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1 Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental na UFCSPA Novembro de 2009

Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Page 1: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Projeto de Desenvolvimento de Ações de

Preservação Ambiental na UFCSPA

Novembro de 2009

Page 2: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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SUMÁRIO

Apresentação ......................................................................... 3

Introdução ............................................................................ 4

Objetivo ............................................................................... 7

Ações de Sustentabilidade .......................................................... 7

Resultados esperados .............................................................. 13

Referências Bibliográficas ........................................................ 13

Anexos ............................................................................... 14

Page 3: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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APRESENTAÇÃO

O desenvolvimento de projetos/atitudes de preservação ambiental faz

parte do plano de metas da atual gestão da Universidade Federal de Ciências da

Saúde de Porto Alegre.

A meta proposta pela Reitora busca o desenvolvimento de ações que

contribuam a promoção de informações com ênfase em projetos de

desenvolvimento sustentável, a inserção da comunidade interna em projetos

voltados à proteção do meio ambiente e o adequado manejo de resíduos sólidos no

âmbito da Universidade.

Em outubro de 2009 foi constituído um grupo de trabalho composto por

membros da Comissão Interna de Biossegurança da Instituição, docentes não

vinculados à comissão e por estudantes do Curso de Psicologia, sob a orientação da

Pró-Reitoria de Planejamento, para o desenvolvimento do projeto ora

apresentado.

O projeto apresenta um relato das ações já empreendidas pela

Universidade e propõe novas ações a serem implantadas.

Page 4: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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INTRODUÇÃO

A crescente preocupação com a qualidade de vida envolve a preocupação

ambiental, pois a sociedade, por meio da evolução científica e tecnológica,

descobriu que as condições ambientais são importantes para a saúde e para o seu

bem-estar, tanto em curto, como também em longo prazo. Segundo a Teoria de

Gaia (Lovelock 2006), o planeta Terra é um sistema auto-regulador, constituído da

totalidade dos organismos, rochas da superfície, oceano e atmosfera

estreitamente unidos. Este sistema está em contínuo processo de evolução, com o

objetivo da manutenção do equilíbrio das condições de superfície, para que sejam

sempre as mais favoráveis possíveis à vida.

A qualidade do ar nas grandes cidades, a ausência de contaminantes na água

e no solo, a preservação da biodiversidade são quesitos que os cálculos econômicos

não contemplam, mas que representam a garantia da saúde humana e o bom

desempenho do ser humano na realização de suas atividades (Tarantino 2008;

Redação Época 2009; Varella 2009). A obra pioneira de Rachel Carson (1962),

“Primavera Silenciosa”, representou um marco na ecologia, apontando para os

problemas decorrentes da contaminação ambiental, por produtos químicos,

procedente das atividades humanas. Posteriormente, o escrito de Colborn et al.

(2002), “O futuro roubado”, reuniu as alarmantes evidências, obtidas em estudos

de campo, experimentos de laboratório e estatísticas humanas, para tratar em

termos científicos, mas acessíveis para todos, o caso deste novo perigo.

Diversos acontecimentos trataram de problemas ambientais, alertando

sobre a importância das questões do meio ambiente. O Quarto Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apontou para as alterações no

clima e para o aquecimento global, com previsões de aumento de 1º a 3,5ºC, nos

próximos 100 anos. Os efeitos de tais mudanças acarretariam, principalmente,

modificações nos padrões regionais de chuva, transferência de áreas produtivas

para os pólos, elevação nos níveis dos mares ameaçando zonas costeiras

densamente povoadas, intensificação de tempestades tropicais, propagação de

doenças, desertificação de regiões áridas, entre outros efeitos. A primeira

Page 5: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Conferência de

Tbilisi), realizada em Tbilisi, capital da Georgia, em outubro de 1977, definiu os

conceitos da Educação Ambiental, seus objetivos, seus princípios orientadores e

suas estratégias de desenvolvimento. A ECO-92 (ou Rio-92) foi a Conferência das

Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada em

junho de 1992, no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal foi buscar meios de

conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos

ecossistemas da Terra. Nesta Conferência o conceito de desenvolvimento

sustentável ficou consagrado, contribuindo para a mais ampla conscientização de

que os danos ao meio ambiente eram, principalmente, de responsabilidade dos

países desenvolvidos e sobre a necessidade dos países em desenvolvimento

receberem apoio financeiro e tecnológico, para avançarem na direção do

desenvolvimento sustentável.

O Brasil possui vastos recursos naturais que devem ser cuidadosamente

explorados e utilizados. A busca do desenvolvimento socioeconômico é tarefa mais

difícil num país cuja grande parte da população ainda carece de condições

mínimas de sobrevivência. Falar de preservação ambiental requer também

repensar o modelo de desenvolvimento e a distribuição desigual de renda. No

entanto, o grau de dificuldade do desafio não deve representar uma desculpa para

a falta de preocupação com o tema. As instituições, ao buscarem sua

sustentabilidade ambiental, podem revisar práticas de consumo, identificando

fontes de desperdícios e também reduzindo seus custos. Utilizar racionalmente os

recursos naturais responde adequadamente à busca pela qualidade ambiental e

melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que pode significar redução

de despesas.

A inserção da sustentabilidade ambiental na educação superior é requerida

pela responsabilidade social da universidade. Espera-se das universidades a

formação de cientistas, investidores, trabalhadores do conhecimento e líderes que

agirão nos setores públicos e privados, sendo futuros profissionais, de cuja

consciência ambiental dependerá a capacidade humana para rever a degradação

ambiental e recuperar a sustentabilidade planetária. O texto do Instituto Anima,

“Rumo a uma educação holística do III milênio”, enfatiza a importância das

Page 6: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Universidades no processo de formação de “educadores com uma nova visão de

futuro – um futuro sustentável” e a idéia de que a “Educação Ambiental deveria

atuar como uma ferramenta para se construir pontes mais sólidas entre a sala de

aula e o mercado de trabalho, promovendo ações ambientalmente corretas para

motivar a retomada de harmonia entre o Homem e a Natureza, e o equilíbrio na

extração e uso dos recursos naturais para assegurar um desenvolvimento

sustentável, como a principal estratégia para promover a paz mundial”. A inserção

de questões ambientais no ensino superior é atrelada a fatores diversos, dos quais

o papel do gestor é fundamental, pois com sua capacidade integradora e

agregadora de pessoas e recursos, pode-se proporcionar e oportunizar o

desenvolvimento de estruturas, recursos e suporte aos projetos e as iniciativas

pró-ambientais de pesquisadores, docentes, gestores, funcionários e alunos.

