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PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS Eixo Práticas aberta.senad.gov.br

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PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS

PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

Eixo Práticas

aberta.senad.gov.br

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APRESENTAÇÃO

A atenção integral à saúde implica um conjunto de ações que envolvem a promoção da saúde, a prevenção de riscos e danos, o cuidado e a

reabilitação psicossocial. Neste módulo, vamos destacar as estratégias de promoção da saúde no contexto dos problemas relacionados ao

uso de drogas. Discutiremos ações que objetivam atuar sobre os determinantes relacionados ao consumo de substâncias psicoativas,

visando a diminuição de vulnerabilidades, em diferentes âmbitos.

AUTORIA

Zila van der Meer Sanchez

lattes.cnpq.br/9110200572507368

Professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo e

pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Suas principais linhas de

pesquisa contemplam epidemiologia do uso e abuso de drogas e prevenção do uso de drogas entre

escolares e entre jovens no cenário de lazer noturno.

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

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PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

 

SITUAÇÃO PROBLEMATIZADORA

Neste módulo, você encontrará possíveis relações entre o contexto dos problemas relacionados ao uso de drogas. Além disso, poderá

perceber como os conceitos de risco e vulnerabilidade são essenciais para compreender e realizar estratégias de intervenção em promoção

da saúde.

Assista ao vídeo Sala de Convidados - Promoção da Saúde e reflita, a partir dos pressupostos ali discutidos, como podemos pensar o

contexto dos problemas relacionados ao uso de drogas.

https://www.youtube.com/watch?v=IoidCnquqoM

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

A PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO EIXO NORTEADOR NA  ATENÇÃO AO USO DE DROGAS

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 A PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO EIXO NORTEADOR NA  ATENÇÃO AO USO DE DROGAS

Figura 1: Jovens passeando após a escola. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Não existe apenas uma resposta para essa pergunta, já que ela é feita por milhares de pais de adolescentes de todo o mundo – e, talvez,

inclusive por você. As razões para o envolvimento com drogas são muitas e variadas! Felizmente, ao longo da última década, a nossa base

de conhecimento no campo do abuso e da dependência de drogas se tornou mais sólida e está nos movendo a uma compreensão mais

socioecológica dessa situação. Por muito tempo, os programas de prevenção ao uso de drogas forneciam apenas informações sobre os

malefícios do consumo dessas substâncias. Entretanto, a abordagem atualmente considerada mais próxima do ideal é a de promoção da

saúde, como discutiremos a seguir. 

Glossário

O sistema socioecológico reúne os elementos que fazem parte do ambiente, ou seja, o próprio ser humano, os aspectos naturais e

os construídos, e também as inter-relações que existem entre o homem e o meio onde vive.

DETERMINANTES EM SAÚDE E NO USO DE DROGAS

Saúde pode ser definida como a capacidade de adaptação e de autogestão em face de desafios sociais, físicos e emocionais. Essa é uma

definição mais aceitável do que a mundialmente difundida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a qual, saúde é “o

completo bem-estar físico, social e mental” (Organização Mundial da Saúde, 1986).

 

Para Pensar...

Você conhece alguém em completo bem-estar físico, social e mental? Seguindo esse conceito da OMS, poderíamos afirmar

que a maioria absoluta da população não teria saúde. O que não é verdade, certo?

 

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Assim, conceituar saúde não é uma tarefa simples, uma vez que um conceito absoluto e irrefutável do termo não existe.

Notemos, pois, que o conceito de saúde reflete uma estrutura política, cultural, econômica e social de um grupo em uma determinada

época e, por esse motivo, a saúde não representa o mesmo para todas as pessoas. Aliás, afirmação semelhante pode ser feita em relação

ao entendimento do que é doença. Por exemplo, a dependência de ópio é considerada, no Afeganistão, um comportamento normal e não

patológico; enquanto esse mesmo comportamento é, em quase todos os outros países do mundo, interpretado como uma doença que

deve ser tratada.

Saiba mais

Ao longo do tempo, o conceito de saúde sofreu modificações no que se refere aos significados atribuídos a ele. Para conhecer mais

informações a esse respeito, acesse o artigo Conceitos de saúde e doença ao longo da história sob o olhar epidemiológico e

antropológico (http://www.facenf.uerj.br/v17n1/v17n1a21.pdf) e o vídeo Ciência e Letras - O que é Saúde?

