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Produtos e materiais inovadores provenientes da reciclagem. Como promover a sua efetiva introdução na economia?

Produtos e materiais inovadores provenientes da reciclagem. … · recolha seletiva 650 ... •Anualmente são descartados mais de 100 milhões de kg de “lixo eletrónico”, o

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Produtos e materiais inovadores provenientes da reciclagem. Como promover a sua efetiva introdução na economia?

PRINCIPAIS

MARCOS SOCIEDADE PONTO VERDE

PRINCIPAIS MARCOS SOCIEDADE PONTO VERDE

ÍNICIO

1996 Constituída em Novembro por iniciativa privada,

como sociedade anónima;

1997 Licenciada em Outubro, pelos Ministérios da Economia e

do Ambiente, para gerir o SIGRE para as embalagens

urbanas (domésticas e equiparadas);

1998 Inicia oficialmente a actividade em Janeiro com a

entrada em vigor da legislação nacional sobre a

gestão de embalagens e resíduos de embalagens,

retomando o primeiro lote de material no dia 10 de

Julho;

1999 Autorização ministerial em Setembro para gerir o

VERDORECA (Sub-Sistema dedicado ao sector da

Hotelaria, Restauração e Cafetaria);

PRINCIPAIS MARCOS SOCIEDADE PONTO VERDE

2001 Extensão da licença de actividade inicial às embalagens

não-urbanas (industriais, agrícolas, comerciais e de

serviço);

2004 Licenciada em Dezembro, para a gestão de todas as

embalagens e resíduos de embalagem;

2005 Cumprimento das metas previstas no primeiro ciclo de

licenciamento;

2009 Início da actividade como entidade gestora de resíduos

perigosos de embalagens industriais não urbanas

PRINCIPAIS MARCOS SOCIEDADE PONTO VERDE

2011 Cumprimento das metas previstas. Entrega do

caderno de encargos para novo licenciamento.

2010 Criação da MOR Online, a primeira plataforma

electrónica licenciada pelo Ministério do Ambiente para a

transação de resíduos, no âmbito do Mercado

Organizado de Resíduos;

2014 Missão Reciclar, a maior ação de sensibilização

porta-a-porta visitou 1,6 milhões de lares

2015 Lançamento da plataforma Ponto Verde Open Innovation

As quantidades retomadas têm vindo a crescer a um ritmo que nos permitiu atingir as metas em 2005 e 2011.

Desde 2014 que a taxa de retoma do Fluxo Urbano se situa acima dos 60%.

‘00

0 t

on

s

TAXA DE RETOMA - FLUXO URBANO Taxa d

e Reto

ma

Final da 1ª

Licença

Cumprimento

da meta 2005

Inicio do

Fluxo Não

Urbano

Cumprimento

da meta 2011

1 23

90 111 122

144 175

209

240

288

328

354 381 393

356 383

419 442

0%

4%

14% 16% 16%

19% 21%

30%

36% 39%

42% 44%

48% 50%

48%

56%

61%

64%

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10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

0

100

200

300

400

500

600

700

800

98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

Retomas Taxa Retoma

Em apoios a

Investigação

e Desenvolvimento

>2 MILHÕES

1 MILHÃO

6,8 MILHÕES

Responsabilidade

Social

Toneladas

encaminhadas para a

reciclagem, o equivalente ao

peso de 3 Pontes Vasco da

Gama

19 ANOS DA SPV: OS NÚMEROS FALAM POR SI

Financiamento da

recolha seletiva

650 MILHÕES €

50 MILHÕES €

15 MILHÕES €

Investimento em

comunicação

e sensibilização ao

consumidor

Financiamento na

reciclagem

de alguns materiais

19 ANOS DA SPV: OS NÚMEROS FALAM POR SI

Toneladas de embalagens

recuperadas no fluxo urbano

(2015)

442 MIL TONS

729 MIL

Toneladas de resíduos de

embalagens de origem urbana e não

urbana (2015)

Lares separadores

71%

Taxa total de retoma

do Fluxo Urbana em

2015

64%

19 ANOS DA SPV: OS NÚMEROS FALAM POR SI

Novos desafios estão para chegar,

fruto da maturidade alcançada, mas

também do contexto nacional e

internacional.

