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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ
JOSÉ MÁRCIO COELHO
PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UMA PROPOSTA DE MELH ORIA DA
QVT DOS SERVIDORES DO IFSC - CAMPUS SÃO JOSÉ
São José
2010
2
JOSÉ MÁRCIO COELHO
PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UMA PROPOSTA DE MELH ORIA DA
QVT DOS SERVIDORES DO IFSC - CAMPUS SÃO JOSÉ
Trabalho elaborado para a disciplina de graduação de TCC III do Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José USJ.
Profª. MSc. Luciane Lehmkuhl Schmidt
São José
2010
3
JOSÉ MÁRCIO COELHO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UMA PROPOSTA DE MELH ORIA DA
QVT DOS SERVIDORES DO IFSC - CAMPUS SÃO JOSÉ
Trabalho elaborado para a disciplina de graduação de TCC III do Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José - USJ. Avaliado em 30 de Novembro de 2010 por:
_______________________________ Profª. MSc. Luciane Lehmkuhl Schmidt
Orientadora
_______________________________ Prof.ª MSc. Fernanda de Matos Sanchez Alves
Membro examinador
_______________________________ Prof.ª Drª. Rosana Duarte Carvalho Zimmermann
Membro examinador
4
Dedico este trabalho a todos que fizeram parte
desta jornada em busca de mais conhecimentos,
em especial aos meus grandes amigos de turma.
E a todos os ótimos professores e educadores
do Centro Universitário Municipal de São José.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço antes de todos, a Deus, que me deu forças e perseverança para alcançar este
sonho.
A minha mulher, que tanto amo, pela força que me transmitia quando eu mais
precisava, e por estar ao meu lado em todos os momentos de minha vida.
Ao meu amado filho Lucas pelas horas que teve menor atenção para a conclusão
deste trabalho.
Aos meus pais, por rezarem e acreditarem em mim, em todos os momentos de minha
vida.
Ao grande amigo Joaquim, que me apoiou para a realização deste objetivo e que se
dedicou em ajudar da melhor maneira possível.
Agradeço a professora e orientadora Luciane, pelo acompanhamento e revisão deste
trabalho, pela atenção e críticas que propiciaram um maior aprofundamento na pesquisa, e
pela dedicação e paciência quando precisei.
E por fim, a todos os amigos de turma, que deixarão saudades, pelos momentos de
alegria, de carinho e de companheirismo que me transmitiram nestes anos que se passaram.
6
RESUMO
Neste trabalho veremos a viabilidade na implantação de um programa de Ginástica Laboral (GL) para a melhoria da qualidade de vida no trabalho (QVT) dos servidores técnico-administrativos do IFSC – Campus São José. E através da fundamentação teórica, mostrar sobre a gestão de pessoas dentro das organizações, seus processos e qual a sua influência na saúde e qualidade de vida no trabalho dos servidores; sobre a saúde do trabalhador, quais seus problemas e sua relação com a qualidade de vida no trabalho e de como sua promoção pode influenciar no trabalho dos indivíduos. E o referencial teórico, ainda aborda, aos conceitos de qualidade de vida no trabalho, ginástica laboral e os benefícios da mesma para as organizações e para as pessoas. A parte técnica utilizada na pesquisa é quanto aos seus objetivos um estudo exploratório-descritivo, com uma abordagem quali-quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário aplicado a 54 servidores técnico-administrativos do IFSC – Campus São José, buscando avaliar nas respostas dos mesmos, sobre a saúde e a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos servidores, e o que os mesmos achavam sobre a proposta de implantação de um programa de GL. Podemos concluir que os servidores já possuem um nível bom de qualidade de vida na instituição e que a proposta de implantação de um programa de GL foi bem aceita pelos participantes da pesquisa.
Palavras-chave: Ginástica Laboral. Saúde do trabalhador. Qualidade de vida no trabalho. Gestão de pessoas.
7
ABSTRACT In this work we will see the feasibility of implementing a program of Gymnastics employment (GL) to improve the quality of work life of technical-administrative servers IFSC - Campus São José and through the theoretical framework, showing on the management of people within organizations, their processes and what is its influence on health and quality of work life of the servers, about the health of the worker, what their problems and their relationship to quality of work life and how his work can influence the promotion of individuals. And the theoretical framework, also addresses the concepts of quality of life at work, gym work and its benefits for organizations and people. The technical part is used in research in their aims a descriptive exploratory study with a qualitative approach. Data were collected through a questionnaire administered to 54 servers technical-administrative IFSC – Campus São José, by assessing the responses of those on health and the Quality of Work Life of servers, and what they thought about the proposal to implement a program of GL. We can conclude that the servers already have a good level of quality of life in the institution and the proposed deployment of a GL program was well accepted by study participants. Key-words: Gymnastics employment. Health of the worker. Quality of work life. Management of people.
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LISTA DE ABREVIATURAS
CEFET: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
CGP: COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE PESSOAS
CIPA: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
COGEP: COORDENADORIA DE GESTÃO DE PESSOAS
COREH: COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
DGP: DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE PESSOAS
DORT: DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADO AO TRABALHO
ETFSC: ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE SANTA CATARINA
GEAEN: GERÊNCIA EDUCACIONAL DE APOIO AO ENSINO
GL: GINÁSTICA LABORAL
GLC: GINÁSTICA LABORAL COMPENSATÓRIA
GLP: GINÁSTICA LABORAL PREPARATÓRIA
GLR: GINÁSTICA LABORAL DE RELAXAMENTO
IF: INSTITUTO FEDERAL
IFSC: INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
LER: LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO
OMS: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
PCMSO: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
PGL: PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL
PPRA: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
PROEJA: PROGRAMA NACIONAL DE INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS
QVT: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
RH: RECURSOS HUMANOS
SIAPE: SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
SIAPENET: SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO SIAPE
SIASS: SUBSISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR
SIG: SISTEMA DA INFORMAÇÃO GERENCIAL
SIGP: SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS
T&D: TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 Apresentação do tema 11
1.2 Problema de pesquisa 13
1.3 Justificativa 13
1.4 Objetivos 14 1.4.1 Objetivo geral 14 1.4.2 Objetivos específicos 14
1.5 Estrutura do documento 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16
2.1 A gestão de pessoas nas organizações 16
2.2 A gestão de pessoas nas instituições públicas 18 2.2.1 Recrutamento 20 2.2.2 Seleção 21 2.2.3 Capacitação e desenvolvimento de pessoas 22 2.2.4 Salários e Benefícios 22
2.3 Os processos de gestão de pessoas 23
2.4 A saúde do trabalhador 27
2.5 Problemas na saúde do trabalhador 31
2.6 O estilo de vida do trabalhador 34
2.7 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) 35
2.8 Ginástica Laboral (GL) 39 2.8.1 Definição de Ginástica Laboral 40 2.8.2 Benefícios da ginástica Laboral 42
3 HISTÓRICO DA EMPRESA 45
3.1 História do IFSC 45
3.2 Breve histórico do Campus São José 46
3.3 Coordenação de Gestão de Pessoas do Campus São José 47
4 METODOLOGIA 51
4.1 Caracterização da pesquisa 51
4.2 População e amostra 52
4.3 Técnica de coleta de dados 53
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA E PROPOSTA PARA PROGRAMA DE GL 55
5.1 Questionário de pesquisa aplicado no IFSC – Campus São José 55 5.1.1 Idade 55 5.1.2 Sexo 56 5.1.3 Renda familiar 56 5.1.4 Carga horária semanal no IFSC 57 5.1.5 Tempo de serviço no IFSC 58 5.1.6 Tempo de serviço no Campus São José 59
10
5.1.7 Relacionamento dos participantes com os colegas de trabalho 60 5.1.8 Apoio dos superiores no desenvolvimento do trabalho 61 5.1.9 Benefícios oferecidos pela instituição 62 5.1.10 Recebe adicional de insalubridade ou periculosidade 64 5.1.11 Oportunidades de desenvolvimentos oferecidas pela Instituição 65 5.1.12 Recursos oferecidos pela organização para o desenvolvimento do trabalho 67 5.1.13 Condições de trabalho 76 5.1.14 Informações e orientações sobre saúde e QVT no IFSC 74 5.1.15 Gosta do que faz no trabalho 75 5.1.16 Descreva o seu trabalho 76 5.1.17 O que é QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) 83 5.1.18 Você se considera saudável 84 5.1.19 Hábitos prejudiciais para a saúde 85 5.1.20 O que gera estresse 86 5.1.21 Prática de atividade física 88 5.1.22 Tipo de atividades físicas realizadas 88 5.1.23 Quantidade de vezes na prática de atividades físicas 90 5.1.24 Deslocamento de casa até o trabalho 90 5.1.25 Tempo gasto no trajeto casa/trabalho 91 5.1.26 Tempo dedicado ao lazer 93 5.1.27 Atividades além do trabalho habitual 94 5.1.28 Conhece ou participou de Ginástica Laboral (GL) 95 5.1.29 Quanto tempo de participação na GL 96 5.1.30 Gostaria de participar da GL e com qual frequência 97 5.1.31 Tempo ideal para a prática da GL 99 5.1.32 Período do trabalho para a prática da GL 100 5.1.33 Local ideal para a prática da GL 101 5.1.34 Desconforto ou dor com a realização do trabalho 102
5.2 Proposta para implantação de Programa de Ginástica Laboral (PGL) 104
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 110
REFERÊNCIAS 112
APÊNDICES 118
11
1 INTRODUÇÃO
As pessoas são hoje dentro das organizações, um diferencial competitivo. São as
pessoas os responsáveis em reunir valor para as organizações. Desta forma, as pessoas devem
estar motivadas e comprometidas dentro do seu ambiente de trabalho, e para isto as mesmas
devem ser valorizadas e desenvolvidas incessantemente, com trabalhos desenvolvidos pela
gestão de pessoas das organizações. As condições de trabalho irão influenciar diretamente na
saúde do trabalhador e em sua qualidade de vida no trabalho, assim como na sua
produtividade. Então para que o trabalhador possa efetivar suas atividades com qualidade e
estar preparado para os desafios diários (mudanças do cotidiano) eles necessitam ter qualidade
de vida no trabalho.
Aspectos presentes na sociedade moderna, como questões relacionadas às condições
de trabalho, o mercado altamente competitivo, a ameaça na perda de emprego e outras
dificuldades diárias, fazem com que os trabalhadores vivenciem cada vez mais situações
estressantes no seu ambiente de trabalho. Desta maneira, estas organizações devem procurar
através de suas gestões de pessoas, ações para melhoria na qualidade de vida no trabalho
(QVT).
As práticas de QVT apareceram justamente para equilibrar esse desnível entre as
estressantes atribuições dos trabalhadores e o cuidado com a sua saúde, tantas vezes
prejudicada por esse esforço continuo.
Uma das técnicas utilizadas de QVT é a Ginástica Laboral, que veremos se é viável
ou não, para a implantação no IFSC – Campus São José.
1.1 Apresentação do tema
Dada à importância das consequências, positivas e negativas, que o trabalho exerce
na saúde e na qualidade de vida no trabalho das pessoas e de como essas consequências
podem influenciar nos objetivos e nas atividades das organizações, este trabalho visa mostrar
os conceitos de saúde e qualidade de vida no trabalho, e suas influências sobre os
trabalhadores, e ainda mostrando os efeitos da ginástica laboral na saúde e QVT nas
organizações.
12
Para Limongi-França (2004), QVT é o conjunto de ações de uma empresa que
envolve desde a implantação de melhorias até inovações gerenciais e tecnológicas no
ambiente de trabalho. A mesma autora relata que a construção da QVT só ocorre a partir do
momento que se analisa o enfoque biopsicossocial da empresa, ou seja, se analisa a empresa e
as pessoas que fazem parte dela como um todo, e não separadamente.
De forma geral, os autores que tratam sobre o tema, vêem os conceitos de QVT com
os enfoques: o grau de satisfação da pessoa com a organização, as condições ambientais
gerais e a promoção da saúde (FRANÇA, 1996). Esses enfoques são vistos neste trabalho,
evidenciando a melhoria na QVT, e buscando mostrar os benefícios da GL para alcançar estes
benefícios.
É de responsabilidade das organizações, buscarem maneiras de satisfação para o
trabalhador no seu ambiente de trabalho, com a melhoria da saúde do trabalhador e da QVT, e
a gestão de pessoas pode e deve ser nas organizações a responsável por isto.
Chiavenato (2004) comenta que, a organização viável é aquela que não somente
consegue captar seus profissionais, mas também os mantém satisfeitos em longo prazo na
organização, isto do ponto de vista da gestão de pessoas. A manutenção de pessoas exige um
conjunto de cuidados especiais, entre os quais sobressaem os das relações com os servidores.
Estas relações são representadas pelos programas de gestão de pessoas. Destaca-se o de
higiene e segurança do trabalho que garanta qualidade de vida no trabalho na organização.
Diversas questões relacionadas à gestão de pessoas das organizações como, a
motivação, a insatisfação e as doenças ocupacionais, reproduzem diretamente na
produtividade e no desempenho das organizações. Desta maneira, estas organizações
procuram de distintas formas, medidas de prevenção que suavizem tais aspectos.
A ginástica laboral (GL) começou a ser entendida como um instrumento eficaz na
melhoria da saúde física do trabalhador, prevenindo e diminuindo problemas ocupacionais,
através dos exercícios específicos e que são feitos no próprio local de trabalho. A ginástica
laboral não cansa e nem sobrecarrega o servidor que a faz, porque é sempre de curta duração e
de carga leve, além de exercícios físicos, ela compõem-se de relaxamento muscular,
alongamentos e flexibilidade nas articulações (ALMEIDA, 2009).
Por esta razão, o tema apresentado para este trabalho de conclusão de curso é sobre a
viabilidade na implantação de um programa de ginástica laboral no IFSC – Campus São José,
buscando promover a saúde do servidor e melhorar a QVT.
Então, para a promoção da saúde no trabalho e melhorias na QVT são necessárias
pesquisas não só para indicar os problemas, mas também obter subsídios para elaborar
13
propostas para implementação de programas de prevenção voltados para a saúde do servidor,
visando facilitar e satisfazer as suas necessidades.
1.2 Problema de pesquisa
Qual a viabilidade de implantação de um programa de ginástica laboral (GL) que
proporcione melhoria da qualidade de vida no trabalho para os servidores do IFSC – Campus
São José?
1.3 Justificativa
O IFSC – Campus São José desenvolve suas atividades na área da educação desde
1988, e neste período alguns servidores entraram e saíram da instituição, mas a grande
maioria permanece hoje em seu quadro pessoal, e estes servidores buscam cada vez mais se
dedicar às suas atividades diárias com melhor saúde e QVT.
O pesquisador trabalha a 20 anos no IFSC - Campus São José. Desse total, os 12
primeiros anos de trabalho foram na área técnica, mais precisamente nos laboratórios do curso
de refrigeração e condicionamento de ar. Nos anos restantes atuou na área da informática e na
administração do Campus.
Com todos esses anos de trabalho na instituição, surgiu o interesse pelo estudo desta
prática, inicialmente pela observação no aumento no número de casos de pessoas doentes na
instituição pesquisada e na falta de programas para a melhoria da saúde e QVT dos
servidores. E foi durante os anos percebendo-se que os servidores sofriam de problemas com
doenças osteomusculares, depressão, cansaço físico, lombalgia, além do aumento no peso em
vários destes servidores e no nível de sedentarismo dos mesmos, despertando assim este
interesse na pesquisa. Desta forma este trabalho tem o intuito de verificar quais seriam as
possibilidades na implantação de um programa de GL na instituição.
Diversas pesquisas confirmam a eficácia da ginástica laboral. Desde seu início nas
mais variadas organizações e até mesmo no serviço público esta eficácia possui
fundamentação. Porém, a pesquisa desta atividade no serviço público possui pouca
abrangência, e então se tornou relevante o estudo sobre esta prática para verificar se a mesma
pode ou não trazer benefícios, tanto para a saúde como para o bem-estar físico e mental dos
servidores públicos federais.
14
Em uma investigação realizada por Bergamaschi, Deutsch e Ferreira (2002) sobre os
efeitos da ginástica laboral (GL) em servidores de uma indústria, os mesmos conseguiram
como resultados, diferenças significativas na redução de dores nos membros superiores e
coluna. E como consequência, ainda conseguiram abrandar a depressão, o mau humor, a
irritação e a reduzir os problemas com relacionamentos pessoais.
Desta forma verifica-se que a prática da GL proporciona modificações de caráter
positivo nas pessoas, melhorando a sua QVT e trazendo bem-estar aos mesmos.
Também, as referências bibliográficas sobre este tema não são muitas dentro do
serviço público, ocasionando dificuldades no estudo sobre a prática da ginástica laboral. E
como é desconhecida a prática da GL nos campi do Instituto Federal de Santa Catarina
(IFSC), surgiu o interesse para o estudo dos benefícios destas práticas, para poder-se
futuramente implantar o mesmo no Campus São José do IFSC.
O interesse surgiu também, devido ao tema ser recente na área de administração,
sendo este pesquisado principalmente pelas áreas da saúde e educação física.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
Verificar a viabilidade de implantação de um programa de ginástica laboral para
melhoria da qualidade de vida no trabalho dos servidores técnico-administrativos do IFSC –
Campus São José.
1.4.2 Objetivos específicos
a) Identificar a política de gestão de pessoas do IFSC – Campus São José;
b) Descrever a percepção dos servidores em relação à QVT;
c) Propor a implantação de um programa de ginástica laboral para os servidores do IFSC –
Campus São José, para melhorar a QVT.
15
1.5 Estrutura do documento
Este trabalho apresenta-se em capítulos que separam por assuntos o estudo realizado.
O primeiro capítulo apresenta a introdução ao tema estudado, o problema de pesquisa, assim
como a justificativa e os objetivos geral e os específicos. O segundo capítulo trata da
fundamentação teórica enfocando importantes assuntos, como: a gestão de pessoas nas
organizações e instituições públicas, e seus processos, a saúde do trabalhador, a qualidade de
vida no trabalho e a ginástica laboral e seus benefícios.
O histórico da instituição pesquisada é visto no terceiro capítulo. O capítulo quatro
descreverá a metodologia e os procedimentos utilizados na pesquisa.
No quinto capítulo serão apresentados e discutidos os resultados desta pesquisa, e a
proposta para a implantação de um programa de Ginástica Laboral. E no sexto e último
capítulo serão ressaltadas as considerações finais e recomendações.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo será apresentada a fundamentação teórica necessária para o
desenvolvimento deste estudo. Nesse sentido, ele está dividido em seis seções e estas em
subseções para facilitar a apresentação do mesmo. Também chamado de embasamento ou
referencial teórico, é na fundamentação que se irão buscar pesquisas anteriores por meio de
monografias, livros e outros que dêem ao pesquisador fatos verídicos e científicos para seu
estudo. O pesquisador não poderá embasar-se no senso comum, e sim buscar a cientificidade
de sua pesquisa.
Desta forma baseou-se a fundamentação teórica na pesquisa em diversos livros que
abordavam o tema escolhido, e pesquisas na Internet, revistas científicas e monografias.
Ressalta-se a importância das revistas científicas, pois trazem estudos mais recentes e
oferecem maior segurança na pesquisa.
2.1 A gestão de pessoas nas organizações
Na história, as pessoas vêm sendo tratadas como um insumo pela organização, ou
seja, um recurso a ser administrado. Apesar das grandes transformações na organização da
produção, os conceitos que se tem sobre gestão de pessoas e a transformação desta em
práticas gerenciais possuem ainda como principal objetivo o controle sobre as pessoas. Em
contrapartida, estas organizações estão sofrendo uma enorme pressão do contexto externo,
que as encaminha para uma revisão em sua forma de administrar as pessoas (DUTRA, 2002).
Desta maneira, é feita uma análise do processo de evolução, em específico sobre a
gestão de pessoas, procurando evidenciar as questões com relação ao conteúdo, e também as
ligadas a sua nomenclatura.
Conforme Dutra (2002) verifica-se que embora a gestão de pessoas exista desde a
Antiguidade, é somente no fim do século passado que esta questão assume uma importância
necessária para merecer uma sistematização dos conhecimentos acumulados. Verificamos que
na Inglaterra já existe uma preocupação com a gestão de pessoas, desde a Revolução
Industrial, pelas pressões do parlamento e dos sindicatos, e nos Estados Unidos da América
(EUA), por temor da organização dos trabalhadores.
E continua o mesmo autor (2002), que comenta que é no século XX que a gestão de
pessoas se estrutura; estruturação esta que acontece com base na Escola da Administração
17
Científica. E durante todo o século XX, esse fato condiciona a gestão de pessoas aos
paradigmas de gestão criados por este movimento na história da administração.
O sucesso alcançado desse modo de organização do trabalho fez com fosse adotada
por todas as organizações, independente das ideologias ou finalidades da organização. E esta
organização do trabalho se confirma como a mais eficiente, e foi chamada de paradigma
taylorista ou fordista (DUTRA, 2002).
Porém esse modo de organização do trabalho foi criticado duramente por tornar o
trabalho degradante e humilhante e, por não permitir que as pessoas se desenvolvessem
sozinhas (ARENDT, 1987).
Desta forma, Dutra (2002) comenta que é na década de 60 que começam as primeiras
críticas aos modelos tayloristas/fordistas sobre os modelos adotados para a gestão de pessoas,
mas somente na década de 70 é que surgem críticas mais bem fundamentadas, gerando base
para a ruptura com este tipo de práticas de gestão de pessoas. A década de 80 torna-se a época
da transição, causando uma grande crise no que se refere à gestão de pessoas.
Passado este momento de transição, o autor (2002) complementa o assunto, citando
que os anos 90 tornam-se muito rico no aprendizado sobre novas experiências e propostas na
área de gestão de pessoas. Hoje, existe um lastro ofertado por diversas experiências que
explicam novas abordagens para a gestão de pessoas.
Foi diante ao questionamento das formas de trabalho ao longo dos anos que as
formas de administração e estruturação das organizações mudaram. O servidor sabe o que está
fazendo, por que está fazendo, tem a oportunidade de participar e conhecer os resultados da
organização e, é motivado a prosperar em sua função, bem como crescer como profissional.
Desta forma as organizações, através das suas gestões de pessoas, estão buscando focar as
pessoas, como pontos estratégicos e como diferencial competitivo.
Este comentário é reforçado, com o que comenta Chiavenato (2004), que diz que o
contexto de Gestão de Pessoas é formado por pessoas e organizações. As pessoas dependem
das organizações onde trabalham para atingir seus objetivos pessoais e individuais, assim
como as organizações dependem direta e irremediavelmente das pessoas para operar, produzir
seus bens e serviços, atenderem seus clientes, competir nos mercados e atingir seus objetivos
gerais e estratégicos.
Completando, pode-se citar o que Marras (2000) comenta: o setor encontra-se em
evidência por estar focado nas pessoas, descobrindo e explorando seu potencial como uma
troca, dando-lhes benefícios e aproveitando seus benefícios. As pessoas são parceiras da
organização e cada um está disposto a continuar investindo seus recursos na medida em que
18
obtém retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos. Através de seus resultados, a
organização pode proporcionar um retorno às contribuições efetuadas e hoje o parceiro mais
interno da organização é o servidor, que está dentro da empresa dando vida e dinamismo.
Colabora também Vieira (1996), quando destaca que, dependendo da maneira como
as pessoas são tratadas, elas podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma
organização. Pelo exposto, infere-se que a Gestão de Pessoas na organização é a função que
permite a colaboração eficaz das pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e
individuais.
Nesse sentido, Chiavenato (2004), diz que esses objetivos obedecem a certas
prioridades na organização, como: ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar
sua missão, proporcionar competitividade à organização, proporcionar à organização,
servidores bem treinados e bem motivados dando reconhecimento às pessoas, aumentar a
auto-atualização e a satisfação dos servidores no trabalho por serem fontes determinantes do
sucesso organizacional, e desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho.
E Dutra (2002) comenta também, que é exigido do ambiente onde se está incluído,
um modelo de gestão de pessoas que ofereça e instigue suporte ao desenvolvimento recíproco
das pessoas e da empresa, e que também ofereça aos mesmos, orientação para esse
desenvolvimento de forma fácil, clara e que não seja rígida.
É comentado então, que hoje as pessoas não podem mais ser vistas como custos ou
como recursos descartáveis, principalmente porque as organizações não mais administram
pessoas, e sim administram com as pessoas, pois elas fazem parte do processo e são vistas
como patrimônio e como recursos produtivos.
Porém existem diferenças cruciais entre a gestão de pessoas na iniciativa privada e
nas instituições públicas, e no próximo capítulo enfatizaremos sobre a gestão de pessoas nas
instituições públicas.
