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Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários a obtenção do título de Engenheiro Orientador: Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto; Dr. Ing. PROJETO ESTRUTURAL PARA UMA MÁQUINA DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE Jan Bonoro Gudme Rio de Janeiro Abril de 2016

Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

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Page 1: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Mecânica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários a obtenção do

título de Engenheiro

Orientador: Prof. Fernando Augusto de Noronha

Castro Pinto; Dr. Ing.

PROJETO ESTRUTURAL PARA UMA MÁQUINA DE ELEVAÇÃO E

TRANSPORTE

Jan Bonoro Gudme

Rio de Janeiro

Abril de 2016

Page 2: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Departamento de Engenharia Mecânica

DEM/POLI/UFRJ

PROJETO ESTRUTURAL PARA DE UMA MÁQUINA DE ELEVAÇÃO E

TRANSPORTE

Jan Bonoro Gudme

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE

ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO MECÂNICO.

Aprovado por:

________________________________________________

Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto; Dr. Ing.

________________________________________________

Prof. Fábio Luiz Zamberlan; D.Sc.

________________________________________________

Prof. Armando Carlos de Pina Filho; D.Sc.

Page 3: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

ii

Gudme, Jan Bonoro

Projeto de uma Máquina de Elevação e Transporte/

Jan Bonoro Gudme – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola

Politécnica, 2016.

ix, 67 p.: il.; 29,7cm.

Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro

Pinto

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Mecânica, 2016

Referências Bibliográficas: p. 41-42

1. Projeto de Máquinas. 2. Elementos de Máquinas.

3. Metrologia. 4. Máquina de Elevação. I. Castro Pinto,

Fernando Augusto de Noronha. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Macânica. III. Projeto Estrutural para uma

Máquina de Elevação e Transporte.

Page 4: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

iii

Agradecimentos

Antes de tudo agradeço a Deus por me dar sempre mais oportunidades do que posso um

dia chegar a merecer.

Agradeço também aos meus pais, Carl e Elaine, por tudo que me ensinaram. Por todos os

sacrifícios que fizeram por mim ao longo de minha vida para me dar mais oportunidades. Pelo

amor e carinho que sempre demonstraram. Pelos conselhos e encorajamentos. Devo tudo a vocês.

Aos meus irmãos, Nicolas e Nina, por todo apoio. Amo vocês imensamente, e não seria

quem sou sem vocês ao meu lado.

Ao meu avô, João, por toda sua ajuda em diversas etapas de minha vida. Por todas as

histórias, conselhos e piadas. Por sempre estar disposto a ajudar.

À Laysla, que está ao meu lado faz tantos anos. Não seria capaz de atravessar o que

atravessei sem você ao meu lado. Muito obrigado pelo constante amor, auxílio e cumplicidade.

Ao meu orientador, Fernando Castro Pinto, por seus conselhos e direções. Obrigado por

me guiar nesse projeto, instruindo sempre.

Aos meus outros irmãos da Igreja de Cristo Internacional do Rio de Janeiro. O mundo não

é digno de vocês. Sou grato pela oportunidade de conhecer cada um, e pelo auxílio que me

mostraram em diferentes momentos. Agradeço especialmente ao Felipe, que está comigo nessa

missão desde o começo, e ao Rômulo, que tem cuidado de nossos irmãos ao meu lado.

Aos meus amigos da Equipe Minerva Baja UFRJ, que contribuíram imensamente em

minha formação. Todos da equipe foram fundamentais em meu aprendizado. Agradeço

especialmente ao meu capitão do segundo ano, Vinícius, por todo seu direcionamento, ao Rodrigo,

pelo seu auxílio constante, mesmo após minha saída da equipe, e a Thainara, por suas dúvidas que

me faziam aprender mais.

Page 5: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

iv

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.

Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

Jan Bonoro Gudme

Abril/2016

Orientador: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto

Curso: Engenharia Mecânica

Este trabalho propõe o projeto de uma máquina de elevação e transporte a ser usada no laboratório

do Centro de Excelência em Gás Natural da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O laboratório

terá como um de seus objetivos estudar diferentes selos de vedação usados em compressores

centrífugos e turbomáquinas. Serão executados, então, experimentos com diferentes selos de

vedação em uma máquina de teste que tem o peso aproximado de 5 toneladas. Tal máquina deve

ser erguida e movida à uma bancada de manutenção para troca dos selos e possíveis reparos. Este

trabalho visa projetar o equipamento que tornará possível o transporte da máquina usada nos

experimentos entre o local de testes e a bancada. Serão discutidas diferentes ideias de mecanismos

para o transporte dessa carga, seguidas pelo raciocínio por trás da proposta escolhida, o

dimensionamento dos componentes do sistema, o projeto com seus desenhos técnicos de peças a

serem fabricadas e especificação técnica das peças comerciais, e uma conclusão do projeto por

fim.

