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Projecto de Implementação de um Sistema de
Segurança Alimentar baseado na Metodologia
HACCP num Centro Social
- Project of Implementation of a Food Security System based on HACCP
methodology in a Elderly Center
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
Orientado por: Professora Doutora Ada Rocha
Trabalho de Investigação
Porto, 2008
i
Índice
Resumo................................................................................................ ii
Glossário ............................................................................................ iv
I - Introdução........................................................................................ i
II - Objectivos ...................................................................................... 5
III - Material e Métodos ....................................................................... 6
IV - Resultados e Discussão............................................................ 12
1 . Pré-requisitos............................................................................................. 12
2 . Implementação do Sistema HACCP ......................................................... 17
V - Conclusão.................................................................................... 34
VI - Referências Bibliográficas ........................................................ 36
VII - Anexos ....................................................................................... 41
Índice de Anexos………………………………………………………………….41
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
ii
Resumo
Os Centros Sociais são Instituições Particulares de Solidariedade Social
destinadas essencialmente a crianças e idosos.
Em termos de segurança alimentar estes dois grupos, são considerados de
risco por apresentarem maior sensibilidade para contrair toxinfecções alimentares.
A necessidade e obrigatoriedade de fornecer alimentos seguros a esta população
passa de modo incontornável, pela implementação de sistemas de segurança
alimentar eficazes, ao longo de toda a cadeia de produção, expedição e
distribuição.
Com este trabalho teve como fim criar as condições para a implementação de
um sistema de Segurança Alimentar baseado na metodologia HACCP num
Centro Social utilizando a aplicação dos princípios HACCP para a Restauração
segundo uma publicação criada por um grupo de trabalho da EU-RAIN.
De um modo geral, todos os pré-requisitos que não implicavam grande
investimento financeiro por parte da instituição, foram devidamente
implementados. Foram efectuadas diversas alterações que possibilitaram atingir
os objectivos definidos na implementação do sistema HACCP, exceptuando a
validação e a verificação do sistema por limitações de tempo.
Como resultado da implementação deste sistema, os produtos acabados foram
mantidos sobre um controlo mais apertado e, consequentemente, melhoradas
quer a segurança quer a qualidade dos mesmos.
A implementação do Sistema HACCP melhorou a organização do trabalho,
bem como a garantia de segurança das refeições servidas.
Palavras-chave: HACCP na restauração; Centro Social; Segurança Alimentar
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
iii
Abstract
Social Centres are destined, essentially, to children and elderly. Those groups
are considered in terms of food security, groups of risk for presenting increased
risk to contract alimentary poisonings. The need and obligation to produce safe
foods to this population pass for a implementation of efficient food security
systems throughout the chain of production, expedition and distribution.
This work intended to implement a Food Security System based on HACCP
methodology in an Elderly Centre using the EU-RAIN application of HACCP
principles for Restaurants.
In general, all the prerequisite which did not imply a great financial investment
by the institution were implemented. Several organizational and functional
modifications were attained which enabled to reach the objectives defined in the
implementation of HACCP system, except the validation and verification of the
system. As a result final products were maintained under tighter control and,
consequently, the safety and quality of the meals were improved. The
implementation of HACCP System contributed to more efficient organization of the
work, as well as the warranty of meals security.
Keywords: HACCP in food services or catering; Elderly Center; Food Safety.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
iv
Glossário
Acção correctiva: Acção a tomar quando os resultados da monitorização dos
PCC´s indicam uma perda de controlo, ou tendência para a perda de controlo
Árvore de decisão: sequência ordenada de questões que devem ser aplicadas a
cada perigo significativo identificado e em cada fase do processo, para
determinação de pontos críticos de controlo.
Contaminação cruzada: contaminação que resulta do transporte de
microrganismos de uma zona contaminada para uma zona que e encontrava
limpa.
HACCP: (Hazard Analysis and Critical Control Point): Análise dos Perigos e
Controlo de Pontos Críticos ao longo de todas as etapas que envolvem a
produção de alimentos. Identifica os perigos, a probabilidade de ocorrência;
definindo para cada etapa medidas preventivas, limites de controlo,
procedimentos de verificação e acções correctivas. Tem como objectivo garantir a
Segurança Alimentar do produto.
Higienização: Conjunto de acções de limpeza e de desinfecção, eficazes para
destruir bactérias patogénicas, reduzindo substancialmente a carga de
microrganismos.
Instrução de Trabalho: Documento que define as acções necessárias para uma
correcta aplicação das medidas de controlo.
Limite Crítico: Critério que separa a aceitabilidade da inaceitabilidade, referente
a um PCC.
Monitorização: Conjunto de observações ou medidas dos parâmetros de controlo
para avaliar se um PCC está sob controlo.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
v
Plano HACCP: Documento escrito, preparado de acordo com os princípios do
HACCP, para assegurar o controlo dos perigos que são significativos para a
segurança dos produtos.
Perigo: Agente de natureza química, física ou biológica que, quando presente em
alimentos pode ser causador de efeitos adversos para a saúde do Homem.
Ponto Crítico de Controlo (PCC): Ponto, procedimento, operação ou etapa de
um dado processo de fabrico, no qual o controlo pode ser aplicado e é essencial
para prevenir ou eliminar um perigo relacionado com a inocuidade dos alimentos,
ou para reduzir a níveis aceitáveis.
Validação: Constatação de que os conteúdos e técnicas científicas de análise de
perigos do plano HACCP são efectivos.
Verificação: Após a avaliação dos elementos do Plano HACCP, é importante
assegurar a eficácia do Sistema. Analisar se o que está a ser feito corresponde ao
planeado.
Os termos foram retirados de:
Declan B, Maunsell B. Guidelines for Food Safety Control in European Restaurants. In: The Food
Safety Department, Teagasc - The National Food Centre, editores. Dublin; 2004
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
vi
Glossary
Corrective action: Any action to be taken when the results of
monitoring at the CCP indicate a loss of control or trend towards loss
of control.
Critical Control Point (CCP): A step at which control can be applied
and is essential to prevent or eliminate a food safety hazard or to
reduce it to an acceptable level.
Critical limit: A criterion or value which separates acceptability from
unacceptability.
Cross contamination: The direct or indirect transfer of biological,
chemical or physical contaminants from raw food or other sources to
other food that may cause them to be unsafe for human consumption
Decision tree: A sequence of questions which can be applied to
identify which process steps are CCPs.
HACCP Plan: A document prepared in accordance with the principles
of HACCP to ensure control of hazards which are significant for food
safety in the segment of the food chain under consideration.
Hazard: A biological, chemical or physical agent with the potential to
cause an adverse health effect.
Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP): A system
which identifies, evaluates and controls hazards which are significant
for food safety.
Hygiene: All measures necessary to ensure the safety and quality of
food at all stages in the food chain.
Monitoring: A planned sequence of observations or measurements of
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
vii
CCP control measures. The records of monitoring provide evidence for
future use in verification that the CCP is under control.
Validation: Obtaining evidence that the elements of the HACCP plan
are effective.
Verification: The application of methods, procedures, tests and other
evaluations, in addition to monitoring, to determine compliance with
the HACCP plan.
Standard Operating Procedure (SOP): A document which defines all
the necessary actions that should be followed to ensure that an activity
is carried out in a controlled manner.
In:
Declan B, Maunsell B. Guidelines for Food Safety Control in European Restaurants. In: The Food
Safety Department, Teagasc - The National Food Centre, editores. Dublin; 2004
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
1
I - Introdução
Os Centros Sociais são Instituições Particulares de Solidariedade Social que
têm como principal objectivo contribuir para a promoção integral de idosos e
crianças, tendo como fim principal a Segurança Social e como fim secundário a
cultura. (1). Estas instituições são destinadas, essencialmente, a crianças e idosos
que em termos de segurança alimentar, são considerados grupos de risco por
apresentarem risco acrescido de contrair toxinfecções alimentares. Nas crianças,
este risco acrescido resulta da imaturidade dos sistemas naturais de defesa do
nosso organismo. Por outro lado, nos idosos o risco resulta principalmente de
enfraquecimento do sistema imunológico. (2)
A necessidade e obrigação de produzir alimentos seguros a esta população
alvo passa, de modo incontornável, pela implementação de sistemas de
segurança alimentar eficazes ao longo de toda a cadeia de produção, expedição e
distribuição (3), nomeadamente, sistema baseado nos princípios e metodologia
HACCP. Esta metodologia de cariz particularmente preventivo pressupõe uma
abordagem sistemática das etapas de produção/distribuição, tendo por base a
identificação dos perigos inerentes - biológicos, químicos e físicos.
Os perigos biológicos podem ter origem em bactérias, fungos, parasitas
patogénicas, vírus e toxinas microbianas. São potenciais fontes deste tipo de
perigo as matérias-primas utilizadas para o fabrico de refeições, o processamento
através dos manipuladores e o próprio ambiente onde se processa o fabrico
(utensílios, equipamentos, superfícies de trabalho) (3-7).
Os perigos químicos podem ser de origens diversas, desde perigos associados
directamente às características da própria matéria-prima, até perigos criados ou
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
2
introduzidos durante o processo. São exemplos: aditivos alimentares, metais
pesados, produtos de limpeza, desinfectante etc.(3-7)
Os perigos físicos podem ser, desde objectos presentes na matéria-prima até
objectos introduzidos nos produtos alimentares por via da manipulação a que os
produtos estão sujeitos no decurso dos processos. São exemplos: pedras, metais,
materiais de isolamento ou de revestimento de ossos, ossos, ganchos, botões,
cabelos etc. (3-7)
A metodologia HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Point foi
desenvolvida nos anos 60 pela Pillsbury Company, os laboratórios do exército
norte-americano e a Agência Espacial Norte Americana (NASA). Surgiu como
resultado da identificação de toxinfeccções alimentares como uma das origens de
doenças que afectavam os astronautas no decurso de uma missão espacial,
comprometendo o sucesso da mesma. Foi apresentado pela primeira vez em
1971 numa conferência de segurança alimentar, tendo o primeiro documento sido
publicado em 1973 (3, 8).
Este sistema serviu de base para a Food and Drug Administration (FDA)
desenvolver normas legais para a produção de alimentos de baixa acidez,
passando a ser uma referência para o treino dos inspectores da FDA (3, 4, 7).
Actualmente, a metodologia HACCP constitui uma referência
internacionalmente aceite para a implementação de Sistemas de Segurança
Alimentar. A comissão do Codex Alimentarius incorporou as “Directrizes para
aplicação do sistema HACCP” (ALINORM 93/13, Appendix II), na sua vigésima
reunião em Genebra, na Suiça, de 28 de Junho a 7 de Julho de 1993 (8). Esta
metodologia foi igualmente aprovada e recomendada pela Organização Mundial
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
3
de Saúde (OMS), sendo considerada como a mais credível e mais difundida para
a produção de alimentos seguros (3) .
A União Europeia procedeu à harmonização das normas gerais aplicadas aos
géneros alimentícios, integrando os princípios do sistema HACCP, através da
adopção da Directiva nº 93/43/CEE do Conselho, de 14 de Junho de 1993,
relativa à higiene dos géneros alimentícios (9). Esta foi transposta para a
legislação Portuguesa pelo Decreto-Lei nº 67/98, de 18 de Março, tendo sido
alterado pelo Decreto-Lei nº 425/99 de 21 de Outubro de 1999. O regulamento
(CE) Nº 852/2004, de 29 de Abril, com aplicação a partir de 1 de Janeiro de 2006
revogando a Directiva nº 43/93/CEE, visando a obrigatoriedade de os operadores
das empresas do sector alimentar, aplicarem e manterem os procedimentos
baseado nos princípios HACCP (10) .
