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PROGRESSÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA DE ENSINO DO JUDO do cinto branco (6º Kyu) ao cinto castanho (1º Kyu) FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE JUDO

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PROGRESSÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA DE

ENSINO DO JUDO

do cinto branco (6º Kyu) ao cinto castanho (1º Kyu)

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE JUDO

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE JUDO Progressão técnico-pedagógica de ensino do judo do cinto

branco (6º kyu) ao cinto castanho (1º kyu)

I - Introdução

Esta progressão pedagógica ou técnico-pedagógica visa prioritariamente a

adequação de situações ou de técnicas adaptadas ou entendidas como mais

convenientes para cada faixa etária. Assim, o aluno de judo será confrontado

em primeiro lugar com jogos de luta (jogos de ataque e defesa e de oposição),

movimentos, acções pré-técnicas e técnicas que estejam em sintonia com o seu

grau de desenvolvimento global. Em primeiro lugar devem ter-se em conta as

necessidades em termos de movimento versus a idade e, só posteriormente se

fará a correspondência com a graduação.

O enquadramento competitivo, será também uma preocupação, pois faz parte

integrante dos objectivos do ensino, ainda que, numa fase inicial, este tenha

obviamente, características bem diferentes da competição formal. Na

competição, o judoca demonstra o seu desenvolvimento global em todos os

domínios, sendo importante, uma correcta adequação desta ao escalão etário

em questão. Ser um bom executante é importante, contudo, importa não

esquecer as aquisições fundamentais, tais como os valores e regras de conduta

universais que orientam a conduta desportiva, e que, quer no judo, quer no

desporto em geral, são factores determinantes para a boa imagem da

modalidade e para a formação global do atleta.

Desenvolvimento global

Domínios: Cognitivo Sócio-afectivo Psicomotor

Enquadramento: Técnico Táctico Competitivo

Page 3: progressao_pedagogica

Como preocupação, nesta perspectiva de aprendizagem, surgem as

necessidades da abordagem da técnica, da aprendizagem do fácil para o difícil

e do simples para o complexo, da SEGURANÇA e do factor estético do

movimento técnico como elemento imprescindível para o desenvolvimento

técnico e para a noção correcta do movimento.

Garantir o futuro da modalidade é não ter pressa e esperar que cada indivíduo

aprenda o suficiente para o seu estado de desenvolvimento global. O garante

de um bom futuro judoca será um bom apetrechamento técnico, pois, se a

nossa modalidade é o Judo, então é Judo que temos de saber… Sabemos

também que nem todos serão competidores, mas, apesar desta ser uma

importante fatia do Judo, não esgota as outras vertentes que a modalidade nos

oferece. A competição acaba aos 28/30 anos, mas o judoca continua por muito

mais tempo.

II - Graduações

Tratar-se-á de adequar ou sintonizar os seguintes factores: IDADE,

GRADUAÇÃO, TÉCNICAS.

Idade

Graduação Situações de

Progressão Técnico Pedagógica

aprendizagem

Assim, surgirá uma coerente adequação de todos estes factores.

Page 4: progressao_pedagogica

Sabendo que o judoca aos 14/15 anos pode ser cinto castanho, far-se-á, então,

uma progressão desde a mais tenra idade até à mesma. Partindo do princípio

de que o judoca pode entrar em qualquer idade para o Judo, dar-se-á

autonomia ao treinador para que, em função da idade, bagagem motora e

progressão do aluno, o possa graduar com a devida flexibilidade em função

desta progressão técnico-pedagógica.

III - Grandes preocupações

A principal preocupação situa-se no estabelecimento de uma unidade de

abordagem e apresentação do judo e, também, numa similar forma de avaliar

as aquisições.

Assim, por exemplo, cintos azuis com a mesma idade e tempo de Judo, deverão

ter o mesmo nível de conhecimentos, quer seja do Sul, no Centro ou do Norte

do país, salvaguardando o factor variável de desenvolvimento motor e cognitivo

que em determinadas idades se revelam bastante díspares, possibilitando

assim, óbvias diferenças de conhecimentos.

