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A Importância da Criação de Protocolos Clínicos e a Incorporação de Novas Tecnologias na redução da Judicialização Prof.Lindemberg A. Costa Rio de Janeiro - 2016

Prof.Lindemberg A. Costa - inca.gov.br · medicamentos custo – efetivos 4. ... Obter o máximo de benefício com os recursos que temos disponíveis 21| ... farmacoeconomia ANVISA

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A Importância da Criação de Protocolos Clínicos e a Incorporação de Novas

Tecnologias na redução da Judicialização

Prof.Lindemberg A. Costa

Rio de Janeiro - 2016

2

DECLARO que:

1.Recebi apoio da indústria farmacêutica para participação em eventos científicos e para essa palestra;

2.NÃO sou funcionário, ou proprietário, ou sócio ou cotista, ou possuo ações de empresas médicas, farmacêuticas ou de equipamentos médicos;

3.Recebi apoio das seguintes indústrias farmacêuticas: sanofi, novartis, roche, abbott, abbivie, astrazeneca, novonordisk, servier, UCB, GSK, BMS, etc.

4.Não decido sobre incorporação de novas tecnologias.

Conflitos de Interesse

Agenda

Contexto

A voz do paciente

Doenças Crônicas no Brasil e nos E.U.A

Assistência Farmacêutica e os protocolos clínicos

Judicialização da Saúde – Relato de Experiência

Protocolos Clínicos em resposta a Judicialização

3|

Contexto

4|

1. Discutir as políticas atuais para incorporação de novas tecnologias no sistema público de saúde

A importância da criação de protocolos clínicos para garantir com que mais pacientes sejam beneficiadas dos melhores tratamentos

Medicamentos Essenciais:

“ Os medicamentos essenciais são aqueles que

satisfazem as necessidades prioritárias de uma

população.” (OMS/2004)

Acesso a Medicamentos:

“ Ter acesso a medicamentos significa sobretudo que os produtos possam ser obtidos pela população, dentro de uma distância razoável (geograficamente acessível), que sejam prontamente disponíveis (disponibilidade continua e adequada às necessidades) nos serviços de saúde e que sejam economicamente viáveis para o gestor do sistema de saúde (capacidade de pagamento).”

Adaptado de ACURCIO,F.A (org). Medicamentos e Assistência Farmacêutica, 2003

2. Preçosacessíveis

ACESSO

3. Disponibilidade

Oportuna

1. Distância

Razoável

4. Sistemasde saúde confiáveis

OMS, 2000

Promovendo o Acesso a medicamentos

Uso Racional de Medicamentos:

“ É o processo que compreende a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis, a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.”

(Política Nacional de Medicamentos/1998)

Conceito:

A Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção e à recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional, conjunto este, que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perpectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população; e

as ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes a Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática profissional. Política Nacional de Assistência Farmacêutica,2004

Assistência Farmacêutica

Opas/2003

Como equacionar crescente demanda com sustentabilidade

Fonte; Research for Universal Health Coverage. WHO Report 2013. Adaptado.12|

Incluir

serviços

Ampliar populaçãocoberta

Reduzir risco financeiro

Custos diretos

Serviços de atenção e cuidados com a saúde

População

Recursos disponíveis

2010.0 2011.0 2012.0 2013.0 2014.0R$0,00

R$20,00

R$40,00

R$60,00

R$80,00

R$100,00

R$120,00

R$ 64,10R$ 77,10

R$ 91,70R$ 99,40

R$ 106,00

Bilhões

Orçamento da saúde

Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/01/saude-tera-orcamento-de-r-106-bilhoes-em-2014

Ministério da Saúde

13|

FEDERALR$ 106 bi

(2014)MUNICIPAL

No mínimo, o valor do ano

anterior acrescido da variação do PIB

Orçamento da saúdeComponentes do financiamento

Fonte: Lei complementar nº 141 de 13 de janeiro de 2012 (EC 29).