A lei nº 9795, de 27 de abril de 1999 (disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm) estabelece a educação

ambiental como um componente essencial e permanente da educação nacional,

devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do

processo educativo, estando as instituições educativas incumbidas de promover a

educação ambiental, de maneira integrada aos programas educacionais que

desenvolvem. O art. 1o da Lei nº 9795 entende a educação ambiental como “os

processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores

sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Diante deste contexto e considerando o

capítulo I do estatuto da UFCSPA, especialmente o artigo 2º, VII: “o

aprimoramento da democracia, da justiça, da defesa dos direitos humanos, da

preservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida”, e que a

Universidade agrega e exerce influência sobre um grande número de pessoas é

proposta a emergência de um projeto de políticas de gestão ambiental, para uma

universidade sustentável. Tal proposta sugere o início de ações, envolvendo as

áreas administrativas, de ensino, pesquisa e extensão, capazes de se unirem ao

esforço empreendido por inúmeros organismos e instituições, públicas e privadas,

no processo de construção deste novo paradigma.

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OBJETIVO

Desenvolver uma política de gestão ambiental, voltada para o

desenvolvimento sustentável da Universidade Federal de Ciências da Saúde de

Porto Alegre.

AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE

As tabelas a seguir indicam as ações já implantadas, em fase de

implantação e a serem implantadas para a execução do projeto no âmbito da

Universidade.

Para a implantação e acompanhamento do projeto será criado um “Núcleo

de Gestão Ambiental”, coordenado pela Pró-Reitoria de Planejamento, e composto

por representantes docentes, discentes e técnico-administrativos.

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TABELA 1 – Ações de sustentabilidade já implantadas na UFCSPA e suas justificativas Ações de sustentabilidade já implantadas na UFCSPA Justificativa

Atividades educativas relacionadas à reciclagem e à preservação do meio ambiente realizadas em escolas da rede pública estadual, no município de Porto Alegre: Feiras de Saúde - Curso de Enfermagem Pet Saúde – Curso de Biomedicina

Ação de educação continuada para despertar nas crianças a consciência da importância da preservação do meio ambiente

Contrato com empresa especializada para a coleta de resíduos ambientais sólidos do tipo A, B e E de acordo com a classificação da RDC 306 e do CONAMA

Grupo A: Separação de resíduos biológicos com risco potencial à saúde e ao meio ambiente (sangue e derivados, animais usados em experimentação, meios de cultura, peças anatômicas, excreções, secreções, líquidos orgânicos e outros)

Grupo B: Separação de resíduos químicos com risco potencial à saúde e ao meio ambiente (resíduos farmacêuticos, tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos)

Grupo E: Separação de materiais pérfuro-cortantes

Cuidado com a saúde da comunidade acadêmica Destinação correta dos resíduos visando à mitigação dos impactos ao meio ambiente

Grupo de Pesquisa na área de “Poluição - Estresse Oxidativo - Efeitos Biológicos” coordenado por docente da Universidade

Desenvolvimento de pesquisa científica na área e formação de recursos humanos

Iluminação da área externa ao prédio, por meio de lâmpadas com fotocélula Redução do consumo de energia Iluminação dos banheiros controladas por sensores de movimento Redução do consumo de energia Realização do 1º Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente e Saúde no ano de 2009 Educação continuada, junto à comunidade, sobre a gravidade

dos problemas de poluição ambiental e a relação com a saúde humana. Desenvolver uma consciência sobre a importância de ações de sustentabilidade ambiental

Torneiras aeradas e com fechamento automático em todos os sanitários do Campus Redução de consumo de água Utilização de canecas de louça em substituição aos copos descartáveis Redução na produção de resíduos Utilização de cartuchos de tonner reciclados nas impressoras laser e jato de tinta da Universidade

Redução na produção de resíduos

Barreiras acústicas e térmicas nas janelas do prédio principal Redução do consumo de energia Substituição gradual de monitores antigos por monitores LCD Redução do consumo de energia Utilização de lâmpadas incandescentes em salas de aula e administração Redução do consumo de energia

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TABELA 2 – Ações de sustentabilidade em implantação na UFCSPA e suas justificativas Ações de sustentabilidade em implantação na UFCSPA Justificativa

Disponibilização de lixeira para coleta de resíduos especiais para a comunidade interna e externa

Destinação correta dos resíduos especiais, sendo que esse tipo de resíduo não é de recolhido por nenhum órgão público. Esta ação visa à mitigação dos impactos ao meio ambiente, disponibilizando também o serviço para a comunidade externa.

Sistema de aquecimento solar instalado no anexo II, com uma área total de 40m2 de painéis solares

Promoção de auto-suficiência e redução de consumo de recursos naturais Captação e utilização de energia solar não são poluentes Sistema não necessita de turbinas e geradores para a produção de energia Cada m2 de coletor solar instalado evita a inundação de cerca de 56 m2 de terras férteis

Telhado ecológico (jardim) no 6º andar do prédio principal, com uma área total de 342m2 de cobertura verde

Melhoria do micro-clima na cidade No verão a transmissão de calor, pelo telhado, pode ser reduzida em aproximadamente 90% No inverno a camada de ar, entre a vegetação e a terra, funciona como uma contenção de calor, no interior do prédio, em até 10% mais, quando comparado a de um teto sem essa cobertura. A camada de terra e a de vegetação oferecem uma barreira acústica (diminui poluição sonora no interior do prédio) Proporciona ambiente de convivência e aproximação com a natureza, fornecendo sensação de bem estar e promovendo a saúde Torna o ambiente intelectualmente ativo, servindo como um símbolo de ações de sustentabilidade ambiental

Pintura do teto do Salão Nobre de branco Com a pintura do teto de branco há uma redução da temperatura interna em 6ºC, já que o branco reflete 90% dos raios solares. Em consequência, pode-se reduzir o consumo de energia dos condicionadores de ar de 20% a 70%.

