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Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu Educação Física RESPOSTAS CARDIOVASCULARES E AUTÔNOMICAS AGUDAS AO TESTE DE ESTRESSE MENTAL E AO TESTE DE ESFORÇO EM TABAGISTAS. AUTOR: JEFFERSON AGUILERA PADILHA ORIENTADOR: PROF. DR. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI SÃO PAULO – SP 2010 PDF Creator - PDF4Free v2.0 http://www.pdf4free.com

Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu Educação Física · Desvio padrão de todos os intervalos de pulso normais Raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre

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Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu

Educação Física

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES E AUTÔNOMICAS AGUDAS AO

TESTE DE ESTRESSE MENTAL E AO TESTE DE ESFORÇO EM

TABAGISTAS.

AUTOR: JEFFERSON AGUILERA PADILHA

ORIENTADOR: PROF. DR. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI

SÃO PAULO – SP

2010

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Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu

Educação Física

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES E AUTÔNOMICAS AGUDAS AO

TESTE DE ESTRESSE MENTAL E AO TESTE DE ESFORÇO EM

TABAGISTAS.

JEFFERSON AGUILERA PADILHA

Dissertação apresentada à Faculdade de

Educação Física da Universidade São Judas

Tadeu, como requisito parcial para obtenção

do título de Mestre em Educação Física, sob

orientação do Prof. Dr. Rogério Brandão

Wichi.

SÃO PAULO – SP

2010

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Padilha, Jefferson AguileraRespostas cardiovasculares e autonômicas agudas ao teste de

estresse mental e ao teste de esforço em tabagistas / JeffersonAguilera Padilha. - São Paulo, 2010.

89 f. : il., tabs.; 30 cm.

Orientador: Rogério Brandão WichiDissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São

Paulo, 2010.

1. Exercícios físicos - aspectos psicológicos 2. Sistemacardiovascular 3. Fumo 4. Saúde mental I. Wichi, Rogério BrandãoII. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-GraduaçãoStricto Sensu em Educação Física. III. Título

CDD – 613.71

Ficha catalográfica: - CRB 8/6878

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DEDICATÓRIA

Dedico a minha mãe, Maria Aparecida Aguilera Padilha, pelo apoio nos

momentos de dificuldade, pela compreensão, pela ajuda sempre quando solicitada

prontamente atendia. Dedico a meu pai, Milton Sanches Padilha (in memorian),

acredito que, ele deve estar muito feliz, pois a vontade era que seus filhos estudassem,

pois bem ai está o resultado.

Dedico também a meus irmãos Marcos Aguilera Padilha e Julio César

Aguilera que mesmo com alegrias, realizações, brigas e conflitos já estão presentes em

minha vida e colaborando para que tudo aconteça.

E finalmente, a DEUS pela oportunidade e pelo privilégio que nos foram dados

em compartilhar tamanha experiência e, ao freqüentar este curso, perceber e atentar para

a relevância de temas que não faziam parte, em profundidade, das nossas vidas.

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AGRADECIMENTOS

Dedico aos meus amigos: Todos os companheiros de laboratório e grupo de

mestrado que se formou para iniciarmos as atividades, que de diversas formas

contribuíram para a que tudo isto acontecesse.

Ao professor Rogério Brandão Wichi que acreditou em mim nesta dissertação

de mestrado, acredito que em vários momentos nós pensamos em desistir, porém

superamos os problemas e estamos finalizando juntos esta etapa.

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SUMÁRIO

Lista de tabelas

Lista de abreviaturas

Resumo

Abstract

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1

2. OBJETIVOS........................................................................................................................... 4

2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................................ 4

2.2. Objetivo Específico................................................................................................................. 4

3. Justificativa............................................................................................................................. 5

4. Revisão de Literatura............................................................................................................. 6

4.1 Consumo de Tabaco e suas Consequências sobre a Saúde................................................. 6

4.2. O Sistema Nervoso Autônomo e o Controle sobre o Coração............................................ 8

4.3. O Tabaco e o Sistema Cardiovascular ............................................................................... 10

4.4. Respostas Agudas do Sistema Cardiovascular ao Exercício Físico e ao Teste deEsforço .......................................................................................................................................... 12

5. Procedimento Metodológicos .............................................................................................. 19

5.1. Métodos ................................................................................................................................. 15

5.2. Amostra................................................................................................................................. 15

5.3. Critérios de Inclusão ............................................................................................................ 15

5.4. Critérios de Exclusão ........................................................................................................... 16

5.5. Aspectos Éticos...................................................................................................................... 16

5.5.1. Anamnese ........................................................................................................................... 17

5.5.2. Avaliação Antropométrica e Composição Corporal ...................................................... 17

5.5.3. Nível de Atividade Física e Capacidade Aeróbica .......................................................... 18

6. Sequência Experimental ......................................................................................................... 18

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6.1. Teste de Esforço.................................................................................................................... 19

6.1.1. Medidas Hemodinâmicas.................................................................................................. 20

6.2. Variablidade da Frequência Cardíaca ............................................................................... 21

6.3. Análise dos Dados................................................................................................................. 21

6.4. Relação Risco Benefício ....................................................................................................... 22

6.5. Viabilidade do Estudo.......................................................................................................... 23

7. Resultados ............................................................................................................................. 24

7.1. Características Gerais da Amostra..................................................................................... 24

7.2. Descrição dos Resultados do Teste de Estresse Mental .................................................... 24

7.3. Descrição dos Resultados do Teste de Esforço .................................................................. 33

8. Discussão ............................................................................................................................... 42

8.1. Análise Hemodinâmica ........................................................................................................ 42

8.2 Análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca ........................................................... 46

9. Considerações Finais ............................................................................................................ 51

10. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 52

11. Anexos

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Frequência cardíaca (bpm) dos grupos controle, Baixa dependência (BD),

Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de

um teste de estresse mental, dos grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD).................................................................25

Tabela 2: Pressão Arterial Sistólica (PAS) dos grupos controle, Baixa dependência

(BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e

recuperação de um teste de estresse mental grupos controle, baixa dependência

(BD), média dependência (MD) e alta dependência (AD)...........................................26

Tabela 3: Pressão Arterial Diastólica (PAD) dos grupos controle, Baixa

dependência (BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes,

durante e recuperação de um teste de estresse mental grupos controle, baixa

dependência (BD), média dependência (MD) e alta dependência (AD)....................27

Tabela 4: VAR RR dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de estresse mental de grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................28

Tabela 5: SDNN dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência

(MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de

estresse mental grupos controle, baixa dependência (BD), média dependência (MD)

e alta dependência (AD)................................................................................................29

Tabela 6: RMSSD dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de estresse mental dos grupos controle, baixa dependência (BD), média

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dependência (MD) e alta dependência grupos controle, baixa dependência (BD),

média dependência (MD) e alta dependência (AD)....................................................30

Tabela 7: LF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de estresse mental grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................31

Tabela 8: HF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de estresse mental grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)........................................................................... 32

Tabela 9: Frequência cardíaca (bpm) dos grupos controle, Baixa dependência

(BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e

recuperação de um teste de esforço físico progressivo dos grupos controle, baixa

dependência (BD), média dependência (MD) e alta dependência (AD)....................34

Tabela 10: Pressão Arterial Sistólica (PAS) dos grupos controle, Baixa

dependência (BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes,

durante e recuperação de um teste de esforço físico progressivo grupos controle,

baixa dependência (BD), média dependência (MD) e alta dependência (AD...........35

Tabela 11: Pressão Arterial Diastólica (PAD) dos grupos controle, Baixa

dependência (BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes,

durante e recuperação de um teste de esforço físico progressivo grupos controle,

baixa dependência (BD), média dependência (MD) e alta dependência (AD).........36

Tabela 12: VAR RR dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de esforço físico progressivo grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................37

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Tabela 13: SDNN dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de esforço físico progressivo grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................38

Tabela 14: RMSSD dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de esforço físico progressivo grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................39

Tabela 15: LF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de esforço físico progressivo grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)............................................................... 40

Tabela 16: HF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média

dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um

teste de esforço físico progressivo grupos controle, baixa dependência (BD), média

dependência (MD) e alta dependência (AD)................................................................41

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LISTA DE ABREVIATURA

OMS Organização mundial da Saude

DCV Doença cardio vascular

PA Pressão Arterial

FC Frequencia Cardíaca

DP Duplo Produto

PAD Pressão Arterial Diastólica

INCA Instituto Nacional do Cancer

SUS Sistema Único de Saúde

SNA Sistema Nervoso Autônomo

VFC Variabilidade da Frequencia Cardíaca

IMC Indice de Massa Corporal

TEM Teste de Estresse Mental

AF Alta Frequência

BF Baixa Frequência

MBF

AD

MD

BD

PAS

PAD

SDNN

RMSSD

PNN50

LF

HF

ANOVA

EPM

Muito Baixa Frequência

Alta Dependência

Média Dependência

Baixa Dependência

Pressão Arterial Siatólica

Pressão Arterial Diastólica

Desvio padrão de todos os intervalos de pulso normais

Raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os

intervalos R-R normais sucessivos

Percentagem de intervalos RR adjacentes com diferença de duração

Banda de baixa freqüência

Banda de alta freqüência

Teste de análise de variância

Erro Padrão Médio

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RESUMO

O hábito de consumir tabaco industrializado é relativamente recente para a maioria dos povos

do mundo. Estudos demonstram que o consumo desta substância traz prejuízos para diversos

tecidos e sistemas do corpo humano, sendo fortemente associado com disfunções

cardiovasculares e prejuízos sobre parâmetros de controle autonômico cardíaco. Sendo assim,

o objetivo do presente estudo foi avaliar em indivíduos tabagistas os parâmetros

hemodinâmicos e o controle autonômico cardíaco em repouso e em resposta a um teste de

estresse mental e a um teste de esforço físico. A amostra foi composta por 43 sujeitos, com

idade entre 18 e 30 anos, sedentários, distribuídos em quatro grupos: grupo controle (C,

n=12), grupo baixa dependência (BD, n=12), grupo média dependência (MD, n=11) e grupo

alta dependência (AD, n=8). O protocolo executado foi composto por duas fases: 15 minutos

de repouso, seguido de teste de estresse mental e período de recuperação de 15 minutos. Após

este teste colocava-se o sujeito em repouso novamente por 15 minutos, seguido de teste de

esforço em bicicleta ergométrica e período de recuperação de 30 minutos. Freqüência cardíaca

(FC), pressão arterial (PAD), índices de variabilidade da freqüência cardíaca (VAR RR e

SDNN), de modulação parassimpática (RMSSD e HF) e simpática (LF) foram avaliadas no

repouso, ao final e na recuperação dos testes. Durante o período de repouso foi observado que

o grupo AD apresentou aumento nos valores de FC basal em relação ao grupo controle. Ao

final do teste de estresse mental e do teste de esforço os grupos AD e MD apresentaram

redução na variabilidade da FC, através dos índices VAR RR e SDNN, em relação ao grupo

controle. A modulação parassimpática, quando analisada através dos índices RMSSD e HF,

apresentou-se reduzida nos grupos AD e MD durante a recuperação do teste de esforço. Neste

mesmo período foi observado também que a modulação simpática, analisada através do índice

LF, permaneceu aumentada nos grupos AD e MD. Assim, estes resultados demonstram que o

tabagismo promove alterações hemodinâmicas e no controle autonômico cardíaco, sugerindo

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o tabagismo como um fator de risco para eventos cardiovasculares, principalmente em

atividade de maior esforço físico.

Palavras Chaves: Exercício Físico, Aspectos Psicológicos, Sistema Cardiovascular, Fumo,

Saúde Mental

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ABSTRACT

The habit of consuming tobacco industrialized is relatively recent for most people worldwide.

Studies show that consumption of this substance causes damage to various tissues and body

systems, and is strongly associated with cardiovascular disorders and damage of

cardiovascular and cardiac autonomic control. Thus, the purpose of this study was to evaluate

in smokers hemodynamic parameters and cardiac autonomic control at rest and in response to

a mental stress test and a physical effort test. The sample consisted of 43 subjects, aged

between 18 and 30 years who were sedentary, divided into four groups: control group (C, n =

12), low dependence group (LD, n = 12), medium dependency group (MD, n = 11) and high

dependency group (HD, n = 8). The protocol was implemented consisting of two phases:

fifteen minutes of rest, followed by mental stress test and recovery period of fifteen minutes.

