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COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO CARLOS MAGALHÃES SANDRA MARIA MANZOLI CÔVRE DROGAS INSERIDAS NA ESCOLA

PROJETO DROGAS

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COLGIO ESTADUAL ANTONIO CARLOS MAGALHES

SANDRA MARIA MANZOLI CVRE

DROGAS INSERIDAS NA ESCOLA

ITABELA-BA 2014Tema: DROGAS INSERIDAS NA ESCOLAINTRODUOEste projeto tem comotemtica da influncia das drogas lcitas e ilcitas no percurso educativo do educando. O mesmo busca identificar os fatores que levam os jovens ao uso dessas drogas, desenvolvido atravs de um diagnstico, baseado em pesquisa de entrevista dos alunos, apontando que comum o uso de drogas licitas e ilcitas por alunos, notadamente os menores, do Colgio Estadual Antonio Carlos Magalhes localizado no municpio de Itabela/Bahia.Realiza ao mesmotempo uma reflexo a respeito da fundamentao sobre o tema apresentado, uma vez que se faz necessrio uma apropriao do conhecimento terico para a partir da relacionar com a pratica cotidiana e s ento partir para uma proposta interventiva com o objetivo de sensibilizar os aluno. Proposta esta desenvolvida na escola acima citada, com a participao de professores, equipe tcnica e gestora, no sentido de analisar as dificuldades encontradas por professores e busca de solues para o problema detectado.Espera-se que ao final desta proposta interventiva que nossos jovens se conscientizem dos perigos do uso das drogas licitas e ilcitas tornando-se protagonistas de uma mensagem para uma sociedade pensante, saudvel e acima de tudo transformadora.2. Dados norteadores da pesquisa

2.1.situao problema

Em nosso contexto escolar, percebemos que o uso de drogas lcitas e ilcitas encontra-se cada vez mais prximo de nossa juventude. comum adolescentesfaltando s aulas para fazer uso de drogas e h casos em que chegam instituio de ensino j sobre o efeito de drogas.Esta atitude vem provocando serias dificuldades no desenvolvimento cognitivo e social de nossos educandos, cabendo escola desenvolver aes que possam solucionar o problema.

2.2.JustificativaO projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre os perigos das drogas lcitas e ilcitas, em nossa comunidade escolar, especialmente para os alunos da turma do 1 F Vespertino, onde identificamos alunos diretamente ligados ao consumo desses tipos de drogas.O uso de drogas um fenmeno sociocultural complexo, o que significa dizer que sua presena em nossa sociedade no simples. No s existem variados tipos de drogas, mas tambm so diferentes os efeitos por elas produzidos e a adolescncia, perodo marcado por mudanas e curiosidades sobre um mundo que existe alm da famlia representa um momento especial no qual as drogas so de grande apelo comercial e exercem forte atrativo. Muitas vezes nos enganamos pensando que adolescentes aparentemente sem problemas nunca experimentaram drogas. Por isso importante informar ao aluno sobre os malefcios do vicio e da dependncia. Em nossa comunidade percebemos que esta se tornando comuns os jovens terem contato com drogas e isso preocupante, alm do que dentro da escola isso vem trazendo prejuzos, uma vez que o desenvolvimento desses alunos vem diminuindo.Partindo desta premissa de fundamental importncia que os gestores escolares percebama escola como local de grande relevncia para trabalhar a preveno s drogas pela possibilidade de acesso aos jovens e pela natureza educacional de seu trabalho. H de se ressaltar, ainda, que a gesto educacional mudou no decorrer do tempo e as escolas devem estar preparadas para as dificuldades sociais e com as transformaes culturais.As instituies educacionais devem se afastar de modelos inflexveis e passar a ver estas questes como os alunos as percebem, adicionando as necessidades e a demanda que surge no cotidiano escolar s prticas preventivas.

2.3.objetivo da interveno

2.3.1. Objetivo geral

Promover uma conscientizao em relao preveno do uso de drogas lcitas e ilcitas, bem como reconhecer comportamentos de risco no contexto escolar e social.