ESTES FORAM OS PRIMEIROS

ANOS DO SIGRE.

OPORTUNIDAD

ES DA INOVAÇÃO NOS RESÍDUOS

ENQUADRAMENTO NACIONAL

• NOVA LICENÇA PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS DE EMBALAGENS

• 20 ANOS SOCIEDADE PONTO VERDE (NOVEMBRO)

• PERSU 2020 - NOVAS EXIGÊNCIAS PARA O SETOR:

• Resíduos geridos como recursos endógenos

• Eficiência na utilização e gestão dos recursos primários e secundários,

dissociando o crescimento económico do consumo de materiais e da

produção de resíduos.

• Eliminação progressiva da deposição de resíduos em aterro, com vista à

erradicação da deposição direta de RU em aterro até 2030.

• Reciclagem de 70% em peso dos resíduos de embalagens até 2020

ALGUNS NÚMEROS EM PORTUGAL

RESÍDUOS URBANOS

• Impacto económico direto de 357 milhões de euros (cerca de 500 M€ em 2020);

• Criação de mais de 15.000 postos de trabalho diretos e indiretos

• Aumento do número de empregos em 22% até 2020

• O circuito de reciclagem multimaterial representa cerca de 77 milhões de euros

• O Sistema Ponto Verde adiciona à economia 150 M€ em valor acrescentado bruto e 80 M€

em salários adicionais anualmente;

• Por cada euro que a SPV põe no sistema é multiplicado por 2,25€ na economia;

• A gestão dos resíduos de embalagens (SIGRE) é responsável pela existência de mais 2.400

postos de trabalho

E OUTROS FLUXOS DE

RESÍDUOS?

• Fraldas descartáveis usadas

• Óleos Alimentares Usados

• Óleos Usados

• Pneus Usados

• Resíduos de Construção e Demolição

• Resíduos de Consumíveis Informáticos

• Resíduos de Equipamento Elétrico e Eletrónico

• Resíduos de Pilhas e Acumuladores

• Resíduos agroalimentares

ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL

PACOTE DA COMISSÃO EUROPEIA PARA A ECONOMIA CIRCULAR (DEZ. 2015)

• Clarificação dos limites à deposição em aterro - limite de 10% para os resíduos

domésticos, até 2030, mas que pode incluir resíduos recicláveis e compostáveis

(na proposta anterior não podiam);

• Taxa de reciclagem de resíduos urbanos de 65%, até 2030;

• Taxa de reciclagem de resíduos de embalagens de 75%, até 2030;

• Foco na redução e utilização de recursos na política de ecodesign, na proposta

anterior não foram definidos prazos, na atual são dados prazos indicativos;

• Prevenção da obsolescência de produtos

• Introdução de normas de qualidade para as matérias-primas secundárias

ALGUNS NÚMEROS EUROPEUS

• Estima-se que atualmente mais de quatro milhões de pessoas trabalhem no setor das eco-

indústrias na Europa.

• O mercado das tecnologias “verdes” está avaliado em um trilião de euros; espera-se que

duplique dentro de cinco anos.

• O setor dos Bens e Serviços Ambientais representa aproximadamente 2% do total de

empregos da União Europeia (EU).

• Conceção ecológica e a prevenção e reutilização de resíduos podem gerar poupanças

líquidas para as empresas da UE de até 604 mil milhões de euros ou de 8% do seu volume

de negócios.

DESAFIOS

• A Europa perde cerca de 600 milhões de toneladas de resíduos, que poderiam ser reciclados ou reutilizados

• São reciclados apenas cerca de 40% dos resíduos produzidos pelos agregados familiares na UE.

• Anualmente são descartados mais de 100 milhões de kg de “lixo eletrónico”, o equivalente a 20 Torres Eiffel.

• Extrai-se mais ouro de uma tonelada de telemóveis que de uma tonelada de minério.

• Se se recolherem 95% dos telemóveis, poderão poupar-se mais de mil milhões de euros em custos materiais

de fabrico.

• Milhares de fraldas são colocadas anualmente no lixo.

• Por ano, cada habitante produz uma tonelada de resíduos de construção e demolição, ou seja, 500

milhões de toneladas anuais no território da UE.

• 100 milhões de toneladas de alimentos desperdiçados na EU anualmente.