2.2 A gestão de pessoas nas instituições públicas
Conforme Saldanha (2010), para a empresa privada, a competitividade é uma
questão de sobrevivência. O mercado não perdoa a falta de competência, o projeto mal
gerenciado ou a inércia frente às novas necessidades dos clientes. Existem por certo, questões
relacionadas a interesses pessoais, políticos, jogos de status e coleguismo, mas antes de tudo,
via de regra, vem à eficácia na atuação da organização. Neste raciocínio, cabe dizer que os
19
requisitos básicos de um planejamento estratégico, como as definições de missão, visão e
valores, os quais dão um senso de direção às pessoas, são encontradas como exceção em
instituições públicas, principalmente naquelas ditas "puras", onde todo o recurso advém
inteiramente do "estado-patrão".
Ainda o autor (2010) comenta que, também deve ser considerada a existência de uma
legislação toda própria de gestão de pessoas na atividade pública, que influencia diretamente
os processos de gestão de recursos humanos (RH), quais sejam: recrutamento e seleção,
treinamento, aplicação, avaliação, manutenção e controle.
Segundo o Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) do IFSC, a gestão de pessoas
se baseia em três aspectos fundamentais:
• As pessoas como seres humanos;
• As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais;
• As pessoas como parceiras da instituição.
A gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma organização
depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como elas estão
organizadas, são estimuladas e capacitadas, e como são mantidas num ambiente de trabalho e
num clima organizacional adequados. E ainda, como estão estruturados e organizados os
membros da força de trabalho, de modo a habilitá-los a exercer maior poder e liberdade de
decisão, levando à maior flexibilidade e à reação mais rápida aos requisitos mutáveis do
mercado (IFSC, 2010).
Então a política de gestão de pessoas “deve reconhecer as pessoas como o fator mais
valioso para o desenvolvimento das atividades efetuadas na instituição e a melhoria de sua
eficiência” (CHIAVENATO, 2004, p. 5). Apresentam-se abaixo as respectivas políticas de
gestão de pessoa.
Basicamente, as políticas e os processos de gestão de pessoas empregados pelo IFSC
estão na Lei Nº. 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias e das fundações públicas e federais. Abaixo podemos verificar
alguns destes processos.
20
2.2.1 Recrutamento
Existem diversos conceitos a respeito de recrutamento. Chiavenato apresenta em um
de seus conceitos de recrutamento como:
É o processo de atrair um conjunto de candidatos para um particular cargo. Ele deve
anunciar a disponibilidade do cargo no mercado e atrair candidatos qualificados para
disputá-lo. O mercado do qual a organização tenta buscar os candidatos pode ser
interno, externo ou uma combinação de ambos. Em outras palavras, a organização
deve buscar candidatos dentro dela, fora dela ou em ambos os contextos
(CHIAVENATO, 2004, p. 113).
Existia até o ano de 1988, no serviço público do Brasil, o instituto da ascensão
funcional, que era a maneira legal de recrutamento interno. A ascensão funcional era
regulamentada pelo Decreto Nº. 85.645/1981, sendo que no seu artigo 5º era definido que a
ascensão ocorreria através de concurso interno (BRASIL, 1981).
Porém com a intenção na moralização do serviço público, uma vez que o concurso
interno privilegiava alguns cidadãos, vem a Constituição Federal de 1988 proibir este tipo de
prática. Porém o recrutamento interno era de certa forma vantajosa, e causaram alguns
prejuízos as instituições públicas.
Existem algumas vantagens no recrutamento interno, como nos mostra Stoner e
Freeman (1999), que são:
• Os servidores recrutados internamente já são familiarizados com a
organização e seus membros, e esse conhecimento aumenta a probabilidade
de sucesso;
• Uma política de promoção interna estimula a lealdade e inspira maior esforço
por parte dos membros da organização;
• E é mais barato recrutar ou promover internamente do que se contratar fora da
organização.
Porém os mesmos autores citados anteriormente (1999) comentam que, o
recrutamento interno apresenta as suas desvantagens, pois o mesmo limita a quantidade de
talentos disponíveis, pode encorajar a complacência dos servidores, achando que o tempo de
serviço assegura a promoção, e ainda reduz a chance da entrada de novos pontos de vista na
organização.
21
E quanto à política de recrutamento externo Chiavenato (2004) comenta que o
principal objetivo está na busca de novos candidatos de fora, e que possam trazer habilidades
e experiências novas, não existentes na organização.
Na atualidade os servidores que querem alcançar melhores cargos na instituição
pública devem concorrer em igualdade com candidatos externos.
2.2.2 Seleção
Segundo Ferreira et al (2007), ao se abordar a temática de gestão de pessoas no setor
público é necessária refletir com atenção para uma realidade que difere da adotada pelas
organizações privadas.
O mesmo autor ainda comenta que:
Quando uma empresa do setor privado contrata um funcionário para fazer parte do seu quadro, ela espera que ele consiga contribuir para aumentar os lucros da empresa. Por sua vez, quando uma organização do setor público contrata uma pessoa ela espera que ele consiga aumentar os índices de eficiência e eficácia que não necessariamente corresponde a lucro, e sim a uma melhor prestação de serviços a sociedade (FERREIRA et al, 2007, p. 5).
E também Saldanha (2010) completa com o comentário, que em um processo de
seleção, enquanto a iniciativa privada dispõe de testes, entrevistas, dinâmicas de grupo e o que
mais lhe convier, o serviço público tem como ferramenta principal o concurso público. Ainda
que o concurso público seja eficiente para medir habilidades técnicas e teóricas, deixa muito a
desejar para a constatação de habilidades comportamentais.
Para Chiavenato (2004, p. 131) “em termos mais amplos, a seleção busca, dentre os
vários candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados aos cargos existentes na
organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem como
a eficácia da organização”.
A Constituição Federal de 1988 prevê que o ingresso nos quadros dos entes públicos
far-se-á através do concurso público, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, como estatui o Artigo 37, II, da
Constituição Federal (BRASIL, 1988).
Para isto o IFSC através de sua gestão de pessoas, averigua anualmente o seu quadro
de pessoal, e analisa se a instituição tem ou não a necessidade na contratação de novos
servidores. Se o quadro esta defasado, abre-se edital para a transferência de pessoal de outros
22
órgãos da rede federal e/ou servidores da própria instituição, ou então que estejam em serviço
em outros Campi. Caso as vagas não sejam preenchidas abre-se edital para concurso público.
2.2.3 Capacitação e desenvolvimento de pessoas
As organizações, na visão de Stoner e Freeman (1999), desenvolvem programas de
treinamento que propiciam a manutenção e o melhoramento do desempenho no trabalho atual,
e programas de desenvolvimento que propiciam desenvolver habilidades para trabalhos
futuros.
Segundo Chiavenato (2004, p. 334) “todo modelo de formação, capacitação,
educação, treinamento ou desenvolvimento deve assegurar ao ser humano a oportunidade de
ser aquilo que pode ser a partir de suas próprias potencialidades, sejam elas inatas ou
adquiridas”.
No serviço público federal o Decreto Nº. 5.707/2006, institui a política e as diretrizes
para o desenvolvimento de pessoal da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei Nº. 8.112/1990. Em seu artigo 5º, o decreto
fala sobre quais são os instrumentos da política nacional de desenvolvimento de pessoal, que
são:
I - Plano anual de capacitação;
II - Relatório de execução do plano anual de capacitação;
III – Sistema de gestão por competência (BRASIL, 2006).
É através de programas de desenvolvimento, treinamentos e capacitações, que as
pessoas começam a desenvolver habilidades para trabalhos futuros, e no serviço público
também influenciam para o aumento da remuneração dos servidores.
2.2.4 Salários e Benefícios
A capacitação e o desenvolvimento geralmente são pensados pelos servidores como
uma qualificação profissional e também como ascensão em seu plano de carreira,
influenciando diretamente em seus salários e benefícios.
Porém a remuneração de uma pessoa não é apenas o pagamento de um salário,
envolve outros fatores do ponto de vista do servidor. Para os autores abaixo, a remuneração se
apresenta de duas maneiras, em salário e benefícios:
23
Salários são a recompensa monetária que se recebe trabalhando para alguém. Pode
ser de várias formas: por hora, dia ou mês, com gratificação, gorjeta ou comissão.
Benefícios são aquilo a que se tem direito pelo fato de ser empregado. Podem ser:
feriados remunerados, férias, seguros e aposentadoria (MEGGINSON et al, 1998, p.
302).
No serviço público, a melhoria da remuneração se dá geralmente através do plano de
carreira, e define a trajetória do servidor, benefícios, aposentadoria, etc.
Segundo a Lei 11.091/2005, em seu artigo 5º, inciso I, o plano de carreira é “o
conjunto de princípios, diretrizes e normas que regulam o desenvolvimento profissional dos
servidores titulares de cargos que integram determinada carreira, constituindo-se de
instrumento de gestão do órgão ou da entidade” (BRASIL, 2005).
Vê-se a seguir os processos de gestão de pessoas, conforme os autores da área.
2.3 Os processos de gestão de pessoas
Primeiramente, tem-se que definir o que é processo. Segundo Dutra (2004), processo
agrega a idéia de interação entre diferentes elementos associados à idéia de mudança,
movimento e fluxo. Processos de gestão são interações entre partes e possuem um objetivo, e
também estão inseridos em padrões previamente definidos.
Nesta parte do trabalho serão detalhados os processos de RH ou gestão de pessoas e
todo o conjunto de práticas existentes em cada um dos processos.
É interessante então lembrar que os processos de gestão de pessoas são os mesmos
hoje, como para a mais antiga Administração de RH. E desta forma ressaltar que não existe
uma única definição para os processos ou sistemas de gestão de pessoas, ele é caracterizado
de maneiras diferentes, por diversos autores. Mas é comprovado que essas definições se
assemelham, pois as mesmas apresentam pontos em comum.
Gil (2007) demarca as atribuições dos processos de gestão de pessoas, que são
mostradas no quadro I. E o autor ainda comenta que “os sistemas apresentados são bastante
amplos, de forma que qualquer um deles envolve grande número de atividades” (GIL, 2007,
p. 25).
Sistemas de RH Atividades
24
Suprimento ou Agregação
• Identificação das necessidades de pessoal; • Pesquisa de mercado de gestão de pessoas; • Recrutamento; • Seleção.
Aplicação
• Análise e descrição de cargos; • Planejamento e alocação interna de recursos
humanos. Manutenção ou Compensação
• Remuneração; • Benefícios; • Carreiras; • Higiene e segurança e qualidade de vida no
trabalho; • Relações com sindicatos.
Desenvolvimento ou capacitação
• Treinamento e desenvolvimento de pessoal; • Desenvolvimento e mudança na organização.
Monitoração ou controle
• Avaliação de desempenho; • Banco de dados; • Sistemas de informações gerenciais; • Auditoria de gestão de pessoas.
Quadro I: Sistemas de RH
Fonte: GIL, 2007, p.25.
Podem-se comparar as atribuições dos processos de gestão de pessoas citados pelo
autor acima com os de Dutra (2002), que mostra que se podem classificar em função de sua
natureza os processos de gestão de pessoas, quanto aos objetivos e parâmetros do mesmo em:
• Movimentação;
• Desenvolvimento;
• Valorização.
O processo de movimentação, segundo Dutra (2002, p. 49), possuem como objetivos
básicos:
Oferecer suporte a toda ação de movimento da pessoa que estabelece uma relação com a empresa independentemente de seu vínculo empregatício. E são eles: • Captação (ações da empresa no recrutamento e seleção de pessoas para trabalhar com a empresa e/ou negócio); • Internalização (ações que permitem à pessoa atuar na empresa e/ou negócio, tais como: condições para assumir atribuições e responsabilidades, socialização na cultura organizacional etc.); • Transferências (movimentos das pessoas no interior da empresa que envolva mudança de local de trabalho); • Promoções; • Expatriação (transferências de caráter particular, tais como: mudança de país); • Recolocação (movimento das pessoas para fora da empresa).
25
O processo de desenvolvimento para o mesmo autor citado anteriormente, “é uma
categoria que congrega processos cujo objetivo é estimular e criar condições para o
desenvolvimento das pessoas e da organização” (DUTRA, 2002, p. 50). As práticas desta
categoria mostradas pelo autor são:
• Capacitação;
• Carreira;
• Desempenho.
Por último a categoria de valorização, onde o mesmo autor (2002, p. 51) diz que é
onde “estão os processos que têm como objetivo estabelecer parâmetros e procedimentos para
distinção e valorização das pessoas que estabelecem alguma relação com a empresa”. Ela é
concretizada com as recompensas recebidas pelas pessoas como contrapartida de seu trabalho
para a organização. E as práticas que compreende a mesma são:
• Remuneração (e benefícios);
• Premiação;
• Serviços e facilidades.
Já para Chiavenato (2004), outro autor da área, os processos de gestão de pessoas
são:
• Processos de agregar pessoas (Recrutamento e seleção);
• Processos de aplicar pessoas (modelagem do trabalho, desenhos de cargos e
avaliação de desempenho);
• Processos de recompensar pessoas (Remuneração, benefícios e serviços, e
incentivos);
• Processos de desenvolver pessoas (treinamento, desenvolvimento, mudanças,
comunicações e aprendizagem);
• Processos de manter pessoas (Disciplina, higiene, segurança e qualidade de
vida no trabalho, relações com sindicatos);
• Processos de monitorar pessoas (Banco de dados e SIG – Sistema de
informações gerenciais).
Ainda segundo Chiavenato (2004), todos estes processos são traçados de acordo com
as exigências, tanto das influências ambientais externas (Leis e regulamentos legais,
sindicatos, condições econômicas, competitividade e condições sociais e culturais), como por
influências organizacionais internas (missão organizacional, cultura organizacional, natureza
das tarefas, visão, objetivos e estratégia, e estilo de liderança), isto para a obtenção da melhor
26
compatibilização entre si. Estes processos trarão resultados finais desejáveis, tais como:
práticas éticas e socialmente responsáveis, produtos e/ou serviços competitivos e de alta
qualidade e qualidade de vida no trabalho.
Com a exposição dos autores sobre os processos de gestão de pessoas, e os
comparando é visto que estes se assemelham. Porém se irá destacar o processo de
manutenção, que consta de aspectos práticos e conceituais para que uma organização consiga
manter e conservar o seu quadro pessoal.
É visto anteriormente que os autores demonstram o processo de manutenção com
visões que se assemelham, Gil (2007) mostra o processo de manutenção ou compensação,
como o responsável por remuneração, benefícios, carreiras, higiene e segurança, e pela
qualidade de vida no trabalho (QVT), além das relações sindicais.
O processo para manter as pessoas na visão de Chiavenato mostra a organização
como a responsável pela disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho (QVT)
e relações com sindicatos. E por fim Dutra (2002) que mostra o processo de manutenção,
como processo de valorização, que compreende as práticas de remuneração, benefícios,
premiação, serviços e facilidades.
Quando Dutra (2002) coloca os benefícios na valorização, estes podem ser
classificados a partir de sua natureza segundo Chiavenato (2004) em:
• Assistenciais: que visam oferecer ao empregado e família, segurança e
suporte em casos imprevistos, tais como assistência financeira, assistência
médica, suplemento de aposentadoria etc.;
• Serviços: proporcionam ao empregado e sua família facilidades e serviços na
melhoria de sua qualidade de vida, como restaurante, seguro de vida,
comunicação, estacionamento etc.;
• Recreativos: proporciona aos empregados e sua família diversão, lazer e
estímulo à cultura. Podemos citar nesta categoria, as promoções, clubes,
colônia de férias, concursos culturais etc.
Pode-se salientar que os benefícios em nosso país são simplesmente uma forma de
remuneração complementar, e oferecem suporte para os servidores, permitindo aos mesmos,
segurança, onde não teriam acesso de outra maneira (DUTRA, 2002).
Após o servidor ser recrutado, selecionado, socializado, aceito e de ter começado a
trabalhar na organização, passa a ser necessário mantê-lo dentro da mesma.
Sabendo-se então, através dos autores mencionados acima, que o processo de manter
e de valorizar as pessoas (manutenção), são os processos utilizados para criar condições
27
ambientais psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas, procura-se dentro do
trabalho destacar a saúde, inserida dentro da higiene e segurança do trabalho, e relacionar a
mesma com a melhoria na qualidade de vida no trabalho.
A higiene e segurança no trabalho, que faz parte do processo de manutenção, é parte
de QVT e está diretamente relacionada com o bem-estar dos servidores. Alguns temas são
normalmente incluídos na preocupação da QVT, entre eles se encontra a higiene e saúde no
trabalho.
Conforme Carvalho e Serafim (2002, p. 296) a higiene no trabalho “é hoje
reconhecida, como uma ciência do reconhecimento, avaliação e controle dos riscos de saúde
na empresa, visando à prevenção de doenças ocupacionais”.
Ainda segundo os autores (2002), os objetivos da higiene do trabalho são: a
eliminação das causas de doenças profissionais, redução dos efeitos prejudiciais provocados
pelo trabalho em pessoas doentes, prevenção do agravamento de doenças e lesões,
manutenção da saúde dos servidores e aumento da produtividade por meio do controle do
meio ambiente.
Para que esses objetivos sejam alcançados, Chiavenato (2004) sugere que quatro
itens estejam presentes nas preocupações com a higiene, que são:
• Ambiente físico: ventilação, iluminação, ruídos, temperatura;
• Ambiente psicológico: relacionamentos agradáveis, gerência participativa, atividades
agradáveis e motivadoras, eliminação de fontes de estresse;
• Aplicação de princípios de ergonomia: mesas e instalações adaptadas às pessoas,
máquinas e equipamentos adequados, ferramentas que reduzam o esforço físico;
• Saúde ocupacional: Estabelecer sistema de indicadores, desenvolvimento de
procedimentos e regras para prevenir doenças, desenvolvimento de sistemas de
relatórios médicos, recompensas aos supervisores e gerentes pela administração eficaz
da função de saúde ocupacional.
Como é visto anteriormente, a saúde do servidor esta diretamente ligada ao aumento
de produtividade nas organizações, e faz parte dos processos de gestão de pessoas para a
manutenção dos mesmos nas organizações. Então a seguir veremos o tópico que fala sobre
este assunto.
2.4 A saúde do trabalhador
28
Pode-se afirmar que a saúde é um direito fundamental do ser humano, e se encontra
na Lei Federal brasileira de Nº. 8.080/1990, que no seu artigo 2º diz: “A saúde é um direito
fundamental do ser humano, devendo o estado prover as condições indispensáveis ao seu
pleno exercício” (BRASIL, 1990). Nesta mesma Lei, em seu artigo 3º ainda complementa
com, “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação,
a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do País” (BRASIL, 1990).
Ainda na mesma Lei, no artigo 3º, em seu parágrafo único, ela diz que, “Dizem
respeito também à saúde às ações que, por força do artigo anterior, se destinam a garantir às
pessoas e a coletividade condições de bem-estar físico, mental e social” (BRASIL, 1990).
O Governo Federal começou a ver que os serviços públicos necessitavam de
programas de assistência a saúde, e com um projeto no final desta década, foi implantado no
começo de 2010 em Santa Catarina o SIASS - Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do
Servidor. Este sistema prevê, além dos três grandes eixos - assistência, perícia, promoção e
vigilância à saúde, uma ferramenta de comunicação - o Portal do SIASS com o objetivo de
integrar e divulgar ações, legislações, dicas de saúde, notícias, artigos, eventos e toda
informação que for necessária para fortalecimento da construção coletiva que é essa nova
Política de Atenção à Saúde do Servidor (BRASIL, 20101).
É visto então, que a responsabilidade pela saúde das pessoas deve partir do Estado, e
sendo as instituições públicas parte do mesmo, deve esta garantir aos servidores condições
para alcançar as condições ideais para o desenvolvimento de suas atividades, com saúde e
qualidade de vida. Atualmente, a assistência à saúde vivencia um extenso processo de
reorientação do seu modelo, estimulada pela reformulação das Leis e das formas do processo
de trabalho.
Pode-se falar então, que a gestão de pessoas é considerada critica e fundamental para
o alcance das metas constitucionais propostas. E se completa pelo que comenta Chiavenato
(2000, pg. 431), “Do ponto de vista da administração de recursos humanos, a saúde e a
segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força
de trabalho adequada”.
Após esta contextualização pode-se definir saúde como nos mostra Chiavenato
(2000, pg. 431), que a define como “um estado completo de bem-estar físico, mental e social,
1 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil
29
e que não consiste somente na ausência de doença ou de enfermidade”. Ele coloca a saúde
como atividade paralela de recursos humanos, porém indispensáveis para a manutenção das
condições psicológicas e físicas do pessoal.
Porém, estamos longe de estabelecer um consenso em relação ao conceito de saúde.
Porém, parece se entender universalmente que saúde não é apenas a ausência de doença.
Existe uma inclinação na mudança de um paradigma biológico para um ecológico, definindo
saúde como uma condição de grande importância, avaliada continuamente, e que resulta de
uma complexa interação de fatores hereditários, ambientais e do estilo de vida (BOUCHARD
et al apud NAHAS, 2001).
Desta forma, nesta parte do trabalho tem-se a intenção de mostrar como a saúde do
trabalhador se comporta na sociedade e internamente nas instituições, e como a mesma é
tratada e quais foram as suas mudanças durante o tempo.
Para Silva e Marchi (1997), para que alguém possa qualificar sua vida como de
qualidade, a saúde é uma condição essencial. Segundo a OMS (Organização Mundial de
Saúde), temos saúde como um bem-estar biossocial e não apenas a ausência de doenças.
De acordo com Marchi (2008), estudos realizados nos últimos 20 anos sobre como
promover saúde no local de trabalho, têm quantificado a relação entre o aumento de
produtividade e a boa saúde. Vemos então que a preocupação da empresa com a saúde do
servidor torna-se econômica e não somente como uma obrigação ética.
Quando é falado de saúde em um contexto institucional, não se pode deixar de
comentar sobre saúde e condições de trabalho, mas o que é trabalho? E qual sua relação com a
saúde do trabalhador? Abaixo é mostrada esta relação entre saúde e trabalho.
Melo (1993), afirma que a saúde em sua relação com o trabalho exige, de um lado, a
intervenção, que reivindica a atuação de variados profissionais e instituições, sindicatos
participativos e a interlocução com os patrões e, de outro lado, no que se reporta à
interlocução de disciplinas diferentes no seu tratamento e na investigação.
De acordo com Giddens (1997, pg. 578) “Podemos definir o trabalho como a
realização de tarefas que envolvem o dispêndio de esforços mental e físico, com o objetivo de
produzir bens e serviços para satisfazer as necessidades humanas”.
Na sociedade o trabalho foi elevado a fator estrutural da organização econômica,
política e social. “Ele estrutura não somente a nossa relação com o mundo, mas também as
nossas relações sociais. Ele é a relação social fundamental. Está, além disso, no centro da
visão de mundo que é a nossa [...]” (MÉDA, 1999, pg. 28).
30
Porém para as pessoas o trabalho na maioria das vezes é visto como não sendo
humano, e não traz qualidade de vida. Rodrigues (1994, p.11) diz que:
O trabalho é indesejado, justamente porque na atual sociedade, com muita
frequência, ele se configura de uma forma totalmente fragmentada e sem sentido,
burocratizado, cheio de normas e rotinas, ou então, cheio de exigências e conflitivo
com a vida social ou familiar.
Com o trabalho, começou-se a pensar na saúde do trabalhador, e segundo Melo
(1993), a compreensão de saúde do trabalhador implica em ter como pano de fundo o próprio
entendimento de saúde coletiva; que nas últimas décadas se constituiu e trouxe a tona à
discussão sobre qualidade, na medida em que se recorda a questão saúde numa leitura
associada à discussão sobre em que condições de trabalho e de vida da sociedade brasileira
viveram e vive o seu desenvolvimento. Procura equacionar e enfrentar as necessidades e
problemas da sociedade, na medida em que também procura entendê-los.
E desta forma a saúde do trabalhador é definida por Gomes-Minayo e Thedim-Costa
(1997, p. 21) como:
Um corpo de práticas teóricas interdisciplinares – técnicas, sociais, humanas – e
interinstitucionais, desenvolvidas por diversos atores situados em lugares sociais
distintos e informados por uma perspectiva comum.
Sobre as diferentes variáveis que interferem na saúde do trabalhador, Dejours et al
(1993, p.103) afirma que:
O organismo do trabalhador não é um motor banal submetido a um só tipo de
excitação. Ele deve gerenciar, ao mesmo tempo, excitações exteriores e interiores. O
trabalhador não chega ao seu trabalho como uma máquina nova. Ele tem uma
história pessoal, que se concretiza por uma certa qualidade de suas aspirações, de
seus desejos, de suas motivações e de suas necessidades psicológicas. Isto confere a
cada indivíduo, características únicas e pessoais, que combatem o mito do
‘trabalhador médio’ tão ao gosto do taylorismo. Em função de sua história, dispõe
de vias de descarga preferenciais, que não são as mesmas para todos e que
participam na formação daquilo que se chama estrutura da personalidade.
As empresas começaram a notar que gastavam não somente com os problemas de
saúde de seus servidores, mas também com a diminuição da produtividade da empresa
durante sua ausência. Além deste servidor depois de voltar, não ter o mesmo rendimento de
antes e acabar se aposentando mais cedo do que deveria (SHEPHARD apud BOUCHARD,
2003). Abaixo pode-se ver alguns destes problemas na saúde do trabalhador.