(https://www.youtube.com/watch?v=NtuyPB6DZwA).

Outro conceito interessante é o de determinantes de saúde formulado, na década de 1970, por Marc Lalonde, Ministro da Saúde do

Canadá de 1972 a 1977. Esse conceito engloba uma noção de saúde determinada por quatro alicerces: a biologia humana, o meio, o estilo

de vida e a organização de assistência à saúde.

Glossário

Determinantes de saúde são os fatores que favorecem a manutenção da saúde ou o desenvolvimento das doenças.

Saiba Mais

Marc Lalonde criou, em 1974, no Canadá, o primeiro relatório de saúde governamental moderno no mundo ocidental. Nesse

relatório, Lalonde buscou oferecer uma nova perspectiva, considerando que a ênfase dada ao fator biomédico na saúde dos

sujeitos estava ultrapassada, sendo, então, necessário olhar para além do sistema tradicional.  Segundo sua proposta, seria

possível classificar a saúde em quatro importantes eixos: a biologia humana, o ambiente, o estilo de vida e a organização e o

cuidado com a saúde. A nova visão desenvolvida por Lalonde promoveu um maior distanciamento do modelo médico hegemônico

e uma aproximação da relação entre os quatro eixos citados anteriormente. Os impactos desse relatório podem ser vistos ainda

nos dias de hoje, pois, a partir desse documento, diversos estudos e ações surgiram a fim de propor melhorias à saúde mundial.

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Figura 2: Os quatro determinantes da saúde para além do olhar tradicional biomédico. Fonte: Lalonde (1974) adaptado por NUTE-UFSC (2016).

Perceba que tais fatores – a biologia humana, o meio, o estilo de vida e a organização de assistência à saúde – devem ser considerados ao

realizar propostas de promoção da saúde relacionadas ao contexto do uso de drogas.

Entretanto, é muito complicado saber qual desses determinantes está realmente agindo, favorecendo ou desfavorecendo o início do

consumo de drogas.

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

DETERMINANTES DE SAÚDE

Acredita-se que as políticas públicas que visem melhorias à saúde e à qualidade de vida de uma população devam contemplar as

condições de vida das pessoas, uma vez que as desigualdades refletem na forma de acesso aos bens sociais e também no modo como as

capacidades básicas dos indivíduos se desenvolvem.

Dentre os possíveis modelos de determinantes de saúde, o modelo de Whitehead e Dahlgren (2006) tem sido um dos mais divulgados e

discutidos. Esse modelo contempla os possíveis determinantes de saúde em diferentes níveis, desde os relacionados às características

individuais (proximais) até os níveis mais amplos (macrodeterminantes, distais). Destaca-se, porém, que esse modelo não se atém a

explicitar as relações existentes entre os níveis apresentados, mas descreve os principais elementos que permeiam os determinantes da

saúde e uma possível hierarquia entre eles.

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Figura 3: Representação de diferentes determinantes (socioeconômicos, culturais e ambientais) nos quais podem ser feitas ações de promoção da saúde. Fonte: Whitehead e

Dahlgren (2006) adaptado por NUTE-UFSC (2016).

Acredita-se que a soma e a interação entre esses diferentes determinantes irão definir nosso perfil de saúde. Por exemplo, em algumas

situações, é melhor para a saúde ter água potável e alimentos saudáveis do que dispor de medicamentos; no entanto, quando a pessoa já

se encontra infectada por uma bactéria há semanas, certamente a água potável e o alimento serão apenas coadjuvantes de uma saúde que

só será mantida à base de medicação específica.

 

A saúde e a doença, bem como o uso e o não uso de drogas, ocorrem de maneira desigual nas populações, ou seja, algumas

pessoas têm, conforme suas condições de vida, mais chances de ter saúde ou adoecer do que outras. No caso do uso, abuso e

dependência de drogas, sabemos que existem alguns fatores alicerçados em eixos, como os propostos por Lalonde (1974), que vão

sugerir o nível de risco que as pessoas têm para iniciar tais comportamentos. Esses determinantes, também compreendidos como

fatores de risco, apontam quais as chances de cada sujeito usar, abusar ou criar dependência de drogas, apesar de não indicarem,

sozinhos, que esses padrões efetivamente vão se estabelecer.

