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Título: A Resistência Cultural do Caipira em Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia – MG
Introdução:
O imaginário cultural brasileiro referente à região interiorana de Minas Gerais, Goiás e
São Paulo se traduz na presença de um indivíduo tipicamente caipira, matuto, com um
linguajar específico e com modos de vida bem singelos, como a culinária no fogão à lenha, a
sociabilidade baseada no compadrio e as relações com a terra delimitada pela economia de
subsistência.
Desta maneira, ainda temos em mente o Jeca Tatu, discorrido por Monteiro Lobato, na
imagem do
picador de fumo, na sua postura concentrada, expondo de modo crucial sua faca,
interpondo-a de fato entre si mesmo e o espectador, protege-se, protege sua
autonomia individualizada, protege, pela violência possível, o lugar frágil que ocupa
no mundo.( COLI, Jorge, 2002, pp.31.)
Embora seu retrato seja quase caricatural, está certo que ele ocupa um lugar frágil,
pois o caipira, o homem da roça, o caboclo, descendente de portugueses e índios, desde o
inicio se coloca como intermediário cultural entre uns e outros. Por um lado, não aceita ser
comparado ao índio, por outro não é aceito como descendente do português. Temos aqui,
então, uma miscelânea de costumes, hábitos que foram se adaptando de acordo com o meio e
as condições de vida. Segundo Ribeiro (1995), do tronco português restou traços como o uso
do sal, dos talheres, do toucinho, da aguardente, já do tronco indígena temos, a lavoura de
coivara, a colheita, a caça, a divisão sexual do trabalho, o uso de alimentos da terra como o
aipim, além de uma linguagem que descende do tupi. Das duas culturas, muito diferentes,
perde-se muito, como certas técnicas de plantio, o uso de azeite, trigo e vinho, além de
características tipicamente indígenas, como o artesanato, a igualdade do trato social de
sociedades não estratificadas em classe. Assim, segundo Oliveira (2003)
o caboclo é apresentado como o correspondente humilde do bandeirante, como uma
versão equivalente ao sertanejo nordestino, e é tratado como reserva da
nacionalidade ou alicerce para a formação de uma raça forte (2003,p. 234 apud
FERREIRA, 1999, p. 103)
A partir disso, temos que o caipira se vê preso a um estado de “ninguendade”. Dessa
maneira, percebe-se que ele não é português, nem índio, nem negro, nem bandeirante. Ele é a
soma de tudo, uma geração anterior ao processo de urbanização, que encontra seu lugar no
meio rural.
Esse imaginário foi ainda mais recorrente em um período em que a urbanização ainda
era tímida e a tecnologia não havia invadido o campo, atualmente, como indivíduos
urbanizados, nos vemos distante desta realidade, que parece existir, muitas vezes, apenas no
bucolismo das canções caipiras da primeira geração sertaneja, que vem sendo substituída por
novas gerações que, em sua maioria, não lida mais com questões cotidianas do campo, mas
tem em seu conteúdo outros temas como o romantismo, o dinheiro e o consumo de bens
luxuosos, desta maneira, percebemos que esse novo movimento sertanejo diferencia-se em
muito do movimento tradicional.
Com as novas questões sociais urbanas, muitas vezes nos perguntamos se culturas
tradicionais como a caipira ainda são recorrentes de fato, pois muitas vezes, o que vemos, é
uma releitura urbanizada de uma cultura que foi engolida pela Indústria Cultural, como no
caso do neo-ruralismo, como coloca Alem (1996), em sua tese de doutorado, por meio da qual
percebemos que “a ruralidade não se situa mais unicamente no campo. A categoria rural
expandiu-se para o que é socialmente impreciso, até tornar-se quase indefinida, graças à
potência publicitária abrangente que lhe conferiram esses eventos, seus rituais e produtos”.
Sendo assim, muitas vezes duvidamos que essa cultura vá além do “sertanejo universitário” e
de uma identidade e um modismo caipira que foi construída pela mídia. Segundo Oliveira
(2003) e Nepomuceno (1999), ainda na década de 1970 temos o início de uma nova geração
caipira e sertaneja, com uma batida mais pop, duplas como Xitãozinho & Xororó e Milionário
& José Rico, deixaram em um estado de semiesquecimento o caipira dos anos 1940 e 1950.
