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Ano letivo 2017/2018 Somos uma escola de refe- rência com res- posta aos desa- fios dos tempos de mudança e transformação social que ocor- rem. Enquadra- mo-nos numa linha de forma- ção humanista integradora da equidade e de- mocracia. Consi- deramos que a escola pública é uma escola de inclusão cum- prindo, assim, estes grandes princípios. A Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho participou no Pro- jeto Piloto de Autonomia e Flexibilidade Curricular do Ministério da Edu- cação, enquadrado pelo Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho, em cin- co turmas de 10.º ano Científico Humanísticos: três turmas de Ciências e Tecnologias (CT1, CT2, CT3), uma turma de Artes Visuais (AV1) e uma turma de Línguas e Humanidades (LH3). Esta experiência pretende ser um novo caminho que abre horizontes capazes de promover uma educação cada vez mais personalizada e uma pedagogia diferenciada. Criar, inovar, intervir, são os verbos que qualificam o que sonhamos e pretendemos concretizar.Maria de Fátima Lopes (Diretora da ESMAVC) NEWSLETTER ESCOLA SECUNDÁRIA MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO Edição especial PAFC Gratuita Nesta edição: Ano de experiência Estratégia de Cidadania e Desenvolvimento da ESMAVC 2 3 15 de janeiro – Dia do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória 4 9 de fevereiro 2018 – Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular 5 Apresentação pública (exposição) dos trabalhos realizados decorreu de 4 a 8 de junho 6 6 / 12 de junho – Apresentação dos trabalhos / Apresentação aos Encarregados de Educação 7 A Coordenadora faz o Balanço do PAFC 8 Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular€¦ · O projeto de autonomia e flexibilidade curricular também é, na minha opinião, organizacional, pedagógica, profissional

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Page 1: Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular€¦ · O projeto de autonomia e flexibilidade curricular também é, na minha opinião, organizacional, pedagógica, profissional

Ano letivo 2017/2018

“Somos uma escola de refe-rência com res-posta aos desa-fios dos tempos de mudança e transformação social que ocor-rem. Enquadra-mo-nos numa linha de forma-ção humanista integradora da equidade e de-mocracia. Consi-deramos que a escola pública é uma escola de inclusão cum-prindo, assim, estes grandes princípios.

A Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho participou no Pro-jeto Piloto de Autonomia e Flexibilidade Curricular do Ministério da Edu-cação, enquadrado pelo Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho, em cin-co turmas de 10.º ano Científico Humanísticos: três turmas de Ciências e Tecnologias (CT1, CT2, CT3), uma turma de Artes Visuais (AV1) e uma turma de Línguas e Humanidades (LH3).

Esta experiência pretende ser um novo caminho que abre horizontes capazes de promover uma educação cada vez mais personalizada e uma pedagogia diferenciada. Criar, inovar, intervir, são os verbos que qualificam o que sonhamos e pretendemos concretizar.”

Maria de Fátima Lopes (Diretora da ESMAVC)

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RV

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HO

Edição especial

PAFC

Gratuita

Nesta edição:

Ano de experiência

Estratégia de Cidadania e Desenvolvimento da ESMAVC

2

3

15 de janeiro – Dia do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória 4

9 de fevereiro 2018 – Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular 5

Apresentação pública (exposição) dos trabalhos realizados decorreu de 4 a 8 de junho 6

6 / 12 de junho – Apresentação dos trabalhos / Apresentação aos Encarregados de Educação 7

A Coordenadora faz o Balanço do PAFC 8

Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

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Página 2 NEW SLE TTER

A experiência deste ano letivo no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

(PAFC) surgiu na sequência do Plano de Ação Estratégica (2016/17– 2017/18) que já apresenta-

va um novo desafio em termos organizacionais, uma vez que se aposta num plano pró-ativo, que

não se satisfaz com a obtenção de nota/nível positivo nas provas finais, mas perspetiva que

ocorra após um percurso sem retenções. Trata-se de um desafio que pretende minimizar os efei-

tos da origem sociocultural sobre o acesso e a progressão escolar e valorizar o efeito-escola e o

efeito-professor como “cruciais para a qualidade das aprendizagens e para o sucesso escolar de

todos, sendo possível e necessário não deixar um só aluno para trás” (CNE, 2016b, p.5).