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

CONCEITOS DE RISCO E VULNERABILIDADE

Se partimos do pressuposto de que os agravos, como a dependência e o abuso de drogas, não se distribuem aleatoriamente na população,

é possível identificarmos grupos de maior risco para a ocorrência desses eventos, não é verdade?

 

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O termo “risco” significa maior chance ou maior probabilidade de um evento ocorrer.

Assim, afirmar que jovens de alta renda se envolvem mais em episódios de consumo excessivo de álcool (conhecidos como binge drinking

nos estudos internacionais) do que jovens de baixa renda é dizer, de maneira bem simplista, que a renda pode ser vista como um risco para

a prática de consumo excessivo de álcool; ou seja, a renda alta aumenta a vulnerabilidade de um  grupo, ampliando a chance de esse

comportamento ser praticado por jovens ricos.

O conceito de risco costuma ser usado erroneamente como sinônimo de perigo. É importante, por isso, destacarmos que um fator de risco

nunca determina um comportamento e nem é sua causa; apenas aponta que há maior chance de que o comportamento ocorra em

determinado grupo. Dessa maneira, os fatores de risco são como uma operação matemática de comparação de probabilidades, já que eles

sugerem, essencialmente, uma possível vulnerabilidade e não uma certeza de que um prejuízo ou dano irá ocorrer.

Glossário

Binge drinking é uma expressão, inicialmente descrita no início dos anos 2000, nos Estados Unidos, sem uma tradução adequada

no português. De modo geral, tem sido denominada como “beber pesado” ou “consumo excessivo de álcool”. Objetivamente,

“beber pesado” define o episódio do consumo de cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas para homens e quatro ou mais doses

para mulheres, durante uma ocasião de cerca de duas horas. Conforme indicam estudos recentes, os jovens mais ricos tendem a

praticar esse comportamento em maior proporção que os jovens pobres.

Saiba Mais

Para conhecer o modelo de prevenção  baseada em promoção de saúde, que prevê a redução dos fatores de risco e o aumento dos

fatores de proteção, por meio da capacitação das pessoas e das comunidades, para que elas mesmas modifiquem os

determinantes da saúde em benefício de sua qualidade de vida, acesse o módulo  Prevenção dos Problemas Relacionados ao

Uso de Drogas (http://www.aberta.senad.gov.br/modulos/capa/prevencao-dos-problemas-relacionados-ao-uso-de-drogas).

Na epidemiologia , o cálculo do risco permite que se identifiquem os grupos com mais chances de exposição a um determinado dano. Em

outras palavras, é possível determinar o nível de vulnerabilidade de um grupo a um determinado comportamento.

Podemos, então, entender vulnerabilidade como o conjunto de fatores que podem aumentar os riscos aos quais estamos expostos em

todas as situações de nossas vidas. Essa vulnerabilidade pode variar por diversos motivos, como gênero, faixa etária, classe

socioeconômica, nível de escolaridade, local de moradia, condições sociais, autoestima, projeto de vida, condições biológicas e

psicológicas (saúde física e mental), entre outros. Cabe destacar, ainda, que temos dois tipos de vulnerabilidades: as diretas e as indiretas.

 As vulnerabilidades diretas são aquelas que podem acarretar dano imediato. Um exemplo seria a embriaguez. Pessoas que se embriagam

estão expostas, diretamente, à possibilidade de coma alcoólico e à diminuição da percepção de risco, em razão do efeito farmacológico do

álcool.

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Glossário

A epidemiologia é a ciência que estuda qual a regularidade e como estão distribuídas as doenças na população, além de analisar

os fatores que favorecem a ocorrência dessas doenças.

Figura 4: Grupo de amigos ingerindo bebidas alcoólicas. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

As vulnerabilidades indiretas seriam, em contrapartida, aquelas que podem influenciar numa decisão que leve a uma vulnerabilidade

direta. Por exemplo, os aspectos sociais aos quais o sujeito está condicionado podem aumentar a chance de ele se expor a um risco. As

vulnerabilidades indiretas também são conhecidas como fatores de risco, pois não são, individualmente, causas de “ferimentos”

(vulnerabilidades), mas favorecem o seu aparecimento.