ESTADUAL

No mínimo, 12% da receita própria

No mínimo, 15% da receita própria

14|

Fonte: Fundo Nacional de Saúde – FNS e CGPLAN/SCTIE/MS

Evolução orçamentária dos investimentos do

Ministério da Saúde no financiamento dos medicamentos

(em %)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

1,913,063,38

4,315,18

5,876,686,99

8,359,75

11,8812,55

14,23

(em R$ Bilhões)

Fonte: World Health Statistics, 2014.

Público 40%Privado

60%

2000 (7,2% do PIB)

Público 47%

Privado53%

2011 (8,9% do PIB)

* Paridade de Poder de Compra Per capita

Gasto Total 2011 (PPP* $Int):Brasil: 1.035

Países de renda média superior: 586Países de alta renda: 4.319

16|

Principais determinantes do aumento dos custos em saúde

Demográficos(envelhecimento)

Demográficos(envelhecimento)

Estilo de vida(sedentarismo; alimentação; consumismo)

Estilo de vida(sedentarismo; alimentação; consumismo)

Informação(consumidores mais

bem informados)

Informação(consumidores mais

bem informados)

Estrutura(instalações,

recursos humanos)

Preços(efeito relativo)

Preços(efeito relativo)

Inovação(tecnologias em

saúde)

Inovação(tecnologias em

saúde)

Fonte: Adaptado de Kobelt G, 2013.17|

“Medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, educacionais, de informação e de suporte e os

programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população.”

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=102618|

Tecnologias em saúde

1. Envelhecimento populacional, inovação tecnológica, consumidores bem informados;

2. Aumento dos programa de saúde da familia, aumento do uso de tecnologias leves, uso de protocolos clinicos;

3. Uso de listas de medicamentos, judicialização da saúde e uso de medicamentos custo – efetivos

4. Envelhecimento da população, aumento das glosas de apac, adoção de preços de referências

19|

Questão 1 – Quais os 3 principais determinantes que contribuem para o aumento dos custos em saúde?

Medidas de contenção de despesas com medicamentos

Alvo DescriçãoMargens Limitação das margens de lucro dos fabricantes

Redução das margens de distribuidores e farmácias

Precificação Agrupamento (mesmo preço para tratamentos similares) Redução / congelamento de preços Adoção de preço de referência

Listas Retirada dos medicamentos das listas dos programas de assistência farmacêutica

Adoção de listas positiva e negativa para cobertura de reembolso

Perfil prescritivo

Incentivo ao uso de genéricos e /ou controle de preços de genéricos

Copagamento (por parte dos pacientes) Adoção de protocolos clínicos

Aquisição Licitações Compra centralizada

Fonte: Kobelt G , 2013.20|

Eficiência

Obter o máximo de benefício com os recursos que temos disponíveis

21|

Avaliação de Tecnologias em Saúde - ATSA

TS

Benefícios para saúde

Benefícios para saúde

Consequências econômicas

Consequências sociais

Fontes: (1) Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de gestão de tecnologias em saúde, 2010. (2) Kobelt G, 2013.

ASPECTOS CONSIDERADOS

Segurança Os eventos adversos são aceitáveis / manejáveis?

Eficácia Funciona em condições controladas (estudos clínicos)?

Eficácia relativa

Funciona em condições controladas quando comparado a uma ou mais alternativas de tratamento (tratamento padrão)?

Efetividade Funciona em condições da prática clínica corriqueira?

Efetividade relativa

Funciona em condições da prática clínica normal quando comparado a outras alternativas de tratamento (tratamento padrão)?

Custo-efetividade

Proporciona uma alocação eficiente dos recursos, ou seja, os benefícios adicionais justificam os custos adicionais?

Factibilidade Quanto de recurso deve ser alocado, no caso de uma incorporação.

