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PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS Eixo Políticas e Fundamentos aberta.senad.gov.br

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PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE

INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA

PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

Eixo Políticas e Fundamentos

aberta.senad.gov.br

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APRESENTAÇÃO

Neste módulo, o foco de nossa discussão recai sobre os conceitos de territorialidade, intersetorialidade, educação integral e saúde integral,

e em sua relevância para a compreensão das políticas públicas dirigidas à educação e à saúde. Além disso, problematizamos a necessidade

de reconhecer a escola como um espaço de convergência das políticas públicas integradas de educação e saúde e discorremos sobre a

valorização da abertura da escola para a comunidade na construção de parcerias e na mobilização de redes sociais para um trabalho

comunitário institucional.

Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-

CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Podem estar disponíveis autorizações adicionais às concedidas no âmbito desta licença em

http://aberta.senad.gov.br/.

AUTORIA

Carlos Artexes Simões

http://lattes.cnpq.br/4784614366575480

Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em Didática

Aplicada à Educação Tecnológica, mestre e doutor em Educação pela Universidade Federal Fluminense

(UFF). Foi coordenador-geral do Ensino Médio do Ministério da Educação (MEC) (2007-2008) e diretor de

Concepções e Orientações Curriculares da Educação Básica do MEC (2008-2011). Atualmente é

colaborador do portal Em Diálogo do Programa de Pós-Graduação de Educação da UFF. 

Jaqueline Moll

 http://lattes.cnpq.br/5636898381563825

Graduada em Pedagogia, especialista em Alfabetização e em Educação Popular, mestre e doutora em

Educação. Atualmente é membro do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul e professora

associada da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências:

bioquímica da vida e saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Seu campo de trabalho e

pesquisa educacional tem ênfase na área de políticas públicas e práticas pedagógicas. 

Maria de Fátima Simas Malheiro

 http://lattes.cnpq.br/0723795458707420

Especialista em Educação Infantil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em

Psicopedagogia Clínica pela Escuela Psicopedagogica de Buenos Aires e em Terapia Familiar pelo

Instituto de Terapia da Família. Atualmente é técnica da área pedagógica do Ministério da Educação.

Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em medicina preventiva.  

Marta Azevedo Klumb Oliveira

http://lattes.cnpq.br/1260727935079600

Graduada e mestre em Psicologia. Especialista em Gestalt-Terapia, em Processos Socioeducativos com

Crianças e Adolescentes, em Educação de Jovens e Adultos e em Educação a Distância. Membro do

Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, na condição de conselheira suplente, representando o

Ministério da Educação. É representante do Ministério da Educação no Grupo Sul-americano de

Trabalho de Prevenção ao Uso e Redução da Demanda de Drogas e sócia-fundadora da Sociedade

Nacional de Tanatologia – SONATA.  

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

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PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

SITUAÇÃO PROBLEMATIZADORA

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 SITUAÇÃO PROBLEMATIZADORA

Quando lidamos com situações complexas na escola, como a suspeita do uso de drogas, é comum tentarmos encontrar culpados, evitar

falar sobre o assunto ou  buscar alguma solução para o problema de forma isolada. Assim, pensando na escola como um ponto de

encontro de vários contextos e serviços e no seu potencial de ação, convidamos você a assistir ao trecho do vídeo Bola na rede, produzido

pela Universidade de Brasília (UNB) para o Curso de Prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas, e a refletir sobre as

questões que seguem.

 https://www.youtube.com/watch?v=epOPaEHqej0

Que ações – mais especificamente em relação ao aluno Cleiton – o professor Jairo e a funcionária Bete poderiam propor para a diminuição

dos fatores de vulnerabilidade e o aumento dos fatores de proteção no contexto escolar de Cleiton?

Com a leitura deste módulo, poderemos pensar mais sobre o papel da escola na prevenção do uso de drogas.