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TABELA 3 – Ações de sustentabilidade a serem implantadas na UFCSPA e suas justificativas

Ações de sustentabilidade a serem implantadas na UFCSPA Classificação da ação Justificativa para implantação da ação Racionalização das impressões através de terceirização de serviço de reprografia com definição de cotas por usuário

Economia de recursos naturais

Redução de consumo de papel e tonners Redução do desperdício de impressões Redução da produção de resíduos

Realização de Campanha institucional para redução da impressão de e--mails

Economia de recursos naturais

Redução do desperdício de impressões Redução da produção de resíduos

Realização de Campanha institucional para uso da impressão frente e verso

Economia de recursos naturais

Redução de consumo de papel e tonners Redução do desperdício de impressões Redução da produção de resíduos

Reutilização de envelopes para expediente interno Economia de recursos naturais

Redução do consumo de recursos da instituição (envelopes) Redução da produção de resíduos

Confecção de camisetas da UFCSPA com material reciclado Economia de recursos naturais

As camisetas recebem 50% do fio reciclado (poliéster) e 50% de algodão. A confecção de uma camiseta consome 2 garrafas PET, seguindo assim a regra dos três Rs: Redução do consumo de algodão e da produção de resíduos Reutilização de garrafas (PET) Reciclagem de poliéster

Utilização de papel reciclado em materiais de expediente em toda a Universidade

Economia de recursos naturais

Reutilização de materiais já reciclados Cerca de 50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore. A reciclagem de papel consome de 70 a 90% menos energia do que o papel comum

Separação do papel de expediente para reciclagem Economia de recursos naturais e geração de

renda

Incentivo à reciclagem Um pedaço de papel pode ser reciclado de 4 a 6 vezes antes da deterioração de suas fibras.

Inclusão de temas relacionados ao meio ambiente na programação do Cinema na UFCSPA

Educação continuada Desenvolvimento de práticas sensibilizadoras, para a compreensão sobre o papel do indivíduo e o compromisso da coletividade em ações de sustentabilidade ambiental

Inserção no site institucional de “folders” eletrônicos com dicas ou instruções sobre sustentabilidade para a comunidade interna e externa

Educação continuada Desenvolvimento de práticas sensibilizadoras, para a compreensão sobre o papel do indivíduo e o compromisso da coletividade em ações de

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sustentabilidade ambiental Inserção no site institucional de um banco de idéias de novas ações de sustentabilidade a serem adotadas pela Universidade

Educação continuada Desenvolvimento de práticas que valorizem o envolvimento e participação do indivíduo e da comunidade em ações de sustentabilidade ambiental

Realização de Ciclo de Palestras sobre Meio Ambiente Educação continuada Desenvolvimento de práticas educativas sobre sustentabilidade ambiental

Realização de oficinas de reciclagem de materiais Educação continuada Desenvolvimento de práticas geradoras de ações de sustentabilidade ambiental

Realização de treinamento de servidores terceirizados para separação do lixo

Educação continuada Desenvolvimento de práticas educativas que valorizem o papel do indivíduo e o compromisso da coletividade em ações de sustentabilidade ambiental

Criação de página no site institucional para divulgar as ações de sustentabilidade empreendidas pela UFCSPA

Educação continuada Divulgação de ações de sustentabilidade ambiental da UFCSPA, como referência e modelo a ser seguido por outras instituições

Criação de “Núcleo” responsável pelo apoio ao planejamento, implantação, acompanhamento de ações de sustentabilidade na UFCSPA

Política de gestão voltada para o desenvolvimento

sustentável

Desenvolvimento de Políticas de desenvolvimento sustentável e suas ações, para atingir as metas da gestão da UFCSPA

Implantação do “Programa de Atividades Físicas ligadas ao meio ambiente na UFCSPA”

Promoção da saúde e qualidade de vida

A aproximação do indivíduo com a natureza, assim como as atividades físicas geram sensação de bem estar e promoção da saúde

Aproveitamento de água de fonte não potável do subsolo do anexo II para limpeza e jardinagem

Redução do consumo de água

Promoção de auto-suficiência Conservação dos recursos hídricos Redução de energia (energia para operar um sistema centralizado de tratamento e bombeamento de água não é utilizada) O Brasil é o lugar do planeta onde mais chove e ao mesmo tempo, onde mais se desperdiça água.

Instalação de descargas de 2 volumes em todos os banheiros da Universidade

Redução do consumo de água

Redução de consumo de água com a liberação de 3 litros, para líquidos e 6 litros, para sólidos Economia de até 6.480 litros de água por pessoa anualmente

Sistema de aproveitamento da água da chuva para utilização no jardim localizado no 6º andar do prédio principal

Redução do consumo de água

Contenção de água da chuva, em cisternas, para diminuição de alagamentos, erosão e sobrecarga da rede pluvial. Promoção de auto-suficiência Conservação dos recursos hídricos Redução de energia (energia para operar um sistema centralizado de tratamento e bombeamento de água

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não é utilizada) O Brasil é o lugar do planeta onde mais chove e ao mesmo tempo, onde mais se desperdiça água.

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RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se com o presente projeto promover ações voltadas a uma política

de gestão para uma Universidade Sustentável, estabelecendo com isso uma

sistemática de ação, que possa servir de referência para uma gestão integrada da

Universidade com a comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARSON, R. Primavera Silenciosa. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1962. 305 p. COLBORN, T., DUMANOSKI, D., MYERS J. O futuro roubado. Porto Alegre: L&PM, 2002.

354 p. LOVELOCK, J. A vingança de Gaia. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2006.

REDAÇÃO ÉPOCA. Por que é importante ter contato com a natureza. 2009.

(http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI26745-15228,00-

POR+QUE+E+IMPORTANTE+TER+CONTATO+COM+A+NATUREZA.html)

TARANTINO, M. O remédio da natureza, Medicina & Bem-estar. ISTOÉ, n. 2042, 2008.

VARELLA, D. Poluição e longevidade. Folha de São Paulo, 2009.