Não se imporá este método ao treinador, contudo, deverá ser um útil

documento de reflexão e de orientação. Naturalmente que todos os treinadores

têm diferentes formas de ensinar, residindo neste aspecto parte da riqueza do

Judo, no entanto, isto não implica que não se possa ensinar segundo uma base

de referência uniforme, contendo traços metodológicos semelhantes. É

também preocupação a apresentação/abordagem do judo através de formas

jogadas e progressões pedagógicas de aprendizagem técnica que promovam

melhores aprendizagens futuras e que sejam factor de sucesso e motivação

para os judocas principiantes.

Page 5: progressao_pedagogica

IV - As graduações versus a idade

GRADUAÇÃO DESCRIÇÃO IDADE MÍNIMA TEMPO MÍNIMO

Branco ≤ 5 anos 3 meses

6º kyu

Branco/Amarelo 6 anos 3 meses

6 meses

Amarelo 7 anos 3 meses

5º kyu

Amarelo/Laranja 8 anos 3 meses

6 meses

Laranja 9 anos 3 meses

4º kyu

Laranja/Verde 10 anos 3 meses

6 meses

Verde 11 anos 3 meses

3º kyu

Verde/Azul 12 anos 6 meses

9 meses

2º kyu Azul 13 anos

1 ano

1º kyu Castanho 14 anos

V - As graduações versus conteúdos

Idade

Graduações Conteúdos JudocaTempo mínimo

Page 6: progressao_pedagogica

Dos

5

aos

14/15

anos

1) Branco a Branco/Amarelo

2) Branco/Amarelo a Amarelo

3) Amarelo a Amarelo/Laranja

4) Amarelo/Laranja a Laranja

5) Laranja a Laranja/Verde

6) Laranja/Verde a Verde

7) Verde a Verde/Azul

8) Verde/Azul a Azul

9) Azul a Castanho.

Esta sequência parte do pressuposto de que a carreira do judoca se inicia

bastante cedo, tal como já foi referido. No entanto, dado que os judocas

entram na prática do judo com diversas idades, cabe ao treinador graduar o

atleta dentro do Regulamento de Graduações, avaliando, entre outras

situações, o seu nível de desenvolvimento.

VI - Grandes blocos de aprendizagem

1. Quedas: atrás, rolamento, de lado, de frente, as progressões.

2. Pegas: anárquica, nas duas mangas, à direita, à esquerda, unilateral,

entre outras.

3. Solo: imobilizações, estrangulamentos, luxações, viragens, saídas de

imobilizações e de entre as pernas.

4. Em pé: técnicas (Kusushi, Tsukuri e Kake), combinações e

encadeamentos, sistemas de ataque, deslocamentos e movimentações,

esquivas e Tai-Sabaki, pegas e aspectos tácticos preponderantes.

5. Ligação pé/solo: sequência, oportunidade e lógica.

6. A competição: características adaptadas para cada idade em todos os

aspectos subjacentes à mesma.

Page 7: progressao_pedagogica

No ensino do judo temos os jogos de ataque, defesa e oposição e

situações progressivas de aprendizagem do judo, bem como o trabalho

multilateral nos diversos domínios da aprendizagem. Tudo isto dará base para

que, no momento certo, a técnica dita formal seja melhor aprendida,

assimilada, consolidada e aperfeiçoada (funções didácticas).

Como indicações de extrema importância para a compreensão dos

quadros de conteúdos que aparecem a seguir, temos as seguintes:

1. Consideramos as fases até aos 6 anos e até aos 8 anos, etapas de Pré-

Judo e Adaptação, respectivamente. Só depois surgem as etapas que

designamos de Iniciação propriamente dita, Desenvolvimento e

Aperfeiçoamento. No global, estas etapas correspondem às etapas de

Iniciação, Orientação e Pré-Especialização.