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Figura 5: Exemplo de situação de vulnerabilidade indireta, quando um adulto compra bebidas alcoólicas na companhia de uma criança. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Além de haver oscilações nos graus de vulnerabilidade nos distintos ciclos de vida (infância, adolescência, idade adulta e velhice), existem

diferenças de vulnerabilidade num mesmo momento da vida, por exemplo: no réveillon, em festas de Carnaval, em épocas de provas

estressantes, após o término de um namoro, após o divórcio dos pais, ou próximo ao vestibular.

Logo, sabemos que, para intervir em situações de vulnerabilidade, é necessário o desenvolvimento de ações integrais, ou seja, que

envolvam a participação ativa da população por meio do uso do conhecimento e de práticas interventivas.

Assim, entre as concepções idealizadas até o momento, a promoção da saúde é a que melhor contempla a redução de vulnerabilidades em

diferentes domínios, principalmente se levarmos em conta os alicerces da saúde propostos por Lalonde ora apresentados.

 

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

O CONCEITO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

A promoção da saúde consiste em proporcionar aos sujeitos formas de exercerem mais controle sobre sua saúde, identificando sua relação

com uma ampla gama de fatores políticos, econômicos, ambientais e socioculturais, além dos biológicos. Alicerça-se na capacitação da

comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, cujo princípio geral orientador é a necessidade de encorajar a ajuda

recíproca entre a população e os profissionais da saúde.

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A promoção da saúde ocorre quando cada um passa a cuidar de si próprio, do outro, da comunidade e do meio ambiente

natural.

Na primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa (Canadá), em 1986, pela Organização Mundial da

Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), definiu-se o conceito de promoção da saúde como “o processo de

capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1986). Essa

conferência culminou na promulgação da Carta de Ottawa (http://www.opas.org.br/carta-de-ottawa/), documento no qual se defende

a promoção da saúde como fator fundamental para a melhoria da qualidade de vida das populações. A Carta salienta, ainda, a

intersetorialidade desse processo, por entender que a promoção da saúde deve ser uma responsabilidade compartilhada por diversos

setores sociais.

 

Promoção da saúde implica fortalecimento da capacidade individual e coletiva de lidar com a multiplicidade dos determinantes e

condicionantes de saúde, buscando redução de riscos ou vulnerabilidades e fortalecimento da proteção integral.

Nessa direção, a promoção da saúde foge do âmbito exclusivo da medicina e do biologicismo , que tem caráter predominantemente

individualista e é voltado ao corpo e às questões meramente fisiológicas. Sendo assim, a promoção da saúde atinge outras dimensões que

se preocupam com a qualidade de vida, embasada em hábitos, conhecimentos e ações, tais como saneamento básico, educação em saúde,

nutrição, extinção da miséria, planejamento familiar, imunizações, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, e oferta de

medicamentos essenciais.

Além disso, a promoção da saúde precisa atingir toda a população, e não apenas aquelas pessoas pertencentes a grupos considerados “de

risco”, empoderando a todos .

A promoção da qualidade de vida contempla a mesma base de ações da promoção da saúde e se confunde com esse conceito, sugerindo

que promover saúde nada mais é do que promover qualidade de vida.

Glossário

O biologicismo é a ideia de que as doenças só dependem dos fatores biológicos do organismo.

Glossário

 Empoderamento “é o processo pelo qual indivíduos, organizações e comunidades angariam recursos que lhes permitam ter voz,

visibilidade, influência e capacidade de ação e decisão.” (HOROCHOVSKI, MEIRELLES; p. 177, 2007).

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE

A proteção às causas externas, como violência, acidentes de trânsito, e prevenção de doenças crônicas, contribuem para o aumento de

nosso  tempo de vida saudável. Na perspectiva da Política Nacional de Promoção da Saúde,

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[...] a promoção da saúde é uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da população

em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso País, visando à criação de mecanismos que reduzam as

situações de vulnerabilidade, defendam radicalmente a equidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas.

(BRASIL, 2006, p. 12).

Para que a promoção da saúde seja incorporada ao cotidiano das pessoas, são necessárias ações intersetoriais, sendo elas mediadas pelo

setor sanitário público. Também, exige-se ação coordenada de governos, organizações não governamentais, meios de comunicação e

outros setores sociais e econômicos, como empresas, escolas, igrejas e associações das mais diversas.