* Participaram da elaboração deste projeto as docentes Cláudia Bica e Márcia Vignoli

da Silva e as estudantes Elida Fluck Pereira Neto e Nathalia Fattah Fernandes.

ANEXO 1- DANDO TESTEMUNHO

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A primeira etapa do Projeto de Educação Ambiental versa sobre adaptações possíveis na

Universidade, para que esta possa se desenvolver dentro do paradigma da sustentabilidade.

1) Criar postos de coleta para lâmpadas fluorescentes, remédios fora da validade, óleo de cozinha,

pilhas, baterias e celulares

As seguintes informações são do site do DMLU (www2.portoalegre.rs.gov.br).

Lâmpadas fluorescentes:

O interior do tubo das lâmpadas fluorescentes é revestido com uma poeira fosforosa contendo

diferentes metais, como vapor de mercúrio, componentes revestidos com óxidos de metais pesados e

soldas de chumbo. Por isso, estas lâmpadas são consideradas como resíduos perigosos, não devendo ser

descartadas no lixo comum. A quantidade de mercúrio em uma única lâmpada, fluorescente comum, é

capaz de tornar não potável cerca de 20 mil litros de água.

Legislação:

Lei municipal nº 9851/2005 - obriga as empresas a receberem resíduos perigosos em devolução.

Pela definição do Código Municipal de Limpeza Urbana (Lei Complementar 234/1990), eles se

enquadram como especiais.

Lei estadual nº 11.187/1998 - proíbe o descarte de lâmpadas fluorescentes em aterros

sanitários municipais, impedindo o DMLU de executar sua coleta.

Em Porto Alegre, estas lâmpadas devem ser encaminhadas às empresas e redes autorizadas de

assistência técnica que as distribuem ou comercializam.

Destino final:

O tratamento das lâmpadas contendo metais pesados dá-se em plantas para descontaminação.

Poucas empresas no país possuem tais plantas licenciadas. No Rio Grande do Sul não existem tais

empreendimentos. Há intermediárias, sediadas em Porto Alegre, que podem efetuar contratos para

recolhimento e encaminhamento do material para tratamento. São elas: Pró-Ambiente Ltda (F: 51

3219-4000) e Axia Administrações e Participações Ltda (F: 51 3346-3999 ou 9113-332 -

www.axias.com.br).

Medicamentos vencidos:

Legislação:

De acordo com a Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente (CONAMA), cabe aos geradores de resíduos de serviços de saúde a responsabilidade pelo

gerenciamento destes, a partir da geração dos mesmos até a disposição final, de forma a atender aos

requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional. Ainda segundo a Resolução (art.21), os

resíduos considerados de risco químico, como é o caso dos medicamentos, quando não forem

submetidos a processos de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ter tratamento e disposição

final específicos, em locais previamente licenciados pelo órgão ambiental competente. Os

medicamentos vencidos podem ser descartados na farmácia de manipulação Pharma & Cia. A Prefeitura

de Porto Alegre, por meio do Comitê Gestor de Educação Ambiental, lançou a campanha "Medicamento

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Vencido - Destino Ambientalmente Correto" em parceira com aquela farmácia. A Universidade poderia

também contatar a Santa Casa para que ali fosse entregue o material coletado. O DMLU respaldado na

Legislação Federal, Estadual e Municipal vem desenvolvendo, juntamente com os hospitais de Porto

Alegre, o Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, nos 28 Hospitais e nas Unidades de Saúde

do município e também em consultórios médicos e odontológicos. O gerenciamento correto dos

resíduos sólidos significa controlar e diminuir os riscos para a saúde e o meio ambiente, impedindo que

os resíduos biológicos e especiais, que geralmente são frações pequenas contaminem os outros resíduos

gerados no hospital.

Destino final:

A Pharma & Cia. encaminhará os medicamentos recebidos à Central de Resíduos Pró-Ambiente,

que é licenciada pela Fepam.

Óleo de cozinha:

O óleo despejado nos ralos de casas, ruas e indústrias é a maior fonte de poluição marinha com

petróleo. Mais de 1,3 bilhão de litros de petróleo são jogados anualmente no mar. Por ser menos denso

que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre a mesma, provocando retenção de sólidos,

entupimentos e problemas de drenagem quando colocado nas redes coletoras de esgoto. Nos arroios e

rios, a película formada pelo óleo dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando a

morte de peixes e outros seres, que necessitam de oxigênio. Cada litro de óleo contamina 20 mil litros

de água, no entanto, segundo dados do site Ambiente Brasil (www.ambientebrasil.com.br), apenas 1%

do óleo consumido no mundo é reciclado. A recomendação é entregar o óleo, para reciclagem, em

recipientes como garrafas PET, tampadas.

Destino final:

As empresas Celgon, Faros, Oleoplan e Ecológica receberão o óleo e darão um destino

ambientalmente correto à substância. A Celgon usará o óleo como gerador de energia em suas

caldeiras; a Faros utilizará como base para a produção de ração animal, a Oleoplan e a Ecológica

desenvolverão o biodiesel (PMPA - Comunicação Social 2009).

Pilhas e baterias:

Diversos compostos químicos são utilizados na confecção de pilhas e baterias, como agentes

ativos das reações eletroquímicas ou como protetores de corrosão. As pilhas e baterias consideradas

mais nocivas à saúde pública e ao meio ambiente são as que contêm mercúrio, cádmio ou chumbo em

seu sistema eletroquímico. Geralmente esses materiais contêm metais pesados prejudiciais ao meio

ambiente e aos seres vivos, como o mercúrio, que se acumula na cadeia alimentar e pode provocar

efeitos crônicos e danos ao cérebro, o chumbo, que causa danos nos sistemas nervosos central, e o

cádmio, que se acumula no corpo humano, especialmente nos rins, podendo vir a deteriorá-los.

Legislação:

Lei municipal nº 9851/2005 – Determina que os comerciantes e redes de assistência técnica que

distribuem ou comercializam pilhas e baterias são obrigados a recebê-las.

Page 16: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Resolução CONAMA n° 257/1999 e 401/2008 - Estabelece os limites máximos de chumbo,

cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões

para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Banco Real, disponibiliza postos

para o descarte de pilhas.