After this test the subject was placed at rest for fifteen minutes, followed by a physical effort

test on a cycle ergometer and recovery period of thirty minutes. Heart rate (HR), blood

pressure (BP), indexes of heart rate variability (VAR RR and SDNN), of parasympathetic

modulation (RMSSD and HF) and sympathetic (LF) were assessed at basal, at the end and the

recovery of tests. The HD group showed increases HR compared to control group at basal.

The HD and MD groups had reduced HR variability, assess by VAR RR and SDNN indexes,

at the end of mental stress test and at the physical effort test. The parasympathetic modulation,

when viewed through the RMSSD and HF indexes, showed reduced in AD and MD groups

during recovery from physical effort test. In the same period was also observed that

sympathetic modulation, by asses of LF index, remained increased in groups AD and MD.

Thus, these results demonstrate that smoking causes changes in hemodynamic and cardiac

autonomic control, suggesting the smoke as risk factor for cardiovascular events, principally

in activity of more effort.

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Key Words: Physical Exercise, Psychological Aspects, Cardiovascular System, Smoke,

Mental Health.

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1

1 INTRODUÇÃO

O ato de consumir tabaco industrializado é um hábito relativamente recente para a

maioria dos povos do mundo. O consumo de tabaco é um hábito fortemente arraigado

ao cotidiano de mais de um terço dos habitantes da Terra (HIAE, 2008). Segundo a

Organização Mundial da Saúde OMS é a principal causa de morte evitável em todo o

mundo e é considerado como um dos maiores desafios de saúde pública do mundo

moderno (WHO, 2008).

Ao redor do globo terrestre existem cerca de um bilhão e duzentos milhões de

fumantes. Observa-se uma pequena redução no consumo pelo sexo masculino, enquanto

no sexo feminino a tendência é de aumento de utilização desta substância (WHO, 1995).

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas

diferentes, que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase

gasosa. Na fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia,

cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e

alcatrão. Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos e

contêm em sua formulação mais de 60 componentes cancerígenos (INCA, 2002).

O consumo destas substâncias, mas principalmente da nicotina, que é responsável

pelo vício, determina o aumento da pressão arterial PA, da frequência cardíaca FC e do

duplo produto DP (SYMONS, 1996; CARVALHO, 2000). Essas alterações estão

associadas com um aumento do trabalho cardíaco de indivíduos tabagistas. Fumar

apenas um cigarro pode elevar a freqüência cardíaca em cerca de 10 a 20

batimentos/minutos. Estudos demonstram que indivíduos não tabagistas quando fumam

apresentam aumento de FC e da PA durante o repouso, revelando que apenas um

cigarro pode agudamente elevar estes parâmetros hemodinâmicos, sugerindo alterações

importantes sobre o sistema autonômico (BOLINDER, 1997).

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Estudos demonstram que o aumento da PA e da FC em conseqüência do fumo tem

sido atribuído à ativação do sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina e

adrenalina (CRYER et al., 1976). Fumar resulta em aumento da atividade simpática que

persiste nas 24 horas do dia (BENOWITZ et al., 2002; SHAHAR LAVI et al., 2007).

Demonstrando que homens saudáveis fumantes apresentavam maior pressão arterial

diastólica PAD e de FC na média de 24 horas na vigência do fumo do que quando foram

privados por 5 dias de fumarem (BENOWITZ et al., 1997).

O ato de fumar também afeta o desempenho físico, especificamente em exercícios

aeróbios, alguns estudos demonstram que o consumo máximo de oxigênio e a

capacidade aeróbia apresentam-se reduzidos em indivíduos fumantes nas diversas

idades, (BERNAARDS, 2003). Os estudos das alterações hemodinâmicas conseqüentes

do ato de fumar tem sido constante objeto de investigação, sendo que as alterações de

PAD, FC e DP estão intimamente ligadas a alterações no controle autonômico.

Sugerindo assim, prejuízo em parâmetros hemodinâmicos em repouso e em resposta ao

exercício submáximo, os quais podem ser revertidos pela abstinência em curto prazo do

uso do cigarro (PUREZA et al., 2007).

Entende-se por disfunção autonômica cardíaca, ou desautonomia cardíaca, por um

distúrbio funcional, de natureza primária ou secundária, resultante de alterações

funcionais ou orgânicas localizados em um ou ambos os componentes do sistema

nervoso autônomo, em qualquer de suas estruturas, vias aferentes, centros encefálicos, e

vias eferentes. Este distúrbio representa importante condição fisiopatológica que possui

importante significância na implicação clínica, terapêutica e prognóstica refletindo-se

até mesmo sobre a morbi-mortalidade cardiovascular. O reconhecimento da disfunção

autonômica cardíaca constitui-se em fator essencial para a compreensão e melhor

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3

controle de muitas condições clínicas e funcionais que interferem sobre a inervação

1998).

Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar parâmetros hemodinâmicos e

autonômicos cardíaco em repouso, em resposta a um teste de estresse mental e a um

teste de esforço e na recuperação em indivíduos tabagistas.

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4

2. OBJETIVOS

O objetivo geral do presente estudo foi avaliar em indivíduos tabagistas os

parâmetros hemodinâmicos e o controle autonômico cardíaco em repouso e em resposta

a um teste de estresse mental e a um teste de esforço físico.

Os objetivos específicos do presente projeto foram avaliar em adultos jovens

tabagistas antes e após os testes de estresse mental e o teste de esforço físico as

seguintes variáveis:

• Frequência Cardíaca

• Pressão arterial sistólica e diastólica

• Variabilidade da frequência cardíaca (VAR RR e SDNN)

• Modulação Parassimpática (RMSSD e HF)

• Modulação Simpática (LF)

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5

3 JUSTIFICATIVA

O consumo de tabaco vem sendo diagnosticado de forma crescente na

população, mesmo com tantas campanhas para prevenção de doenças resultantes do

consumo de cigarros e aderência ao estilo de vida saudável. No Brasil, de cada cinco

pessoas duas são fumantes. Este vício promove diversas alterações no organismo

principalmente no sistema cardiorrespiratório. Apesar de diferentes estudos

demonstrarem os efeitos do sistema cardiovascular em situação de repouso, são

escassos estudos que avaliam os efeitos de tabagismo na variabilidade da freqüência

cardíaca após um estímulo mental ou físico. Acreditamos que este estudo possa

contribuir para demonstrar evidências do efeito do tabagismo sobre o sistema

cardiovascular.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1

Demonstra-se na literatura científica, que o consumo de tabaco é o fator de risco

para o desenvolvimento de muitas doenças, principalmente as cardiovasculares e

respiratórias. Sendo assim o uso do tabaco torna-se a causa mais importante e evitável

de risco para a saúde no mundo desenvolvido, sendo uma causa importante de morte

prematura (HIAE, 2008).

Estudos epidemiológicos têm apresentado que o consumo de cigarros introduz

enormes custos sócios econômicos originários do fardo da morbidade e mortalidade,

incluindo recursos de saúde, ausência no trabalho, perda de produtividade e pagamento

de auxílio doença. Estima-se que cerca da metade de todos os fumantes regulares irão

eventualmente morrer por causa desse hábito e que um fumante de 25 anos com

consumo elevado de cigarros pode esperar uma vida 25% mais curta comparada a um

individuo não fumante (MENDELSON, 2005). Fumar cigarro é o fator de risco mais

prevalente para muitas conseqüências negativas sobre a saúde. Tais como o câncer, as

doenças pulmonares e problemas para o sistema cardiovascular (CHOI et al., 2008;

KENFIELD et al., 2008).

O tabagismo é considerado responsável por 36,2 milhões de anos potencias

perdidos no globo terrestre. Nos Estados Unidos ocorreram 430.000 mortes por ano

associadas ao tabagismo, sendo mais 40.000 mortes relacionadas ao consumo de

cigarros principalmente doenças isquêmicas cardíacas, vasculares periféricas e cerebrais

(WHO, 1995; CDC, 1995; MURRAY, 1999; TAPIA, 2000).

Estudos recentes indicam que homens e mulheres com consumo elevado de

tabaco apresentam risco aumentado em 90% nos casos de câncer de pulmão e está

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ligado à origem de tumores malignos em oito órgãos (boca, laringe, pâncreas, rins e

bexiga, além do pulmão, colo do útero e esôfago). Dos seis tipos de câncer com maior

índice de mortalidade no Brasil, metade (pulmão, colo de útero e esôfago) tem o cigarro

como um de seus fatores de risco. Além das doenças coronarianas, outras doenças

cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, complicações da gravidez e doenças

respiratórias nas crianças estão relacionadas ao consumo de cigarro (INCA, 2007;

GIOVINNO, 2007).

O tabaco é fator de risco predominante para doenças cerebrovasculares e a doença

isquêmica cardíaca que representam uma das principais causas de morbidade, invalidez

e mortalidade sendo a terceira e quarta causa de anos perdidos de vida potencial,

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). Na Alemanha, cerca de 1850 mortes por doenças

coronarianas estão associadas ao fumo passivo (HEUSCHMANN et al., 2007).

As doenças cardiovasculares são a principal causa de internações hospitalares em

Portugal. Estima-se que a hipertensão arterial decorrente do ato de fumar seja um dos

principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004; TABOADA, 2004).

As projeções no Brasil são alarmantes, pois se trata do maior produtor e

exportador de tabaco do mundo. As doenças cardiovasculares que possuem como fator

de risco o cigarro aparecem em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil e

representam quase um terço dos óbitos totais e 65% do total de mortes na faixa etária de

30 a 69 anos de idade, atingindo a população adulta em plena fase produtiva. No

Sistema Único de Saúde SUS, essas doenças foram responsáveis, em 2002, por mais de

1,2 milhões de internações, representam 10,3% do total de internações e 17% dos gastos

financeiros (GODOY et al., 2007).

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8

4.2 O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO E O CONTROLE SOBRE O

CORAÇÃO.

A constante influência reguladora exercida pelo sistema nervoso sobre o

funcionamento de diversos órgãos, sistemas e aparelhos que integram o organismo, são

essenciais para que o mesmo tenha seu equilíbrio fisiológico interno e exerça

corretamente suas interações com o meio ambiente circundante. Este comportamento de

regulação automático e involuntário é responsabilidade da divisão autonômica

denominada de sistema nervoso autônomo SNA (JUNQUEIRA Jr. 1998).

A porção do sistema nervoso que controla a maior parte das funções viscerais do

corpo é chamada de sistema nervoso autônomo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão

arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento

urinário da bexiga, a sudorese, a temperatura do corpo e diversas outras atividades,

algumas das quais são controladas quase inteiramente e algumas parcialmente pelo

sistema nervoso autonômico, (GUYTON, 2002).

Os ajustes autonômicos não são normalmente acessíveis à consciência por essa

razão, esse sistema é freqüentemente chamado de sistema motor involuntário ou

neurovegetativo. Esse sistema influência tônica e reflexamente a pressão arterial,

resistência periférica, freqüência e o débito cardíaco (KAWAGUCHI et al., 2007).

O SNA apresenta-se dividido em duas subdivisões importantes, chamadas de

sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. Não é possível generalizar

para se explicar se a estimulação simpática ou parassimpática irá causar inibição ou

excitação de determinado órgão, entretanto para se entender a função simpática ou

parassimpática, deve-se esclarecer todas as funções separadas desses dois sistemas

nervosos em cada órgão (GUYTON, 2002).

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No coração a influência autonômica direta ou reflexa é exercida sobre todas as

propriedades eletrofisiológicas do órgão, representadas pelo automatismo,

condutibilidade, excitabilidade e contratilidade do miocárdio. Demonstrando assim o

importante papel que o sistema nervoso autônomo tem sobre a fisiologia do coração e,

por conseqüência, em muitos dos seus processos fisiopatológicos. O sistema nervoso

simpático e o parassimpático se integram se de forma complexa, modulando o

automatismo dos nódo sinusal e átrio ventricular, a condução do estímulo cardíaco pelo

sistema condutor especializado, o limiar de excitabilidade das fibras atriais e

ventriculares, e a contratilidade atrial e ventricular (JUNQUEIRA Jr., 1998).

O coração é um órgão central na manutenção da homeostasia e para determiná-la

recebe influências autonômicas. Este órgão possui ramos nervosos que integram as

subdivisões simpática e parassimpática que se originam de diferentes estruturas situadas

em todos os níveis do sistema nervoso central, o controle neuro-autonômico do sistema

cardiovascular em particular do coração, representa importante papel homeostático

orgânico refletindo a extraordinária capacidade de variar a relação de batimento a

batimento da freqüência cardíaca instantânea (JUNQUEIRA Jr. 1998; KAWAGUCHI et

al., 2007).

