dados constantes relativos aos custos reais dos serviços municipais de

gestão e gerenciamento de RSS nos diferentes municípios da RMBH e CM.

Este sistema de informação poderá registrar os gastos dos serviços prestados

pelo município por meio de um sistema de administração direta que incluirá os

desembolsos feitos pelos serviços contratados com terceiros, despesas

decorrentes de campanhas de educação ambiental, gastos de supervisão,

fiscalização e controle. Também poderão ser registradas as receitas, nos casos

de concessão (tais como os direitos de exploração (exploração de

infraestruturas, etc.).

Todo sistema de gestão integrada apresenta prós e contras. A seguir são apresentadas

as características de um agrupamento por meio da instituição de um consórcio público

(Brasil,2015):

Estabilidade.

Necessidade de intervenção legislativa (ratificação do protocolo).

Contrato verdadeiro entre as partes.

Admissão de cláusula de permanência obrigatória e de sanções por

inadimplência.

Maior formalidade.

Maior enquadramento legal.

Novo instrumento (falta de tradição).

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Possibilidade de gestão integrada plena dos serviços.

Existência de lei especifica (Lei nº 11.107/05).

Levando em conta o descrito acima, propõe-se a gestão direta por meio da criação de

um único consórcio intermunicipal para a gestão integrada dos RSS na RMBH e CM, o

qual poderia contar com 4 gerentes, um para cada área considerada no estudo de

regionalização, tal como apresentado no esquema seguinte (Figura 4).

Alternativamente, pode-se considerar a formação de um único consórcio para gerenciar

tanto os RCCV e RSS gerados na RMBH e CM o qual poderia contar com uma estrutura

composta por 5 gerências, já que para RCCV o estudo de regionalização considerou a

criação de 5 zonas.

Figura 4 – Proposta de organização do Consórcio em Gerências para a Gestão Integral de RSS na

RMBH e CM.

Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

Portanto, o Sistema Integrado de Gestão de RSS para a RMBH e CM poderia ser

formado por:

1. Consórcio responsável pela gestão integral de RSS da RMBH e Colar

Metropolitano.

2. Órgãos executivos (membros da organização municipal que executam a gestão

e o gerenciamento dos RSS) de todos os municípios da RMBH e Colar

Metropolitano.

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3. Infraestruturas operacionais tais como: veículos de coleta, estações de

transferência, Unidades de Tratamento e Disposição Final, Células de

Disposição Especial e Aterros Sanitários.

4. Òrgãos públicos para supervisão, fiscalização e controle do Consórcio e

Municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

Neste arranjo, cada município seria responsável pela criação de tais órgãos,

estabelecendo sua estrutura e funções. O consórcio, no âmbito das funções

intermediadoras, deverá promover a padronização de critérios diferenciados para cada

município integrante, com o objetivo de que a qualidade do serviço seja o mais uniforme

possível e adequado á realidade dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

Dentro da organização municipal habitual nos municípios brasileiros, existem várias

secretarias que, dentro de suas atribuições, fazem a gestão e/ou fiscalização dos

serviços relacionados aos resíduos sólidos devendo ser promovida uma articulação inter

e intrasetorial, envolvendo as secretarias municipais tais como: Secretaria Municipal de

Serviços Urbanos, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de

Obras Públicas, Secretaria Municipal de Saúde e outras.

Pode ser considerada a criação de um órgão transversal para as secretarias, cuja

função principal seria a promoção da interlocução entre os membros do Consórcio.

Figura 5 – Hierarquização da ação administrativa na gestão de RSS na RMBH e CM.

Fonte: Adaptado de CEDEPLAR, Relatório 1 do Macrozoneamento Metropolitano.

4.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Do ponto de vista do Poder Público, os modelos de gestão de resíduos sólidos podem

ser administrados e gerenciados das seguintes maneiras (PPIAF, 2007).

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4.2.1 Administração pública direta

No conceito geral de execução direta, o Poder Público, nos diversos entes federativos,

realiza a prestação de serviços públicos para seus respectivos geradores de RSS,

desde que disponha de recursos materiais, humanos e técnicos. Para os geradores

privados, a prestação desses serviços é realizada sob remuneração para, no mínimo,

cobrir todos os custos da gestão e do gerenciamento. Não existe, portanto, a

contratação de particulares ou a criação de entidades de Administração Pública indireta,

para isso. Nada impede que o Poder Público crie um órgão ou departamento específico

para a execução desses serviços (PPIAF, 2007).

Este modelo é recomendado para pequenas comunidades, situadas em áreas remotas

sem conexão urbana, permitindo maior eficiência e menor custo para o município.

Neste modelo de gestão, o serviço é prestado aos ES de âmbito municipal. Caso os ES

privados queiram que o serviço prestado pelo ente terceirizado tenha cobertura, poderia

ser estabelecida uma política tarifária por meio da cobrança de uma taxa particular para

o gerenciamento dos resíduos gerados em tal ES.

O ES privado deve incluir no seu Plano de Gerenciamento de RSS – PGRSS, as

recomendações definidas no capítulo IV da RDC ANVISA 306/2004.

“2.1. A elaboração do Plano de Gerenciamento de

Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, obedecendo a

critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta

e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e

outras orientações contidas neste Regulamento.”

4.2.2 Administração pública indireta

Em execução indireta, a diferença do item anterior, é que o Poder Público ao invés de

prestar os serviços pela administração direta, os delega para terceiros. Esta delegação

pode ser dada por lei a entidades da Administração Pública indireta ou mesmo por

contrato a particulares, permitindo a formalização de concessões, parcerias público-

privadas, permissões ou terceirização dos serviços. No primeiro caso, se trata de uma

delegação legal e no segundo de uma delegação contratual.

A delegação legal pressupõe a transferência pelo poder público de serviços públicos a

entidades da Administração Pública indireta por lei. No caso da criação de uma nova

entidade jurídica para a prestação de serviços públicos, a titularidade dos serviços

também vem transferida a nova entidade (PPIAF, 2007).

Reafirma-se que sempre que a prestação de serviços públicos forem atender os

geradores privados, esses deverão ser remunerados para, no mínimo, cobrir os custos

da gestão e gerenciamento.

Este modelo pode aumentar a eficiência em relação à administração direta e, em certa

medida, impedir a interferência política e as suas consequências no nível operacional.

Melhorar a gestão dos resíduos de serviços de saúde, pressupõe o estabelecimento de

um sistema global que leve em conta os deveres e responsabilidades, a formação de

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todas as partes envolvidas e à alocação de recursos para todas as fases da gestão,

este é uma processo de longo prazo que passa por melhorias graduais até atingir os

objetivos e metas iniciais. Por outro lado, a conscientização sobre os riscos ligados aos

RSS é uma etapa imprescindível para permitir a divulgação e o conhecimento das

práticas seguras e confiáveis de manipulação direta dos resíduos, protegendo a equipe

responsável de possíveis contaminações resultantes do manuseio incorreto no

momento da coleta, manipulação, armazenamento, transporte, tratamento ou

eliminação dos RSS.

Para que haja progressos reais nos processos e métodos de gestão de RSS, é essencial

a participação de todas as partes envolvidas na gestão, especialmente do Poder Público

em todos os níveis da administração, com ênfase na participação direta das autoridades

locais em atividades básicas de gestão - planejamento, supervisão e fiscalização.

As atividades de gestão dos estabelecimentos de saúde podem ser delegadas a

terceiros, considerando que devem ser acompanhadas pelo gerador, uma vez que este

sempre será o responsável por qualquer infração cometida.

4.2.3 Administração mista ou privada

Dentro das várias formas de contratação na administração pública, existem as

concessões ou delegações. Que podem ser exercidas por empresas de economia mista

ou empresas privadas.

Os contratos para a prestação de serviços de gerenciamento de RSS da RMBH e Colar

por empresas prestadoras, poderão ser definidos para as seguintes etapas:

1. A coleta de RSS.

2. Transporte de RSS

3. Transbordo e Tratamento de RSS.

4. Disposição final de RSS.

5. Outros serviços relacionados com o manejo de RSS na jurisdição municipal.

6. O agrupamento total ou parcial das anteriores.

No modelo de delegação à iniciativa privada, é importante a existência de uma entidade

reguladora independente para regular a entidade privada na execução do contrato

firmado entre as partes.

4.3 REGIME ECONÔMICO

O funcionamento do Agrupamento pode ser feito por meio de contribuições dos

municípios que o compõe. Estas contribuições poderiam ser baseadas no número de

habitantes e na quantidade de resíduos gerados e tratados adequadamente.

No caso dos geradores de RSS a cobrança é direta, uma vez que a legislação prevê

que o gerador tem de cobrir os custos de toda a gestão dos RSS gerados.

Na determinação dos custos de gestão dos RSS, deve-se incluir o custo real das

operações de coleta, transporte e tratamento dos RSS, incluindo a vigilância dessas

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operações e a manutenção posterior dos aterros sanitários e células de disposição

especial.

As autoridades competentes podem estabelecer medidas econômicas, financeiras e

fiscais para promover a prevenção na geração de RSS, implementar a segregação,

melhorar a gestão, promover e fortalecer os mercados de reciclagem e também para

que o setor de resíduos contribua para mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Com esta intenção é possível estabelecer política tarifária (impostos, taxas, tarifas ou

preços públicos) aplicáveis ao tratamento e eliminação dos RSS.

Adicionalmente à política tarifária, a gestão dos resíduos pode ser submetida a

aplicação de outros instrumentos econômicos que poderiam contribuir para a viabilidade

do projeto.

Sugere-se, por meio da legislação específica, a criação de um fundo patrimonial para o

financiamento da gestão dos RSS, tomando como modelo experiências internacionais

identificadas no Benchmarking. Este fundo econômico teria como finalidade promover

a instalação de infraestruturas, equipamentos e serviços para operações de tratamento

e disposição final de RSS e ações sociais, ambientais e econômicas para os cidadãos

nos municípios nos quais fossem localizadas. Essas instalações, incluídas no Plano de

Gestão de RSS, seriam declaradas de serviço púbico e de propriedade da

Administração Pública ainda que desenvolvidos sob regime de concessão à entidades

privadas.

Nestes casos, os municípios podem receber uma porcentagem do orçamento total da

obra que tenha que ser feita para a implementação da instalação de tratamento e

disposição final de RSS, e uma contribuição financeira anual de natureza variável,

determinada em função do sistema da instalação, do tipo dos resíduos e do número de

toneladas tratadas anualmente na instalação. Os municípios beneficiários do fundo

econômico participam nas funções de controle e vigilância da instalação

correspondente.

Este fundo seria desenvolvido por legislação específica, por meio da implementação de

um imposto ou taxa relativa à disposição final dos RSS nos Aterros Sanitários, tanto de

propriedade pública como privada. Além disso, poderia implementar-se tributos para

operações de tratamento dos RSS.

Uma alternativa seria estabelecer um fundo patrimonial relacionado ao financiamento

da gestão de todos os resíduos, do qual uma parte seria para RCCV e outra para RSS.

A legislação deve definir a forma de distribuição dos recursos para garantir o

financiamento das infraestruturas de gestão de RSS, tanto da implementação de novas

infraestruturas como da melhoria das instalações existentes, motivada pelas

adaptações às regras, em conformidade com as disposições do Plano de Gestão de

RSS.

O financiamento das infraestruturas previstas no Plano de Gestão de RSS pode ser

equacionado, por exemplo, no âmbito de um contrato entre o Consórcio de Gestão de

RSS e o Governo de Minas Gerais.

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O Fundo de Gestão de RSS se nutriria dos seguintes recursos (CTESC, 2013):

a) As contribuições do orçamento do Governo de Minas Gerais.

b) As atribuições que correspondam ao Governo de Minas Gerais a partir da imposição

de impostos sobre RSS. Por exemplo, por leito como é feito em alguns países

europeus ou aqueles ES que não realizarem a correta segregação das frações

potencialmente reciclveis do grupo D.

c) As receitas derivadas da aplicação de taxas ou tarifas sobre a disposição final de

RSS em aterros sanitários e das operações de incineração dos RSS.

d) Subvenções e auxílios concedidos por outros organismos públicos.

e) O valor arrecadado das penalidades impostas pela Administrações Públicas, como

resultado da violação dos regulamentos sobre RSS, após a dedução dos gastos de

gestão.

f) As doações, heranças, as contribuições e as ajudas que os particulares, empresas

ou instituições destinem especificamente ao Fundo.

g) Os remanescentes procedentes de economias na contratação, de revogações ou

renúncias, nos procedimentos de concessão de auxílios ou subvenções aos

municípios financiados pelo Fundo, incluindo os provenientes dos sistemas

estabelecidos para a gestão de RSS municipal, seja no mesmo exercício fiscal ou

em exercícios anteriores.

h) As atribuições específicas do Governo Federal.

i) Qualquer outra contribuição destinada a financiar as operações de gestão de RSS.

Os recursos não provenientes de taxas ou tarifas poderiam ser dedicados a qualquer

política em relação à gestão dos RSS, conforme seja decidido pelo Consórcio de Gestão

de RSS.

4.4 DIRETRIZES E METAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE RSS

No sistema de Gestão de RSS são de fundamental importância, o planejamento,

estabelecimento de metas e objetivos, bem como o sistema de monitoramento e

controle, a fim de realizar os ajustes necessários quando for conveniente, tudo isso para

alcançar uma exitosa gestão dos RSS que, de acordo ao PNRS, como já mencionado,

é de responsabilidade do Poder Público, sendo indelegável.

As diretrizes e metas propostas para este Plano são dadas no documento "Proposta

técnica inicial para definição por parte do Governo Estadual das diretrizes, estratégias

e metas que subsidiarão os produtos do plano metropolitano". Estas foram propostas

no âmbito do comitê gestor que acompanha a elaboração do Plano e discutidas

internamente nos órgãos públicos estaduais participantes deste comitê. Ressalta-se que

as metas estabelecidas serão objetos de revisão, ainda neste Plano, no momento de

consolidação do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de RSS em função de

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atualização do conhecimento da realidade da gestão e do gerenciamento de RSS na

área de estudo.

Estes parâmetros envolvem tanto o campo da gestão, como o gerenciamento dos RSS

na RMBH e CM e estão apresentados no quadro a seguir.

Quadro 6 – Diretrizes e estratégias para alcançar os objetivos para a gestão dos RSS.

Diretrizes para RSS

Estratégias para RSS

Diretriz 1:

Fortalecer a gestão dos resíduos de serviços de

saúde

Estratégia 1 Fomentar ações e programas de apoio aos geradores para operacionalização dos PGRSS.

Estratégia 2 Intensificar as ações de capacitação, priorizando a redução da geração e a segregação na origem.

Estratégia 3

Intensificar as ações de fiscalização do gerenciamento e manejo dos resíduos de serviços de saúde, integradas com as ferramentas de monitoramento definidas pelos órgãos responsáveis.

Estratégia 4 Promover adequação dos sistemas de tratamento térmico de resíduos de serviços de saúde.