22|

Até 2002 2002 2003 2004 2005/06 2006 2011/12

Primeiras universidades promovem pesquisa e organizam encontros de farmacoeconomia

ANVISA – Seminário sobre experiências internacionais em farmacoeconomia

ANVISA – Gerência de avaliação

econômica de novas tecnologias (GERAE)

Farmacoeconomia incorporada à

regulação de preços de medicamentos

Comissão nomeada para propor política nacional de gestão de tecnologia

em saúde

Início da publicação do BRATS

Criação da Comissão de Incorporação de

Tecnologias do MS (CITEC)

Criação da Comissão Nacional de

Incorporação de Tecnologia em Saúde

(CONITEC)

Brasil

Fonte: Lemgruber A. ISPOR connections set/out 2008.23|

1. USO DE PROTOCOLO CLÍNICO;

2. UTILIZAÇÃO DE LICITAÇÃO PÚBLICA;

3. USO DE LISTAS DE MEDICAMENTOS DE MEDICAMENTOS CUSTO – EFETIVOS

4. JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

24|

Questão 2 – Quais das estratégicas abaixo NÃO é uma medida de contenção de despesas com medicamento?

A VOZ DO PACIENTE

25|

26

27

52% 48%

Pesquisa Datafolha de 11 a 12/02/2014 . Base: total da amostra (2109)

30% 18% 30%

ATÉ R$ 724,00

DE R$ 724,00 A R$ 1.448,00

DE R$ 1.448,00

A R$ 2.172,00

MAIS DE R$ 2.172,00

16%

DE 35 A 44 ANOS

DE 16 A 24 ANOS 22%

DE 45 A 59 ANOS

60 ANOS OU MAIS

DE 25 A 34 ANOS 23%

19%

21%

15%

PERFIL DA AMOSTRA

42% 43% 16%

FUNDAMENTAL MÉDIO SUPERIOR

Idade média:

39 anos

28

27%

43%

15%

15%

Pesquisa Datafolha de 11 a 12/02/2014 . Base: total da amostra (2109)

NÚMERO DE HABITANTES

32%

ATÉ 50 MIL

DE 50 A 200 MIL

25%

DE 200 A 500 MIL

17%

MAIS DE 500 MIL

27%

PERFIL DA AMOSTRA

29

30

EDUCAÇÃO

DESEMPREGO

CORRUPÇÃO

FOME/MISÉRIA

SAÚDE

VIOLÊNCIA E SEGURANÇA

2003 2005 2008 2010 Jan/2012 Dez/2012 2013 2014

PANORAMA DA SAÚDE NO BRASIL

Desde 2008, saúde é o principal problema do país (em %)

31

1. FOME

2. VIOLÊNCIA

3. EDUCAÇÃO

4. SAÚDE

31|

Questão 4 – Qual dos problemas abaixo é o principal apontado pela sociedade brasileira de 2008 a 2014?

Doenças Crônicas no Brasil e nos E.U.A.

32|

Mortalidade no Brasil - 2009

Doenças Crônicas no Brasil (DCNT)

Principais DCNT

• AVC• IAM• HAS• Câncer • Doenças Respiratórias

Atingem os pobres, baixa escolaridade e grupos vunerávies

• REPRESENTAM 70% DAS MORTES

• REPRESENTAM 70% DAS MORTES

36

37

38

39

1. CÂNCER

2. TRAUMA

3. DOENÇAS CARDIOVASCULARES

4. D.P.O.C

39|

Questão 6 – Qual das condições abaixo é a segunda mais cara entre adultos de 18 – 60 anos nos E.U.A ?

Assistência Farmacêutica e Protocolos Clínicos

40|

41

CONCEITO

É uma estratégia da Política Nacional da Assistência Farmacêutica,

caracterizado pela busca da garantia da integralidade do

tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de

cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes

Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde

2010 – Portaria GM/MS nº 2981 de 26/11/ 2009

42

LINHAS DE CUIDADO: CONCEITO

Linhas de cuidado constituem-se em “políticas de saúde

matriciais que integram ações de proteção, promoção,

vigilância, prevenção e assistência, voltadas para as

especificidades de grupos ou às necessidades individuais,

permitindo não só a condução oportuna dos pacientes

pelas diversas possibilidades de diagnóstico e terapêutica,

mas também uma visão global das suas condições de

vida”.