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

 

POLÍTICA PÚBLICA INTERSETORIAL VOLTADA À EDUCAÇÃO E À SAÚDE: TECENDO CONCEITOS

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Para que possamos refletir sobre a questão da prevenção do uso de drogas no âmbito dos programas de promoção de saúde integrados à

Política Nacional de Educação, é preciso destacar quais conceitos sustentam os debates sobre as políticas públicas atuais e estão na

interface de programas e projetos de promoção da saúde integrados à Política Nacional de Educação Integral. Destacam-se, por suas

propriedades convergentes, os programas: Saúde na Escola, Saúde e Prevenção nas Escolas e Mais Educação.

Diversos conceitos são criados no âmbito das políticas públicas contemporâneas voltadas à educação e à saúde do estudante, pautadas

pela construção da autonomia, pela inclusão e pelo respeito à diversidade. São eles: territorialidade, intersetorialidade, educação integral e

saúde integral. 

 

 

Para Pensar...

Antes de conhecer melhor cada um desses conceitos, pense no significado que você atribui a cada um deles e em que medida

você os vivencia no seu cotidiano.

 

Territorialidade

 

Intersetorialidade

 

Educação integral

  

Saúde integral

 

TERRITORIALIDADE: O SENTIDO DE PERTENCIMENTO

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Figura 1: Crianças brincando na pracinha da comunidade, com a escola e o posto de saúde ao fundo, representando o território escolar como algo pertencente a uma comunidade

e integrado a ela. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Na medida em que a educação começa a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país, a escola se apresenta

como o locus para a construção de condições que garantam espaços de aprendizagens democráticas, populares, inclusivas e plurais.

Glossário

Locus é uma palavra do latim, que significa lugar, posição ou local. Esse termo pode ser usado em diversos sentidos e para várias

áreas, como a psicologia, a genética, a matemática, a fonética etc.

 

As políticas públicas voltadas para a educação e a saúde convergem para o território da escola, visando contribuir para a qualidade

de vida do escolar e de seu entorno. Essa composição social se define a partir do tecido cultural no qual a escola está inserida.

Little (2002, p.3) define território como “o esforço coletivo de um grupo social para ocupar, usar, controlar e se identificar com uma parcela

específica de seu ambiente biofísico, convertendo-a assim em seu território”. Por meio desse conceito, é possível compreender o sentido de

pertencer a um lugar, responsabilizar-se por ele e construí-lo coletivamente. 

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Saiba Mais

Um exemplo de território de responsabilidade são as cidades educadoras onde todos são responsáveis por todos. Entre no site

Observatório da Cidade Educadora (http://www.fpce.up.pt/ciie/OCE/) e conheça mais a respeito.

Atualmente, a humanidade não vive somente uma etapa de mudanças, mas um a verdadeira mudança de

etapa. As pessoas devem formar-se para uma adaptação crítica e uma participação ativa face aos desafios e

possibilidades que se abrem graças à globalização dos processos econômicos e sociais, a fim de poderem

intervir, a partir do mundo local, na complexidade mundial, mantendo a sua autonomia em face de uma

informação transbordante e controlada por certos centros de poder econômico e político. [...].

 

INTERSETORIALIDADE: O SENTIDO DA CORRESPONSABILIDADE

Figura 2: Ilustração de uma ação intersetorial em que um bombeiro fala sobre primeiros socorros para uma turma e seu professor. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

O conceito de intersetorialidade surge como uma estratégia possível para integrar políticas públicas e responder efetivamente aos

problemas e às vulnerabilidades de um determinado território.

 

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A intersetorialidade é a “articulação de saberes e experiências no planejamento, realização e avaliação de ações para alcançar

efeito convergente em situações complexas visando ao desenvolvimento, superando a exclusão social”.

Esse modo de ver o fenômeno na sua totalidade, embora exigente, pois lida diretamente com a soma de potencialidades e não com a

divisão, revela-se como estratégia social de superação de problemas complexos, cuja resolução depende da conjunção de esforços de

diversos atores sociais e do compartilhamento de suas competências.