2.3.2. Objetivos especficos

a)Informar sobre drogas lcitas e ilcitas, mostrando que elas causam dependncia mental e fsica;b)Despertar o interesse dos alunos, educadores, na busca e aes coletivas preventivas contra o uso dessas drogas;c)Selecionar/sistematizar e socializar conhecimentos (contedos) que contribuem para a formao de sujeitos crticos, participativos;d)Confrontar e sistematizar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula (escola) com os conhecimentos j elaborados (cientficos), visando a (re)construo desses conhecimentos;e)Possibilitar situaes educacionais de produo e socializao de conhecimentos para que o aluno sinta-se sujeito do processo de construo da cidadania;f)Estabelecer relaes sociais democrticas no processo ensino-aprendizagem, possibilitando uma ao social autnoma na relao e convivncia cotidiana na escola e na sociedade.g)Demonstrar s crianas e jovens de que existem prazeres saudveis e que esto ao alcance de todos, em alternativa ao consumo de produtos que levam dependncia;h)Oportunizar o debate e reflexes em torno dos fatores sociais, familiares e econmicos que influem no uso dessas drogas;i)Fortalecer as redes sociais para reduzir os fatores de risco que contribuem para o uso da droga.

2.4.Fundamentao terica

Cientificamente aumento do consumo de drogas pelos adolescentes vem aumentando ao longo dos anos. De acordo com Paulo Knapp, embora o homem adulto faa uso de drogas desde seus primrdios, o abuso de drogas por adolescentes foi reconhecido como um problema srio somente no sculo XX, com os primeiros relatos do uso de solventes. Nos anos 60, as substancias qumicas, principalmente a maconha e os alucingenos, comearam a fazer parte do mundo dos jovens e, desde ento, as drogas povoam parte do cenrio internacional.Tentando compreender essa realidade, pesquisadores vm realizando estudos que evidenciam as razes pelas quais ocorre essa experimentao e o uso regular das substancias que causam dependncia, principalmente nesse perodo da vida.Em nosso contexto escolar, percebemos que o uso de drogas encontra-se cada vez mais prximo de nossos jovens. Eles fazem isso com naturalidade e, de certa forma, at para demonstrar que cresceram e que so independentes. A adolescncia deve ser encarada como etapa crucial do processo de crescimento e desenvolvimento cuja marca registrada a transformao, ligada aos aspectos fsicos e psquicos do ser humano, inserido nas mais diferentes culturas. A adolescncia uma fase nica, singular para cada um, sofrendo inclusive influencias sociocultural, o que a faz ser vivenciada de maneira diferente at por indivduos da mesma famlia.Para Offer e Boxer (1995), trata-se de uma fase critica do curso da vida, merecedora de ateno e estudo, e j no apenas vista como uma transio entre a infncia e a idade adulta.Segundo Balaguer (2002) a adolescncia, desde os primeiros estudos de G Stanley Hall, tem sido considerada como um estado de transio, caracterizado por profundas mudanas biolgicas e psicolgicas em que os jovens tomam uma srie de decises de conduta que iro afetar a sua sade tanto a curto como em longo prazo.Para Skinner, se soubermos as causas para determinados comportamentos, teremos condies de prever e a partir disso control-lo, manipulando-o. O que o homem faz o resultado de condies que podem ser especificadas e que, uma vez determinadas, poderemos antecipar e at certo ponto determinar as aes. Atualmente vivemos numa sociedade onde os adolescentes tendem a adotar com facilidade hbitos de conduta menos sos (fumar, beber lcool, tomar drogas, entre outros) que aliados ao sedentarismo precoce, colocam em causa a sade da nossa juventude. Na busca da autonomia do adolescente natural que certas atitudes sejam arriscadas. Cabe aos adultos no ameaar ou amedrontar, mas esclarecer e ensinar a conquista da autonomia e da liberdade com a devida responsabilidade (Papalia, et al., 2001).Marti (1996) afirma A adolescncia o perodo em que as caractersticas do individuo favorecem em maior grau o inicio do consumo de drogas, e inclusive, a sua tendncia para a dependncia (...) o estimulo para beber cerveja pode partir do meio familiar (pais bebem regularmente) ou do social, em particular o grupo de amigos.Afamlia o primeiro grupo de referencia na historia dos indivduos. Famlias desestruturadas contribuem para o desgasteda personalidade, tornando as pessoas frgeis e vulnerveis, podendo assim favorecer a insero do risco. A ausncia do afeto impossibilita a incorporao do mesmo, criando um vazio a ser preenchido das mais diferentes maneiras.O modelo familiar funciona tambm como fator de proteo, onde esto presentes o amor, o compromisso, o respeito, o dilogo e tambm os limites que devem ser colocados com autoridade e afeto e nunca com autoritarismo. necessrio que o maior ensinamento seja o uso da liberdade vinculado responsabilidade.No processo de construo do ser humano, outros grupos de referencia vo se tornando importante, destacando-se a escola dentro da proposta preventiva. Se a meta informar, ou melhor, formar, a escola deveria ter clara ser essa a funo precpua. Nesse espao pedaggico, torna-se legal a discusso sobre sexualidade, drogas, violncia, projeto de vida. Existem deveres e direitos das escolas e dos alunos. A acolhida do aluno usurio de drogas quer seja lcitas ou ilcitas, deveria ser a proposta da escola. Quem deve ser expulsa a droga e no o aluno por ela vitimado. A pedagogia moderna est baseada na avaliao do erro como proposta legitima de busca do acerto. O acesso da escola s famlias, a possibilidade de trocas e orientaes amplia para alm da sala de aula o seu papel educativo.Assim se faz necessrio a organizao de debates e palestras que ajudem a encontrar solues atenuantes ou erradicadoras das causas desse problema. Acreditamos que com a preveno e o conhecimento poderemos evitar o uso indevido e generalizado das drogas, quer sejam lcitas ou ilcitas.