As variações dos intervalos R-R estão na dependência de moduladores biológicos,

como do SNA, através da atividade dos sistemas simpático e parassimpático. Essas

variações constituem o que chamamos de variabilidade da freqüência cardíaca VFC, em

que o objetivo é medir a variação entre cada batimento sinusal sucessivo. Esta técnica

tem sido utilizada como meio não-invasivo de avaliação do controle neural sobre o

coração (KAWAGUCHI, 2007).

Assim, o adequado equilíbrio vago-simpático é fundamental para a estabilidade

elétrica do miocárdio. Em conseqüência, modificações relativas ou absolutas,

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transitórias ou permanentes, de natureza fisiológica ou patológica, do equilíbrio

autonômico, são potencialmente capazes de induzir instabilidade elétrica e arritmias de

vários tipos e de amplo espectro de gravidade, na dependência do grau e do sentido

destas modificações em combinação com os substratos patológicos ou funcionais

vigentes no coração, sobre os quais se processam (JUNQUEIRA Jr., 1998).

4.3 O TABACO E O SISTEMA CARDIOVASCULAR.

O consumo de cigarro em longo prazo é o principal fator de risco e independente

para a morbidade e mortalidade cardiovascular. Os estudos anteriores sugerem que os

consumidores crônicos têm uma freqüência cardíaca e pressão arterial mais elevada

quando comparada a não fumantes (KARAKAYA et al., 2007). Segundo indícios,

ocorre uma hiperatividade do sistema nervoso simpático, demonstrando que o fumo de

cigarro agudo, já promove o aumento de catecolaminas no plasma sanguíneo e

conseqüentemente o aumento na pressão sanguínea e na frequência cardíaca (HILL,

1974). O consumo de cigarros, crônico e agudo, é um forte ativador simpático, é

aterogênico e inibidor da prostaciclina. Fumantes crônicos, incluindo fumantes

passivos, apresentam disfunção da capacidade dilatadora do endotélio das artérias e das

estruturas microvasculares, (CELERMANJER, 1996). Segundo KARAKAYA et al.

(2007) observou-se que o consumo de cigarro de forma aguda, promove

alterações nos parâmetros da VFC, em particular sobre os primeiros 5 a 10 minutos

depois de fumar um cigarro. Esses dados sugerem que o fumo de cigarro modifica

imediatamente a regulação autônoma cardiovascular, que pode predispor os indivíduos

a complicações cardiovasculares, (LUCINI et al., 1996). Segundo HAYANO et al.

(1990) quando fumantes de alto grau de dependência, moderados e não fumantes foram

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submetidos a um teste de respiração controlada, demonstrou que os de grau de

dependência elevado possuíam uma redução do controle vagal sobre o coração

sugerindo diminuição da taxa de VFC entre os fumantes com alta dependência.

Estudos demonstram que a disfunção endotelial esta intimamente ligada ao

consumo de tabaco que é mediada em parte pelo reforço da formação de radicais livres

O fumo de cigarro produz espécies de oxigênio reativo, gerando estresse

oxidativo. O organismo sob ação da nicotina é mais suscetível a estas espécies reativas

de oxigênio que podem participar no processo da arteriosclerose. Nos fumantes

observaram-se maiores áreas de lesões aórticas lípido-ricas do que em indivíduos que

não fumaram (CATANZARO, et al., 2007, ZAK et al., 2008). Isso sugere que fumar

possa acelerar o processo de arteriosclerose aumentando o esforço oxidativo em função

da nicotina.

Interromper o tabagismo de indivíduos com doença cardiovascular aterosclerótica

é desafio da maior grandeza. Apesar da redução de 50% da morbidade e da mortalidade

por doença cardiovascular após a cessação do tabagismo, parte da população apresenta

dificuldade em parar de fumar. A demora pela cessação do consumo de tabaco gera

aumento nas lesões vasculares, que proporciona um fator significativo na doença

cardiovascular (ISSA et al., 2007).

O mecanismo pelo qual o tabagismo pode contribuir para o desenvolvimento de

eventos significativos de doença arterial coronariana não é plenamente explorado, mas

pode-se dizer que estão relacionados com a indução de disfunção endotelial por

conseqüência de um aumento dos radicais livres.

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4.4 RESPOSTAS AGUDAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR AO

EXERCÍCIO E AO TESTE DE ESFORÇO.

Atualmente, um tema extremamente em voga é a atividade física, seus efeitos

benéficos e maléficos, indicações, aplicações, entre outros. Sabe-se que, se prescrita de

modo adequado, pode trazer vários benefícios que facilitam a obtenção de saúde e

qualidade de vida (ACSM, 2003). Ainda que sua importância esteja sendo

extremamente comentada, segundo pesquisas epidemiológicas, as doenças do estilo de

vida são responsáveis por mais da metade do total de mortes da atualidade.

Nos dias atuais existe utilização do treinamento físico como forma alternativa não

farmacológica para o tratamento e atenuação de patologias, sendo o treinamento físico

benéfico para melhora do perfil lipídico (WEGGE et al., 2004), melhora no fluxo

sangüíneo (ROVEDA et al., 2003), diminuição e manutenção do peso corporal

(IRIGOYEN et al., 1991), trás benefícios em anormalidades metabólicas, diminuição do

estresse oxidativo (LIMA et al., 2007), altera a relação de resistência a insulina,

promove uma diminuição na freqüência cardíaca de repouso (IRIGOYEN et al., 2003)

apresenta melhora do balanço autonômico cardiovascular e melhora da sensibilidade

barorreflexa (IRIGOYEN et al., 2003).

Essas respostas são em relação ao treinamento físico, mas quais seriam as

alterações agudas promovidas pelo exercício físico. Caracteriza-se por exercício físico

uma situação que promove a retirada do organismo de sua homeostase, pois implica no

aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e,

conseqüentemente, do organismo como um todo. Assim para suprir a nova demanda

metabólica, várias adaptações biológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à

função cardiovascular ao exercício (BRUM et al., 2004).

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Deve-se salientar que a magnitude da resposta cardiovascular depende das

características do exercício executado, ou seja, o tipo, a intensidade, a duração e a massa

muscular envolvida. Com relação ao tipo de exercício podemos enumerar em dois

grandes grupos principais: exercícios dinâmicos ou isotônicos e estáticos ou isométricos

sendo que cada um desses exercícios implica em respostas cardiovasculares distintas

(FORJAZ & TINUCCI, 2000).

Nos exercícios dinâmicos, como as contrações musculares são seguidas de

movimentos articulares, não existe a obstrução mecânica do fluxo sanguíneo, desse

modo neste tipo de exercício, também se observa o aumento da atividade simpática, que

é desencadeada pela ativação de comando central, mecanorreceptores musculares e,

dependendo da intensidade do exercício metaborreceptores musculares (FORJAZ &

TINUCCI, 2000). Em resposta ao aumento da atividade simpática, observa-se aumento

da freqüência cardíaca, do volume sistólico e do débito cardíaco. Além disso, a

produção de metabólitos musculares promove vasodilatação na musculatura ativa,

gerando redução da resistência vascular periférica. Dessa forma, durante os exercícios

dinâmicos observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou redução da

diastólica (FORJAZ et al., 1998).

O teste de esforço ou teste ergométrico é o registro da atividade elétrica do

coração durante o esforço físico. Além dos achados do eletrocardiograma durante o

esforço, este teste permite ainda avaliar o comportamento da pressão arterial, os

sintomas do paciente e a sua aptidão física. Em relação às doenças cardiovasculares, o

teste de esforço é utilizado para o diagnóstico, avaliação do tratamento ou estimativa de

complicações futuras (prognóstico). Na grande maioria dos casos, o teste de esforço é

realizado com esteira, no entanto, a bicicleta também pode ser utilizada.

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O teste ergométrico TE convencional, com interpretação do eletrocardiograma,

apresenta-se como um método valioso para detectar modificações entre a

disponibilidade e a necessidade de oxigênio pelo miocárdio, avaliar arritmias e o

comportamento da pressão arterial com ou sem o uso de medicamentos. Porém, muitas

questões da função cardiovascular e respiratória ficam sem resposta diante de uma

avaliação pelo TE. O diagnóstico e avaliação de insuficiência cardíaca em uma

extremidade, e a real capacidade funcional de atletas em outro, é de interesse do clínico

e de profissionais especializados na caracterização da etiopatogenia e do desempenho

nos casos em estudo (YAZBEK Jr., et al.,1998).

A interpretação moderna do teste de esforço e as implicações para a tomada de

decisão sobre o tipo de terapêutica a ser empregado baseiam-se na análise multifatorial,

que compreende a avaliaçäo das respostas clínicas, hemodinâmicas e

eletrocardiográficas frente ao esforço. As modificações eletrocardiográficas

relacionadas à isquemia que ocorrem durante a realização do teste são expressas nos

segmentos Ta, ST e onda T, sendo difícil, por vezes, a diferenciação com outras

condições que podem mimetizar os padrões morfológicos. Assim, torna-se necessária a

avaliação adicional e conjunta dos outros parâmetros clínicos, durante o exercício e

mesmo até a utilização de escores diagnósticos, na caracterização da probabilidade pós-

teste de doença coronária, de fundamental importância no processo da decisão clínica,

(CHALELA, 2002).

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5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 Métodos

Este estudo caracteriza-se em ser uma pesquisa direta, quantitativa, utilizando o

método experimental, pois analisou os efeitos do exercício físico sobre as variáveis

relacionadas com o objeto de estudo (MATTOS et al, 2004).

5.2 Amostra

A amostra foi constituída de 43 sujeitos, sendo estes sujeitos divididos em quatro

grupos. Os grupos foram designados como: Não tabagistas (controle, 12), grupo

tabagista baixa dependência (BD,12), grupo tabagista média dependência (MD, 11) e

grupo tabagistas alta dependência (AD, 8). Para a classificação de níveis de dependência

foi utilizado o questionário de Fagerstrom, Anexo 3.

5.3 Critérios de Inclusão

a. Sexo: masculino.

b. Composição corporal realizada através do método de bioimpedância e dobras

cutâneas, para identificação de indivíduos com peso normal.

c. Estar enquadrado no nível de consumo de tabaco classificado como “baixa,

média e alta dependência” através da escala de Fargestrom.

d. Foi utilizado o índice de massa corporal (IMC) para critérios de classificação em

indivíduos com peso normal.

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e. Nível de atividade física – Foram incluídos na amostra indivíduos considerados

sedentários segundo o questionário IPAC.

f. Disponibilidade para participar de todas as etapas da pesquisa.

5.4 Critérios de Exclusão

a. Ingerir algum medicamento que possa comprometer as respostas metabólicas e

cardiovasculares.

b. Possuir alguma patologia que interfira na coleta dos dados como Diabetes,

Hipertensão.

c. Apresentar contra-indicação para exercício aeróbio, como eventuais limitações

cardiovasculares, musculares, óssea ou problemas ortopédicos.

5.5 Aspectos Éticos

O referido estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade São Judas Tadeu (027/2009). O consentimento para a participação no

estudo foi entregue pelos pesquisadores aos indivíduos, que foram informados de todos

os procedimentos e retornado-o para o pesquisador devidamente assinado. Ao final das

análises, os sujeitos receberam um relatório dos procedimentos executados e seus

respectivos resultados.

O consentimento para a participação no estudo foi obtido através da assinatura do

termo consentimento livre e esclarecido, onde os mesmos foram informados de todos os

procedimentos. A Universidade São Judas Tadeu é dotada de ambulatório médico, para

eventuais emergências. Ao final de todas as coletas, os indivíduos receberam um

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relatório dos procedimentos executados e seus respectivos resultados. Avaliação inicial

para aplicação dos critérios de inclusão/exclusão, que consistirá de:

5.5.1 Anamnese – foi realizado o auto preenchimento de uma anamnese contendo os

dados pessoais, dados familiares e possíveis fatores de risco para saúde e exercício. O

questionário encontra-se no “anexo 2”.