Assim, já com o Plano de Ação Estratégica (PAE) 2016/17 e agora com o PAFC 2017/18, aposta

-se numa alteração dos modelos tradicionais de organização escolar e numa mudança dos mo-

delos didáticos, dos métodos, dos recursos de ensino e da relação pedagógica na sala de aula.

Procura-se “recentrar a missão docente no essencial”, para que os professores, “do ponto de vis-

ta individual, profissional e organizacional, sejam cada vez mais profissionais do ensino e cada

vez menos funcionários ou técnicos” (CNE, 2016b, pp. 11 e 12). Repõe-se “a importância da pe-

dagogia e a construção de conhecimento que fundamentam a ação educativa” (CNE, 2016b, p.

13).

Neste ano de experiência, tivemos 5 turmas de 10.º ano de cursos científico humanísticos, num

total de 135 alunos e 35 professores, envolvidos diretamente neste novo desafio para a escola.

Porque se tratava de um ano de experiência e porque foi dada à escola, no âmbito da autonomia,

a possibilidade de avançar como melhor entendesse, foi estratégia participar apenas com 5 tur-

mas, para ser possível um acompanhamento / monitorização eficaz da experiência (que sabía-

mos à priori que iria resultar em mais momentos de avaliação para os envolvidos e preenchimen-

to de mais documentos) por um lado, e sem se cair numa situação de excesso de trabalho para

quem estivesse na implementação da experiência, por outro.

Nas 5 turmas da experiência, implementaram-se DACs (Domínio de Autonomia Curricular), para

ser dada a oportunidade de pelo menos dois professores partilharem o mesmo espaço de aula

(até 25% das horas semanais das disciplinas envolvidas).

Manuela Santos (Coordenadora do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular da ESMAVC)

Ano de experiência

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Estratégia de Cidadania e Desenvolvimento da ESMAVC

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Na sequência dos documentos

“Estratégia Nacional de Educação para a

Cidadania”, “Aprendizagens Essenciais de

Cidadania e Desenvolvimento” e dos crité-

rios de avaliação para a área transversal

de Cidadania e Desenvolvimento, aprova-

dos no Conselho Pedagógico de 16 de

novembro, resultou um documento orien-

tador do plano de ação da nossa escola

no âmbito da experiência do Projeto de

Autonomia e Flexibilidade Curricular

(PAFC), para a operacionalização dessa

área transversal. Exemplo de DAC

Do cruzamento das orientações daqueles documentos

e do projeto educativo (PE) da nossa escola, foi identi-

ficada uma matriz de princípios e valores comuns aos

vários documentos e que se articulam entre si, pelo

que se tornou evidente a estratégia para a cidadania

da nossa escola.

Se a componente de Cidadania e Desenvolvimento

“visa contribuir para o desenvolvimento de atitudes e

comportamentos, de diálogo e no respeito pelos ou-

tros, alicerçando modos de estar em sociedade que

tenham como referência os direitos humanos, nomea-

damente os valores da igualdade, da democracia e da

justiça social”1), e a missão da

ESMAVC é, entre outros propósi-

tos, “proporcionar aos alunos con-

dições de aprendizagem de com-

petências transferíveis para o de-

sempenho de papéis profissionais,

para uma compreensão do mundo

do trabalho e para uma leitura críti-

ca do meio envolvente, bem como

para a construção de projetos de

vida pessoais”2), surgiu como es-

tratégia de cidadania da nossa es-

cola, esta matriz.

1) Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania

2) Projeto Educativo da Escola Secundá-ria Maria Amália Vaz de Carvalho

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15 de janeiro – Dia do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

O novo "Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória", foi alvo de um debate nacional no

dia 15 de Janeiro para o qual foram desafiadas todas as escolas e comunidades educativas.

O perfil é "uma matriz comum para todas as

escolas" e vertentes de ensino que define os

valores, competências e princípios que de-

vem orientar a aprendizagem.