Palavras-chave: Máquina de Elevação, Guindaste, Projeto de Máquinas, Dimensionamento de

Componentes

Page 6: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

v

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Engineer.

Design of a Lifting Machine

Jan Bonoro Gudme

April/2016

Advisor: Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto

Course: Mechanical Engineering

This work proposes the design of an elevation e transportation equipment to be used in the Center

of Excellence in Natural Gas, which is in the Federal University of Rio de Janeiro. The lab has, as

one of its objectives, the study of different gasket seals in a test machine that weighs approximately

5 tons. That machine needs to be lifted and moved to a stand for repairs and the exchange of the

gasket seals. This work will center on the design of the equipment which will make it possible to

move this machine between the test site and the repair stand. Different arrangements will be

proposed for the equipment, followed by the reasoning behind the chosen arrangement, the design

with its blueprints for parts that need manufacturing and the technical specification for the

commercially available parts, with a project completion at last.

Keywords: Lifting Machine, Crane, Machine Design, Component Design

Page 7: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

vi

Sumário

1. Introdução ...................................................................................................................1

2. Revisão Bibliográfica ..................................................................................................2

2.1 Elevação de Cargas ................................................................................................2

2.2 Tipos Populares de Guindastes Fixos .....................................................................3

2.2.1 Guindaste de Torre ..........................................................................................3

2.2.2 Guindaste de Torre Auto-Montável .................................................................3

2.2.3 Guindaste Telescópico ....................................................................................4

2.2.4 Guindaste Cabeça de Martelo ..........................................................................5

2.2.5 Guindaste de Pequeno Porte ............................................................................5

3. Mecanismos Propostos.................................................................................................6

3.1 Modelo 1 ...............................................................................................................6

3.2 Modelo 2 ...............................................................................................................7

3.3 Modelo 3 ...............................................................................................................8

3.4 Modelo 4 ............................................................................................................. 10

3.5 Modelo 5 ............................................................................................................. 11

4. Elementos do Guindaste ............................................................................................ 13

4.1 Lança – Viga I ..................................................................................................... 13

4.2 Coluna – Tubo Estrutural ..................................................................................... 14

4.3 Buchas, Pinos e Rodas ......................................................................................... 17

5. Metodologia de Dimensionamento ............................................................................. 20

5.1 Coeficiente de Segurança ..................................................................................... 20

5.2 Lança ................................................................................................................... 22

Page 8: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

vii

5.3 Coluna ................................................................................................................. 24

5.4 Buchas, Pinos e Rodas ......................................................................................... 26

6. Memória de Cálculo .................................................................................................. 33

6.1 Forças na Coluna ................................................................................................. 33

6.2 Carga Crítica ........................................................................................................ 34

6.3 Buchas, Pinos e Rodas ......................................................................................... 35

7. Conclusões ................................................................................................................ 40

8. Bibliografia ............................................................................................................... 41

Apêndice A – Tabelas de Fabricantes ............................................................................ 43

Apêndice B – Tabela de Ajustes com Interferência Recomendados ................................ 48

Apêndice C – Tabela de Ajustes com Folga Recomendados .......................................... 49

Page 9: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

viii

Índice de Figuras

Figura 1 - Logomarca Centro de Excelência em Gás Natural [1] ......................................1

Figura 2 - Modelo de um Guindaste Greco-Romano [4] ...................................................2

Figura 3 - Guindaste de Torre Liebherr [5] ......................................................................3

Figura 4 - Guindaste erguendo seu módulo [6] .................................................................4

Figura 5 - Guindaste Telescópico Sennebogen [7] ...........................................................4

Figura 6 - Guindaste Cabeça de Materlo no Rio de Janeiro [8] .........................................5

Figura 7 - Guindaste de Pequeno Porte Bushman [9] .......................................................5

Figura 8 - Esboço do Modelo 1 ........................................................................................6