Diretriz 2:

Fortalecer o gerenciamento

dos RSS

Estratégia 1 Apoiar a implementação da segregação dos resíduos na origem e no momento da geração, como princípio orientador na gestão dos resíduos.

Estratégia 2 Apoiar a implantação de tratamento prévio intra_ estabelecimento para envio dos resíduos tratados para disposição final em aterro sanitário.

Estratégia 3 Otimizar a rede de sistemas de tratamento e destinação extraestabelecimento dos RSS.

Estratégia 4 Fomentar ações e programas para sensibilização do descarte correto dos RSS gerados em domicílios.

Estratégia 5 Fortalecer as ações de organização das informações e manutenção do SINIR.

Diretriz 3:

Minimizar o uso do mercúrio nos

serviços de saúde

Estratégia 1 Incentivar a adoção de procedimentos para banir o uso do mercúrio nos serviços de saúde e a aquisição de equipamentos isentos de mercúrio.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP-Ferreira Rocha, 2014

No referido documento foram estabelecidas sete metas para os RSS:

Meta 1: Atualização do diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta,

tratamento térmico, destinação e disposição final dos RSS, a cada quatro anos, a

partir de 2018, em consonância com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS).

Meta 2: Definir e apurar em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde,

indicadores de gestão de RSS em nível estadual e regional, com foco na RMBH e

Colar.

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Meta 3: Criação de ferramenta de sistema de informação online, visando o

monitoramento do gerenciamento do fluxo dos RSS no território da RMBH e Colar

Metropolitano, bem como o monitoramento da operacionalização dos Planos de

Gerenciamento de RSS de empreendimentos e atividades, além de estabelecer

formas de se construir Inventário de RSS.

Meta 4*: Encaminhar para a reciclagem 50% dos materiais recicláveis do Grupo D

até 2017 e 100% até 2020.

Meta 5*: Promover a segregação na origem dos RSS de acordo com os grupos

estabelecidos nas Resoluções CONAMA 358/2005 e ANVISA RDC 306/2004 e a

destinação ambientalmente adequada nos percentuais de 50% até 2017 e 100% até

2020.

Meta 6: Induzir a implementação de sistemas de autoclavagem para decaimento

bacteriano até o nível III intraestabelecimentos de saúde para resíduos subgrupo A1,

A2 e Grupo E contaminados, nos estabelecimentos de serviços de saúde sujeitos à

elaboração de PGRSS pelo porte e riscos (estabelecimentos geradores de resíduos

perigosos – Grupo A, Grupo B e Grupo E - que por sua constituição apresentam

elevado risco de infecção e/ou à saúde pública ou ao meio ambiente) até 2019.

Meta 7: Elaboração e atualização de Manual contendo orientações técnicas a serem

seguidas pelos estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, visando a

adequação ambiental destes.

As estratégias e metas estabelecidas, como se pode ver, são baseadas nos pilares:

informação, comunicação e formação entre as várias entidades e pessoas envolvidas

na gestão dos RSS, utilizando mecanismos de ação complementares para um controle

efetivo.

*Metas sujeitas a revisão no ato de consolidação do Plano.

4.5 MANEJO DOS RSS

Para a gestão adequada dos RSS é essencial contar com uma rede de serviços e

infraestruturas que garantam um bom desenvolvimento de todas as fases do

gerenciamento - segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,

tratamento e disposição final adequada de RSS, de acordo com as exigências da

legislação vigente, priorizando a minimização e redução do volume gerado.

Grande parte das etapas do gerenciamento e do manejo dos RSS se configuram em

atividade a nível intraestabelecimento e, portanto, as ações e responsabilidades

relativas, competem, principalmente, ao Estabelecimento de Saúde.

Entre as atividades que fazem parte deste gerenciamento adequado estão as de

redução e minimização, segregação, classificação, tratamento prévio, etc.

Nos itens a seguir serão apresentados algumas ferramentas ou ações que podem

contribuir para o desenvolvimento adequado das etapas do gerenciamento de RSS.

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4.5.1 Aspectos de classificação e quantificação dos resíduos e monitoramento de

indicadores

Como ferramentas básicas para o acompanhamento do gerenciamento adequado na

etapa de classificação e quantificação de RSS, temos:

a) Elaboração de uma planilha com os tipos de resíduos gerados pelo estabelecimento

de saúde e sua respectiva classificação no grupo e subgrupo, em conformidade

com as disposições de RDC Anvisa nº 306/2004 e Resolução CONAMA nº

358/2005 ou outras que possam substituí-las.

b) Quantificação de cada grupo de resíduo em quilogramas (kg) ou litros (l) por dia e

por mês.

Para o cálculo da média diária da geração de RSS, por Grupo e Subgrupo, as

unidades de saúde devem quantificar diariamente, no mínimo por sete dias

consecutivos, a quantidade de resíduos gerados, em peso ou volume. A

amostra deve ser a mais representativa possível, e coletada em todos pontos

de geração.

Para as unidades de saúde recém implantadas, o cálculo da quantificação de

resíduos sólidos e líquidos poderá ser feito de forma estimada, desde que

referenciada a origem da base de dados adotada para este cálculo.

c) Os indicadores de avaliação e controle de RSS devem ser gerados no momento da

implantação de PGRSS e, avaliados posteriormente com frequência anual, de

acordo com o estabelecido em RDC ANVISA nº 306/04 ou outras que possam

substituí-la. Sugere-se a adoção dos seguintes indicadores:

Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes em relação ao número total de

acidentes ocorridos na unidade de saúde.

o Variação na geração de resíduos do Grupo A, B, D, E em relação ao total

de resíduos gerados no ES.

o Variação porcentual de resíduos encaminhados para reciclagem em

relação ao total de resíduos gerados na unidade de saúde.

4.5.2 Minimização da geração de resíduos (redução, reutilização, recuperação ou

reciclagem)

Algumas tarefas podem ser distribuídas pelos colaboradores para verificação da gestão

e do seu impacto na minimização da geração de resíduos, a saber (FEAM, 2011):

a) Descrever as formas adotadas para minimizar a geração de resíduos do Grupo B,

por meio da adoção de procedimentos de aquisição com a possibilidade de

devolução de produtos químicos com prazo de validade vencido ou das embalagens

ao fabricante/fornecedor.

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b) Descrever as formas para minimizar a geração de resíduos do Grupo D - rejeitos e

resíduos recicláveis (papel, papelão, plástico, vidro e metais ferrosos e não

ferrosos).

4.5.3 Segregação dos resíduos

Descrever a forma de segregação que deve ser realizada no local ou ponto de geração,

de acordo com as características de cada grupo de resíduo e instruções da Resolução

ANVISA RDC 306/2004 e da CONAMA 358/2005.

4.5.4 Tratamento prévio dos resíduos, opcional ou obrigatório

Para temas de tratamento prévio dos resíduos deve-se levar em conta:

a) Para os resíduos dos Grupos A, B e E, deve-se informar os processos e o pessoal

alocado para o tratamento, a localização. Informar ainda a nova classificação dos

resíduos após o tratamento.

b) No caso de geração de rejeitos radioativos (fora do âmbito deste plano), deverá ser

informado o local de armazenamento para o decaimento da radiação. Obtendo o

limite para a eliminação, reclassificar o resíduo de acordo com o Grupo a que

pertence (A, B, D ou E).

4.5.5 Acondicionamento dos resíduos e rejeitos, por Grupo e Subgrupo, e identificação

Pós-tratamento intraestabelecimento, temos:

a) Descrever como os resíduos gerados são/serão embalados e coletados.

b) Especificar as características das embalagens (saco plástico, caixa de papelão,

barris, garrafas de plástico e latas, recipientes de vidro, etc.) e os recipientes (lixeira,

contêiner, etc.) para condicionar os resíduos.

c) Descrever as formas de identificação utilizadas nos sacos de acondicionamento,

recipientes para coleta interna e externa, bem como os locais de armazenamento,

que satisfaçam os parâmetros e simbologias de risco definidos pela Norma NBR

7500 da ABNT.

4.5.6 Armazenamento temporário

Descrever os aspectos de construção, localização, dimensões e uso do local de

armazenamento temporário, se for o caso.

4.5.7 Coleta e Transporte Internos

Nas tarefas de coleta e transporte interno de RSS deverão ser consideradas as

seguintes recomendações que devem ser implementadas dentro do PGRSS do

estabelecimento de saúde (UFTM, 2015):

a) Descrever o sistema de coleta e transporte interno de cada grupo de resíduo.

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b) Descrever o fluxo (itinerário) dos resíduos por Grupos, informando o horário de

coleta e transporte interno.

c) Especificar o equipamentos (carro especial de coleta interna), quando for

necessário.

4.5.8 Armazenamento externo

Para o Armazenamento externo, independente do porte do ES, devem ser observadas:

a) Especificar as características e quantificar os contêineres disponíveis por

Grupo de resíduos, incluindo a capacidade de carga. Indicar no piso térreo

(projeção) os locais onde os contêineres estarão dispostos.

b) Representar esquematicamente, no andar térreo, o sistema de

armazenamento final para os resíduos do Grupo A, B, D – incluindo o local

específico para os reciclados – e Grupo E.

a) Observar e descrever os percursos do traslado dos resíduos, desde o local da

geração até o estacionamento para os veículos de coleta externa.

c) Descrever o local de destino final dos resíduos recicláveis, destacando:

Tipos de resíduos recicláveis gerados.

Forma de acondicionamento dos resíduos recicláveis.

Transporte dos resíduos recicláveis dentro da unidade geradora até o

local de armazenamento externo (incluindo equipamentos, itinerário e

horário da coleta, que devem ser diferentes dos Grupos A, B, C e E).

É importante que o gerenciamento dos RSS na fase intraestablecimento seja

acompanhada de uma capacitação contínua para todos os funcionários envolvidos

diretamente ou indiretamente com os resíduos, independente do nível hierárquico. A

capacitação é crucial para aumentar a sensibilização e garantir o gerenciamento

adequado dos RSS e dos seus benefícios advindos.

4.5.9 Coleta e transporte externos

Em relação as tarefas de transporte extraestablecimento dos RSS é importante frisar

que existem duas fases, entre as quais destacamos:

O transporte a ser realizado desde o Estabelecimento de Saúde às instalações

intermediárias, neste caso Estações de Transbordo, nas quais serão realizados

trabalhos de consolidação de veículos ou de cargas, dependendo do grupo de

resíduos.

O transporte a partir dessas instalações intermediárias até as UTDF ou aterros

sanitários ou células de disposição final, conforme seja seu destino final de

acordo com a sua classificação.

Os agentes envolvidos devem seguir as seguintes recomendações por parte do

estabelecimento de saúde (FEAM, 2011):

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a) Indicar o nome do responsável pela coleta e transporte externo dos resíduos

gerados.

b) Apresentar uma cópia do contrato e/ou comprovante de prestação de serviços

de coleta e transporte externo de resíduos com a empresa responsável.

c) Apresentar uma cópia da licença ambiental da empresa responsável pela

prestação de serviço de coleta e transporte de RSS.

As empresas que fazem o transporte devem estar devidamente licenciadas

ambientalmente (Licença Ambiental ou Autorização Ambiental de Funcionamento). Os

documentos comprovatórios da regularização ambiental devem constar em anexo ao

PGRSS (UFTM, 2015), por exemplo.

GRUPO A: Resíduos potencialmente infectantes

- Empresa responsável pelo transporte:

- Frequência de coleta:

- Empreendimento responsável pelo tratamento, se houver:

- Processo de tratamento, se houver:

- Empreendimento responsável pela disposição final:

- Tipo de disposição final:

GRUPO B: Resíduos Químicos

- Empresa responsável pelo transporte:

- Frequência de coleta:

- Empreendimento responsável pelo tratamento, se houver:

- Processo de tratamento:

- Empreendimento responsável pela disposição final:

- Tipo de disposição final:

GRUPO D: Resíduos comuns não recicláveis

- Empresa responsável pelo transporte:

- Frequência de coleta:

- Empreendimento responsável pela disposição final:

- Tipo de disposição final:

GRUPO D: Resíduos comuns recicláveis

- Empresa responsável pelo transporte:

- Frequência de coleta:

- Empreendimento responsável pela disposição final dos rejeitos:

- Tipo de disposição final dos rejeitos:

GRUPO E: Resíduos Perfurantes, cortantes ou escarificantes

- Empresa responsável pelo transporte:

- Frequência de coleta:

- Empreendimento responsável pelo tratamento, se houver:

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- Processo de tratamento, se houver:

- Empreendimento responsável pela disposição final:

- Tipo de disposição final:

As empresas de transporte de RSS de acordo com os modelos mais utilizados, cobram,

pelos seus serviços, um preço baseado no quantitativo de RSS transportato, em

toneladas e nos quilômetros percorridos em cada trajeto.

A fiscalização dos veículos coletores dos resíduos dos Grupos A, B e E devem estar a

cargo das autoridades com jurisdição sobre a via, no tocante ao tráfego e ao IPEM e o

transporte, interno e externo, dos resíduos do Grupo C somente pode ocorrer conforme

estabelecido pela CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear (FEAM, 2011).

4.5.10 Transbordo

As operações de transbordo de resíduos de serviços de saúde dos grupos A, B e E

devem ser efetuadas em instalações regularizadas pelos órgãos competentes,

garantindo a vedação das embalagens, segurança dos trabalhadores e a preservação

do meio ambiente (FEAM, 2011).

Os aspectos relacionados à saúde e segurança do trabalhador assim como os

procedimentos para a limpeza e desinfecção das instalações de transbordo de RSS,

devem estar em conformidade com as recomendações dos regulamentos do Ministério

do Trabalho e Vigilância Sanitária (FEAM, 2011).

Todos os resíduos transportados para as ET devem ser identificados e devidamente

acondicionados. Além disso, é necessário que a empresa indique o responsável pelo

transporte com uma cópia da licença ambiental e do contrato de prestação de serviço.

4.5.11 Sistemas de tratamento

Para viabilizar o monitoramento e fiscalização nos sistemas de tratamento dos RSS

devem ser oficializadas as seguintes recomendações:

a) Informações sobre o processo de tratamento final para cada Grupo de resíduos

ou o processo de tratamento final para cada Grupo de resíduos, uma vez definido.

b) Disponibilização de cópia da licença ambiental do sistema de tratamento e cópia

do contrato de prestação de serviço com a empresa responsável.

Descrição dos sistemas de tratamento de efluentes líquidos gerados e de

drenagem.

Descrição do Plano de Contingência para eventos adversos.

As infraestruturas de tratamento devem estar devidamente licenciadas pela autoridade

competente e devem cumprir com as normas técnicas para o tratamento dos RSS.

No âmbito da gestão, pode ser proposta uma PPP por instalação ou para o conjunto

delas, a ser definido por cada gerência da zona (Central, Norte, Sul, Leste e Oeste) e

pelo Consórcio. O contrato de PPP pode abranger a construção ou reforma de uma

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instalação existente e a operação das atitividades para um horizonte temporal que deve

ser definido em função da análise econômica das infraestruturas propostas.