A nossa escola aceitou o desafio e promoveu

-se, primeiro ao nível de cada turma, uma

reflexão sobre o perfil dos alunos em que ca-

da turma registou a síntese das suas conclu-

sões e, depois, delegados de todas as tur-

mas e os alunos das cinco turmas da experi-

ência estiveram no salão nobre da escola pa-

ra terem conhecimento das conclusões gerais e assistirem a uma conferência via Internet. Esta conferên-

cia, que decorreu na Fundação Champalimaud e contou com a intervenção inicial do ministro da Educa-

ção e do presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secun-

dário e teve ligação por videoconferência com a Escola Secundária Dom Sancho II, de Elvas, não foi pos-

sível ser visionada na nossa escola.

Em substituição da atividade ini-

cialmente prevista, apresentaram

-se os princípios, os valores e as

competências do perfil do aluno,

seguido de um debate em torno

dos novos desafios que se colo-

cam à escola de hoje com o

objetivo de “garantir, a todos os

jovens que concluem a escolari-

dade obrigatória, independente-

mente do percurso formativo

adotado, o conjunto de compe-

tências, entendidas como uma

interligação entre conhecimen-

tos, capacidades, atitudes e valo-

res, que os torna aptos a investir

permanentemente, ao longo da

vida, na sua educação e a agir de forma livre, informada e consciente, perante os desafios sociais, econó-

micos e tecnológicos do mundo atual”, alicerçada numa base humanista.

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9 de fevereiro 2018 – Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular.

A Escola Secundária Maria

Amália Vaz de Carvalho fez-se re-

presentar no painel dos alunos com

a nossa aluna Mariana, que expli-

cou muito bem em que consistia a

experiência na turma dela (um DAC

de Geografia A e MACS).

I e II Semana PAFC da ESMAVC – reuniões de acompanhamento e monitorização

No âmbito dos Pla-

nos Estratégicos das

turmas do Projeto de

Autonomia e Flexibilida-

de Curricular (PAFC) e

com o objetivo de pos-

sibilitar um momento de

trabalho colaborativo

dos professores dos

conselhos de turma en-

volvidos com os respeti-

vos alunos, realizou-se,

em dois momentos (em

fevereiro e maio), a

“Semana PAFC”.

Os alunos e professo-

res dos conselhos de

turma fizeram um ba-

lanço do projeto, num

ambiente pedagógico

inovador.

Page 6: Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular€¦ · O projeto de autonomia e flexibilidade curricular também é, na minha opinião, organizacional, pedagógica, profissional

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A apresentação pública (exposição) dos trabalhos realizados nas turmas PAFC decorreu de 4 a 8 de junho

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ED IÇÃO ESP ECIAL Página 7

6 de junho – Apresentação dos trabalhos

A coordenadora do projeto de autonomia e

flexibilidade curricular da ESMAVC fez um

breve balanço do projeto, seguindo-se as

apresentações dos projetos de cada turma.

12 de junho – Apresentação dos trabalhos aos Encarregados de Educação

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E-mail

[email protected]

Edição e paginação

Paulo Braumann

Revisão

Paulo Moura A Coordenadora faz o Balanço do PAFC

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Jorge Palma

Já muito se leu e ouviu que temos uma escola do século XIX, com professores do século

XX e alunos do século XXI. Também sabemos que ninguém muda porque se diz que tem de mudar ou muda por decreto. Também é difícil mudar-se sozinho e são muitas as reservas à mudança se não se sabe para o que se muda.

O projeto de autonomia e flexibilidade curricular também é, na minha opinião, organizacional, pedagógica, profissional e pessoal.

Professores, alunos e encarregados de educação são de opinião que a escola de hoje não po-de ser a escola do século XIX ou XX. Os problemas de hoje são diferentes e como tal temos que encontrar respostas / soluções para esses problemas. Assim, a flexibilidade é uma estratégia de trabalho (pedagógico, organizacional, …) para per-mitir as mudanças necessárias e é um grande desafio para as escolas.

Ao longo deste ano letivo, na ESMAVC, iniciou-se este caminho de (re)inventar a escola.

Fizeram-se alguns projetos didáticos de gestão flexível do currículo e de diferenciação pedagó-gica. Nestes projetos, é possível afirmar a ação docente como um vetor de inovação e mudan-ça, sem rutura, conciliando criatividade / inovação e regulação, diversidade e coerência.

Só assim a escola pode continuar a dar resposta à heterogeneidade de públicos que é cada vez maior. Manuela Santos