• Remodelação de veículos comerciais ligeiros poderá poupar 6,4 mil milhões de euros por ano em insumos

de material

• Apenas 28% das pilhas e baterias velhas são recolhidas em Portugal

OU SEJA, A REALIDADE DEMONSTRA QUE APENAS UMA FRAÇÃO

REDUZIDA DOS RESÍDUOS EM QUE SE TRANSFORMAM OS

PRODUTOS

EM FIM DE VIDA É REINTRODUZIDA

NO SISTEMA ECONÓMICO.

Torna-se assim premente a criação de respostas que contribuam para a inovação contínua no setor dos

resíduos.

A SOCIEDADE PONTO VERDE LANÇOU O PROJETO PONTO VERDE OPEN

INNOVATION.

Promove empreendedorismo, inovação e I&D.

CANDIDATURAS FECHARAM A 8 DE ABRIL.COM 44 PROJETOS ENTREGUES

Iniciativa multistakeholder que visa criar valor económico e ambiental

Reúne diversas áreas do conhecimento: Universidades, Investigação Científica, Empreendedorismo,

Tecnologia e parceiros.

Pretende acelerar o crescimento de empresas que promovam o crescimento verde e a economia

circular, já que inclui todas as componentes, desde I&D até ao consumidor final. Desta forma, facilita a

viabilização de soluções inovadoras e a criação de valor acrescentado para a economia.

Pretende capitalizar a criação de negócio em todos os resíduos e fluxos de materiais

EXEMPLOS DE SUCESSO NA

ECONOMIA CIRCULAR

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NO SETOR

EMPRESARIAL

Foi uma empresa apoiada nos seus primórdios

pela Sociedade Ponto Verde através do

programa de I&D

Oferece ao mercado produtos a partir de

plásticos mistos. Posteriormente podem ser

utilizados em artigos de mobiliário urbano, desde

bancos a mobiliário de praia.

Parceria para requalilificar área do Bosque Encantado no Jardim Zoológico, onde foram utilizadas mais de 16 toneladas de embalagens recicladas no mobiliário urbano.

EXTRUPLÁS

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NO SETOR

EMPRESARIAL

Inovadora marca de moda sustentável

de origem espanhola. Surgiu da

preocupação com o uso indiscriminado

dos recursos naturais.

Utiliza nas suas roupas, plástico

recolhido no mar.

ECOALF

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NO SETOR

EMPRESARIAL

Teresa Gameiro cria malas e acessórios

que aproveitam os desperdícios da

indústria têxtil (restos de fios de bobinas)

e de roupas antigas para criar peças

contemporâneas, ecológicas e

sustentáveis

Teresa

Gameiro

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NO SETOR

EMPRESARIAL

Na indústria do calçado há muitos

exemplos de sapatos feitos com material

reciclado. As Amazonas Sandals, por

ex, utilizam material reciclado, reciclável

ou biodegradável na sua composição. A

Green Boots usa borracha de pneus

para as suas solas.

Outros modelos usam garrafas de PET

recicladas, algodão orgânico e pneus de

carro reciclados para as solas.

CALÇADO

EXEMPLOS DE BOAS PRÁTICAS NO SETOR

EMPRESARIAL

Roupa de trabalho que se pode

“arrendar” (leasing), devolver e

voltar a inserir no processo

produtivo, reciclando as roupas e voltando a comercializar.

DUTCH aWEARness

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA CIRCULAR

PRESSUPÕE • Uma política fiscal que promova uma economia de baixo carbono e de reintrodução de produtos

com incorporação de material reciclado no mercado de aplicações

• Uma política de compras públicas ecológicas que beneficie as empresas que desenvolvem a

economia circular

• Uma politica fiscal que incentive o setor privado também a adoptar o green procurement (reduções

no IVA e/ou majoração nas deduções à coleta, por exemplo)

• Linhas de crédito especiais para empresas que promovam a inovação nos primeiros anos do seu

desenvolvimento

• Aumento da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR)

• Maior cooperação e proximidade entre as empresas privadas, startups e o mundo académico

• Apoio à comunicação de produtos inovadores contendo materiais reciclados

• Desenvolvimento de plataformas de encontro entre a procura e oferta; entre investigadores e

investidores