A metodologia HACCP constitui uma abordagem preventiva e sistemática para
os perigos biológicos, químicos e físicos, em vez de inspecção e testes no
produto final (3, 11). É um sistema que pela identificação de potenciais perigos,
determina um estabelecimento de medidas preventivas que possibilitem reduzir
ou eliminar a probabilidade da sua ocorrência, deixando de pôr em causa a
segurança dos produtos e a saúde dos consumidores (3, 12, 13).
O Centro Social alvo deste estudo situa-se na zona Centro do país, com 4 anos
de existência, conta actualmente com 24 funcionários. O período de
funcionamento de refeições é de uma vez por dia servindo o almoço, durante 7
dias por semana. A instituição apresenta várias valências, nomeadamente,
creche, Actividades de Tempo Livre (ATL), Centro de Dia, distribuição de
refeições a escolas e jardins-de-infância e serviço de Apoio Domiciliário a idosos.
O número de refeições servidas diariamente é de 186.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
4
Foi propósito deste estudo avaliar as condições gerais (higio-sanitárias,
económico-financeiras, sociais…) inerentes a esta Unidade de produção de
refeições, no sentido de planear, criar e implementar um sistema de segurança
alimentar de acordo com a legislação vigente.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
5
II - Objectivos
Objectivo geral:
Planear, criar e implementar um sistema de Segurança Alimentar baseado na
metodologia HACCP num Centro Social da zona Centro do país.
Objectivos específicos:
Verificação do grau de implementação dos pré-requisitos
Implementação dos pré-requisitos em falta
Identificação e análise dos perigos para a segurança alimentar
Estabelecimento das medidas preventivas para cada perigo identificado
Análise de risco e determinação de Pontos Críticos de Controlo
Estabelecimento de Limites Críticos, Monitorização e Medidas Correctivas
para cada PCC identificado
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
6
III - Material e Métodos
Com base no Codex Alimentarius, em diversos Códigos de Boas Práticas e
legislação vigente para o sector da restauração, efectuou-se uma análise
detalhada, de acordo com a metodologia HACCP, de todos os perigos para a
segurança alimentar ao longo da produção de refeições.
Antes da implementação do HACCP, realizou-se uma auditoria de diagnóstico
no Centro Social para verificação da existência de pré-requisitos e requisitos
HACCP, de modo a definir a intervenção (Anexo 1).
Os resultados desta auditoria foram analisados e as condições de trabalho
foram melhoradas e implementados procedimentos básicos relacionados com os
pré-requisitos do HACCP. Neste sentido, sentiu-se a necessidade de ministrar
formação aos funcionários/manipuladores.
Para que um sistema HACCP seja efectivamente implementado e funcione de
forma eficaz é necessário o cumprimento de certos pré-requisitos antes da
aplicação dos 7 princípios HACCP (3, 5, 6, 11, 14-16).
A metodologia HACCP assenta em sete princípios fundamentais (Anexo 2) (5, 6,
8, 13-16).
Na execução deste trabalho, a análise da produção de refeições concentrou-se
nas 15 etapas estabelecidas pela European Union-Risk Analysis Information
Network (EU-RAIN) (Anexo 3) (16):
1 - Determinação dos objectivos, estratégias e recursos necessários
Definiram-se os objectivos que incluiam: (i) avaliar de forma sistemática os
produtos, os processos e listar o perigos conhecidos; (ii) determinar os Pontos
Críticos de Controlo nos quais esses perigos possam ser controlados; (iii) avaliar
o nível de controlo existente: (iv) documentar o anteriormente referido num Plano
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
7
HACCP; (v) acordar um plano implementação (prazos para atingir os objectivos,
recursos físicos, humanos e financeiros); (vi) indicar um responsável pela
implementação.
2 - Reunir uma equipa HACCP
Reuniu-se uma equipa multidisciplinar que incluía os funcionários com
responsabilidades sobre os géneros alimentícios utilizados/produtos finais e que
tinham experiência nos processos utilizados.
3 - Reunir informação relativa aos produtos finais – descrição dos produtos
Reuniu-se informação relativa aos produtos finais, incluindo ingredientes,
condições de conservação e acondicionamento. Descrever com detalhe o produto
final, tendo em consideração as matérias-primas utilizadas.
4 - Reunir informação relativa aos processos de preparação/confecção –
fluxograma genérico de produção
Representou-se esquematicamente, num fluxograma geral, a sequência de
todos os passos ou operações que fazem parte do processo de fabrico das
refeições, desde a matéria-prima até ao produto final.
5 - Recolha e revisão de informação relativa a perigos;
Verificou-se o fluxograma in loco (no local) para confirmar se o processo
esquematizado correspondia ao que efectivamente é feito na prática.
6 - Identificar os perigos associados a cada etapa;
Esta etapa corresponde ao Princípio 1.
A realização da análise de perigos pressupôs a identificação de potenciais
perigos associados a todas as fases da produção de refeições.
Esta operação foi efectuada pela equipa HACCP, através de acções de
brainstorning, através das quais se analisaram sequencialmente todas as etapas
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
8
de produção de refeições. Este procedimento teve como base os critérios da
legislação alimentar, a prática efectiva da instituição e Códigos de Boas Práticas
de Higiene e Segurança Alimentar para a Restauração (5, 6, 10, 17).
Terminada a identificação, efectuou-se a análise dos perigos. Na análise de
perigos consideraram-se os perigos Biológicos, Químicos e Físicos.
7 - Avaliar o Risco
8 - Listar potenciais medidas de controlo
9 - Determinar Pontos Críticos de Controlo (PCC)
Estas etapas correspondem ao Princípio 2.
Consistiu na determinação de pontos, procedimentos, operações ou etapas nas
quais o controlo deve ser aplicado, sendo essencial para prevenir, reduzir a níveis
aceitáveis ou eliminar o perigo, relacionado com a inocuidade dos alimentos..
Nem todos os perigos constituem um verdadeiro risco para a segurança das
refeições e do consumidor. Para cada perigo identificado efectuou-se a avaliação
do risco que representa, para assim decidir pela sua consideração ou não nas
etapas seguintes. (3, 8)
Para a análise do risco foi definida a severidade e a probabilidade de
ocorrência de cada um dos perigos (anexo 4), sendo o risco, o resultado do
produto da probabilidade de ocorrência pela severidade (Risco = Probabilidade X
Severidade) (6, 8).
Neste sentido, a severidade dos perigos foi classificada segundo três níveis
tendo em conta a literatura específica (3, 4, 8, 15, 18, 19): Alta (3); Média (2) e Baixa (1).
Deste modo, estabeleceram-se três níveis para a probabilidade tendo em conta
a literatura específica (3, 4, 18, 20-26) :
Alta (3): Ocorrência 5 vezes/ano
Média (2): Ocorrência 2 e 4 vezes/ano;
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
9
Baixa (1): 1 vez/ano
Estes níveis de severidade e probabilidade de ocorrência estão representados
na matriz de risco (Anexo 4).
Para os perigos com risco 3 aplicou-se a árvore de decisão (Anexo 5). A
árvore de decisão é uma ferramenta constituída por uma sequência de quatro
questões estruturadas, aplicadas a cada passo do processo e que permite
determinar se um determinado ponto de controlo, nessa fase do processo,
constitui um Ponto Crítico de Controlo (3, 5, 6, 8).
As medidas preventivas estabeleceram-se através de informações recolhidas
em auditorias, em informações da própria instituição, na análise exaustiva das
potenciais causas/fontes dos perigos identificados e na literatura específica do
sector. (5, 6, 8, 16, 17, 27-29)
10 - Estabelecer limites críticos;
Esta etapa corresponde ao Princípio 3.
Definiram-se os limites críticos (valor ou critério que diferencia a aceitação ou
não do processo), que devem ser assegurados de forma a garantir que cada PCC
se encontra controlado.
Para cada PCC identificado durante a aplicação da árvore de decisão, foram
estabelecidos os respectivos limites críticos (7, 16, 17, 30-33).
11 - Estabelecer procedimentos de monitorização
Esta etapa corresponde ao Princípio 4.
Consistiu no estabelecimento de um sistema que permite verificar o
cumprimento do Limite Crítico estabelecido para cada PCC.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
10
A monitorização consistiu na realização de uma sequência planeada de
medições dos parâmetros de controlo para avaliar se os respectivos limites
críticos estavam a ser respeitados. São exemplos medições de
tempo/temperatura.
12 - Estabelecer medidas correctivas
Esta etapa corresponde ao Princípio 5.
Pressupôs o estabelecimento de medidas correctivas a serem tomadas quando
a monitorização indicar que um determinado PCC não está sob controlo, ou seja,
quando ocorre um desvio do limite crítico (6, 8, 27).
13 - Compilar um plano HACCP
Todos os elementos já abordados foram compilados num Plano HACCP
14 - Documentar o sistema HACCP
Esta etapa corresponde ao Princípio 7.
Baseou-se na elaboração da documentação sobre todos os procedimentos e
dos registos apropriados a estes princípios e à sua aplicação. Todas as práticas,
instruções operacionais e procedimentos foram documentadas, de modo a
garantir que são sempre seguidas, da mesma forma.
Foi criado um arquivo de todos os procedimentos para a elaboração do plano
HACCP, bem como, um sistema de registos da aplicação e manutenção do
sistema.
15 - Verificar o sistema
Esta etapa corresponde ao Princípio 6.
Consistiram na aplicação de métodos, procedimentos, testes e outras
avaliações que permitem confirmar o cumprimento do Plano HACCP e da eficácia
do Sistema HACCP.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
11
Criou-se um plano de verificação para determinar se o sistema HACCP se
encontrava implementado de acordo com o estabelecido no plano HACCP, e se o
plano HACCP em vigor se encontra adequadamente desenvolvido e
implementado tendo em conta os actuais produtos e processos, isto é, se revela
eficaz.
Os procedimentos de verificação especificam de forma clara a
responsabilidade, a frequência e os métodos utilizados
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
12
IV - Resultados e Discussão
1 . Pré-requisitos
De um modo geral, todos os pré-requisitos que não implicavam um grande
investimento financeiro por parte da instituição, foram devidamente
implementados.
Os pré-requisitos implementados e/ou melhorados consistiram no seguinte.
1.1. Requisitos gerais das infra-estruturas, layout e equipamentos
Foram efectuadas algumas alterações, que possibilitaram a melhoria e
consequente organização dos circuitos de produção (5, 6, 10, 11, 34).
As principais alterações a este nível foram:
Criação de uma zona específica e individualizada para recepção de
matérias-primas;
Criação de espaços próprios, na zona de confecção, exclusivos para a
preparação de alimentos;
Substituição dos azulejos partidos na zona de confecção;
Substituição do dispositivo de iluminação existente na coifa exaustora da
zona de confecção, por um novo devidamente protegido;
Colocação de um doseador de detergente desinfectante e toalhas
descartáveis para secagem das mãos, na zona de confecção;
Placas e utensílios de corte com sistema de cores e funções pré-
determinadas para a preparação e confecção de alimentos;
Colocação de estrados em número suficiente no economato principal
Criação de um espaço próprio na zona de confecção, somente para a copa
suja;
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
13
Aquisição de contentores isotérmicos de transporte adequados para
transportar alimentos às escolas;
Os pré-requisitos são necessários para o estabelecimento de medidas
preventivas dos perigos inerentes às infra-estruturas, utensílios e recursos
humanos, ou seja, devem assegurar boas condições em termos ambientais e de
operação para a produção de alimentos seguros (5, 8).