43

A integralidade no tratamento – Linha de cuidado

44

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

Grupo 1 - Medicamentos sob responsabilidade da UniãoGrupo 2 - Medicamentos sob responsabilidade dos estados e DFGrupo 3 - Medicamentos sob responsabilidade dos municípios e DF

Complexidade da doença a ser tratada ambulatorialmenteGarantia da integralidade do tratamento da doença no âmbito da linha de cuidadoManutenção do equilíbrio financeiro entre as esferas de gestão.

Critérios para definição dos grupos

Medicamentos divididos em três grupos com características, responsabilidades e formas de organização distintas.

45

GRUPO 1

a) Maior complexidade da doença a ser tratada ambulatorialmente;

b) Refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a segunda linha de tratamento;

c) Medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o Componente.

d) Medicamentos incluídos em ações de desenvolvimento produtivo no complexo industrial da saúde.

PARCEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO (PORTARIA Nº 837, DE 18 DE ABRIL DE 2012)

Define a lista de medicamentos a serem produzidos em PDP

Fortalecimento da indústria farmacêutica nacional Consonância com a Política Nacional de Medicamentos

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

46

GRUPO 2

a) Menor complexidade da doença a ser tratada ambulatorialmente em relação aos elencados no Grupo 1;

b) Refratariedade ou intolerância a primeira linha de tratamento;

GRUPO 3

a) Fármacos constantes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais vigente e indicados pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, como a primeira linha de cuidado para o tratamento das doenças contempladas neste Componente

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

47

Documento que estabelece:

Decreto 7508/2011

Critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde;

Tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos

apropriados, quando couber;

Os mecanismos de controle clínico; e

O acompanhamento e a verificação dos resultados

terapêuticos.

A SER SEGUIDO NO ÂMBITO DO SUS

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

48

2009

• Definição dos métodos de busca e avaliação da literatura• Descrição da linha de cuidado

• Integralidade do tratamento medicamentoso• Descrição das condições de uso dos medicamentos

• Porta de entrada para incorporação de medicamentos no SUS

Portaria SAS/MS 375

20001 PCDT

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

49

2011

Lei 12.401

20001 PCDT

“Documento que estabelece os medicamentos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, além de definir seu papel na inclusão de novas tecnologias pelo SUS”

Definição do conceito de PCDT

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

MECANISMOS PARA GARANTIR AS LINHAS DE CUIDADO

PORTARIA 2.981/2009PORTARIA 2.981/2009

DESAFIOS/PROBLEMAS

DESAFIOS/PROBLEMAS

PORTARIA 1.554/2013PORTARIA 1.554/2013

PUBLICADOS EM VERSÃO FINAL (64 DESDE 2009)