Aquele estilo musical identitário começa a ser colocado em um local de marginalidade, ficou
sendo a música do pobre, do interiorano e do suburbano, e teve seu lugar definido – era de
segunda classe, do quintal, da cozinha. Os nomes do período áureo, como Tonico e Tinoco e
Inezita Barroso, ficaram relegados a programas do tipo “Hora da Saudade” (OLIVEIRA,
2003. p. 255).
Desta maneira, em diversos setores da cultura caipira, percebemos uma perda ou
reapropriação de identidade, que é cada vez mais neo-rural, com traços urbanizados, tomando
lugar do tradicional, do caipira da roça. Esse movimento não é tão recente, ele vem sendo
percebido desde os anos 1950. Em sua obra, Candido(1975), já deixava claro que a raiz
caipira estava sendo perdida para o movimento de tecnificação do campo. Segundo
Jackson(2002), que analisa com muita propriedade a obra “Os Parceiros do Rio Bonito” de
Antônio Candido, na terceira parte deste livro, Candido diagnostica o fim inevitável do
mundo caipira diante das transformações decorrentes do impacto as sociedade capitalista em
ascensão. É exatamente essa tese que pretendo trabalhar, tentado, no decorrer da pesquisa,
analisar se, depois de passados 48 anos da publicação de sua primeira edição, Antônio
Candido realmente estava correto ao pensar que essa cultura caminhava para um fim
inevitável. Além disso, pretendo trabalhar com duas categorias: reminiscências e resistência;
na tentativa de encontrar em qual delas se encaixam as formações de bairros rurais no interior
de Minas Gerais, pegando como foco de análise os distritos de Cruzeiro dos Peixotos e
Martinésia, pertencentes à cidade de Uberlândia. Discorrerei mais sobre isso na metodologia
Justificativa:
O presente projeto justifica-se pela importância do imaginário e da identidade caipira
nas regiões do interior paulista, mineiro e goiano. Identidade essa que se encontra viva nos
hábitos mais arraigados dos povos destas regiões. Sendo assim, o trabalho é de suma
importância para a tentativa de descortinar o que restou desta cultura e o que se pode
considerar como tradições inventadas.
Desta maneira, pretendo com esse trabalho trazer à tona o que se tem da cultura
caipira, buscando as pistas para essa investigação em uma região que tem como princípio o
distanciamento da zona urbana e que lida com a modernização com certo estranhamento em
algumas ocasiões. Além disso, é importante trazer, a partir de uma pesquisa etnográfica, as
impressões e as “piscadelas” encontradas em campo, para que se possa perceber até onde a
cultura caipira se manteve resistente.
Metodologia
O objetivo do presente trabalho é analisar as reminiscências da cultura caipira como
importante marcador sociocultural brasileiro, partindo do pressuposto de que se encontra
presente nas regiões do interior de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Esse grupo social
específico, que tem uma herança cultural híbrida é constante influência para a construção do
imaginário estabelecido, mesmo que de forma “inventada” dos hábitos culturais desses três
estados. Segundo Hobsbawn(2012)
Por “tradição inventada” entende-se um conjunto de práticas, normalmente
reguladas por regras tácita e abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou
simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da
repetição, o que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao
passado. (HOBSBAWN, 2012. p. 12)
Por questões metodológicas, principalmente pelo fato da pesquisa já ter sido iniciada
na região de Cruzeiro dos Peixotos, o trabalho abarcará essa localidade em particular, como já
dito anteriormente, fixada no interior de Minas Gerais, mais especificamente nos distritos de
Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia, pertencentes à cidade de Uberlândia – MG. Tais
localidades estão a uma distância de 24 e 32 Km, respectivamente, do centro da cidade de
Uberlândia; localizadas assim, a uma distância de 8 km uma da outra e, apesar de fazerem
parte da cidade têm uma dinâmica de vida bem diferenciada e pouco dependente do centro
urbano, que atualmente abarca uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.
Uberlândia é uma cidade que, por suas condições de localização geográfica e
topológica, pôde experimentar, nas últimas décadas, um crescimento populacional e
econômico impar em relação ao contexto geral de Minas Gerais e do Brasil. (...)