Os custos da operação das infraestruturas para as etapas de gerenciamento de RSS

seriam assumidos pela autoridade local titular da instalação (município, associação de

municípios, gerência de zona ou consórcio).

4.5.12 Disposição final

Cabe ao gerador, no momento de executar a disposição final, reunir as seguintes

informações:

a) Informar a localização da unidade de disposição final licenciada para cada Grupo

de resíduos.

b) Indicar o responsável pela disposição final de resíduos (gerador, município ou

empresa contratada).

c) Apresentar uma cópia da licença ambiental dos sistemas de disposição final e

cópia do contrato de prestação de serviços para a empresa responsável pelo

controle.

d) Informar o destino dos resíduos quimioterápicos e medicamentos pertencentes ao

grupo B gerados no estabelecimento de saúde.

e) Informar sobre a coleta e transporte de resíduos recicláveis desde o local de

armazenamento externo até o local de destinação final (nome da empresa,

endereço, razão social, telefone das empresas e cooperativas que recebem e/ou

destinam os recicláveis, tipo de veículo de transporte, frequência e horário de

coleta).

Os custos da operação das infraestruturas de gerenciamento de RSS podem ser

assumidos pela autoridade local titular da instalação (município, associação de

municípios, gerência de zona ou consórcio).

Procurando incentivar a segregação na origem dos RSS e com o objetivo de que a

disposição final seja o último recurso para os resíduos para os quais não existe

tratamento alternativo, poderia ser estabelecido um valor (taxa, tarifa ou preço público)

suficiente para cobrir todas as despesas geradas pela atividade, incluindo os custos de

projeto, construção, funcionamento, encerramento e manutenção.

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5 POSSÍVEIS ESTRUTURAS DE FOMENTO POR PARTE DOS AGENTES

PÚBLICOS

Na economia moderna, o Estado nem sempre dispõe de recursos financeiros suficientes

para investir em setores de serviços, que atendem a população em geral, por isso

assume cada vez mais um papel facilitador e indutor com outros setores, geralmente

em âmbito privado. Sua função principal é identificar carências e necessidades e

implementar soluções. A partir daí, sempre que necessário, uma opção é a de

impulsionar o investimento nas áreas que necessitam por meio do setor privado e de

uma série de mecanismos que garantem o retorno do investimento para o investidor.

Nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, a escassez de recursos

financeiros é uma situação comum nos últimos anos. Em essência, o Brasil enfrenta o

mesmo desafio como muitos outros países, por isso a experiência internacional é

relevante.

Dentro da definição de parcerias público-privadas (PPP) se encaixam muitos modelos

que se traduzem em diferentes fórmulas contratuais.

Contrato de concessão de obra pública.

Acordos de concessão de serviços.

Associação público-privada.

Private Finance Initiative (PFI).

Contratos de colaboração entre o setor público e o setor privado.

A PPP clássica (Contrato de concessão de obras públicas) inclui o financiamento,

desenho do projeto, construção e operação de infraestrutura pela concessionária.

Dentre os setores mais adequados para estabelecer uma PPP em Minas Gerais, estão

aqueles que não oferecem um rentabilidade econômica suficiente para uma concessão

tradicional. Alguns exemplos incluem: hospitais, usinas de tratamento de lixos, escolas,

saneamento básico, etc. Em Minas Gerais os cinco projetos piloto utilizados para iniciar

este programa são variados: uma rodovia, saneamento básico, prisões, uma

universidade e um edifício administrativo para o governo.

É importante que os serviços a serem implementados tenham sustentabilidade

econômica e financeira a longo prazo e segurança jurídica. A adoção de modelos de

contratação em que existem investimentos, também por entidades privadas, é o mais

aconselhável em virtude do volume dos investimentos a serem realizados no período

inicial de implementação do Plano.

Considerando-se que, possívelmente, o custo demandado pelas soluções a serem

implementadas, poderá ultrapassar o valor histórico destinado para tal, é necessário

determinar uma forma complementar para cobrir os custos do sistema de gerenciamento

tornando-o viável. A suplementação pode ser realizada por um sistema de reajuste ou

aplicação da cobrança de preços diferenciados para os usuários (estabelecimentos de

saúde). Neste sentido, a Política Nacional de Saneamento Básico – PNSB, Lei

1144520/07, no seu artigo 29 dispõe que ”Os serviços públicos de saneamento básico

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terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível,

mediante remuneração pela cobrança dos serviços”.

Além disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, permite a

institucionalização de cobrança pela prestação de serviços no gerenciamento dos

resíduos sólidos.

Antes de qualquer ação efetiva, é importante que os municípios conheçam a realidade

local da gestão e do gerenciamento dos RSS:

Como são financiados - custos e origem dos recursos.

Como se realiza o transporte, tratamento e disposição dos RSS.

Uma sugestão é adaptar um espaço no site da prefeitura, para explicar em detalhes

como será realizada a cobrança e como ela estaria vinculada com a viabilidade do

gerenciamento adequado dos RSS.

5.1 CONCESSÕES PÚBLICAS COM RETORNO ECONÔMICO A MÉDIO PRAZO

Dentro das várias formas de contratação na administração pública, especificamente na

área da saúde, existem as chamadas "concessões". Este modelo de contrato é

executado pela iniciativa privada que assume todos os custos e riscos do contrato (por

“conta e risco”) durante um determinado período de tempo. Deve-se levar em conta que

a infraestrutura, mesmo que construída pela iniciativa privada, é sempre de posse da

Administração ou seja, ao finalizar o período de concessão, a obra pública construída

retorna para as mãos da Administração Pública.

No caso da Europa, A Comissão Europeia estabelece que (BAEZA, 2008):

“A duração da concessão deve ser definida de modo que

não restrinja a livre concorrência além do necessário para

assegurar a amortização dos investimentos e um retorno

razoável dos investimentos, mantendo para a

concessionária o risco inerente à exploração”.

Portanto, a viabilidade econômica de uma concessão a médio prazo, seja no setor

público ou privado, consiste em alcançar o equilíbrio econômico-financeiro do

contrato/projeto. Este equilíbrio é determinado por fatores como fluxo de caixa, Taxa

Interna de Retorno – TIR, Resultado Operacional Antes dos Impostos, Juros e

Depreciação - EBITDA, entre outros.

Neste sentido, os três componentes econômicos essenciais de qualquer empresa são:

o investimento, receitas e despesas, as quais são apresentadas ao longo da vida útil do

projeto. A distribuição financeira temporária desses componentes, é o que se denomina

fluxo de caixa, instrumento que permite, a qualquer momento, verificar se a TIR original

se mantém. Em termos matemáticos, a TIR é a taxa de juros que iguala o fluxo de

entradas com as saídas.

Portanto, podemos dizer que a manutenção da Taxa Interna de Retorno, prevista

inicialmente, é uma garantia tanto para o governo como para o concessionário de que

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o projeto é economicamente viável. Para isso, se tomará como base em sua revisão os

parâmetros de transporte, custos de tratamento e disposição final, bem como outras

condições determinadas no acordo entre as partes.

Dentro da análise de concessões públicas com retorno econômico a médio prazo, há

um outro fator que deve ser considerado na análise do projeto (ATTC 1977) que é a

taxa de atratividade (TA). Ao contrário da TIR este indicador é uma referência para o

investidor e podem ter valores diferentes, dependendo do perfil das fontes de

financiamento. A comparação entre a TIR e a TA é um dos fatores na tomada de

decisões.

Se a TIR do projeto é maior do que a TA, então o projeto pode ser catalogado como

potencialmente viável para o investidor. A medida que a TA está fortemente influenciada

pela variação do mercado financeiro, análise de cenários e tendência são essenciais.

Por exemplo, em um projeto desenvolvido entre 1997 e 2007, a seguinte situação se

apresenta: a TIR de 1997, situou-se entre 18% e 20% e, em 2007, estava em 9%.

Pelo exposto anteriormente, em 1997 o projeto foi altamente atrativo com uma TIR de

20%, enquanto que os indicadores de 2007, tornaram o projeto menos atraente para os

investidores. Este fato demonstra a variação da TA dos investidores. Uma variação

muito alta mostra que, para a análise de projetos de longo prazo, utilizar uma TIR

imutável como única referência é temerário e pode levar a conclusões precipitadas, uma

vez que a TA acompanha as variações no cenário econômico.

Além da TIR e da TA, existem outros indicadores a serem considerados na avaliação

da viabilidade de um projeto de concessão pública, tais como:

EBITDA: (resultado operacional antes dos impostos, juros e depreciação), que

mostra a capacidade do projeto gerar recursos.

A rentabilidade do capital próprio (lucro líquido do exercício sobre o patrimônio

líquido).

A rentabilidade sobre o capital realizado (lucro líquido do exercício sobre o

capital realizado).

5.1.1 Outras alternativas de sustentabilidade econômica

O regime de contrato de concessões de serviços públicos, é baseado em uma política

tarifária de preços vinculados à manutenção de um serviço adequado pelo provedor. O

serviço adequado é aquele que satisfaz entre outras condições, "taxas razoáveis" e as

condições de eficiência, de acordo com a lei de concessões.

A proposta de equilíbrio econômico do projeto caminha em antítese ao lucro arbitrário e

excessivo, por considerar como alternativa para a viabilidade da instalação e operação

das infraestrutura propostas, a cobrança pelo gerenciamento de RSS – por meio de

taxa, tarifas ou preços públicos – com valor suficiente para proporcionar a cobertura dos

custos atuais e específicos do serviço, acrescido de uma margem ou taxa de retorno

(TIR) razoavelmente suficientes para recuperar o capital investido a médio prazo.

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Neste sentido, o princípio da alteração da cobrança por motivos de rendimentos

procedentes da otimização (preservando a eficiência) deveriam ser reencaminhados

pelo consórcio para programas que ajudem a população ou se for o caso de assistência

social, em vez de usufruto de forma unilateral.

A este respeito, a Constituição Federal, em seu Artigo 175, determina as competências

de Lei ordinária na prescrição de regras de contrato de concessão administrativa.

“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob

regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a

prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de

serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua

prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e

rescisão da concessão ou permissão;

II – os direitos dos usuários;

III – política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.”

Nestes termos, a Lei nº 8.987/95 escolhida como o norte dos serviços públicos

concedidos e direitos dos usuários, dispõe:

“Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço

adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido

nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.

§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,

continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia

na sua prestação e modicidade das tarifas.

(…)”

É permitido que a Concessionária execute alguns dos serviços, objeto da Concessão,

por meio de terceiros, assumindo o risco. Sendo assim, faz-se necessário estabelecer,

no contrato, se será permitida a subcontratação, estabelecendo como se dará a

interação desses terceiros com o Poder Concedente, além das respectivas

responsabilidades das partes perante os terceiros. A responsabilidade perante os

terceiros será sempre exclusiva da concessionária (MG, 2013).

5.2 COLABORAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA

Uma das possibilidades para as atividades relacionadas ao gerenciamento de resíduos

sólidos é a implementação de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Estas parcerias se

apresentam como uma modalidade alternativa de colaboração entre o setor público e a

iniciativa privada, fundamentada especificamente na Lei nº 11.079/2004 (PÉREZ, J.D.,

2011).

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No âmbito da parceria público-privada, há um amplo leque de fórmulas, como já descrito

no Produto 03 (IDP-FR, 2014), entre essas diferentes fórmulas existe a denominada

"clássica", na qual o projeto inclui o financiamento, desenho do projeto, construção e

operação de infraestrutura pela concessionária. Esta fórmula de PPP é conhecida

internacionalmente como DBFO (Design, Build, Finance and Operate).

Segundo MG (2013), dentro das dificuldades enfrentadas pela Unidade Central do PPP,

podem ser mencionados: o grande tempo demandado na construção dos documentos

necessários para a adjudicação de um projeto PPP: a falta de uniformidade nos

documentos de licitação elaborados pela UCPPP ao longo do tempo a falta de

entendimento entre as entidades privadas no que se refere aos elementos presentes

nos documentos de licitação.

Outro ponto crítico, que nem sempre recebe atenção suficiente, é que a PPP deve ser

totalmente livre de qualquer problema legal. Por exemplo, os impactos ambientais

devem ser avaliados, a posse de um terreno não pode estar sujeito a uma disputa, etc.

(MG, 2013).

No Brasil, a lei que estabelece as diretrizes para a contratação da Parceria Público-

Privada (PPP) é a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que estabelece as normas

gerais para a licitação e contratação de PPP na área da administração pública.

Esta lei, no seu Artigo 2º, refere-se sobre a modalidade do contrato administrativo de

concessão de PPP:

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de

obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,

quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários

contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de

que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que

envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

Uma Parceria Público-Privada é um contrato de prestação de obras ou serviços não

inferior a R$ 20 milhões, com uma duração mínima de 5 anos e não superior a 35 anos,

assinado entre a empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal (Brasil,

2015). Difere da Lei de Concessão comum, pela forma de remuneração, onde na

concessão comum o pagamento é feito com base nas taxas cobradas aos usuários dos

serviços. No caso das PPPs, o operador privado é remunerado exclusivamente pelo

governo numa combinação de taxas cobradas aos usuários dos serviços mais recursos

públicos.

5.2.1 Experiências similares

Hoje em dia, no Governo de Minas Gerais, já existe uma PPP cujo objeto inclui os

resíduos sólidos urbanos. Essa PPP começou em 2013 com o Procedimento para

Manifestação de Interesse – PMI o qual envolvendo os municípios, associações público

civil e iniciativa privada, para contribuir na estruturação do Plano Estadual de Parcerias

Público-Privadas, de implementação e operação dos serviços relativos ao tratamento

de resíduos sólidos urbanos (Metropolis, 2014).

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Na sequência do estudo do PMI, foi aprovado o projeto de Parceria Público-Privada para

a operação de serviços de transbordo, tratamento e disposição final dos RSU na RMBH

e Colar Metropolitano. Neste caso, para iniciar o processo foi assinado um convênio de

cooperação entre 44 dos então 48 municípios da RMBH e CM. Assim, o Governo do

Estado iniciou a contratação de uma PPP para o estudo dos serviços de transbordo,

tratamento e disposição final dos RSU.

No contrato do programa assinado, o município se comprometeu a pagar cerca de 20%

da contribuição dos recursos para o funcionamento da PPP, e os 80% restantes da

conta seriam assegurados pelo Estado.

Vale ressaltar que a fórmula do cálculo para a remuneração do parceiro privado (fórmula

que é proposta no nosso caso de gestão de RSS), é a quantidade em toneladas de

resíduos gerados no município que devem ser transportadas para as estações de

transbordo ou se for o caso na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos. A

gestão partilhada entre Governo, Municípios (ES) e setor privado permitirá uma redução

do custo de todo o processo e aumentar a eficiência de vários serviços, tais como o

aumento dos índices de reutilização e reciclagem, aproveitamento energético, etc.