EndometrioseDermatomiosite e polimiosite

HiperprolactinemiaRaquitismo e osteomalácia

Anemia aplastica, mielodisplasia e neutropenia

Artrite Reativa – ReiterMiastenia gravisSíndr. De TurnerFibrose Cística

Hiperfosfatemia na IRCAnemia em pacientes com IRC –

alfaepoetina e reposição de ferro Aplasia pura adquirida crônica da série

vermelha Doença de Parkinson

Anemia Aplástica AdquiridaDoença de Alzheimer

Hepatite viral crônica BDistonias Focais e Espasmo Hemifacial

Espasticidade Síndr. Guillain-Barré

Uveítes Post. Não-Infec. Esclerose Lateral Amiotrófica

Ictioses Hereditárias HipoparatireoidismoDoença de Addison

Hiperplasia Adr. CongênitaDoença Falciforme

Hipotireoidismo CongênitoInsuf. Pancreática Exócrina

Osteodistrofia RenalDeficiência do Hormônio de

CrescimentoPuberdade Precoce Central

AngioedemaAcne Grave

EpilepsiaEsclerose Múltipla

Anemia Hemolítica Auto-imuneAsma

Diabete InsípidoDoença de Crohn

Imunossupressão no Transplante Hepático em Pediatria

Púrpura Trombocitopênica IdiopáticaSíndrome Nefrótica Primária

Síndrome dos Ovários Policísticos e Hirsutismo/Acne

Doença de GaucherDoença de Wilson

Hemangioma Infantil Transplante renal

Esquizofrenia DPOC

Artrite Reumatoide

A Constituição Federal de 1988

Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Qual é o efetivo conteúdo jurídico do artigo 196 da Constituição Federal?

Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):

I - a execução de ações:a) de vigilância sanitária;b) de vigilância epidemiológica;c) de saúde do trabalhador; ed) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;

Lei n. 8080/90 (Lei do SUS)

Art. 19-M.  A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em: 

I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P [Nota: Listas oficiais]; 

II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado.

Lei n. 8080/90 (redação L.12401/2011)

Lei n. 8080/90 (redação L12.401/2011)

Art. 19-T.  São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:      I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;

II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvisa.” 

Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica pressupõe, cumulativamente:

I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;

II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas funções no SUS;

III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e

IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela direção do SUS.

Decreto nº 7.508/2011

Assistência Terapêutica Integral (nos termos da Lei 12.401/2011)

+ PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS

57

Questão 7 – baseado no Decreto 7508 /2011 as Secretarias de Saúde de Estado podem criar protocolos clínicos ?

1. SIM

2. NÃO

Judicialização da SaúdeRelato de Experiência – SES/BA

58|

59 Fonte: www.exame.abril.com.br

60Fonte: Luciana Leão, in Judicialização no Ministério da Saúde, disponível em http://pt.slideshare.net/REBRATSoficial/judicializao-no-ministrio-da-sade/8

Hierarquia das Normas

Norma Fundamental

Emendas Constitucionais

Leis Ordinárias / MP’sTratados

ResoluçõesPortarias

Constituição Federal / TIDH

Leis Complementares

Decretos

P I R Â M I D E D E K E L S E N

62

Judicialização - Linha do Tempo

CF/88

Lei 8.080

Lei 8.142

Ativismo anti-HIV

RE 271.286

STF

STA 175STF

Lei 12.401

LC 141

1986 1988 1990

1991199219931996

200020012002

2006 2009 2010 2011 2012

8ª Conferência Nacional de

Saúde CDC NOBs Emenda

29NOAS

PACTO PELA

SAÚDE

(PORTARIA Nº 399)

Aud. Públ.