Como decorrência do aumento dos investimentos, Uberlândia tornou-se, também,
um pólo atrativo de migração de populações de regiões cada vez mais diversificadas,
fazendo com que o crescimento da população decorresse não somente de fatores
naturais. (UBERLÂNDIA, 2001. p. 3)
O distrito de Uberlândia possui cerca de 7.259 habitantes na zona rural, distribuídos
em 3.512 domicílios e na zona urbana a cidade possui cerca de 584.102, distribuídos em
209.863 domicílios. Além disso, possui quatro distritos, sendo eles Martinésia, Cruzeiro dos
Peixotos, Tapuirama e Miraporanga, que juntos somam 9488 habitantes da zona rural e 3164
habitantes da zona urbana. Em Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia, especificamente, sendo no
primeiro, uma população rural que gira em torno de 494 habitantes e a população urbana em
torno de 482 habitantes, já no segundo a população rural é de 375 habitantes e a população
urbana é de aproximadamente 461 habitantes. Desta maneira, percebemos que a cidade de
Uberlândia comporta um número significativo de habitantes e de distritos, sendo assim,
considerada uma cidade de médio porte.
A escolha da região para análise se deu por diversos motivos, primeiramente, pela
facilidade da pesquisa, pois sou moradora da cidade de Uberlândia. Em segundo lugar, a
cultura caipira na região do Triângulo Mineiro, assim como na maior parte de Minas Gerais, é
bem presente no falar, na alimentação, na religiosidade, na arquitetura, na decoração e,
principalmente, nas relações cotidianas. Apesar de já estarmos inseridos em uma cultura
muito urbanizada, racionalizada, rápida, ainda compartilhamos nos bairros mais tradicionais e
antigos, uma série de características caipiras nas relações, como por exemplo, o compadrio, as
formas de cumprimento e as relações de vizinhança.
Torna-se aqui, fundamental, explicitar o fato de que usarei o termo construído por
Queiroz(1979), em que ela denomina de bairro, que pode ser entendido como unidade mínima
da sociedade caipira, segundo a autora
Era o bairro rural um grupo de vizinhança de “habitat” disperso, mas de contornos suficientemente consistentes para dar aos habitantes a noção de lhe pertencer, levando-os a distingui-lo dos demais bairros da zona. O sentimento de localidade constituía elemento básico para delimitar a configuração de um bairro, tanto no espaço geográfico quanto no espaço social. Tradicionalmente, uma capela marcava o núcleo central, e a festa do padroeiro constituía um dos momentos importantes de reunião para os componentes dispersos em cercanias. (...)( QUEIROZ, 1979. p. 3-4)
Aqui, temos clara a importância do sentimento de pertencimento que o indivíduo do
meio rural tem para com a terra. Pertencer a um lugar se tornou muito evidente em uma das
entrevistas já realizadas, em que o entrevistado dizia: “Eu sou um morador de Cruzeiro dos
Peixotos, não um Uberlândense, mas um Cruzerense dos Peixotos”. Essa fala mostra a
importância da relação do trabalhador rural com o local a que pertence.
É essencial pensarmos, também, no espaço do rural e do caipira, que (CARNEIRO,
1998) já não se define apenas pela atividade agrícola. Além disso, a urbanização do campo
não é homogeneizante, seu efeito não é único sobre essas populações, assim, não podemos
falar de uma ruralidade generalizada, pois se expressa de diversas maneiras nos universos
culturais, sociais e econômicos.
Segundo Carneiro
(...) alguns autores sustentam a necessidade de análises mais específicas do rural,
centradas nas relações sociais que se desenvolvem a partir do processo de integração
das aldeias à economia global. Esse processo ao invés de diluir as diferenças pode
propiciar o reforço de identidades apoiadas no pertencimento a uma localidade. Essa
âncora territorial seria a base sobre a qual a cultura realizaria a interação entre o
rural e o urbano de um modo específico, ou seja, mantendo uma lógica própria que
lhe garantiria a manutenção da identidade. (CARNEIRO, 1998. pg. 4)
O que nos resta saber é se esse contato entre elementos urbanos e rurais faz com que o
que é próprio do rural se perca nessas relações. Segundo Carneiro, “a diversidade assegura a
identidade do grupo que experimenta uma consciência de si na relação com os de fora”
(CARNEIRO, 1998, pg.4)
Não podemos negar que a cultura tradicional parece sempre ameaçada pelas inovações
tecnológicas, assim como a Sociologia e a Antropologia rural, tem sido ameaçadas pelas
novas teorias de Antropologia e Sociologia Urbana. Segundo Oliveira (2003) tinha-se a ideia
de que a indústria e as novas tecnologias iriam vencer o campo, de maneira definitiva.