Destino final:

No Rio Grande do Sul, a empresa Pró-Ambiente disponibiliza o serviço de coleta e disposição

final para esses materiais. Eles são encaminhados a aterros de resíduos especiais perigosos, a fim de

impedir infiltrações e utilizar mecanismos de coleta e tratamento. No Brasil, existe apenas uma

empresa que executa a reciclagem de pilhas e baterias: a Suzaquim, com sede em Suzano, São Paulo. A

recuperação de metais pesados por meio do processo de reciclagem produz sais e óxidos metálicos, que

podem ser utilizados pela indústria.

Celulares:

Mais de 140 lojas da empresa de telefonia móvel Claro, possuem urnas coletoras e estão aptas a

receber baterias ou aparelhos de qualquer fabricante para encaminhar à reciclagem. O processo de

coleta é realizado pela GM&C, empresa responsável pela logística e destinação final do lixo eletrônico

junto às recicladoras homologadas no IBAMA e nos órgãos ambientais dos estados.

Segundo informações disponíveis no site da Claro:

* Estima-se que 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são gerados por ano no mundo;

* Apenas 2% dos brasileiros destinam seus celulares usados para a reciclagem;

* 74% acreditam que essa é uma atitude positiva para o meio ambiente;

* 32% dos brasileiros deixam os aparelhos fora de uso guardados em casa;

* 29% dos consumidores dão o celular para outra pessoa;

* 10% jogam o aparelho antigo no lixo comum;

* A média de troca de um aparelho celular no Brasil é de 14 meses;

* Até 80% de um celular é reciclável.

Tendo em vista o potencial de fomentação de uma Universidade e o grande número de pessoas

que agrega, a criação desses postos de coleta na UFCSPA contribuiria muito para o desenvolvimento de

atitudes mais conscientes e sustentáveis.

2) Separar o lixo

No Brasil, a cada ano são desperdiçados R$ 4,6 bilhões porque não se recicla tudo o que

poderia. Se o país reciclasse, por exemplo, todas as latas de aço que consome, seria possível evitar a

retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano e economizaria energia equivalente ao

consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 Watts. Atualmente, a produção anual de lixo em todo o

planeta é de aproximadamente 400 milhões de toneladas. Pesquisas indicam que cada ser humano

produz, em média, um pouco mais de 1 quilo de lixo por dia. Na tabela abaixo, são relacionados os

tipos de resíduos e a coleta correspondente feira pelo DMLU.

Page 17: Projeto de Desenvolvimento de Ações de Preservação Ambiental

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Tabela 1: Tipos de resíduos coletados pelo DMLU e suas coletas correspondentes

Resíduos recicláveis: metais, plásticos,

vidros, papéis, embalagens longa vida,

isopor

Encaminhar à Coleta Seletiva

Resíduos orgânicos: sobras de

alimentos, cascas de frutas, erva-mate,

borra de café e chá, corte de grama,

terra de vaso, cinzas, restos de

vegetação

Encaminhar à Coleta Domiciliar

Resíduos comuns/rejeito: papel

carbono, cigarro, papel higiênico, pó de

varrição, fraldas descartáveis,

guardanapos, cotonetes, restos de

cerâmica ou porcelana, esponjas,

lâmpadas comuns

Encaminhar à Coleta Domiciliar

Dia da coleta seletiva no bairro Centro: Quarta-feira pela manhã. Dia de coleta domiciliar no bairro Centro: Segunda a Sábado a partir das 18h.

Decreto n º 5.940, de 25 de outubro de 2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.

Resolução CONAMA n º 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

3) Criar um Banco de Idéias e sugestões

Criar um local de sugestões e opiniões sobre o assunto onde as pessoas possam comentar as

mudanças implementadas na Universidade, as atividades propostas e sugerir outras. É fundamental

buscar no principal elemento da nova construção, que é o ativo humano, as respostas para os desafios

desse momento planetário.

Exemplo de sugestão:

Autora da sugestão: Profª. Márcia Vignoli da Silva (Ecologia e Botânica aplicadas às Ciências da Saúde)

Sugestão de uso pela UFCSPA e disponibilização, pelo departamento de informática da mesma, da

EcoFont. A EcoFont, é um estilo de fonte desenvolvida especialmente para economizar tinta nas impressões

(o nome completo da fonte é [WINDOWS-1252?]“Spranq eco [WINDOWS-1252?]sans”)., foi proposta pela

Comissão A3P-AGU (Agenda Ambiental da Administração Pública – Ministério do Meio Ambiente) e já é

adotada por alguns órgãos públicos do Brasil. A iniciativa está descrita no sítio www.ecofont.eu e trata de

fonte Open Source, sem restrições comerciais de uso. Pode ser usada em [WINDOWS-1252?]PC’s e

[WINDOWS-1252?]MAC’s. A fonte incluir pequenos círculos dentro dos traços que formam as letras e tem

uma proporção diferenciada (o tamanho 10 da EcoFont equivale ao tamanho 12 da Times New Roman) e

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18

embora na tela as diferenças sejam perceptíveis, na impressão praticamente não há perda de qualidade.

Nota-se que, em relação à Times New Roman, tamanho 12, a EcoFont, tamanho 10 (dimensões

equivalentes), utiliza aproximadamente 12% a menos de tinta. Em comparação com a fonte Arial, tamanho

11, a economia aumenta para 26%. Além de economizar gastos com tonners, a EcoFonte minimiza efeitos

nocivos ao meio ambiente.

4) Mudanças de hábitos

A resolução do problema do aquecimento global depende do engajamento e compromisso de

todos, incluindo governos, iniciativa privada, instituições de pesquisa e a cidadania. O ex-vice-

presidente dos Estados Unidos, Al Gore (2006), diz que deter as mudanças climáticas ou minimizar seus

impactos depende da alteração dos hábitos de consumo, sistemas de produção e de geração de

energia, entre outras medidas. O autor também fala sobre a necessidade de ampliar a conscientização

da sociedade e de gerar incentivos para realização de metas que possam auxiliar na migração para um

modelo de desenvolvimento sustentável.