5.5.2 Avaliação antropométrica e composição corporal - A análise da composição

corporal foi realizada por um profissional habilitado e foi composta por:

a. Estatura (m) – estadiômetro marca filizola.

b. – balança filizola.

c. Índice de massa corporal (IMC) – foi calculado a partir do peso (kg) / estatura²

(m). Para determinação da classe que o individuo está inserido.

d. A bioimpedância é um método não invasivo, rápido, com boa sensibilidade,

indolor, relativamente preciso, usado para avaliar a composição corpórea,

baseado na passagem de uma corrente elétrica de baixa amplitude (500 a 800

mA) e de alta frequência (50 kHz), e que permite mensurar os componentes

resistência R, reatância Xc, impedância Z e ângulo de fase. O conjunto de

procedimentos necessários são: suspender o uso de medicamentos diuréticos de

24 horas a 7 dias antes do teste; estar em jejum de pelo menos 4 horas; estar em

abstinência alcoólica a 48 horas; evitar o consumo de cafeína 24 horas antes do

teste; não ter praticado atividade física intensa nas últimas 24 horas; urinar pelo

menos 30 minutos antes da medida; permanecer pelo menos 5 -10 minutos de

repouso absoluto em posição de decúbito dorsal antes de efetuar a medida.

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5.5.3 Nível de atividade física e capacidade aeróbica

Gasto energético diário - A estimativa do gasto energético diário tem

aplicabilidade em vários campos de estudos como, determinação de dietas para redução

de peso, estudos de fatores de risco para doenças e determinação do estilo de vida

sedentário. No nosso estudo, utilizamos o questionário internacional de atividade física

IPAC. O questionário está disponível no “anexo 4”.

6 Seqüência Experimental

Foi realizado um teste de estresse mental (Word Color Test, Stroop Test). Antes

da realização do teste de estresse mental, o intervalo R-R foi registrado durante 15

minutos nos indivíduos em repouso. O Stroop Test é um teste no qual o indivíduo deve

dizer em voz alta, e o mais rápido possível, as cores que as palavras estão escritas

independente de qual palavra esteja escrita (FALASHI et al., 2003). O teste consiste em

três fases, com grau progressivo de dificuldade e foi executado durante 3 minutos, nos

quais a monitorização da frequência cardíaca FC foi contínua. Ao final do teste de

estresse mental a FC foi gravada por mais 15 minutos. A PA foi medida 4 vezes, no

período basal, 1 vez no 3º minuto do teste de estresse mental e, 1 vez no 5º e 15º minuto

da recuperação pelo método auscultatório (Figura 1).

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1º estresse 2º estresse 3º estresse

Repouso15 min.

Recuperação15 min.

TEM3 min.

PA PA PA

1º estresse 2º estresse 3º estresse1º estresse 3º estresse

Repouso15 min.

Recuperação15 min.

PA PA PA

Monitoramentocontínuo do intervalo RR

Repouso15 min.

Recuperação15 min.

PA PA PA

Figura 1: Esquema do protocolo realizado para avaliação do estresse mental

(TEM).

6.1 Teste de esforço

Foi executado um teste de esforço com os sujeitos, sendo que este teste foi

composto de período de repouso (15 minutos), onde a PA, FC e a variabilidade da

frequência cardíaca foram monitoradas. Após este período dava-se o início do teste

onde o sujeito deveria pedalar em uma bicicleta a uma velocidade constate de 30km/h.

Sendo a cada 60 segundos ocorria um incremento de carga de 0,25 Kp. A PA, FC e

variabilidade da FC foram monitoradas durante todo o teste esforço. Os testes foram

realizados em bicicleta ergométrica modelo CIBEX THE BIKE. Antes de iniciar o teste,

foi treinado com o sujeito um sinal para interromper o teste a qualquer momento. Foi

utilizada a escala de Borg para avaliar a percepção do esforço durante o teste. Os

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sujeitos iniciaram o teste pedalando na bicicleta acima descrita contra uma carga pré-

estabelecida, mantendo 30km/h, o incremento em watts foi executado a cada minuto até

atingir a FC submáxima predita, sendo a duração do teste de 8 a 12 minutos. A

monitoração da frequência cardíaca, foi executada durante todo o teste através de uma

fita Polar presa no tronco do sujeito e de um sensor que envia os dados para o programa.

Foi executada a ausculta da PAS/PAD através do equipamento esfignomanômetro

marca Sanny antes, durante e na recuperação do teste, até a pressão arterial atingir os

valores de repouso, até o tempo máximo de recuperação de 30 minutos.

6.1.1 Medidas Hemodinâmicas:

Os parâmetros hemodinâmicos avaliados foram a PA e a FC. Os aparelhos

utilizados como padrão de referência para a medida da PA neste estudo, foram

previamente inspecionados pelo INMETRO e foram devidamente calibrados. A pressão

arterial foi avaliada pelo método auscultatório através do uso de esfignomanômetro

aneróide de manguito da marca Missouri®. O estetoscópio em perfeita condição para

medida da PA. Todas as medidas hemodinâmicas foram realizadas por um mesmo

avaliador e em conformidade com as orientações da Sociedade Brasileira de Medicina

do Esporte (1998) e IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2004) para as medidas em

repouso e em conformidade com as orientações do American College Sports Medicine

(2003) para a verificação da PA e FC durante exercício. A FC foi determinada através

da utilização de um frequencímetro da marca Polar modelo S810. A PA e a FC foram

monitoradas no período de repouso, execução do teste e no período de recuperação do

teste.

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6.2 Variabilidade da Frequência Cardíaca:

A VFC foi obtida através do registro do intervalo R-R (IP, ms) durante o repouso,

durante o teste de estresse mental e teste de esforço e no período de recuperação dos

dois testes. Este procedimento foi realizado através da utilização de um frequencímetro

da marca Polar® modelo S810. Diversos estudos têm empregado tal instrumento para o

estudo da VFC no domínio do tempo e da freqüência (SOARES et al., 2005,

BRUNETTO et al., 2005). BRUNETTO et al. (2005) estudou a VFC no domínio do

tempo e da freqüência em adolescentes obesos e não-obesos submetidos a inclinação da

mesa de tilt a 70º. Este método foi validado através da comparação com a

eletrocardiografia padrão (LOIMALA et al., 1999). O cinto transmissor detecta o sinal

eletrocardiográfico batimento-a-batimento e o transmite através de uma onda

eletromagnética para o receptor de pulso Polar, onde essa informação é digitalizada,

exibida e arquivada. Esse sistema detecta a despolarização ventricular, correspondente à

onda R do eletrocardiograma, com uma freqüência de amostragem de 500 HZ e uma

resolução temporal de 1 ms (RUHA et al., 1997). Os arquivos de registro foram

transferidos para o Polar Precision Performance Software através da Interface Infrared,

ou IrDA, que permite a troca bidirecional de dados de exercício com um

microcomputador para posterior análise da variabilidade do intervalo de pulso cardíaco

nas diferentes situações registradas. Após aquisição e armazenamento dos dados no

computador os intervalos R-R (IP) provenientes do frequencímetro foram convertidos e

armazenados em arquivos Excel, utilizados posteriormente para análise da VFC. Foi

realizada uma verificação por inspeção visual, para identificar e/ou corrigir alguma

marcação não correta. Em seguida foi gerada a série temporal de cada sinal a ser

estudado, no caso, o intervalo de pulso cardíaco (tacograma). As variâncias das séries de

IP foram avaliadas no domínio do tempo e no domínio da freqüência (MALLIANI et

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al., 1996). O espectro de cada segmento foi calculado (LEVINSON-DURBIN) e a

ordem do modelo foi escolhida de acordo com o critério de Akaike. A análise da VFC

no domínio do tempo pode fornecer índices de variabilidade total VAR RR, o desvio

padrão dos intervalos de pulso normais SDNN e ainda, expressando modulação vagal,

como o cálculo da raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos

RR normais adjacentes RMSSD, expressa em milessegundos (TASK FORCE, 1996). A

análise da VFC no domínio da freqüência pode fornecer índices de modulação simpática

LF e parassimpática HF (TASK FORCE, 1996). Para tal, foi utilizado o método

transformada rápida de Fourier (FFT) para análise da potência espectral que foi

integrada em três faixas de freqüência de interesse: altas freqüências HF entre 0,15 e 0,4

Hz; baixas freqüências LF entre 0,03 e 0,15 Hz e muito baixas freqüências VLF

menores que 0,03 Hz. A análise espectral da respiração foi utilizada como padrão de

controle, para delimitação das bandas de freqüências. Como a respiração trabalha na

banda de HF (0.2Hz), essa informação é importante para que o sinal respiratório não

influencie o componente simpático, presente na banda de HF (SOARES et al., 2005).

6.3. Análise dos dados

Os resultados foram apresentados como média ± erro padrão das médias. Teste de

análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas seguido de post-hoc Tukey

considerados significativos.

6.4. Relação risco-benefício

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No âmbito benefícios, da prevenção de patologias e saúde pública:

aprofundamento teórico dos benefícios do exercício aeróbio em tabagistas e sua

utilização como forma de prevenir os efeitos deletérios do consumo de tabaco sobre a

função autonômica. No âmbito risco: mal-estar, desmaio ou mal súbito.

6.5. Viabilidade do estudo

O presente projeto foi realizado no Laboratório do Movimento Humano que conta

hoje com o espaço físico e os equipamentos (Dinamômetro Isocinético, Frequencímetros

Polar S810, esfignomanômetro e estetos, aparelho de bioimpedância, aparelhos de

medida de lactato, glicemia, triglicérides e colesterol total, centrífugas, freezers e

computadores com software de análises de sinais biológicos e estatísticos) e recursos

financeiros necessários para a correta execução da pesquisa.

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7. RESULTADOS

7.1 Características Gerais da Amostra

CONTROLE BD MD ADPeso (KG) 75 ± 3,2 72 ± 4,5 71 ± 2,8 73 ± 3,3Estatura (M) 178 ± 3,8 177 ± 4,1 175 ± 3,1 172 ± 2,2IMC (KG/M²) 23,73 23,03 23,2 24,74Perc. de Gordura (%) 18,53 16,27 19,14 16,07Bioimpedância (%) 16,4 17,05 18,6 17,8

7.1.2 Descrição dos resultados do teste de estresse mental

A tabela 1 demonstra os valores de FC em resposta ao teste de estresse mental e

a recuperação do teste. No momento de repouso foi observado que a FC do grupo AD

foi maior quando comparada ao grupo controle e ao grupo BD, sem diferença com os

demais grupos. Não houve diferença entre os grupos BD e MD com o grupo controle.

Ao final do teste foi verificada maior FC em todos os grupos quando comparado

ao repouso. Neste momento o grupo MD apresentou FC maior quando comparada ao

grupo controle e ao grupo BD. Durante este momento o grupo AD apresentou maior FC

quando comparada ao repouso, ao grupo controle e ao grupo BD.

Na recuperação foi observado que a FC do grupo controle retornou aos valores

de repouso nos primeiros três minutos. No grupo BD a FC permaneceu elevada em

relação ao controle até o terceiro minuto da recuperação. Em relação ao grupo MD foi

observado que a FC somente retornou a valores de repouso após o terceiro minuto de

recuperação do teste. Em comparação ao grupo controle a FC permaneceu elevada até o

terceiro minuto de recuperação.

No grupo AD a FC retornou aos valores de repouso somente após o quarto

minuto da recuperação do teste. Embora a FC tenha retornado ao valor de repouso após

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cinco minutos, foi verificado que ela permaneceu elevada em relação ao grupo controle

até o quinto minuto.

Tabela 1 – Frequência cardíaca (bpm) dos grupos controle, Baixa dependência(BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante erecuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 77 + 1 79 + 1 91 + 0,8 99 + 1 #¥Teste de estresse 83 + 1* 84 + 1,4* 98 + 1,1*#¥ 107 + 1,6*#¥Recuperação 1´ 83 + 0,8* 85 + 1,4* 98 + 0,9*# 106 + 1,3*#¥Recuperação 2´ 82 + 1* 85 + 1,5* 97 + 0,9*# 103 + 1,6*#¥Recuperação 3´ 77 + 0,9 83 + 1,5* 97 + 0,7*# 102 + 1,2*#¥Recuperação 4´ 81 + 1 83 + 1,4 95 + 0,7# 101 + 1,3#Recuperação 5´ 80 + 1 82 + 1,5 94 + 0,8# 100 + 1,3#Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso, #p<0.05 vs. Controle, ¥p<0.05 vs. BD.

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A tabela 2 apresenta os valores de PAS em resposta ao teste de estresse mental e a

recuperação do teste. No momento de repouso foi observado que não houve diferença entre os

grupos AD, MD e BD com o grupo controle.

Ao final do teste de estresse mental foi verificada uma maior PAS em todos os grupos

quando comparado ao repouso.

Na recuperação foi verificada uma maior PAS em todos os grupos, sendo que seus

valores permaneceram elevados durantes os cinco minutos de recuperação.