Trata-se, em seu sentido mais rico, de um “atrevimento” de romper com posturas reducionistas na resolução de situações complexas e com

a presunção de achar que um setor sozinho dá conta de questões tão multicausais como as que se apresentam na atualidade: violência,

desigualdade social, desemprego e outras. Essa soma de esforços estrutura-se no paradigma dos Direitos Humanos ,  é nessa estrutura

que as alianças em prol da qualidade de vida do escolar se realizam.

Assim, o território escolar, espaço coletivo da diferença, tem o papel fundamental de auxiliar o estudante a aprender a ser cidadão, a ter

consciência de seus direitos e ser capaz de lidar com o direito dos outros. Esse desafio não é maior e nem menor que o desafio da

humanidade.

Glossário

Direitos humanos são os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos. Seu conceito também está ligado à ideia de

liberdade de pensamento e de expressão e à igualdade perante a lei. A ONU proclamou a Declaração Universal dos Direitos

Humanos, que é respeitada mundialmente.

 

 

Para Pensar...

Ao olhar para o território vivo e sua dinâmica é possível identificar ações necessárias e contributivas para cada um que deseje

colaborar, conforme demonstrado nesse trecho do vídeo Bola na rede.

 

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https://youtu.be/mygenUBJRiw

Neste trecho do vídeo, o professor Jairo e a funcionária Bete conversam com o diretor do colégio sobre o aluno Cleiton. Procure

refletir, a partir da cena retratada, os conceitos de intersetorialidade e corresponsabilidade. Pense se no seu ambiente de

trabalho existe a articulação entre saberes e práticas. Como você colabora para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que

vivem no território da sua escola?

 

EDUCAÇÃO INTEGRAL: RECONSTRUINDO O SUJEITO NA SUA

COMPLETUDE

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Figura 3: Alunos aprendendo sobre alimentos e meio ambiente na horta da escola. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Quando pensamos em educação integral, pensamos na real necessidade de associarmos o termo integral ao conceito  educação. Se

buscarmos o sinônimo desse termo,  encontraremos as palavras: completo, inteiro, pleno, dentre outros. Nesse sentido, de modo contrário,

podemos dizer que uma educação não integral cuidaria do sujeito apenas pela metade, em parte, de um modo fragmentado.

No processo democrático, os direitos humanos e sociais encontram no direito à educação pública, universal e de qualidade sua base

edificadora. Esse diálogo aproxima a educação das questões sociopolíticas e faz com que a escola se corresponsabilize também pelo

desenvolvimento humano integral como forma de garantir a aprendizagem. Para tanto, é preciso ampliar o tempo de permanência do

estudante na escola uma vez que, via de regra, os adultos responsáveis pela educação da criança e do adolescente, inseridos no mercado

de trabalho, ausentam-se de casa por oito horas durante os dias úteis.

Historicamente, no contexto brasileiro, têm sido inúmeras as concepções e práticas de educação integral alicerçadas na ampliação da

jornada escolar, desde o início do século XX, com o propósito de “atualizar” a escola na dinâmica do seu tempo. Assim, cada vez mais,

reivindicamos uma escola que seja a um só tempo educadora e que garanta proteção social aos sujeitos. A educação escolar democrática,

popular, inclusiva e plural inaugura a possibilidade de se construir uma escola mais justa e solidária, compromissada com as várias funções

sociais e as políticas que ela deve assumir junto à sociedade. Nessa linha de pensamento, a educação integral está inscrita no amplo

campo das políticas sociais.

 

A educação integral intensifica os processos de territorialização das políticas sociais, articuladas a partir dos espaços escolares, por

meio do diálogo intragovernamental e com as comunidades locais, para a construção de uma prática pedagógica que afirme a

educação como direito de todos. Você pode aprofundar mais no tema, acessando o Documento de Referência para o Debate

(http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cadfinal_educ_integral.pdf)– MEC.

 

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SAÚDE INTEGRAL: A BUSCA DA AUTONOMIA

Figura 4: Aluno e seus pais conversando com um profissional de saúde e um professor. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

O mesmo movimento que ocorre na educação ocorre também na saúde. O conceito de saúde integral toca a dimensão social e, portanto,

inscreve-se no paradigma da promoção da saúde, de modo que o cuidado não se dá somente a partes do sujeito (modelo biomédico), mas

ao sujeito em sua completude.