Zelezny e Schultz (2005) afirmam que os problemas ambientais são indiscutivelmente questões

sociais, causados pelo comportamento humano, e que sua resolução exigirá mudança tanto no

comportamento em grande escala quanto no individual. Oskamp (2005) compartilha desse pensamento,

reforçando o argumento de que os problemas ambientais poderiam ser potencialmente revertidos pelo

comportamento humano. Esse autor entende o comportamento humano não só como aquele que é

emitido por pessoas individualmente, mas também como os que são manifestados por grupos,

organizações e nações. Segundo a UNESCO, para alcançar a meta da sustentabilidade é fundamental

modificar radicalmente as atitudes e o comportamento dos seres humanos. Os progressos, nesse

sentido, dependem, pois, fundamentalmente, da instrução e da sensibilização dos cidadãos.

Alguns exemplos de medidas no setor doméstico, locais de trabalho e de produção são:

promoção da conservação e eficiência energética, bem como campanhas para conscientização da

comunidade e dos consumidores; promoção de políticas e campanhas para implementação efetiva da

coleta seletiva de lixo; incentivo à arquitetura ecológica; promoção do consumo sustentável.

Legislação:

Decreto n º 4.131, de 14 de fevereiro de 2002 - "Dispõe sobre medidas emergenciais de redução do consumo de energia elétrica no âmbito da Administração Pública Federal."

Seguem algumas mudanças de hábitos que, embora passem despercebidas, fazem uma grande

diferença:

Configurar impressoras em modo frente e verso e rascunho para uso interno; imprimir provas,

cronogramas de disciplina e planos de ensino em frente e verso; incentivar a entrega de trabalhos

em frente e verso ou via Moodle.

Segundo o site do Bradesco (www.bradesco.com.br - Click Conta - Se Liga Nessa) são usados

115 bilhões de folhas para impressões caseiras, por ano. Se as impressões fossem feitas em frente e

verso, cerca de 1,3 milhão de árvores não precisariam ser cortadas.

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Desligar o monitor quando se fizer uma pausa no trabalho, ligar as impressoras somente quando

necessário e se possível, considerar a troca de monitor

De acordo com a AESSUL (www.aessul.com.br - Informe-se – Dicas – Consumo), o processo de

acionamento e desligamento freqüente do equipamento despende muita energia além de diminuir a

vida útil do computador. Por isso, menos que 30 minutos parado, a CEEE (www.ceee.com.br –

Informações - Economia de Energia) recomenda desligar apenas o monitor, que representa cerca de 80%

do consumo total. Monitores de LCD são mais econômicos, ocupam menos espaço na mesa e estão

ficando cada vez mais baratos. A AESSUL lembra que impressoras despendem energia mesmo em stand

by.

Usar menos o grampeador

Segundo a National Geographic (natgeo.uol.com.br - Você Sabia? - Dia da Terra) se cada um dos

10 milhões de funcionários de escritórios, do Reino Unido, utilizasse um grampo a menos por dia,

seriam economizadas quase 100 toneladas de aço, por ano.

Usar canecas e não copos plásticos descartáveis

Segundo o site do TCE (www.tce.es.gov.br - Portal TCEES), os copos descartáveis são feitos de

material fóssil e, apesar de poderem ser reciclados, encontramos na literatura que é insignificante a

participação do poliestireno reciclado na obtenção de copos novos, sendo assim, todo copo descartável

utiliza matéria prima extrativa e não sustentável e leva mais de 100 anos para se deteriorar na

natureza. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA),

com financiamento da Fapesp e do CNPq, revela que os copos descartáveis possuem elementos

cancerígenos em sua composição (Pereira et al. 2004). Segundo o estudo, a quantidade de estireno

liberada pelos copos descartáveis está acima do recomendado pelo Ministério da Saúde (20ng/ml-I). O

contato com estes copos, por 10 minutos, libera cerca de 13,6 e 49,3ng/l-I de estireno. Os copos

plásticos possuem poliestireno (derivado do petróleo) que, submetido ao calor, libera o estireno,

monômero tóxico apontado como cancerígeno. O contato com o estireno ocorre no momento em que se

bebe um líquido quente, como o café. Outros estudos indicam que a liberação de substâncias

cancerígenas se dá, também, quando se utilizam essas embalagens para líquidos frios.

Desligar a luz quando sair da sala e trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes

Lâmpadas fluorescentes gastam 60% menos energia do que as incandescentes. Assim,

economiza-se cerca de 136 quilos de gás carbônico anualmente.

Deixar as janelas abertas para ventilar a sala e usar o condicionador de ar de maneira adequada

A AESSUL (www.aessul.com.br - Informe-se – Dicas – Consumo) recomenda ligar o condicionador

de ar uma hora antes do expediente e desligá-lo uma hora antes do seu término, procurar manter o

filtro limpo, pois a sujeira prejudica o seu funcionamento, e pode representar uma expressiva

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quantidade de gás carbônico a mais na atmosfera. Nos dias quentes, indicar o termostato a 23 graus e,

no inverno, regular o condicionador do ar para a ventilação.

Preferir o uso das escadas ao uso do elevador

Além de economizar energia, é mais saudável.

Implementar o uso de papel reciclado

Um pedaço de papel pode ser reciclado de quatro a seis vezes antes de suas fibras ficarem

deterioradas. Segundo a WWF-Brasil, a cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de um

hectare de floresta. Reciclar uma tonelada de papel economiza aproximadamente 30 árvores, dois

barris de petróleo e 4,1 mil quilowatts de energia. Isso equivale ao consumo de eletricidade de uma

casa durante cinco meses, 2,4 metros cúbicos de aterro e 25 quilos de poluição do ar. A produção de

uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de

energia. Já uma tonelada de papel reciclado consome 1.200 Kg de papel velho, 2 millitros de água e

1.000 a 2.500 KW/h de energia. Além disso, há uma economia de 2,5 barris de petróleo e 2.500kw/h de

energia elétrica. A produção de papel reciclado dispensa processos químicos e também evita a poluição

ambiental, reduzindo em 74% os poluentes liberados no ar e em 35% os despejados na água.

(http://www.wwf.org.br/participe/acao/dicas/?14001; www.bradesco.com.br - Click Conta - Se Liga

Nessa; www.ambientebrasil.com.br – Resíduos – Reciclagem - Papel).