2. Toda a abordagem de uma técnica só poderá efectuar-se no contexto

das necessidades de movimento da criança e na perspectiva de uma

Educação Motora de Base.

3. Todo o processo de Ensino e Aprendizagem deve ser orientado através

de formas jogadas e de progressões pedegógicas.

4. Sabemos que não é possível nas idades mais baixas conseguir uma

aprendizagem efectiva e correcta das técnicas (como é óbvio...), devido

ao seu estado de desenvolvimento. Assim, a abordagem da técnica tem

como objectivo, fornecer os fundamentos do movimento técnico, da

posição relativa do Tori e Uke.

5. A criança, sobretudo na primeira etapa, passa por uma fase grosseira de

movimentos, só conseguindo afinar os movimentos e gestos mais tarde.

Assim, o processo de assimilação e consolidação vem mais tarde, vindo

o aperfeiçoamento bastante depois destes.

Page 8: progressao_pedagogica

6. Podemos abordar uma técnica sem chegar à sua forma mais evoluída,

abordando-a através de progressões de aprendizagem e situações pré-

técnica, que servirão de pré-requisitos para fases futuras. Assim,

saberemos esperar por uma fase onde a criança consiga apreender com

mais naturalidade.

7. Por exemplo: Uma técnica aprendida e assimilada aos 8 anos, poderá

eventualmente só ser consolidada aos 10 anos e aperfeiçoada aos 15.

8. Nas duas primeiras idades deve-se privilegiar a luta no solo, para que

haja uma melhor apreensão dos fundamentos do Judo em segurança.

9. Temos , em suma, uma abordagem e apresentação do Judo através da

sequência cronológica : formas jogadas, acções pré-técnica e técnicas.

10. Devemos então ter presente a evolução apresentada no esquema

seguinte:

Esquema de evolução desportiva do Judoca:

Preparação Física Geral

Educação Psicomotora

Elementos Técnicos

Estratégia

Técnica

Táctica

Page 9: progressao_pedagogica

VII - LUTA NO SOLO – Quadro de situações de aprendizagem Idade até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13 anos 14-15 anos

Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I Juv II/Esp Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A A C

Técnicas

Kuzure-Kesa-Gatame Yoko-Shiho-Gatame Mune-Gatame

Hon-Kesa-Gatame Ushiro-Kesa-Gatame Kami-Shiho-Gatame Tate-Shiho-Gatame

Kuzure-Yoko-Shiho-Gatame Kuzure-Kami-Shiho-Gatame Kuzure-Tate-Shio-Gatame

Kata-Gatame Makura-Kesa-Gatame

Consolidação e aperfeiçoamento das imobilizações aprendidas.

Aperfeiçoamento das imobilizações aprendidas. Uki-Gatame Ude-Garami Juji-Gatame Grupo Juji-Jime Koshi-Jime Sankaku-Gatame Sankaku-Jime

Saídas

1 saída para cada imobilização. 1 saída de entre as pernas (1 perna).

1 saída para cada imobilização. 1 saída de entre as pernas (1 perna).

1 saída para cada imobilização. 1 saída de entre as pernas (1 perna).

2 saídas para cada imobilização. 1 saída de entre as pernas (1 e 2 pernas).

2 ou mais saídas para cada imobilização. 2 saídas de entre as pernas (1 e 2 pernas).

2 ou mais saídas para cada imobilização. 3 ou mais saídas de entre as pernas (1 e 2 pernas).

Combinações e Encadeamentos

Mudar de imobilizações de uma forma anárquica.

Mudar de imobilizações: Kuzure-Kesa-Gatame, Yoko-Shiho-Gatame e Mune-Gatame.

Mudar de imobilizações: Hon-Kesa-Gatame, Yoko-Shiho-Gatame e Kami-Shiho-Gatame. Hon-Kesa-Gatame e Tate-Shiho-Gatame.