31
2.5 Problemas na saúde do trabalhador
Conforme a literatura um dos problemas que mais afetam as empresas são os
distúrbios na saúde do trabalhador. Ocasionados na maioria das vezes, devido a uma
organização do trabalho que tenha tarefas repetitivas, jornada prolongada e pressão constante
no trabalho. Esses distúrbios geram dor e sofrimento para os trabalhadores e gastos altos para
as empresas com assistência médica e seguros.
Faria Junior (1990) comenta que o estilo de vida dos trabalhadores mudou muito da
época agrícola para a industrial. Passaram de um estilo de vida de atividade para um de
sedentarismo. As tarefas físicas mais intensas são dispensadas muitas vezes pela automação e
a tecnologia dos computadores, com isto o surgimento de enfermidades pela falta de
movimento estão cada vez mais frequentes.
Com um comportamento sedentário onde na maioria das vezes os trabalhadores
ficam horas em condições limitadas de movimento sentadas em cadeiras ou em pé na frente
de bancadas, e na maioria de seu tempo livre em frente da televisão, internet e jogos
eletrônicos, as pessoas sofrem com doenças hipocinéticas2 (NAHAS, 2001).
Completa Rodrigues (2009), dizendo que o sedentarismo ou a inatividade, é um dos
maiores fatores de risco de doenças para o organismo do homem, uma delas são os problemas
cardiovasculares.
Rodrigues (2009) ainda comenta que o sedentário tem maior chance de ganhar peso
que uma pessoa que põe em prática uma educação física adequada. Classifica-se como
sedentário um indivíduo que realiza um mínimo de atividade física, com um gasto energético
somando: trabalho, lazer, atividades domésticas e locomoção, inferior a 500 Kcal por semana
(NAHAS, 2001).
Além do sedentarismo, o homem começou a sofrer com doenças oriundas de seu
local de trabalho, doenças como lesão por esforço repetitivo (LER) e distúrbios
osteomusculares relativos ao trabalho (DORT), lombalgia, estresse, doenças cardiovasculares
e outras que afligem a humanidade na atualidade. Em seguida é mostrado resumidamente
sobre estes problemas.
As LER/DORT são doenças ocupacionais que tem relação com lesões por traumas
cumulativos, e são resultantes de uma descompensação entre a execução de movimentos
muito rápidos e constantes e a capacidade de movimento muscular (OLIVEIRA, 2006;
2 Doenças causadas pela ausência ou pela insuficiência de movimentos.
32
MARTINS e DUARTE, 2001). Para que essas doenças não se tornem presentes na vida do
homem, ele deve trocar o sedentarismo pelas atividades físicas, e uma dessas atividades é a
GL.
Segundo Alves (2000) a ginástica laboral (GL) é uma das ferramentas preventivas
mais usadas nos grupos em que a atuação coletiva é possível, não sendo única solução para os
problemas das empresas. Porém, sem critérios sua utilização não gera efeitos duradouros,
podendo até levar ao surgimento de novos casos e ao agravamento da LER/DORT.
Além das LER/DORT, a lombalgia ou dor nas costas é um dos problemas mais
comuns, e observa Donkin (1996, p.178) que: “Pode ser tão forte que você nem consiga
trabalhar, ou incomodá-lo a ponto de interferir em sua concentração e em sua capacidade de
permanecer sentado no trabalho durante o tempo necessário”.
A lombalgia também conhecida por dor lombar, tem como as principais causas:
• Aumento do peso corporal tais como obesidade, gravidez;
• O uso constante de saltos altos é na realidade uma agressão, tanto para os pés
como para a coluna vertebral;
• Postura viciosa;
• Desequilíbrios musculares;
• Fraqueza dos músculos retroversores da pelve3 (MIRANDA, 2000).
É mostrado ainda por Bertolini (1999) que diz que entre as causas da lombalgia estão
vários fatores psicossomáticos, somáticos, de postura e os causados por sobrecarga e
distensões musculares. Entre os fatores relacionados ao trabalho e as causas de dor nas costas
estão às posturas inadequadas, força excessiva, carga de trabalho estática e concentração do
estresse.
O estresse no trabalho é conceituado por diferentes autores, mas em geral é definido
conforme a formulação de Grandjean (1998, p.165): “O estado emocional, causado por uma
discrepância entre o grau de exigência do trabalho e os recursos disponíveis para gerenciá-lo,
define o estresse no trabalho”.
Segundo Nahas (2001) as pessoas estressadas são mais propicias aos problemas
físicos e psíquicos. O estresse reduz a produtividade, quando não possui controle, reduz as
defesas do organismo afetando o sistema imunológico. Ele ainda relaciona os sintomas que
são associados ao estresse como: insônia, cansaço, dores musculares, ansiedade, dores de
cabeça, perda de memória e sensação de incapacidade.
3 São os músculos do glúteo máximo e os extensores da coxa.
33
Para se evitar essa enfermidade, Silva Neto (2002) comenta que os exercícios físicos
auxiliam na reavaliação do modo de pensar, organizar o tempo, espaço e atuação,
compreensão, boa alimentação, descontração, fatores que contribuem para a prevenção do
estresse. O ambiente de trabalho passa a ser menos formal, mais agradável e feliz, pois os
programas de exercícios quebram a rotina e relaxam o ser humano.
Uma forma de exercício físico é a ginástica laboral, que atua na prevenção e no
combate ao estresse, pois se sabe que durante as atividades físicas é liberada a endorfina, que
alivia as tensões e causa um bem-estar.
Como visto acima alguns sintomas são associados ao estresse e esse por sua vez
agregados a um estilo de vida ruim, podem desencadear outras doenças no organismo, como
as doenças cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares representam um termo muito amplo e que inclui várias
doenças cardíacas e vasculares mais específicas.
Ainda Rodrigues (2009) nos fala que a formação das placas de gordura pode obstruir
as artérias coronárias, culminando num infarto ou até mesmo na morte súbita. De acordo com
dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças coronárias são responsáveis por 350
a 400 mil casos de infartos do miocárdio e causam cerca de 215 mil mortes por ano, apenas no
Brasil. Os inativos têm duas vezes mais possibilidade de adquirir doenças como essas, quando
comparados com outros que se exercitam.
Podemos complementar com o comentário de Martin (1996, p. 6-7) que diz:
Em todas as sociedades há aqueles que adotam tardiamente mudanças no modo de
vida. No início da epidemia de cardiopatias, somente as pessoas melhores situadas
dos países em desenvolvimento adotaram os novos modos de vida que consistiam,
entre outras coisas, em consumir alimentos ricos em gorduras e em calorias,
comprar um automóvel e fumar. Agora que esses bens chegaram a ser de consumo
de massa, este comportamento ‘não sadio’ se infiltrou em todas as classes sociais.
Atualmente, os ricos, principalmente os de áreas urbanas, têm melhor acesso às
informações de saúde difundidas pelos meios de comunicação sobre os fatores de
risco e podem modificar o seu comportamento para modos de vida sadios
(alimentação saudável, atividades físicas, abstenção do cigarro). Este é o grupo que
primeiro adota as mudanças no modo de vida, enquanto os pobres das cidades e das
comunidades rurais ficam de fora pelo menor acesso à informação e por falta de
tempo e dinheiro para adquirir ‘alimentos saudáveis’ e realizar um exercício físico
que os mantenha em boa forma. O resultado é um estilo de vida perigoso e aumento
dos fatores de risco.
34
A autora explicita neste parágrafo de maneira direta e bem simples a questão das
pessoas ricas e pobres em relação às doenças cardiovasculares, e sobre o estilo de vida que
podem levar a estas doenças.
2.6 O estilo de vida do trabalhador
O estilo de vida remete as formas sociais e culturais determinadas no modo de viver,
que se expressam em condutas, como dietas alimentares, práticas de esportes, hábitos e
consumo de álcool e cigarros. Pode-se dizer então que estilo de vida é a maneira pela qual o
individuo ou um grupo vivenciam o mundo e, consequentemente, assumem um determinado
comportamento e fazem suas escolhas.
Sobre a dieta alimentar, é visto que após a Segunda Guerra, onde ocorreram
mudanças no quadro econômico, nutricional e no perfil epidemiológico da população, a
alimentação calórica tornou-se comum. A partir deste período houve um aumento da
prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como: câncer, diabetes, doenças
cardiovasculares e obesidade que permitiram correlações de causa com a alimentação,
redução da atividade física e outros aspectos vinculados à vida urbana (MENDONÇA, 2004).
Ainda é complementado por Nahas (2001), que comenta que no início da década de
90 se introduziu uma proposta para melhorar a alimentação, com a ingestão de frutas,
verduras e cereais integrais, a dieta deve ser variada e contar com vitaminas, carboidratos,
riboflavina, gorduras, proteínas, cálcio, ferro, tiamina e niacina.
A mudança para um estilo de vida saudável tornou-se essencial para que o homem
possua uma qualidade de vida melhor, pois, hoje as empresas, através dos setores de gestão de
pessoas e de equipes ou setores de saúde ocupacional, estão se deparando com a manifestação
de doenças em seus servidores. Nos dias atuais, existem várias intervenções que podem ser
oferecidas e realizadas na organização do trabalho para o auxílio aos servidores e para as
organizações, como por exemplo, as atividades de GL e as intervenções ergonômicas.
Para Couto (1995), ergonomia é um conjunto de tecnologias e ciências que busca a
adaptação entre o ser humano e seu trabalho e que ela seja confortável e produtiva,
procurando adaptar basicamente as condições de trabalho aos perfis do homem.
Martins (2000) informa que a relevância da ergonomia num programa de GL existe
em consideração ao trabalhador que tem a grande parte do seu tempo em um ambiente que, se
35
não for confortável e adequado ao desenvolvimento de suas atividades, pode acabar com os
benefícios conquistados pela atividade física.
É interessante para as instituições que sejam feitas palestras, seminários e debates
com temas para a melhoria no estilo de vida do homem. Isto seria mais conveniente, antes de
se iniciar qualquer tipo de programa nas organizações, como a GL, por exemplo. Isto se torna
ações das instituições no sentido de obter qualidade de vida no trabalho, que devem ser
expressas em suas políticas de gestão de pessoas, posicionando as mesmas sobre aspectos
como saúde e condições de trabalho.
Pode-se ver então, que existe uma relação entre saúde e qualidade de vida no
trabalho, e que influenciam na produtividade e pode ser evidenciada posteriormente.
Silva e Marchi (1997), afirmam que a relação entre saúde e qualidade de vida parece
óbvia, o próprio senso comum nos diz que ter saúde é a primeira e essencial condição para
que alguém possa considerar sua vida como de boa qualidade. Mas o que parece óbvio e claro
nem sempre o é, na realidade. Tanto a concepção de saúde, como o de qualidade de vida no
trabalho comporta discussões e interpretações diversas.
Os mesmos autores ainda comentam que a adoção de promoção da saúde e
programas de qualidade de vida no trabalho ofereceria ao individuo melhor estabilidade
emocional, maior resistência ao estresse, mais motivação e eficiência no trabalho, melhor
auto-imagem e relacionamento. Por outro lado, haveria para as empresas benefícios com uma
equipe de trabalho mais saudável, com menor rotatividade e absenteísmo, menor custo de
assistência à saúde, queda no número de acidentes, maior produtividade, e ainda melhor
ambiente de trabalho e melhor imagem da empresa (SILVA e MARCHI, 1997).
A seguir é visto sobre a QVT e como a promoção da mesma pode influenciar no
trabalho das pessoas.
2.7 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
Nota-se que atualmente se fala muito sobre qualidade de vida no trabalho, porém a
satisfação no trabalho não pode estar separada da vida do ser humano. Segundo Rodrigues
(1994, p. 93), “os empregados que possuem uma vida familiar insatisfatória tem o trabalho
como o único ou maior meio para obter a satisfação de muitas de suas necessidades,
principalmente as sociais”.
36
Desta forma notamos que o trabalho é o cerne e se torna imprescindível para a vida do
homem.
E ainda conforme Rodrigues (1994, p. 76), “a qualidade de vida no trabalho tem sido
uma preocupação do homem desde o início de sua existência com outros títulos em outros
contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na
execução de sua tarefa”.
Têm-se como os primeiros estudos sobre QVT, os realizados em Londres nos anos 50,
com Eric Trist e seus funcionários do Tavistok Institute, e no decorrer dos anos foi evoluindo
em diferentes fases que se caracterizaram por distintos enfoques e abordagens (RODRIGUES,
1994). Desde então o conceito sobre QVT vem evoluindo, e no Quadro II (apresentado a
seguir) pode-se verificar a evolução destes conceitos até a década de 1980.
Concepção evolutiva do QVT Características ou visão
1. QVT como uma variável (1959 a 1972) Reação do indivíduo ao trabalho. Investigava-se como
melhorar a qualidade de vida no trabalho para o
indivíduo.
2. QVT como uma abordagem (1969 a 1974) O foco era o indivíduo antes do resultado
organizacional; mas ao mesmo tempo, buscava-se
trazer melhorias tanto ao empregado como à Direção.
3. QVT como um método (1972 a 1975) Um conjunto de abordagens, métodos ou técnicas para
melhorar o ambiente de trabalho e tornar o trabalho
mais produtivo e satisfatório. A QVT é vista como
sinônimo de grupos autônomos de trabalho, com
melhorias nos cargos.
4. QVT como um movimento (1975 a 1980) Declaração ideológica sobre a natureza do trabalho e
as relações das organizações e os trabalhadores.
Usavam-se termos, ditos como ideais, no movimento
da QVT, termos como “democracia industrial” e
“administração participativa”.
5. QVT como tudo (1979 a 1982) Como recurso contra problemas de qualidade, taxas
baixas de produtividade, competição estrangeira,
problemas de queixas e outros.
6. QVT como nada (futuro) Se alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não
passará de um modismo passageiro.
Quadro II - Evolução do conceito de QVT
Fonte: NADLER e LAWLER apud FERNANDES, 1996.
37
Limongi-França (1996), compreende QVT como um conjunto de ações da empresa
com o intuito de entender e de fazer melhorias e inovações gerenciais, estruturais e
tecnológicas com a objetividade de gerar melhores condições no desenvolvimento humano em
seu ambiente de trabalho. No Quadro a seguir são indicadas as variáveis que podem ser
utilizadas para mapeamento da QVT.
ORGANIZACIONAIS PSICOLÓGICAS
Gestão participativa, endomarketing, implantação de
processos e tecnologias, redução de burocracia,
programa T&D e atendimento das rotinas de pessoal.
Plano de carreira, ferramentas de avaliação de
desempenho, respeito à vida pessoal, critérios de
recrutamento e seleção, gestão do clima
organizacional e administração de salários.
BIOLÓGICAS SOCIAIS
Ginástica e refeições, ambulatório e convênio médico,
semana de prevenção de acidentes, atuação da CIPA,
prevenção de riscos (PPRA) e controle médico
(PCMSO).
Previdência privada, atendimento aos filhos,
convênios comerciais, fornecimento de cesta básica,
atividades de lazer e financiamento de cursos
externos.
Quadro III – Variáveis para mapeamento da QVT
Fonte: Adaptado de FRANÇA, 1996, p. 99.
Walton apud Fernandes (1996) é o que conseguiu um dos estudos mais influentes
sobre QVT, e para ele qualidade de vida no trabalho deve ultrapassar necessidades como
redução na jornada de trabalho, leis trabalhistas e suas garantias, e remuneração. Ela também
deve incluir as necessidades do homem e suas aspirações, e que para ele isto resulta em oito
categorias conceituais, que podem ser vistas no Quadro IV.
Este quadro pode ser visto a seguir, e fala sobre estes critérios e sobre os seus
indicadores de qualidade de vida no trabalho.
38
Critérios Indicadores de QVT
Compensação justa e adequada
Equidade externa e interna
Justiça na compensação
Partilha de ganhos na produtividade
Condições de trabalho
Jornada de trabalho razoável
Ambiente físico seguro e saudável
Ausência de insalubridade e periculosidade
Uso e desenvolvimento de capacidades
Autonomia
Autocontrole relativo
Qualidades múltiplas
Informações sobre o processo total do trabalho
Oportunidade de crescimento e segurança
Possibilidade de carreira
Crescimento pessoal
Perspectiva de avanço salarial
Segurança de emprego
Integração social na organização
Ausência de preconceitos
Igualdade
Mobilidade
Relacionamento
Senso comunitário
Constitucionalismo
Direitos de proteção ao trabalhador
Privacidade pessoal
Liberdade de expressão
Tratamento imparcial
Direitos trabalhistas
O trabalho e o espaço total de vida
Papel balanceado no trabalho
Estabilidade de horários
Poucas mudanças geográficas
Tempo para lazer com a família
Relevância social do trabalho na vida
Imagem da empresa
Responsabilidade social da empresa
Responsabilidade pelos produtos
Práticas de emprego
Fonte: WALTON apud FERNANDES, 1996, p.48.
Quadro IV – Categorias conceituais de Walton (1974)
39
Foi identificada por Limongi-França (2004) vários fatores críticos que influenciam
em se promover ações para a QVT: que são falta de atividades físicas na empresa - como a
GL, produtividade, legitimidade e as práticas e valores da cultura da organização, e o próprio
conceito de QVT, que se sabe é diferente nas empresas.
Revela-se assim um novo modelo de gestão do trabalho e não apenas uma nova
moda, o aprimoramento na direção da melhoria efetiva da QVT do trabalhador. E acabar ou
pelo menos diminuir a distância que existe nos dias de hoje, entre nova moda e novo modelo é
um compromisso institucional das empresas, tanto pública como privadas (que sejam
socialmente responsáveis), com quem nelas trabalham (LEITE, 2007).
São poucas e apenas algumas organizações estão preocupadas em oferecer aos seus
servidores boas condições para a realização do trabalho, sendo que a maioria das organizações
não está preocupada com o investimento em melhorias na QVT, mas apenas com o que os
servidores poderão produzir.
Complementa-se com o que comenta a autora Limongi-França (2004), a diversidade
cultural do ambiente nas empresas aponta obstáculos e oportunidades para as práticas e os
valores de QVT, destacando-se o poder de inclusão de grupos sócio-ocupacionais na vida
organizacional por meio de ações e programas, o que potencializa a disciplina como elemento
estratégico.
Finaliza-se, comentando que estas oportunidades para as práticas de QVT salientadas
no parágrafo acima podem ser fortalecidas pelo comentário de Nascimento (2002):
Para proporcionar condições para que haja melhora na qualidade de vida no trabalho
e do trabalhador algumas empresas preocupadas com este enfoque e em manter
também a qualidade de seus produtos e a produtividade têm utilizado estratégias
para favorecer estas condições. Estratégias, como por exemplo, a ginástica laboral,
períodos de descanso dentro da rotina do trabalho (pausas), maior participação do
trabalhador na organização e tomada de decisões no processo de produção, dentre
outras.
Como comentam as autoras a GL pode ser uma estratégia para melhorar a qualidade
de vida no trabalho, e podemos verificar a seguir sobre esta ferramenta que hoje é utilizada
pelas organizações.
2.8 Ginástica Laboral (GL)
A GL é mencionada como uma estratégia de importante ação, tanto para a prevenção
dos sintomas do sistema músculo-esquelético, como para a integração social das pessoas em
40
suas atividades diárias. Esta atividade é constituída na prática de exercícios físicos
específicos, feitas durante o expediente de trabalho, onde o alongamento e relaxamento
muscular serão os responsáveis na prevenção das LER/DORT. Abaixo é visto mais sobre esta
prática e se a mesma traz benefícios para as empresas e para o trabalhador.
2.8.1 Definição de Ginástica Laboral
A GL pode ser identificada, como comenta Mascelani (2001), como um programa
implantado na empresa, que consiste em exercícios programados em pausa de trabalho, que
levam em consideração as atividades existentes nos diversos setores. Os exercícios são feitos
no próprio local de trabalho durante o expediente, e é conhecida também como ginástica de
pausa, ginástica de trabalho, compensatória e atividade física no trabalho.
A GL consta em exercícios específicos de fortalecimento dos músculos,
alongamento, relaxamento e de coordenação motora, realizados nos mais diversos locais de
trabalho da empresa, com o principal objetivo de diminuir ou prevenir as LER/DORT
(OLIVEIRA, 2006).
Ainda segundo Cañete et al (apud POLITO e BERGAMASCHI, 2002), a GL
consiste em exercícios realizados no local de trabalho, atuando nos casos de LER/DORT de
forma preventiva e terapêutica, que enfatiza o alongamento e a compensação das estruturas
musculares que são envolvidas nos trabalhos diários. Já para Martins e Duarte (2001), são
exercícios feitos no próprio local onde se trabalha, com sessões que variam entre 5 e 15
minutos, com o objetivo principal de prevenir a ocorrência de LER/DORT, assim como
diminuir o estresse através de exercícios de relaxamento e alongamento.
Segundo alguns autores a GL pode também ser classificada segundo os seus horários
de execuções, e é visto abaixo sobre esta classificação.
Mendes e Leite (2004) classificaram a GL quanto ao horário de execução, pois a
mesma pode ser aplicada em três momentos diferentes durante o expediente de trabalho, ou
seja: a preparatória (no início do expediente de trabalho), a compensatória (no meio do
expediente) e a relaxante (no final do expediente de trabalho).
A ginástica laboral preparatória (GLP) segundo Mendes e Leite (2004) tem duração
de 10 a 15 minutos, a GLP é executada antes do início da jornada de trabalho, e tem por
objetivo principal aquecer grupos musculares específicos que serão utilizados na tarefa diária
41
do trabalhador e despertando o mesmo para que se sinta mais disposto a ter um bom dia de
trabalho.
Dias (1994), comenta também que GLP são exercícios físicos realizados pelos
servidores no próprio local de trabalho, antes de iniciarem suas tarefas diárias. Esses
exercícios atuam de forma preventiva aquecendo a musculatura e despertando o corpo,
prevenindo acidentes de trabalho, distensões musculares e doenças ocupacionais.
Mendes e Leite (2004) ainda comentam que já a ginástica laboral compensatória
(GLC), tem duração de 5 a 8 minutos, e esta variação da ginástica laboral é executada durante
o expediente de trabalho, interrompendo a monotonia operacional, aproveitando as pausas
para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e relacionados à
postura inadequada exigida na realização de algumas tarefas diárias. Os exercícios prescritos
na GLC variam de acordo com as tarefas executadas pelo servidor e com as queixas de maior
prevalência, e são indicados para aqueles que desenvolvem movimentos repetitivos,
atividades com sobrecarga muscular ou se o ambiente de trabalho é estressante.
Ainda Pigozzi (2000) a GLC ou de pausa são exercícios físicos realizados no meio
do expediente de trabalho, que agem de forma terapêutica, para relaxar os músculos que
trabalham em excesso durante a jornada de trabalho através da contração dos seus
antagonistas. Essa ginástica também permite a quebra da rotina, despertando os trabalhadores
e prevenindo desta maneira acidentes de trabalho.
Os exercícios de alongamento são bem indicados na ginástica laboral de relaxamento
(GLR). Executar alongamentos passivos ou ativos com a duração de quinze segundos na
posição alongada ao máximo com várias repetições, promove o relaxamento muscular
pretendido (MENDES E LEITE, 2004).
Para proporcionar condições para que haja melhoria na qualidade de vida no trabalho
e do trabalhador algumas empresas preocupadas com este enfoque e em manter também a
qualidade de seus produtos e a produtividade têm utilizado estratégias para favorecer estas
condições.
Estratégias como, por exemplo, a ginástica laboral, períodos de descanso dentro da
rotina do trabalho (pausas), maior participação do trabalhador na organização e tomada de
decisões no processo de produção, dentre outras.
42
2.8.2 Benefícios da ginástica Laboral
A GL proporciona benefícios tanto para a empresa como para o trabalhador. E
previne as LER/DORT, assim como tem resultados mais rápidos e diretos com a melhora do
relacionamento interpessoal e alívio nas dores (OLIVEIRA, 2006; MENDES, 2000). Outra
atribuição da GL, além dos benefícios físicos, são os de aspecto psíquico e social, que
estimulam a auto-estima e o autoconhecimento, favorece a descontração e traz possíveis
melhoras no relacionamento interpessoal (CAÑETE, 1996).
Complementando ainda pode-se expor o comentário de Marchesini (2002), que diz
que se faz necessário que as capacidades mentais e físicas do indivíduo estejam em equilíbrio
para que desenvolva, com o melhor rendimento possível, em todos os sentidos com agilidade,
produção, atenção, motivação, trabalho de equipe e satisfação dos clientes.
E é este equilíbrio dos trabalhadores que surgem na melhora da QVT, que as
empresas visam com a implantação da GL.