Visto que existem locais de trabalho na mesma área física (copa suja, zona de
preparação e zona de confecção), a implementação e cumprimento de regras de
Boas Práticas de Higiene e Segurança Alimentar foram determinantes para a
prevenção da ocorrência de contaminações cruzadas, entre a qual se destaca, o
desfasamento no tempo entre os diferentes tipos de actividade.
As alterações que não foram possíveis de implementar estão enunciadas no
último relatório de auditoria interna (Anexo 6).
1.2. Higienização de infra-estruturas
Uma das maiores falhas detectadas na instituição foi a falta de um plano de
higienização adequado e eficiente. A elaboração de um plano de higienização foi,
assim, necessária, porque todas as zonas apresentavam sistematicamente sinais
de higienização deficiente. Foi elaborado um plano de higienização específico
para cada área, no qual foram definidos o que limpar, como limpar, quando limpar
e quem limpa (6, 34-36) (Anexo 7): zona de recepção; economato principal,
economato secundário e copa limpa (Anexo 7.1); cozinha (Anexo 7.2);
Como forma de verificar o cumprimento do programa de higienização foram
elaboradas folhas de registos de higienização para cada zona, as quais seriam
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
14
preenchidas pelo funcionário responsável, após a conclusão da operação (34-36)
(Anexo 8):
1.3. Higiene Pessoal
As fardas de algumas funcionárias (com função polivalente), que trabalhavam
na zona de confecção não eram apropriadas para o sector alimentar, não sendo
exclusivas dessa função. Foi solicitado à Direcção a aquisição de fardas próprias
e de uso exclusivo para laboração alimentar, composto por calçado, calças ou
saia, camisola, bata e protecção de cabelo. As fardas não foram encomendadas
por falta de disponibilidade financeira da instituição.
A operação de higienização correcta das mãos era desconhecida, bem como
outras práticas de higiene pessoal, nomeadamente, a presença de adornos
pessoais (jóias, brincos, relógio). Contudo, as formações ministradas e a criação
de um plano de higienização das mãos (Anexo 9), contribuíram para a eliminação
de práticas incompletas e/ou incorrectas dos funcionários durante a laboração.
1.4. Formação
A formação em Higiene e Segurança Alimentar é um pré-requisito importante
na metodologia do HACCP, pois permite a compreensão dos objectivos,
contribuindo para a prossecução da implementação do HACCP (8).
Apenas 2 funcionárias possuíam alguns conhecimentos prévios sobre Higiene
e Segurança Alimentar, estes eram muito insuficientes e/ou incorrectamente
seguidos durante a execução das suas actividades. Portanto, detectou-se a
necessidade de formação.
Foram ministradas duas acções de formação: uma acção de formação inicial
sobre “Higiene e Segurança Alimentar na Restauração (anexo 10); uma 2ª acção
intitulada “Sistema HACCP no Centro Social”, que teve como objectivo principal
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
15
informar todos os funcionários sobre as mudanças efectuadas e esclarecer sobre
todos os procedimentos necessários para a implementação e manutenção do
sistema HACCP (anexo 11).
1.5. Controlo de Pragas
Inicialmente não existia qualquer controlo de pragas na instituição. Este
requisito é particularmente importante pois também tem influência na prevenção
da contaminação dos alimentos e garantia da segurança ao consumidor (10). Deste
modo, foi contratada uma empresa especializada no controlo de pragas. Foram
colocados, em locais estrategicamente pensados, dispositivos de combate a
insectos e iscos para combate a pragas rastejantes e roedores devidamente
sinalizados.
1.6. Controlo de recepção de produtos
Inicialmente, não existia na instituição qualquer procedimento de controlo da
recepção de matérias-primas. As notas de encomenda eram, unicamente
assinadas e os produtos armazenados posteriormente. Não existia também
qualquer tipo de registo sobre o controlo de qualidade da matéria-prima.
A implementação deste sistema de Segurança Alimentar conduziu à realização
de um controlo muito mais rigoroso às matérias-primas, de modo a garantir a
aquisição de géneros alimentícios, de acordo com os requisitos legais e com as
especificações de Segurança e Qualidade Alimentar, definidas pela equipa
HACCP. (3, 8)
Neste sentido foi criada uma instrução de trabalho (Anexo 12), com o intuito de
orientar, o responsável pela recepção das matérias-primas, evitando assim, a
recepção de matérias não conformes.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
16
Foi criada uma folha de registo de controlo obrigatório das matérias-primas
(Anexo 13), onde constam parâmetros referentes à qualidade do produto:
condições de higiene do veículo; integridade da embalagem; rotulagem e prazo
de validade; características organolépticas (cor, textura e odor); temperatura dos
veículos de transporte; temperatura dos produtos. Optou-se por inserir no registo
de recepção de matéria-prima, o controlo quantitativo e a rastreabilidade para
executar todos os controlos, com uma só folha de registo.
No caso de devolução/produto não-conforme da matéria-prima elaborou-se
uma folha de registo para o efeito (Anexo 14).
1.7. Armazenamento de produtos
No Centro Social não existia qualquer procedimento de armazenagem de
produtos nem registo de temperaturas dos equipamentos de conservação a frio.
Instituíram-se métodos correctos de armazenagem de produtos contribuindo
assim, para a identificação das diversas categorias de produtos e, elaboradas três
instruções de trabalho: armazenamento de produtos à temperatura ambiente
(Anexo 15); armazenamento de produtos à temperatura de refrigeração (Anexo
16) e armazenamento de produtos à temperatura de congelação (Anexo 17).
Nestas instruções são descritas as regras gerais relativamente ao
armazenamento de matérias-primas, assim como de produtos em descongelação,
de forma a assegurar o controlo de temperaturas, e contribuir para uma melhor
gestão de stocks.
Como forma de comprovar a verificação de temperatura de armazenamento em
diferentes tempos de laboração, elaboraram-se folhas de registo de temperaturas
para as câmaras de refrigeração e de conservação de congelados (anexo 18).
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
17
2 . Implementação do Sistema HACCP
2.1. Determinação dos objectivos, estratégias e recursos necessários
Os objectivos são idênticos aos referidos nos objectivos deste trabalho de
investigação. As estratégias e recursos necessários para o cumprimento dos
objectivos, foram discutidos e estabelecidos em reuniões de Direcção do Centro
Social.
2.2. Reunir uma equipa HACCP
A formação da equipa HACCP foi um passo muito importante, uma vez que
esta foi e continuará a ser a responsável pela manutenção, gestão e actualização
do HACCP. A equipa foi aprovada pela Direcção, bem como a nomeação do
coordenador e respectivas responsabilidades (Anexo 19).
2.3. Informação relativa aos produtos finais
A instituição não dispondo de nenhuma informação escrita relativamente aos
produtos acabados. Neste sentido elaboraram-se fichas técnicas das refeições
produzidas que possuem informação sobre os produtos em questão, bem como,
os critérios microbiológicos mais importantes.
A descrição das refeições, teve por base a legislação em vigor, manuais, livros
de ementas e referenciais da actividade da restauração (3, 5, 19, 28, 29, 37, 38). A
criação destas fichas técnicas permitiu efectuar uma caracterização mais
detalhada das refeições e do seu processo de fabrico. Através destas fichas
técnicas foi possível analisar parâmetros referentes ao produto em questão, dos
quais se destacam: a designação do prato, a lista de ingredientes, os critérios
microbiológicos, o prazo de validade e o modo de utilização (Anexo 20).
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
18
2.4. Informação relativa aos processos de preparação/confecção
Tendo em consideração os equipamentos, o fluxo de matérias-primas, as
pessoas, as condições de produção, acompanhamento na produção dos vários
tipos de refeições e em informações fornecidas pelos manipuladores, tendo como
resultado final um fluxograma genérico de produção (anexo 21) (3, 16).
Este fluxograma permitiu conhecer sequencialmente as etapas do
processamento das refeições, desde a recepção das matérias-primas até ao
produto final, assim como a entrada de novas matérias-primas.
2.5. Identificar e rever as fontes de informação relativa a perigos
Após a realização, discussão e aprovação do fluxograma pela equipa HACCP,
procedeu-se à confirmação in loco do mesmo, para todas as refeições
produzidas, para assim, comprovar a sequência e a execução de todas as etapas
do processo mencionados no fluxograma.
Este passo foi determinante, uma vez que é o fluxograma de produção que
suporta toda a realização do estudo HACCP. (3, 6)
2.6. Identificação dos perigos associados a cada etapa
Os resultados desta etapa são apresentados na tabela 2 (página 20 a 23), bem
como a necessária e consequente sequenciação de medidas preventivas para os
perigos apontados.
Nesta fase foram consideradas todas as matérias-primas, condições de
armazenamento e todas as fases de produção. Todas as potenciais fontes de
perigos foram estudadas, incluindo os manipuladores, ambiente de trabalho,
equipamentos e utensílios.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
19
Em toda a análise foi também tida em conta a garantia demonstrada por cada
um dos pré-requisitos implementados, ou seja, o grau de controlo dos potenciais
perigos associados.
A identificação dos perigos é claramente uma tarefa complexa mas muito
importante, uma vez que alguns destes perigos podem tornar o produto inseguro
para consumo. Consistiu num processo de recolha e avaliação da informação
sobre os perigos e as circunstâncias que resultam na sua presença, para decidir
quais os que são significativos para a inocuidade do alimento e que devem,
portanto, ser abordados no plano HACCP. (8)
A análise de perigos realizou-se de modo sequencial e sistemático, de forma a
minimizar a probabilidade da não identificação de todos os perigos significativos.
Neste sentido, deu-se especial atenção às matérias-primas e aos processos, uma
vez que estes são os principais responsáveis pela ocorrência de situações de
perigo se não forem devidamente controlados. Esta análise foi sustentada pelo
estudo exaustivo da legislação vigente para a restauração, dos géneros
alimentícios, por conhecimentos técnico-científicos e pelas práticas da instituição.
(3, 5, 6, 11, 15)
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Legenda: B (1,2,n): Perigo Biológico
Q (1,2,n): Perigo Químico
F (1,2,n): Perigo Físico
Os resultados destas 6 etapas estão representados na tabela 3 e 4 (página 26 a
31)
2.7. Avaliar o Risco (tabela 3)
2.8. Estabelecer medidas de controlo (tabela 4)
2.9. Determinar Pontos Críticos de controlo (tabela 3)
2.10. Estabelecer limites críticos (tabela 4)
2.11. Estabelecer procedimentos de monitorização (tabela 4)
2.12. Estabelecer medidas correctivas. (tabela 4)
Avaliação do risco: 32 perigos identificados, 16 deles foram considerados
desprezíveis pela matriz de risco, e outros 16 considerados significativos.