Mudar de imobilizações:Ushiro-Kesa-Gatame, Kuzure-Kami-Shiho-Gatame. Yoko- Shiho-Gatame, Kuzure-Yoko-Shiho-Gatame.

Mudar de imo- bilizações: Hon-Kesa-Gatame, Kata-Gatame. Hon-Kesa-Gatame, Makura-Kesa-Gatame.

Passagem de Juji-Gatame para Uki-Gatame. Ude-Garami, Juji-Gatame, e outras (Waki, Ude, Mune e Hara-Gatame) após Kuzure-Kesa-Gatame.

Viragens: Sugestões de trabalho

- De joelhos lado a lado, Tori coloca braço atrás das costas do Uke projectando (tipo Uki-Goshi) e imobilizando em Kuzure-Kesa-Gatame. - Dupla prisão de braços com rotação em Kuzure-Kesa-Gatame. - Frente a frente vira e imobiliza em Mune-Gatame.

- Com o Uke deitado em decúbito ventral, Tori vira-o e imobiliza em Grupo Kesa ou Shiho-Gatame. - Em posição inferior com o Uke entre as pernas, volta e faz Tate Shiho-Gatame.

- Uke abraça Tori que está de gatas e este enrolando e controlando o braço do Uke executa Ushiro-Kesa-Gatame. - Uke de gatas e Tori de frente para este, vira-o para Kuzure-Kesa-Gatame.

- Uke de gatas e Tori de frente para este, vira-o e imobiliza em Grupo Kesa ou Shiho-Gatame. - Uke de gatas, Tori pega nas lapelas, rodando por baixo para imobilização (pela fte ou por trás)

Consolidação e aperfeiçoamento das viragens aprendidas.

Aperfeiçoamento das viragens aprendidas.

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VIII - TÉCNICA NE-WAZA – Quadro resumo Idade Escalão Graduação Osaekomi-Waza Shime-Waza Kansetsu-Waza

Até 6 anos Infantis B a B/A Kuzure-Kesa-Gatame Yoko-Shiho-Gatame Mune-Gatame

7-8 anos Infantis A a A/L

Hon-Kesa-Gatame Ushiro-Kesa-Gatame Kami-Shiho-Gatame Tate-Shiho-Gatame

9-10 anos Infantis L a L/V Kuzure-Yoko-Shiho-Gatame Kuzure-Kami-Shiho-Gatame Kuzure-Tate-Shiho-Gatame

11-12 anos Benj/Inic V a V/A Kata-Gatame Makura-Kesa-Gatame

13 anos Juvenis I A Consolidação e aperfeiçoamento das imobilizações aprendidas.

14-15 anos Juv II/Esp C Aperfeiçoamento das imobilizações aprendidas. Uki-Gatame.

Grupo Juji-jime

Koshi-Jime

Sankaku-Jime

Ude-Garami

Juji-Gatame

Sankaku-Gatame

E outras?...

Waki-Gatame

Ude-Gatame

Mune.Gatame

Hara-Gatame

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IX - LUTA EM PÉ - Quadro de situações de aprendizagem Idade até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13 anos 14-15 anos

Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I Juv II/Esp Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A A C

Técnicas

Uki-Goshi O-Goshi Hiza-Guruma Sasae-Tsuri-Komi-AshiO-Soto-Otoshi Ko-Soto-Gari

Koshi-Guruma (tipo Kubi-Nage) (Ippon)Seoi-Otoshi O-Uchi-Gari Ko-Uchi-Gari De-Ashi-Barai Okuri-Ashi-Barai

O-Soto-Gari Ko-Soto-Gari Tai-Otoshi Harai-Goshi e Tsuri-Komi-Goshi(com o braço nas costas)

Ippon-Seoi-Nage Morote-Seoi-Nage Eri-Seoi-Nage Koshi-Guruma Harai-Goshi (Ashi/Koshi)Uchi-Mata Tani-Otoshi

Hane-Goshi Tsuri-Goshi Harai-Tsuri-komi-Ashi Ushiro-Goshi Ashi-Guruma

Te-Guruma O-Guruma Sumi-Gaeshi Yoko-Sumi-Gaeshi Yoko-Otoshi Uki-Waza Tomoe-Nage

Combinações, Encadeamentos

e Sistemas de

ataque

Ligações de técnicas, sob formas jogadas, após assimilação das mesmas.