Foram descobertos em pesquisas os benefícios diretos para as organizações com a
utilização da GL, sendo estes benefícios nas melhorias da qualidade da prestação dos serviços,
com reduzido número de afastamento do trabalho gerados por LER/DORT, e ainda elevando
a flexibilidade, a agilidade, força e resistência na efetivação dos trabalhos. Dentre os
benefícios para os trabalhadores, pode-se citar a diminuição nas dores no corpo, redução do
cansaço físico e da fadiga muscular, prevenção de LER/DORT, melhorias na concentração
para a realização das tarefas, melhorias no trabalho de equipe e no ambiente de trabalho,
melhoria na relação social, além da prevenção dos acidentes de trabalho (GONÇALVES e
VILARTA, 2004).
Os programas de GL promovem a saúde mental, física e social do indivíduo, e alguns
dos benefícios fisiológicos, segundo Pagliari (2002) e Catarino Filho (apud SOUZA, 2003)
são:
Provoca o aumento da circulação sanguínea em nível da estrutura muscular,
melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o acúmulo de ácido lático;
diminui as inflamações e traumas; diminui a tensão muscular desnecessária; melhora a
mobilidade e flexibilidade muscular e articular; diminui o esforço na execução das tarefas
diárias; diminui o risco de acidentes no trabalho; melhora a postura; facilita a adaptação ao
posto de trabalho; previne LER/DORT; reduz a sensação de fadiga no final da jornada;
melhora a condição do estado de saúde geral; e melhora a produtividade com menor desgaste
físico.
43
Também segundo Pagliari (2002) e Catarino Filho (apud SOUZA, 2003) a GL
proporciona benefícios psicológicos onde alguns são verificados abaixo, como:
Favorece a mudança da rotina e promove um clima motivacional favorável no
trabalho; mostra preocupação da empresa com seus servidores; reforça a auto-estima; e
melhora a capacidade de concentração no trabalho e convívio sociais.
Ainda existem alguns benefícios sociais obtidos com a implantação de um programa
de GL citados pelos mesmos autores acima, que são:
Despertar o surgimento de novas lideranças; promover a integração social; favorecer
o contato social; favorecer o sentido de grupo – se sentem parte de um todo; e melhorar o
relacionamento.
A GL atua na QVT, controle de estresse, diminuição de acidentes de trabalho, prática
do bom relacionamento e aumento no rendimento do trabalho em várias empresas do Brasil. E
para Pellegrinotti (1998) existem fortes relações entre práticas de atividades físicas e QVT,
referindo-se a grande aceitação popular e consolidação já existente de longa data como
ciência.
Neste contexto, a GL adaptada para as necessidades impostas pelo tipo de trabalho, é
realizada sem sair do local de trabalho, em curtos períodos de tempo, ao longo do dia de
trabalho, pode produzir bons resultados para a empresa e para o trabalhador.
Um dado importante que deve ser observado é o retorno financeiro que a GL tem
representado para as empresas. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos da América indicam
que, para cada dólar investido em programas de QVT, se economiza três dólares, incluindo-se
queda na falta ao serviço, assistência médica, além de aumentar a produtividade (JIMENES,
2002). Neste mesmo caminho Carvalho (2004) comenta que a GL traz grandes benefícios
para as instituições, como rendimento e produtividade, motivo que leva a atividade física ser
estimulada e implementada nas empresas.
Os programas de GL são para qualquer tipo de empresa, desde que se conheça seu
tipo de atividades, sistema de trabalho e demandas físicas, para que se possa adotar o
programa mais adequado para a realidade da empresa (ZILLI, 2000).
Desta maneira evidencia-se, através dos fatos, que através da GL, a empresa se
beneficia em fatores comprovados, entre eles diminuição de problemas com saúde e aumento
na produção. Isso ocorre pela diminuição de faltas e acidentes de trabalho. Portanto, se de um
lado os fatores que fazem o homem sofrer é diminuído, por outro lado a empresa se beneficia
ao promover a GL.
44
O trabalhador como comentado, também é beneficiado com a adoção da GL, pois os
exercícios adotados visam à redução do impacto e estresse muscular que o trabalhador sofre
durante a jornada de trabalho (ZILLI, 2000). O mesmo autor (2000) ainda salienta que a GL
faz parte de um programa de QVT com objetivos voltados à saúde do trabalhador e que esse
programa não se restringe somente a prática de atividades físicas, mas também tem
parâmetros ergonômicos. Para Poletto e Amaral (2004), é neste sentido que a implantação da
GL busca despertar nos trabalhadores a necessidade de mudanças do estilo de vida, e não
somente de mudança nos momentos de ginástica orientada na empresa.
É sabido que não adianta investir em um programa de GL em uma instituição, se esta
não oferecer condições ideais no ambiente de trabalho de seus servidores, e se os mesmos não
possuírem um bom estilo de vida. Somente aliada a um programa de Qualidade de Vida no
Trabalho (QVT) é que a GL poderá influenciar positivamente na saúde das pessoas.
45
3 HISTÓRICO DA EMPRESA
O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) é uma instituição de ensino da
República Federativa do Brasil, criada mediante transformação do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Santa Catarina, através da Lei Federal 11.892. Nesta parte do
trabalho, vamos falar um pouco sobre esta instituição que tem característica marcante e
singular no estado de Santa Catarina, por ser uma entidade que oferece numa única
organização institucional, educação tecnológica profissional em todos os níveis, além de
possuir uma estrutura multicampi, com unidades de ensino em diversas regiões estratégicas do
estado. Sendo uma delas o Campus São José, foco desta pesquisa.
3.1 História do IFSC
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (antigo
CEFET-SC) foi criado no final de 2008, quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva
sancionou a Lei nº. 11.192, que transformou todos os centros de educação tecnológica
mantidos pela União em IFs. Mas a história do instituto remonta a 1909, quando o então
presidente da república, Nilo Peçanha, criou as escolas de aprendizes artífices em todo o país.
Nos primeiros anos de funcionamento a instituição oferecia o curso primário, de formação de
desenho, de carpintaria da Riveira, escultura e mecânica, além das oficinas de tipografia,
encadernação e pautação (IFSC, 2009).
Durante os 100 anos de fundação, o IFSC recebeu várias denominações: Liceu
Industrial de Florianópolis (em 1937), Escola Industrial de Florianópolis (em 1942), Escola
Industrial Federal de Santa Catarina (em 1965), Escola Técnica Federal de Santa Catarina –
ETFSC (em 1968), e a transformação em Centro Federal de Educação e Tecnologia (CEFET)
ocorreu em 2002.
Com a nova fase de estruturação, o IFSC pretende implantar Campi nos municípios
de Itajaí, Gaspar, Lages, Criciúma, Canoinhas, Xanxerê, São Miguel do Oeste e Palhoça, este
último será especializado na educação para surdos. Além disso, está prevista a criação de
pólos presenciais de educação à distância em Caçador, Laguna e Urupema.
O Instituto Federal de Santa Catarina é composto, atualmente, pelos Campi
Florianópolis, São José, Jaraguá do Sul, Joinville, Chapecó, Continente e Araranguá. O IFSC
é caracterizado por uma estrutura organizacional administrativa e didático-pedagógica
46
independente. Essa estrutura é conjugada sob a forma de Sistema, buscando a integração e o
padrão nas ações de planejar e executar. Por outro lado, possibilita a descentralização,
flexibilizando e tornando possível a autonomia para os Campi na operacionalização de suas
ações.
O Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, com sede na cidade de Florianópolis, é
um Sistema composto atualmente de sete Campi e da Reitoria. Constitui-se em autarquia
federal, vinculada ao Ministério da Educação, detentora de autonomia administrativa,
patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. A Reitoria é o órgão executivo do
IFSC e tem por finalidade organizar a gestão do mesmo de forma harmônica, a partir de
diretrizes gerais que garantem a unidade e identidade do IFSC em todo o estado de Santa
Catarina.
A Reitoria é composta pela Reitora e Pró-Reitorias:
1. Pró-Reitoria de Ensino;
2. Pró-Reitoria de Administração e Gestão de Pessoas;
3. Pró-Reitoria de Extensão e Relações externas;
4. Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação;
5. Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional.
3.2 Breve histórico do Campus São José
O Campus São José do IFSC iniciou seus cursos em instalações provisórias no ano
de 1988, sendo transferido para sua sede definitiva próxima ao Hospital Regional em 1990,
conta hoje em seu quadro pessoal com 187 profissionais, sendo 93 técnico-administrativos e
94 professores. Atualmente atende mais de 1.300 alunos em cursos presenciais e em cursos à
distância e funciona nos três turnos. Possui 15 salas de aulas, todas climatizadas, que
comportam até 40 alunos cada, 10 laboratórios de Telecomunicações, 09 laboratórios de
Refrigeração e Ar Condicionado e 05 laboratórios de Cultura Geral. Conta também, com uma
biblioteca, 02 auditórios climatizados, quadra esportiva coberta, e ainda possui atendimento
médico e odontológico, sala de videoconferência, centro de convivência e uma moderna rede
de computadores ligados à internet através de fibra ótica.
Além disso, o Campus São José do IFSC conta com uma competente equipe
pedagógica composta por orientadores educacionais, psicóloga e assistentes sociais para
acompanhamento às condições de ensino-aprendizagem.
47
Respeitando sua tradição de educação tecnológica, o Campus São José oferece desde
sua criação, cursos técnicos em Refrigeração e Ar condicionado e em Telecomunicações. O
Campus também oferece hoje cursos de Ensino Médio, educação para jovens e adultos surdos
com profissionalização em informática básica, curso superior em Tecnologia de
Telecomunicações, curso de Licenciatura em Química, educação para jovens e adultos gerais
e curso de especialização em modalidade PROEJA – Educação de Jovens e Adultos - (Ensino
Técnico de Nível Médio). A área de Refrigeração tem oferecido, desde o ano 2000, cursos de
qualificação básica gratuitos na modalidade à distância para alunos de todo o país. Para
desenvolver todos estes cursos o Campus está organizado em três áreas de ensino: Cultura
Geral, Telecomunicações e Refrigeração e Ar condicionado. E com duas gerencias, uma de
ensino e outra de administração (IFSC, 2009).
3.3 Coordenação de Gestão de Pessoas do Campus São José
A Coordenação de Gestão de Pessoas (CGP) é ainda hoje subordinada a Gerência de
Apoio ao Ensino (Administração) e tem em seu efetivo 03 (três) servidores, sendo um deles o
coordenador. Essa Coordenação também responde ao Departamento de Gestão de Pessoas
(DGP) do Sistema IFSC, ligado à Reitoria. Este departamento surgiu no início das atividades
do Campus São José em 1990, com apenas um servidor e com o nome de Coordenadoria de
Recursos Humanos (COREH). No ano 2005 começa a ser conhecida como COGEP
(Coordenadoria de Gestão de Pessoas) e já conta com dois servidores no setor. Com a
expansão do Sistema IFSC em Santa Catarina o DGP resolve criar uma única nomenclatura
para estas coordenações em todos os Campi da rede, e em 2010 a COGEP se transforma em
CGP.
No Regimento Interno do Campus São José, aprovado em Assembléia Geral em
dezembro de 2004 e pelo Conselho Diretor em 30 de março de 2005, começa a vigorar a
partir de 07 de abril de 2005 as normas deste regimento, que relatam em seu texto que a atual
Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP), subordinada à Gerência de apoio ao ensino
(GEAEN), compete (IFSC, 2008):
a) Participar da execução das políticas e do programa de gestão de pessoas;
b) Registrar e organizar informações referentes à vida funcional dos servidores;
c) A interpretação e esclarecimentos sobre a legislação e normas de pessoal;
48
d) O gerenciamento da distribuição dos benefícios sociais aos servidores;
e) Participar da organização dos concursos públicos para provimento de cargos efetivos;
f) Participar da organização do processo seletivo para contratação de professores substitutos;
g) Participar da organização do processo de avaliação de desempenho dos servidores;
h) Receber, registrar, orientar e organizar a movimentação de processos de servidores.
E diz ainda que ao Coordenador de Gestão de Pessoas incumbe (IFSC, 2008):
a) Registrar e acompanhar todos os processos direcionados aos servidores do Campus São
José;
b) Manter atualizados os registros funcionais de pessoal;
c) Organizar e dar encaminhamento ao registro de frequência dos servidores;
d) Participar da elaboração de planos de capacitação de gestão de pessoas;
e) Participar do processo de seleção para provimento de cargos;
f) Organizar e manter atualizado o arquivo de legislação de pessoal;
g) Interpretar dispositivos legais, regulamentos e demais atos normativos relativos à pessoal;
h) Divulgar, no âmbito institucional, a legislação de pessoal;
i) Participar do Conselho de Apoio ao Ensino e da reunião integrada do Conselho de Ensino e
do Conselho de Apoio ao Ensino;
j) Substituir o Gerente Educacional de Apoio ao Ensino, nos seus impedimentos, quando
indicado;
k) Assinar o termo de responsabilidade sobre o patrimônio da sua área;
l) Propor ao Diretor-Geral do Campus normas que disciplinem atividades de sua
coordenadoria;
m) Indicar substituto, nos seus impedimentos;
n) participar do processo de avaliação de desempenho dos servidores.
Com a expansão do Sistema esta sendo criado um manual normatizado para todos os
Campi do IFSC sobre as competências de todos os departamentos e coordenações, sendo que
as novas competências da Coordenadoria de Gestão de Pessoas serão (IFSC, 2008):
•Desenvolver o programa de ambientação de novos servidores;
49
•Coordenar as atividades de admissão e cadastro (SIAPE);
•Gerenciar a distribuição dos benefícios sociais aos servidores;
•Realizar o pagamento de Adicional Noturno, Insalubridade e Periculosidade,
mediante portaria emitida pela Direção Geral do Campus;
•Administrar o sistema de concessão de diárias e passagens;
•Organizar e controlar a escala de férias dos servidores;
•Administrar o processo de controle de frequência;
•Organizar a pasta funcional do servidor;
•Administrar o processo de progressão funcional;
•Elaborar e preencher as informações necessárias ao pagamento de remuneração aos
servidores;
•Assegurar, acompanhar e lançar os processos de ascensão e progressão funcional dos
servidores;
•Atualizar o cadastro periódico dos servidores (SIAPE, SIAPENET, SIGP);
•Propor e desenvolver plano de capacitação em conjunto com a DGP;
•Coordenar o processo anual de avaliação de desempenho dos servidores estáveis;
•Coordenar o processo de avaliação de desempenho dos servidores em estágio
probatório;
•Atualizar o quadro de lotação (movimentação interna);
•Participar do processo seletivo, em conjunto com a DGP, para a contratação de
professores substitutos;
•Dimensionar a necessidade de cargos – CGP’s e Direção Geral;
•Interpretar e prestar esclarecimentos referentes à legislação de pessoal;
•Aplicar a legislação vigente para os casos referentes à faltas e atrasos dos servidores;
•Divulgar a legislação de pessoal;
•Organizar e manter atualizado o arquivo de legislação de pessoal;
•Emitir pareceres e declarações.
50
Este manual ainda terá que ser aprovado neste ano de 2010.
Após uma rápida visualização sobre a Instituição pesquisada, entraremos na
metodologia utilizada para a pesquisa realizada na mesma.
51
4 METODOLOGIA
Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos que foram utilizados neste
estudo. Primeiramente, caracteriza-se a pesquisa quanto a sua natureza, objetivos,
procedimentos, abordagem e método utilizado. Logo após, descreve-se a população e amostra
utilizada na pesquisa, e finalizando com as técnicas utilizadas para a coleta de dados.
4.1 Caracterização da pesquisa
Uma das finalidades da pesquisa, conforme Selltiz et al (apud MARCONI e
LAKATOS, 2002, p.78), é a de “descobrir respostas para as questões, mediante a aplicação de
métodos científicos”. Temos também segundo Asti Vera (apud MARCONI e LAKATOS,
2002), que a pesquisa possui caráter fundamental no campo das ciências sociais, valorizando-
a ainda mais no conhecimento e compreensão do mundo mais globalizado. Muitos autores
divergem em sua linha de pensamento, originando vários conceitos de pesquisa.
Este trabalho utiliza como metodologia cientifica, uma pesquisa Básica quanto a sua
natureza com o objetivo de adquirir conhecimento novo sobre os fundamentos subjacentes aos
fenômenos e fatos observáveis, sem propósito prático imediato. Caracteriza-se pela busca de
conhecimentos básicos para formulação de hipóteses e/ou respostas de questões iniciais
sendo, portanto, diretamente responsável pelo desenvolvimento científico e indiretamente
pelo industrial mediante a aplicação dos resultados desta em pesquisas aplicadas.
Quanto aos objetivos é uma pesquisa exploratório-descritiva; exploratória, pois é
realizada sobre um problema com objetivo de procurar padrões e idéias, e irá avaliar quais
conceitos existentes podem ser aplicados a um determinado problema. Segundo Gil (1994)
um trabalho é de natureza exploratória quando envolver levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas que tiveram (ou tem) experiências práticas com o problema
pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. Possui ainda a finalidade
básica de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para a formulação de
abordagens posteriores. Dessa forma, este tipo de estudo visa proporcionar um maior
conhecimento para o pesquisador acerca do assunto, a fim de que este possa formular
problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos
posteriores (GIL, 1994). E descritiva, pois possui como objetivo principal descrever as
características de uma determinada população ou fenômeno, ou ainda o estabelecimento de
52
relações entre as variáveis (GIL, 1994). Andrade (2002) ainda destaca que a pesquisa
descritiva esta preocupada em observar os fatos, registrando-os, analisando-os e interpretando
os mesmos, sendo que o pesquisador não interfere neles.
Já quanto aos procedimentos utiliza pesquisa bibliográfica (livros) e telematizada
(internet) na parte exploratória, pois abrange a leitura, análise e interpretação de livros,
periódicos, textos legais, documentos, submetidos a uma triagem, a partir da qual é possível
estabelecer um plano de leitura. Encontra-se em Andrade (2002), Gil (1994) entre outras,
importantes diretrizes para o êxito na pesquisa bibliográfica, no que se refere à leitura, análise
e interpretação de textos.
Do ponto de vista quanto a sua abordagem é uma pesquisa quali-quantitativa. Apesar
da clara oposição entre as duas abordagens (qualitativa x quantitativa) muitos autores,
especialmente os da área social, colocam que o ideal é a construção de uma metodologia que
consiga agrupar as duas perspectivas, como é o caso de Demo (1995, p.231) quando comenta
que, “Embora metodologias alternativas facilmente se unilateralizem na qualidade política,
distruindo-a em consequência, é importante lembrar que uma não é maior que a outra, nem
melhor que a outra. Ambas são da mesma importância metodológica”.
No campo da administração existe um contexto favorável para a utilização de
metodologias de pesquisa, que adotem um enfoque múltiplo.
4.2 População e amostra
Segundo Marconi e Lakatos (2002, p.82), população é o “conjunto de seres animados
ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”. Nesta pesquisa, a
população é constituída de 92 servidores técnico-administrativos e 10 professores com cargos
administrativos de chefia do IFSC – Campus São José. Destes, 18 servidores estão afastados
do Campus São José, por problemas de saúde ou a serviço em outros Campi do IFSC ou
outros órgãos do governo, ficando então uma população efetiva de 84 servidores, aptos para a
pesquisa.
A amostra para Marconi e Lakatos (2002, p.83) é uma “porção ou parcela,
convenientemente selecionada do universo (população), ou seja, é um subconjunto do
universo”. Neste trabalho, a amostra é não-probabilística onde a escolha dos elementos da
amostra é feita de forma não-aleatória, existindo um procedimento de seleção dos elementos
da população segundo critérios estabelecidos pelo pesquisador; e intencional ou por
53
julgamento, os elementos da amostra são julgados como adequados, baseado em escolhas de
casos específicos na população onde o pesquisador está interessado. Sendo pesquisados nesta
população, todos os servidores que estiverem disponíveis durante a pesquisa.
4.3 Técnica de coleta de dados
Segundo Marconi e Lakatos (2002) a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que
se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se
efetuar a coleta dos dados previstos”. Nesta pesquisa utilizaremos como técnica de coleta de
dados o questionário, dado a sua facilidade e possibilidade de abranger o maior número
possível da população. Este questionário será de perguntas objetivas, sendo um questionário
semi-estruturado (onde mescla perguntas fechadas e abertas) e serão aplicados pelo
pesquisador nos servidores do Campus, estando estes cientes do objetivo da pesquisa.
Foram utilizados ainda como coletas de dados para este trabalho livros, artigos, teses
e trabalhos acadêmicos que abordam o tema pesquisado, buscando definições e
argumentações teóricas acerca do mesmo. E ainda como coleta de dados foram utilizados
artigos digitais, documentos on-line, outras pesquisas acerca do tema abordado na pesquisa
exploratória.
Foram distribuídos 71 questionários para os servidores que estavam aptos para
responder a esta pesquisa, com um retorno de 54 questionários ou 76% dos que foram
entregues para a pesquisa, com perguntas abertas e fechadas, sendo estas com opções de
múltiplas escolhas.
Os questionários elaborados eram submetidos à crítica da orientadora, que sugeria
correções e criação de novas perguntas. Foram feitos 04 questionários pilotos, sendo que no
quarto foi feito um pré-teste com 06 servidores do IFSC (aptos para a pesquisa) escolhidos
aleatoriamente. Uma das questões foi retirada por não apresentar um propósito para a
pesquisa, foi feito à correção e finalizou-se o questionário definitivo (Ver apêndice A), sendo
o mesmo aplicado ao restante dos servidores.
O pesquisador é funcionário da Instituição pesquisada, e desta maneira obteve
facilidade no contato com as pessoas e na aplicação do questionário. Este questionário foi
entregue em mãos (impresso) e pessoalmente para cada pesquisado. Deu-se um prazo de 07
dias para que os questionários fossem respondidos e devolvidos para o pesquisador. O
pesquisador participou ainda na pesquisa como observador. Este método de coleta de dados
54
baseia-se na atuação da observação, para obter determinados tipos de informações sobre
resultados, processos, impactos, etc.
A observação direta depende mais da habilidade do pesquisador em captar
informação, julgá-las sem interferências e registrá-las com fidelidade (BARBOSA, 1999).
Estes questionários da pesquisa foram feitos para os servidores técnico-
administrativos e professores com cargos administrativos do IFSC – Campus São José.
55
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA E PROPOSTA PARA PROGRAMA
DE GL
Abaixo é apresentada a análise dos dados coletados através do questionário aplicado
aos servidores técnico-administrativos do IFSC – Campus São José; e após uma proposta para
a implantação de um PGL (programa de ginástica laboral) no mesmo Campus.
5.1 Questionário de pesquisa aplicado no IFSC – Campus São José
Este questionário foi aplicado numa população de 71 servidores do IFSC – Campus
São José, que estavam aptos para esta pesquisa e que foram mencionados antecipadamente,
sendo que os resultados serão analisados através dos 54 questionários devolvidos no prazo
estipulado.
5.1.1 Idade
A primeira pergunta foi aberta e buscou identificar a idade dos participantes da
pesquisa, demonstrada abaixo em faixas etárias para melhor visualização.
Dos 54 pesquisados que devolveram o questionário, 50% (27 pessoas) estão na faixa
de 40 a 49 anos de idade, 20% (11 pessoas) possuem de 50 a 59 anos de idade, 15% (08
pessoas) estão entre 30 e 39 anos de idade, 13% (07 pessoas) entre 20 e 29 anos de idade, e os
2% restantes (01 pessoa) possui acima de 60 anos. Nenhum servidor pesquisado apresentou
idade inferior a 20 anos.
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%45%50%
Idade
20-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50-59 anos
Acima 60 anos
GRÁFICO 1 – Distribuição percentual dos participantes por idade
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
56
Esta variável mostra que metade dos servidores técnico-administrativos possui idade
entre 40 e 49 anos, e 20% entre 50 e 59 anos, mostrando que a grande maioria é formada por
pessoas maduras e uma parcela já chegando ao final de carreira.
Esta média de idade talvez influencie nos desconfortos ou dores que estas pessoas
sentem com a realização do trabalho, principalmente dores nas costas e coluna, segundo o que
falam Miranda (2000) e Bertolini (1999).
5.1.2 Sexo
Na questão 2, foi pedido para que os participantes da pesquisa assinalassem a opção
indicando o seu sexo.
O gráfico abaixo mostra o resultado, onde se pode ver que 56% são do sexo feminino
(30 pessoas) e 44% do sexo masculino (24 pessoas).
56%
44%
Feminino
Masculino
GRÁFICO 2 – Sexo dos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Pode-se analisar através do gráfico e dos resultados levantados, que o sexo das
pessoas que responderam a este questionário quase se iguala. Porém o percentual feminino é
maior que o dos homens.
5.1.3 Renda familiar
Nesta pergunta pediu-se para que os participantes indicassem sua renda familiar,
considerando o salário mínimo de R$ 510,00. A grande maioria dos participantes, 44% (24
pessoas) possui renda entre 6 e 10 salários mínimos e 30% (16 pessoas) mais de 10 salários
57
mínimos. O restante foi divido em 20% (11 pessoas) com renda entre 4 e 5 salários mínimos e
finalizando com 6% (03 pessoas) com renda entre 2 e 3 salários mínimos.