Nem todos os perigos constituem um verdadeiro risco para a segurança das
refeições e do consumidor. Para cada perigo identificado efectuou-se a avaliação
do risco que representa, para assim decidir pela sua consideração ou não nas
etapas seguintes. (3, 8)
Estabelecimento de Medidas de Controlo: 16 perigos desprezíveis serão
controlados através do cumprimento dos pré-requisitos. Os outros 16 perigos
significativos requerem medidas de controlo que foram estabelecidas através de
instruções de trabalho. (16)
Determinação de Pontos Críticos de Controlo: Aplicou-se a Árvore de Decisão
aos 16 perigos considerados significativos.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
25
Identificaram-se 7 pontos críticos de controlo no processo geral. Estes PCC´s
são considerados passos ou etapas que necessitam de controlo com o objectivo
de prevenir, eliminar e/ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis (6, 8).
Estabelecer Limites Críticos: para cada PCC identificado estabeleceram-se os
respectivos limites críticos, entendidos estes como valor ou critério que diferencia
a aceitação, da não-aceitação do produto. Estes limites, bem como, os
procedimentos de monitorização e as medidas correctivas, foram estabelecidos
para cada parâmetro associado a cada PCC.
Estabelecimento de procedimentos de monitorização: a etapa anterior forneceu
atempadamente a informação que permitiu desencadear medidas de controlo que
permitem manter o processo controlado antes que seja necessário proceder à
segregação e/ou rejeição do produto.
Estabelecimento de medidas correctivas: as medidas correctivas foram criadas
para aplicação quando os procedimentos de monitorização revelarem que existem
desvios em relação aos limites críticos estabelecidos. Este procedimento detalha:
(i) as acções a desencadear para garantir que o PCC é trazido de novo para
dentro dos limites de controlo estabelecidos, (ii) as acções a desencadear para
lidar com o produto defeituoso.
As acções correctivas implementadas permitem: determinar a causa do
problema, (ii) tomar acções para evitar nova ocorrência, (iii) acompanhar através
da monitorização e reavaliação que garantam a eficácia da acção implementada
(13, 14, 18).
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2.13. Compilar um plano HACCP
No sentido de definir um modo de proceder que sirva de conduta a todos os
colaboradores da instituição, de forma uniforme e robusta ao longo do tempo, foi
definida uma metodologia HACCP, compilada num Plano HACCP.
2.14. Documentar o sistema HACCP
Os registos constituem a evidência da realização de actividades associadas à
operacionalidade do Sistema HACCP (8, 40). Por isso, criou-se um sistema de
arquivos e registos adequado para ao Centro Social.
A documentação gerada com a implementação do HACCP foi dividida em dois
grupos: primeiro grupo que explica e auxilia a execução das actividades dos
colaboradores; segundo grupo que permite verificar e comprovar o cumprimento
de todos os pré-requisitos, requisitos e controlos previstos para a implementação
correcta e adequada do HACCP. Deste modo, pode afirmar-se que a
documentação gerada com esta intervenção em muito contribuiu para a definição
clara das regras e procedimentos a seguir referentes à implementação e gestão
da segurança alimentar.
2.15. Verificar o sistema
Foi definido um plano de verificação e validação do sistema:
Validação dos pré-requisitos
- Auditorias internas
- Revisão de todos os registos relacionados com os pré-requisitos –
higienização, recepção matérias-primas, armazenamento, confecção e
distribuição.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
33
- Ensaios microbiológicos
Contagem de aeróbios mesofilos ( <1 u.f.cm2/ cm), uma vez por ano para
validar a higienização, nos manipuladores, superfícies, equipamentos, utensílios,
infra-estruturas.
Validação da análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo
- Validação do PCC – Legislação, artigos científicos, Código de Boas Práticas
- Verificação dos Registo de monitorização – verificar se o PCC está dentro dos
limites críticos definidos – Verificação uma vez por semana
- Auditorias às actividades de monitorização – para ver se são executadas
correctamente.
- Auditorias internas de dois em dois meses a todos os registos de controlo de
segurança alimentar.
- Ensaios microbiológicos às matérias-primas, aos produtos intermédios e ao
produto final.
A verificação e validação do sistema ficaram em curso na Instituição.
As 15 etapas para a implementação de um sistema HACCP definidas pela EU-
RAIN estão orientadas para o sector da restauração (16), o que facilitou o
desenvolvimento e implementação de um efectivo controlo de segurança
alimentar.
Ao longo deste trabalho foram descritos todos os pré-requisitos e boas práticas
de fabrico instituídos no decorrer da intervenção no Centro Social, de forma a
sustentar a implementação do sistema HACCP.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
34
De uma maneira geral, foram efectuadas diversas alterações que possibilitaram
implementar a maioria dos pré-requisitos e requisitos necessários. Algumas
etapas, como a verificação e validação do sistema não ficaram concluídas. Isto
não se prendeu apenas com o tempo de duração do trabalho na instituição, mas
também, com as dificuldades sentidas pela equipa HACCP em se reunir e tomar
decisões, e obtenção da aprovação por parte da Direcção.
A necessidade da realização de investimentos foi, também, uma condicionante
importante e relevante, principalmente a nível financeiro, porque a instituição
atravessa grandes dificuldades nesse sector. Este facto condicionou a cadência
desejada de implementação do HACCP. Apesar destas dificuldades, os
procedimentos do HACCP e instruções de trabalho definidas, foram
implementadas com êxito pelos responsáveis, tendo-se verificado o seu
cumprimento na prática ( implementação e rotina).
V - Conclusão
O sistema de Segurança Alimentar baseado na metodologia HACCP aplicado
no Centro Social, foi desenhado de forma a controlar o processo da produção de
refeições. Como resultado da implementação deste sistema, os produtos
acabados foram mantidos sobre um controlo mais apertado e, consequentemente,
melhoradas quer a segurança quer a qualidade dos mesmos.
A implementação do Sistema HACCP melhorou a organização do trabalho,
bem como a garantia de uma maior segurança dos produtos.
É importante que o trabalho realizado na instituição seja completado, visto que
a população alvo pertence a dois grupos de risco em termos de segurança
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
35
alimentar. O sistema deverá ser verificado e validado pela equipa HACCP e a
implementação em rotina dos pré-requisitos terá de ser assegurada.
Fica deste modo, em aberto a prossecução deste trabalho, assim como, a sua
validação final e revisão de toda a metodologia HACCP.
A implementação bem sucedida do HACCP no Centro Social está estritamente
dependente da disponibilidade e empenhamento de toda a equipa HACCP e da
boa vontade da Direcção.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
36
VI - Referências Bibliográficas
1. Ministério da Segurança Social e Programa Operacional de Emprego Formação
Profissional e Desenvolvimento. Manual dos Processos Chave Centro de Dia,
PC06 - Nutrição e Alimentação. 2004:6-8
2. Escola Superior de Biotecnologia. Manual de Higiene e Segurança Alimentar.
Boas Práticas na preparação de alimentos para Idosos. Universidade Católica
Portuguesa; 2003.
3. Baptista P, Pinheiro G, Alves P. Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar. In:
Forvisão - Consultoria em Formação Integrada SA, editor. 1º Edição ed.
Guimarães; 2003.
4. Baptista P, Venâncio A. Os Perigos para a Segurança Alimentar no
processamento de alimentos. In: Forvisão - Consultoria em Formação Integrada L,
editor. 1ª Edição ed. Guimarães; 2003.
5. Cipriano R, Grilo S. Higiene e Segurança Alimentar. In: ARESP - Associação da
Restauração e Similares de Portugal, editor. Código de Boas Práticas para a
Restauração Pública. Lisboa; 2006.
6. Codex Alimentarius Commission, CAC/RCP 1-1969. Recommended International
Code of Practice-General Principles of Food Hygiene. Codex Alimentarius
Comission. 1999.
7. Baptista P, Antunes C. Higiene e Segurança Alimentar na Restauração. In:
Forvisão - Consultoria em Formação Integrada SA, editor.; 2005. Volume I -
Iniciação.
8. Baptista P, Antunes C. Higiene e Segurança Alimentar na Restauração. In:
Forvisão - Consultoria em Formação Integrada SA, editor.; 2005. Volume II -
Avançado, p. 39-40.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
37
9. Conselho da União Europeia. Directiva 93/43. Jornal Oficial das Comunidades
Europeias. 1993 Jun 14: Estabelece as regras relativas à higiene dos géneros
alimentícios.
10.Parlamento Europeu, Conselho da União Europeia. Regulamento (CE) nº
852/2004. Jornal Oficial da União Europeia. I (2004-04-29): Estabelece as regras
gerais destinadas aos operadores das empresas do sector alimentar, no que se
refere à higiene dos géneros alimentícios.
11.Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos. Linhas
de Orientação para Aplicação do Sistema de Análise de Perigos e Controlo de
Pontos Críticos HACCP. p 3. 1999.
12.Comissão das Comunidades Europeias. Documento de orientação sobre a
aplicação de procedimentos baseados nos princípios HACCP e sobre a
simplificação da aplicação dos princípios HACCP em determinadas empresas do
sector alimentar. Bruxelas: Jornal Oficial da União Europeia; 2005.
13.USDA -United States Department of Agriculture. Guidebook for the preparation of
HACCP plans. Food Safety and Inspection Service. May 1999.
14.Comissão das Comunidades Europeias. Projecto de Documento de Orientação
sobre a aplicação de procedimentos baseados nos princípios HACCP e sobre a
simplicação da aplicação dos princípios HACCP em determinadas empresas do
sector alimentar. 2005.
15.Comission CA. Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP) System and
Guidelines for its Application. 1996; (Appendix II from Report of the 29th Session of
the Codex Comittee on Food Hygiene):Oct 1996
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
38
16.Declan B, Maunsell B. Guidelines for Food Safety Control in European
Restaurants. In: The Food Safety Department, Teagasc - The National Food
Centre, editores. Dublin; 2004.
17.Codex Alimentarius Commission. Code of Hygienic Practice for precooked and
cooked food in mass catering. CAC/RCP 39-1993. Codex Alimentarius.
18.Baptista P, Noronha J, Oliveira J, Saraiva J. Modelos Genéricos de HACCP. In:
Forvisão - Consultoria em Formação Integrada SA, editor. Guimarães; 2003. p.
11-13.
19.Codex Alimentarius Commission. Principles and guidelines for the conduct of
microbiological risk assessment. CAC/GL-30 (1999). Codex Alimentarius; 1999.
20.Swaminathan B, Gerner-Smidt P, Whichard J. Foodborne Disease Trends and
Reports. Foodborne pathogens and disease. 2006; Volume 3(Number 4):316-17
21.WHO - World Health Organization. Country Reports: PORTUGAL 1993 – 1998.
WHO Surveillance Programme for Control of Foodborne Infections and
Intoxications in Europe. 7th Report
22.Anuário Estatístico de Portugal. Instituto Nacional de Estatística, IP. 2006;
23.Catarino J. Vigilância epidemiológica – Doenças de Declaração Obrigatória, .
Divisão de Epidemiologia. Casos notificados no 1º trimestre de 2005 e 2006 –
Portugal. Direcção-Geral da Saúde; 2006.
24.Catarino J. Vigilância epidemiológica – Doenças de Declaração Obrigatória
Divisão de Epidemiologia. Casos notificados no 2º trimestre de 2005 e 2006 –
Portugal. Direcção-Geral da Saúde; 2006.
25.Catarino J. Vigilância epidemiológica – Doenças de Declaração Obrigatória, .
Divisão de Epidemiologia. Casos notificados no 3º trimestre de 2005 e 2006 –
Portugal. Direcção-Geral da Saúde; 2006.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
39
26.Catarino J. Vigilância epidemiológica – Doenças de Declaração Obrigatória
Divisão de Epidemiologia. Casos notificados no 4º trimestre de 2005 e 2006 –
Portugal. Direcção-Geral da Saúde; 2006.