Os municípios continuarão sendo responsáveis pela coleta domiciliar e deverão atender

a certos requisitos do Estado para implementar a coleta seletiva e apoiar as

organizações de catadores de papelão e materiais recicláveis. A empresa parceira será

responsável por investimentos em unidades de transbordo, tratamento e disposição final

dos RSU.

O contrato de PPP foi assinado em 2014 e o ganhador da licitação foi o Consórcio

Metropolitano de Tratamento de Resíduos (CMTR), formado por 3 empresas. O valor

total do contrato foi de R$ 2.441.177.411,49 para os 30 anos de concessão. Quanto aos

valores por tonelada a ser pago ao Consórcio pelo Estado serão de R$ 79,13 para o

Lote 1 e de R$ 72,13 para o Lote 2, sendo destes valores R$ 18,00 que se refere a

Parcela Remuneratória Municipal.

A construção das estações de transbordo estavam previstas para ocorrer no prazo de

12 meses a contar da assinatura do contrato e a construção da Central de Tratamento

deverá ser concluída dentro de um prazo máximo de 48 meses, também depois da

assinatura do contrato.

5.2.2 Outras considerações

De acordo com Brasil (2015), no contrato das PPPs devem constar algumas obrigações

como:

As penalidades aplicáveis ao governo e ao parceiro privado em caso de

descumprimento, proporcional à infracção cometida.

Formas de remuneração e atualização dos valores assumidos no contrato.

Critérios para a avaliação do desempenho do parceiro privado.

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Pag. 50

Apresentação pelo parceiro privado, de garantias suficientes para a realização

da obra e serviços.

Deve-se estar atento à situações de falso cumprimento do contrato por parte da

empresa adjucatária, ou seja, empresas que ganham a concessão a preços baixos,

mas, posteriormente, não são capazes de fazer o investimento ou oferecem uma

qualidade de serviço muito mais baixa que a esperada. Isto pode ser mitigado, por meio

da exigência de comprovação da capacidade financeira e qualificação técnica (Santos

Lopes, 2013).

Para o arranque dos estudos de modelagem de um projeto de PPP, o organismo ou

entidade de Administração Estatal interessado em realizar uma parceria, encaminhará

a Unidade Central de PPP uma proposta preliminar (MG, 2013):

I. Caracterização e definição do escopo do projeto: “O que se quer viabilizar?”

(descrição dos aspectos técnicos dos serviços, cronograma estimado de

implantação e área de interesse – saúde, transportes públicos, saneamento

básico, segurança, ciência, pesquisa e tecnologia, agronegócio, esporte, lazer,

turismo e outras áreas de interesse).

II. Descrição da forma atual de provisão do serviço que se deseja contratar (custos

e despesas gerados, investimentos já realizados, formas de contratação e

execução utilizadas etc.), se houver.

III. Demonstração da relação do projeto com as competências e atribuições do

órgão ou entidade proponente; afinidade da proposta com projetos de interesse

público existentes ou a se desenvolverem no Estado de Minas Gerais.

Para dar inicio a tramitação dos projetos de PPP, o órgão ou entidade proponente

deverá buscar respostas para as seguintes questões:

I. O órgão ou entidade proponente já possui uma Unidade Setorial constituída?

II. A que necessidades do Estado o projeto pensado procura atender?

III. O objeto do projeto encontra-se inserido no PPAG e no PMDI?

IV. A opção por contratação por meio da PPP representa possibilidade de obtenção

de vantagem econômica e operacional para o contratante, bem como a melhoria

da eficiência no emprego dos recursos públicos, relativamente a outras

possibilidades de execução direta ou indireta?

V. Qual o investimento estimado para a implantação do projeto?

VI. Qual a estimativa das despesas geradas, para o Poder Público, após a

implantação do projeto?

VII. Qual o referencial utilizado para essas estimativas?

VIII. Como está prevista a obtenção, pelo ente privado, de ganhos econômicos

suficientes (receita) para cobrir seus custos e investimentos?

IX. O projeto se enquadra no modelo de uma “concessão patrocinada” ou de uma

“concessão administrativa”?

X. O desempenho do ente privado poderá ser aferido objetivamente por meio de

indicadores de resultado?

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Pag. 51

XI. Caso a resposta da questão anterior seja sim, quais seriam possíveis

indicadores de resultado?

XII. Serão potencialmente demandadas, para o projeto, garantias contra o risco de

inadimplemento do parceiro público?

XIII. Mercado demonstra interesse no desenvolvimento e execução do projeto?

XIV. Quais seriam os principais riscos estimados para o projeto?

XV. Quais seriam as formas plausíveis para o gerenciamento e a mitigação desses

riscos?

XVI. Quais os resultados positivos para o Estado esperados com a implantação do

projeto?

XVII. Existem recursos disponíveis no órgão ou entidade proponente para a eventual

contratação de estudos de modelagem da proposta preliminar?

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Pag. 52

6 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS ÓRGÃOS

PÚBLICOS

Assim como já explicado em produtos anteriores, a PNRS diferencia os termos gestão

e gerenciamento sendo que o primeiro está relacionado à definição de regras e à

tomada de decisões no âmbito administrativo envolvendo planejamento, supervisão,

fiscalização e monitoramento, assim como a rastreabilidade, a fim de delinear o

gerenciamento dos resíduos e manter o controle e a supervisão dos dados e

informações.

Ao poder público, nos diversos níveis da Federação, notadamente no nível local, devem

estar centralizadas as ações concretas de planejamento, previsão de metas e objetivos,

fiscalização e atendimento as normas ambientais vigentes.

As leis, normas e orientações técnicas vigentes se aplicam a todos os ES, independente

do setor proveniente, público ou privado. As diferenças entre a forma de execução de

ações de melhoria continua por um sistema público e por um sistema privado se

concentram, principalmente, na disponibilidade de recursos e no nível de abrangência

do serviço.

Para os ES públicos, os procedimentos legais e burocráticos para aprovação de novas

campanhas e ações é um entrave que pode ser amenizado por uma gestão consciente

da necessidade do planejamento de parte do orçamento disponível para ações de

intervenções de fiscalização, educação, capacitação e prevenção. Além disso, estes ES

ficam vulneráveis a existência do aporte nos níveis da gestão municipal ou estadual e a

menos que haja uma comprovação de que as ações realizadas obtiveram os resultados

esperados não há garantia de que os mesmos recursos estarão disponíveis no

orçamento seguinte. Esta instabilidade e incerteza limitam as ações à intervenções

básicas e, muitas vezes, com uma repercussão pouco representativa.

6.1 AÇÕES FISCALIZADORAS

A rastreabilidade é um instrumento de fundamental importância, pois permite, pela

análise dos fluxos, observar o desempenho das diversas etapas do gerenciamento,

identificar desvios e subsidiar a tomada de decisão. O monitoramento permite o

planejamento da fiscalização, que pode se orientar prioritariamente pelos desvios

identificados, seja em termos de falhas no cumprimento da legislação ou de dificuldades

para o atingimento de metas estabelecidas.

Estas atividades não devem ser vistas apenas no sentido punitivo, mas antes de tudo

como orientativa e auxiliar na correção das desconformidades verificadas.

Para as etapas intraestabelecimento, os responsáveis legais por estas atividades são

os órgãos públicos da vigilância sanitária e para as extraestabelecimento, os órgãos

públicos do sistema de meio ambiente. Ressalta-se, entretanto, que em sistemas de

gestão e gerenciamento bem implantados, o ES deve dispor de mecanismos próprios

para o monitoramento e controle, inclusive para processos de certificação.

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Pag. 53

A partir do momento que todo o gerenciamento está vinculado a um sistema que

possibilita verificar, em tempo real, as condições de manejo em cada uma das etapas,

então, a administração pública, dentro de seu âmbito de atuação, pode-se valer das

informações recebidas e armazenadas para fins de fiscalização. Os dados

armazenados podem e devem ser utilizados com o objetivo de avaliação geral do

sistema e inclusive para dar subsídio à adaptação de regulamentações em nível local e

adequação de procedimentos à realidade local.

Como se sabe, os ES devem elaborar seus PGRSS que, dentre outras informações,

devem contemplar, por grupo e subgrupo, a geração de RSS prevista. Este documento

tem sido pouco explorado pelas autoridades públicas responsáveis no que se refere a

fiscalização das atividades planejadas. Diante disso, sugere-se que seja criado um

sistema para digitalização dos PGRSS, que hoje são entregues e avaliados em formato

impresso, que seja compatível com o sistema de rastreabilidade dos RSS gerados em

cada ES. Esta compatibilização permitirá a gestão das informações possibilitando a

análise e comprovação da execução das atividades previstas no PGRSS permitindo,

ainda, a definição e mensuração de indicadores para melhoria contínua do processo.

Dessa forma, a rastreabilidade pode ser considerada como instrumento essencial a

gestão de qualidade das etapas do gerenciamento e, por conseguinte, servir também a

todo o sistema de gerenciamento. Os dados e informações adquiridos por meio da

rastreabilidade podem ser utilizados para identificar a origem do problema – ou o infrator

- e, assim, permitir a administração pública a agir pró-ativamente com agilidade sem

comprometer a execução adequada de outras etapas do gerenciamento.

6.1.1 Ações de fiscalização

Sugere-se, para a eficiência das atividades, a criação do programa Fiscal Cidadão tendo

em vista o papel fundamental da população na realização de denúncias que podem ser

feitas através de um número telefônico. Além deste meio, a prefeitura pode promover o

desenvolvimento de um aplicativo Fiscal Cidadão que possibilitará o registro das

denúncias de ações irregulares, por meio do uso de smartphones ou similares.

Para fazer denúncias, o cidadão precisará se cadastrar, escolher o tipo de ocorrência e

de denúncia, podendo ainda ter o local indicado mapeado, adicionar comentários e

imagens. Um número de protocolo deverá ser gerado, o que possibilitará

acompanhamento das ações que deverão ser executadas pela Prefeitura.

Outra ação proposta é a criação do Programa Fiscais Mirins das Escolas da Rede

Pública de Ensino. Os alunos tem a oportunidade de passar por uma formação de

cidadania na qual aprendem e colocam em prática os conceitos de sustentabilidade e

preservação ambiental, bem como comprometimento com as funções definidas e com

as metas e objetivos estabelecidos. Um programa similar já acontece em São João do

Mereti, no estado do Rio de Janeiro, e a grande expectativa é que estes alunos sejam

multiplicadores à comunidade da importância das ações de fiscalização participativa.

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Pag. 54

6.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental e a capacitação contínua são a base para o desenvolvimento das

ações de prevenção e fiscalização que devem ser desempenhadas em todas as etapas

do gerenciamento dos RSS na sua fase intra e extraestabelecimento e para todos os

níveis hierárquicos. O conhecimento dos aspectos legais, normativos, peculiares aos

RSS, bem como os riscos envolvidos na gestão e gerenciamento inadequados devem

ser abordados de forma constante nos cursos de capacitação e, principalmente, no

momento da inserção de novos agentes no ES e na administração pública. Este

conhecimento é crucial não somente para a definição das ações de prevenção como

também para garantir uma excelência nas atividades de atenção a saúde.

Em todas as fases desenvolvidas neste projeto foi constatada a existência de enorme

carência quanto aos conhecimentos e capacitação dos recursos humanos,

principalmente por parte dos gestores de RSS, os quais, em muitos casos, não

conhecem ou não entendem os conceitos indicados na legislação de referência.

De forma bastante pragmática a primeira ação para implantação do Plano devem ser os

programas de treinamento específico para os diferentes agentes e atores que fazem

parte da gestão e do gerenciamento dos RSS, que devem incluir programas de

sensibilização e inserção dos atores envolvidos e treinamentos técnicos e operacionais

para as diferentes etapas da gestão e gerenciamento dos RSS.

Programas de Comunicação deverão, obrigatoriamente, estar alinhados com as ações

de capacitação. As atividades de comunicação devem ter como objetivo informar,

sensibilizar e engajar as partes interessadas, de acordo com as diversas formas de

interação que cada grupo tem com a questão dos resíduos. Essas campanhas devem

ser planejadas de acordo com o público a ser alcançado, o território em que estão

inseridos e as soluções adotadas. Para sensibilizar o público em geral, podem ser

usadas campanhas de rádio e TV, anúncios e editoriais em jornais e web, sejam eles

pagos ou propagados pelo conteúdo jornalístico, uma vez que se trata de tema de

interesse público. É fundamental que essas ações sejam repetidas em intervalos de

tempo definidos e que mantenham canais de diálogo para que haja um envolvimento

constante das partes interessadas.

6.3 AÇÕES DE INSERÇÃO DE AGENTES

Um programa de inserção dos agentes envolvidos com a gestão e gerenciamento dos

RSS será desenvolvido em etapas com suporte de um efetivo sistema de comunicação.

Na primeira etapa o Órgão Público fará uma listagem de identificação de todos os

agentes (órgãos públicos, geradores, transportadores, tratadores e reponsáveis pela

disposição final) envolvidos na cadeia de gestão e gerenciamento destes resíduos,

chegando ao detalhe de todas as categorias. Além destas informações, deverão ser

identificados, ainda, os Responsáveis para a elaboração e implantação do PGRSS nos

diferentes ES da RMBH e CM, tal responsável deve apresentar a Anotação de

Responsabilidade Técnica – ART ou Certificado de Responsabilidade Técnica (RDC

ANVISA 306/04) e, também, os ES que gerem rejeitos radioativos e que contem com

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profissionais devidamente registrados pela CNEN nas áreas de atuação

correspondentes, conforme a Norma NE 6.01 ou NE 3.03 da CNEN.

A partir desta listagem de identificação será gerada uma planilha caracterizando as

responsabilidades e atribuições desempenhadas por esses agentes. O sistema de

comunicação fará uma ampla divulgação dessa planilha estudando a melhor estratégia

para que todos acessem essas informações.

A segunda etapa poderá ser desenvolvida com foco em um sistema participativo onde

os agentes poderão ser consultados, possívelmente, em um procedimento amostral,

sobre a realidade e viabilidade das responsabilidades e atribuições identificadas para

sua categoria. Avaliará ainda as lacunas de conhecimento ou formação que podem

ocorrer no cumprimento dessas responsabilidades e atribuições.

A partir dessa etapa será construído o programa de capacitação e formação específicos

para a inserção dos agentes da gestão e gerenciamento dos RSS, compondo o

programa de educação ambiental do sistema, inclusive com as ações que podem ser

realizadas por agentes privados, considerando o previsto pela Resolução RDC ANVISA

306/2004.

Esta etapa de educação contínua independentemente do vínculo laboral existente, deve

contemplar como mínimo os seguintes temas:

Noções gerais sobre o ciclo da vida dos materiais.

Conhecimento da legislação ambiental, de limpeza pública e de vigilância

sanitária relativa aos RSS.

Definições, tipo e classificação dos resíduos e potencial de risco do resíduo.

Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento.

Formas de redução da geração de resíduos e reutilização de materiais.