Saiba Mais

Acesse o módulo Promoção da saúde no contexto dos problemas relacionados ao uso de drogas

(http://www.aberta.senad.gov.br/modulos/capa/promocao-da-saude-no-contexto-dos-problemas-relacionados-ao-uso-de-

drogas).

 

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não

meramente a ausência de doença.

Discutir a integralidade na saúde significa percebê-la para além da doença em si. Significa reconhecer as suas articulações sociais, seus

determinantes históricos e repensar aspectos importantes da organização do processo de trabalho, gestão e planejamento, construindo

novos saberes e adotando inovações nas práticas em saúde.

Nesse conjunto de desafios, existe um que é ainda maior: o desenvolvimento da autonomia. Destaca-se, aqui, a necessidade de o escolar

passar a fazer escolhas na vida e de se responsabilizar por elas. Nesse sentido,  profissionais da saúde e educação podem auxiliá-lo a fazer

escolhas benéficas, que vão além da oferta de informação e de conhecimento, proporcionando o estabelecimento de relações vinculares

saudáveis entre todos os membros participantes da comunidade escolar.

Sendo assim, a autonomia implica na possibilidade de reconstrução dos sentidos da vida pelos sujeitos e essa ressignificação assume

importância no seu modo de viver.

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

 

 

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL RELACIONADOS A PROMOÇÃO DE SAÚDE

Construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as

desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação (Constituição Federal de 1988, Art. 3).

É importante percebermos que a base que sustenta os programas e os projetos intersetoriais voltados à educação e à saúde, que fazem

parte do Projeto Político Pedagógico da escola, é sistêmica e deve colaborar na redução das desigualdades sociais.

Os programas a seguir fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/livro.pdf)

(PDE), que produz em suas orientações a perspectiva de consolidar uma educação que lance seu olhar para a autonomia e que possibilita

ao estudante desenvolver uma postura crítica e criativa em suas relações com o mundo.

Existem mais de quarenta programas em curso amparados pela concepção do PDE, no entanto, para esse debate selecionamos os de maior

relevância para articulação interdisciplinar entre educação e saúde.

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE) E PROJETO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS (SPE)

Você conhece a trajetória do PSE e do SPE? O Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituído pelo Decreto n. 6286, de 5 de dezembro de

2007, que traz em seu artigo 1º o seguinte texto:

Fica instituído, no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde, o Programa Saúde na Escola (PSE), com finalidade de contribuir para a formação

integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.

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Notadamente, o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) – também instituído entre os Ministérios da Educação e da Saúde e contando

com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do Fundo das Nações Unidas para a

Infância (UNICEF) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) –, desde o ano de 2003, representa um marco na integração saúde-

educação e destaca a escola como o espaço ideal para a articulação das políticas voltadas para adolescentes e jovens.

O PSE e SPE, respeitadas suas lógicas de gestão e estratégias de trabalho, unem-se em prol da melhoria da qualidade de vida do educando.

O SPE passa a integrar o componente II do PSE (promoção da saúde e prevenção de danos) que, conforme veremos, assume, além da pauta

do SPE, outras áreas temáticas indicativas de risco e vulnerabilidades das crianças, adolescentes e jovens.

Vejamos a convergência de seus objetivos:

Tabela 1:  Objetivos em comum entre o Programa Saúde da Escola (PSE) e o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). Fonte: NUTE-UFSC (2016).

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As ações do PSE para aprender mais sobre as ações desenvolvidas pelo PSE dividem-se em cinco componentes: avaliação das condições de

saúde do escolar; promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos à saúde; educação permanente e capacitação dos profissionais e

de jovens; monitoramento e avaliação das condições de saúde dos estudantes; monitoramento e avaliação do Programa Saúde na Escola.