Segundo o site da Ambiente Brasil (www.ambientebrasil.com.br), a criação de

empregos também é um importante fator nesse processo: estima-se que, ao reciclar papéis, sejam

criados cinco vezes mais empregos do que na produção do papel de celulose virgem e dez vezes mais

empregos do que na coleta e destinação final de lixo. Embora apresente tantas vantagens, o Brasil

recicla apenas 30% do seu consumo de papéis, papelões e cartões. Para que a quantidade de papel

reciclado no Brasil aumente é necessário, em primeiro lugar, separar o lixo e encaminhá-lo

corretamente para a reciclagem. Só depois disso é que podemos consumir papel reciclado, do contrário

estaríamos criando uma demanda que não teria como ser satisfeita.

Alguns tipos de papel são recicláveis e outros não. A tabela 2 mostra os tipos de papéis e qual a

categoria que os mesmos se enquadram:

Tabela 2 - Tipos de papel e sua classificação conforme a possibilidade de reciclagem

RECICLÁVEIS NÃO RECICLÁVEIS Jornais Revistas Cadernos Livros Papéis de escritório Embalagens Papelão Longa Vida - TETRAPAK

Papel Carbono Celofane Papel plastificado Papeis metalizados Papel vegetal Papéis sujos e guardanapos Papel higiênico Etiquetas ou fitas adesivas Fotografias

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5) Implantação de telhado verde (ecotelhado ou telhado ecológico)

Segundo o site Bioarquitetura (www.espiralando.com.br – Bioarquitetura - Teto Grama) o

telhado ecológico aparece como tendência arquitetônica em um ambiente urbano saturado de

concreto, metal e vidro, fazendo um contraponto de cor, vida e renovação. Nova opção de design para

indústrias, residências e fachadas devido à variedade de plantas e folhagens possíveis. Cria visual

paisagístico em um espaço ocioso. Fácil de instalar, prático e inteligente, totalmente integrado na

paisagem. Os telhados verdes, ao invés de disputar com a natureza, usam-na em benefício da cidade.

Há muitas vantagens na implementação de um teto verde, como, por exemplo, a melhora do micro-

clima da cidade. No verão, a transmissão de calor pelo telhado pode ser reduzida em mais de 90%, com

a utilização do teto verde. O mesmo ocorre no inverno, onde é possível observar uma diferença na

temperatura de mais de 10°C, entre o interior e o exterior. Isto ocorre devido a camada de ar dentre a

vegetação, à massa térmica da camada de terra, à reflexão dos raios infravermelhos pelas plantas e

até à liberação de calorias pelas plantas ao condensar o orvalho da manhã. Pela evapo-transpiração, o

telhado ecológico auxilia no arrefecimento de centros urbanos. A continuidade dos destes telhados na

cidade influencia muito significativamente para o conforto ambiental, das áreas mais

urbanizadas. Apesar da vegetação de um teto-grama absorver apenas 2 - 3dB, uma camada de terra

úmida de 12cm de espessura reduz a transferência de som em 40dB, atuando como barreira acústica.

Na Alemanha, os tetos verdes são considerados “telhados sólidos”, que significa que não se queimam e

são resistentes ao fogo sempre que a camada de terra tiver ao menos 3 cm de espessura. Alguns tipos

de materiais usados em coberturas – à base de piche, madeira ou plástico - se deterioram quando

expostas aos raios UV ou quando sofrem grande variação térmica. Estes problemas são eliminados

mediante uma cobertura de substrato e vegetação. Quando bem projetados, os tetos verdes têm

grande vida útil e dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Não há dúvidas de que os tetos

verdes deixam as edificações mais agradáveis internamente e muito mais bonitas externamente. Dois

estudos científicos (inéditos) estão sendo desenvolvidos, com apoio do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico, no Departamento de Design, da PUC – Rio, pelas alunas

Laura de Gouvea e Manoela Ferreira, abordando também diversos efeitos positivos secundários tais

como, aumento da área para insetos e aves, efeitos estéticos e psicológicos.

O site Ecotelhado (www.ecotelhado.com.br) faz referências aos benefícios educacionais, deste

tipo de telhado, quando aplicado em cobertura para prédios de instituições de ensino. Tal aplicação

permite a instalação de um jardim não somente para convivência, mas também como um ambiente

ativo de ensino-aprendizagem, servindo de símbolo de sustentabilidade e permitindo a implantação de

espécies vegetais de interesse aplicado às áreas de pesquisa e ensino, em diversos cursos. Pesquisas

apontam a rapidez de curas em hospitais onde os pacientes têm a oportunidade de entrar em contato

com áreas verdes, pois o ser humano reage positivamente a espaços naturais verdes, opondo-se a

aridez do concreto e do asfalto.

Pela retenção de água e diminuição do fluxo, a laje vegetada contribui de forma muito

significativa no escoamento de água da chuva conforme foi constatado no estudo, em desenvolvimento,

no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS feito por Andréa Souza Castro e Joel Avruch Goldenfum

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(dados inéditos). Segundo estes pesquisadores, o telhado ou o terraço com cobertura vegetal têm uma

redução no escoamento superficial de até 97,5 e 100% respectivamente nas primeiras 3 horas após o

início da chuva. Já 6 horas após o início da chuva, a redução no escoamento superficial é de 70 a 100%

no terraço e de 26,6 a 100% no telhado.

Outras opções no sentido de aproveitar o telhado, para tornar a Universidade mais sustentável,

seriam pintar o telhado de branco e aproveitar o espaço para a instalação de painéis solares. Segundo a

reportagem de Cimino (2009), na Folha de São Paulo, os prédios que pintam o teto de branco reduzem

a temperatura interna em 6ºC, já que o branco reflete 90% dos raios solares. Em conseqüência, pode-se

reduzir o consumo de energia dos condicionadores de ar de 20% a 70%.