2.5.metodologia de trabalhoEste estudo tem por finalidade identificar fatores que esto relacionados com o consumo de drogas por alunos adolescentes do Colgio Estadual Antnio Carlos Magalhes em Itabela/Ba.Atendendo finalidade e a natureza especifica sobre a descoberta de relaes que levam os adolescentes a tal consumo e a influncia deste problema para o percurso educativo, optou-se por uma metodologia que inclua palestras, trabalhos em grupos, pesquisas, depoimentos, exibio de filmes, elaborao de uma curta metragem e um momento esportivo e cultural.Este projeto foi direcionado para a turma do 1 Ano F do Ensino Mdio do turno vespertino, pois foi onde identificamos 3 alunos usurios de drogas e outros que esto sobre suspeita de serem usurios. Para avaliao do trabalho foram coletadas informaos atravs de um questionrios feito com os alunos contendo 4 questes abertas: 1) Antes da palestra, voc teve informaes sobre as medidas preventivas e o risco do uso de drogas para a sade do usurio, da famlia e da comunidade?2) Voc recebeu oferta para usar drogas aps a palestras? Qual foi a sua reao? 3) Aps a palestras, percebeu em sua sala pessoas que so usurias de drogas? 4) Quais os pontos positivos e negativos da palestra para voc? As questesno possuem identificao nominal, exatamente para evitar o constrangimento.Tal procedimento tem como objetivo avaliar se os trabalhos realizados sensibilizaram os alunos da turma do 1Ano F do Ensino Mdio do turno vespertino.

2.6. RESULTADOSQuadro1 Aes a serem desenvolvidas na interveno.

AoResponsvel (is)PrazoRecurso(s) necessrio(s)Como esta ao contribui para alcanar o objetivo da interveno?

Estudo sobre o tema em apostilas, livros e internet com grupos de alunos.Professores: Jssicleidy e SandraConcludoInternet, xrox, livros, computador, data show.Com a ampliao do conhecimento dos alunos sobre as implicaes do uso de drogas lcitas e ilcitas.

Reuniescom:Enfermeiro, Comandante de polcia do municpio e Equipe Gestora.ConcludoEnfermeiro, Comandante de polcia do municpio, Diretor e vice.Participando das aes de conscientizao.

Palestra, seminrios, debate com participao de profissionais de sade bem como de pessoas que foram dependentes e conseguiram se restabelecer.ConcludoRepresentantes dos Alcolatras Annimos, Psiclogos, Enfermeiro, Ex-viciados em outros tipos de drogas (lcitas e ilcitas).Conscientizao e informao dos perigos do uso de bebida de alcolicae outras drogas para a sade fsica e mental.