  Avaliação das condições de saúde do escolar

Este componente refere-se aos cuidados promovidos pelas Estratégias de Saúde da Família (ESF) com o estudante, em parceria com

educadores que incluem ações como: avaliação antropométrica, atualização do calendário vacinal, detecção precoce de hipertensão

arterial sistêmica (HAS), detecção precoce de agravos de saúde negligenciados (prevalentes na região: hanseníase, tuberculose,

malária etc.), avaliação oftalmológica, avaliação auditiva, avaliação nutricional, avaliação da saúde bucal e avaliação psicossocial.

É importante lembrar que esse componente, embora de caráter clínico, está amparado pelo paradigma da saúde e da educação

integral, ou seja, incentiva o protagonismo e as ações propositivas das pessoas e a habilidade de atuarem em benefício da

própria qualidade de vida enquanto sujeitos e/ou comunidades ativas.

Acesse o site  Portal da Saúde (http://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php?conteudo=orientacoes_pse) para conhecer mais sobre

as ações desenvolvidas pelo PSE desde as creches e pré-escolas até o Ensino Fundamental e Médio.

  Promoção da saúde e prevenção

Este segundo componente trata de ações educativas para promoção da saúde e prevenção. Inclui temas como: segurança alimentar e

promoção da alimentação saudável, práticas corporais e atividade física nas escolas, promoção da cultura de paz e prevenção das

violências, promoção da saúde ambiental e desenvolvimento sustentável, saúde sexual e saúde reprodutiva, prevenção das DSTs e

AIDS, prevenção da gravidez indesejada na adolescência, redução de preconceitos e estigmas relacionados à raça, etnia e orientação

sexual, promoção da igualdade de gênero e prevenção do uso de álcool, crack, tabaco e outras drogas.

  Educação permanente e capacitação de profissionais da educação e da saúde e de jovens

Este terceiro componente do PSE emprega metodologias de educação presencial e a distância (EaD). Nesse sentido, são priorizadas as

seguintes estratégias:

Realização de educação permanente de jovens para o PSE por meio da metodologia de educação de pares, buscando a

valorização do jovem como protagonista na defesa dos direitos à saúde;

Educação permanente e capacitação de profissionais da educação e da saúde por meio de parcerias com universidades;

Realização de atividades de educação permanente de diversas naturezas, junto a professores(as), merendeiros(as), agentes

comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, enfermeiros(as), médicos(as) e outros profissionais das escolas e equipes de

saúde, em relação aos diversos temas de prevenção e promoção da saúde, objeto das demais atividades propostas pelo PSE.

  Monitoramento e avaliação do Programa Saúde na Escolar

Por fim, tratamos deste quinto componente, que acontece por meio do sistema e-SUS do Ministério da Saúde.

A estratégia e-SUS Atenção Básica (AB) é reestruturar e integrar as informações da Atenção Básica em nível nacional. O objetivo é

reduzir a carga de trabalho na coleta, inserção, gestão e uso da informação na AB, permitindo que a coleta de dados esteja inserida nas

atividades já desenvolvidas pelos profissionais.Por meio do e-SUS AB, a rede de serviço que compõe a Atenção Básica alimentará o

Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab), que substitui o Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab).Para

saber mais sobre o programa e-SUS, acesse o link (http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php).

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PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

 

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: UMA ESTRATÉGIA PARA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL

A Portaria Normativa Interministerial n.º 17 (http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf), de 24 de abril de

2007,  institui o Programa Mais Educação como estratégia para implantar e expandir a educação integral no Brasil. Identificam-se,

claramente, as ações intersetoriais, sobretudo em seu artigo 4º. Veja:

Art. 4° Integram o Programa Mais Educação ações dos seguintes Ministérios: I - Ministério da Educação; II -

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; III - Ministério da Cultura; e IV - Ministério do Esporte.

§ 1° Ações de outros Ministérios ou Secretarias Federais poderão integrar o Programa. § 2º O Programa Mais

Educação poderá contar com a participação de ações promovidas pelos Estados, Distrito Federal, Municípios e

por outras instituições públicas e privadas, desde que as atividades sejam oferecidas gratuitamente a crianças,

adolescentes e jovens e que estejam integradas ao Projeto Político-Pedagógico das redes e escolas

participantes (BRASIL, 2007).