6) Utilização de energia solar

A instalação de painéis solares também pode ser uma alternativa interessante par otimização dos

telhado da Universidade. A energia solar é importante na preservação do meio ambiente, pois tem

muitas vantagens sobre as outras formas de obtenção de energia, como: não ser poluente (a poluição

decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é

totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente), não influenciar no

efeito estufa, não precisar de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica e as centrais

necessitarem de manutenção mínima. Embora os painéis solares necessitem de um investimento

relativamente alto para o seu aproveitamento, esse custo vem decaindo, ao mesmo tempo em que se

tornam mais potentes. Para cada um metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inundação de

56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas usinas hidrelétricas. Uma parte do

milionésimo de energia solar que nosso país recebe durante o ano poderia nos dar um suprimento de

energia equivalente a: 54% do petróleo nacional, 2 vezes a energia obtida com o carvão mineral, 4

vezes a energia gerada no mesmo período por uma usina hidrelétrica (www.ambientebrasil.com.br –

Energia - Energia Solar).

7) Sistema de coleta de água da chuva para limpeza das dependências da Universidade e

jardinagem

O programa Cidades e Soluções (globonews.globo.com - Cidades e Soluções – Links - Programas

anteriores; exibido no dia 03/12/2006) tratou desse assunto. Diz-se que em nenhum outro lugar do

mundo chove tanto como no Brasil, mas somos os campeões de desperdício desse recurso. Em quase

todas as cidades brasileiras, a água da chuva é descartada imediatamente, vertida para os ralos e

galerias de água pluvial. De acordo com o site Ecocasa (www.ecocasa.com.br - Chuva) aproveitar

a água de chuva é unir os benefícios ecológicos aos econômicos. A água pode ser usada para serviços de

limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio, na irrigação de áreas verdes. Nos

dias de chuva intensa, as cisternas podem funcionar como "buffers" (áreas de contenção), diminuindo

ou até evitando alagamentos e a sobrecarga da rede pluvial, juntamente com os telhados verdes. O site

Ecossistemas (www.ecossistemas.net) aponta vantagens ecológicas de coletar a água da chuva. Coletar

a chuva que cai em uma edificação, para sua utilização, é um conceito simples. A chuva coletada é

independente de qualquer sistema centralizado, assim há uma promoção de auto-suficiência e

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contribuição para o incentivo de uma maior valorização deste precioso e essencial recurso. Coletar

água da chuva não significa apenas conservação dos recursos hídricos, significa também conservação de

energia, já que o montante de energia necessário para operar um sistema de água centralizado,

construído para tratar e bombear água através de uma vasta rede, não é utilizado. A coleta de água da

chuva também contribui para minimizar a erosão local e enchentes, causadas pelo escorrimento

superficial em superfícies impermeabilizadas, como pátios e telhados, pois parte desta água coletada é

armazenada.

8) Descarga de dois volumes

As descargas de dois volumes permitem liberar 3 litros, para líquidos, ou 6 litros de água, para

sólidos. Os dados sobre a real economia que esse sistema dual de descarga proporciona variam

bastante, mas pode chegar a uma economia de 6.480 litros de água por pessoa anualmente (Dusse

2008).

9) Torneiras com sensores automáticos

As torneiras com sensores automáticos também tem dados distintos sobre o quanto

economizam de água. Considerando as porcentagens mais extremas, a economia pode ficar em torno

de 40% (Dusse 2008).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AL GORE, 2006. Uma Verdade Inconveniente. Manole. 328 p.

CIMINO, J. 2009. Prédios pintam tetos de branco para diminuir as temperaturas internas. Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano. 08/03/2009

DUSSE, C.G.S. 2008. Empresa faz campanha para economizar água nos banheiros. Jornal o Debate - Ciência e Ambiente. 03 de julho de 2008 (disponível em www.odebate.com.br)

OSKAMP, S. A sustainable future for humanity? How can Psychology help?. American Psychologist, 55 (5), 496-508, 2000.

PEREIRA, P.A.P.; OLIVEIRA, R.F.S.; ANDRADE, J.B. 2004. Determination of Styrene Content in Polystyrene Cups by Purge and Trap Followed by HRGC-FID . American Laboratory, Estados Unidos, v. 36, n. 15, p. 16-18.

PMPA, Comunicação Social. 2009. DMLU expande reciclagem de óleo de fritura na Capital. (www2.portoalegre.rs.gov.br - Notícias - 12/02/2009).

ZELEZNY, L. C.; SCHULTZ, P. W. Promoting environmentalism. Journal of Social Issues, 56 (3), 365-371, 2000.

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ANEXO 2 - ORIENTANDO PARA NOVAS ATITUDES

Esta parte, anexa ao Projeto proposto, prevê atividades que atuem transversalmente no ensino

desenvolvido na Universidade.

1) Ciclo de Palestras

A organização de um ciclo de palestras em data comemorativa (22/03 – Dia Mundial da Água,

07/04 – Dia Mundial da Saúde; 22/04 – Dia do Planeta Terra; 05/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente e da

Ecologia) relacionada a temas ambientais.

2) Feira da Saúde

Considerando as inúmeras relações entre saúde e meio ambiente, já exemplificadas

anteriormente, sugere-se que a Educação Ambiental possa realizar algum tipo de trabalho dentro do

contexto da Feira da Saúde.

3) Café na Fundação e Conversando sobre...

Discussões sobre a relação saúde e meio ambiente e a relação de cada área de trabalho com a

ética ambiental.

4) Cartazes e comunicação eletrônica sobre curiosidades dicas de ecologia

Divulgação de dicas sustentáveis e reportagens relacionadas com o assunto, através de murais,

e-mail e monitores de vídeo, da Universidade para divulgar. Utilização de adesivos nos interruptores de

luz, nos controles dos condicionadores de ar e nos computadores, contendo lembretes sobre o uso

racional de energia.

O Manual do Aluno da UFCSPA, também poderia contemplar informações de que demonstrem o

interesse da Universidade na aderência, por parte dos alunos, a essas novas atitudes de

sustentabilidade.

5) Incentivo ao uso de ônibus, carona solidária e redução do consumismo

De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo (07/06/2008), um carro econômico a

gasolina emite 2.115kg de CO² por ano, o que significa que se o carro ficar em casa uma vez por

semana durante esse mesmo ano, ele deixará de emitir 301 kg de gás carbônico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Coluna Dúvidas Éticas - Caderno Vitrine. Folha de São Paulo. 07/06/2008