Conhecimento das responsabilidades e tarefas.

Identificação das classes de resíduos.

Conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta.

Orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI e

Coletiva – EPC.

Orientações sobre biossegurança (biológica, química e radiológica).

Orientações especiais e treinamento em proteção radiológica quando houverem

rejeitos radioativos.

O Programa como um todo terá metas específicas que serão acompanhadas por

indicadores operacionais (em relação às etapas do Programa), bem como por

indicadores de alcance do nível de absorção dos conceitos.

6.4 AÇÕES DE PREVENÇÃO

A prevenção na produção de resíduos é fundamental para a proteção da população,

recursos naturais e meio ambiente. Prevenir a produção de resíduos, reduzir o grau de

perigo ou minimizar os impactos dos resíduos gerados, tomando decisões sobre a

concepção e fabricação dos produtos, é a forma mais eficiente para evitar os danos ao

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meio ambiente causados pela geração e gerenciamento inadequado dos resíduos - "o

melhor resíduo é o que não é gerado”. Ressalta-se contudo, que no caso dos RSS o

uso de descartáveis pode ser a alternativa aplicada nos ES para, inclusive, evitar

infecção hospitalar.

Além disso, a prevenção tem consequências positivas no campo econômico tanto para

os produtores, fornecedores de bens e serviços, como para os consumidores e usuários.

Neste sentido, é fundamental o papel das Administrações Públicas, tanto no

desempenho das suas funções de proteção do ambiente, como no papel de dirigir uma

economia mais eficiente, próspera e socialmente inclusiva.

Para as administrações, a prevenção é uma grande oportunidade para integrar políticas

de diferentes campos - industrial, de investigação, desenvolvimento e inovação,

consumo, gestão e gerenciamento de resíduos e educação, principalmente - e permite

otimizar os investimentos públicos nesta área.

Há múltiplas atividades de prevenção que vão desde o desenho de produtos para que

sejam facilmente reparados e não contenham substâncias nocivas, até aqueles que

asseguram a disponibilidade de serviços adequados para a reparação e reutilização de

bens duráveis prolongando sua vida útil. Algumas medidas podem ser postas em prática

mais facilmente que outras, no entanto, podem exigir mudanças nos hábitos de

consumo ou no desenho de processos de produção.

De acordo com Brasil (2013a), dentro das ações preventivas a serem realizadas por

organismos públicos estão:

1. Definir a Vigilância Sanitária como uma referência técnica para o gerenciamento

dos RSS.

2. Estabelecer as parcerias de Vigilância Sanitária como órgãos de auditoria com

entidades de representação profissional na área da saúde.

3. Estabelecer medidas de monitoramento e controle regulares, acompanhados de

processos de formação sobre a necessidade do rigor no trato e construção de

dados confiáveis de RSS em nível municipal.

4. Definir o papel do servidor público como uma referência técnica para o RSS, por

isso deverá existir uma formação de excelência para estes agentes.

5. Incentivar a criação do cargo de oficial específico, responsável pela integração,

formação e supervisão na gestão dos RSS.

6. Implementar um sistema de entrega voluntária de medicamentos expirados nos

estabelecimentos de saúde, centros de saúde, farmácias, etc., preparando sua

recepção, acondicionamento e logística de destinação adequada compatível com o

Acordo Nacional Setorial em andamento.

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7. Estabelecer procedimentos específicos para a gestão dos resíduos gerados pelas

equipes do Programa Saúde da Família - PSF2 ( Deve-se também incluir aqueles

resíduos oriundos dos trabalhos de Home Care).

Além disso, PPIAF (2007) descreve algumas recomendações concretas sobre as ações

a serem realizadas a nível da prevenção na geração de RSS.

1. Encontrar soluções para parcerias inerentes às peculiaridades locais em termos de

caracterização dos RSS gerados nos diversos ES, perfil socioeconômico, mapa de

concentração de geração por volume e tipo.

2. Estabelecer programas que incentivem de forma permanente a segregação na fonte

geradora dos RSS, devidamente identificados e enquadrar os novos parâmetros de

coleta e pontos de entrega.

3. Promover o estabelecimento de metas de recuperação das frações do grupo D nas

operações de segregação na origem.

4. Desenvolver sistema de cobrança, taxas ou tarifas que desencorajem a disposição

em aterro sanitário: aumentar, progressivamente, o preço de disposição dos RSS,

grupo D, em aterros sanitários.

a. (Outras considerações diferenciadas sobre este tema apontam: o preço

da disposição em aterros sanitários deve ser o preço justo pois

aumentando o preço pode ficar atraente migrar para incineração. O que

deve ser focado é a segregação na origem e encaminhamento correto

dos recicláveis para reduzir a geração de resíduos do grupo D).

5. Criar uma rede de coleta de medicamentos fora do prazo de validade nos

estabelecimentos de saúde e farmácias da RMBH e CM.

6. Desenhar um programa de fechamento e recuperação de áreas inadequadas

de disposição de RSS.

7. Promover e realizar campanhas anuais sobre a limpeza e fiscalização de áreas

de disposição inadequada de RSS nos municípios da RMBH e CM.

(Complementações para este tema indicam a aplicação de punição exemplar

quando identificado o infrator).

8. Incentivar a inclusão, pela administração pública, em todos seus processos

licitatórios e/ou contratos de gestão e de práticas de minimização na geração por

meio da logística reversa de resíduos, embalagens e medicamentos.

9. Incentivar, nos Estabelecimentos de Saúde, a adoção de boas práticas no

desenvolvimento de suas atividades geradoras.

2A implantação do PSF tem como objetivo geral “melhorar o estado de saúde da população, mediante a

construção de um modelo assistencial de atenção baseado na promoção, proteção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação da saúde em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS e dirigidos aos indivíduos, à família e à comunidade”. http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v10n1/04.pdf

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10. Ajudar ou subsidiar os pequenos estabelecimentos públicos de saúde na

aquisição de contêineres, sacos, recipientes para o acondicionamento de RSS

para que se adaptem às exigências mínimas necessárias para promover a

segregação e consequente redução na geração.

11. Promover os benefícios fiscais para a reutilização e a reciclagem dos RSS que,

por sua próprias características assim o permitam.

12. Criar incentivos, tais como atribuição de prêmios de natureza pública (municipal

ou estadual) para as melhores práticas empresariais de gestão e gerenciamento,

a minimização e reciclagem.

13. Incentivar a implementação e certificação de sistemas de gestão ambiental por

meio da norma ISO 14001 ou semelhantes. A certificação poderia entrar como

premissa para a participação em processos licitatórios ou de contratação direta

atribuindo maior pontuação para as empresas que tenham esses certificados.

14. Encorajar o desenvolvimento de guias práticos sobre a prevenção da geração

de RSS, informando aos grandes e pequenos geradores sobre as melhores

práticas de gestão e gerenciamento.

15. Incentivar o repasse de informação e capacitação da população sobre a gestão

e gerenciamento adequado dos RSS, com vista a evitar a eliminação em áreas

inadequadas, possibilitando a participação do cidadão nas ações de fiscalização

em âmbito local.

16. Fomentar ações “modelo”, como por exemplo: a utilização de medicamentos

com embalgem e envoltórios reduzidos.

6.4.1 Ações de prevenção nas infraestruturas de gerenciamento

Compete às entidades públicas implementar ações nas suas infraestruturas, tais como:

1. Promover as regras para a implementação de ambientes exclusivos para o manejo

e armazenamento de RSS dentro das instalações de transbordo (se necessário) e

tratamento (UTDF).

2. Fazer cumprir as regras para estruturas físicas das áreas de acondicionamento,

armazenamento e transbordo, elaborados junto aos códigos de obra (que contém

especificações de materiais, dimensionamento mínimo, distância de outros

serviços, sistemas de segurança, etc.).

3. Verificar o cumprimento das normas para a implementação de instalações seguras

(confinados e fechados) para armazenamento e abrigo, interno e externo, dos

resíduos infectocontagiosos nos locais de geração.

6.4.2 Ações para comunicação

A comunicação é um dos pilares fundamentais para que o Plano seja compreendido e

desenvolvido por todos os agentes. Para o sucesso das ações previstas, os Órgãos

públicos podem promover ações de comunicação, tais como:

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1. Divulgar aos usuários dos serviços de saúde e à população os cuidados

necessários com os resíduos gerados pelos RSS e os procedimentos adequados

para cada grupo e subgrupo.

2. Divulgar de forma permanente à sociedade e aos geradores de RSS (farmácias,

hospitais, clínicas, consultórios, etc.) a importância da segregação no local de

geração dos resíduos infectantes e dos resíduos comuns gerados por cada tipo

de atendimento à saúde humana e animal.

3. Implantar mecanismos de acesso ao conhecimento sobre os RSS, cursos de

capacitação sobre o manejo, sobre a importância do uso de EPI´s, etc.

4. Promover uma “semana da saúde” com programação específica sobre o tema e

atividades diversas, tais como, seminários, fóruns de discussão, oficinas, mesas

redondas, visitas técnicas e sensibilização para a importância de todas as etapas

do Gerenciamento de RSS.

5. Envolver entidades relacionadas aos RSS em eventos públicos que abordem a

aplicabilidade das normas e condutas vigentes para a eficiência da gestão e do

gerenciamento dos RSS.

6. Promover e viabilizar cursos de capacitação relacionados as etapas de

gerenciamento de RSS, em módulos diferentes e com conteúdo específico a

cada etapa do gerenciamento, incluindo certificado a ser emitido pelo órgão

licenciador e fiscalizador.

Vale mencionar que todo novo plano precisa de um planejamento para execução das

ações previstas e objetivos propostos. Estas devem ser levadas para discussão junto

com a sociedade em espaços abertos para o recebimento de contribuições e sugestões

de modo que as novas condutas sejam reconhecidas e respeitadas por todos. Sendo

assim, deve-se considerar um período inicial de comunicação permanente para que os

novos conceitos sejam assimilados. Posteriormente, a comunicação deve ser feita de

forma contínua para reforçar os conceitos sobre a gestão e gerenciamento dos RSS.

6.5 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO ADEQUADA

No caso das atividade de valorização e de disposição adequada, cabe aos órgãos

públicos:

1. Avaliar e promover o uso de resíduos do grupo D separados na origem como

matéria-prima para a fabricação de novos produtos, tais como vidro, papel, papelão,

PED, etc.

2. Avaliar e promover a reciclagem de alguns resíduos do grupo B, como

medicamentos, por meio da implantação de pontos de coleta nas unidades de

saúde, farmácias e estabelecimentos licenciados.

3. Manter a informação atualizada sobre os insumos da logística reversa via MMA.

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4. Adaptar as ações municipais para as metas e procedimentos definidos no Plano.

5. Manter a informação atualizada sobre as instalações existentes e legalizadas na

RMBH e CM, para tratamento e eliminação controlada dos RSS.

6. Incentivar iniciativas de integração de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis em cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de

materiais reutilizáveis e recicláveis.

6.6 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

Dentro das ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação a serem implementadas

por órgãos públicos com apoio dos organismos privados, são recomendadas as

seguintes ações:

1. Apoiar o organismo público para a criação de um banco de dados com informações

relevantes sobre áreas de disposição inadequada na RMBH e CM, que permita a

inclusão das características do local e a avaliação do potencial de adequação para

a implantação de Unidades de Tratamento e Disposição Final de RSS nas suas

proximidades.

2. Incentivar projetos pilotos de pesquisa, inovação e desenvolvimento em parceria

com órgãos públicos, com outros países, empresas nacionais e multinacionais, com

o objetivo de testar novas tecnologias ou desenvolver pesquisas para explorar

novos horizontes no tratamento de RSS.

Além do acima exposto, podem incluir ações destinadas ao desenvolvimento de acordos

com o setor privado (fornecedores) para incentivar a logística reversa de alguns dos

resíduos do grupo B (produtos químicos), reduzindo assim o volume de resíduos para

tratamento ou disposição final.

6.7 AÇÕES DE MONITORAMENTO

Uma das estratégias mais importantes a considerar, para o correto acompanhamento

das diversas tarefas propostas no Plano, é o monitoramento e a avaliação de

desempenho de cada uma das ações a serem desenvolvidas, que permite orientar a

tomada de decisão e garantir que estas ações sejam implementadas e continuamente

revalidadas. Isto promoverá uma maior responsabilidade de gestão por parte dos

diferentes agentes envolvidos, bem como a transparência e a qualidade da mesma.

As ações de Monitoramento têm um papel de destaque nas atividades relacionadas ao

processo de gestão e de gerenciamento, que visam fomentar o controle da informação

para a tomada de decisão.

Para realizar o monitoramento periódico, foi proposto um modelo utilizando duas

matrizes. A primeira permite monitorar o desempenho estadual de forma global (nível

central), e a segunda, permite verificar o desempenho a partir de suas unidades

constituintes - municípios (nível local). Cada matriz foi elaborada com a seguinte

estrutura:

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Pag. 61

Componente: atributo utilizado para medir as atividades de gestão e

gerenciamento realizadas.

Indicadores: avaliação do fator quantitativo e qualitativo utilizado para

representar o critério relacionado.

Objetivo: conseguir; manter; melhorar.

Fonte de informação: local onde os dados poderão ser coletados/reunidos.

Forma de cálculo: descrição do método utilizado.

Padrão/Meta: valor de referência para cada indicador.

No processo de seleção dos indicadores se utilizou o conceito "traçador", proposto por

Kessner (1973) e adaptado para os objetivos do presente documento. Além disso, foram

selecionados os indicadores com o objetivo de estabelecer um método simples, rápido

e útil para facilitar a comunicação entre os diferentes atores envolvidos na tomada de

decisão, conforme indicado por TAMAKI (2012).

Quadro 7 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito Consórcio – Nível Central.

INDICADOR OBJETIVO FONTE DE

INFORMAÇÃO FORMA DE CÁLCULO

PADRÃO/META

Componente: Gestão Financeira

Subcomponente: Execução financeira

% de recursos executados destinados ao Plano.