Figura 9 - Esboço do Modelo 2 ........................................................................................7

Figura 10 - Esboço do Modelo 3 ......................................................................................8

Figura 11 - Esboço do Modelo 4 .................................................................................... 10

Figura 12 - Esboço do Modelo 5 .................................................................................... 11

Figura 13 - Viga I [11] ................................................................................................... 13

Figura 14 - Tubo Estrutural [12] .................................................................................... 15

Figura 15 - Demonstração de Flambagem [11] ............................................................... 16

Figura 16 - Ajuste com folga, incerto e com interferência, respectivamente [13] ............ 17

Figura 17 - Coeficiente ξ por razão entre vão e distância entre eixos .............................. 22

Figura 18 - Tensão de Von Mises Resultante na lança .................................................... 23

Figura 19 - Região da lança com reforço ........................................................................ 23

Figura 20 - Forças externas na coluna ............................................................................ 25

Figura 21 - Tensão de Von Mises resultante na coluna, suportando as forças ................. 26

Figura 22 - Tensão de Von Mises resultante no pino ...................................................... 27

Figura 23 - Tensão de Von Mises resultante na bucha .................................................... 28

Figura 24 - Tensão de Von Mises resultante na roda ...................................................... 29

Figura 25 - Tensão de Von Mises resultante na bucha da roda ....................................... 30

Figura 26 - Tensão de Von Mises resultante na bucha da lança ...................................... 31

Figura 27 - Tensão de Von Mises resultante na bucha do eixo da coluna ........................ 31

Figura 28 - Esboço do conjunto mecânico ...................................................................... 33

Page 10: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

ix

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Grupo por classe de utilização e estado de cargas .......................................... 20

Tabela 2 - Coeficiente de majoração por grupo .............................................................. 21

Tabela 3 - Coeficiente dinâmico por faixa de velocidade de elevação da carga............... 21

Tabela 4 – Propriedades mecânicas da viga I ................................................................. 43

Tabela 5 - Tabela Viga I - Gerdau .................................................................................. 44

Tabela 6 - Propriedades mecânicas do tubo estrutural .................................................... 45

Tabela 7 - Tabela de Tubos Estruturais - Vallourec ........................................................ 46

Tabela 8 - Chapas Metálicas - Sidersul .......................................................................... 47

Tabela 9 – Recomendações de ajuste com interferência ................................................. 48

Tabela 10 – Recomendações de ajuste com folga ........................................................... 49

Page 11: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

1

1. Introdução

Este projeto de graduação tem como objetivo o desenvolvimento de uma máquina de

elevação para aplicação no Centro de Excelência em Gás Natural da Universidade Federal do Rio

de Janeiro.

O equipamento projetado tem como objetivo transportar a máquina de testes de

aproximadamente 5 toneladas uma distância 5 metros e meio entre o local de testes e a bancada

onde é feita a troca de selos e os reparos da mesma. Além disso, para que haja acesso aos selos de

vedação, a máquina de testes é desmontada em estágios. Se torna necessário que, após transportada

para a posição inicial na bancada, o módulo central da máquina seja desacoplado, erguido e

realocado para outra parte da bancada.

As dimensões do equipamento são limitadas não somente pela sua aplicação, mas também

pelo espaço disponível no laboratório em que o mesmo será utilizado, lembrando que sua estrutura

não pode impedir o acesso da equipe ao maquinário utilizado. A estrutura deve ser robusta o

suficiente para suportar os esforços que sofre sem que haja comprometimento de sua integridade

estrutural, porém simples o suficiente para ser economicamente viável sua fabricação e possíveis

reparos na universidade.

Figura 1 - Logomarca Centro de Excelência em Gás Natural [1]

Page 12: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

2

2. Revisão Bibliográfica

2.1 Elevação de Cargas

A elevação de cargas é um processo que o ser humano faz com o auxílio da engenharia

desde a Grécia antiga, 500 anos a.C., de acordo com pesquisadores [3]. Essa foi a época em que a

elevação de cargas deixou de ser feita somente por rampas, com auxílio de animais ou apenas com

força humana, para ser feita com o auxílio de diferentes equipamentos de elevação.

Essas máquinas passaram, então, por diversas evoluções nos últimos séculos até se

tornarem o que chamamos hoje de um guindaste. Hoje, diversos tipos de guindastes existem.