6%
20%
44%
30%De 2 a 3 Salários mínimos
De 4 a 5 Salários mínimos
De 6 a 10 Salários mínimos
Mais de 10 Salários mínimos
GRÁFICO 3 – Renda familiar dos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
A grande maioria dos que participaram da pesquisa possuem uma renda familiar
média de 6 a 10 salários mínimos. Porém sendo bons salários, o que percebe a maioria, não é
somente o salário que faz parte da remuneração, envolve outros fatores vistos pelos
servidores, como mostra Megginson et al (1998) na fundamentação teórica.
5.1.4 Carga horária semanal no IFSC
Nesta pergunta, solicita-se aos participantes que indiquem uma das alternativas de
carga horária semanal que os mesmos efetivam no IFSC – Campus São José. A carga horária
de trabalho influencia diretamente na qualidade de vida no trabalho, pois quem tem uma carga
mais reduzida de trabalho, pode fazer outro tipo de atividade ou ter um maior descanso. As
alternativas eram de 20, 30 ou 40 horas por semana.
No gráfico 4, são vistos os resultados, que indica que a grande maioria dos
pesquisados, 65% (35 pessoas) trabalham 30 horas semanais, 29% (16 pessoas) trabalham 40
horas e 4% (02 pessoas) 20 horas. Uma pessoa não respondeu a esta pergunta, sendo os 2%
restantes.
58
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
CargaHorária
Não Respondeu
20 Horas
30 Horas
40 Horas
GRÁFICO 4 – Carga horária semanal dos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
A carga horária de 30 horas semanais é efetivada por quase 2/3 dos entrevistados, e
foi implantada no final de 2008. Esta carga horária é somente para os servidores sem cargo de
chefia, e sua efetivação foi embasada no Decreto N° 1.590/1995, que dispõe sobre a jornada
de trabalho dos servidores da administração pública federal direta, das autarquias e das
fundações públicas federais, e das outras providências. E no seu Artigo 3º fala: “Quando os
serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou
superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no
período noturno, é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os
servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas
semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo das refeições”.
Existe uma correlação na carga horária trabalhada e melhoria da QVT dos servidores
do IFSC, que foi apontado na pesquisa como um benefício para os funcionários. E Chiavenato
(2004) comenta que a QVT está no processo para manter as pessoas nas organizações. Ter
maior tempo livre para outras atividades também é importante para a melhoria na qualidade
de vida, e pode-se ver na pergunta 21 que as pessoas possuem mais tempo para atividades
físicas, e mais tempo para o lazer vistos na pergunta 26 da pesquisa.
5.1.5 Tempo de serviço no IFSC
Esta pergunta foi aberta, e dividiram-se os resultados em faixas de tempo para
melhor visualização dos mesmos. A pergunta era: “Há quanto tempo você trabalha no
IFSC?”.
A maioria dos que responderam o questionário trabalha entre 16 e 20 anos na
instituição, representando 46% do total (25 pessoas). Com as novas contratações e expansões
59
do IFSC, houve um favorecimento para que 31% (17 pessoas) trabalhem no IFSC apenas
entre 01 e 05 anos. Ainda foi verificado que 7% (04 pessoas) trabalham entre 11 e 15 anos,
6% (03 pessoas) entre 6 e 10 anos, e com 6% (03 pessoas) estão os que trabalham mais de 20
anos no IFSC. O restante trabalha menos de um ano no IFSC, totalizando na pesquisa 4% (02
pessoas).
4%
31%
6%7%
46%
6%Menos de 01 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
De 16 a 20 anos
Mais de 20 anos
GRÁFICO 5 – Percentual do tempo de serviço no IFSC Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Nesta pergunta quase 90% das pessoas já tem estabilidade de emprego, que
influência na QVT, pois oferece maior tranqüilidade para os servidores. A estabilidade é
adquirida após 3 anos de exercício no serviço público.
5.1.6 Tempo de serviço no Campus São José
Esta pergunta também foi aberta, e dividiram-se os resultados em faixas de tempo
para melhor visualização dos mesmos. A pergunta era: “Há quanto tempo você trabalha neste
Campus?”.
Dos pesquisados, 46% (25 pessoas) responderam que trabalham entre 16 e 20 anos
no Campus São José, 35% (19 pessoas) informaram que estão entre 01 e 05 anos no Campus,
7 % (04 pessoas) entre 11 e 15 anos de serviços no Campus, 6% (03 pessoas) responderam
que já trabalham entre 06 e 10 anos no Campus. O restante, 4% (02 pessoas) trabalham menos
de um ano e 2% (01 pessoa) trabalha a mais de 20 anos no Campus São José.
60
4%
35%
6%7%
46%
2% Menos de 01 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
De 16 a 20 anos
Mais de 20 anos
GRÁFICO 6 – Percentual do tempo de serviço no Campus SJ
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
É verificado que mais da metade dos servidores está trabalhando no Campus São
José a mais de 10 anos, sendo que 46% destes possuem entre 16 e 20 anos.
Quase metade está no IFSC – Campus São José desde a criação do mesmo, que irá
completar 21 anos nesta sede.
5.1.7 Relacionamento dos participantes com os colegas de trabalho
Esta pergunta era a seguinte: “Como é o relacionamento entre você e seus colegas de
trabalho?”, sendo colocadas para escolha as opções de muito bom, bom, regular ou ruim. E no
final abriu-se a mesma para outras opiniões.
O resultado levantado foi que a maioria dos pesquisados responderam que o
relacionamento com seus colegas de trabalho são bons, correspondendo a 57% (31 pessoas)
dos participantes da pesquisa. Outro resultado positivo foi que 41% (22 pessoas) responderam
que o relacionamento com os colegas de trabalho é muito bom. O restante, que corresponde a
2% (01 pessoa) informou que o relacionamento é regular. Nenhum dos entrevistados optou
pela opção ruim.
61
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Relacionamento
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 7 – Percentual que representa o relacionamento com os colegas de trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Um dos fatores que impulsionam a nossa carreira é a maneira como nos
relacionamos com as pessoas. E à medida que estamos comprometidos e envolvidos com
nosso trabalho, experimentamos momentos singulares de relacionamento profissional e
pessoal. A valorização dos relacionamentos vem tomando força no perfil profissional que as
organizações exigem, e as instituições públicas não fogem a esta regra.
Nesse contexto, é visto que o IFSC – Campus São José segue esta linha, pois vemos
no gráfico acima que 98% dos servidores entrevistados possuem um bom relacionamento
profissional, influenciando positivamente na QVT.
5.1.8 Apoio dos superiores no desenvolvimento do trabalho
Nesta pergunta foram dadas às opções de muito bom, bom, regular ou ruim, e a
pergunta foi a seguinte: ”Sobre o apoio que recebe de seus superiores no desenvolvimento do
seu trabalho, como definiria?”. Foram colocadas para escolha, as opções de muito bom, bom,
regular ou ruim. E no final da pergunta deixou-se aberto para outras opiniões.
As respostas de 56% (30 pessoas) foi que o apoio dado pelos seus superiores é bom.
24% (13 pessoas) responderam muito bom, 18% (10 pessoas) que o apoio dado é regular. E
apenas uma pessoa, 2% (01 pessoa) do total indicou a opção ruim.
Desta forma verifica-se que 80% dos pesquisados possuem apoio de seus superiores
para os desenvolvimentos de suas atividades.
62
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Apoio dossuperiores
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 8 – Percentual que representa o apoio dos superiores para o desenvolvimento do
trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
O bom relacionamento entre chefia e comandados, assim como apoio dos mesmos
quando necessitado, é possível, e pode atenuar, e muito, a dificuldades comuns do dia-a-dia
das organizações, pode-se verificar isto com os resultados desta pergunta.
Na fundamentação teórica, Vieira (1996) coloca que dependendo da maneira como
as pessoas são tratadas, elas podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma
organização.
5.1.9 Benefícios oferecidos pela instituição
Esta pergunta foi aberta, e perguntou-se aos participantes: “Você conhece os
benefícios que a Instituição lhe oferece? Quais benefícios?”. As respostas foram divididas em
duas partes, a primeira para ver se conhecia ou não os benefícios oferecidos, e na segunda
parte o levantamento dos benefícios citados, sendo que o participante pode colocar a
quantidade de benefícios que conhecesse, sem limites.
As respostas foram: 81% (44 pessoas) responderam sim, que conheciam estes
benefícios, 11% (06 pessoas) responderam não, que não conheciam estes benefícios. E 8%
(04 pessoas) não responderam a esta pergunta.
63
81%
11%8%
Sim
Não
Não respondeu
GRÁFICO 9 – Percentual dos participantes que conhecem os benefícios oferecidos pela
Instituição
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Na segunda parte da pergunta foi feito um levantamento dos benefícios que foram
informados pelos participantes, podendo estes indicarem livremente os benefícios lembrados.
Os benefícios que mais foram lembrados em número de vezes foram: cursos de
capacitação por 14 pessoas, vale-transporte por 11 pessoas, auxílio-alimentação por 10
pessoas, auxílio-saúde por 09 pessoas, auxílio pré-escolar/creche por 03 pessoas e ainda a
flexibilização de horário para aperfeiçoamento e progressão funcional que são benefícios
legais (Amparados por Lei). E ainda foram colocados como benefícios, a academia de
ginástica/espaço para atividade física por 21 pessoas, atendimento médico e ambulatorial por
09 pessoas, atendimento odontológico por 6 pessoas e ainda, aula de violão, cantina, cozinha
equipada e outros benefícios não-legais.
O resultado comprovou que a maioria das pessoas não se lembrou de vários
benefícios oferecidos pela instituição, alguns se encontram na Lei 8.112/1990, como a
estabilidade de emprego, do vencimento e remuneração, ajudas de custo, diárias para eventos
e capacitações, auxílio-transporte, auxílio-moradia, adicional de insalubridade/periculosidade,
licenças por motivo de saúde ou afastamento do cônjuge, auxílio-natalidade, salário família,
licença gestante e paternidade, auxilio funeral e outros. Esses são os benefícios legais,
lembrando que salário é um fator higiênico “a presença dele não gera satisfação, mas sua
ausência gera insatisfação”, comentados por Herzberg. E ainda os que são oferecidos na
própria Instituição, como academia de ginástica, cozinha equipada, biblioteca, cantina, aulas
de artes marciais, aulas de violão, cursos de teatro, centro de convivência, ambulatório,
atendimento odontológico e médico, flexibilidade em horário de trabalho (este através de um
Decreto recente) e outros.
64
Com esses resultados vê-se que a Instituição através do CGP (Coordenação de
Gestão de Pessoas) deva fazer uma exposição sobre a Lei 8.112/1990 e de outros benefícios
do servidor, para que este saiba um pouco mais sobre os seus direitos e deveres.
Marras (2000) comenta, e pode ser visto na fundamentação, que o setor de gestão de
pessoas das organizações se encontram em evidência quando estão focados nas pessoas,
descobrindo e explorando seu potencial, dando-lhes benefícios e aproveitando seus
benefícios.
5.1.10 Recebe adicional de insalubridade ou periculosidade
Na pergunta número 10 perguntou-se aos participantes da pesquisa, se os mesmos
recebiam adicional de insalubridade e periculosidade, a pergunta foi a seguinte: “Você recebe
adicional de insalubridade ou periculosidade no seu ambiente de trabalho?”, sendo as opções
para a resposta sim ou não. No final deixou-se em aberto para os que responderam que não
recebiam os adicionais, a pergunta: “Caso não receba, você acha seu ambiente insalubre ou
perigoso, e acha que merece este adicional? Comente”.
Na pergunta fechada, as respostas para a mesma foram: 85% (46 pessoas)
responderam não, que não recebem estes adicionais, e 15% (08 pessoas) que sim, que
recebem o mesmo.
85%
15%
SIM
NÂO
GRÁFICO 10 – Percentual de recebimento de adicional de insalubridade ou periculosidade
pelos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
65
Para as 46 pessoas que responderam que não recebem o adicional de insalubridade ou
periculosidade, 22% (10 pessoas) acham que seu ambiente de trabalho é insalubre ou
perigoso, e que deveriam receber este adicional. As respostas de alguns destes foram:
“Meu ambiente de trabalho é insalubre, por isso acho que deveríamos receber este adicional”.
“Sim. Trabalho com xérox e impressoras, sendo que o tonner contém grafite”.
“Sim. Trabalhamos em ambiente insalubre, manipulamos livros antigos, cheios de poeira e
comido pelas traças, além de fungos que ocorrem em boa parte do acervo antigo”.
“Sim, mas devido a problemas com o laudo, deixei de receber”.
“Acho muito insalubre, pois há muita poeira, ácaros e afins”.
“Sim, devido que na área de engenharia civil você trabalhar em todos os ambientes da
Instituição e nas obras e reformas. Tem vários serviços de alto risco”.
Analisando-se as respostas da pergunta aberta acima, verifica-se que a maioria das
pessoas que acham que devem receber adicional de insalubridade e/ou periculosidade, se
encontra trabalhando nos setores de reprografia e biblioteca. Estes dois setores perderam o
direito ao adicional de insalubridade após um novo laudo por peritos do trabalho no ano de
2009. Porém houve contestação jurídica destas pessoas sobre este laudo, e foi sugerida a
Instituição, através da CGP, que solicitasse a abertura de uma nova perícia.
5.1.11 Oportunidades de desenvolvimentos oferecidas pela Instituição
A pergunta número 11 foi aberta, perguntando-se primeiramente se: “A Instituição
oferece oportunidades para o desenvolvimento de novas habilidades?”.
As respostas foram: 67% (36 pessoas) que sim, a Instituição oferece oportunidades
para o desenvolvimento de novas habilidades, e 28% (15 pessoas) que não, não são oferecidas
oportunidades. Ainda teve-se uma pessoa que não respondeu, e outras duas que comentaram
que: uma não sabia responder a este questionamento e a outra que não tinha nada a comentar,
estas (03) três pessoas correspondem a um percentual de 5% dos que entregaram o
questionário. No gráfico 11 se pode verificar estes percentuais.
66
67%
28%
5%
Sim
Não
Não respondeu
GRÁFICO 11 – Percentual de oferecimento de oportunidades do IFSC para o
desenvolvimento de novas habilidades
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
A outra parte desta pergunta ou continuação da mesma era, quais são estas
oportunidades oferecidas pela Instituição, e ficou em aberto para comentários. A grande
maioria dos que responderam que sim, comentaram que os cursos de capacitação são os
responsáveis para o desenvolvimento de novas habilidades. Abaixo algumas destas respostas,
que confirmam o comentário:
“Cursos de capacitação à distância”.
“Ofertando cursos de capacitação e em alguns casos liberação para fazer os mesmos”.
“Cursos diversos na área de capacitação”.
“Oferece oportunidade para capacitação nas ferramentas que trabalhamos no dia-a-dia”.
“Através das capacitações oferecidas aos servidores, tanto nas áreas administrativas, como nas
técnicas”.
Os cursos de capacitação influenciam positivamente a Instituição e os seus
funcionários, que conseguem facilitar e desenvolver o se trabalho, e melhorar o lado
financeiro. Os cursos de capacitação ainda, fazem com que os servidores tenham progressões
em sua carreira. Com servidores mais capacitados, a Instituição ganha em qualidade e os
mesmos se sentem mais interessados e felizes com o trabalho.
O processo de desenvolvimento para Dutra (2002, p.50), “é uma categoria que
congrega processos cujo objetivo é estimular e criar condições para o desenvolvimento das
pessoas e da organização”. E são eles, a capacitação, a carreira e o desempenho.
67
5.1.12 Recursos oferecidos pela organização para o desenvolvimento do trabalho
A pergunta número 12 foi aberta, para a exposição dos participantes da pesquisa. Não
se pediu para indicar uma quantidade de recursos, as pessoas estavam livres para exporem o
que quisessem. A pergunta era: “Quais os recursos que a organização lhe oferece para
desempenhar suas tarefas adequadamente?”.
Os recursos mais citados foram: Computador por 19 pessoas, bom ambiente de
trabalho ou ambiente adequado citado por 09 pessoas, material de expediente e escritório por
08 pessoas, internet e informatização por 07 pessoas, impressoras em rede citado por 06
pessoas, telefones por 05 pessoas, ar condicionado ou climatização por 04 pessoas, outras
resposta, como recursos humanos, recursos financeiros, móveis adequados etc., foram citados
por 17 pessoas. Dos participantes da pesquisa, 09 pessoas não responderam a esta pergunta.
No gráfico 12 pode-se ver a quantidade citada pelos participantes da pesquisa, sobre
os recursos que os mesmos acreditam que a organização oferece para o desempenho adequado
das tarefas.
02468
101214161820
QUANTIDADE
Computador
Outros
Bom ambiente
Material escritório
Internet
Impressoras em rede
Telefones
Ar condicionado
Não responderam
GRÁFICO 12 – Quantidade citada pelos pesquisados de recursos oferecidos pela Instituição
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Os recursos de uma organização são os recursos materiais, os financeiros, os
humanos e os administrativos. Pelas respostas dos servidores a esta pergunta, se vê que quase
todos que responderam levantaram apenas os recursos materiais, se esquecendo dos outros.
Os recursos financeiros, humanos e administrativos também são essenciais para o
68
desenvolvimento dos serviços da instituição e devem ser divulgados de alguma maneira para
o conhecimento de todos.
Pode-se lembrar que o administrador pode trabalhar em quase todos os
departamentos de uma instituição, nos quais pode gerir recursos financeiros, humanos e
materiais, e assim prezar por ambientes ideais para o desenvolvimento do trabalho.
5.1.13 Condições de trabalho
A pergunta 13 é uma pergunta fechada e dividida em duas partes. A primeira parte da
pergunta é: “Como são suas condições de trabalho?”. Na segunda parte, pergunta-se
individualmente sobre as condições de iluminação, ventilação, conforto térmico, ruído,
equipamentos adequados e mobiliários adequados. Para cada uma dão-se as opções de muito
bom, bom, regular e ruim. No final também se abre para outros comentários, caso os
participantes achem necessário.
Na primeira parte, onde se pergunta quais as condições de trabalho temos como
resultado: 13% (07 pessoas) responderam muito bom, 66% (36 pessoas) responderam bom,
15% (08 pessoas) regular, ninguém respondeu ruim, e 6% (03 pessoas) não responderam.
Abaixo o Gráfico 13, para analisar estes dados obtidos.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Condições detrabalho
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
Não responderam
GRÁFICO 13 – Percentual levantado das condições de trabalho pelos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
69
Analisando-se estes dados, vemos que 79% estão satisfeitos com suas condições de
trabalho, que influencia positivamente no rendimento profissional do servidor. Somos
conscientes de que o trabalho é vital para o ser humano, torná-lo mais participativo, utilizando
potencialidades e talentos, dar-lhes condições de trabalho adequadas, resultará no aumento da
saúde mental e física dos trabalhadores. A necessidade de tornar as empresas competitivas
colocou as pessoas de frente com a busca pela qualidade, que deixou de ser um diferencial
competitivo, para se tornar condição de sobrevivência.
Uma nova Lei também pode servir de estímulo para as empresas cuidarem da saúde
dos funcionários. A partir de agora, se o empregado adoece no trabalho, é a empresa que tem
de provar que o ambiente profissional não é o responsável pela situação.
Abaixo é visto os resultados sobre as condições físicas do ambiente de trabalho das
pessoas que participaram desta pesquisa. Foi analisado cada item individualmente, mostrando
os gráficos de cada um.
A primeira condição analisada foi a de iluminação, onde tivemos como resultados:
17% (09 pessoas) responderam muito bom, 66% (36 pessoas) bom, 17% (09 pessoas) regular,
e ninguém escolheu a opção ruim. Abaixo o gráfico 14 com os dados sobre as condições de
iluminação.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Condições deIluminação
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 14 – Percentual das condições de Iluminação
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
70
Dos resultados conclui-se que a iluminação nos ambientes de trabalho dos
pesquisados possui uma boa satisfação para a realização dos trabalhos, sendo que 83%
consideram bom e muito bom as condições de iluminação.
Para se obter as melhores condições de trabalho com qualquer tipo de iluminação
devemos considerar alguns fatores, como a incidência solar que ajuda a iluminar o ambiente,
mas que prejudica quando incide diretamente nos equipamentos e no trabalhador. Considerar
também os níveis de iluminação do ambiente, boa distribuição da iluminação, evitando-se o
encadeamento (local mais iluminado do que outro) e manutenção das lâmpadas defeituosas.
A próxima condição analisada foi a de ventilação, onde os resultados obtidos foram:
22% (12 pessoas) responderam muito bom, 65% (35 pessoas) bom, 11% (06 pessoas)
responderam regular e apenas uma pessoa optou por ruim, correspondendo a 2% do total. Ver
Gráfico 15.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Condições deVentilação
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 15 – Percentuais das condições de Ventilação
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando o gráfico é visto que 87% consideram bom ou muito bom as condições
de ventilação dos seus ambientes de trabalho, caracterizando com isso, ambientes saudáveis e
propícios para o conforto humano. A ventilação é bastante importante. Se possível, abrir a
janela e deixar aberta pelo menos uma porta do ambiente. Isso promove uma corrente de ar
natural que resfria o ambiente, sem gastar nenhuma energia elétrica. Ambientes arejados são
sinônimos de ambiente saudável.
71
A condição de conforto térmico é a próxima análise, os resultados levantados na
pesquisa foram: muito bom 22% (12 pessoas), bom 44% (24 pessoas), regular 28% (15
pessoas) e ruim 6% (03 pessoas). Ver gráfico 16 com os resultados.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Condições deConfortotérmico
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 16 – Percentuais das condições de Conforto térmico
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando-se este gráfico, nota-se que as condições de conforto térmico também são
favoráveis para o desenvolvimento dos trabalhos no Campus São José, sendo que 66%
consideram bom ou muito bom as condições de conforto térmico na Instituição. Porém não se
pode deixar de notar que 18 pessoas já possuem problemas com estas condições em seus
ambientes de trabalho. Talvez a Instituição deva fazer um levantamento dos setores que ainda
não possuem climatização ou ventiladores, ou ver se algum setor necessita de manutenção
nesta área. Pode-se dizer que conforto térmico é a condição na qual a pessoa não prefira nem
mais calor nem mais frio no ambiente ao seu redor.
Outra condição que se pediu nesta pergunta a ser analisada foi a de ruído ou conforto
acústico. Os resultados levantados para essa questão foram: muito bom 2% (apenas uma
pessoa), 35 % (19 pessoas) responderam bom, regular foi citado por 41% (22 pessoas) e ruim
por 22% (12 pessoas). Ver no gráfico 17 estes percentuais.
72
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
Condições deruído
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 17 – Percentuais das condições de Ruído
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Neste gráfico é verificado que não são boas as condições de ruído nos ambientes de
trabalho dos participantes da pesquisa, pois 63% optaram por regular e ruim para esta
condição. Os setores do Instituto são em sua maioria divididos através de divisórias, onde o
isolamento acústico se torna precário, fazendo dos setores locais com muito ruídos. A
Instituição deve se atentar em longo prazo a solucionar este problema, evitando condições
desagradáveis e prezando pela saúde e bem estar dos seus funcionários.
A próxima condição analisada foi quanto aos equipamentos adequados, sendo as
respostas dos que participaram da pesquisa, as seguintes: muito bom 15% (08 pessoas), bom
48% (26 pessoas), regular 28% (15 pessoas) e apenas 9% (05 pessoas) optaram por ruim. Veja
no gráfico 18 os percentuais levantados.
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%45%50%
Equipamentosadequados
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 18 – Percentuais de equipamentos adequados
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
73
Grande parcela dos que responderam a pesquisa consideram o ambiente com
equipamentos adequados, somando-se 63% que responderam bom ou muito bom.
O último dado a ser analisado, é para verificar se os mobiliários são adequados ou
não nos ambientes de trabalho. As pessoas que responderam a este questionário colocaram
como respostas: muito bom 19% (10 pessoas), bom 48% (26 pessoas), regular 26% (14
pessoas) e ruim 7% (04 pessoas). Abaixo o gráfico que demonstra estes dados (Gráfico 19).
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Mobiliárioadequado
Muito Bom
Bom
Regular
Ruim
GRÁFICO 19 – Percentuais de mobiliário adequado
A grande maioria das pessoas, 67% respondeu que esta satisfeita com o mobiliário
adequado nos setores de trabalho.
Hoje se sabe que as empresas e instituições brasileiras que mantêm escritórios com
mobiliário obsoleto ou inadequado, do ponto de vista do design, da ergonomia e da
usabilidade, podem estar perdendo dinheiro. Com a mudança radical sofrida nos escritórios
com a implantação da informática, o mobiliário precisa ainda mais do que antes, oferecer
condições ergonômicas para seus usuários, para ajudar a evitar doenças profissionais, como a
LER (lesão do esforço repetitivo), problemas na coluna e nas costas, entre diversos outros.