Identificar a capacidade de execução dos recursos previstos em orçamento

Setor de finanças da Secretaria Executiva do Consórcio de Gestão de RSS

Recursos executados (em R$) até o trimestre avaliado/total de recursos (em R$) no ano corrente x 100

> 80% anual

Componente: Fortalecimento da capacidade institucional

Subcomponente: Gestão do pessoal

% de municípios que tenham um profissional especializado em vigilância sanitária

Verificar a qualificação dos gestores no âmbito municipal

Consórcio

Nº de gestores de vigilância em saúde com especialização / total de municípios x 100

> 60%

Componente: Articulação

Subcomponente: Articulação entre os agentes envolvidos no processo

Número de reuniões entre os agentes envolvidos no processo

Incentivar o processo de diálogo e de extrapolação de experiências particulares

Ata das reuniões Número absoluto 1 no trimestre

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Pag. 62

INDICADOR OBJETIVO FONTE DE

INFORMAÇÃO FORMA DE CÁLCULO

PADRÃO/META

Subcomponente: Articulação entre a Entidade superior e Municípios

% de municípios > 50 mil habitantes com grupo técnico – GT

Fortalecer estratégias de ação conjuntas

Consórcio

Número de municípios > 50 mil habitantes com GT em funcionamento / total de municípios > 50 mil hab. X 100

100%

Componente: Informação e Comunicação

Subcomponente: Divulgação

% de municípios que recebem sobre informação sobre o PGRSS > 90%

Verificar a qualidade da informação

Consórcio

Nº de municípios com cobertura > 90% / total de municípios x 100

> 90% primeiro ano 100 % a partir do segundo ano

Componente: Meio Ambiente

Subcomponente: Vigilância ambiental

% de ES que realizam pelo menos análise da qualidade da água para os parâmetros de coliformes totais

Monitorar a qualidade da água, para o parâmetro coliforme total, de acordo com a Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano

Relatórios de controle

N º de amostras de coliformes totais realizadas pela vigilância até o trimestre/total de amostras de coliformes totais preconizadas pela Portaria nº

Portaria MS n.°

518/2004

> 35%

% de ET que realizam análise e controle das águas

Monitorar a qualidade das águas subterrâneas

Relatórios de controle

Nº de ET que realizam o controle / total de ET

100%

Controle ambiental de UTDF de forma trimestral

Monitorar a qualidade das águas subterrâneas e emissões à atmosfera

Consórcio / FEAM

Número absoluto 100%

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2015.

i. Identificar as estratégias de intervenção mais adequadas.

ii. Avaliar as estratégias marcadas.

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Pag. 63

iii. Transmitir as informações.

Destaca-se a importância do papel nesta fase por parte do diretor da entidade

responsável, como um facilitador para mobilizar o pessoal e incentivar discussões de

forma democrática e participativa entre as diferentes entidades envolvidas.

Quadro 8 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito municipal – Nível Local.

INDICADOR OBJETIVO FONTE DE

INFORMAÇÃO FORMA DE CÁLCULO

PADRÃO/META

Componente: Gestão Financeira

Subcomponente: Execução financeira

% de recursos executados destinados ao Plano.

Identificar a capacidade de execução dos recursos previstos em orçamento

Setor de finanças da Secretaria Municipal de Saúde

Recursos executados (em R$) até o trimestre avaliado/total de recursos (em R$) no ano corrente x 100

> 80% anual

Componente: Fortalecimento da capacidade institucional

Subcomponente: Gestão do pessoal

% de municípios que tenham um profissional especializado em vigilância sanitária

Verificar a qualificação dos gestores da vigilância sanitária de no âmbito municipal

Consórcio

Nº de gestores de vigilância em saúde com especialização / total de municípios x 100

> 60%

Componente: Articulação

Subcomponente: Articulação entre os agentes envolvidos no processo

Número de reuniões entre os agentes envolvidos no processo

Incentivar o processo de diálogo e de extrapolação de experiências particulares

Ata das reuniões Número absoluto 1 no trimestre

Subcomponente: Articulação entre a Entidade superior e Municípios

% de municípios > 50 mil habitantes com grupo técnico – GT

Fortalecer estratégias de ação conjuntas

Consórcio

Número de municípios > 50 mil habitantes com GT em funcionamento / total de municípios > 50 mil hab. X 100

100%

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Pag. 64

INDICADOR OBJETIVO FONTE DE

INFORMAÇÃO FORMA DE CÁLCULO

PADRÃO/META

Componente: Informação e Comunicação

Subcomponente: Divulgação

% de municípios que recebem sobre informação sobre o PGRSS > 90%

Verificar a qualidade da informação

Consórcio

Nº de municípios com cobertura > 90% / total de municípios x 100

> 90% primeiro ano 100 % a partir do segundo ano

Componente: Meio Ambiente

Subcomponente: Vigilância ambiental

% de ES que realizam pelo menos análise da qualidade da água para os parâmetros de coliformes totais

Monitorar a qualidade da água, para o parâmetro coliforme total, de acordo com a Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para consumo humano

Relatórios de controle

N º de amostras de coliformes totais realizadas pela vigilância até o trimestre/total de amostras de coliformes totais preconizadas pela Portaria nº 2.914/2011

> 35%

% de ET que realizam análise e controle das águas

Monitorar a qualidade das águas subterrâneas

Relatórios de controle

Nº de ET que realizam o controle / total de ET

100%

Controle ambiental de UTDF de forma trimestral

Monitorar a qualidade das águas subterrâneas e emissões à atmosfera

Consórcio / FEAM

Número absoluto 100%

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2015.

Além das ações de monitoramento, é necessário, considerar ferramentas como

indicadores de desempenho de âmbito local e específico, tal como descritos no Produto

05 (IDP-FR, 2015). Os indicadores de desempenho operacional e ambiental

relacionados com a gestão dos RSS em termos quantitativos, qualitativos, econômicos

e financeiros, são:

Taxa de acidente com resíduos perfurocortantes.

Variação na geração de resíduos.

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Pag. 65

Variação na proporção de resíduos do grupo A, B, D, E em relação ao total de

resíduos gerados.

Variação da porcentagem de reciclagem em relação ao total de resíduos

gerados.

Além disso, as bases para a utilização de diferentes indicadores ou ferramentas de

monitoramento baseiam-se em: (i) a participação das partes interessadas, (ii) diálogo

permanente, (iii) compromisso, (iv) responsabilidade, (v) transparência e (vi) a prestação

de contas.

A utilização de métodos participativos deve ser parte de todo o processo, desde o

desenvolvimento dos instrumentos de controle, até a análise e interpretação dos

indicadores, realizados em conjunto entre as entidades superiores / municípios e ES

nas reuniões / sessões de acompanhamento mensal / trimestral / semestral ou anual.

De acordo com Brasil (2013a) no âmbito do mecanismo de acompanhamento e controle

(auditoria) para a gestão adequada dos resíduos, temos:

1. Construir informações sistematizadas ou agrupadas em bancos de dados, a fim

de gerar um diagnóstico preciso da situação dos resíduos ao decorrer do tempo,

para construir sua evolução histórica.

2. Criação de sistemas de informação com banco de dados e cadastro de empresas

que prestam serviços ambientais.

3. Estabelecer corpo estável de fiscais em parceria com a Vigilância Sanitária.

4. Poder público municipal deverá montar equipe técnica com o papel de instruir

sobre as mudanças de procedimentos de cada tipologia de resíduo, além de

fiscalizar a execução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Serviços de Saúde, por intermédio da gestão da informação e novas tecnologias.

5. Fazer cumprir normas e leis quanto aos usos de EPI e veículos específicos.

6. Implantar um sistema de Controle de Transporte de Resíduos para os RSS.

7. Implantar rotina de acompanhamento: das empresas geradoras; das

transportadoras; das empresas de tratamento e as de disposição final dos

resíduos.

8. Promover preparo e treinamento; acompanhamento; conhecimento adequado

sobre descarte de RSS.

9. Promover auditorias em conjunto com órgão ambiental estadual.

10. Formar e estruturar banco de dados dos RSS.

11. Implantar a observação analítica nos processos de gestão de RSS nas unidades

e órgãos; promover a integração dos funcionários para com os procedimentos

de manipulação, separação, acondicionamento, armazenamento, transporte,

etc.

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Pag. 66

O Poder público municipal deverá montar equipe técnica responsável por instruir sobre

as mudanças de procedimentos de cada tipologia de resíduo, além de fiscalizar a

execução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por intermédio da gestão

da informação e novas tecnologias.

6.7.1 Sistema de controle eletrônico de resíduos de serviços de saúde

Para garantir uma fiscalização mais eficaz para a correta gestão e gerenciamento dos

RSS, existem ferramentas no mercado, que são mostradas como alternativas para o

controle de alta tecnologia, chamadas HOSPITALAR-ONLINE.

Este sistema permite monitoramento e rastreabilidade ao longo do processo, permitindo

que o organismo público gerencie eletronicamente todos os pontos, desde a coleta de

resíduos no ES até a entrega no destino final e/ou tratamento adequado, bem como a

sua quantificação individual. Todo o processo é acompanhado em tempo real, sendo

possível que o gerador receba via Internet todos os recibos de tratamento e disposição

dos RSS.

O Consórcio dos RSS deve implementar um sistema de informação relevante e oportuno

por meio do qual seja possível extrair os custos reais dos serviços de gestão e

gerenciamento dos resíduos gerados nas diferentes áreas.

O sistema de informação poderá registrar os custos dos serviços prestados, assim como

os custos relacionados às campanhas de educação ambiental, custos de supervisão,

fiscalização e controle. Também serão registrados as receitas por direitos de exploração

e outros.

6.7.1.1 Experiências similares

O último mês de Junho de 2015, a secretaria de serviços públicos de Jundiaí

implementou um sistema de Controle Eletrônico dos Resíduos Hospitalares, dado que,

Jundiaí é um dos poucos municípios que se responsabilizam diretamente pela coleta,

tratamento e disposição de resíduos de saúde.

O serviço opera um total de 791 estabelecimentos cadastrados na Prefeitura de Jundiaí,

entre os quais estão: centros de tatuagem, Unidades Básicas de Saúde (UBS),

hospitais, clínicas veterinárias, laboratórios de prótese dentária e podólogos, entre

outros.

Com a implementação deste sistema, será possível para a prefeitura realizar o

monitoramento e rastreamento de todo o processo, a partir da coleta de resíduos em

cada ES até o acompanhamento da entrega no seu destino final. Todo o processo pode

ser acompanhado em tempo real e o proprietário do ES, via Internet, tem acesso a todos

os recibos de tratamento e eliminação dos resíduos, sendo que, tais comprovantes

poderão ser apresentados a todos os organismos estatais que os exijam, sem requerer

trâmites burocráticos.

Além disso, outro dos benefícios esperados para a prefeitura de Jundiaí com a

implementação deste sistema está relacionado ao âmbito econômico. Hoje em dia, os

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custos de coleta, transporte e disposição final de resíduos domésticos estão entre

R$125 a R$130 por tonelada e a mesma quantidade de RSS gerará uma despesa de

R$3.000 (JJ3, 2015).

Em nível nacional, existem outras experiências na implementação da tecnologia RFID

para rastreamento e monitoramento da gestão dos RSS, como são (Carvalho, M.A,

2014) e (André L, Falanfo D. 2015):

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

(HCFMRP USP).

Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

3Artigo públicado pelo diário JJ, “Sistema eletrônico vai garantir controle dos resíduos de saúde” em maio de 2015. http://www.jj.com.br/noticias-15657-sistema-eletronico-vai-garantir-controle-dos-residuos-de-saúde

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7 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS DEMAIS

AGENTES PRIVADOS

Uma vez identificados os agentes privados que direta ou indiretamente estão envolvidos

nas atividades de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde com

responsabilidade solidária aos demais atores, nota-se que existe uma coincidência nas

ações que podem ser implementadas para garantir a efetividade da fiscalização e

monitoramento, prevenção, valorização e disposição e pesquisa, desenvolvimento e

inovação com as ações dos agentes públicos.

Ressalta-se que aos agentes privados a realização destas ações poderá ser limitada ou

estimulada pelas peculiaridades existentes no âmbito da dinâmica econômica,

regulatória e legal do setor privado.

As leis, normas e orientações técnicas da ANVISA, CONAMA e ABNT, dentre outras,

se aplicam a todos os ES independente do setor proveniente, público ou privado. As

diferenças entre a forma de execução de ações de melhoria contínua por um sistema

público e por um sistema privado se concentram, principalmente, na disponibilidade de

recursos e no nível de abrangência do serviço.

7.1 AÇÕES DE PREVENÇÃO

As ações preventivas a serem empreendidas por agentes privados (gerador privado)

são as seguintes (Brasil, 2013a):

1. Promover chamada pública para que as empresas do setor de serviços de saúde

treinem as suas equipes para o gerenciamento adequado dos RSS (farmácias,

hospitais, clínicas veterinárias, etc.) e a importância de segregar rigorosamente os

resíduos infectantes e biológicos dos resíduos comuns nestes serviços.

2. Oferecer CADRI4 – Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse

Ambiental coletivo para atender associações profissionais.

3. Promover a criação do cargo da função específica, responsável pela integração,

formação e monitoramento da gestão dos RSS.

4. Valorizar a importância e promover o papel das comissões de controle de infecções

em matéria de gestão dos RSS no ES.

4O CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) é um documento emitido pela CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) que aprova o encaminhamento de resíduos de interesse ambiental a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final.http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/334573/O-que-Cadri-e-qual-a-sua-utilidade

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5. Implementar sistemas de entrega voluntária de medicamentos vencidos nas

unidades de saúde, preparando sua recepção, armazenagem e logística de

destinação adequada coerente com o Acordo Setorial Nacional5.

6. Estabelecer procedimentos para resíduos gerados por serviços de assistência

domiciliar (home care6).

7. Envolver associações profissionais na gestão de RSS.

De acordo com Brasil (2013), dentro das ações concretas a serem executados pelos

agentes privados no campo da prevenção, estão:

1. Planejar e implementar uma coleta seletiva que avance com relação a existente,

estudando as rotas atuais de coleta e transporte com o objetivo de otimizar as rotas

e volume de coleta de RSS, levando em conta fatores como nível socioeconômico,

mapa de concentração de geração (ES), entre outros.

2. Desenvolvimento da disposição legal que estabelece a forma mais justa de

cobrança pelos serviços de manejo de RSS, com diferenciação entre os pequenos,

médios e grandes geradores, bem como os tipos de resíduos gerados.

3. Estabelecer programas que incentivem de forma permanente a segregação na fonte

geradora, dos diferentes grupos de resíduos devidamente identificados e enquadrá-

los nos novos parâmetros de coleta e pontos de entrega.

É importante que os agentes privados estabeleçam um vínculo de comunicação

constante com entidades públicas como a ARMBH, para coordenar sobre outras

eventuais ações, no domínio da prevenção a serem desenvolvidas durante a

implementação do Plano (melhoria contínua).

7.2 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA

Dentro das ações de recuperação e eliminação controlada, estão:

1. Constituir ou ampliar as equipes técnicas para os processos de valorização (se

aplicável) e eliminação controlada de RSS, considerando que os Estabelecimentos

de Saúde deveriam dispor de equipes técnicas com formação e, portanto, a

habilitação necessária para permitir o desenvolvimento de tais tarefas.

5O Comitê Orientador para Implantação dos Sistemas de Logística Reversa (CORI) aprovou o edital de chamamento para elaboração de acordo setorial que irá implantar o sistema de logística reversa de resíduos de medicamentos, em reunião realizada no último dia 8 de agosto. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos e foi proposta após dois anos de estudo e discussão no âmbito do Grupo de Trabalho Temático – GTT de Medicamentos, coordenado pela Anvisa e Ministério da Saúde. http://portal.anvisa.gov.br/ 6Resíduos sólidos de serviços de saúde na assistência domiciliar (home care). http://www.dominiopúblico.gov.br/pesquisa/Detal

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2. Aprofundar a valorização de resíduos de medicamentos por meio da produção de

CDR7, tomando como refêrencia a experiência nesta área desenvolvida pela

empresa BIOTRAN na Espanha, que por meio de um processo de classificação dos

medicamentos, obtêm ao final do ciclo da recuperação de frações recuperáveis de

energia, como: Blister, recipientes com resíduos de medicamentos não perigosos e

resíduos de medicamentos líquidos (BIOTRAN-SIGRE, 2014).