Segundo a autora, o que se leva a crer nesse desfecho é o fato de que cidade parecia ter tudo a
oferecer ao campo e ele, por sua vez nada tinha a oferecer à cidade. “Seus modelos produtivos
e socioculturais podiam continuar interessantes para alguns poucos cultores da história e do
folclore, mas nem aos próprios agricultores interessavam mais” (OLIVEIRA, 2003. p. 237).
Mesmo que ainda viva dentro de um imaginário urbano, que descreve a cultura caipira como
uma lembrança da imagem de Jeca Tatu, essa visão foi se diluindo com o decorrer da
resistência cultural do caipira, hoje se percebe uma busca nostálgica do que se pensava ser a
vida caipira e do campo. A sociedade caipira tem uma reação ambígua frente às
transformações sociais, que segundo Jackson(2002),
de maneira geral a sociedade caipira caminha para um fim inevitável, mas cria ao mesmo tempo formas de resistência. (...)A crise cultural provoca reações psicológicas complexas no caipira. Como vimos, as técnicas tradicionais são abandonadas e desprezadas, mas as dificuldades crescentes de adaptação ao universo capitalista têm como contraponto a valorização do passado. (JACKSON, 2002. p. 61)
Mas, independente da busca de uma ideia de resistência e manutenção de uma cultura
caipira na região de Uberlândia, é preciso ter em mente que não procuramos uma noção de
caipira ideal, como a traçado por Darcy Ribeiro, pois como sabemos a cultura não é estática,
ela sofre influencias de fora. Assim, além de existir noções de resistência, tem-se, também,
traços de reminiscências dessa cultura. Dessa maneira, como disse Carneiro (1998),
O ritmo das transformações das relações sociais e de trabalho no campo transforma
as noções de ‘urbano’ e ‘rural’ em categorias simbólicas construídas a partir de
representações culturais que, em algumas regiões, não correspondem mais a
realidades distintas cultural e socialmente. (CARNEIRO, 1998. p.1)
O que buscamos nessa pesquisa é um traço de cultura caipira diferenciada da neo-
ruralista (ALEM, 1996). Dessa maneira, foi necessário analisarmos uma região diferenciada,
por seus costumes mais próximos do que distinguimos como caipira, para isso escolhemos a
região do distrito de Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia, muito conhecidos por seu
afastamento geográfico e cultural do centro urbano de Uberlândia, que se caracteriza como
sede do distrito.
A pesquisa abarcará esses dois distritos pelo fato de ser uma continuidade do projeto
de monografia realizado na região de Cruzeiro dos Peixotos, assim, o objetivo é buscar as
características de um bairro rural pertencente ao distrito de Uberlândia. Sendo assim, a
inclusão do distrito de Martinésia tem como escopo um desenvolvimento da pesquisa para a
análise das possíveis diferenças que podem existir entre os dois distritos, que, como
pesquisadora, tive a oportunidade de começar a compreender, já que me inseri em campo
algumas vezes, inclusive com a realização de entrevistas, que deixaram claro uma sutil
disputa entre as duas localidades, além disso, algumas características caipiras se apresentam
mais fortes, hora em um hora em outro distrito, o que poderá ser de grande valia para a
pesquisa.
A pesquisa se baseará em etapas:
Etapa 1:
Levantamento bibliográfico e revisão bibliográfica sobre o tema em questão.
Essa etapa é de suma importância para consolidação da formação teórica do
pesquisador, pois norteará a visão analítica de etapas posteriores. Portanto, serão executados
fichamentos e resumos dos textos para facilitar a consulta das temáticas posteriormente e
debate do material bibliográfico com professor orientador.
Nesta etapa terei os primeiros contatos com o campo, a partir da observação
etnográfica. Analisando em um primeiro momento o cotidiano dos dois distritos e entrando
em contato com os moradores. Isso implica nas primeiras tentativas de conversa e de
negociações com os habitantes dos dois distritos.
Etapa 2:
Desenvolvimento, observação participante e coleta de dados.