27.Codex Alimentarius Commission. Código de practicas de higiene para los
alimentos precocinados e cocinados en los servicios de comidas para
colectividades. CAC/RCP 39-1993. Codex Alimentarius.
28.Meldrum R. Report on the Welsh Food School Survey. Welsh Food
Microbiological Forum. 2007;
29.Comissão das Comunidades Europeias. Regulamento (CE) Nº 1441/2007 de 5
de Dezembro de 2007. Jornal Oficial da União Europeia: Altera o Regulamento
(CE) n.o 2073/2005 relativo a critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros
alimentícios.; 2007. L 322/12 - L 22/29.
30.Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e das Pescas. Decreto-Lei n.o
37/2004. de 26 de Fevereiro. Diário da República — I Série - A; Nº 48; 26 de
Fevereiro de 2004: O presente diploma estabelece condições a que deve
obedecer a comercialização dos produtos da pesca e aquicultura congelados,
ultracongelados e descongelados. 1006-09.
31.Parlamento Europeu, Conselho da União Europeia. Regulamento (CE) nº
853/2004. Jornal Oficial da União Europeia. I (2004-04-29): Estabelece as regras
gerais destinadas aos operadores das empresas do sector alimentar, no que se
refere à higiene dos géneros alimentícios de origem animal.
32.JohnsonDiversey. Suma Tab D4 - Pastilhas desinfectantes, . Dados Técnicos.
JohnsonDiversey; 2005.
33.Ministério da Agricultura da Saúde do Ambiente e dos Recursos Naturais.
Portaria Nº 1135/95. de 15 de Setembro. Diário da República - I Série - B; Nº 214;
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
40
15.9.1995: Estabelece normas de qualidade para as gorduras e óleos comestíveis
utilizados na fritura, bem como as condições específicas da utilização desses
produtos na preparação e fabrico de géneros alimentícios. 5836.
34.Holah J. Food Processing Equipment Design and Cleanability. In: Campden and
Chorleywood Food Research Association, editor. F-FE 377A/00 [May 2000].
United Kingdom.
35.AESBUC - Associação para a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade
Católica. Manual de Higienização na Indústria Agro-Alimentar.
36.Baptista P. Higienização de equipamentos e instalações na Indústria Agro-
Alimentar. Guimarães: Forvisão - Consultoria em Formação Integrada, Lda; 2003.
37.Santos I. et al. Valores Guia para a avaliação da qualidade microbiológica de
alimentos prontos a comer preparados em estabelecimentos de restauração.
Centro de Segurança Alimentar e Nutrição,.
38.Limpo B. et al. O livro de Pantagruel. Temas e Debates. 4ª edição. 1998.
39.Centro de Segurança Alimentar e Nutrição, editor. A Temperatura....e a
segurança alimentar. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo
Jorge.Ministério da Saúde; 2006.
40.Vaz A, Moreira R, Hogg T. Introdução ao HACCP. In: AESBUC - Associação
para a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica. Março 2000.
Ricardo Micael Mendes Morais Carvalheiro
42
TÍndice de Anexos
UAnexo 1: Relatório da auditoria de diagnósticoU ............................................... a1
UAnexo 2. Princípios do HACCPU ........................................................................ a10
UAnexo 3. Aplicação dos princípios do HACCPU ............................................... a11
UAnexo 4. Tabela e matriz de riscoU .................................................................... a12
UAnexo 5. Árvore de DecisãoU ............................................................................. a14
UAnexo 6. Último Relatório de Auditoria InternaU .............................................. a15
UAnexo 7: Planos de higienizaçãoU ..................................................................... a24
UAnexo 7.1. Zona de recepção/ Economato principal/ Economato
Secundário/Copa limpaU ................................................................................ a24
UAnexo 7.2. CozinhaU ....................................................................................... a25
UAnexo 8. Registo de higienização das instalaçõesU ........................................ a27
UAnexo 9. Higienização das mãosU ..................................................................... a28
UAnexo 10. Acção de formação – “Higiene e Segurança Alimentar na
Restauração” U ..................................................................................................... a29
UAnexo 11. Acção de formação “Sistema HACCP no Centro Social e Paroquial
de Ferreira-a-NovaU............................................................................................. a34
UAnexo 12. Instrução de trabalho - Recepção de matérias-primasU ................ a40
UAnexo 13. Folha de controlo da recepção da matéria-primaU......................... a42
UAnexo 14. Folha de não-conformidade da matéria-primaU.............................. a43
UAnexo 15. Instrução de Trabalho – Armazenamento de produtos à
temperatura ambiente U ....................................................................................... a44
UAnexo 16. Instrução de Trabalho – Armazenamento de produtos à
temperatura de refrigeração U............................................................................. a45
UAnexo 17. Instrução de Trabalho – Armazenamento a temperaturas de
congelaçãoU......................................................................................................... a47
43
UAnexo 18. Folha de registo de temperatura das câmaras de frioU ................. a48
UAnexo 19. Formação da Equipa HACCPU.......................................................... a49
UAnexo 20. Ficha Técnica AlimentarU ................................................................. a51
UAnexo 21. Fluxograma de produçãoU................................................................ a52
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a10
Anexo 2. Princípios do HACCP
Principio 1
Proceder a uma Análise de Perigos
Principio 2
Determinar Pontos Críticos de Controlo
Princípio 3
Estabelecer Limites Críticos
Principio 4
Estabelecer sistema de monitorização para os PCC´s
Princípio 5
Estabelecer acções correctivas
Princípio 6
Estabelecer procedimentos de verificação
Princípio 7
Estabelecer documentação relativa a todos os procedimentos e registos
adequados a estes princípios e à sua aplicação
In:
Codex Alimentarius Commission, CAC/RCP 1-1969. Recommended International Code of Practice-General Principles of Food Hygiene. Codex Alimentarius Comission. 1999.
a11
Anexo 3. Aplicação dos princípios do HACCP
1. Determinar os objectivos, estratégias e recursos necessários
2. Reunir uma equipa HACCP
3. Reunir informação relativa aos produtos finais
4. Reunir informação relativa aos processos de preparação/confecção
5. Identificar e rever as fontes de informação relativa a perigos
6. Identificar os perigos associados a cada etapa
7. Avaliar o Risco
8. Listar potenciais medidas de controlo
9. Determinar Pontos Críticos de Controlo
10. Estabelecer Limites Críticos
11. Estabelecer procedimentos de monitorização
12. Estabelecer medidas correctivas
13. Compilar um plano HACCP
14. Documentar o sistema HACCP
15. Verificar o sistema
In:Declan B, Maunsell B. Guidelines for Food Safety Control in European Restaurants. In: The Food Safety Department, Teagasc - The National Food Centre, editores. Dublin; 2004.
a12
Anexo 4. Tabela e matriz de risco
A severidade relaciona-se com o potencial do perigo em causar doenças. É
certo que nem todos os microrganismos são classificados da mesma maneira
quanto à sua severidade. O tipo de perigo que um microrganismo representa varia
num escala de nulo a muito grave.
O risco é também uma função da probabilidade de um perigo ocorrer e
afectar a saúde do consumidor. A avaliação da probabilidade é um parâmetro
muito particular, uma vez que nem todos os perigos têm a mesma probabilidade
de ocorrência P
(6, 19)PPP. A probabilidade de ocorrência é altamente variável de
instituição para instituição. É sempre difícil determinar devido à falta de histórico
de ocorrência.
Alta (3) 3 6 9
Média (2) 2 4 6
Baixa (1) 1 2 3
Baixa (1) Média (2) Alta (3)
Tabela 1 – Matriz de risco
In: Codex Alimentarius Food Hygiene Basic Texts
Pela interpretação da Tabela 1, o risco foi considerado significativo quando
o cálculo é 3.
Severidade
Prob
abili
dade
a13
Alta (3); efeitos graves para a saúde, obrigando a internamento, podendo
inclusive causar a morte. Exemplos: UPerigo Biológico U – toxina do Clostridium
botulinum, Salmonella tiphy, Escherichia coli 0157H7; UPerigo Químico U –
contaminação directa de alimentos por substâncias químicas proibidas ou
determinados metais pesados, como mercúrio, ou aditivos químicos que podem
causar intoxicação grave em número elevado ou que podem causar danos a
grupos consumidores mais sensíveis; UPerigo FísicoU – objectos estranhos e
fragmentos não desejáveis que podem causar lesão ou dano ao consumidor.
Média (2): a patogenicidade é menor assim como o grau de contaminação. Os
efeitos podem ser revertidos por atendimento médico, contudo, podem incluir
hospitalização. Exemplos: UPerigos Biológico U – outras Escherichia coli
enteropatogénicas, Salmonella spp, Vibrio parahaemolyticus, Listeria
monocytogenes; UPerigo Físico U – objectos estranhos e fragmentos não desejáveis
que podem causar lesão ou dano ao consumidor, mas com intensidade menor
que os incluídos na severidade alta, como objectos não cortantes, pedaços de
madeira, areias.
Baixa (1): causa mais comum de surtos, com disseminação posterior rara ou
limitada. Relevantes quando os alimentos ingeridos possuem uma grande
quantidade de patogénicos, podendo causar indisposição e mal-estar, sendo
eventualmente necessário atendimento médico. Exemplos: UPerigo Biológico U –
Bacillus cereus, Clostridium perfringens, Campylobacter jejuni, Yersinia
enterocolítica, Sthaphylococcus aureus; UPerigo Químico U – substâncias químicas
permitidas em alimentos que possam causar reacções moderadas, como
sonolência ou alergias transitórias.
a14
Anexo 5. Árvore de Decisão
In: Codex Alimentarius Commission, CAC/RCP 1-1969. Recommended International Code of
Practice-General Principles of Food Hygiene. Codex Alimentarius Comission. 1999.
Q1São possíveis medidas
preventivas e de controlo para
o perigo?
Modificar a etapa
Processo ou produto
Sim Não
Nesta etapa é necessário um controlo
para garantir a segurança?
SIM
Não Não é PCC Q2Esta etapa elimina ou
reduz o perigo para um
nível aceitável?
Não
Sim PCC
Q3Pode ocorrer perigo ou
aumento deste a valores não
aceitáveis?
Sim
Q4Existe uma etapa seguinte que
elimina ou reduz o perigo a
níveis aceitáveis?
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a27
Anexo 8. Registo de higienização das instalações
Data O que foi higienizado? Efectuado por: Observações Verificado por:
ATENÇÃO: Respeitar rigorosamente o Plano de Higienização (afixado)
a28
Anexo 9. Higienização das mãos
UComo lavar as mãos:
1. Molhar as mãos e os antebraços até aos cotovelos com água quente corrente.
2. Ensaboar bem as mãos e os antebraços com sabonete líquido desinfectante.
3. Lavar cuidadosamente os espaços entre os dedos, as costas das mãos e polegar.
4. Lavar as unhas com a escova adequada, escovando debaixo de água corrente.
5. Limpar e guardar a escova das unhas com as cerdas viradas para cima.
6. Passar por água corrente. 7. Ensaboar novamente as mãos. 8. Passar por água corrente. 9. Secar com toalhas de papel descartável, na direcção do antebraço.
NOTA: Não é necessário realizar o ponto 7 e 8 se as mãos não se apresentem
muito sujas.