Tabela 2 – Pressão Arterial Sistólica (PAS) dos grupos controle, Baixa dependência (BD),Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 118 + 2,1 125 + 2,2 132 + 2,7 138 + 2,7Teste de estresse 126 + 2,4* 133 + 2* 142 + 2,5* 150 + 2,8*Recuperação 1´ 144 + 2* 139 + 2,2* 142 + 2,5* 150 + 2,9*Recuperação 2´ 141 + 1,3* 137 + 2,4* 140 + 2,3* 148 + 3*Recuperação 3´ 137 + 1,3* 133 + 2,2* 140 + 2,3* 146 + 2,6*Recuperação 4´ 133 + 1,6* 132 + 2,3* 138 + 2,1* 145 + 2,7*Recuperação 5´ 129 + 1,6* 130 + 2* 136 + 2* 144 + 3*

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 3 demonstra os valores de PAD em resposta ao teste de estresse mental e a

recuperação do teste. No momento do repouso foi verificado que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço observou-se maior PAD em todos os grupos quando

comparado ao repouso.

Na recuperação foi verificado que no grupo controle os valores de PAD

permaneceram elevados durantes os cinco minutos de recuperação. No grupo BD estes

valores permaneceram elevados até o segundo minuto de recuperação. Nos grupos MD e

AD os valores de PAD o primerio minuto de recuperação.

Tabela 3 – Pressão Arterial Diastólica (PAD) dos grupos controle, Baixa dependência (BD),Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 77 + 2,3 82 + 1,6 88 + 1,8 90 + 2Teste de estresse 84 + 2,2* 88 + 1,6* 94 + 1,3* 96 + 1,6*Recuperação 1´ 96 + 2* 90 + 1,9* 94 + 1,3* 95 + 1,7*Recuperação 2´ 92 + 1* 88 + 1,8* 93 + 1,4 92 + 1,6Recuperação 3´ 88 + 1,4* 86 + 1,6 91 + 1,4 92 + 1,8Recuperação 4´ 85 + 1* 85 + 1,7 89 + 1,2 91 + 1,5Recuperação 5´ 82 + 1* 84 + 1,5 89 + 1,2 90 + 1,9

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 4 apresenta os valores de VAR RR em resposta ao teste de estresse mental e

a recuperação deste teste. Verificou-se no momento repouso que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de estresse mental verificou-se que a VAR RR diminui em

comparação ao momento de repouso, sem diferença entre os grupos. Na recuperação

observou-se que não houve diferença entre o momento repouso e entre os grupos controle,

BD, MD e AD.

Tabela 4 – VAR RR dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência(MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 3781 + 968 2895 + 544 3337 + 747 3819 + 1246Teste de estresse 2972 + 695* 2179 + 610* 779 + 228* 2946 + 953*Recuperação 1´ 4129 + 1831 5454 + 1025 7790 + 2261 6186 + 766Recuperação 2´ 3022 + 966 3784 + 910 4782 + 1597 3941 + 828Recuperação 3´ 3203 + 1064 4956 + 1038 2745 + 516 5620 + 1724Recuperação 4´ 2598 + 889 3520 + 768 3813 + 934 5606 + 1021Recuperação 5´ 2750 + 1219 4100 + 832 2678 + 679 4082 + 1004

Dados representam média + EPM. Análise de variância (NOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 5 demonstra os valores de SDNN em resposta ao teste de estresse mental e a

recuperação deste teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença entre os

grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de estresse mental verificou-se diminuição do SDNN em

comparação ao momento repouso. Na recuperação observou-se que os grupos MD e AD só

retornaram aos valores de repouso após o primeiro minuto de recuperação, nos grupos

controle e BD não apresentaram diferença na recuperação.

Tabela 5 – SDNN dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência (MD)e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 56,4 + 7,3 51,2 + 4,9 53,3 + 7 57,6 + 8,4Teste de estresse 49,3 + 6,9 41,3 + 6,5* 24,4 + 4,2* 46,7 + 10,4*Recuperação 1´ 52,8 + 11,3 70,5 + 6,6 77,8 + 13,8* 175,7 + 99,7*Recuperação 2´ 48,4 + 7,8 56,5 + 7 58,3 + 11,7 59,6 + 7,4Recuperação 3´ 51,4 + 7,1 66,5 + 6,9 49,9 + 5 69,9 + 10,5Recuperação 4´ 45,9 + 6,6 56,5 + 5,4 56,7 + 7,7 72,1 + 7,6Recuperação 5´ 44,6 + 8,2 60,9 + 5,9 47,3 + 6,5 60,3 + 7,9

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 6 demonstra os valores de RMSSD em resposta ao teste de estresse mental

e a recuperação do teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de estresse mental o RMSSD apresentou se diminuído. Não

verificou-se diferença entre os grupos quando comparado como o repouso.

Tabela 6 – RMSSD dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência(MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 46,1 + 4,7 38,5 + 5,3 46 + 3,7 39,1 + 16Teste de estresse 35,5 + 4,9* 26 + 5,5* 25,8 + 6,9* 29,9 + 6,6*Recuperação 1´ 40,6 + 3,9 45,6 + 5,8 45,8 + 7 43,5 + 6Recuperação 2´ 34,2 + 6,2 39,9 + 5,5 34,5 + 6 34,8 + 5,1Recuperação 3´ 33,6 + 5,4 41,4 + 4,9 33,1 + 5,7 34 + 7,1Recuperação 4´ 30,6 + 4,1 38,1 + 4,3 37,7 + 8,5 47,5 + 10,9Recuperação 5´ 26,2 + 3,7 35,8 + 4,2 35,3 + 6 33,5 + 6,4

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 7 demonstra os valores de LF (nu) em resposta ao teste de estresse mental e

a recuperação deste teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD. Ao final do teste de estresse mental e na recuperação do

teste não foram observadas diferenças entre os grupos.

Tabela 7 – LF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência (MD)e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 71 + 4,3 71,3 + 4,1 72 + 5,4 76,1 + 7Teste de estresse 61,7 + 6,2 68,5 + 4,8 66,4 + 5 77 + 6,8Recuperação 1´ 71,5 + 6,5 65,5 + 6,7 75,7 + 5,3 77,5 + 5,5Recuperação 2´ 71,4 + 6 60,5 + 6,5 69,6 + 5,6 78,7 + 6,9Recuperação 3´ 75,6 + 6,4 67,9 + 5,8 79,3 + 4 77,1 + 3,9Recuperação 4´ 70 + 4,8 61,2 + 5,7 66 + 7 76,5 + 6,1Recuperação 5´ 79,2 + 4,3 74,6 + 3 76,8 + 4,3 75,7 + 5,1

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos.

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A tabela 8 demonstra os valores de HF (nu) em resposta ao teste de estresse mental e

a recuperação deste teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD. Ao final do teste de estresse mental e na recuperação do

teste não foram observadas diferenças entre os grupos.

Tabela 8 – HF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Média dependência(MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de um teste de estresse mental.

Controle BD MD ADRepouso 28,9 + 4,3 28,7 + 4,1 28 + 5,4 23,9 + 7Teste de estresse 38,3 + 6,2 31,4 + 4,7 33,5 + 4,9 22,9 + 6,8Recuperação 1´ 28,5 + 6,4 34,4 + 6,6 24,2 + 5,3 22,4 + 5,5Recuperação 2´ 28,6 + 6,1 39,4 + 6,4 30,3 + 5,9 21,2 + 6,9Recuperação 3´ 70,2 + 49,5 32 + 5,8 20,6 + 4,1 22,8 + 3,9Recuperação 4´ 29,9 + 4,7 38,7 + 5,7 34 + 7 24 + 6,3Recuperação 5´ 20,8 + 4,3 25,3 + 3 23,2 + 4,3 24,2 + 5,1

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTukey foi aplicado para análise de dados. Valores de p>0,05 foram consideradossignificativos.

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7.2 Descrição dos resultados teste de esforço

A tabela 9 demonstra os valores de FC em resposta ao teste de esforço e a

recuperação do teste. No momento de repouso foi observado que a FC do grupo AD foi

maior quando comparada ao grupo controle, sem diferença com os demais grupos. Não

houve diferença entre os grupos BD e MD com o grupo controle.

Ao final do teste de esforço foi verificada uma maior FC em todos os grupos

quando comparado ao repouso. Neste momento não houve diferença entre os grupos.

Na recuperação foi observado que a FC do grupo controle retornou aos valores

de repouso nos primeiros cinco minutos. No grupo BD a FC permaneceu elevada em

relação ao controle até o quinto minuto da recuperação. Neste momento a FC do grupo

BD foi diferente do grupo controle. Embora a FC tenha voltado ao valor de repouso

após cinco minutos, foi observado que ela permaneceu elevada em relação ao grupo

controle até o décimo minuto.

Em relação ao grupo MD foi observado que a FC somente retornou a valores de

repouso após o décimo minuto de recuperação do teste. Em comparação ao grupo

controle e ao grupo BD a FC permaneceu aumentada até o vigésimo minuto.

No grupo AD a FC retornou aos valores de repouso somente após o vigésimo

quinto minuto da recuperação do teste. Embora a FC tenha retornado ao valor de

repouso após vinte e cinco minutos, foi verificado que ela permaneceu elevada em

relação ao grupo controle até o trigésimo minuto. Em relação aos grupos BD e MD, a

FC permaneceu elevada até o vigésimo quinto minuto após o término do teste de

esforço.

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Tabela 9 – Frequência cardíaca (bpm) dos grupos controle, Baixa dependência(BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante erecuperação de um teste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 78 + 1,2 80 + 1,6 92 + 0,9 100 + 1,3#Teste de Esforço 182 + 1,9* 185 + 1,4* 188 + 2,6* 190 + 2*Recuperação 5´ 80 + 1 133 + 1,9*# 164 + 2,7*#¥ 168 + 1,5*#¥Recuperação 10´ 78 + 1,2 112 + 2# 150 + 2,5*#¥ 157 + 3*#¥Recuperação 15´ 77 + 0,9 80 + 1,5 127 + 3*#¥ 146 + 3*#¥£Recuperação 20´ 77 + 1 81 + 1,7 110 + 1,7 #¥ 130 + 2,5*#¥£Recuperação 25´ 76 + 0,8 80 + 1,6 94 + 0,7 112 + 2*#¥£Recuperação 30´ 76 + 1,1 81 + 1,6 94 + 0,6 101 + 1,5#

Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso, #p<0.05 vs. Controle, ¥p<0.05 vs. BD e £p<0.05vs MD.

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A tabela 10 apresenta os valores de PAS em resposta ao teste de esforço e a

recuperação do teste. No momento de repouso foi observado que não houve diferença

entre os grupos AD, MD, BD com o grupo controle.

Ao final do teste de esforço foi verificada uma maior PAS em todos os grupos

quando comparado ao repouso. Porém nos grupos MD e AD foi observada uma maior

PAS quando comparada ao grupo controle.

Na recuperação foi verificada uma maior PAS no grupo MD, sendo que seus

valores só retornaram ao valor de repouso após o vigésimo minuto. Em relação ao grupo

AD os valores de PAS permaneceram aumentados até o trigésimo minuto.

Tabela 10 – Pressão Arterial Sistólica (PAS) dos grupos controle, Baixadependência (BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes,durante e recuperação de um teste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 119 + 2 124 + 2,2 133 + 2,4 129 + 0,6Teste de Esforço 126 + 2,3* 133 + 2* 151 + 2,8*# 157 + 1,5*#Recuperação 5´ 144 + 1,8 139 + 2,2 140 + 2,2* 148 + 1,3*Recuperação 10´ 121 + 1,4 130 + 1,9 137 + 1,7* 147 + 1,3*Recuperação 15´ 118 + 1,4 127 + 1,9 139 + 1,7* 143 + 1,1*Recuperação 20´ 118 + 1,4 126 + 1,9 135 + 1,6* 139 + 1*Recuperação 25´ 117 + 1,2 125 + 1,9 134 + 1,7* 138 + 1,1*Recuperação 30´ 114 + 1,2 124 + 1,7 134 + 1,9* 135 + 0,8*Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso, #p<0.05 vs. Controle.

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A tabela 11 demonstra os valores de PAD em resposta ao teste de esforço e a

recuperação do teste. No momento do repouso foi verificado que não houve diferença

entre os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço observou-se maior PAD em todos os grupos quando

comparado ao repouso. Observou-se neste momento que no grupo BD a PAD foi maior

quando comparado ao grupo controle.