Avaliando todos os dados levantados, podem-se reforçar estas análises com o
comentário de Carvalho e Serafim (2002) que dizem que o aumento da produtividade por
meio do controle do meio ambiente é um dos objetivos da higiene do trabalho, e influencia na
QVT. E Chiavenato (2004) comenta sobre quatro itens que devem ser uma preocupação da
higiene do trabalho, e um desses itens é o ambiente físico (ventilação, iluminação, ruídos,
temperatura), e um outro é a aplicação de princípios de ergonomia.
74
Um bom ambiente de trabalho pode ser uma influencia para a permanência das
pessoas por muitos anos no local de trabalho, e isto pode ser visto nesta pesquisa, que mostra
que mais da metade dos entrevistados trabalha a mais de 10 anos no Campus e 46% entre 16 e
20 anos.
5.1.14 Informações e orientações sobre saúde e QVT no IFSC
Esta pergunta foi aberta e deixou-se que as pessoas opinassem livremente sobre as
mesmas. A pergunta foi a seguinte: “Existem informações e orientações sobre saúde e QVT
na Instituição?”. As respostas para estas perguntas foram as seguintes: 37% (20 pessoas)
responderam que não existem informações ou orientações, 20% (11 pessoas) não sabe se
existe ou desconhecem, 20% (11 pessoas) responderam que existe pouca informação ou
alguma iniciativa neste sentido, 17% (09 pessoas) que existem informações e orientações
sobre o assunto, 4% (02 pessoas) não responderam a esta pergunta e 2% (01 pessoa) não
soube responder a esta pergunta. No gráfico 20 podemos verificar estes percentuais.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Orientaçõessobre QVT
Não Respondeu
Não soube responder
Não sabe se existe
Pouca informação
Não existe
Existe
GRÁFICO 20 – Informações e orientações sobre saúde e QVT no IFSC
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando os dados levantados nesta pergunta, tem-se um panorama desfavorável
no que se refere à divulgação e orientação sobre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
dentro do IFSC. O DGP não atua como deveria na divulgação e orientação para a QVT no
âmbito institucional, porém com a chegada do SIASS (Sistema de Atenção à Saúde do
Servidor), que foi implantado neste ano, tem-se a esperança que comecem atividades para as
devidas melhorias na saúde e QVT do servidor. A saúde laboral sempre foi negligenciada e
desestruturada no serviço público. O SIASS é fruto do processo de valorização dos servidores
75
e integra um dos eixos da gestão de pessoas na Administração Pública Federal, juntamente
com a revisão das carreiras, a democratização das relações de trabalho e a avaliação de
desempenho.
A preocupação com a QVT deve ser parte da preocupação das organizações, e
conforme Rodrigues (1994, p.76), “a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação
do homem desde o início de sua existência com outros títulos em outros contextos, mas
sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na execução de
sua tarefa”.
5.1.15 Gosta do que faz no trabalho
Esta pergunta foi fechada com as opções de escolha: não gosta, gosta pouco, gosta,
gosta muito. E a pergunta é a seguinte: “Você gosta do que faz no trabalho?”.
Para esta pergunta obtive-se o seguinte resultado: 57% (31 pessoas) responderam que
gostam do seu trabalho, 35% (19 pessoas) disseram que gostam muito do trabalho que
executam, 6% (03 pessoas) responderam que gostam pouco do que fazem, e ninguém
respondeu que não gosta de seu trabalho. Uma pessoa, 25 do total, não respondeu a esta
pergunta. No gráfico 21 é visto estes dados levantados.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Sobre aexecução
do seutrabalho
Não Respondeu
Não gosta
Gosta pouco
Gosta
Gosta muito
GRÁFICO 21 – Percentual sobre a execução do seu trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando os resultados desta pergunta, verifica-se que os participantes da pesquisa,
quase em sua totalidade (92%) estão satisfeitos com as atividades que desempenham, e
responderam que gostam ou gostam muito do seu trabalho. Fazer o que gosta como forma de
76
trabalho e de “ganhar a vida” é um dos maiores objetivos de qualquer pessoa. Desde a
infância somos incentivados a buscar o que gostamos. Uma das maiores fontes de infelicidade
está em não fazer o que se gosta.
Assim, fazer o que gosta parece ser fundamental para o sucesso pessoal, profissional
e institucional. E pode também influenciar na saúde do servidor. Na pesquisa se pode ver que
72% dos servidores se consideram saudáveis.
5.1.16 Descreva o seu trabalho
A pergunta 16 foi dividida em 04 partes, para melhor compreensão das atividades
desenvolvidas pelos participantes da pesquisa.
A primeira parte, identificada como 16.1, foi uma pergunta aberta, onde se
perguntou: “Com que frequência você realiza atividades repetitivas e quais estas atividades?”.
As respostas para esta pergunta foram as seguintes: 4% (02 pessoas) disseram que as
atividades repetitivas são pelo atendimento telefônico, 6% (03 pessoas) por utilizar a máquina
fotocopiadora e grampear papéis, 9% (05 pessoas) não responderam a esta pergunta, 11% (06
pessoas) na realização de serviços diários, sem especificar os mesmos, 11% (06 pessoas)
também na realização de serviços diários, porém especificando a área atuante (diversificada),
15% (08 pessoas) responderam que seu trabalho não é repetitivo, 15% (08 pessoas)
comentaram que realizam poucas atividades repetitivas. E a grande parte dos pesquisados, que
são 29% (16 pessoas) do total, responderam que suas atividades são com digitação e
utilização do computador, sendo elas repetitivas. Abaixo é visto no gráfico 22 os resultados
desta pergunta.
77
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Atividadesrepetitivas
Não Respondeu
Não é repetitivo
Pouco repetitivo
Computador
Atend. Telefônico
Fotocópias
Sem especificaratividadesCom especificaçãoatividades
GRÁFICO 22 – Percentuais sobre atividades repetitivas nas atividades dos participantes
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando estes resultados 61% dos respondentes colocaram que fazem atividades
repetitivas em seu local de trabalho. A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço
Público aprovou em 2009, proposta que reduz a jornada de servidores sujeitos a esforço
repetitivo para o máximo de cinco horas e intervalos de 10 minutos a cada 50 trabalhados.
De acordo com o texto aprovado, serão enquadradas na nova jornada reduzida com
intervalos e atividades que exigirem força excessiva; posições desconfortáveis; repetitividade
de um mesmo padrão de movimentos; compressão mecânica das estruturas dos membros
superiores; e tensão excessiva, desprazer e postura estática. Além disso, os intervalos devem
ser aproveitados para descanso e para realização de exercícios compensatórios.
Hoje, conforme a legislação trabalhista, a maioria das atividades repetitivas, como a
de digitador, está sujeita à jornada maior, de 44 horas semanais. Em alguns setores, como de
telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica
estabelecida para os respectivos operadores a jornada máxima é seis horas por dia ou 36 horas
por semana. Há intervalos de dez minutos a cada 90 trabalhados para servidores que realizam
serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo).
78
O texto aprovado foi um subsitutivo do Projeto de Lei 4.347/98, que previa medidas
para prevenir a lesão por esforço repetitivo (LER) e outros quatro projetos apensados
(1.897/99, 3.319/00, 6.213/05, e 317/07).
Porém o IFSC não possui equipe ou grupo de trabalho para acompanhamento das
atividades realizadas e que podem ser consideradas repetitivas. Talvez com o SIASS poderar-
se fazer este tipo de acompanhamento.
A segunda parte da pergunta 16, no questionário identificada como 16.2, foi uma
pergunta aberta e era a seguinte: “Descreva quantas horas você passa sentado e quantas horas
você passa em pé”.
Esta pergunta foi dividida em duas partes, uma analisando o tempo que os
participantes passam sentados e a outra parte o tempo que passam em pé. No levantamento
dos dados, de quanto tempo às pessoas que responderam ao questionário passam sentadas,
tivemos como respostas: 15% (08 pessoas) não responderam, 19% (10 pessoas) responderam
que ficam três (03) horas sentadas, 28% (15 pessoas) que ficam cinco (05) horas, 16% (09
pessoas) quatro (04) horas, 11% (06 pessoas) passam seis (06) horas sentadas e o restante, que
é 11% (06 pessoas) colocaram outros horários que passam sentadas trabalhando.
Abaixo podemos ver estes resultados no gráfico 23.
15%
19%
16%28%
11%11%
Não respondeu
3 horas sentado
4 horas sentado
5 horas sentado
6 horas sentado
Outros
GRÁFICO 23 – Percentuais de horas sentados dos pesquisados durante período de trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Pode-se observar com estes resultados que um terço das pessoas que responderam a
esta pergunta ficam sentadas por 5 horas diárias para a realização do seu trabalho. Quando
ficamos sentados completamente imóveis, nossas costas também podem sofrer. A lombar
precisa sustentar o peso da parte superior do corpo, e a posição na qual permanecemos
sentados pode dificultar ainda mais o trabalho das costas (MIRANDA, 2000).
79
Mesmo que não estejamos nos movimentando, as costas estão trabalhando
ativamente. Desta forma, problemas de dores são freqüentes para quem fica muito tempo
sentado, e o tempo sentado de trabalho somado ao restante do tempo que você passa sentado
diariamente pode acarretar dores e desconfortos na região das costas. Quebrar esse ciclo é
fácil. Basta se levantar a cada hora de trabalho, se espreguiçar e dar uma volta pequena de
cinco a dez minutos, isto é recomendado por especialistas (BERTOLINI, 1999).
A segunda parte da pergunta 16.2, perguntou-se quanto tempo às pessoas
permanecem em pé na realização de seu trabalho e tivemos como resultado: 15% (08 pessoas)
não responderam a esta pergunta, 9% (05 pessoas) responderam que não ficam em pé, 31%
(17 pessoas) ficam uma (01) hora em pé, 15% (08 pessoas) duas (02) horas, 20% (11 pessoas)
que ficam três (03) horas em pé, e o restante, 9% (05 pessoas) deram outras respostas. No
gráfico 24 são verificados e analisados estes dados.
15%
31%
15%
20%
9%9% Não respondeu
1 hora em pé
2 horas em pé
3 horas em pé
Não fica em pé
Outros
GRÁFICO 24 – Percentuais de horas em pé dos pesquisados durante o período de trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Mais de um terço dos que responderam à pergunta ficam uma hora em pé e outro
terço entre duas ou três horas em pé, que podem gerar desconforto, dores e até varizes em
algumas pessoas.
O fato de permanecer muito tempo em pé ou sentado não é um causador de varizes,
mas pode acelerar o aparecimento destas varizes para quem tem tendência à formação das
mesmas. Estas posições, independentemente das varizes, podem gerar cansaço, peso e inchaço
nas pernas, causando grande desconforto no fim do dia (DUL e WEERDMEESTER, 1995).
Situações que exigem muitas horas em pé ou sentadas devem ser intercaladas com
pelo menos 10 minutos de caminhada, com passos firmes e vigorosos. Desta forma as veias
80
da panturrilha são "ordenhadas" pela musculatura, impelindo o sangue no sentido do coração
e aliviando a pressão venosa nas pernas (DUL e WEERDMEESTER, 1995).
A terceira parte da pergunta 16, identificada como 16.3, foi uma pergunta aberta e
fazia o seguinte questionamento: “Quais os desconfortos gerados?”. Esta pergunta foi feita em
continuação às perguntas anteriores. Ou seja, os desconfortos ou dores causados por ficar
muito tempo em pé ou sentado durante o trabalho.
Esta pergunta é aberta e muita das pessoas que responderam a mesma, colocaram
mais de uma resposta, desta forma serão mostradas as mais relatadas, que foram: 12 pessoas
responderam que sentem dores na coluna, 12 pessoas dores nas pernas e/ou pés, 10
responderam que sentem dores nas costas, 04 dores no corpo ou musculares, 03 pessoas que
sentem dores nos ombros, 03 dores lombares, outras 03 dores nos braços e/ou mãos, e outras
07 pessoas outros desconfortos ou dores, como dores no pescoço, cefaléia, vista cansada,
cansaço físico, etc. Se teve ainda 07 pessoas que responderam que não possuem nenhum tipo
de dor ou desconforto, e outras 07 que não responderam a esta pergunta.
Como análise, observou-se que as dores na coluna, dores nas costas e dores nas
pernas e/ou pés são os maiores problemas relatados pelos participantes da pesquisa na
realização dos seus trabalhos. Pode-se identificar também, estes dados, na última pergunta
desta pesquisa, e verificar que os desconfortos e dores são os mesmos levantados neste
questionamento.
A última parte da pergunta 16, identificada como 16.4 faz-se a seguinte pergunta:
“Você tem o hábito de fazer pausas durante o trabalho?”. Para esta pergunta davam-se as
opções de sim ou não. Caso respondessem afirmativamente, perguntava-se ainda: “Qual o
tempo desta pausa?” e “O que faz na pausa?”. Abaixo colocaremos os resultados da mesma,
analisando e mostrando em gráficos cada uma das mesmas.
Na primeira parte da pergunta, onde se perguntou se fazia ou não pausa durante o
trabalho, as respostas foram: Sim 70% (38 pessoas), não 28% (15 pessoas) e não respondeu a
pergunta 2% (01 pessoa). Abaixo o gráfico 25 com os resultados.
81
70%
28%2%
SIM
NÂO
Não respondeu
GRÁFICO 25 – Percentual dos participantes que fazem pausa durante o trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
A grande maioria dos que responderam são adeptos a fazerem pausas durante o
trabalho. As pessoas devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo, o que permite
perceber o início de qualquer desconforto. O importante é não deixar que as dores pequenas
evoluam. As pausas nos trabalho devem permitir principalmente um alívio para os músculos
mais ativos.
Na outra parte desta pergunta, pediu-se para os que responderam afirmativamente,
que fazem pausas no trabalho, que colocassem o tempo de pausa A pergunta era aberta e a
resposta foi: 32% (12 pessoas) fazem 15 minutos de pausa, 24% (09 pessoas) 10 minutos de
pausa, 18% (07 pessoas) 20 minutos, também com 18% (07 pessoas) os que utilizam 30
minutos para pausa, 3% (01 pessoa) utiliza 2 horas de pausa, e finalizando 5% (02 pessoas)
não citaram o tempo. No gráfico 26 pode-se visualizar este resultado.
82
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Tempo depausa
Não citou tempo10 minutos15 minutos20 minutos30 minutos02 horas
GRÁFICO 26 – Percentual determinando tempo de pausa dos pesquisados
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Conforme o gráfico o tempo de pausa mais utilizado pelos servidores que
participaram da pesquisa, e que fazem as mesmas são de 15 minutos, e logo após 10 minutos.
Ainda não existe um esquema que estipule o tempo de pausa para evitar a tensão do
trabalho muscular localizado, mas o ideal é após 50 minutos ou uma hora de trabalho como,
por exemplo, em frente ao computador fazer uma pausa de 5 a 10 minutos (DUL e
WEERDMEESTER, 1995).
Durante a pausa, pode-se levantar, caminhar um pouco e se possível fazer um
exercício de alongamento, isto são dicas dos profissionais da saúde (SILVA NETO, 2002).
A última parte da pergunta 16.4 para os que responderam que faziam pausas, era
sobre o que fazia durante a mesma. As respostas para esta pergunta aberta foram: 37% (14
pessoas) responderam que fazem lanche, 21% (08 pessoas) para tomar café, 16% (06 pessoas)
para caminhar ou levantar, 8% (03 pessoas) utiliza a pausa para almoçar, 5 % (02 pessoas)
fazem leituras, outros 5% não responderam sobre o que fazem na pausa, e 8% (03 pessoas)
colocaram outras respostas. No gráfico abaixo podemos visualizar melhor estes índices.
83
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%
O quefazemnas
pausas
Tomar caféAlmoçarLancheLeituraCaminhar/LevantarNão respondeuOutras respostas
GRÁFICO 27 – Percentuais das atividades realizadas durante as pausas dos participantes da
pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Nota-se que mais da metade dos participantes utilizam suas pausas para lanches,
almoço ou para tomar café. Porém indiretamente estas pessoas se levantam e caminham para
estes afazeres.
O indicado por especialistas como Nahas, Zilli, Martins, citados na fundamentação
teórica, é parar para descansar, que é igual a parar para “retemperar” energias – algo essencial
para um dia de trabalho produtivo, criativo e bem-sucedido. Levantar, esticar as pernas,
espairecer, conversar, rir, comer qualquer coisa, beber qualquer coisa, procurar silêncio,
procurar agitação é o ideal para recomeçar da melhor forma possível suas atividades.
5.1.17 O que é QVT (Qualidade de Vida no Trabalho)
A pergunta 17 foi aberta, e perguntava para os participantes, “O que você entende
como QVT?”, das 54 pessoas que entregaram o questionário, nove (09) não responderam a
esta pergunta. Os que responderam, 19 pessoas mencionaram com suas palavras que QVT é
possuir um ambiente de trabalho saudável. Além dessa resposta quatorze (14) pessoas em
seus comentários colocaram que possuir mobiliários ergonômicos, uma estrutura e ambiente
de trabalho confortável e adequado para a realização do trabalho, são sinônimos de QVT.
Teve-se ainda treze (13) pessoas que mencionaram que QVT significa respeito e relação inter-
harmoniosa entre todos os funcionários, independente do cargo. Por último se pode também
84
mencionar as respostas de sete (07) participantes que colocaram QVT como sendo um
conjunto de fatores, ações e programas para promover mais satisfação e saúde, e seis (06)
mencionaram que QVT são as condições adequadas para desempenhar as suas funções.
Salienta-se que estas respostas foram as mais mencionadas na pesquisa, e que uma ou
mais pessoas podem ter dado mais de um destes significados levantados nesta questão.
Todas estas respostas se aproximam das que foram colocadas na fundamentação
teórica, como o de Rodrigues (1994, p.76) que comenta, “a qualidade de vida no trabalho tem
sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência com outros títulos em
outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao
trabalhador na execução de sua tarefa”.
5.1.18 Você se considera saudável
A pergunta 18 do questionário foi: “Você se considera saudável?”. A pergunta era
aberta para as pessoas se expressarem livremente, sendo que na justificativa as mesmas
pudessem responder sobre o que achasse mais adequado. Os resultados para esta pergunta
foram: Uma das pessoas não respondeu a esta pergunta, sendo 2% do total. Dos que
responderam: 13% (07 pessoas) responderam que não se consideram saudáveis, 72% (39
pessoas) responderam sim, que se consideram saudáveis. Ainda tivemos 13% (07 pessoas)
que responderam que se consideram um pouco saudável ou mais ou menos saudáveis.
Abaixo é visto o gráfico 28 com esses dados levantados.
72%
13%
13% 2%
Se consideram saudáveis
Não se consideram saudáveis
Um pouco saudáveis
Não respondeu
GRÁFICO 28 – Percentuais do parecer dos participantes para saber se são saudáveis
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Dos que responderam que se consideram saudáveis, que foi a grande maioria (72%),
obteve-se nas justificativas e comentários o seguinte levantamento: Dezessete (17) pessoas
colocaram que possuem uma alimentação saudável e correta, treze (13) que fazem atividades
85
físicas, seis (06) pessoas responderam que possuem boa saúde ou que não possuem nenhuma
doença, outros cinco (05) comentaram que fazem exames e consultas médicas
periodicamente, e finalizando outras quatro (04) pessoas colocaram outras respostas.
Dos servidores que responderam que não se sentem saudáveis, os comentários foram
os seguintes: quatro (04) possuem algum tipo de doença, dois (02) não praticam esporte,
outros dois (02) se sentem estressados, e por último um (01) que comentou que possui uma
má-alimentação.
Por fim os comentários dos que se sentem pouco saudáveis que foram: dois (02) não
fazem atividade física, dois (02) possuem uma má-alimentação, um (01) é fumante e outro
esta com problemas de saúde.
Lembra-se que as pessoas estavam livres para as suas respostas e podiam responder o
que quisessem.
Silva e Marchi (1997), afirmam que a relação entre saúde e qualidade de vida parece
óbvia, o próprio senso comum nos diz que ter saúde é a primeira e essencial condição para
que alguém possa considerar sua vida como de boa qualidade. Podem-se comparar os dados
positivos levantados nesta pergunta, com o entendimento das pessoas pesquisadas, sobre
QVT, e respondidos na pergunta anterior.
5.1.19 Hábitos prejudiciais para a saúde
Esta pergunta deixou-se em aberto para que as pessoas ficassem livres para os
comentários. Porém colocaram-se alguns hábitos prejudiciais para a saúde entre parênteses na
pergunta, para que as pessoas pudessem ter algumas idéias para as suas respostas. A pergunta
19 era a seguinte: “Você possui hábitos que podem prejudicar a sua saúde”? (Fumo, bebida
alcoólica, má-alimentação, sedentarismo, etc.)”.
Obteve-se como respostas os seguintes dados: não possuía hábitos prejudiciais para a
saúde 42% (23 pessoas), 33% (18 pessoas) responderam que são sedentárias, 6% (03 pessoas)
que consumiam bebida alcoólica moderadamente, 6% (03 pessoas) que possuíam, mas não
especificaram os mesmos. Por último 13% (07 pessoas) que responderam outros hábitos ou
que responderam mais de um hábito que prejudicava sua saúde, entre eles: excesso de café,
fumo e sedentarismo, má-alimentação e sedentarismo, fumo e bebida alcoólica, etc. É visto no
próximo gráfico com mais clareza estes dados.
86
0%5%
10%15%20%25%30%35%40%45%
Hábitosprejudicias
Sem hábitos
Sedentarismo
Bebida alcoólica
Possui/Não especificaram
Outros hábitos
GRÁFICO 29 – Percentuais de hábitos prejudiciais para a saúde
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Quase metade dos servidores não possui hábitos prejudiciais para a saúde, segundo o
levantamento. Porém, de mais da metade dos que possui esses hábitos prejudiciais, o
sedentarismo tornou-se o grande vilão contra a saúde entre os pesquisados.
Rodrigues (2009) comenta que o sedentarismo ou a inatividade, é um dos maiores
fatores de risco de doenças para o organismo do homem, uma delas são os problemas
cardiovasculares.
5.1.20 O que gera estresse
Na pergunta número 20, deixou-se a mesma aberta, para que as pessoas que
participaram da pesquisa se sentissem livres para comentarem sobre o assunto. Foram feitas
duas perguntas em uma, que foram: “O que gera estresse para você? Você se sente
estressado?”. Os dados foram levantados em duas partes. Quando perguntados sobre o que
gerava estresse para eles, as respostas foram: Acúmulo de atividades ou realização de muitas
atividades foi mencionado por oito (08) pessoas, o trânsito foi à resposta de oito (08)
participantes, cinco (05) dos que participaram da pesquisa comentaram que as pressões no
trabalho e do mundo moderno são os geradores de estresse. A falta de educação e/ou respeito
foi à resposta de três (03) pessoas, muitas preocupações e questões emocionais foi lembrado
por três (03) pessoas, a falta de reconhecimento e valorização gera estresse para três (03) dos
que responderam, e tiveram-se ainda vinte (20) comentários variados que geram estresse para
os participantes da pesquisa, tais como: problemas de saúde com familiares,
mentiras/falsidade, descomprometimento das pessoas, situação financeira ruim/dívidas, e
outros comentários.
87
Na outra parte onde se perguntava se a pessoa se sentia estressada, obtiveram-se os
seguintes resultados: 7% (04 pessoas) não responderam a esta pergunta (nem a primeira
parte), 10% (05 pessoas) disseram sim, que se sentem estressadas. E ainda 11% (06 pessoas)
responderam que se sente um pouco ou às vezes se sentem estressados, 24% (13 pessoas)
colocaram em suas respostas que não se sentem estressadas, e o restante 48% (26 pessoas)
somente responderam o que gerava estresse para elas, sem comentar se estavam ou não
estressadas.
Pode-se no gráfico 30 verificar estes resultados e se analisar esta pergunta.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Você éestressado
Não respondeu
Sim
Um pouco
Não
Não deixou claro
GRÁFICO 30 – Percentuais sobre estresse nos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando os resultados vemos que não se tem claro se as pessoas possuem ou não
estresse, pois apenas 21% confirmaram que se sentem estressados ou pouco estressados.
Conforme comentários expostos na fundamentação teórica, conforme Nahas (2001)
as pessoas estressadas são mais propicias aos problemas físicos e psíquicos. O estresse reduz
a produtividade, quando não possui controle, reduz as defesas do organismo afetando o
sistema imunológico. Ele ainda relaciona os sintomas que são associados ao estresse como:
insônia, cansaço, dores musculares, ansiedade, dores de cabeça, perda de memória e sensação
de incapacidade.
A ginástica laboral atua na prevenção e no combate ao estresse, pois se sabe que
durante as atividades físicas é liberada a endorfina, que alivia as tensões e causa um bem-estar
(GONÇALVES e VILARTA, 2004).
88
O estresse como comentado pode também, influenciar nos dados levantados na
última pergunta da pesquisa, onde se constatou um número considerável de servidores com
dores ou desconfortos causados com a realização do trabalho.