Quando lavar as mãos:
1. Antes do início do serviço. 2. Sempre que se mude de tarefa e/ou preparação. 3. Após manipular equipamentos sujos. 4. Depois de assoar, tossir, espirrar, comer, beber ou fumar. 5. Sempre após a utilização dos sanitários. 6. Depois de mexer em dinheiro. 7. Antes de manipular alimentos prontos a consumir. 8. Depois de mexer em alimentos crus. 9. Depois de utilizar os produtos de higiene e limpeza. 10.Sempre que necessário.
a29
Anexo 10. Acção de formação – “Higiene e Segurança Alimentar na
Restauração”
Acção de Formação
Higiene e Segurança Alimentar
Na Restauração
Ricardo Carvalheiro
Estagiário de Ciências da Nutrição
17 de Outubro de 2007
Segurança Alimentar• Tipos de contaminação:
1. Microbiológicos – Salmonella, Listeria, Ténias, Bolor….- Apenas são detectados por análises laboratoriais !!!
2. Físicos Cabelos, Bocado de Cartão, Caroços de fruta, cabos de madeira, um botão, cigarro
3. Químicos Produtos de desinfecção, óleo da máquina, lixívia
Podem provocar doenças e ferimentos aos utentes
Bactérias duplicam o seu número de 20 em 20 minutos
Germes e Bactérias NocivasOnde se encontram:
• Pessoas
• Utensílios de limpeza
• Insectos
• Mãos
• Alimentos Crús
• Embalagens
• Animais
• Lixo
• Equipamento alimentar
Higiene PessoalNão podem trabalhar na cozinha pessoas com:
• Doenças contagiosas• Doenças da pele• Doenças do aparelho digestivo • Diarreia• Febre • Inflamação da garganta, nariz, ouvidos e olhos
Deve ser feito, pelo menos, um exame médico anual
Cortes e queimaduras:- Devem estar tapados com pensos coloridos, impermeáveis e usar luvas
Higiene PessoalLavar as mãos
Quando ?
• Antes de começar a trabalhar• Depois de ir à casa de banho• Depois de uma pausa• Depois de tocar em alimentos crús• Quando se muda de tarefa• Depois da limpeza da cozinha• Depois de tocar no lixo• Depois de tocar no cabelo,olhos, boca, ouvido ou nariz• Depois de fumar,comer ou beber• Sempre que estiverem sujas
Como lavar as mãos?1. Molhar as mãos e antebraços com água morna
2. Aplicar o sabonete desinfectante nas mãos e antebraçosZonas mais sujas: - Cova da mão- À volta do polegar- Nas pontas dos dedos- Zona entre os dedos- Costas das mãos
3. Esfregar as unhas com escova para unhas
4. Passar por água
5. Secar com toalhas de papel descartável
a30
Fardamento• Roupa usada fora do local de trabalho deve ser
deixada no vestiário• Uniforme deve ser de USO EXCLUSIVO ao local de
laboração
Como colocar o uniforme?1. Touca2. Bata e calças3. Calçado4. Lavar as mãos a seguir
Unhas• Limpas
• Curtas
• Não devem ser roídas
• Deve existir uma escova própria para a sua lavagem
• Lavagem das unhas SEMPRE debaixo de água
Maquilhagem• Não utilizar pó de arroz ou outros produtos quando se
trabalha na cozinha
PROIBIDO NA COZINHA
• Totalmente PROIBIDO fumar na cozinha ou espaços em seu redor !!!
• Tossir, Espirrar e Cuspir
- Se acontecer proteger boca e nariz com toalhete e lavar as mãos de seguida
-Comer e beber ou Pastilhas Elásticas
Visitantes
• Devem seguir todas as regras enunciadas para os trabalhadores
• Deve existir um KIT DE VISITANTE, constituído por: bata (plástico); touca, protectores para os sapatos e luvas
Má Higiene PessoalO que pode provocar?Doenças no consumidor de alimentos
- Diarreia
- Dores de estômago
- Infecções na pele
- Vómitos
Preparação de alimentos• Lavar as mãos quando se muda de tarefa
• Lavar as mãos quando se toca em alimentos crus
• Utilizar utensílios de cozinha diferentes para os vários tipos de alimentos
• Cada trabalhador deve manter o seu espaço de trabalho limpo e arrumado
a31
Armazenamento Armazenamento ArmazenamentoTemp. Ambiente Temp.Refrigeração
entre 0 e 5ºC Temp.congelados: = 18 ºC
Recepção
Fraccionamento e PreparaçãoDescongelação
Cozinha Fria Cozinha QuenteCozedura e Fritura
Empratamento
Distribuição
Recepção dos produtos
Modelo de Registo de controlo recepção matérias-primasRegisto
Cada RecepçãoFrequência
CONTROLO TEMPERATURA Vigilância
Temperatura de recepção da matéria-prima correctaEvitar presença de produtos perecíveis fora da conservação
Medida Preventiva
Biológico – Crescimento microbianoPERIGO
Armazenagem
Modelo de Registo de temperatura de equipamento de frio
Registo
Ajustar TermostatoPreencher Modelo Anomalias de Equipamento
Medidas Correctivas
2 vezes por dia – 1ª hora e última hora do diaFrequência
CONTROLO TEMPERATURA com termómetro da unidade dentro da Câmara
Vigilância
Temperatura Negativa -20 a -18 º CTemperatura de Refrigeração: 0 a 5 ºC
Limites
Temperatura de Armazenagem CorrectaMedida Preventiva
Biológico – Crescimento PERIGO
a32
ArmazenagemNo economato
Protegidos da humidade e luz directa
Temperatura entre 15- 20 ºC
Separar Produtos alimentares e não alimentares
Separar os alimentos por famílias
Primeiro produto a entrar é o primeiro a sair – FIFO
Data de validade próxima de acabar é o primeiro a sair - FEFO
Não colocar os géneros encostados à parede ou chão
Não devem estar pousados no chão- ESTRADOS NO CHÃO- PRATELEIRAS COM ALTURA DE 10-30 cm para circulação de ar
Armazenagem• FRIO:
Não colocar os géneros encostados à parede ou chão
Remover o mais possível de papel/cartão
Separar os alimentos por géneros
Separar sobras dos outros alimentos – COLOCAR NA PARTE DE CIMA
Fazer plano de arrumação dos alimentos
Colocar os alimentos a preparar na câmara de refrigeração- COLOCAR NA PARTE DE BAIXO
Descongelação
Descongelação deve ser feita no frio !
NUNCA DESCONGELAR À TEMPERATURA AMBIENTE !
Consumidos no prazo máximo de 24 horas
Cozinha Fria
Modelo de Registo de desinfecção de legumesRegisto
Voltar a lavar em água límpidaMedidas Correctivas
A cada preparaçãoFrequência
SupervisãoVigilância
Suma Tab – 1 pastilha por cada 20 litros de água; Mergulhar durante 5 minutos; ENXAGUAR
BEM em água corrente
Limites
Desinfecção adequada dos vegetais, Legumes, frutas para consumo em crú
Medida Preventiva
Resíduo de Desinfectantes nos vegetais e fruta PERIGO
Cozinha Fria
Tempo máximo do alimento a temperaturas ambientes
1 hora
Os produtos fatiados devem ser manuseados com LUVAS!!!
a33
Cozinha Quente
Voltar a aquecer o produto até atingir 75ºCMedidas Correctivas
Todos os prato com ingredientes de origem animal
Frequência
Relação tempo/TemperaturaObservação visual
Vigilância
No final da confecção os alimentos devem atingir temperatura de 70-75ºC no centro do alimento
Alimentos não podem estar mal passados(excepto se o utente pedir)
Limites
Práticas e temperaturas correctas de confecçãoMedida Preventiva
Biológico – Insuficiente redução microbianaPERIGO
Cozinha Quente
• Alimentos mantidos a temperatura de:
65ºC• Recolher amostra preventiva todos os dias – 200 g.
Óleo de fritura
Substituir o óleo e RegistarCalibrar temostato
Medidas Correctivas
Modelo de Registo de Temperatura e teste de Oxidação de óleos de fritura
Registo
Sempre que se inicia a frituraOxidação: Pelo menos uma vez por semana em cada
fritadeiraNo final de cada fritura
Frequência
Temperatura do óleo de frituraTeste de oxidação dos óleos
Observação visual
Vigilância
Respeitar temperatura de fritura – máx. 180ºCLimite Crítico
Usar óleo de fritura em bom estadoTemperatura adequada dos óleos de fritura
Fritadeira com termostato funcional
Medida Preventiva
Químico – Contaminantes resultante da degradação do óleo de fritura
PERIGO
Distribuição
Pratos Frios: Destruir produto se temperatura dos produtos for > 10 ºC durante mais de 2 horas
Pratos quentes: > 65 ºC
Medidas Correctivas
Modelo de Registo de Temperatura dos produtos prontos a servir
Modelo de Registo de Recolha de Amostras
Registo
DiárioFrequência
CONTROLO TEMPERATURAVigilância
Pratos frios: < 10 ºCPratos Quentes: > 65ºC
Limites
Temperatura correcta dos produtos na distribuição
Medida Preventiva
Crescimento MicrobianoPERIGO
Limpeza da Cozinha
• Eliminação dos resíduos maiores a seco (Pré-limpeza)
- vasouras,escovas e outros utensílios parra varrer
• Pré-enxaguamento- água fria a baixa pressão
• Limpeza- Panos descartáveis, vassouras (???????) e detergentes
• Enxaguamento- Efectuado com água
a34
Desinfecção da Cozinha
• Aplicação dos produtos desinfectantes
• Pode ser feita ao mesmo tempo que a limpeza, se não houver muita sujidade
- Limpeza a seco- Pré enxaguamento- Limpeza e desinfecção- Enxaguamento
Obrigado pela vossa atenção !
Anexo 11. Acção de formação “Sistema HACCP no Centro Social e
Paroquial de Ferreira-a-Nova
a35
Sistema HACCP
no Centro Social e Paroquial de Ferreira-a-Nova
25 de Março de 2008Ricardo Carvalheiro
ZONA DE RECEPÇÃO
ZONA DE RECEPÇÃO
• Zona individualizada
• Onde ocorre a descartonagem
• Verificação da qualidade e quantidade dos produtos
• Colocar os produtos sobre estrados ou prateleiras
• Importante estar devidamente higienizada
PCC 1 - Recepção dos produtos
Modelo de Registo de controlo recepção matérias-primasRegisto de recusa da matéria
Registo
Rejeição do Produto e informar o fornecedorMedidas Correctivas
Cada RecepçãoFrequência
CONTROLO TEMPERATURAVigilância
Carne de Pescado Congelado: -15ºCProdutos Hortícolas Congelados: -13 ºCCarnes Frescas; Charcutaria; Fiambre : < 7ºCAves e Criação: < 4ºCIogurtes/Manteiga: < 6ºC
Limite Crítico
Temperatura de recepção da matéria-prima correctaEvitar presença de produtos perecíveis fora da conservação
Medida Preventiva
Biológico – Crescimento microbianoPERIGO
RECEPÇÃO DOS PRODUTOS
Temperatura dos produtos
Nº Factura:
Rejeição do produto
Fazer registo de recusa da matériaSe produtos congelados apresentarem temperaturas:
Pescado: -15ºC (Dec.Lei 37/2004)Hortícolas: -13ºC Aves e criação: -18ºC (Reg- 853/2004)
Ou refrigerados: (Reg- 853/2004)Carnes frescas> 7 ºCCharcutaria> 5 º CLacticínios: 6º C
Temperatura dos veículos de transporte
C / NCTºC
Matérias-primas (cor, textura, odor e consistência)
Nº Lote:
Rotulagem e prazo de validade
Integridade da embalagem
Avisar o fornecedor
Condições de higiene do veículo
Quantidade coincide com nota de encomenda?