Na recuperação foi verificado que no grupo controle os valores de PAD

retornaram aos valores de repouso nos primeiros cinco minutos. No grupo AD estes

valores somente retornaram aos valores de repouso após o décimo minuto. Nos grupos

BD e MD os valores de PAD não foram alterados.

Tabela 11 – Pressão Arterial Diastólica (PAD) dos grupos controle, Baixadependência (BD), Média dependência (MD) e Alta dependência (AD), antes,durante e recuperação de um teste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 77 + 2,2 82 + 1,6 88 + 1,7 84 + 1,2Teste de Esforço 84 + 2,2* 88 + 1,6*# 97 + 0,9* 98 + 1,4*Recuperação 5´ 79 + 0,7* 83 + 1,4 89 + 1,1 90 + 1,6*Recuperação 10´ 77 + 1 83 + 1,5 88 + 1,4 88 + 1,8*Recuperação 15´ 75 + 1,3 83 + 1,5 87 + 1,6 85 + 1,5Recuperação 20´ 74 + 1,5 83 + 1,4 87 + 1,9 82 + 1,4Recuperação 25´ 74 + 1,7 82 + 1,4 86 + 1,8 82 + 1,3Recuperação 30´ 73 + 1,7 82 + 1 86 + 1,5 81 + 1,2Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso, #p<0.05 vs. Controle.

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A tabela 12 apresenta os valores de VAR RR em resposta ao teste de esforço e a

recuperação deste teste. Verificou-se no momento repouso que não houve diferença

entre os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço observou-se um maior valor de VAR RR nos grupos

MD e AD em relação ao repouso. Nos grupos controle e BD não se evidenciou

diferença quando comparados ao repouso.

Na recuperação verificou-se que o grupo controle e o BD não apresentaram

diferença em relação ao repouso. No grupo MD os valores retornaram aos valores de

repouso somente após o quinto minuto da recuperação, porém no grupo AD estes

valores não retornaram ao valor de repouso mesmo após o trigésimo minuto de

recuperação.

Tabela 12 – VAR RR dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Médiadependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 2803 + 544 2914 + 423 2565 + 393 2705 + 74Teste de Esforço 1937 + 346 1704 + 196 231 + 29* 21 + 9,25*Recuperação 5´ 2915 + 275 3557 + 275 1532 + 394* 67 + 34*Recuperação 10´ 3001 + 386 2796 + 144 1466 + 322 103 + 52*Recuperação 15´ 3288 + 466 3492 + 303 1675 + 329 222 + 169*Recuperação 20´ 2536 + 667 3225 + 338 1269 + 240 220 + 136*Recuperação 25´ 3249 + 609 2954 + 350 1541 + 298 302 + 169*Recuperação 30´ 3004 + 386 2587 + 559 1584 + 281 337 + 216*Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 13 demonstra os valores de SDNN. Observou-se no momento repouso

que não houve diferença entre os grupos estudados.

Ao final do teste de esforço verificou-se diminuição dos valores de SDNN em

todos os grupos quando comparados ao repouso. Tal diminuição foi mais pronunciada

nos grupos tabagistas.

Na recuperação do teste observou-se que os valores de SDNN dos grupos

controle e BD apresentaram-se semelhantes aos observados no repouso. No grupo MD

os valores permaneceram reduzidos até o décimo quinto minuto. Já no grupo AD esses

valores permaneceram reduzidos durante os vinte minutos de recuperação.

Tabela 13 – SDNN dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Médiadependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 56,4 + 7,3 68,2 + 6,4 69,5 + 6,1 69,8 + 8,7Teste de estresse 49,3 + 7* 35,8 + 11,9* 34,8 + 12,9* 45,1 + 16*Recuperação 5´ 51,4 + 8,1 40,5 + 6,3 36,7 + 7,2* 34,3 + 7,7*Recuperação 10´ 50 + 8,7 35,9 + 5,1 31,4 + 4,9* 30,1 + 5,7*Recuperação 15´ 49 + 8,6 53,3 + 9,8 51 + 10,7* 42,3 + 11,8*Recuperação 20´ 53,4 + 7,1 47,1 + 5,1 44,2 + 5,5 43,1 + 6,8*Recuperação 25´ 46 + 8,4 70,5 + 10,1 69,2 + 11,3 69,2 + 14,8Recuperação 30´ 51,5 + 8,7 87,5 + 13,9 86 + 15,1 78 + 18Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 14 demonstra os valores de RMSSD em resposta ao teste de esforço e a

recuperação do teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença entre

os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço verificou-se um maior valor de RMSSD nos grupos

MD e AD, quando comparados ao repouso. Observou que nos grupos controle e BD

não apresentou diferença em relação ao repouso.

Na recuperação observou-se que no grupo controle e BD não apresentaram

diferença em relação ao repouso. No grupo MD os valores somente retornaram a valores

de repouso após o décimo quinto minuto. Já no grupo AD esses valores não retornaram

aos valores de repouso mesmo após o trigésimo minuto de recuperação.

Tabela 14 – RMSSD dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Médiadependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 40,6 + 3,6 37,5 + 5,2 53 + 7,2 67,6 + 15,8Teste de Esforço 25,4 + 3,7 27,7 + 5,3 3 + ,5* 3,4 + 0,4*Recuperação 5´ 36,3 + 3,8 48 + 8,6 21,5 + 5,2* 2,7 + 0,6*Recuperação 10´ 35,9 + 5,5 43,2 + 7,4 18,6 + 4,2* 2,9 + 0,7*Recuperação 15´ 37 + 4,9 44,5 + 7,6 26,7 + 7,5* 3,7 + 1,2*Recuperação 20´ 38,1 + 5,2 46,4 + 9 33,4 + 5,4 3,8 + 1,2*Recuperação 25´ 38 + 4,3 45 + 9,6 61 + 12,5 4,5 + 1,1*Recuperação 30´ 39,5 + 5,4 42 + 7,5 68,7 + 13,8 5,5 + 1,6*Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 15 demonstra os valores de LF (nu) em resposta ao teste de esforço e a

recuperação deste teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença

entre os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço verificou-se um maior valor de LF (nu) no grupo

AD em relação ao repouso. Nos grupos controle, BD e MD não observou-se diferença

quando comparados com o repouso.

Na recuperação observou-se que o grupo controle, BD e MD não apresentaram

diferença em relação ao repouso. No grupo AD os valores não retornaram aos valores

de repouso mesmo após o trigésimo minuto de recuperação.

Tabela 15 – LF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Médiadependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 67,5 + 7,7 67,6 + 4,5 76,2 + 5,5 80,3 + 3,2Teste de Esforço 77,2 + 4,9 79,4 + 2,8 77,1 + 5,5 89,8 + 1,9*Recuperação 5´ 71,6 + 7,6 70 + 3,7 85 + 2,2 89,1 + 1,1*Recuperação 10´ 66,2 + 8,2 69,8 + 2,8 86,7 + 1,5 89,6 + 1,6*Recuperação 15´ 71,5 + 6,4 75,4 + 3,3 83,9 + 3,3 89,4 + 1,6*Recuperação 20´ 77,6 + 1,3 61,6 + 5 69,5 + 4,4 89,3 + 2,2*Recuperação 25´ 67,6 + 6,9 60 + 6,5 66,7 + 6,3 90,3 + 1,7*Recuperação 30´ 64,2 + 8,2 68 + 3,7 63,7 + 5,8 90,1 + 2,3*Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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A tabela 16 demonstra os valores de HF (nu) em resposta ao teste de esforço e a

recuperação deste teste. Observou-se no momento repouso que não houve diferença

entre os grupos controle, BD, MD e AD.

Ao final do teste de esforço verificou-se um maior valor de HF (nu) no grupo

AD em relação ao repouso. Nos grupos controle, BD e MD não observou-se diferença

quando comparados com o repouso.

Na recuperação observou-se que o grupo controle, BD e MD não apresentaram

diferença em relação ao repouso. No grupo AD os valores não retornaram aos valores

de repouso mesmo após o trigésimo minuto de recuperação.

Tabela 16 – HF (nu) dos grupos controle, Baixa dependência (BD), Médiadependência (MD) e Alta dependência (AD), antes, durante e recuperação de umteste de esforço físico progressivo.

Controle BD MD ADRepouso 32,4 + 7,7 32,3 + 4,5 23,7 + 5,5 20,2 + 3Teste de Esforço 22,7 + 4,9 20,5 + 2,8 22,8 + 5,5 10,4 + 1,7*Recuperação 5´ 28,4 + 7,6 29,9 + 3,7 15,1 + 2,2 10,8 + 1*Recuperação 10´ 33,7 + 8,2 30,1 + 2,8 13,2 + 1,5 10,3 + 1,5*Recuperação 15´ 28,4 + 6,4 24,6 + 3,3 16,1 + 3,4 11,7 + 2,2*Recuperação 20´ 33,3 + 6,9 38,8 + 4,9 30,5 + 4,4 10,4 + 2,1*Recuperação 25´ 30,2 + 4,4 30,2 + 3,4 33,2 + 6,3 9,5 + 1,7*Recuperação 30´ 28,5 + 6,3 32,9 + 3,7 36,2 + 5,8 9,7 + 1,9*Dados representam média + EPM. Análise de variância (ANOVA) seguido de post-hocTuckey foi aplicado para análise dos dados. Valores de p<0,05 foram consideradossignificativos. *p<0.05 vs. Repouso.

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8. DISCUSSÃO

8.1. Análise hemodinâmica.

Os dados deste estudo demonstraram que o nível de dependência tabagista

interfere na recuperação do sistema cardiovascular frente a estímulo mental e,

principalmente do estímulo físico. Os resultados demonstram que a freqüência cardíaca

dos grupos tabagistas de média e o de alta dependência apresentou elevada no período

de recuperação do teste de estresse mental e de esforço. Tal resposta foi acompanhada

da diminuição dos indicadores da variabilidade da FC (VAR RR e SDNN) e dos

indicadores de modulação vagal (RMSSD e HF). Tais indicadores permaneceram

reduzidos na recuperação. Além disso, foi verificado aumento do indicador de

modulação simpática cardíaca (LF) que permaneceu aumentado durante a recuperação.

No presente estudo, os grupos média e alta dependência apresentaram maior FC

em relação ao grupo controle e ao baixa dependência no momento de repouso. Os

valores de FC de repouso de 78 + 1 bpm para grupo controle, 80 + 1 bpm para o grupo

baixa dependência, 92 + 1 bpm para o grupo média dependência e 100 + 1 bpm para o

grupo alta dependência. Esses valores encontrados são semelhantes a alguns estudos

encontrados na literatura com tabagistas. (PAGANI et al., 1995) encontrou que

tabagistas apresentam FC maior (79 + 3 bpm) quando comparado a um grupo não

tabagistas (66 + 2 bpm). (MINAMI et al., 1995) também verificou que os valores de FC

se distinguem entre grupo fumante e não fumantes. Nesse estudo foi encontrado para

grupo tabagistas 90 + 1 bpm e para o grupo não tabagistas 81 + 1 bpm. BENOWITZ et

al. (2002) avaliando a FC em indivíduos que fazem o uso de tabaco os valores

encontrados foram 65 + 6 bpm para não tabagistas e 72 + 10 bpm para grupo tabagistas.

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Ao final do teste de esforço foi verificada uma maior FC em todos os grupos quando

comparado ao repouso. Neste momento não houve diferença entre os grupos.

Na recuperação do teste de esforço foi observado que a FC do grupo controle

retornou aos valores de repouso nos primeiros cinco minutos. No grupo BD a FC

permaneceu elevada em relação ao controle até o quinto minuto da recuperação. Neste

momento a FC do grupo BD foi diferente do grupo controle. Embora a FC tenha

voltado ao valor de repouso após cinco minutos, foi observado que ela permaneceu

elevada em relação ao grupo controle até o décimo minuto. Em relação ao grupo MD foi

observado que a FC somente retornou a valores de repouso após o décimo minuto de

recuperação do teste. Em comparação ao grupo controle e ao grupo BD a FC

permaneceu aumentada até o vigésimo minuto. No grupo AD a FC retornou aos valores

de repouso somente após o vigésimo quinto minuto da recuperação do teste. Embora a

FC tenha retornado ao valor de repouso após vinte e cinco minutos, foi verificado que

ela permaneceu elevada em relação ao grupo controle até o trigésimo minuto. Em

relação aos grupos BD e MD, a FC permaneceu elevada até o vigésimo quinto minuto

após o término do teste de esforço.