Figura 2 - Modelo de um Guindaste Greco-Romano [4]

Page 13: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

3

2.2 Tipos Populares de Guindastes Fixos

2.2.1 Guindaste de Torre

Formado por uma base, um mastro chamado de torre, uma lança como seu braço horizontal

maior e um braço horizontal menor, esse é o tipo de guindaste regularmente usado em obras de

grandes edifícios. A base de concreto é de grande massa, na ordem de dezenas de milhares de

kilogramas e feita com chumbadores para a fixação do mastro, que é construído por treliças até a

altura desejada. A construção é feita com o auxílio de um guindaste telescópico com menor

capacidade de içamento mas grande alcance.

2.2.2 Guindaste de Torre Auto-Montável

Com uma estrutura similar ao Guindaste de torre, mas variando em sua montagem e

desmontagem, o guindaste de torre auto-montável independe do auxílio de um guindaste externo

de grande alcance. Após a montagem inicial do mesmo, com a torre ainda curta e os braços

Figura 3 - Guindaste de Torre Liebherr [5]

Page 14: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

4

horizontais já posicionados, o guindaste é usado para elevar os próprios módulos de treliça usados

em sua torre, sendo subsequentemente esses instalados.

2.2.3 Guindaste Telescópico

Um guindaste telescópico tem um corpo que é constituído por uma série de tubos

encaixados um dentro do outro. Um mecanismo motorizado, muitas vezes hidráulico, estende e

retrai os tubos para aumentar ou diminuir o comprimento total do corpo do guindaste. Estes tipos

de equipamentos são muitas vezes utilizados para projetos de construção de curto prazo, trabalhos

resgate, etc. Por causa de sua característica de compactação, é mais comum se observar guindastes

telescópicos móveis, como por exemplo sobre caminhões.

Figura 4 - Guindaste erguendo seu módulo [6]

Figura 5 - Guindaste Telescópico Sennebogen [7]

Page 15: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

5

Figura 7 - Guindaste de Pequeno Porte Bushman [9]

2.2.4 Guindaste Cabeça de Martelo

Utilizado principalmente em portos, o guindaste cabeça de martelo foi popularizado no

começo do século XIX por ser capaz de suportar o peso de peças de navíos de guerra britânicos,

os guindastes continuam populares em portos.

2.2.5 Guindaste de Pequeno Porte

Optando por uma torre de tubo estrutural e tendo uma lança composta principalmente por

uma viga I, esse modelo de guindaste é mais utilizado para cargas relativamente pequenas.

Normalmente instalado por meio de chumbadores no solo, o guindaste mais comum desse modelo

trabalha com cargas entre 1 e 20 toneladas.

Figura 6 - Guindaste Cabeça de Materlo no Rio de Janeiro [8]

Page 16: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

6

3. Mecanismos Propostos

3.1 Modelo 1

O primeiro modelo proposto, esboçado na figura 8, baseia-se na imagem tradicional de um

guindaste. As partes principais consistem em: coluna de sustentação - composta principalmente

por um tubo estrutural - e a lança do guindaste - composta principalmente por uma viga I. A coluna

seria fixada no chão por meio de parafusos, com nervuras para o aumento da resistência mecânica

do sistema. Uma peça a uma certa distância do topo da coluna, fabricada especificamente para esse

propósito, seria soldada na coluna, com um eixo vertical para a introdução do braço do guindaste.

Esse eixo vertical seria o eixo de pivotamento do braço do guindaste, que deve se aproximar o

máximo possível do centro da coluna. O alívio de tensão no braço seria por meio de um cabo de

aço, como mostrado na figura.

Essa proposta tem a vantagem de ser simples e exigir poucos componentes, o que indicaria

a probabilidade de um baixo custo. Concomitantemente, o processo de fabricação do equipamento

Figura 8 - Esboço do Modelo 1

Page 17: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

7

como um todo também seria de baixa complexidade, o que é atraente para a fabricação na

universidade.

O principal problema, porém, é a distância entre esse eixo de pivotamento e o centro da

coluna. Essa distância pode criar um momento fletor grande demais para que esse modelo seja

adotado de forma razoável, principalmente quando o ângulo do braço se aproximar dos extremos

em cada lado. Nesses casos, as peças fabricadas estariam suportando uma tensão ainda maior por

não ter o apoio no solo, o eixo de pivotamento do braço e a carga erguida em um mesmo plano.