Ligações de técnicas, sob formas jogadas, após assimilação das mesmas.

Ligações de técnicas, sob formas jogadas, após assimilação das mesmas.

Maior variedade de combinações e encadeamentos simples, em todas as direcções, tendo como base as técnicas já consolidadas.

Sistemas de ataque simples.

Sistemas de ataque simples e complexos.

Movimentações

e

Deslocamentos

Movimentações e deslocamentos anárquicos através de formas jogadas, experimentando o maior número de situações.

Movimentações e deslocamentos anárquicos através de formas jogadas, experimentando o maior número de situações. Consciência do aproveitamento das forças.

Consciência de movimentos elementares direita e esquerda, à frente e atrás, contraposto e giratórios com acção do Tori e do Uke.

Melhoria e desenvolvimento de movimentos elementares direita e esquerda, à frente e atrás, contra-posto e giratórios, com acção do Tori e do Uke.

Sistemas de ataque elementares com base nas movimentações do Tori e do Uke e com base nas combinações aprendidas.

Melhoria e desenvolvimento das situações anteriormente referidas.

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Idade até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13 anos 14-15 anos Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I Juv II/Esp Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A A C

Pegas e desequilíbrios

(indicações)

Possibilidade de pegas variadas através de jogos de ataque e defesa e de oposição. Pega nas duas mangas (maior segurança). Fundamentos dos desequilíbrios nas acções de relação Tori/Uke. Fazer sentir as instabilidades.

Possibilidade de pegas variadas através de jogos de ataque e defesa e de oposição. Pega nas duas mangas (maior segurança). Consciência da importância do equilíbrio/desequilíbrio na execução de acções técnicas básicas. Saber criar o desequilíbrio e aproveitar o desequilíbrio criado pela acção do Uke.

Pega bilateral clássica.Pegas variadas. Consciência dos desequilíbrios fundamentais e relacioná-los com as técnicas. Melhorar o aproveitamento do desequilíbrio criado pelo Uke

Pega bilateral clássica. Pegas variadas. Melhorar acções técnicas que dão origem ao desequilíbrio e ao seu aproveitamento.

Pega unilateral e bilateral. Idem

Pega unilateral e bilateral. Aspectos tácticos relacionados com a pega. Conhecimento integral das acções de desequilíbrio fundamentais no Judo e da sua aplicação em situação de contexto.

Aspectos tácticos

Aprendizagem por ensaio e erro, através de elevado número de experiências, na resolução de situações-problema

INICIAÇÃO: Ofensivos: Ataque directo. Defensivos: Esquiva e Tai-Sabaki

INICIAÇÃO: Ofensivos: Contra-ataque DESENVOLVIMENTO: Ofensivos: Ataque directo Defensivos: Esquiva

IDEM

DESENVOLVI-MENTO: Ofensivos: Contra-ataque APERFEIÇOA-MENTO: Ofensivos: Ataque directo Defensivos: Esquiva

IDEM e Acções tácticas de complexidade crescente

Page 13: progressao_pedagogica

X - TÉCNICA NAGE-WAZA - Quadro resumo Idade Escalão Graduação Te-Waza Ashi-Waza Koshi-Waza Masutemi-Waza Yoko-sutemi-Waza

Até 6

anos Infantis B a B/A

Hiza-Guruma

Sasae-Tsuri-Komi-

Ashi

O-Soto-Otoshi

Ko-Soto-Gari

Uki-Goshi

O-Goshi

7-8 anos Infantis A a A/L (Ippon) Seoi-Otoshi

O-Uchi-Gari

Ko-Uchi-Gari

De-Ashi-Barai

Okuri-Ashi-Barai

Koshi-Guruma

(tipo Kubi-Nage)