Ao final do teste de estresse mental foi verificada maior FC em todos os grupos

quando comparado ao repouso. Neste momento o grupo MD apresentou FC maior

quando comparada ao grupo controle e ao grupo BD. Durante este momento o grupo

AD apresentou maior FC quando comparada ao repouso, ao grupo controle e ao grupo

BD.

Na recuperação foi observado que a FC do grupo controle retornou aos valores

de repouso nos primeiros três minutos. No grupo BD a FC permaneceu elevada em

relação ao controle até o terceiro minuto da recuperação. Em relação ao grupo MD foi

observado que a FC somente retornou a valores de repouso após o terceiro minuto de

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recuperação do teste. Em comparação ao grupo controle a FC permaneceu elevada até o

terceiro minuto de recuperação.

No grupo AD a FC retornou aos valores de repouso somente após o quarto

minuto da recuperação do teste. Embora a FC tenha retornado ao valor de repouso após

cinco minutos, foi verificado que ela permaneceu elevada em relação ao grupo controle

até o quinto minuto.

Segundo, COLE (1999) após o termino teste de esforço a frequência cardíaca

deverá diminuir no primeiro minuto pós-teste, cerca de 12 ou mais batimentos no

primeiro minuto de recuperação, que pode ser decorrente da diminuição da atividade

vagal. A demora na recuperação da freqüência cardíaca pode estar associada a doenças

freqüência cardíaca após o exercício submáximo foi um poderoso preditor de

mortalidade em uma população de adultos sem evidencia clinica de doença

cardiovascular. Entende-se que uma recuperação anormal da frequência cardíaca é

responsável por cerca de 15% de mortes por doença cardiovascular (COLE, 2000;

COLE, 1999).

No presente estudo foram encontrados valores de PAS de 118 + 2 mmHg para

grupo controle, 124 + 2 mmHg para grupo baixa dependência, 133 + 2 mmHg para

grupo média dependência e 129 + 1 mmHg e não foram encontradas diferenças

significativas entre os grupos estudados. Após o teste de estresse mental todos os grupos

apresentaram valor mais elevado de PAS. Após o teste de esforço somente os grupos

MD e AD apresentaram valores aumentados de PAS. Estes valores permaneceram

elevados até o trigésimo minuto da recuperação do teste de esforço. O estudo de

LUCINI et al. (1996) não verificou diferenças entre grupo tabagistas e não tabagistas

em relação a pressão arterial sistólica em repouso. Já outro estudo, o de OLIVEIRA et

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al. (2007), verificou que indivíduos fumantes apresentam maior PAS quando

comparados a indivíduos que não fumam. Em seu estudo os autores encontraram

valores de 150 mmHg para fumantes enquanto para não tabagistas o valor encontrado

foi de 120 mmHg. Embora não tenham existido diferenças no valor de PAS no presente

estudo, os valores encontrados nos grupos de média e baixa dependência estão mais

próximos da classificação de hipertensão, sugerindo maior risco a este grupo de

indivíduos, uma vez que valores de PAS acima de 140 mmHg, está associada à maior

risco de acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e diversas doenças que

causam mortes precoces (HARSHA et al., 2008). No período de recuperação, maior

valor de PAS aponta probabilidade 5 vezes maior de um indivíduo de se tornar

hipertenso no futuro. Essa demora na recuperação dos valores de PAS pode sugerir

disfunção contrátil do miocárdio (NEGRÃO, 2006).

No período de repouso não foram encontradas diferenças significativas nos

valores de pressão arterial diastólica tanto no teste de estresse mental como no de

esforço. Esses achados podem estar relacionados com o período de repouso, pois os

sujeitos da pesquisa antes de realizar os teste de esforço e mental, permaneceram em

repouso o que ajuda a estabilizar os valores de pressão arterial. Em relação a pressão

arterial diastólica, após o teste de esforço todos os grupos apresentaram aumento

significativo imediatamente após o teste de esforço. No grupo alta dependência, a PAD

retornou aos valores repouso após o décimo minuto de recuperação. Segundo HARSHA

et al. (2008) valores de PAD acima de 88 mmHg já podem ser considerados maléficos a

saúde do indíviduo que já necessita de uma mudança no estilo de vida. No teste de

estresse mental, os grupos não apresentaram dificuldade na recuperação aos valores de

repouso exceto o grupo controle que apresentou diferença significativa até o quinto

minuto recuperação 82 + 1, porém estes valores estão abaixo dos valores que geram

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problemas ao organismo. O estudo de LUCINI (1996) não verificou diferença entre os

valores de pressão arterial diastólica quando comparados grupo tabagista com não

tabagistas, sendo 72 + 2 bpm para o grupo tabagista e 73 + 2 bpm para o grupo não

tabagista. Em estudo realizado por LAVIE et al. (2010) não foram encontradas

alterações na pressão arterial diastólica em repouso tanto para os grupo tabagistas

quanto para os não fumantes.

8.2.

A análise da variabilidade da FC, através dos índices VAR RR e SDNN,

apontam semelhança entre os grupos analisados no período de repouso. Ao final do

teste de estresse mental e do teste de esforço a variabilidade da FC diminuiu em todos

os grupos. No período de recuperação após o teste de estresse mental os sujeitos não

apresentaram diferenças entre grupos e também em relação ao repouso. Porém, no

período de recuperação do teste de esforço o grupo de média e o de alta dependência

apresentaram diferenças em relação ao repouso. A recuperação total da variabilidade da

FC (observada pelo índice VAR RR) do grupo média dependência ocorreu somente

após o quinto minuto. Já no grupo alta dependência o índice VAR RR permaneceu

reduzido durante todo o momento de recuperação, não retornando aos valores de

repouso.

A diminuição da variabilidade da FC está associada com risco aumentado de

mortalidade e exposição a arritmias fatais (TSUJI et al., 1994). LEVIN et al. (1992),

demonstrou que o fumo promove diminuição da variabilidade da FC. Segundo,

NIEDERMAIER et al. (1993) o fumo de um cigarro pode promover efeito instantâneo

sobre os parâmetros de variabilidade da FC, tanto no domínio do tempo como da

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freqüência. HAYANO et al. (1990) observou que o tabagismo agudo promove

alterações sobre os valores de variabilidade da FC em especial nos primeiros cinco a dez

minutos após o consumo de um cigarro. O estudo de KUPARI et al. (1993) demonstrou

que o grupo com maior dependência de tabaco apresentou menor valor de variabilidade

da FC, quando comparado ao grupo não fumante, ou grupo que consumiu pequena

quantidade de cigarros ao dia. Um estudo mais recente monitorou a variabilidade da FC

após o consumo de cigarros (KARAKAYA et al., 2007). Nesse estudo foi demonstrado

que o grupo que mais consumiu cigarros apresentou menor valor de variabilidade FC,

SDNN e RMSSD. Foi verificado também que os valores de SDNN permaneceram

diminuídos até o período de 30 minutos após o consumo de cigarro.

O estudo realizado por PALMEIRA (2007) verificando a variabilidade da FC na

recuperação de uma sessão de exercício físico demonstrou que a variabilidade da FC

apresenta-se reduzida após um esforço físico. Porém, segundo esse estudo, os

indivíduos que apresentaram melhor capacidade aeróbia apresentaram melhor

recuperação da variabilidade da FC. A diminuição das taxas de variabilidade da

freqüência cardíaca e demora de recuperação desta variável após um estímulo está

associado com maior taxa de mortalidade e o acometimento por eventos cardíacos

(TSUJI, et al., 1994). COLE et al. (1999), demonstraram que após uma sessão de

exercícios, aqueles pacientes que não possuíam uma recuperação adequada, tinham o

risco aumentado de morte 4 vezes maior do que aqueles que possuíam uma melhor

recuperação. Dificuldades na recuperação da freqüência cardíaca estão relacionadas

com o nível de mortalidade que é uma resposta das propriedades antiarritimicas do

sistema nervoso parassimpático (FROLKIS et al., 2003). Esses resultados sugerem que

o tabagismo altera a regulação autonômica cardiovascular, o que pode predispor os

sujeitos para complicações cardiovasculares.

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Os resultados da análise dos indicadores de modulação vagal (RMSSD e HF)

tanto no teste de estresse mental como no teste de esforço, apontam semelhança entre os

grupos analisados no período de repouso. Nenhuma alteração foi verificada na

recuperação do teste de estresse mental. No entanto, foi verificado que tais indicadores

permaneceram reduzidos no grupo AD ao final do esforço e durante a recuperação do

teste, sugerindo menor modulação vagal nestes momentos. Tal resposta pode estar

relacionado a maior magnitude do estímulo quando comparado ao teste de estresse

mental. HAYANO et al. (1990) analisando a variabilidade da FC no domínio da

freqüência em indivíduos menores de 30 anos, observaram diminuição na potência do

HF logo após três minutos do consumo de cigarro.

Sabe-se que durante os primeiros 30 segundos de recuperação após o exercício, a

freqüência cardíaca diminui rapidamente, principalmente pela reativação parassimpática

(IMAI, et al., 1994). Segundo LAUER, (2009) possuir maior frequência cardíaca após

algum estímulo seja ele mental ou físico está associado a um maior índice de

mortalidade. Em análise recente de hipertensos após a realização de ensaios foi

observada uma forte associação entre mortalidade e o aumento da freqüência cardíaca.

O estudo de MIRANDA, (2009) demonstrou que adolescentes com sobrepeso

apresentaram, no período de recuperação de uma sessão de exercício, menor modulação

vagal. Segundo PALMEIRA, (2007), esta resposta pode estar relacionada com a FC de

repouso, tendo em vista que em seu estudo os indivíduos atletas que apresentam maior

modulação vagal na recuperação de uma sessão de exercício foram os que apresentam

menores níveis de FC de repouso (PALMEIRA, 2007).

Indivíduos que apresentam a diminuição do tônus parassimpático ou aumento da

atividade simpática estão associados ao desenvolvimento de obesidade, resistência à

insulina, diabetes, hipertensão, hipercolesteremia, depressão, ansiedade, insuficiência

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cardíaca e doença vascular periférica (CURTIS et al., 2002). É desejável que após um

estímulo, seja ele físico ou mental o balanço autonômico seja restabelecido com

predominância da atividade vagal, possuindo assim uma grande capacidade de variar

sua freqüência cardíaca. Sendo assim o aumento desta capacidade de variar a frequência

cardíaca representa um importante papel fisiológico na vida diária, tanto em situações

simples como a mudança postural, mas principalmente como situações de esforço físico

mais intenso (KAWAGUCHI et al., 2007). A diminuição da atividade vagal e o

aumento do tônus simpático após testes de autonômicos não invasivos foram suficientes

para demonstrar uma diminuição na variabilidade da freqüência cardíaca que está

associada a morbidade e mortalidade cardiovascular implicando na presença de

disfunção fisiológica do indíviduo (NEGRÃO 2006)

A análise da modulação simpática (através do índice LF) demonstrou que os

grupos não apresentaram diferenças significativas no repouso ou nas diferentes fases do

teste de estresse mental. No entanto, foi verificado que o LF aumentou no final do teste

de esforço e permaneceu aumentado durante toda a recuperação deste teste no grupo

AD, sugerindo maior modulação simpática. O trabalho de HAYANO et al. (1990)

demonstrou que após três minutos do consumo de cigarros ocorre um aumento na

potencia LF, que permanece aumentado até dezessete minutos após o ato de fumar. O

estudo de STEFANADIS et al. (1997) observou aumento da freqüência cardíaca e da

pressão arterial durante os cinco minutos depois de fumar. Também demonstraram que

ocorre um aumento na liberação e circulação de catecolaminas, que aumentam e tem seu

pico máximo após dez minutos do consumo de cigarros, permanecendo a níveis acima

dos basais após trinta minutos de terem consumido cigarros. O estudo de PALMEIRA,

(2007) observou diminuição nas bandas de LF na recuperação do exercício, porém

indivíduos com menor FC de repouso e menos condicionados fisicamente apresentaram

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maior modulação simpática durante o período de recuperação. Atletas quando

submetidos a uma sessão de exercícios apresentaram na recuperação, diminuição dos

valores de FC e PA que estão relacionados com a redução de atividade simpática e

aumento da modulação vagal, pois ao final do exercício inicia-se um processo de

reorganização orgânica para retornar a homeostase de repouso do sujeito. Este processo

é desencadeado por ações de modulação simpato-vagal sobre o sistema cardiovascular

(PALMEIRA, 2007). O estudo de MIRANDA, (2009) verificou que indivíduos obesos

apresentaram valores de modulação simpática (LF) exacerbada quando comparadas aos

valores obtidos no grupo controle no período de recuperação de uma sessão de exercício

resistido, sugerindo assim que o sobrepeso promove modulação simpática aumentada e

prejudica a recuperação da FC e da PA pós esforço físico.