Figura 6: A imagem acima ilustra um exemplo para melhorar a qualidade de vida de determinada população. É necessário que as ações de promoção da saúde sejam articuladas

com diversos setores e que haja participação social. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

É importante o registro de que, com a divulgação da Política Nacional de Promoção da Saúde, foi estimulada a introdução desse tema nos

currículos escolares, na formação ou na educação permanente dos profissionais da saúde, da educação e da assistência social. Além disso,

também foram criadas campanhas  frequentes na mídia e implantadas políticas públicas que visam agir na promoção da saúde, como é  o

caso das leis brasileiras, que hoje são consideradas um modelo internacional de política bem-sucedida, por terem contribuído para a

redução do consumo de tabaco pela população.

É importante destacar novamente que a atuação em promoção da saúde depende de participação comunitária, por meio da

corresponsabilização pelas ações. Cabe lembrar também que diferentes ações têm sido elaboradas no sentido de estimular a autonomia

das pessoas em escolhas que auxiliem na promoção de uma vida saudável. Nesse sentido, essas ações têm como foco a criação de

ambientes que favoreçam o desenvolvimento de habilidades pessoais, o empoderamento, a mobilização e a participação social, sendo

esses os eixos sobre os quais são desenvolvidas as ações da área.

Além disso, como parte das intervenções para a promoção da saúde, ressaltamos o foco na redução da pobreza, para contemplar o direito

à alimentação e à vida digna, prevenindo de doenças crônicas não transmissíveis, como: a hipertensão arterial, o câncer, o infarto do

miocárdio, o diabetes, as doenças crônicas do pulmão e os transtornos mentais, que,  muitas vezes, levam à morte ou à incapacidade física,

gerando altos custos à sociedade.

Há também outros tipos de estratégias de promoção da saúde, que podem ser visualizadas na sua própria comunidade: os programas Lixo

Zero e Academia de Saúde, a prática de ginástica laboral, o incentivo à alimentação adequada e saudável, entre outras.  Clique nos ícones

da imagem abaixo para saber mais sobre estratégias que influenciam na promoção da saúde da população.

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Saiba mais

Para saber mais sobre as campanhas de promoção da saúde no Brasil, acesse o site do Ministério da Saúde

(http://promocaodasaude.saude.gov.br/).

Saiba mais

Para saber mais sobre as campanhas de promoção da saúde no Brasil, acesse o site do Ministério da Saúde, Promoção da Saúde

(http://promocaodasaude.saude.gov.br/).

Conteúdo interativo. Acesse em aberta.senad.gov.br

Figura 7: Exemplos de algumas estratégias do bairro ou comunidade local que motivam a promoção da saúde da população que ali habita. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

Em novembro de 2014, a Política Nacional de Promoção de Saúde (PNPS) foi atualizada e reestruturada. Atualmente a PNPS é composta

por 8 itens prioritários, listados a seguinte:

a) formação e educação permanente;

b) alimentação adequada e saudável;

c) práticas corporais e atividades físicas;

d) enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados;

e) enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas;

f) promoção da mobilidade segura;

g) promoção da cultura da paz e de direitos humanos;

h) promoção do desenvolvimento.

Além disso, logo após a OMS desenvolver o conceito das Escolas Promotoras de Saúde, as escolas se tornaram uma das principais formas

de disseminação dos conceitos de promoção da saúde.

 

Cabe lembrar que, para a escola tornar-se promotora de saúde, é necessário: construir uma política escolar de promoção da saúde;

adequar o ambiente físico e social da escola; promover vínculo e parceria com a comunidade; desenvolver habilidades pessoais de

promoção da saúde em todos os atores escolares (professores, funcionários, alunos e comunidade); e promover vínculo e parceria

com os serviços de saúde de referência das escolas.

Por consequência, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, vem desenvolvendo, desde 2007, o Programa Saúde

na Escola (PSE) (http://dab.saude.gov.br/portaldab/pse.php), que objetiva a melhoria da qualidade de vida da população na

perspectiva da promoção da saúde e da prevenção de agravos e doenças nas áreas abrangidas pela Estratégia da Saúde da Família (ESF)

(http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_esf.php).

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Figura 8: Um bom meio de a escola começar a construir uma política escolar de promoção à saúde seria dialogar com pais, professores, alunos, funcionários e comunidade. Fonte:

NUTE-UFSC (2016).