04

Rec 31

Dec. 7.508

63

VIABILIDADE ORÇAMENTÁRIA/FINANCEIRA DCIT/MS

0,00

500.000.000,00

1.000.000.000,00

1.500.000.000,00

2.000.000.000,00

2.500.000.000,00

3.000.000.000,00

3.500.000.000,00

4.000.000.000,00

516.000.000,00

813.833.000,00

1.147.422.000,001.355.000.000,00

1.956.332.306,00

2.307.984.000,00

2.630.000.000,002.650.000.000,00

3.200.000.000,00

4.000.000.000,00

64

VIABILIDADE ORÇAMENTÁRIA/FINANCEIRA

2011

PORTARIA 2.981/2009PORTARIA 2.981/2009 DESAFIOS/PROBLEMASDESAFIOS/PROBLEMASPORTARIA 1.554/2013PORTARIA

1.554/2013

65

Assistência Farmacêutica – SESAB, 2011

BásicoBásico

• 343 medicamentos

• 14 milhões habitantes

• + R$ 50 milhões

EspecializadoEspecializado

• + 100 medicamentos

• + 70 mil pacientes

• R$ 95,5 milhões

66

Recursos aplicados na Assistência Farmacêutica (milhões R$)– Bahia, 2006-2011

2006.0 2007.0 2008.0 2009.0 2010.0 2011.00

20000

40000

60000

80000

100000

120000

140000

160000

180000

54000

95000

121000

171000

138200

155000

Fonte: FESBA/SESAB

67

Evolução do número de ações judiciais medicamentos, SESAB 2002-2011

2002.0 2003.0 2004.0 2005.0 2006.0 2007.0 2008.0 2009.0 2010.0 2011.00

200

400

600

800

1000

1200

1 7 14 42 76

191

361

538

810

1130

68

Medicamentos demandados judicialmente, SESAB 2002-2008

Infliximabe Trastuzumabe Insulina Glargina Insulina Lispro0

5

10

15

20

25

3029

24

2119

Fonte: TORRES et al, 2009

69

Pacientes atendidos X valores empregados

COMPONENTE N. PACIENTES BENEFICIADOS

VALOR EMPREGADO (R$)

VALOR PER CAPITA (R$)/ANO

BÁSICO 14 MILHÕES 21 MILHÕES 1,50

EXCEPCIONAL 42 MIL 90 MILHÕES 2.142,85

JUDICIAL 175 9 MILHÕES 51.248,57

Tabela - Comparação entre o número de pacientes atendidos com os valores empregados (R$) nas ações judiciais e nos componentes básico e excepcional – Bahia, 2008

Fonte: TORRES et al, 2009

70

Ineficiências do Sistema

Vazios assistenciais

Mercadização$$$

Mercadização$$$

JUDICIALIZAÇÃO

Opinião e/ou Preferência

Médica

Opinião e/ou Preferência

Médica

71

QUEM SÃO OS MELHORES BALIZADORES NAS ESCOLHAS PARA CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS

NecessidadeNecessidade

DemandaDemanda

ConsumoConsumo

X

X

Condutas baseadas em

evidências

Condutas baseadas em opiniões ou preferências

X

PagamentoPagamento

X

72

NECESSIDADE DE UM SISTEMA DE REGULAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Centros de ReferênciaCentros de Referência

Fórum Intersetorial

de AF

Fórum Intersetorial

de AFAuditoriaClínica

AuditoriaClínica

73

Fórum Intersetorial

de AF

Fórum Intersetorial

de AF

SESAB

Poder Judiciário

Operadores do Direito

InterfarmaProcuradoria Geral do

Estado

COSEMS-Bahia

Usuários do SUS

FÓRUM INTERSETORIAL PERMANENTE DE AFFÓRUM INTERSETORIAL PERMANENTE DE AF

JUDICIALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS

JUDICIALIZAÇÃO EM MEDICAMENTOS

SISTEMA ORGANIZADO

SISTEMA ORGANIZADO

X

Qual o melhor caminho para garantir que o Direito Constitucional à saúde seja efetivado?

75

Questão 8 – A Judicialização da saúde desequilibra os orçamentos públicos dos entes federados?

1. SIM

2. NÃO

Protocolos clínicos Relato de Experiência – SES/BA

76|

77

Protocolos Clínicos: respostas a judicialização

• Esquizofrenia - Aripripazol

• Diabetes Melitus - Análagos de insulinas

• D.M.R.I - Ranibizumabe

• SRA – Vírus Sincicial - Palivizumabe

• D.P.O.C. – Salmeterol + Formoterol

• Asma Grave – Omalizumabe

• Hepatite C - Baraclude

• Hipertensão Pulmonar – bozentana e ambrisetana

77|

78

Questão 7 – Os protocolos clínicos no Estado da Bahia representaram uma alternativa para o enfrentamento da judicialização ?

1. SIM

2. NÃO

79

Obrigado

[email protected]