O consumo de substâncias presentes no cigarro, principalmente a nicotina que é

responsável pelo vício, determina o aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca

e do duplo produto. Estudos demonstram que consumir tabaco eleva agudamente essas

variáveis, que tem relação direta com a ativação do sistema nervoso simpático, com

liberação de adrenalina e noradrenalina, que estão intimamente ligadas a alterações do

controle autonômico.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente trabalho foi verificado que tabagismo promove alteração

hemodinâmica e no controle autonômico cardíaco. Tais alterações foram evidenciadas

principalmente no grupo que possuí alta dependência ao tabaco. As evidências foram

mais pronunciadas na recuperação do teste de esforço físico. Os indivíduos do grupo de

alta dependência apresentaram recuperação mais lenta da pressão arterial, da frequência

cardíaca e da modulação parassimpática sobre o coração. Além disso, foi verificada

maior ativação do sistema simpático ao teste de esforço e na recuperação do teste. Tais

dados sugerem que o tabagismo promove disfunção autonômica, sendo um fator de

risco para o aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular, principalmente

durante ou após a realização de um esforço físico.

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Anexo 1

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICAPROJETO: RESPOSTAS AGUDAS AUTÔNOMICAS AO EXERCÍCIO FÍSICO E

AO ESTRESSE MENTAL EM TABAGISTASORIENTADOR: PROF. Dr. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI

MESTRANDO: JEFFERSON AGUILERA PADILHA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO1. O título da pesquisa: “Respostas agudas autonômicas ao exercício físico e ao estresse

mental em tabagistas”.

2. Eu fui informado que o propósito da pesquisa é investigar os efeitos do consumo de

tabaco, sobre a função autonômica do coração, embasada em parâmetros, fisiológicos e

de estresse, que possa permitir um melhor planejamento de utilização do exercício como

prejudicadas devido ao ato de fumar. A amostra será constituída de 60 adultos jovens do

sexo masculino.

3. A participação do individuo envolverá coleta de dados no Laboratório do Movimento

Humano da Universidade São Judas Tadeu:

a) avaliação inicial para triagem: questionário de fargestrom, ananmenese (peso, altura),

) preenchimento do questionário internacional de atividade física (IPAC).

b) avaliação da composição corporal (bioimpedância);

c) avaliação hemodinâmica (pressão arterial sistólica /diastólica e freqüência cardíaca);

d) teste ergoespirométrico submáximo para determinação da capacidade aeróbia.

e) coleta de sangue da ponta do dedo para teste de lactato, glicemia, colesterol total e

triglicérides;

f) submeter-se à coletas do consumo de oxigênio em repouso, durante o exercício e após

o exercício;

4. Eu compreendo que existem riscos ou desconfortos previstos se concordar em

participar do estudo. Os possíveis riscos são: sentir-se mal e possível mal súbito. Os

possíveis desconfortos incluem:sentir-se incômodo com os equipamentos, com as

perguntas e com o local da avaliação.

5. Eu fui avisado que será utilizado na coleta sangüínea materiais perfuro-cortantes

(agulhas e lancetas) estéreis e descartáveis;

6. Não existem procedimentos alternativos para este estudo.

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7. Eu compreendo que o possível benefício da minha participação na pesquisa é

determinar como o exercício pode ser utilizado como estratégia para minimizar os

efeitos do ato de fumar sobre a função autonômica do coração, podendo contribuir,

dessa forma, para a produção de conhecimento específico que possa oferecer melhores

resultados no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares.

8. Compreendo que os resultados da pesquisa podem ser publicados, mas que o meu

nome ou minha identidade (protegido) não serão revelados. Para manter a

confidencialidade dos meus registros (protegido) o pesquisador

______________________________ utilizará códigos para os sujeitos para que as

informações pessoais dos voluntários sejam confidenciais.

9. Fui avisado de que a pesquisa que irei participar não envolve mais do que um risco

mínimo.

10. Fui informado de que poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade São Judas Tadeu para apresentar recursos ou reclamações em relação à

pesquisa através do telefone (11) 6099-1665.

11. Fui informado de que quaisquer dúvidas que tiver em relação à pesquisa ou à minha

participação (protegido), antes ou depois do meu consentimento, serão respondidas por

__________________________, Rua Taquari, 546 Mooca, São Paulo, CEP:03166-000,

Fone: 6099-1692 sob a orientação do Professor

__________________________________.

12. Eu li a informação acima. Recebi explicações sobre a natureza, demanda, riscos e

benefícios do projeto. Assumo conscientemente os riscos envolvidos e compreendo que

posso retirar meu consentimento e interromper minha participação a qualquer momento.

Uma cópia deste formulário de consentimento me será dada.

13. Com base na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e do Regimento

Interno da Universidade São Judas, solicitamos que seja assinada, de forma totalmente

voluntária, a autorização para a coleta dos dados acima descritos.

São Paulo, ______ de ____________________de200___

Eu____________________________________________________________________

_,RG_______________________, com base na resolução 196/96 do Conselho

Nacional de Saúde, declaro que tomei ciência dos procedimentos da coleta de

dados do projeto intitulado RESPOSTAS AGUDAS AUTONOMICAS AO

EXERCÍCIO FÍSICO E AO ESTRESSE MENTAL EM TABAGISTAS.

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O trabalho é desenvolvido sob responsabilidade do Professor

_______________________________ sob a orientação da Professor Doutor

______________________________. Concordo com a realização da pesquisa e

autorizo a utilização dos dados coletados para publicação de trabalhos, unicamente para

fins de pesquisa científica, guardando o anonimato dos participantes da pesquisa.

14. Certifico que recebi explicação sobre a natureza e o propósito, os benefícios

potenciais e possíveis riscos associados com a minha participação (protegido) no atual

estudo de pesquisa e foram respondidas todas as minhas questões.

15. Este termo de consentimento é feito em duas vias que uma permanecerá em meu

poder e a outra com o pesquisador responsável.

São Paulo, ______de ______________de 200___

______________________________________________________________________

_____

Nome e Assinatura

Nome e assinatura do pesquisador responsável pelo estudo

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Anexo 2

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICAPROJETO: RESPOSTAS AGUDAS AUTÔNOMICAS AO EXERCÍCIO FÍSICO E

AO ESTRESSE MENTAL EM TABAGISTASORIENTADOR: PROF. Dr. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI

MESTRANDO: JEFFERSON AGUILERA PADILHA

SUJEITO Nº

ANAMNESE

Dados Pessoais Data:___/___/____

Horário:____:____

Nome:_______________________________________________________________________

Data de Nasc.:_____/_____/_____ Idade:_____

Telefone:_____________________Cel:__________________

Endereço:____________________________________________________________________

Bairro:___________________CEP:_____________e-mail:____________________________

Escolaridade

Série: ____________ Período que estuda: ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite

Atividade Física

Pratica alguma atividade física ? ( ) não ( ) sim

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

Atividade ?_____________________________tempo:________vezes por semana______

-game + leitura + fazer lição de casa (sentado) + ficar sentado em

frente ao computador + aula (escola: sentado)

Quantas horas por dia ____________________________

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Questões Gerais

1) É fumante? ( ) não ( ) sim Há quanto tempo?_______Quantos cigarros por dia?______

2) Consome bebida alcoólica? ( ) não ( ) sim Há quanto tempo? ___________ Quantas

vezes por semana?__________________

3) Faz uso de algum tipo de suplemento? ( ) não ( ) sim

Qual?______________________Freqüência:____________________Dose:_______________

4) Possui algumas das seguintes doenças:

Diabetes: ( ) sim ( ) não

Hipertensão arterial sistêmica: ( ) sim ( ) não

Dislipidemias: ( ) sim ( ) não

Doenças coronarianas: ( ) sim ( ) não

Anemia: ( ) sim ( ) não

Hipotireoidismo: ( ) sim ( ) não

Hipertitoidismo: ( ) sim ( ) não

5) Faz uso de algum medicamento? ( ) sim ( ) não

Qual? _______________________________Para quê?______________________________

Dosagem:____________________________________

6) Seu médico já lhe disse que você tem uma condição cardíaca e que somente deve realizar a

atividade física recomendada por um médico ? ( ) sim ( ) não

7) Você sente dor no peito ou cansaço em excesso quando sobe escadas, corre ou realiza uma

atividade física ? ( ) sim ( ) não

8) Você perde equilíbrio em virtude de uma tontura ou já desmaiou ? ( ) sim ( ) não

9) Você possui alguma dor articular, óssea ou muscular que possa ser agravada por uma

mudança em sua atividade física ? ( ) sim ( ) não

10) Você conhece alguma outra razão para não realizar atividade física ?

( ) sim, Qual razão: ___________________________ ( ) não

11) Você fica gripado/resfriado com freqüência ? ( ) não ( ) sim Qual freqüência?

________________________________________________________________________

12) Há quanto tempo tem seu peso atual? _________________________________________

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Dados da Famíla

Assinale com um X caso alguém da família (pais, avós ou irmãos) apresentem uma das

características abaixo e mencione o grau de parentesco.

( ) Hipertensão arterial sistêmica:__________________________________________

( ) Diabete:____________________________________________________________

( ) Osteoporose:________________________________________________________

( ) Dislipidemias:_______________________________________________________

( ) Doenças coronarianas:_________________________________________________

( ) Sobrepeso:___________________________________________________________

( ) Obesidade:__________________________________________________________

( ) Hipotireoidismo:______________________________________________________

( ) Hipertireoidismo:______________________________________________________

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Anexo 3

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICAPROJETO: RESPOSTAS AGUDAS AUTÔNOMICAS AO EXERCÍCIO FÍSICO E

AO ESTRESSE MENTAL EM TABAGISTASORIENTADOR: PROF. Dr. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI

MESTRANDO: JEFFERSON AGUILERA PADILHA

TESTE DE FAGERSTROM1- Quantos cigarros você fuma por dia atualmente?

a) até 10 (0 pontos)b) de 11 a 20 (1 ponto)c) de 21 a 30 (2 pontos)d) mais de 30 (3 pontos)e)

2- Quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?a) dentro de 5 minutos (3 pontos)b) entre 6 e 30 minutos (2pontos)c) entre 31 e 60 minutos (1 ponto)d) após 60 minutos ( 0 ponto)

3- Você acha difícil não fumar em lugares proibidos, como igrejas, bibliotecas,cinemas, ônibus, etc.?a) Sim (1 ponto)b) Não (0 ponto)

4- Qual o cigarro do dia traz mais satisfação?a) O primeiro da manhã (1 ponto)b) Outros (0 ponto)

5- Você fuma mais freqüentemente pela manhã?a) Sim (1 ponto)b) Não (0 ponto)

6- Você fuma mesmo doente, quando precisa ficar de cama a maior parte dotempo?a) Sim (1 ponto)b) Não (0 ponto)

Níveis de Dependência0 – 2 pontos= Muito baixo 6 – 7 pontos = Elevado3 – 4 = Baixo 8 – 10 pontos = Muito Elevado5 = Médio

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Anexo 4

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICAPROJETO: RESPOSTAS AGUDAS AUTÔNOMICAS AO EXERCÍCIO FÍSICO E

AO ESTRESSE MENTAL EM TABAGISTASORIENTADOR: PROF. Dr. ROGÉRIO BRANDÃO WICHI

MESTRANDO: JEFFERSON AGUILERA PADILHASUJEITO Nº

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA –VERSÃO CURTA - IPAC

Nome:_______________________________________________________

Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )

Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem comoparte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feitoem diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tãoativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadasao tempo que você gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntasincluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer,por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suasrespostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão mesmo queconsidere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação !

Para responder as questões lembre que:atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físicoe que fazem respirar MUITO mais forte que o normal.atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico eque fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal.

Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelomenos 10 minutos contínuos de cada vez.

1a CAMINHOU por pelo menos 10 minutoscontínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar paraoutro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempono total você gastou caminhando por dia?

horas: ______ Minutos: _____

2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS porpelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar,

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dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazerserviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar dojardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração oubatimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA)

dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutoscontínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?

horas: ______ Minutos: _____

3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelomenos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogarfutebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesadosem casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualqueratividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração.

dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutoscontínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?

horas: ______ Minutos: _____

Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, notrabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o temposentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando umamigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentandodurante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.

4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?

______horas ____minutos

4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?

______horas ____minutos

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