Medidas Correctivas em caso de NCNão conforme“NC”
Conforme“C”
Parâmetros de controlo
RastreabilidadeProduto:Fornecedor:Data:
REGISTO DE RECUSA DE MATÉRIAS-PRIMAS
ResponsávelMedidas Correctivas Efectuadas
Motivo da Rejeição
Identificação do fornecedor
Identificação do(s) produto(s)
Data
a36
ARMAZENAMENTO
ARMAZENAMENTO
• Separar Produtos alimentares e não alimentares
• Separar os alimentos por famílias
• Primeiro produto a entrar é o primeiro a sair – FIFO
• Data de validade próxima de acabar é o primeiro a sair -FEFO
• Não colocar os géneros encostados à parede ou chão
• Não devem estar pousados no chão
PCC 2 e 3 - Armazenagem
Modelo de Registo de temperatura de equipamento de frio
Registo
Preencher Modelo Anomalias de EquipamentoMedidas Correctivas
2 vezes por dia –1ª hora e última hora da laboração
Frequência
CONTROLO TEMPERATURA com termómetro da unidade dentro da Câmara
Vigilância
Temperatura Negativa -18 º CTemperatura de Refrigeração: 0 a 5 ºC
Limite Crítico
Temperatura de Armazenagem CorrectaMedida Preventiva
Biológico – Crescimento PERIGO
a37
Regras na descongelação
• Descongelar no refrigerador
• Utilizar recipiente com fundo falso crivado
• Não deve ultrapassar 24 horas
• Colocar na parte mais baixa do refrigerador
COZINHA
PCC 4Lavagem e desinfecção hortofrutícolas
Modelo de Registo de desinfecção de legumesRegisto
Voltar a lavar em água límpidaMedidas Correctivas
A cada preparaçãoFrequência
SupervisãoVigilância
Suma Tab – 1 pastilha por cada 20 litros de água; Mergulhar durante 5 minutos; ENXAGUAR
BEM em água corrente
Limite Crítico
Desinfecção adequada dos vegetais, Legumes, frutas para consumo em crú
Medida Preventiva
Resíduo de Desinfectantes nos vegetais e fruta PERIGO
a38
PCC 5 – Cozinha Quente
Voltar a aquecer o produto até atingir 75ºCMedidas Correctivas
Todos os prato com ingredientes de origem animal
Frequência
Relação tempo/TemperaturaObservação visual
Vigilância
No final da confecção os alimentos devem atingir temperatura de 70-75ºC no centro do alimento
Alimentos não podem estar mal passados(excepto se o utente pedir)
Limite Crítico
Práticas e temperaturas correctas de confecçãoMedida Preventiva
Biológico – Insuficiente redução microbianaPERIGO
PCC 6 – Óleo de fritura
Substituir o óleo e RegistarCalibrar temostato
Medidas CorrectivasModelo de Registo de Temperatura e teste de Oxidação de
óleos de frituraRegisto
Sempre que se inicia a frituraOxidação: Pelo menos uma vez por semana em cada
fritadeiraNo final de cada fritura
Frequência
Temperatura do óleo de frituraTeste de oxidação dos óleos
Observação visual
Vigilância
Não usar óleos de fritura cujo resultado do teste de oxidação seja superior a 25 %Apresente cor verde amarela
Respeitar temperatura de fritura – máx. 180ºC
Limite Crítico
Usar óleo de fritura em bom estadoTemperatura adequada dos óleos de fritura
Fritadeira com termostato funcional
Medida Preventiva
Químico – Contaminantes resultante da degradação do óleo de frituraPERIGO
a39
Regras na cozinha
• Existe 5 zonas separadas na cozinha- Preparação de carne/peixe- Manipulação carne/peixe cozinhados- Preparação hortaliças/frutos- Ilha de confecção- Copa Suja
• Não manipular hortaliças e frutos em simultâneo• Utilizar a copa suja apenas para recepção de louça suja• Respeitar rigorosamente o plano de higiene da cozinha
DISTRIBUIÇÃO
Regras na distribuição• Saladas, frutas, sobremesas separadas do prato quente
• Veículos de transporte devidamente higienizados
• Caixas de transporte limpas e devidamente fechadas
• Realizar a tarefa sem interrupções
Zona de perigo
5ºC 65ºC
PCC 7 – Distribuição
Pratos Frios: Destruir produto se temperatura dos produtos for > 10 ºC durante mais de 2 horas
Pratos quentes: > 65 ºC
Medidas Correctivas
Modelo de Registo de Temperatura dos produtos prontos a servir
Modelo de Registo de Recolha de Amostras
Registo
DiárioFrequência
CONTROLO TEMPERATURAVigilância
Pratos frios: < 10 ºCPratos Quentes: > 65ºC
Limite Crítico
Temperatura correcta dos produtos na distribuiçãoMedida Preventiva
Crescimento MicrobianoPERIGO
a40
Anexo 12. Instrução de trabalho - Recepção de matérias-primas
1.Objectivo
Pretende-se com esta Instrução de Trabalho escrever o método de recepção de matérias-primas.
2. Descrição
Os locais de recepção das matérias-primas devem permanecer devidamente higienizados, possuir ventilação e iluminação suficiente para as actividades de verificação e ser dotados de mesa ou bancada de inspecção e balança.
UHigiene:
1. Respeitar o plano de higienização afixado. 2. Balança limpa e com ausência de ferrugem.
UControlo de mercadoria:
No acto de recepção das matérias-primas, o responsável pela execução da tarefa, deve verificar as condições de transporte e descarga, observando:
a41
a) UCondições de transporte
- Temperatura do veículo; - Estado higio-sanitário do interior da viatura; - Acondicionamento da mercadoria; - Transporte de produto com outros que o possam contaminar;
b) UCondições de entrega do produto
- Registos de temperatura dos géneros alimentícios refrigerados e congelados.
Rejeitar todos os produtos que apresentem:
UProdutos congelados U:
Pescado: -15ºC Hortícolas: -13ºC Aves e criação: -18ºC
UProdutos refrigerados:
Lacticínios: 6 º C Charcutaria não estável: 5 º C - Embalagens conspurcadas, violadas ou danificadas, que ponham em causa a integridade do produto. - Latas ou pacotes opados (abaulados), amolgados, enferrujados, ou violados, bem como produtos em frascos com bolhas de ar no interior. - Rotulagem pouco perceptível ou incompleta. - Prazo de validade expirado ou inadequado à data de consumo. - Produtos diferentes dos requisitados, ou com outras diferenças, tais como: peso, número de unidades, calibre, volume, etc. - Produtos com alteração das características orqanolépticas (Ex: cheiro, cor, brilho, textura, sabor). - Fruta excessivamente madura, contaminada com bolores, ou infestadas por larvas ou insectos adultos. - Hortícolas com folhas velhas, raízes podres, excesso de terra ou molhados. - Ovos partidos ou sujos. - Produtos “semi-congelados” (com sinais de descongelação) - Queijos com bolores, desde que não sejam característicos do tipo. - Enchidos com bolores em contacto directo com a massa; - Carnes de consistência mole, viscosas, de cor escurecidas e cheiro desagradável. -Nas carnes de suíno são ainda de rejeitar as carnes descoradas e de "aparência húmida".- Fiambres com descoloração ou evidenciando alterações da cor, nomeadamente manchas verdes. Carnes não compactadas ou cheiro anormal; - Todos os produtos que apresentam sinais da presença de parasitas, quer sejam perecíveis ou não perecíveis (Exemplo: vermes, gorgulho. moscas, baratas, lesmas, etc.).
a42
UEmbalagens exteriores envolventes
Todos os produtos embalados em sacos ou caixas, enlatados ou engarrafados, devem ser retirados das embalagens exteriores envolventes (cartões, papéis ou plásticos), tomando em conta os seguintes casos particulares:
- Congelados: sempre que possível retirar a caixa exterior de cartão, introduzindo a embalagem interna com o produto, num saco de plástico transparente. Neste caso devem manter-se junto do produto as indicações da rotulagem constantes da embalagem de origem.
Quando por uma questão de facilidade de arrumação, houver necessidade de manter a embalagem exterior de origem, esta deve também ser introduzida num saco de plástico transparente.
- Ovos: devem ser retirados da caixa de transporte. Sempre que possível os ovos devem ser retirados dos alvéolos de transporte e colocados em caixa de higienização fácil. O rótulo deve ser preservado junto dos ovos.
Anexo 13. Folha de controlo da recepção da matéria-prima
Data: Fornecedor: Produto: Rastreabilidade
Parâmetros de controlo Conforme
“C” Não
conforme“NC”
Medidas Correctivas em caso de NC
Condições de higiene do veículo
Integridade da embalagem
Quantidade coincide com nota de encomenda?
Rotulagem e prazo de validade
Matérias-primas (cor, textura, odor)
Tº C C / NC
Avisar o fornecedor
Nº Lote:
a43
Temperatura dos veículos de transporte
Temperatura dos produtos
Rejeição do produto
Fazer registo de recusa da matéria
Se produtos congelados apresentarem temperaturas:
Pescado: -15ºC (Dec.Lei 37/2004)
Hortícolas: -13ºC
Aves e criação: -18ºC (Reg- 853/2004)
UOu refrigerados:U (Reg- 853/2004)
Carnes frescas> 7 ºC Charcutaria> 5 º C Lacticínios: 6º C
Nº Factura:
Observações gerais:
Anexo 14. Folha de não-conformidade da matéria-prima
Data Identificaçãodo (s)
produto (s)
Identificaçãodo
fornecedor
Motivoda
Rejeição
MedidasCorrectivasEfectuadas
Responsável
a44
Anexo 15. Instrução de Trabalho – Armazenamento de produtos à
temperatura ambiente
1.Objectivo
Pretende-se com esta Instrução de Trabalho escrever o método de armazenamento de produtos a temperatura ambiente.
2. Descrição
Deverá existir ou criar um local próprio para armazenagem de vasilhame, batatas e cebolas.
Higiene:
1. Estar sempre limpo e arejado. 2. Estrados e caixas de plástico, que entrem em contacto directo com os
alimentos devem ser higienizados. 3. . Não deverão ser utilizados estrados de madeira. 4. Respeitar os planos de higienização afixados.
Ordenação dos produtos
a45
1. Rótulos virados para a frente, permitindo a sua leitura fácil.2. Os produtos mais pesados e as garrafas ficam nas prateleiras inferiores.3. O armazenamento de produtos não pode permitir que estes entrem em
contacto com o solo e paredes, devendo os estrados e prateleiras distar cerca de 20 cm do pavimento e das paredes.
4. Os produtos devem estar armazenados a temperaturas adequadas, devendo as prateleiras estar sempre limpas e um pouco afastadas da parede para evitar a passagem de possível humidade ou insectos para os alimentos armazenados.
5. As temperaturas e humidade devem estar adequadas ao não desenvolvimento de bolores, nem a outro tipo de infestações.
6. Saída dos produtos pelos princípios: FIFO – 1º Produto a entrar é o primeiro a sair
e FEFO – Produto com menor tempo de validade é o primeiro a sair 7. Separar produtos alimentares dos não alimentares. 8. Separar os alimentos por famílias. 9. Embalagens encetadas. Quando se inicia a utilização de um produto e esta
não é completa, protege-se sempre o produto restante (Exemplo: as especiarias são transferidas para frascos, as charcutarias e o queijo para caixas de plástico, que devem conter as indicações do rótulo, e apresentar-se sempre devidamente fechadas).