 

Também o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê direitos que passam pela educação integral. De acordo com o Art. 4º,

[...] é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade,

a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à

profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL,

1990).

A ação intersetorial legitimada garante a fertilidade do processo dialógico entre os atores envolvidos, isto é, promove uma comunicação

entre atores sociais que buscam uma compreensão mútua sem imposições recíprocas. Sabemos que a educação integral como

pressuposto teórico não se pretende inédita, mas deseja recapitular e ampliar as experiências exitosas anteriores. No entanto, sua

“novidade” é firmada no âmbito político, na medida em que conta com uma rede de atores sociais interligados entre si e em permanente

expansão.

É importante perceber o processo e identificar os diversos dispositivos legais que impulsionaram o surgimento do Programa como

consequência de uma demanda da sociedade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n.º 9394/1996, por exemplo, nos seus

artigos 34 e 87, prevê o aumento progressivo da jornada escolar para a jornada em tempo integral.

Art. 34 - A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala

de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.

2º parágrafo: O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral a critério dos

sistemas de ensino.

Art. 87 - parágrafo 5º - Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares

públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral (BRASIL, 1996).

Já o Plano Nacional de Educação traz a garantia da educação integral:

Art. 21 - Ampliar progressivamente a jornada escolar visando expandir a escola de tempo integral, que abranja

um período de pelo menos sete horas diárias, com previsão de professores e funcionários em número

suficiente (grifo nosso).

Diversos são, portanto, os dispositivos que trouxeram o Programa Mais Educação para a cena educacional. Passemos, pois, para a

discussão do Programa e de suas especificidades. No Decreto n.º 7.083, de 27 de janeiro de 2010, em seu artigo 1º, assenta-se a

legitimidade do tempo e do espaço no Programa Mais Educação:

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O Programa Mais Educação tem por finalidade contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da

ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública,

mediante oferta de educação básica em tempo integral.

§ 1º Para os fins deste Decreto, considera-se educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração

igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o

aluno permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais.

§ 3º As atividades poderão ser desenvolvidas dentro do espaço escolar, de acordo com a disponibilidade da

escola, ou fora dele sob orientação pedagógica da escola, mediante o uso dos equipamentos públicos e do

estabelecimento de parcerias com órgãos ou instituições locais (BRASIL, 2010).

Eis as ideias que se apresentam e provocam a discussão sobre tempo e espaço na educação integral pública e aproximam a escola do

conceito de proteção social. A ampliação do tempo de permanência do estudante na escola é pensada de modo que as atividades

desenvolvidas sejam plenas de sentido pedagógico para as crianças e adolescentes, visando seu desenvolvimento integral.

Dessa forma, o Programa Mais Educação possui os macrocampos: acompanhamento pedagógico; meio ambiente; esporte e lazer; direitos

humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; educomunicação; investigação no campo das Ciências da

Natureza e Educação Econômica.

Saiba Mais

O Programa Mais Educação passo a passo busca, de forma dialogada, apresentar doze indicações para a promoção da tecnologia

educacional. O objetivo desse material é convidar você a refletir sobre a implementação da educação integral, procurando

desenvolver uma educação que extrapola os muros da escola e vincula o processo de ensino-aprendizagem à vida. Conheça

melhor o Programa  acessando aqui (http://portal.mec.gov.br/programa-mais-educacao).

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Figura 6: Macrocampos do programa Mais Educação. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Na concepção ampla do conceito de saúde, todos os macrocampos contribuem para a qualidade de vida do estudante. As atividades do

macrocampo da promoção da saúde estão na intersecção entre o PSE e o SPE: alimentação saudável/alimentação escolar saudável; saúde

bucal; práticas corporais e educação do movimento; educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das DSTs/AIDS;

prevenção do uso de álcool, tabaco e outras drogas; saúde ambiental; promoção da cultura de paz e prevenção em saúde a partir do

estudo dos principais problemas de saúde da região (dengue, febre amarela, malária, hanseníase, doença falciforme e outras).