5.1.21 Prática de atividade física
Na pergunta 21, a mesma foi feita fechada, e com duas opções de escolha, sim ou
não. A pergunta foi a seguinte: “Você pratica atividade física regular fora do seu horário de
trabalho?”. Todos responderam a esta pergunta, e as respostas para a mesma foram: 63% (34
pessoas) responderam sim, que fazem algum tipo de atividade física, e 37% (20 pessoas)
responderam não, que não praticam nenhuma atividade física. No gráfico abaixo podem ser
vistos estes dados.
63%
37%
SIM
NÂO
GRÁFICO 31 – Percentuais de quem faz atividade física
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Grande parte dos que responderam o questionário faz um ou mais tipos de atividades
físicas, representando 63% do total. Abaixo se vê quais as atividades mais habituais.
Os que não fazem atividade poderão ser influenciados a iniciarem alguma atividade
física através da Ginástica Laboral, caso a mesma venha a ser implantada. E poderão
influenciar os 33% que possuem o sedentarismo como um hábito prejudicial à saúde, a
começarem a se exercitar.
5.1.22 Tipo de atividades físicas realizadas
Esta pergunta foi respondida apenas para os que responderam afirmativamente a
pergunta anterior, que foram 34 participantes. Esta pergunta foi fechada, e se perguntava:
89
“Em caso afirmativo, que tipo de atividade(s) física(s) você pratica?”. Foram colocadas 14
opções para a escolha e no final abriu-se para outro esporte e/ou outras atividades.
Nesta pergunta os servidores poderiam escolher uma ou mais atividades que
efetivavam, e obteve-se um levantamento de 79 respostas. Sendo que 30% (24 pessoas) fazem
caminhadas, 16% (13 pessoas) fazem musculação, 9% para cada (07 pessoas) nas atividades
de alongamento, e andar de bicicleta. Depois tivemos 7% (06 pessoas) que fazem corrida, 5%
para cada (04 pessoas) nas atividades de futebol, e natação, 3% para cada um (02 pessoas) que
fazem as atividades de hidroginástica, yoga ou tai chi chuan ou similares, dança, pilates, e
relaxamento ou meditação. Por último 1% para cada atividade (01 pessoa) faz remo, surf,
futebol de mesa, e ginástica localizada.
No gráfico 32 pode-se verificar estes índices.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Atividadesfísicas
CaminhadaCorridaBicicletaDançaGinástica localizadaMusculaçãoNataçãoHidroginásticaYoga e outrosRelaxamentoAlongamentoFutebolRemoSurfPilatesFutebol de mesa
GRÁFICO 32 – Percentuais das atividades físicas realizadas pelos participantes da pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando este gráfico e com os dados levantados, vê-se que quase um terço das
pessoas pesquisadas e que fazem atividade física são adeptas das caminhadas. Um quarto
destes faz musculação. E ainda observar que também com este levantamento, grande parte
destes servidores faz mais de um tipo de atividade física.
90
5.1.23 Quantidade de vezes na prática de atividades físicas
Na pergunta 23 perguntou-se aos que responderam afirmativamente a pergunta 21
(que praticavam atividades físicas), quantas vezes por semana elas praticavam essas
atividades. A pergunta era fechada com as opções de 01 até 07 (correspondentes aos dias da
semana), e era a seguinte: “No total, quantas vezes por semana você pratica atividade física
fora do seu horário de trabalho?”. Teve-se como respostas os seguintes dados: Ninguém
respondeu que faz atividades 6 ou 7 vezes na semana, 10% (03 pessoas) respondeu que faz
atividade física apenas uma (01) vez por semana, 23% (08 pessoas) fazem duas (02) vezes por
semana, 38% (13 pessoas) fazem atividades três (03) vezes na semana. Finalizando 17% (06
pessoas) fazem atividades quatro (04) vezes na semana, e 12% (04 pessoas) fazem cinco (05)
vezes na semana.
Abaixo o gráfico 33 mostrando estes dados.
10%
23%
38%
17%
12%
01 vez
02 vezes
03 vezes
04 vezes
05 vezes
GRÁFICO 33 – Percentuais de vezes por semana que os participantes da pesquisa fazem
atividade física
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando-se os dados levantados é verificado que mais de um terço das pessoas
pesquisadas que fazem atividade física, fazem estas atividades durante três (03) dias da
semana. E mais de 60% entre dois (02) e três (03) dias na semana.
5.1.24 Deslocamento de casa até o trabalho
Na pergunta número 24, foi questionado o seguinte: “Como você se desloca
geralmente no trajeto de casa para o trabalho?”. Esta pergunta era aberta e levantaram-se os
seguintes dados: 20% (11 pessoas) se deslocam de ônibus para trabalhar, 5% (03 pessoas) vão
91
caminhando para o trabalho, 54% (29 pessoas) responderam que vão de carro ao trabalho, 9%
(05 pessoas) vão ao trabalho de ônibus ou carro, 4% (02 pessoas) fazem o trajeto
casa/trabalho caminhando ou de carro, 4% (02 pessoas) utilizam motocicletas para a
locomoção, e 4% (02 pessoas) não responderam a esta pergunta. Abaixo o gráfico com estes
dados.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Deslocamentocasa/trabalho
Ônibus
Caminhando
Carro
Ônibus ou carro
Caminhando ou carro
Motocicleta
Não responderam
GRÁFICO 34 – Percentual dos meios de locomoção casa/trabalho dos pesquisados
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Com os dados levantados, e após analisando-os juntamente com o gráfico, vemos
nitidamente que mais de 60% possuem veículos próprios e os utilizam para o deslocamento de
casa para o trabalho e vice-versa. Isto faz com que as pessoas consigam se deslocar mais
rapidamente e com maior conforto.
5.1.25 Tempo gasto no trajeto casa/trabalho
Nesta pergunta aberta, têm-se duas perguntas em uma, pois se questiona o seguinte:
”Qual o tempo gasto neste trajeto (casa/trabalho)?”. “Você faz alguma atividade durante este
trajeto (Leitura/música/estudar/outras)?”.
Irar-se primeiramente mostrar o levantamento para a primeira parte da pergunta,
sobre o tempo gasto no trajeto casa/trabalho, que sendo aberto, fez-se um agrupamento em
faixas de tempo para facilitar na análise do mesmo. As respostas obtidas foram: 2% (01
pessoa) não respondeu esta pergunta, 54% (29 pessoas) gastam até 25 minutos com o trajeto
casa/trabalho, 22% (12 pessoas) gastam entre 30 a 45 minutos, 18% (10 pessoas) entre 01 e
02 horas para chegar de casa até o trabalho, e por fim 4% (02 pessoas) que gastam mais de 2
horas até o seu trabalho.O gráfico 35 mostrará estes índices, para análise posterior.
92
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Tempo dedeslocamentocasa/trabalho
Não respondeu
Até 25 minutos
De 30 a 45 minutos
De 01 a 02 horas
Mais de 02 horas
GRÁFICO 35 – Percentuais do tempo de deslocamento dos participantes da pesquisa no
trajeto casa/trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Verificando-se os índices levantados e o gráfico, percebe-se instantaneamente que
mais da metade mora nas redondezas do local de trabalho, com um tempo razoavelmente bom
para o deslocamento até o mesmo. Poucos moram longe do local de trabalho, média de 20%.
Na segunda parte da pergunta 25, para saber se durante o trajeto casa/trabalho a
pessoa dedica tempo para alguma atividade, teve-se como respostas: 26% (14 pessoas)
escutam música durante o trajeto, 48% (26 pessoas) não fazem nada, 7% (04 pessoas)
escutam música ou fazem leitura, 2% (01 pessoa) faz leitura ou estuda, e finalizando 17% (09
pessoas) não responderam a esta parte da pergunta. No gráfico 36 se pode identificar os dados
levantados com mais clareza.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Atividades notrajeto
casa/trabalho
Não respondeu
Escuta música
Não faz nada
Música ou leitura
Leitura ou estudar
GRÁFICO 36 – Percentuais das atividades desenvolvidas pelas pessoas que participaram da
pesquisa durante o trajeto casa/trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
93
Analisando esta pergunta, temos que quase metade dos servidores não faz nenhum
tipo de atividade durante o trajeto da casa até o trabalho. E dos que fazem alguma atividade,
um quarto apenas escuta música durante o trajeto.
5.1.26 Tempo dedicado ao lazer
Na pergunta 26, é deixada a mesma em aberto para que as pessoas comentassem
livremente; e a pergunta era a seguinte: “Você dedica tempo para o seu lazer? Como ocorre?”.
Como é visto, esta pergunta deverá ser analisada em duas partes, primeiramente
saber do servidor pesquisado se ele dedica tempo para o lazer. As respostas para este
questionamento foram: 5% (03 pessoas) responderam que dedicam muito pouco tempo ou às
vezes dedicam tempo para o lazer, 84% (44 pessoas) responderam que dedicam tempo para o
lazer, 11% (06 pessoas) responderam que não dedicam tempo para o lazer, e 2% (01 pessoa)
não respondeu a pergunta. O gráfico 37 mostra estes dados levantados.
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
Dedicatempo ao
lazer
Não respondeu
Sim
Um pouco
Não
GRÁFICO 37 – Percentuais par saber se os pesquisados dedicam tempo ao lazer
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
A grande maioria com quase 90% dos servidores que responderam ao questionário
dedicam tempo para o seu lazer.
Desta maneira pode-se dizer que o lazer é o uso que se faz do tempo liberado,
principalmente das obrigações do trabalho. O objetivo do estilo de vida do lazer traz então,
uma busca por padrões de melhoria pessoal, conforme a aspiração individual, a qual permite
um aumento na qualidade de vida (MARCELLINO, 1987).
94
O tempo livre para o lazer talvez tenha influencia nos dados levantados na pergunta
04, onde 65% dos que responderam à pesquisa trabalham 30 horas semanais, sobrando mais
horas livres para o lazer e até mesmo para atividades físicas.
Na segunda parte desta pergunta, que complementa a primeira, pergunta-se como
ocorre o lazer, ou seja, qual o tipo de lazer que os servidores que responderam
afirmativamente se dedicam nas horas vagas.
Lembrando que os servidores poderiam citar o que quisessem e muitas citaram mais
de uma alternativa, as respostas que mais foram citadas são: Encontros ou viagens com a
família foram lembrados por doze (12) pessoas, onze (11) pessoas utilizam a leitura como
lazer, depois se obteve dez (10) pessoas que citaram que vão ao cinema, fazer passeios foi
citado por nove (09) pessoas, sair a noite para festas, shows ou para dançar foi comentado por
seis (06) pessoas como atividade de lazer, outras seis (06) pessoas disseram que tem como
lazer viajar, e mais seis pessoas citaram que o seu lazer é assistir filmes ou ver televisão.
Completando as respostas, cinco (05) pessoas colocaram como atividade de lazer ir à praia, e
outras cinco (05) fazer caminhadas. Finalizando tivemos mais vinte e três (23) citações como
atividades de lazer, destacando-se atividades físicas, fazer trilhas e passear no campo,
encontros ou sair com amigos, ouvir músicas, futebol, pescaria, dominó e outras.
5.1.27 Atividades além do trabalho habitual
Na pergunta 27, pede-se que os servidores escolham as opções sim ou não, e no final
abre-se para comentários. A pergunta foi a seguinte: “Você participa de outras atividades
além do seu trabalho habitual? Sim ou não. Em caso afirmativo, quais atividades?”.
Na primeira parte onde se pergunta se faz ou não atividade, as respostas foram: 52%
(28 pessoas) responderam não, que não participam de outra atividade, 46% (25 pessoas)
responderam sim, que participam de outra atividade fora do trabalho habitual, e apenas 2%
(01 pessoa) não respondeu a esta pergunta. No gráfico 38 pode-se ver estes dados em
percentuais.
95
2%
52%
46% SIM
NÂO
Não respondeu
GRÁFICO 38 – Percentuais sobre realização de outras atividades pelos participantes da
pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Nota-se que existe uma divisão nos que responderam a esta pergunta, praticamente
metade faz e a outra não faz atividades fora do trabalho habitual.
Dos 25 que responderam que fazem outras atividades, as mais citadas foram
(lembrando que cada servidor poderia citar mais de uma atividade): seis (06) pessoas
comentaram que fazem pós-graduação, quatro (04) que fazem projetos de extensão ou
elaboração de projetos. Outras respostas, citadas por quatro (04) pessoas atividades em casa
ou reparos, tiveram-se ainda três (03) pessoas que fazem atividades em igrejas, e outras três
(03) que participam de grupos voluntários. Finalizando, três (03) pessoas comentaram que
suas atividades são estudar, duas (02) pessoas fazem faculdade/graduação, e finalizando
outras cinco (05) citações de atividades diferenciadas, tais como, associação de moradores,
partido político, comissões e outros. Um (01) dos participantes não respondeu.
5.1.28 Conhece ou participou de Ginástica Laboral (GL)
A partir desta questão e até a pergunta número 33, são feitas perguntas sobre a GL,
após termos analisado nas perguntas anteriores sobre a QVT dos participantes.
Na questão 28, perguntava-se aos que participaram da pesquisa se elas conheciam ou
não a GL, sendo a pergunta: “Você conhece ou já participou de Ginástica Laboral (GL)?”.
Esta pergunta era fechada, e tinha como alternativas as opções sim ou não. As
respostas dadas para esta questão foram: 35% (19 pessoas) responderam sim, 63% (34
pessoas) responderam não e 2% (01 pessoa) não respondeu a pergunta. No gráfico 39 podem
ser vistos estes dados levantados.
96
35%
63%
2%
SIM
NÂO
Não respondeu
GRÁFICO 39 – Percentuais dos participantes que conhecem ou já fizeram GL
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
No levantamento dos dados e após sua análise é visto que dos 35% que responderam
que sim, grande parte apenas conhece a GL e não teve a oportunidade de participar da mesma.
O interessante nesta pergunta é que 34 servidores ou 52% (mais da metade) não fizeram e
nem conhece a GL, porém nos próximos levantamentos das outras perguntas se sentem
interessados em participar e de sugerir sobre a mesma. Isto se torna positivo para esta
proposta deste programa de GL.
5.1.29 Quanto tempo de participação na GL
Na pergunta 29, para os que responderam afirmativamente e que realmente
praticaram a Ginástica Laboral (GL) em outra instituição (10 pessoas), perguntou-se: “Em
caso de já ter participado, por quanto tempo você praticou a GL?”. Esta pergunta foi fechada e
dava como opções as seguintes alternativas: de 1 a 3 meses, de 3 a 6 meses, de 6 a 9 meses, de
9 a 12 meses ou mais de 1 ano. As respostas para esta pergunta foram: 40% (04 pessoas)
responderam que fizeram a GL de 9 a 12 meses, 30% (03 pessoas) de 1 a 3 meses, 20% (02
pessoas) praticaram a GL por mais de um ano, e finalizando 10% (01 pessoa) respondeu que
praticou a GL de 3 a 6 meses. Veja no próximo gráfico estes índices.
97
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Tempo de GL
De 1 a 3 meses
De 3 a 6 meses
De 9 a 12 meses
Mais de 1 ano
GRÁFICO 40 – Levantamento percentual dos tempos na prática da GL dos que já
participaram da mesma
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Poucos dos que responderam o questionário participaram da Ginástica Laboral,
porém estes servidores poderão futuramente auxiliar positivamente no caso da mesma ser
implantada no Campus São José, através de sugestões para a sua melhoria. No gráfico
mostrado mais da metade praticou a GL perto de um ano.
5.1.30 Gostaria de participar da GL e com qual frequência
A pergunta número 30 foi aberta, com duas perguntas em uma, fez-se primeiramente
o seguinte questionamento para os servidores pesquisados: “Você gostaria de participar de um
programa de GL na empresa? Com que regularidade?”. Os comentários para esta pergunta
foram divididos em duas partes. E para a primeira parte, que era se gostaria de participar,
foram obtidos os seguintes resultados: 78% (42 pessoas) responderam sim, que gostariam de
participar da GL, 13% (07 pessoas) não, que não gostariam de participar da mesma, 5% (03
pessoas) gostariam de conhecer sobre a GL antes de participar, 2% (01 pessoa) respondeu que
talvez fizesse a GL, e por último 2% (01 pessoa) não respondeu. No gráfico 41 podem-se ver
estes dados para análise posterior.
98
78%
13%2% 5% 2%
SIM
NÃO
Não Respondeu
Conhecer Antes
Talvez
GRÁFICO 41 – Percentuais para saber se os participantes da pesquisa gostariam de participar
da GL
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando-se os resultados e vendo-se nos gráficos estes dados, é visto com
entusiasmo a proposta para a implantação da GL no Campus São José, pois mesmo que 63%
dos pesquisados não conheçam ou não praticaram a GL, se sentem dispostos a participar da
mesma. E além dos quase 80% que responderam que sim ou talvez fizessem, poder-se-ia fazer
primeiramente um trabalho “pré GL”, com palestras sobre o assunto e outras atividades, para
influenciar positivamente as pessoas que gostariam de conhecer a mesma e para os que
responderam que não fariam a GL.
Na outra parte da pergunta 30, perguntou-se com que regularidade esta prática
poderia ser oferecida. Somente os que responderam sim (42 pessoas) é que citaram
comentários para esta questão, sendo os resultados: 14% (06 pessoas) colocaram uma vez por
semana, 33% (14 pessoas) responderam três vezes por semana, 7% (03 pessoas) citou apenas
semanalmente, outros 7% (03 pessoas) responderam duas vezes por semana, mais 7% (03
pessoas) não responderam, 25% (10 pessoas) acham que deva ser diariamente, e por fim 7%
(03 pessoas) de 2 a 3 vezes por semana. No gráfico 42 é visto estes dados, para análises.
99
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Regularidadepara GL
Semanalmente
1 vez por semana
3 vezes por semana
2 vezes por semana
Diariamente
2 a 3 vezes por semana
Não respondeu
GRÁFICO 42 – Percentuais para demonstrar com que regularidade a GL deve ser oferecida
caso implantada
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Grande parte dos servidores que responderam esta pergunta (mais de um terço)
indicou que a Ginástica Laboral (GL) deva ser oferecida inicialmente três (03) vezes na
semana e um quarto dos que responderam que a prática deva ser diária. Segundo os
especialistas no assunto, como Zilli, Pagliari e Nahas, o tempo ideal de exercícios é de 30
minutos por dia: 10 minutos no início da jornada de trabalho, pela manhã, 10 à tarde e mais
10 após o fim do expediente; isto para quem trabalha 8 horas diariamente. Realizando os
exercícios durante o período recomendado, é o suficiente para prevenir lesões. Porém o tempo
e a regularidade devem ser definidos pelos servidores que irão participar da mesma, junto com
um profissional da área.
5.1.31 Tempo ideal para a prática da GL
Esta foi uma pergunta fechada, onde foi questionado: ”Caso a GL fosse oferecida no
IFSC, qual o tempo você acharia ideal para iniciar esta prática?”. Para esta pergunta foram
dadas as seguintes opções: menos de 10 minutos, de 10 a 15 minutos, de 15 a 20 minutos ou
mais de 20 minutos. Os resultados para esta pergunta foram: 13% (07 pessoas) citaram como
tempo ideal menos de 10 minutos, 56% (30 pessoas) colocou de 10 a 15 minutos como tempo
ideal para iniciar a GL, 17% (09 pessoas) de 15 a 20 minutos, 5% (03 pessoas) colocaram
como ideal o tempo maior que 20 minutos, e por fim 9% (05 pessoas) não responderam esta
pergunta. No gráfico 43 podem-se verificar estes resultados.
100
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Tempo idealpara GL
Menos de 10 minutos
De 10 a 15 minutos
De 15 a 20 minutos
Mais de 20 minutos
Não respondeu
GRÁFICO 43 – Percentuais do tempo ideal para a prática da GL levantados na pesquisa
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
O tempo ideal sugerido pelos participantes da pesquisa, e que são verificados no
gráfico 43 com quase 60% da preferência, é entre 10 a 15 minutos. Porém o tempo ideal e a
regularidade devem ser definidos pelas pessoas que irão participar da mesma, junto com um
profissional da área.
5.1.32 Período do trabalho para a prática da GL
A pergunta 32 foi fechada, e a pergunta era a seguinte: “Caso a GL fosse oferecida
no IFSC, qual o melhor período para iniciar esta prática?”. Foi dado aos participantes da
pesquisa cinco (05) opções, que foram: no início do dia de trabalho, pausa no meio do
trabalho, no fim do trabalho, logo após o retorno do almoço, fora do horário de trabalho.
Porém tiveram pessoas que escolheram mais de uma das opções. Os resultados podem ser
vistos a seguir: 26% (14 pessoas) responderam no início do dia de trabalho, 50% (27 pessoas)
pausa no meio do trabalho, 5% (03 pessoas) no fim do trabalho, 2% (01 pessoa) logo após o
retorno do almoço, e 4% (02 pessoas) escolheu fora do horário de trabalho. Finalizando-se
com 5% (03 pessoas) escolhendo duas (02) alternativas que foram no início e no fim do
trabalho; e 8% (04 pessoas) não responderam esta pergunta.
Veja o levantamento dos dados desta pergunta no próximo gráfico, de número 44.
101
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Período Idealpara GL
Início do trabalho
Pausa meio do trabalho
Fim do trabalho
Retorno do almoço
Fora horário de trabalho
Início e fim do trabalho
Não respondeu
GRÁFICO 44 – Percentuais sobre o período ideal para a prática da GL
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Metade dos que receberam o questionário para responder colocaram como período
ideal para iniciar as práticas da GL, pausa no meio do trabalho. Como comentamos na
pergunta número 30 e após a análise do gráfico 42, segundo os especialistas no assunto o
tempo ideal de exercícios é de 30 minutos por dia: 10 minutos no início da jornada de
trabalho, pela manhã, 10 à tarde e mais 10 após o fim do expediente, isto para quem trabalha 8
horas diariamente. Porém as pessoas que irão participar da GL com o profissional orientador,
é que irão definir o período ideal.
5.1.33 Local ideal para a prática da GL
A penúltima pergunta foi fechada, onde se questionava: ”Caso a GL fosse oferecida
no IFSC, qual o local você acharia ideal para iniciar esta prática?”. E foram dadas as seguintes
opções de respostas: em quadra ou pátio coberto, em quadra ou pátio descoberto, no próprio
ambiente de trabalho, ao ar livre quando o clima permitir ou outros. Sendo que na opção
outros, se abriu a pergunta para que as pessoas opinassem sobre outro local.
Obteve-se como resultado após os levantamentos dos dados, que: 30% (16 pessoas)
responderam em quadra ou pátio coberto, 4% (02 pessoas) em quadra ou pátio descoberto,
28% (15 pessoas) no próprio ambiente de trabalho, 16% (09 pessoas) ao ar livre quando o
clima permitir. Finalizando 8% (04 pessoas) optaram por outros, 5% (03 pessoas) indicaram
mais de uma opção, e 9% (05 pessoas) não responderam a esta pergunta.
Para quem indicou a opção outros, que foram quatro (04) pessoas, os locais
escolhidos pelas mesmas para a prática da GL foram: na academia de ginástica do Campus, na
sala de cultura, em sala adequada para esta prática e em local onde não ocorressem
interrupções.
102
Para os que indicaram por mais de uma opção, que foram três (03) pessoas, elas
escolheram os seguintes locais para a prática da GL: três (03) indicações para a opção em
quadra ou pátio coberto, duas (02) indicações para ao ar livre quando o tempo permitir, uma
(01) indicação para a opção em quadra ou pátio descoberto, e uma (01) última indicando no
próprio local de trabalho.
Tem-se a seguir um gráfico com os dados levantados nesta pergunta.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
LocalIdeal para
GL
Quadra coberta
Quadra descoberta
Ambiente de trabalho
Ar livre
Outros locais
Mais de uma opção
Não respondeu
GRÁFICO 45 – Percentuais levantados dos locais ideais para a prática da GL
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Analisando os dados levantados e verificando-se no gráfico 45, observa-se que a
escolha do local ideal para a prática da GL deva ser feita no próprio local de trabalho ou em
quadra ou pátio coberto. Porém existem como resposta outras escolhas interessantes como
locais para a prática da GL.
A GL nasceu com algumas características, e uma delas é sobre a sua natureza, ser
uma série de exercícios físicos leves e de curta duração, feitos no próprio ambiente de
trabalho. Porém a GL não demandam aparato, equipamento especial ou local específico. Mas
o programa precisa ser adaptado ao tipo de trabalho dos empregados. A atividade deve
acontecer então em uma área comum, próxima ou no próprio local de trabalho
(MASCELANI, 2001).
5.1.34 Desconforto ou dor com a realização do trabalho
A última pergunta, de número 34, foi uma pergunta fechada na primeira parte, com o
seguinte questionamento: “Você sente desconforto ou dor em alguma parte do corpo, em
relação à realização do seu trabalho?”. As opções para esta pergunta foram sim ou não.