Anexo 16. Instrução de Trabalho – Armazenamento de produtos à
temperatura de refrigeração
1.Objectivo
Pretende-se com esta Instrução de Trabalho escrever o método de armazenamento de produtos a temperatura de refrigeração.
2. Descrição A rede de frio é composta por duas câmaras de refrigeração, devidamente identificadas com o número respectivo, de 1 a 2. As câmaras destinam-se exclusivamente ao armazenamento de produtos que necessitem de refrigeração e aos que estejam em descongelação. A câmara de refrigeração 1 é para armazenamento dos produtos em grande quantidade e para longos períodos de conservação. A câmara de refrigeração 2 é para armazenamento de produtos em descongelação e outros produtos que serão utilizados para a laboração seguinte. Deve evitar-se ultrapassar dois terços (2/3) da capacidade total das câmaras de refrigeração.
a46
Condições gerais do produto:
1. Não colocar os géneros encostados à parede ou chão
2. Remover o mais possível de papel/cartão
3. Separar os alimentos por géneros
4. Registar a temperatura dos equipamentos duas vezes por dia; um à 1ª hora da
laboração e outro à última hora de laboração.
5. Etiquetar todos os produtos com: designação do produto, data de refrigeração,
data de validade assinatura do operador e designação do produto.
6. Os produtos considerados não conforme devem ser correctamente
identificados como tal e isolados dos restantes com indicação expressa da sua
interdição para consumo.
7. Não coloque sacos de plástico sujos, molhados, "de supermercado" ou pretos
no equipamento de frio.
8. Não refrigerar carne, peixe ou outros produtos perecíveis, em contacto com o
sangue, ou líquidos provenientes do próprio produto.
9. Saída dos produtos pelos princípios:
FIFO – 1º Produto a entrar é o primeiro a sair
FEFO – Produto com menor tempo de validade é o primeiro a sair
Descongelação
1. Deve-se descongelar todos os produtos numa área refrigerada, a frio positivo
a uma temperatura máxima de 5ºC.
2. O período de descongelação não pode ultrapassar as 24 horas.
3. Nunca se deve descongelar à temperatura ambiente.
4. Ao descongelar alimentos, deve-se ter o cuidado de utilizar um recipiente
fechado com um fundo falso crivado, a fim de evitar que a água de
descongelação se vá acumulando junto dos produtos, visto constituir um bom
meio para a proliferação microbiana.
5. Colocar os produtos em descongelação, o mais abaixo possível.
6. A recongelação de um produto descongelado é formalmente proibida.
A título excepcional (esquecimento, entrega tardia do produto, etc.) poderá
recorrer-se à descongelação em água corrente e potável. Quando assim for a
a47
temperatura da água não deve ultrapassar os 21ºC e esta operação não
deverá ultrapassar as 4 horas
Quando ocorre uma avaria num equipamento de frio, todos os produtos devem
ser imediatamente retirados e colocados numa outra câmara de refrigeração
ou utilizados de imediato.
Sempre que no controlo diário se verifiquem oscilações das temperaturas
indesejáveis ou avarias, alerte de imediato os serviços de manutenção. Em
termos gerais as temperaturas aconselhadas para a manutenção dos
diferentes géneros no frio são:
- Produtos em descongelação, lacticínios, charcutaria: 5 º C;
- Hortofrutícolas não sensíveis ao frio: 5 º C
(Maçã, Pêra, Pêssego, Uva, Agrião, Alface, Alho, Cebola, Cenoura, Alho
francês, Nabo.)
Anexo 17. Instrução de Trabalho – Armazenamento a temperaturas de
congelação
1.Objectivo
Pretende-se com esta Instrução de Trabalho escrever o método de armazenamento de produtos a temperatura de congelação.
2. Descrição A rede de frio é composta por duas câmaras de conservação de congelados, devidamente identificadas com o número respectivo, de 1 a 2. A câmara de conservação de congelados 1 é para armazenamento exclusivo de produtos à base de carne ou peixe. Os diferentes produtos devem estar separados respeitando as divisórias existentes. A câmara de conservação de congelados 2 é para armazenamento exclusivo de hortícolas. Deve evitar-se ultrapassar dois terços (2/3) da capacidade total das câmaras de conservação de congelados.
Higiene:
1. Cumprir plano de higienização afixado 2. Ter em conta a acumulação de gelo; pode dificultar a limpeza das câmaras. 3. Volume de frio deve ser o suficiente para assegurar o armazenamento, a temperaturas e em
condições adequadas de todos os produtos.
a48
4. Não coloque sacos de plástico sujos, molhados, "de supermercado" ou pretos no equipamento de frio.
Condições gerais dos produtos
1. Devem ser usados apenas para manter os produtos adquiridos já nesse estado. 2. Os produtos devem estar bem acondicionados, em sacos próprios, transparentes, ou nas
caixas em que o fabricante os acondicionou, devendo estar convenientemente arrumadas 3. Etiquetar todos os produtos com: designação do produto, data de refrigeração, data de
validade assinatura do operador e designação do produto. 4. Saída dos produtos pelos princípios: FIFO – 1º Produto a entrar é o primeiro a sair FEFO – Produto com menor tempo de validade é o primeiro a sair
5. As temperaturas de armazenagem devem ser controladas e registadas duas vezes por dia, no início e no fim de cada laboração.
6. Os produtos considerados não conforme devem ser correctamente identificados como tal e isolados dos restantes com indicação expressa da sua interdição para consumo.
7. Quando ocorre uma avaria num equipamento de frio, todos os produtos devem ser imediatamente retirados e colocados numa outra câmara de conservação de congelados, ou utilizados de imediato.
NOTA: Sempre que no controlo diário se verifiquem oscilações das temperaturas indesejáveis ou avarias, alerte de imediato os serviços de manutenção. Em termos gerais as temperaturas aconselhadas para a manutenção dos diferentes géneros no frio são:
- Produtos congelados: -l8ºC
Anexo 18. Folha de registo de temperatura das câmaras de frio
Mês:_____________________ Mês:____________________
Manhã Tarde Operador Manhã Tarde Operador 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10 11 11 12 12 13 13 14 14 15 15
a49
16 16 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 22 22 23 23 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 29 30 30 31 31
Anexo 19. Formação da Equipa HACCP
CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA
Nome Assinatura
Administração Ana Marques
Responsável da Qualidade Ricardo Carvalheiro
Responsável da Recepção e Armazenamento de produtos
Nélia Santos
Responsável da documentação
Nélia Santos
Responsável de Cozinha Maria da Luz Ramos
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Responsável de Limpeza Lívia Santos
Responsável pela Manutenção Técnica
Ana Marques
Responsável pelo Apoio Domiciliário
Cristina Guímero
Responsável pela distribuição às Escolas.
Lurdes Castelo Branco
Coordenação Ricardo Carvalheiro
Funções da Equipa Compete à equipa participar na discussão do Sistema HACCP, emitindo pareceres sobre os aspectos específicos da actividade e responsabilidade dos respectivos membros.
O Desenvolvimento e Actualização do Sistema HACCP, nomeadamente no que diz respeito à estruturação dos pré-requisitos, elaboração do Plano HACCP são da responsabilidade da Equipa.
ADMINISTRAÇÃO A Gerência é a responsável máxima pelo projecto e pela selecção da equipa, pela motivação de todo o pessoal da empresa, por tomar medidas sempre que se verifiquem falhas repetidas, por promover os meios necessários (técnicos e humanos) para que o sistema HACCP funcione correctamente, pelo controlo orçamental e pela disponibilidade de recursos financeiros e humanos.
Responsável da QualidadeCompete ao Coordenador assegurar a ligação com a Administração, providenciar os meios necessários para desenvolvimento e aplicação do Plano HACCP e convocar a Equipa, ou alguns dos seus membros sempre que se justificar.
Providenciar os meios necessários para o desenvolvimento e a aplicação dos programas de trabalho e supervisionar ou executar os procedimentos e aplicação do Plano HACCP.
Compete ao responsável pelo controlo de processo cumprir e fazer cumprir nos diferentes sectores, todas as normas e especificações integradas no Plano HACCP.
Responsável de Recepção e Armazenamento de produtos Compete ao responsável a aquisição dos géneros alimentícios, selecção de fornecedores, controlo da mercadoria na recepção dos alimentos e gestão da despensa de alimentos.
Responsável da documentação HACCP Compete adquirir e organizar toda a documentação necessária à implementação e manutenção do sistema HACCP.
RESPONSÁVEL DE COZINHA
Funções dos Funcionários com Responsabilidades de Controlo na Cozinha. Devem estar envolvidos no Sistema;
Devem ter autoridade;
Devem ter capacidade de decisão;
Estar motivadas e ser responsáveis;
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Ter conhecimento do funcionamento dos vários equipamentos;
Saber o que controlar, como e quando controlar.
Responsável da Higiene Compete cumprir e fazer cumprir todos os procedimentos e registos necessários à higienização dos diferentes locais.
Responsável de Manutenção Compete ao Responsável, efectuar o controlo e manutenção dos equipamentos integrantes do processo.
Responsável pela Distribuição ao Apoio Domiciliário Compete a responsabilidade de verificar o controlo e manutenção de todos os requisitos do sistema
HACCP necessários à distribuição ao Apoio Domiciliário.
Responsável pela Distribuição às Escolas e Jardins-de-Infância Compete a responsabilidade de verificar o controlo e manutenção de todos os requisitos do sistema
HACCP necessários à distribuição às Escolas e Jardins-de-Infância
Coordenador Compete ao Responsável de coordenação, a orientação a elaboração do plano HACCP.
Anexo 20. Ficha Técnica Alimentar
Galinha Estufada
CapitaçãoIngredientes
Peso Edível Peso Bruto Galinha 105 g 140 g Alho 0,5 g 0,7 g Cebola 30 g 30 g Massa de pimentão 10 g 10 g
Valor NutricionalKcal H.C. Proteínas Lípidos 214 4 % 71 % 25 %
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Modo de preparação: Tempo 30 min Picar o alho e a cebola; Cortar e temperar a galinha com massa de pimentão, alho e a cebola picada.
Modo de confecção: Tempo 1 Hora
Coloque tudo num tacho, acrescentando água deixe cozinhar durante 2h30m
Critérios Microbiológicos (de aceitabilidade)
Microrganismos u.f.c. / g Microrganismos u.f.c. / g
Bacillus cereus <100 Salmonella spp Ausência em 25g
Campylobacter jejuni Ausência em 25g Listeria monocytogenes <100
Clostridium perfringens <1000 Escherichia coli O157:H7 Enterohemorrágica
Ausência em 25g
Staphylococcus aureus <100
Prazo de validade Produto do dia (0 dias)
Condições de utilização Pronto a consumir
Anexo 21. Fluxograma de produção
Armazenamento
Temp. Ambiente
Recepção PCC 1
Fraccionamento e Preparação
Descongelação(A frio positivo)
ConfecçãoProduto com tratamento térmico
Lavagem e desinfecção Produtos sem tratamento
Armazenamento Temp.Refrigeração entre 0 e 5ºC
PCC 2
Armazenamento Temp.congelados: -18 ºC
PCC 3