Momento esportivo e cultural apresentando o lazer e o esporte como uma forma de preveno contra o consumo das drogas.Comunidade escolarConcludoQuadra esportiva.Demonstrar que a prtica de esporte requer boa sade e que o lazer proporciona melhores momentos pessoais e sociais.

Cinema Filmes que abordem a dependncia de bebida de lcool e outras drogas.Comunidade escolarConcludoData show, dvds, som.Chamar a ateno atravs dos filmes que o lcool e outras drogassoprejudiciais para a vida estudantil e social.

Elaborao de uma curta metragem.Comunidade escolarConcludoFilmadoraAtingir o maior nmero possvel de grupos na comunidade escolar divulgando as aes preventivas contra o uso das (drogas lcitas e ilcitas).

Grfico-1

Ao analisarmos os resultados atravs, grfico, palestra, seminrio, questionrios e outros aspectos j terminados demonstraram que trs alunos j so usurios desde a sua pr-adolescncia infelizmente, no qual, suas atitudes e comportamento demonstraram, e se esporam ao responderem o questionrio, os outros no quiseram em suas respostas se pronunciarem claramente, mas permanece sobre suspeita por serem observados todo o tempo, segundo eles, este fato, pode ser decorrente ao ambiente mal estruturado pelosseus familiares.Do total de alunos que identificou sinaisdo uso do lcool e drogas,uma pequena parte teve dificuldade diferenciaros sinais de utilizao dos produtos com ocomportamento provocado pelos problemasdo dia a dia e ou por problemas psiquitricos.Esta situao nos leva a perceber queeste assunto necessita ainda ser mais bemtrabalhado e que aes isoladas, at porque o projeto continua em andamento, no sosuficientes para a completa sensibilizaosobre o tema, neste sentido, faz-se necessrio implementao de medidas Inter setoriaiscontnuas, que conduzam a mobilizao e aconvergncia de esforos, recursos e aespolticas, que busquem fortalecer atitudessaudveis e/ou a ofertas alternativas: comoesporte, educao e cultura, capazes depreparar percepo dos jovens, que atuecomo um fator protetor para o consumo delcool e drogas e suas consequncias.

Colaboradores:Corpo docente, Corpo discente, Funcionrios, Secretaria Municipal de Sade, Profissionais da Sade, Polcia Militar, Representantes dos alcolicos annimos. CONCLUSOCONCLUSESDiante do comportamento apresentado pelos alunos frente ao tema e pela a percepo dos professores, conclumos que os alunos foram sensibilizados sobre as medidas preventivas e os riscos que o uso das drogas trazem para sade do usurio, da famlia e da comunidade. No entanto, entendemos que o conhecimento adquirido atravs de medidas isoladas e o simples repasse de informaes se perdem com o tempo, desta forma, h a necessidade de implementao de medidas inter setoriais contnuas entre educao,sade, esporte, sociedade civil, ONG, etc. No entanto se outras medidas de combate s drogas lcitas e ilcitas devem ser estabelecidas, a educao continuada parte essencial no processo de alterao de hbitos de vida e requer tempo,espao, planejamento, materiais didticos e profissionais capacitados. A escola o espao crucial para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades junto aos seus integrantes e comunidade, visando garantia de mudanas de comportamento que garantam sade a populaopor meio da qualidade de vida.

REFRNCIAS BIBLIOGRAFICAS

KNAPP, P. Princpios fundamentais da terapia cognitiva. In: Knapp, P. (e col).OFFER, Daniel; BOXER, Andrew O desenvolvimento normal do adolescente:tratamento de psiquiatria da infncia e adolescncia. In LEWIS, Melvin tratado depsiquiatria de infncia e adolescncia. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1995.BALAGUER, I. , CASTILLO, I., & PASTOR, Y. (2002). Los estilos de vida relacionados con la salud en la adolescencia temprana (pp. 5-26). In I. Balaguer (Org.), Estilos de vida en la adolescencia. Valencia: PromolibroSKINNER, B. F.Cincia e comportamento humano. Braslia: Editora Universidade de Braslia, 1970MARTI, Jos Maria F. Psicologia infantil e juvenil: adolescncia. Lisboa: Liarte, 1996.PAPALIA, Diane; OLDS, Sally; FELDMAN, Ruth (2001) O Mundo da Criana, 8 Edio, Editora Mc Graw Hill