103
Para os que responderam afirmativamente, fazia-se uma pergunta aberta aos mesmos,
pedindo que indicassem a parte do corpo onde sentiam o desconforto ou a dor. Nesta pergunta
as pessoas poderiam colocar mais de um local do corpo onde sentiam dores ou desconfortos.
A pergunta era: “Em caso afirmativo, em que parte do corpo em maior intensidade?”.
Os resultados desta pergunta foram: 65% (35 pessoas) optaram por sim, que sentem
desconforto ou dor, 31% (17 pessoas) indicaram a opção não, não possuem dor ou
desconforto nenhum. E apenas 4% (02 pessoas) não responderam a esta pergunta.
A seguir o gráfico com estes resultados, para análises posteriores.
65%
31%
4%
SIM
NÂO
Não respondeu
GRÁFICO 46 – Percentuais de participantes da pesquisa que sentem dores ou desconfortos
com a realização do trabalho
Fonte: elaborado pelo autor, 2010.
Neste gráfico pode-se ver que a grande maioria das pessoas (65%) que responderam
ao questionário, sentem algum desconforto ou dor em alguma parte do corpo, sendo estas
originadas pela realização do seu trabalho.
Dos 65% que responderam afirmativamente a esta primeira parte da pergunta,
indicaram as partes do corpo onde mais sentiam estes desconfortos ou dores. Abaixo
mostramos os resultados para este questionamento. Onze (11) pessoas citaram que sentem
dores nas costas, dez (10) que sentem dores na coluna, oito (08) pessoas citaram dores nos
ombros, e outras oito (08) dores nos braços e/ou mãos. Ainda tiveram-se seis (06) citando as
pernas e/ou pés com dores ou desconforto, cinco (05) dizendo que possuem dores na região
lombar, quatro (04) pessoas com dores no pescoço, e três (03) pessoas citaram outras partes
do corpo ou dores, que foram: dor muscular, região dorsal e olhos.
Finalizando é colocado o que já foi evidenciado na fundamentação teórica, de que a
Ginástica Laboral é responsável por uma série de benefícios físicos, pois proporciona bem-
estar ao estimular a produção de endorfina, substância de efeito analgésico secretada pelo
próprio organismo. Alonga e torna o trabalho dos músculos mais eficiente, diminuindo o
104
gasto de energia e a sensação de cansaço no final do expediente. Aumenta a tolerância do
corpo à fadiga muscular, que é responsável por muitas dores. Amplia a percepção corporal e
garante um melhor controle de postura, coordenação, ritmo e resistência. Ajuda a prevenir
doenças como DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), popularmente
conhecido por Lesão por Esforço Repetitivo. E combate o sedentarismo (PAGLIARI, 2002).
E além dos benefícios físicos a GL proporciona também benefícios sociais e
psicológicos, como vistos na fundamentação teórica.
5.2 Proposta para implantação de Programa de Ginástica Laboral (PGL)
Com os dados levantados na pesquisa realizada no IFSC – Campus São José com os
servidores técnico-administrativos pode-se propor um PGL para que possa ser implantado
futuramente.
Esta proposta segue basicamente programas de GL que já são utilizadas em outras
instituições, mas que possui algumas características próprias embasadas pela pesquisa
realizada no IFSC – Campus São José.
Através da fundamentação teórica é demonstrada a importância da GL para a
melhoria da saúde do trabalhador e da QVT. E pode-se verificar isto, com Zilli (2000) que
comenta que a GL faz parte de um programa de QVT com objetivos voltados à saúde do
trabalhador e que esse programa não se restringe somente a prática de atividades físicas, mas
também tem parâmetros ergonômicos. E ainda com Poletto e Amaral (2004), que dizem que, é
neste sentido que a implantação da GL busca despertar nos trabalhadores a necessidade de
mudanças do estilo de vida, e não somente de mudança nos momentos de ginástica orientada
na empresa.
Desta maneira, pode-se fazer inicialmente um trabalho de conscientização sobre esta
importância da GL, junto aos servidores do IFSC – Campus São José, destacando os objetivos
da GL, já vistos anteriormente no universo teórico, e que é resumido como:
• Prevenir a fadiga muscular;
• Corrigir vícios posturais;
• Melhorar o condicionamento físico;
• Influenciar e despertar nos servidores a realização da atividade física,
diminuindo o sedentarismo;
• Promover o autoconhecimento do corpo;
105
• Promover a sociabilidade;
• Diminuir o absenteísmo e a procura pelo ambulatório médico da instituição;
• Melhorar a concentração;
• Aumentar o ânimo e a disposição para o trabalho;
• Aumentar a produtividade individual e coletiva;
• Melhorar a qualidade de vida no trabalho dos servidores de uma forma geral.
Ainda poder-se-á realizar este programa de ginástica laboral (PGL), através de uma
programação definida posteriormente, definindo prazos para cada uma delas.
1º Introdução (com um trabalho de conscientização) na instituição e inicialização das aulas de
GL por um profissional especializado, que pode ser da área da Educação Física ou da saúde,
com uma semana para esta atividade;
2º Divulgação com informativos nos murais do Campus São José para melhorar a absorção do
programa pelos servidores, e palestras inseridas no momento das aulas ou anterior a elas, com
exploração de temas preventivos e de conscientização corporal; estrategicamente trabalhando
dentro da política institucional, com o auxílio da CGP, promovendo um intercâmbio de
informações, com prazo de 03 (três) dias;
3º Palestras realizadas por profissionais da área da saúde, que podem ser da própria instituição
ou em parceria com o SIASS, e organizado pela CGP, dando 02 (dois) dias para esta
atividade;
4º Pesquisa de sedentarismo com gráficos e estatísticas, aproveitando os dados da pesquisa,
através da pergunta 19 do questionário, com análises do gráfico 29. Nesta análise foi
observado que 33% dos servidores técnico-administrativos do IFSC – Campus São José são
sedentários, e correspondem a mais da metade destes servidores que responderam que
possuem hábitos prejudicais para sua saúde, com 01 (um) ou 02 (dois) dias de prazo;
5º Pesquisa de aceitação do programa pelos servidores, também com gráficos e estatísticas.
Poderar-se observar e tirar proveito dos dados vistos no gráfico 41, retirado da pergunta 30.
Na análise verificamos que 78% dos servidores pesquisados, responderam que gostariam de
participar da GL, poderá ser feito junto com a pesquisa de sedentarismo (mesma data);
6º Pesquisa de qualidade do programa referente à administração e organização do programa
depois de implantado, com gráficos e estatísticas para análise e demonstração, com 01 (uma)
semana de prazo para esta atividade;
7º Acompanhamento do programa, pela CGP, após a implantação do mesmo, para verificar se
a qualidade e objetividade do mesmo estão sendo revertidas para o bom funcionamento das
106
atividades. Este acompanhamento deve ser realizado através de pesquisa em conjunto com os
profissionais do programa, prazo final de 06 (seis) meses de atividade para análise, com
acompanhamento bimestral..
A instituição deverá assumir o compromisso de implantar uma programação em
conjunto com os profissionais, tornando as aulas descontraídas, criativas e atrativas visando
não somente a prevenção das LER/DORT, mas também o descanso mental (Estresse),
melhoria na integração social, melhoria no condicionamento físico (disposição) gerando desta
maneira um funcionário mais saudável e disposto. E desta forma, contribuir na melhoria da
sua qualidade de vida no trabalho e na melhoria dos serviços prestados à comunidade do
IFSC.
As LER/DORT são doenças ocupacionais que tem relação com lesões por traumas
cumulativos, e são resultantes de uma descompensação entre a execução de movimentos
muito rápidos e constantes e a capacidade de movimento muscular (OLIVEIRA, 2006;
MARTINS e DUARTE, 2001).
Atividades Propostas
Este programa proposto vai requerer um profissional determinado, com capacidade
para fazer uma “recuperação física” dos servidores técnico-administrativos do IFSC –
Campus São José, para a realização das suas atividades diárias. Além disso, o PGL deverá
permitir que haja uma relação ideal entre corpo, mente e profissionalismo.
O fator básico e que será indispensável para o sucesso deste programa, está na
organização e administração ideal dessas atividades, levando em consideração o tipo de
atividade exercida pelo funcionário, a taxa de sedentarismo, o respeito ao corpo e a
capacidade de condicionamento físico de cada servidor. E esta organização da PGL deverá
trabalhar para:
• Conscientizar os servidores da importância do programa, incluindo a questão da
frequência dos mesmos na atividade. Na pergunta 28 do questionário da pesquisa e
que se pode verificar no gráfico 39, que mostra que 63% dos pesquisados responderam
que nunca fizeram ou não conhecem sobre a GL. Desta forma, conscientizar os
servidores será de grande importância para o sucesso do programa;
• Reverter o quadro das doenças ocupacionais dos servidores já comprometidos por
problemas físicos;
107
• Compensar com atividades físicas específicas como alongamento, relaxamento,
técnicas de respiração e fortalecimento dos músculos;
• Condicionar os servidores e prepará-los para as atividades que exerce diariamente;
• Prevenir que os servidores futuramente tenham a condição profissional abaladas pelo
baixo rendimento na execução de suas tarefas. Enfatizando a importância da GL como
prevenção e solução contra as doenças relacionadas ao trabalho. Na pesquisa
realizada, é verificado na pergunta 34 do questionário e no gráfico 46, que 65% dos
servidores que responderam ao mesmo, possuem dores ou desconfortos gerados pelo
trabalho, principalmente na coluna, nas costas e nos braços e mãos.
O programa deverá ser desenvolvido da seguinte maneira:
- Ginástica preparatória: sessão de ginástica de curta duração realizada antes do início da
jornada de trabalho, com o objetivo principal de preparar os funcionários para suas tarefas
diárias, aquecendo as articulações e os músculos que irão ser solicitados nas rotinas
profissionais.
- Ginástica compensatória (de pausa): sessão de ginástica realizada durante a jornada de
trabalho (de pausa), baseada em exercícios musculares de compensação aos esforços e as
posições exigidas na execução das tarefas profissionais.
Coloca-se como observação que a GL por ser de baixa intensidade, não promove
sudorese (transpiração excessiva), e não necessita de roupa específica de ginástica, somente
será necessária a disposição.
Para auxiliar no desenvolvimento do programa são mostrados os resultados de
algumas perguntas do questionário utilizado na pesquisa. Na pergunta 31, 56% dos
pesquisados acham que a GL deve ter de 10 a 15 minutos de duração, que pode ser verificado
no gráfico 43. Este tempo é o que geralmente é utilizado na ginástica preparatória.
Ainda na pesquisa, em sua pergunta 32, verificamos que 50% dos pesquisados
preferem a GL em pausa no meio do trabalho, e 26% no início do trabalho, ver no gráfico 44.
Através destes dados, os profissionais da GL poderão verificar qual o melhor para ser
efetivado na instituição.
Outros dados levantados na pesquisa, e que poderão ser utilizados, são os da
pergunta 30, que são sobre com qual regularidade a GL deve ser oferecida na instituição; 33%
preferem que a mesma seja oferecida 3 vezes na semana, e 25% que seja oferecida
diariamente. No gráfico 42 podem-se ver os dados. Este é outro ponto a ser discutido pela
equipe profissional, para iniciar as atividades no Campus.
108
Implantação
Para a implantação do programa de GL no IFSC – Campus São José, tem-se que ter:
1 – Aprovação por parte do corpo diretivo (Direção-geral do Campus e Reitoria);
2 – Diagnóstico - com enfoque nos processos dos serviços realizados, na participação de cada
servidor e as consequências de seus movimentos em seu local de trabalho, com relação aos
agravos em sua saúde e o custo para a instituição;
3 – Metas – a serem definidas levando-se em conta a maior produtividade, satisfação e
profissionais saudáveis, diminuição de custos com assistência médica, imagem da instituição
perante a comunidade e aos próprios servidores, marketing social, melhoria da QVT,
diminuição do absenteísmo e do turnover;
4 – Desenvolvimento e conteúdo – um PGL deve possuir características de maior
profundidade e abrangência possível. Pois, é recomendado que todos os servidores, desde o
corpo diretivo até os níveis de apoio, participem. Porém deve ser implantado primeiramente
um projeto piloto, e progredir gradativamente até ganhar a maior abrangência possível;
5 – Pessoal envolvido – a elaboração de um PGL requer consulta ou até participação efetiva
das áreas da saúde, gestão de pessoas, psicologia, comunicação e outras que queiram
colaborar, e de uma equipe especializada em atividades físicas (professores de educação física
ou outros especializados em GL).
6 – Marketing e comunicação – a implantação do PGL deverá contar com a participação dos
setores de marketing, comunicação ou gestão de pessoas, no sentido de motivar os servidores,
convencê-los da importância de uma atividade desse porte. Há que se fazer campanhas
internas de convencimento, divulgar os resultados do programa, etc.;
7 – Implantação – a implantação do PGL deve iniciar com ênfase na parte educativa,
mediante informações a todos os setores do IFSC – Campus São José, paralelamente ao
desenvolvimento de projeto piloto. Essa iniciativa, além de ajudar a convencer os servidores,
trará a tona um marketing social muito forte, evidenciando a preocupação da instituição com o
bem estar de seus servidores;
8 – Acompanhamento – o acompanhamento da implantação do PGL deve ser realizado o mais
próximo possível do servidor participante, a fim de saber sobre a evolução de seu bem estar,
após estar praticando as atividades físicas programadas.
Além dos serviços de PGL, poderá ser realizada avaliação física com os servidores
de todos os setores do IFSC – Campus São José. Esta avaliação poderá ser composta de:
109
- Testes físicos como medição de pressão arterial, peso, medida, dobras cutâneas (percentual
massa corpórea) que podem ser realizados por profissionais da instituição, que já possui
equipamentos para estas análises.
- Avaliações inicial, trimestral e final do programa que poderá ser de 6 meses ou de 1 ano
conforme definição inicial para o programa.
A instituição deverá ter ou terá que adquirir caso necessário aparelho de som com
CD, bastões, colchonetes, cordas, pesinhos, elásticos, bolas, cadeiras e outros equipamentos
necessários e colocados como itens do PGL.
O espaço para as sessões da GL é de fácil adaptação, e poderão utilizar desde pátios,
corredores, salas amplas, até mesmo os ambientes de trabalho. Na pergunta 33 do
questionário da pesquisa, tivemos como resultados, que 30% dos servidores pesquisados
preferem fazer a GL em quadra ou pátio coberto e 28% no próprio local de trabalho. Esses
dados e outros podem ser vistos no gráfico 45. O local deverá ser definido anteriormente a
implantação do programa pela equipe que organizará o PGL.
Finaliza-se colocando que esta é apenas uma proposta que pode ser utilizada para a
implantação do PGL, porém a mesma pode não ser utilizada ou ser modificada, pensando
sempre na melhor maneira de oferecer o programa, beneficiando os servidores e a instituição.
Porém lembra-se ainda, como nos fala Alves (2000), que a ginástica laboral (GL) é
uma das ferramentas preventivas mais usadas nos grupos em que a atuação coletiva é
possível, não sendo única solução para os problemas das empresas. Porém, sem critérios sua
utilização não gera efeitos duradouros, podendo até levar ao surgimento de novos casos e ao
agravamento da LER/DORT.
110
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do objetivo proposto podem-se apontar algumas importantes considerações.
Em primeiro lugar, a pesquisa feita através do questionário realizado no IFSC – Campus São
José com os servidores técnico-administrativos, mostrou no geral que a maioria dos
servidores possui idade entre 40 e 49 anos, já próximos do final de carreira, possuem uma
renda que pode ser considerada boa e gira em torno de 06 a 10 salários mínimos. Também
possuem um bom relacionamento interpessoal no trabalho, grande parte dos servidores
pesquisados conhece alguns dos benefícios que a instituição oferece, três quartos afirmam que
a instituição oferece oportunidades para o desenvolvimento, e a maioria está satisfeita com as
condições de trabalho oferecidas pelo IFSC. Tem-se ainda que a maioria está satisfeita com as
atividades que realizam no trabalho, e que 72% se consideram saudáveis. Outro dado para
comentarmos é que 70% dos pesquisados fazem pausa durante o trabalho. Desta maneira,
conseguimos verificar que há eficiências de caráter estrutural do trabalho que auxiliam na
qualidade de vida do trabalho dos servidores do IFSC – Campus São José.
Porém é verificado nesta pesquisa, que mais da metade dos que responderam a
mesma, acham que não existe ou desconhecem a existência de orientações sobre saúde e QVT
na instituição. Isto reflete a falta de uma política estratégica da área de gestão de pessoas do
IFSC para a garantia de melhores condições de trabalho, porém, isto vem em contradição ao
que os pesquisados responderam nas outras perguntas.
A falta de visão estratégica nas políticas de gestão de pessoas, incorporando práticas
de QVT é, segundo Limongi-França (2004), uma das principais barreiras para a promoção de
QVT nas organizações.
Apesar de não ter uma estratégia específica para a promoção da QVT, foi constatado
através da pesquisa, que dá a entender que existem atividades bem estruturadas na Instituição
e que colaboram positivamente para o nível de satisfação e envolvimento dos servidores com
os seus trabalhos. Pode-se motivar o trabalhador, criando um ambiente de participação, de
integração com os superiores, com colegas de trabalho, partindo sempre da compreensão das
necessidades dos servidores.
Em segundo lugar, pode-se através da pesquisa verificar, que a proposta de
implantação de um programa de ginástica laboral pode ser realizada na instituição, pois
mesmo que 63% dos que responderam ao questionário que não conheciam ou não haviam
realizado a GL, 78% gostariam de participar de um programa de ginástica laboral, caso a
mesma seja implantada. Desta forma, vê-se o interesse dos servidores por realizarem este tipo
111
de atividade. Ainda mostra-se com dados da pesquisa que 65% dos servidores que
participaram da mesma, sentem dores ou desconfortos gerados com a realização do trabalho,
talvez também esteja neste ponto, à questão do interesse nas atividades da GL.
O trabalho ressalta também, a importância do diagnóstico na instituição, para que se
possa fazer uma proposta para a implantação de um programa de ginástica laboral para que o
mesmo seja trabalhado o mais centrado possível na realidade da instituição.
Deixa-se como sugestão, que a constante análise nas práticas de QVT (mesmo que
não sejam comuns) e nas políticas de gestão de pessoas, deve se tornar imprescindíveis dentro
da Instituição, para que a mesma possa identificar melhores maneiras no investimento da
manutenção e desenvolvimento das pessoas. Considera-se que políticas estratégicas em RH
voltadas à QVT podem ser mecanismos importantes para a promoção de transformações
necessárias para a melhoria na saúde e na qualidade de vida no trabalho da Instituição.
Apesar de não possuir uma estratégia específica para a promoção da QVT, foi
constatado, através da pesquisa, que a Instituição caminha para o alcance da QVT, que
existem atividades bem estruturadas na Instituição e que colaboram positivamente para o
nível de satisfação e de envolvimento dos seus servidores.
É colocado ainda, que se pode motivar o trabalhador, criando um ambiente
participativo, de integração com seus superiores, com os colegas de trabalho, partindo sempre
do entendimento das necessidades dos servidores.
Coloca-se como sugestão, que a Instituição organize a discussão dos temas saúde e
qualidade de vida no trabalho em seminários, palestras, congressos, cursos, utilizando
recursos atualizados que promovam discussões adequadas sobre os temas, proporcionando no
servidor um melhor entendimento sobre os mesmos e despertando o interesse na busca pela
saúde e pela QVT.
Desta forma, é visto a viabilidade de uma proposta de Ginástica Laboral para a
melhoria na qualidade de vida no trabalho dos servidores técnico-administrativos do IFSC –
Campus São José, atendendo aos objetivos propostos no trabalho.
E deixa-se como recomendação uma proposta para a implantação de um Programa
de Ginástica Laboral (PGL), que pode ser utilizado como ferramenta na busca da melhoria da
QVT, e que foi apresentado anteriormente.
112
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Questionário aplicado aos servidores Técnico-Administrativos do IFSC Campus São José
1- Idade: _____ 2- Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 3- Renda familiar: ( ) Entre 2 e 3 salários mínimos ( ) Entre 4 e 5 salários mínimos ( ) Entre 6 e 10 salários mínimos ( ) Maior que 10 salários mínimos 4- Qual sua carga horária semanal neste Campus do IFSC? ( ) 20 horas ( ) 30 horas ( ) 40 horas 5- Há quanto tempo você trabalha no IFSC? ______________anos 6- Há quanto tempo você trabalha neste Campus? ______________anos 7- Como é o relacionamento entre você e seus colegas de trabalho? ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Outra opinião? __________________________________________________________ 8- Sobre o apoio que recebe de seus superiores no desenvolvimento do seu trabalho, como definiria? ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Outra opinião? __________________________________________________________ 9- Você conhece os benefícios que a Instituição lhe oferece?____________ Quais benefícios? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10- Você recebe adicional de insalubridade ou periculosidade no seu ambiente de trabalho? ( ) sim ( ) não Você acha seu ambiente insalubre ou perigoso, e acha que merece este adicional? Comente. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11- A Instituição oferece oportunidades para o desenvolvimento de novas habilidades? ____________ . Quais? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________
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12- Quais os recursos que a organização lhe oferece para desempenhar suas tarefas adequadamente? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 13- Como são suas condições de trabalho? ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Abaixo indique as condições de: Iluminação ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Ventilação ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Conforto térmico ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Ruído ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Equipamentos adequados ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Mobiliários adequados ( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Outros? Comente: _______________________________________________________ 14- Existem informações e orientações sobre saúde ou Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) na Instituição? _______________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 15-Você gosta do que faz no trabalho? ( ) não gosta ( ) gosta pouco ( ) gosta ( ) gosta bastante 16- Descreva seu trabalho: 16.1- Com que frequência você realiza atividades repetitivas e quais estas atividades. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16.2- Descreva quantas horas você passa sentado e quantas horas passa em pé. ______ Horas sentado ______ Horas em pé 16.3- Quais os desconfortos gerados? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16.4- Você tem o hábito de fazer pausas durante o trabalho? ( ) sim ( ) não Qual o tempo desta pausa? _______ O que faz na pausa? ____________ 17- O que você entende como Qualidade de Vida no Trabalho – QVT? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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18- Você se considera saudável? Justifique. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 19- Você possui hábitos que podem prejudicar a sua saúde? (Fumo, bebida alcoólica, má-alimentação, sedentarismo, etc.). ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 20- O que gera estresse para você? Você se sente estressado? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 21- Você pratica atividade física regular fora do seu horário de trabalho? ( ) Sim ( ) Não (Se sua resposta for negativa passe para a questão nº. 24) 22- Em caso afirmativo, que tipo de atividade(s) física(s) você pratica? ( ) caminhada ( ) corrida ( ) anda de bicicleta ( ) dança ( ) ginástica localizada ( ) musculação ( ) natação ( ) step ( ) hidroginástica ( ) yoga ou tai chi chuan ou similares ( ) relaxamento ou meditação ( ) alongamento ( ) ginástica laboral ( ) futebol ( ) outro esporte: ___________________ ( ) outras atividades: ________________ 23- No total, quantas vezes por semana você pratica atividade física fora do horário de trabalho? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( )4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 24- Como você se desloca geralmente no trajeto de casa para o trabalho? _________________________________________________ 25- Qual o tempo gasto neste trajeto (casa/trabalho)? ________. Você faz alguma atividade durante este trajeto (Leitura/música/estudar/outras)? _____________ 26- Você dedica tempo para o seu lazer? Como ocorre? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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27 – Você participa de outras atividades além do seu trabalho habitual? ( ) sim ( ) não Em caso afirmativo, quais atividades? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 28- Você conhece ou já participou de Ginástica Laboral (GL)? ( ) sim ( ) não 29- Em caso de já ter participado, por quanto tempo você praticou a GL? ( ) de 1 a 3 meses ( ) de 3 a 6 meses ( ) de 6 a 9 meses ( ) de 9 a 12 meses ( ) mais de 1 ano 30- Você gostaria de participar de um programa de GL na empresa? Com que regularidade? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 31- Caso a GL fosse oferecida no IFSC, qual o tempo você acharia ideal para iniciar esta prática? ( ) menos de 10 min. ( ) de 10 a 15 min. ( ) de 15 a 20 min. ( ) mais de 20 min. 32- Caso a GL fosse oferecida no IFSC, qual o melhor período para iniciar nesta prática? ( ) no início do dia de trabalho ( ) pausa no meio do trabalho ( ) no fim do trabalho ( ) logo após o retorno do almoço ( ) fora do horário de trabalho 33- Caso a GL fosse oferecida no IFSC, qual o local você acharia ideal para iniciar esta prática? ( ) em quadra ou pátio coberto ( ) em quadra ou pátio descoberto ( ) no próprio ambiente de trabalho ( ) ao ar livre, quando o clima permitir ( )outros ________________________ 34- Você sente desconforto ou dor em alguma parte do corpo, em relação à realização do seu trabalho? ( ) sim ( ) não Em caso afirmativo, em que parte do corpo em maior intensidade? ____________________________________________________ Outras sugestões ou comentários:_______________________________________________ __________________________________________________________________________