3. Promover a eliminação controlada dos RSS em aterros sanitários e células de

disposição especial, por meio de campanhas de informação com a colaboração do

consórcio de gestão de RSS e a ARMBH.

7.3 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

Dentro das ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação a serem implementadas

por organismos privados, são apresentadas as seguintes:

1. Apoiar o organismo público na criação do banco de dados com informações

relevantes sobre lixões atuais na RMBH e CM, para fazer uma descrição das

características atuais do local e avaliar o potencial de adequação para a

implantação de Unidades de Tratamento e Disposição Final de RSS.

2. Procurar o fechamento de parcerias e Projetos piloto de P+D+I com órgãos

públicos, com outros países ou empresas nacionais e internacionais, com o objetivo

de testar novas tecnologias ou desenvolver estudos de investigação para explorar

novos horizontes no tratamento de RSS.

Para qualquer uma das tecnologias ou investigações a serem testadas ou

desenvolvidas, é importante levar em conta os padrões estabelecidos pelo órgão

de controle ambiental a nível de emissões de efluentes líquidos e gasosos,

buscando sempre que seja viável em termos da economia local.

Neste sentido, existem tecnologias como o plasma que atualmente está

potencializando a sua aplicação no tratamento de RSS, com mais vantagens do

que desvantagens e um horizonte temporal de médio a longo prazo, pode ser uma

opção válida para todo o tratamento dos RSS.

3. Por serem mais expostos aos possíveis inconvenientes no gerenciamento diário de

RSS, eles deveriam apoiar o organismo público para incentivar a logística reversa

de alguns dos resíduos do grupo B (produtos químicos), diminuindo assim o volume

de resíduos para tratamento ou eliminação.

4. Priorizar o uso de produtos cujo ciclo de vida permita que eles sejam reutilizados

ou recuperados como subprodutos ou matérias-primas (caso de recipientes de

armazenamento de RSS como contêineres, etc.).

CDR – Combustivel derivado de resíduos: temo que se aplica aos materiais com um alto poder calorífico que podem ser utilizados como combustível em fabricas de cimento ou centrais elétricas desde que

devidamente licenciadas. http://www.titech.es/waste-sorting/combustible-derivado-de-10706

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5. Promover ações a nível de ecoeficiência como uma ferramenta para reduzir a

geração de RSS dos ES e Unidades de Tratamento e Disposição Final de resíduos,

uma vez que no processo de atendimento aos pacientes por parte dos ES, serviços

como água e eletricidade são usados constantemente, gerando efluentes líquidos

que precisam ser tratados e consumos constantes de eletricidade (SILVEIRA, C.,

2005).

Em um programa de ecoeficiência a formação dos profissionais é fundamental,

tendo em vista que um dos instrumentos chave na ecoeficiência é o treinamento e

conscientização dos técnicos sobre a influência dos procedimentos para minimizar

a geração de efluentes e resíduos sólidos.

7.4 AÇÕES DE MONITORAMENTO

As ações de monitoramento tem como objetivo o controle sobre as atividades de gestão

e gerenciamento de resíduos, transporte e geradores. Por outro lado, terão a

responsabilidade de atuar frente à administração de possíveis reclamações e quaisquer

outros tipos de processos apresentados pela população, empresas e diversos órgãos.

Essas ações de monitoramento incluem:

1. Inspeções periódicas aos Estabelecimentos de Saúde, instalações de transbordo e

tratamento, verificando a documentação de resíduos, tais como: registro de

entrada/saída, documentos de acompanhamento, controle e peso de contêineres

(se aplicável), etc.

Nos Estabelecimentos de Saúde e Instalações de Tratamento, devem ser

verificadas as áreas de armazenamento de RSS, tendo em conta as quantidades

de resíduos armazenados, condições do local, temperaturas, etc.

Verificação do registo gráfico e numérico dos distintos ciclos de tratamento, os

tempos por etapas, temperatura, emissões, resíduos, etc.

2. Controle do transportador em colaboração com as entidades públicas relacionadas

a essas tarefas.

De acordo com Bahia (2007), algumas ações monitoramento por agentes privados, são

descritas abaixo:

1. Acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos financeiros provenientes de

transferência regular e automática (fundo a fundo) e acordos.

2. Coordenar e monitorar o processo de cadastramento dos Estabelecimentos

Assistenciais de Saúde, independentemente da complexidade dos serviços.

3. Promover a capacitação técnica por meio da educação continuada.

4. Acompanhar, monitorar e avaliar a programação, produção e faturamento dos

estabelecimentos de saúde, hospitais e ambulatórios.

De forma complementar, são propostas as seguinte ações a serem realizadas pelos

agentes privados no monitoramento.

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1. Implementação de sistemas de gestão ambiental: os agentes privados devem ter

certificadas as suas atividades e serviços em sistemas de gestão ambiental

(segundo norma ISO 14001 ou similar). As empresas que tenham esses sistemas

certificados poderiam demonstrar a qualidade da sua gestão ambiental e seriam

mais consideradas pelas administrações públicas, melhorando sua imagem pública.

2. Modernizar os instrumentos de controle e supervisão: os agentes privados devem

prestar apoio aos agentes públicos nas tarefas de modernização ou implementação

de tecnologia da informação (cadastro informatizado de geradores, rastreamento

eletrônicos de veículos, fiscalização por meio da análise de imagens aéreas,

implementação de sistema on-line ou RFID, conforme detalhado na seção 5.7.1).

3. Os agentes privados devem estabelecer mecanismos de comunicação com as

autoridades superiores, criando protocolos para manter o feedback das diversas

ações a serem executadas com a administração municipal.

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8 PRIORIZAÇÃO DA SEGREGAÇAO E DA COLETA SELETIVA

A etapa de segregação dos RSS na fonte geradora é de extrema importância

considerando-se que cerca de 70% dos resíduos de RSS pertencem aos resíduos do

Grupo D, portanto o volume anual de resíduos potencialmente recicláveis é alto. A

segregação bem feita possibilita a coleta e o tratamento diferenciados dos RSS, bem

como todos os procedimentos decorrentes até a redução, reutilização e/ou reciclagem

de resíduos.

As diretrizes básicas e o regulamento técnico para o Plano de Gerenciamento de

Resíduos de Serviços de Saúde em Belo Horizonte, estabelecidos no Decreto nº 12.165,

de 15 de setembro de 2005, reforçam e fomentam a segregação na origem.

No Anexo II do referido Decreto, item 2.3, são especificadas diversas informações que

devem constar do PGIRSS referentes à minimização dos resíduos contemplando (i)

formas de minimização (redução, reutilização, recuperação ou reciclagem) dos resíduos

do Grupo B; (ii) formas de minimização de resíduos do Grupo D. Caso existam materiais

com potencial para reciclagem, a orientação aponta para a apresentação do Plano de

Reciclagem dos mesmos, destacando os componentes que serão reciclados, forma de

acondicionamento dos recicláveis, transporte até o armazenamento externo, coleta

seletiva dos recicláveis do local de armazenamento externo até a destinação final e o

destino e utilização dos recicláveis.

É importante ressaltar, que o setor privado deverá estar envolvido diretamente no

desenvolvimento do Plano, assumindo a responsabilidade compartilhada com os ES,

tanto pelo ciclo de vida dos produtos que fornecem como pelo apoio no planejamento e

implementação de ações relacionadas à logística reversa.

8.1 AÇÕES PARA INCENTIVAR A SEGREGAÇÃO NAS FONTES GERADORAS

As ações para promover a segregação em fontes de geração, se centram principalmente

na formação do pessoal envolvido nas tarefas internas de geração e coleta dos RSS

nos Estabelecimentos de Saúde, bem como a transmissão de informações à população

em geral.

8.1.1 Campanhas de informação

Tendo em conta o Planejamento de atividades de educação ambiental, em

conformidade com as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Educação

Ambiental (Lei nº 9.795/99), as campanhas de informação são vitais na transmissão dos

principais conceitos instaurados no Plano de RSS, portanto, é proposta a seguinte

edição de documentos e atividades de informação.

Edição de uma versão resumida do plano de gestão RSS.

Edição de um “Manual de segregação de RSS”.

Campanhas para incentivar a correta segregação dos RSS.

Atividades de comunicação para promover e divulgar os acordos voluntários com

as principais empresas, organizações e associações de catadores da RMBH e CM.

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Campanhas de informação no site do consórcio e da ARMBH, descrevendo as

várias técnicas de coleta e tratamento dos RSS, prós e contras, os riscos potenciais,

etc.

Encontros informativos com a mídia local para relatar os possíveis problemas,

recolher sugestões, opiniões e coordenar as atividades futuras nesta matéria.

Comunicados de imprensa com periodicidade trimestral e fóruns web com o objetivo

de divulgar estudos de investigação, acordos assinados e apresentar os resultados

à população em geral.

Promover através das assessorias de imprensa dos vários municípios, a

abordagem da população em geral, por meio do agendamento de visitas guiadas

das diferentes infraestruturas de gerenciamento de RSS, tais como:

Estabelecimento de Saúde, Estações de Transferência, Unidades de Tratamento e

Disposição Final, Aterros Sanitários e Células de Disposição Especial

8.1.2 Criação de curso de educação profissional e tecnológica para gestor de RSS

Para alcançar uma alta aceitação das propostas no Plano de Gestão de RSS e

especialmente, poder contar no futuro de uma equipe capacitada para a gestão

adequada, acompanhamento e controle das tarefas de gestão intraestabelecimento /

extraestabelecimento dos RSS, é necessário incluir na oferta de cursos de formação

profissional e técnica cursos na área "Técnico de Gestão de RSS", semelhante ao

existente "Técnico em Reciclagem".

Em alternativa, sugere-se a inclusão de módulos explicitamente em "gestão de RSS" na

agenda dos seguintes cursos de educação profissional e tecnológica (PRONATEC8,

2015):

Eixo tecnológico: Ambiente e Saúde.

Técnico em Reciclagem.

Técnico em Controle Ambiental.

Técnico em Meio Ambiente.

Eixo Tecnológico: Infraestrutura.

8.1.3 Treinamento para aplicação prática em matéria de gestão e gerenciamento de

RSS

Com o intuito de promover a não-geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento

prévio, logística reversa e etc. nas unidades geradoras de RSS, de domínio da gestão

municipal (centros de saúde, clínicas, hospitais, etc.), são propostos diferentes

programas de ações contínuas previstas na resolução ANVISA RDC 306/2004.

8 PRONATEC: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. http://pronatec.mec.gov.br/

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Os cursos de formação no domínio da gestão e gerenciamento dos RSS, identificados

no mercado de treinamento no Brasil, são:

A. Curso sobre Gestão de Resíduos dos serviços de Saúde: Ministrado pela

LATEC-UFF9 que visa promover a formação técnica das pessoas nas condutas de

gestão de resíduos de serviços de saúde e elaboração do plano de gestão de

desenvolvimento destes. Alinhado com as normas de biossegurança, segurança no

trabalho, saúde pública e meio ambiente, com foco na implementação organizada

do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, em

conformidade com a legislação CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

Nº 358/2005 e ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC Nº

306/2004.

Este curso está dirigido para profissionais de saúde e demais que desejam adquirir

conhecimento sobre o tema.

O curso em questão dispõe do seguinte temário:

- Saúde Ambiental, Aspectos Legais e relações com a Gestão de Resíduos de

Serviços de Saúde.

- Biossegurança, Saúde e Higiene Ocupacional.

- Introdução ao Sistema de Gestão Integrado (Meio Ambiente, Qualidade e

Saúde e Segurança Ocupacional).

- Definição, Classificação e Manejo dos Resíduos dos Serviços de Saúde.

- Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde –

PGRSS.

B. Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde & Plano de Gerenciamento de

Resíduos – PGRSS: Ministrado pelo Portal dos Resíduos10 destinado a aprofundar

nos paradigmas das questões dos RSS, enfatizando o diagnóstico ambiental para

resolver problemas cotidianos de geração, tais como racionalização do uso de

insumos, redução de resíduos, minimizando a geração, a redução dos impactos

ambientais em conformidade com a legislação aplicável.

Este curso está destinado a funcionários com perfil médico, enfermeiros,

engenheiros, administradores, farmacêuticos, biólogos, etc. Estabelecimentos de

Saúde em geral, Prefeituras, Secretarias de Saúde, Meio Ambiente, órgãos de

fiscalização, indústrias e empresas privadas, etc.

9LATEC é um núcleo de pesquisa avançada de caráter multidisciplinar e supra-institucional ligado ao Centro Tecnológico da Universidade Federal Fluminense.http://www.latec.com.br/P%C3%B3sgradua%C3%A7%C3%A3o/Cursosdeatualiza%C3%A7%C3%A3o/Gest%C3%A3odeRes%C3%ADduosdosServi%C3%A7osdeSa%C3%BAde/tabid/100/Default.aspx 10Empresa do Grupo Ambiance, movidos pelo desafio em promover soluções sustentáveis dentro das companhias no contexto ambiental. http://www.portaldosresiduos.com.br/cursos-gestao-residuos-servicos-saúde.php

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O curso em questão dispõe do seguinte temário:

- Impacto da geração de resíduos sólidos urbanos x resíduos de serviços de

saúde – RSS.

- Aspectos legais e regulamentares aplicáveis aos RSS.

- Conceitos sobre resíduos de serviços de saúde – RSS.

Gerenciamento dos RSS.

Classificação dos RSS via periculosidade.

Fatores de risco x biossegurança.

Princípios da Precaução x Prevenção.

- Gerenciando Resíduos de Serviços de Saúde – RSS.

Gerenciamento x escala de prioridades.

Minimização da geração.

Segregação e Acondicionamento seguro.

Critérios de Armazenamento seguro.

Cuidados no transporte interno e externo.

Destinação e Tratamento.

Disposição final.

- Práticas de Gerenciamento para cada grupo de RSS.

- Indicadores e melhoria contínua da qualidade do gerenciamento.

- PGRSS - Plano de gerenciamento.

C. Habilitação profissional de técnico Agente Comunitário de Saúde: Ministrado

pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, que visa formar trabalhadores

comprometidos com a consolidação de SUS, por meio de situações ensino-

aprendizagem que propiciem o desenvolvimento das aptidões profissionais nas

áreas técnicas, éticas, políticas e comunicativas, para a melhora da qualidade de

vida da população.