Tsuri-Komi-Goshi

(com braço nas costas)

9-10

anos Infantis L a L/V Tai-Otoshi

O-Soto-Gari

Ko-Soto-Gari

Harai-Goshi e

Tsuri-Komi-Goshi

(braço nas costas)

11-12

anos Benj/Inic V a V/A

Ippon-Seoi-Nage

Morote-Seoi-Nage

Eri-Seoi-Nage

Uchi-Mata Harai-Goshi

Koshi-Guruma Tani-Otoshi

13 anos Juvenis I A

Hane-Goshi

Tsuri-Goshi

Harai-Tsuri-Komi-

Ashi

Ushiro-Goshi

Ashi-Guruma

14-15

anos

Juv

II/Esp C Te-Guruma O-Guruma

Sumi-gaeshi

Tomoe-Nage

Yoko-Sumi-gaeshi

Yoko-Otoshi

Uki-Waza

Page 14: progressao_pedagogica

XI - LIGAÇÃO PÉ--SOLO – Quadro de situações de aprendizagem

Idade até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13 anos 14-15 anos Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I Juv II/Esp

Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A A C

Situações

Noção de projecção seguida de imobilização: - 2 situações.

Noção de projecção seguida de imobilização: - 3 situações.

Noção de projecção seguida de imobilização: - 4 situações.

Noção de projecção seguida de imobilização: - 5 situações.

Ligação pé-solo com separação dos corpos: - 3 situações para imobilização. Ligação pé-solo sem separação dos corpos: -3 situações para

mobilização.

Ligação pé-solo com separação dos corpos: - 3 ou mais situações para imobilização. - 2 situaçoes para luxação. - 2 situações para estrangulamento. Ligação pé-solo sem separação dos corpos: - 3 situações para imobilização. - 2 situações para luxação. - 2 situações para estrangulamento.

Na relação Tori/Uke após ataque de um deles temos quatro situações:

1 – Quando Tori ataca e projecta, fazendo a ligação. 2 – Quando Tori ataca e falha, mas faz a ligação. 3 – Quando o Uke ataca e projecta e Tori faz a ligação. 4 – Quando o Uke ataca e falha e Tori faz a ligação. A complexidade das situações depende das técnicas aprendidas e do desenvolvimento das crianças e jovens.

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XII - QUEDAS – Quadro de situações de aprendizagem

Idade até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13 anos 14-15 anos Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I Juv II/Esp

Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A A C

Situações de

Trabalho

Uso sistemático de rolamentos em torno dos vários eixos e nos vários planos de movimento. Trabalho de quedas com companheiro e material didáctico diverso, em progressão e através de formas jogadas. Noção de momento de contacto com o solo e tempo de batimento. Abordagem analítica sumária ao Ushiro- Ukemi.

Igual ao quadro anterior, desenvolvendo as aquisições anteriores.

Desenvolver e aperfeiçoar as anteriores aquisições, introduzindo agora a abordagem analítica ao Yoko-Ukemi e Zempo-Keyten-Ukemi.

Desenvolver e aperfeiçoar as aquisições anteriores. Introdução ao Mae-Ukemi através de formas jogadas e na sua forma analítica.

Desenvolver e aperfeiçoar as aquisições anteriores.

Estudo das quedas em certas alturas do ano, sobretudo no final do aquecimento e início da época ou após férias.

Situações Predominant

es de

Relação Tori/Uke

Tori/Uke:

Solo-------Solo e

Pé-------Solo

Tori/Uke:

Solo------Solo e

Pé------Solo

Tori/Uke:

Pé---------solo e

Pé-------Pé

Tori/Uke:

Pé---------Pé e

Pé-----Solo

Tori/Uke:

Pé------Pé

Tori/Uke:

Pé------Pé

Nota: todas as quedas serão obviamente melhor aprendidas através da execução das técnicas que lhe dão origem, nas situações

de luta resistida, não resistida e semi-resistida.

