18
Fisiologia do esforço Prof. Dra. Bruna Oneda Aula 2

Prof. Dra. Bruna Oneda Aula 2 - Exercício físico e saúde · Genética (tipo de fibra muscular e responsividade do fluxo sanguíneo) Adaptações locais que favorecem menor produção

  • Upload
    vankiet

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Fisiologia do esforço Prof. Dra. Bruna Oneda

Aula 2

Energia imediata: ATP - PCr

Mesmo numa corrida de 100m, o corredor não conseguemanter a velocidade máxima durante toda a corrida. Duranteos últimos segundos, ele começa a reduzir seu ritmo.

O vencedor é aquele que menos reduz a velocidade

Energia a curto prazo: Sistema do ácido lático

A energia para fosforilar o ADP durante o exercício intenso e de curta duraçãoprovém principalmente do fracionamento do glicogênio muscular armazenadoatravés da glicólise anaeróbica (rápida) com formação de lactato.

Os acúmulos rápidos e significativos ocorrem durante o exercício máximo quedura de 60 – 180 segundos

Durante o exercício leve e moderado (<50% da capacidade aeróbica) a produçãodo lactato é igual a sua remoção e as reações que consomem oxigênio (glicóliseaeróbia, metabolismo de lipídios e das proteínas) atendem as demandas doexercício

Quando oxidação do lactato é igual a sua produção, o nível sanguíneo de lactatopermanece estável

Para pessoas sadias, porém destreinadas, o lactato sanguíneo começa aacumular-se e sobe de maneira exponencial para aproximadamente 50-55% da capacidade máxima para metabolismo aeróbio

A explicação para acúmulo do lactato sanguíneo durante exercício pressupõe:• Hipóxia tecidual reativa• Desequilíbrio na liberação de oxigênio e a oxidação fazem com que o piruvato possa aceitar o

excesso de hidrogênio e formar lactato

O acúmulo de lactato

Em condições aeróbicas a oxidação de lactato por outros tecidos é de 70%, suaconversão para glicose no músculo e no fígado é de 20% e a conversão paraaminoácidos é de 10% porisso não há acúmulo excessivo

Ele será acumulado quando sua oxidação não acompanhar o ritmo de suaprodução

Outra explicação inclui a tendência para enzima desidrogenase láctica (LDH) nasfibras musculares de contração rápida favorecer a conversão de piruvato alactato

A LDH nas fibras de contração lenta favorecem a conversão de lactato a piruvato

Limiar de lactato

Acúmulo de lactato frente ao exercício.

Existe um padrão para indivíduos destreinados e atletas de endurance

Atletas treinados realizam exercício aeróbico em 80-90% da capacidade máximadevido a 3 fatores:

Genética (tipo de fibra muscular e responsividade do fluxo sanguíneo)

Adaptações locais que favorecem menor produção de lactato

Ritmo mais rápido de remoção do lactato para qualquer intensidade do exercício

Lembrando que: a densidade capilar e o tamanho e número das mitocôndrias aumentam com otreinamento. Isso facilita células gerarem ATP aeróbicamente através da glicólise e ácidos graxos

A manutenção de baixo nível de lactato permite prolongar a duração do esforço aeróbico

Consumo máximo de Oxigênio (VO2Máximo)

Também chamado de captação de oxigênio pulmonarEle aumenta exponencialmente nos primeiros minutos de exercício para alcançar um platô no 3º e 4º minuto

Consumo máximo de Oxigênio

Reflete equilíbrio entre energia que músculos necessitam e produção de ATP no metabolismo aeróbio.

As reações que consomem oxigênio fornecem energia para o exercício e o lactato produzido será oxidado e transformado em glicose – não há acúmulo

Atletas Alta capacidade de circulação central em fornecer oxigênio aos músculos ativos

Alta capacidade dos músculos exercitados em usar o oxigênio disponível

Após vários minutos de exercício submáximo, a produção de ATP torna-se proporcional a demanda de energia do exercício.Nesse estágio o consumo de oxigênio alcança equilíbrio, indicando ritmo estável entre demanda de energia e transferência de energia

Déficit de Oxigênio

Expressa quantitativamente a diferença entre o consumo total de oxigênio durante o exercício o e a quantidade total que teria sido consumida se o consumo de O2 em ritmo estável tivesse sido alcançado desde o início

O atleta treinado em endurance alcança ritmo estável mais rapidamente, comum menor déficit de O2 que os atletas de velocidade-potência e os destreinados

Consumo máximo de O2

No aumento progressivo de cagas há uma necessidade cada vez maior pararessíntese aeróbica de ATP

Durante os 1os estágios, o consumo aumenta rapidamente. A cada nova carga eleaumenta proporcionalmente.

Nas últimas etapas ele não aumenta o consumo na mesma velocidade e nãoaumenta no ultimo estágio.

A região onde o consumo de O2 alcança um platô ou aumenta pouco comaumento de carga é o consumo máximo de O2 (ou captação máxima de O2 ouVO2 máx).

Consumo máximo de O2 A transferência de energia na glicólise permite realizar exercício mais intenso

com aumento do lactato, até o indivíduo ficar exausto e incapaz de continuar

É uma medida quantitativa da capacidade do indivíduo para ressíntese aeróbicado ATP. Isso torna o VO2 máx importante determinante de capacidade demanter o exercício intenso por 4 a 5 minutos

- A quantidade de oxigênio arterial é muito difícil de aumentar, pois depende do

sistema respiratório, mas pode-se diminuir bastante a quantidade de oxigênio

venoso pelo aumento da extração (metabolismo).

Para aumentar o VO2, portanto, é necessário o aumento do metabolismo pelo

treinamento da musculatura.

Consumo máximo de O2

Definições:

VO2

Consumo de oxigênio durante o exercício

Determina a potência aeróbia

Determina a capacidade funcional do sistema cardiopulmonar

Reflete a capacidade de transporte e utilização de O2

Relacionado diretamente ao Débito Cardíaco e a Artério-Venosa de O2

VO2max

Potência aeróbia máxima

Habilidade máxima do indivíduo em absorver, transportar e

utilizar oxigênio na unidade de tempo

Absoluto: L.min-1

Relativo: ml.Kg-1.min-1

17

Variáveis associadas e/ou limitantes:

Centrais:

Volume Cardíaco

Débito cardíaco

[Hemoglobina]

Periféricos:

Massa Muscular

Percentual de fibras I e IIa

Número de mitocôndrias

[Enzimas oxidativas]

[Substratos]

Capilarização

Outras variáveis associadas e/ou limitantes:

Gênero

Idade

Condicionamento físico

Fatores Ambientais

18