 

Dessa forma, é possível conceber que a escola não está sozinha no cuidado de crianças, adolescentes e jovens. Ela pode e deve

contar com a colaboração dos programas e projetos que para ela convergem, tornando-os parte da vida da escola e da escola da

vida. A escola é convidada a partilhar sua “intimidade” com o território e, portanto, com os programas e projetos para, assim,

melhorar a qualidade de vida do território escolar.

As políticas públicas atuais, por meio de seus programas e ações voltados para a interface educação e saúde, identificam a escola como o

principal lugar para onde convergem as ações intersetoriais. Essas políticas visam reduzir os riscos e as vulnerabilidades à saúde e

oportunizar a aprendizagem e o desenvolvimento humano.

Podemos nos perguntar: qual é o papel da escola na prevenção do uso de drogas? Nessa reflexão, é preciso reconhecer seu papel de

proteção social. Assim, é importante ressignificar os tempos e os espaços escolares em uma educação integral de qualidade, protegida pela

dimensão da política intersetorial. Trata-se de diminuir as vulnerabilidades e os riscos a que estão expostas as crianças e os adolescentes

fora da escola.

 

A escola possui uma função social importante e garantidora de interesses sociais mais justos, democráticos e solidários, mas

também pode reproduzir desigualdades e ferir direitos. Portanto, é preciso um despertar da comunidade escolar para a saúde

integral, buscando, de modo incansável, o desenvolvimento da autonomia por meio de escolhas saudáveis.

A promoção da saúde no território escolar engloba a prevenção do uso de drogas e caminha em direção a um bem-estar global, individual e

coletivo. As escolas estão em posição privilegiada para promover e manter a saúde de crianças, adolescentes, educadores, funcionários e

da comunidade do entorno. Essas tarefas podem ser potencializadas por intermédio da convergência de programas e projetos que

envolvam toda a comunidade escolar, sobretudo, os jovens.

A família também constitui uma dimensão importantíssima na rede da escola e dos alunos, na identificação de problemas e na prevenção

do uso de drogas entre adolescentes. Além da busca por soluções conjuntas nos níveis interno e externo, é preciso fazer com que o aluno

participe das decisões que vão transformar a sua realidade sociofamiliar. Os profissionais da escola precisam estar conectados entre si,

com as demais instituições e com as redes sociais afetivas da sua comunidade para poder articular e encaminhar os alunos e as famílias por

outros serviços (como saúde, assistência e lazer) e fortalecer a proteção ao adolescente.

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE INTEGRADOS À POLÍTICA NACIONAL DE

EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS

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Síntese Reflexiva

Neste módulo, estudamos a relevância dos conceitos de territorialidade, intersetorialidade, educação integral  e saúde integral

para a compreensão das políticas direcionadas à educação e à saúde. Além disso, ressaltamos a importância da escola se

fortalecer através de parcerias e, na construção de sua rede, estabelecer importantes trocas baseadas em valores de vida

coletiva, que são incentivados e amplificados no cotidiano escolar.

Para finalizar este estudo convidamos você a ver o desfecho do vídeo Bola na rede e a observar os dois níveis de construção de

redes na escola: o interno e o externo.

Às vezes, até a rede interna da escola precisa de iniciativa para ser ativada. Esta também pode ativar a rede externa, no

caso, a família do aluno.

 

 https://youtu.be/n_S2OskY8wc

Feito isso, procure refletir: como está a participação das famílias na sua escola? Com que instituições e redes sociais

comunitárias a sua escola se relaciona para desenvolver as atividades educacionais? Que dificuldade a sua escola encontra no

estabelecimento de parcerias e relacionamentos com outras instituições e pessoas da comunidade na prevenção do uso de

drogas?

Para ajudar você a refletir sobre estas questões, que tal fazer um mapa da rede de sua escola e conhecer melhor como ela se

articula com os demais segmentos?

REFERÊNCIAS

Textos

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alcoólica por condutor de veículo automotor, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20

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