Nesta etapa será a minha introdução de fato ao campo, momento que farei as primeiras
análises baseada na metodologia do interpretativismo (GEERTZ, 1989), em que tentarei
buscar as “piscadelas” entre os habitantes, tentando, a partir daqui, encontrar detalhes e ter
meu contato para entrevistas, participação nas festas religiosas, e, principalmente, fazer a
análise do cotidiano destas pessoas. Desta maneira, pretendo me estabelecer nos dois distritos,
caso haja possibilidade, senão, irei, durante um período de aproximadamente 30 dias,
participar da dinâmica diária dos distritos. Não podemos esquecer aqui, que segundo Geertz, a
etnografia é uma descrição densa, sendo assim,
O que o etnógrafo enfrenta de fato –a não ser quando (como deve fazer, naturalmente) está seguindo as rotinas automatizadas de coletar dados – é uma multiplicidade de estruturas conceptuais complexas, muitas delas sobrepostas ou amarradas umas as outras, que são simultaneamente estranhas, irregulares e inexplícitas, e que tem que, de alguma forma, primeiro apreender e depois apresentar.(...) Fazer etnografia é como tentar ler (no sentido de ‘construir uma leitura de’) um manuscrito estranho, desbotado, cheio de elipses, incoerências, emendas suspeitas e comentários tendenciosos, escrito não com os sinais convencionais do som, mas com exemplos transitórios de comportamento modelado. (GEERTZ, 1989. p. 20)
Etapa 3:
Conclusão da pesquisa e apresentação da tese.
Essa etapa final consiste na escrita e conclusão da pesquisa. A partir do cruzamento de
fontes e dados, buscarei comparar o campo com as bibliografias levantadas, levando em conta
também os dados e anotações do caderno de campo, que será mantido em todas as etapas da
pesquisa. Essa etapa recorrerá à orientação constante do professor orientador para discussão e
debate dos processos realizados. Dessa forma, cruzando dados, teoria e experiência,
poderemos iniciar a escrita da dissertação de mestrado a ser apresentada ao Programa de Pós
Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás.
Cronograma de execução:
a) Primeiro Semestre de 2013
- cumprimento dos créditos; - pesquisa bibliográfica e documental
b) Segundo Semestre de 2013
- cumprimento dos créditos - pesquisa bibliográfica e documental- início do trabalho de campo em Uberlândia-MG (12/2013)
c) Primeiro semestre de 2014
- trabalho de campo em Uberlândia-MG - início da análise de dados- revisão bibliográfica - redação do texto de qualificação
d) Segundo semestre de 2014
- análise de dados- síntese da análise etnográfica- redação da dissertação
Referências:
ALEM, João Marcos. Caipira e Country: a Nova Ruralidade Brasileira. Tese de doutorado. Departamento de Sociologia, USP, 1996.
CARNEIRO. Maria José. Ruralidade: novas identidades em construção. Estudos Sociedade e Agricultura, n. 11, out. 1998. Disponível em: http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros /brasil/cpda/estudos/onze/zeze11.htm> Acesso em: 15de agosto 2011.
CANDIDO, Antonio. Os Parceiros do Rio Bonito. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1975. COLI, Jorge. “A Violência e o Caipira”, in Estudos Históricos, n. 30, Rio de Janeiro, 2002, pp. 23-31.
Semestres
Atividades
1º 2º 3º 4º
Cumprimento dos créditos
Pesquisa bibliográfica e documental
Campo em Uberlândia-MG
Análise dos dados
Redação do texto de qualificação
Revisão bibliográfica
Síntese da análise etnográfica
Redação do texto de dissertação
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
HOBSBAWN, Eric, RANGER, Terence (Orgs.). A Invenção das Tradições. [Edição Especial] Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. (Coleção Saraiva de Bolso)
JACKSON, Luiz Carlos. A Tradição Esquecida: os Parceiros do Rio Bonito e a Sociologia de Antonio Candido. Belo Horizonte/São Paulo: UFMG/Fapesp, 2002.
LOBATO, Monteiro. Urupês. São Paulo: Brasiliense, 1968.
NEPOMUCENO, Rosa. Música Caipira: da Roça ao Rodeio. São Paulo: Editora 34, 1999.
OLIVEIRA, Lucia Lippi. Do Caipira Picando Fumo ao Chitãozinho e Xororó, ou da roça ao rodeio. REVISTA USP, São Paulo, n.59, setembro/novembro 2003. p. 237
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Bairros Rurais Paulistas, Dinâmica das Relações Bairro Rural-Cidade. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1973.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SILVA, A. M.; PINHEIRO, M.S.F.; FRANÇA, M.N. Guia de normalização de trabalhos técnico-científicos: projetos de pesquisa, trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. 5º ed. Uberlândia: UFU, 2006.
UBERLÂNDIA. Banco de dados integrados 2011. Uberlândia: 2011. Volume I. Disponível em: <http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/1428.pdf>. Acesso em: 12 de setembro de 2011.