 

Um dos eixos da promoção da saúde, que está na base de políticas nacionais de saúde, é a prevenção de uso de álcool, tabaco e

outras drogas. Logo, é possível, por meio de técnicas de prevenção retardar o início do consumo de drogas ou interromper sua

manutenção. A base da prevenção a ser tratada nesse contexto reside na redução da incidência e da prevalência do uso de drogas

por meio da diminuição ou eliminação dos fatores de risco. Ou seja, é uma prevenção fundamentada na promoção da saúde e no

aumento do bem-estar do sujeito.

Saiba mais

Se você quer conhecer mais sobre as diferenças entre promoção da saúde e prevenção dos problemas no contexto do uso de álcool

e outras drogas, acesse o módulo Prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas

(http://aberta.senad.gov.br/modulos/capa/prevencao-dos-problemas-relacionados-ao-uso-de-drogas).

Assim, integra-se a prevenção do uso de drogas, pautada na lógica da promoção da saúde, como política educacional Notemos que a

prevenção ao uso de drogas que se baseia na promoção da saúde deve se concentrar na criação de ambientes saudáveis, bem como em

sujeitos saudáveis, por meio de estratégias personalizadas para diferentes fases do seu ciclo de vida, reconhecendo as diferenças culturais

dos grupos aos quais eles pertencem. Nesse contexto, os resultados positivos dessa forma de prevenção reduzirão não apenas os

problemas associados ao uso de drogas, mas também outros riscos, como os de suicídio de jovens, de gravidez na adolescência, de

transtornos alimentares, o crime e a violência.

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Saiba Mais

Para saber mais sobre estratégias preventivas dos problemas relacionados ao uso de drogas no âmbito escolar, acesse o texto

escrito pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Acolhendo adolescentes em situação de

risco (http://aberta.senad.gov.br/modulos/capa/acolhendo-adolescentes-em-situacao-de-risco).

PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CONTEXTO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE

DROGAS

Síntese Reflexiva

Hoje mais do que nunca as cidades, grandes ou pequenas, dispõem de inúmeras possibilidades educadoras, mas

podem ser igualmente sujeitas a forças e inércias deseducadoras. De uma maneira ou de outra, a cidade oferece

importantes elementos para uma formação integral: é um sistema complexo e ao mesmo tempo um agente

educativo permanente, plural e poliédrico, capaz de contrariar os factores deseducativos.

A cidade educadora tem personalidade própria, integrada no país onde se situa é, por consequência,

interdependente da do território do qual faz parte. É igualmente uma cidade que se relaciona com o seu meio

envolvente, outros centros urbanos do seu território e cidades de outros países. O seu objectivo permanente será o

de aprender, trocar, partilhar e, por consequência, enriquecer a vida dos seus habitantes.

A cidade educadora deve exercer e desenvolver esta função paralelamente às suas funções tradicionais

(económica, social, política de prestação de serviços), tendo em vista a formação, promoção e o desenvolvimento

de todos os seus habitantes. Deve ocupar-se prioritariamente com as crianças e jovens, mas com a vontade

decidida de incorporar pessoas de todas as idades, numa formação ao longo da vida (ASSOCIAÇÃO

INTERNACIONAL DE CIDADES EDUCADORAS, 1990, p. 2).

 

Esse é um trecho da Carta das Cidades Educadoras (http://w10.bcn.es/APPS/eduportal/pubFitxerAc.do?iddoc=84472),

elaborada no 1º Congresso Internacional das Cidades Educadoras, realizado em Barcelona, em 1990.

No horizonte da promoção da saúde – que, como vimos, implica atuar sobre os determinantes sociais da saúde –, reflita sobre

como ações das Cidades Educadoras podem se colocar no contexto dos problemas relacionados ao uso de drogas.

REFERÊNCIAS

Textos

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE CIDADES EDUCADORAS. Carta das Cidades Educadoras. Barcelona: AICE, 1990. Disponível em:

<http://w10.bcn.es/APPS/eduportal/pubFitxerAc.do?iddoc=84472> (http://w10.bcn.es/APPS/eduportal/pubFitxerAc.do?

iddoc=84472). Acesso em: 1 jun. 2016.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde na escola. Escolas promotoras de saúde: experiências do Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde.

3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série B. Textos Básicos de Saúde. Série Pactos pela Saúde 2006. v. 7). Disponível  em:

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(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf). Acesso em: 26 maio 2014.

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