Page 16: progressao_pedagogica

XIII - ENQUADRAMENTO COMPETITIVO

Idade Até 6 anos 7 – 8 anos 9 - 10 anos 11-12 anos 13-15 anos Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv I/Esp

Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A C

Palavras e gestos

Hajimé,Matté, Ippon,Osaekomi e Toketa.

Hajimé,Matté, Ippon,Osaekomi e Toketa.

Hajimé,Matté, Ippon, Waza-ari, Osaekomi e Toketa.

Hajimé,Matté, Soremade, Koka, Yuko,Waza-ari, Ippon, Osaekomi e Toketa.

Todas as palavras e gestos.

Castigos Informação pedagógica Hansokumake (só por conduta anti-desportiva).

Informação pedagógica Hansokumake (só por conduta anti-desportiva).

Informação pedagógica Hansokumake (só por conduta anti-desportiva).

Informação pedagógica. Hansokumake (só por conduta anti-desportiva ou acção que ponha em risco a integridade física, de um dos judocas).

Castigo sempre com 1º aviso. Aos 15 anos regulamento oficial.

Tempo de combate

(min.) 1.00 a 1.30 1.30 a 2.00 2.00 a 2.30 2.30 a 3.00 3.00 a 4.00

Tempo de Osaekomi

(seg.) 10 = Ippon 10 = Ippon 10-14 = Waza-ari

15 = Ippon 10-14 = Waza-ari 15 = Ippon

5-9 = Koka 10-14 = Yuko 15-19 = Waza-ari 20 = Ippon

Área (m) 4X4 4X4 5X5 6X6 7X7 A 8X8

Técnicas a evitar

Técnicas com as duas mãos a pegar nas pernas(Morote-Gari). Koshi-Guruma em insistência e Sutemis.

Técnicas com as duas mãos a pegar nas pernas(Morote-Gari). Koshi-Guruma em insistência e Sutemis.

Técnicas com as duas mãos a pegar nas pernas(Morotê-Gari). Koshi-Guruma em insistência e Sutemis.

Técnicas com as duas mãos a pegar nas pernas(Morote-Gari). Koshi-Guruma em insistência e Sutemis.

Até 14 anos - alguns Sutemis (Ura-Nage, Yoko-Guruma, Yoko-Gake)e algumas técnicas com as duas mãos a pegar nas pernas (Morote-Gari)e Kata-Guruma.

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XIII - ENQUADRAMENTO COMPETITIVO (cont.)

Idade Até 6 anos 7-8 anos 9-10 anos 11-12 anos 13-15 anos Escalão Infantis Infantis Infantis Benj/Ini Juv/Esp Graduação B a B/A A a A/L L a L/V V a V/A C

Envolvimento Clima familiar e organização informal.

Clima familiar e organização informal.

Clima familiar e organização informal.

Clima familiar e organização informal.

Clima e organização informal/formal.

Arbitragem 1 árbitro e 1 árbitro auxiliar. 1 árbitro e 1 árbitro auxiliar. 1 árbitro e 1 árbitro auxiliar.

1 árbitro e 1 árbitro auxiliar.

Equipa de arbitragem normal.

Sistema de competição

Poule – mínimo 2 “lutas” Poule – mínimo 2 “lutas” Poule – mínimo 2 “lutas” Poule – mínimo 2 “lutas”

Poule ou eliminatória sempre com repescagem. Esperanças - eliminatória com dupla repescagem.

Particula-ridades

Participação de jovens na organização. Ambiente de festa. Prémios para todos.

Participação de jovens na organização. Ambiente de festa. Prémios para todos.

Participação de jovens na organização. Ambiente de festa. Prémios para todos.

Participação de jovens na organização. Ambiente de festa. Prémios para todos.

Participação de jovens na organização.