As áreas previstas para desenvolvimento profissional do técnico são:

a) Mobilização social, integração entre a população e as equipes de saúde e do

planejamento das ações.

b) Promoção da saúde e prevenção de doenças, dirigidas aos indivíduos, grupos

específicos e a doenças prevalentes.

c) Promoção, da prevenção e do monitoramento das situações de risco ambiental

e sanitário.

O curso em questão dispõe do seguinte temário:

- Módulo I - As práticas de saúde e o SUS: construindo alicerces para

transformar.

Relação Saúde/Sociedade: instrumentalizando para a prática.

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Novas Práticas: ressignificando as necessidades em saúde.

Vigilância em Saúde: um campo em construção.

Gestão para o Cuidado Integral em Saúde

- Módulo II – Ações de promoção da saúde: Excercendo o papel social e

profissional no cuidado integral à saúde.

O Agente Comunitário de Saúde: exercitando seu papel social e

profissional.

Promoção da Saúde: articulando e implementando ações intersetoriais

na microárea.

Cuidado à Saúde: desenvolvendo ações educativas nas diferentes fases

do ciclo de vida.

- Módulo III – O trabalho do técnico agente comunitário de saúde: consolidando

seu papel social profissional.

Caracterizando a micro área: planejamento da Equipe de Saúde da

Família.

Planejamento do Trabalho do Técnico Agente Comunitário de Saúde:

propondo estratégias de intervenção.

8.1.4 Outras experiências

Existem algumas experiências em nível internacional, a fim de incentivar a segregação

na fonte geradora. Em Barcelona (Espanha), por exemplo, foi instituída uma Taxa

Metropolitana de Tratamento de Resíduos Municipais (TMTR) que é cobrada na conta

de água.

O valor médio da taxa é de 12 € (R$ 51,91), montante considerado baixo, pelos padrões

europeus. Este total pode ser reduzido se o cidadão participar efetivamente da coleta

seletiva e levar seus resíduos a pontos verdes chamados "Deixalleria" (Pontos de

Descarte) nos 26 pontos distribuídos em toda a cidade. A cada visita a esses locais, é

contabilizado um crédito em um cartão magnético. Com a somatória desses créditos, é

possível reduzir em até 14% o valor da TMRS.

Figura 6 – Cartão do usuário – Pontos de descarte.

Fonte: Municipalidade Lliça d’Amunt (Cataluña-España) e Prefeitura de Cheste (Valencia-España)

Esta é uma iniciativa muito prática e que pode refletir na atitude de segregação na

origem dos RSS, considerando que os ES poderiam promover um bônus anual de

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benefícios para os trabalhadores, se eles cumprirem determinados objetivos de

segregação na origem dos resíduos do Grupo D, dado que estes podem ser incluídos

no fluxo do mercado de reciclagem, obtendo determinadas vantagens a partir da sua

venda.

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9 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS

Conforme a PNRS, a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é o “conjunto de ações

voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as

dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a

premissa do desenvolvimento sustentável” (BRASIL, 2010a).

O gerenciamento dos resíduos sólidos vem apresentando uma tendência crescente de

terceirização para a iniciativa privada, principalmente pelas dificuldades do setor

executivo em âmbito municipal no que se refere a retenção de mão de obra, à

manutenção de equipamentos e operação de sistemas de tratamento ou aterros.

Entretanto, ressalta-se que a gestão – planejamento, supervisão e fiscalização – por ser

atividade típica de estado é indelegável e intransferível (RIBEIRO, 2013).

Cabe ao poder público implantar medidas para que a gestão integrada de resíduos

sólidos seja efetiva e gere resultados associados às premissas apresentadas pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA) (BRASIL, 2012). Entretanto, a responsabilidade

pelo gerenciamento de resíduos é do estabelecimento gerador, seja público ou privado

o que pressupõe uma interação entre estes para que possam compartilhar a gestão dos

resíduos sólidos com a comunidade local (IPEA, 2012).

9.1 TIPO DE INVESTIMENTO

A estratégia para alcançar os resultados previstos nas metas e diretrizes envolve ações

macro e micro setoriais, ambas dependentes de um esforço conjunto dos municípios da

RMBH e CM, coordenados e orientados pelo Governo Estadual.

Como primeiro passo, sugere-se o mapeamento das intenções de investimento, por

parte do setor público e privado no que se refere a implantação de novas unidades para

o gerenciamento dos RSS. Tendo em vista os investimentos atuais e previstos, as

infraestruturas atuais e planejadas para atendimento ao plano, um cronograma de

investimento pode ser consolidado com base nos resultados apresentados no Produto

08. As ações acima devem, obrigatoriamente, considerar a clara necessidade de

adequação e capacitação dos recursos humanos que serão alocados nos serviços, em

todas as suas etapas.

Como segundo passo, é desejável o conhecer a fonte dos recursos atuais advindos das

tarifas cobradas pelos serviços públicos prestados para o gerenciamento dos RSS. Esta

informação permitirá prever se a tarifação atual é suficiente ou se deve ser alterada em

curto prazo, por um período determinado – ou não, para arrecadação de recursos como

objetivo de financiar as ações imediatas e emergenciais.

Como terceiro passo, seria importante conhecer o númer de empresas que atuam no

setor e qual a parcela da prestação dos serviços de gerenciamento de RSS é executado

por cada uma delas e quantas possuem condições de acesso a financiamento de longo

prazo.

Para fins de exemplificação, na área de saneamento, em relatório públicado pela ABES

(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária) em 2013, estimou-se que o alcance a

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universalização dos serviços de saneamento representam uma necessidade da ordem

de cerca de 0,4% do PIB ao ano ou seja, a duplicação do atual patamar de

investimentos. Contudo, o mesmo relatório, informou que a estrutura vigente

responsável pela gestão dos serviços não é dimensionada para gerenciar este novo

patamar e os recursos provenientes da tarifa não são suficientes para financiar os

investimentos do setor.

Os estudos até então realizados neste projeto permitem estimar a necessidade de

investimento da ordem de 200 milhões de reais para que a situação atual em termos de

gerenciamento adequados dos RSS atinja um patamar mais adequado, mais favorável

em todos os sentidos nos próximos 35 anos.

Em posse das informações citadas os investimentos podem ser distribuídos em níveis

de urgência para o alcance das metas previstas. Esse escalonamento é interessante

porque, além das medidas emergenciais que envolvem, em muitos casos, aspectos de

gestão, de regularização, e disciplinamento de ações do gerenciamento por todos os

municípios da RMBH e CM, o fluxo do gerenciamento só poderá ser absorvido mediante

a existência de infraestruturas, mesmo que básicas, para a recepção e tratamento

destes resíduos.

Para estimar o prazo para a implementação de investimentos, serão levadas em conta

as metas previstas pelo Governo do Estado, algumas delas ainda sujeitas a atualização.

A seguir, se descreve a proposta de execução de investimentos para a implementação

de infraestruturas de RSS. Considerando a proposta descrita no P06 e P07 (IDP-FR,

2015), que consistia em um sistema formado por Estações de Transbordo, nas quais

eram feitas tarefas de consolidação de carga ou veículo em função do grupo de

resíduos, e uma UTDF para toda a RMBH e CM.

A execução dos investimentos está planejada em três fases. Na Fase 1, nos primeiros

05 anos a prioridade será a implantação das estações de transbordo e parte das

infraestruturas de disposição final. Para as fases seguintes, objetivando que todo o

sistema de gerenciamento de RSS entre em funcionamento de forma paralela, espera-

se que os investimentos iniciais para as infraestruturas propostas sejam feitos ao

mesmo tempo, de modo que, desta forma, quando se inicie a operação das ET, a UTDF

e instalações associadas disponham de todas as licenças necessárias para seu correto

funcionamento.

9.2 MECANISMOS DE RATEIO

Segundo Di Pietro (2008), os consórcios públicos perante a Lei nº. 11.107/2005, podem

ser definidos como “associações formadas por pessoas jurídicas políticas (União,

Estados, Distrito Federal e Municípios), com personalidade de direito público ou de

direito privado, criadas mediante autorização legislativa, para a gestão associada de

serviços públicos”. Ou seja, o serviço que uma pessoa jurídica pública isoladamente tem

dificuldades ou impedimentos para executar tende a ser possível ou mais eficiente

mediante a conjugação de esforços.

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A referida Lei prevê que, entre os entes consorciados, sejam firmados dois tipos de

contrato: contrato de Programa e Contrato de Rateio, objeto deste item.

O contrato de rateio é o instrumento mediante o qual os entes consorciados

disponibilizarão recursos aos consórcios públicos aos quais participam. Importante

deixar claro que o fato de um município ser participe de um consórcio não o desobriga

a prever, em sua lei orçamentária, os recursos que serão destinados à gestão do serviço

público objeto do consórcio. Diante disso, é importante alertar para que os Contratos de

Rateio sejam firmados após a votação das leis orçamentárias de cada ente consorciado

com exceção para aqueles cujo objeto esteja contemplado no Plano Plurianual de todas

as entidades participantes, ou seja, custeado por tarifas ou outros preços públicos. A

não previsão em lei orçamentária municipal dos recursos destinados ao Consórcio pode

levar a suspensão e exclusão do município do mesmo.

O Contrato de Rateio é, portanto, vital para a existência e manutenção do Consórcio, ou

agrupamento, à medida que oficializa o compartilhamento de deveres entre todos os

entes consorciados no que se refere, principalmente, ao custo das atividades repartidas

e assegura o repasse das obrigações financeiras de cada um.

9.2.1 Exemplo de Critério de Rateio

No Brasil, um dos consórcios mais antigos para gestão de serviços de Saneamento está

localizado na Bacia do Rio dos Sinos no estado do Rio Grande do Sul. O Pró-Sinos,

como é chamado, é um consórcio inter federativo de direito público formado, até o

momento, por 26 dos 32 municípios que compõem a Bacia do Rio dos Sinos.

Fundado em 16 de agosto de 2006, com a denominação de Consórcio Público de

Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Pró-Sinos, é um órgão

executivo das ações, projetos e programas voltados ao saneamento básico da Bacia e

funciona como um órgão da administração indireta de cada um de seus entes

consorciados. Sendo assim, o Pró-Sinos desenvolve projetos, capta recursos e pode

executar obras, serviços e estudos relacionados ao saneamento básico e ambiental na

região de sua abrangência. Além de projetos de Educação Ambiental, o consórcio

possui uma Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil.

Para executar as ações definidas em âmbitos regional, o quadro funcional é composto

por servidores do quadro de carreira dos entes consorciados e por pessoal contratado

e conta com o seguinte quadro técnico: Diretoria Executiva; Diretor Técnico; Secretaria

Executiva Administrativa e de Licitações; Mobilizadora Social; Coordenadora e

Educadora Ambiental; Central de Monitoramento Integrado; Assessoria Jurídica;

Contabilidade; Coordenador Técnico.

Dentre as finalidades estão defender, ampliar e promover a interação, fortalecer e

desenvolver a capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços públicos de

saneamento básico nos municípios que integram o consórcio. O Pró-Sinos, desde sua

criação, também realiza estudos de natureza técnica e social nas áreas de meio

ambiente e saneamento, desenvolvendo um programa permanente de educação

ambiental.

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Todos os arquivos, estudos, públicações e ações do Pro-sinos estão disponibilizados e

podem ser acompanhados por meio do website http://www.consórcioprosinos.com.br/.

Além do estatuto do consórcio e do protocolo de intenções está também disponibilizada

uma cópia do Contrato de Rateio.

O critério utilizado para as contribuições mensais dos consorciados foi estabelecido por

faixas de população com o objetivo de resguardar os municípios que pertencem a mais

de uma bacia e, consequentemente, podem, no futuro, participar de mais de um

consórcio. Para tal, considerou-se o agrupamento dos municípios em faixas, sendo que,

os municípios com mais de 80% de sua população sediada na área da bacia tiveram

sua população considerada na íntegra. De forma semelhante, os municípios com

populações na área da bacia inferiores a 10% da população municipal total foram

enquadrados como sendo pertencentes ao grupo com a menor contribuição mensal. Os

dados populacionais adotados como oficiais são os públicados periodicamente pelo

IBGE. Seguindo este processo de rateio chegou-se a uma estimativa de valor mensal

que poderia ser arrecadado o que se mostrou coerente com os custos previstos do

consórcio nos estudos prévios. O quadro abaixo demonstra a divisão em grupos e o

número de município do consórcio enquadrado no ano de 2007.

Quadro 9 – Valor total arrecadado pelos grupos de Rateio, estabelecido por faixa populacional e área de

abrangência do município na Bacia dos Sinos – RS, 2007.

Populações 2007 (nº habitantes)

Valores Mensais (R$)

Grupo de Rateio

Nº municípios no grupo

Total arrecadado

(R$)

Abaixo de 10.000 1.000 1 7 7.000

De 10.001 a 20.000 2.000 2 2 4.000

De 20.001 a 50.000 4.000 3 4 16.000

De 50.001 a 100.000

8.000 4 3 24.000

De 100.001 a 200.000

15.000 5 ---

Acima de 200.000 20.000 6 2 40.000

Arrecadação mensal 91.000,0

Arrecadação Anual 1.092.000,00 Fonte: Contrato de Rateio, Consórcio Pro-sinos. Bacia do Rio dos Sinos – RS. Disponível em:

http://www.consórcioprosinos.com.br/conteúdo_inst.php?id=consórcio

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10 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

De acordo com a elaboração deste Produto, conclui-se que:

É importante ressaltar que o Estado de Minas Gerais possui uma Unidade

Central de Parcerias Público-Privadas, que tem a seu crédito uma experiência

de mais de dez anos no estudo e na adjudicação de PPPs no Estado. Esta

caminho percorrido permite a otimização de tempo para a possível

implementação do modelo proposto a nível de Gestão de RSS na RMBH e CM

e assessoria à ARMBH em quaisquer dúvidas e acompanhá-la no trânsito das

diferentes fases a serem desenvolvidas.

Tal como foi apresentado em produtos anteriores, é importante avaliar a

possibilidade de uma derrogação na legislação vigente com a finalidade de

permitir que os ES de pequeno porte que não disponham de recursos financeiros

e humanos suficientes para implementar equipamentos de desinfecção

microbiana nível III possam encaminhar parte de sua geração de RSS Grupos A

e B, principalmente, a um tratamento térmico.

De todo modo, os dados e valores indicam que para garantir a viabilidade

econômica da concessão a médio prazo, é importante assegurar a gestão de

100% dos resíduos de serviços de saúde gerados na região.

No âmbito da gestão dos RSS adicionalmente ao Consórcio, as entidades que

fazem parte do grupo de acompanhamento deste projeto, assumem um papel

mais proeminente, tendo em conta a experiência que foram acumulado ao longo

dos anos e desta forma podem transmitir as sinergias às outras entidades que

forem criadas a nível estadual e municipal, para a realização de um correto

acompanhamento do Plano de Gestão de RSS na Região Metropolitana e Colar

Metropolitano.

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NTO+DE+RESÍDUO S+EM+SERVICOS+DE+SAÚDE+DA+UFTM