3.2 Modelo 2

O segundo modelo pensado, esboçado na figura 9 acima, é uma expansão do eixo de

pivotamento no modelo anterior. Nessa proposta de projeto, a coluna é apoiada no chão

diretamente em um mancal de deslizamento, permitindo rotação a ela como um todo. No topo

haveria um mancal de rolamento fixado à parede do laboratório, contribuindo para aliviar o

Figura 9 - Esboço do Modelo 2

Page 18: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

8

momento criado pela carga. O alívio de tensão na viga I seria feito da mesma forma, por meio de

um cabo de aço.

Essa proposta visaria reduzir da distância entre o eixo de pivotamento e o apoio no solo

para zero, além de aliviar o momento na parede. O resultado seria uma coluna sofrendo menor

tensão, permitindo a utilização de algo menos robusto. O resultado seria, então, uma redução no

custo total.

Uma exigência do projeto, porém, seria a distribuição da carga para a parede do laboratório.

O local de instalação deveria já estar dimensionado para suportar uma carga nova perpendicular a

parede. Além disso, o local também deveria permitir que a parede fosse perfurada para que a

fixação fosse feita.

Foi analisado que a estrutura do local não teria condições de suportar essa nova carga sem

grandes obras, o que não era desejo do CEGN. O modelo 2 foi, então, descartado.

3.3 Modelo 3

A terceira proposta, esboçado na figura 10, se afasta da ideia do guindaste tradicional,

visando um pórtico fixo no solo. Nesse caso, quatro colunas sustentam duas viga I paralelas, cada

Figura 10 - Esboço do Modelo 3

Page 19: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

9

uma com um trole. Ligado aos troles há outra viga I, aonde seria encontrado outro trole com o

gancho de levantamento.

Essa estrutura permite uma distribuição melhor das cargas no solo, cargas majoritariamente

de compressão. Isso apresenta diversas vantagens. A primeira é que o concreto que compõe o solo

consegue muito mais facilmente resistir a uma força de compressão do que uma força de tração

[2], tornando mais simples o processo de fixação da estrutura no solo. Além disso, uma distribuição

das forças em 4 pontos afastados entre si também tornaria as forças a que o solo está sujeito

menores, novamente reduzindo as exigências na fixação da estrutura no solo. Modificações na

estrutura geral do laboratório seriam reduzidas, o que é preferível. A viga central também sofreria

uma tensão inferior a de qualquer outro modelo por ter fixações em ambas as extremidades. Isso

resultaria em uma viga I com dimensionamento menor, reduzindo o custo dessa peça. Outra

vantagem a ser considerada é a facilidade de posicionamento de qualquer carga transportada por

um pórtico como esse. O posicionamento não depende de rotação em torno de um eixo, que é algo

mais complexo de estimar manualmente.

Por outro lado, a fabricação dessa estrutura exige um número maior de peças a serem

compradas, o que poderia elevar o custo do projeto. Além disso, é necessário que sejam colocadas

quatro colunas no laboratório ao invés de apenas uma, é necessário que haja uma linha reta sem

obstrução entre seus topos para serem colocadas as vigas I e é necessário que a viga central possa

transitar ao longo de todo o percurso desejado. O laboratório não atende a todas essas exigências,

o que impossibilita esse modelo.

Page 20: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

10

3.4 Modelo 4

Inspirado na ideia da melhor distribuição das cargas no solo, o quarto modelo, esboçado

na figura 11 acima, mantém a ideia de quatro apoios no solo. O modelo consiste em três vigas no

solo, criando a base em U, e erguendo uma estrutura com três colunas paralelas. Essas colunas

seriam unidas na parte superior por outra viga, e a coluna central teria o braço do guindaste soldado

em si. A coluna central seria a única capaz de girar em seu próprio eixo.

Na questão da distribuição da carga no solo, esse modelo volta a sofrer o fenômeno do

momento fletor, havendo considerável aumento na força de tração que é exercida em um dos pares

de fixação no solo. A presença de três colunas nesse modelo seria para melhor distribuir o

momento fletor, ao invés de concentrá-lo apenas em uma única coluna. O alívio de tensão seria,

novamente, por meio de um cabo de aço entre a viga I e a coluna central.

O modelo, porém, sofre pela necessidade de múltiplas peças, aumentando seu custo e

dificuldade de fabricação. O sistema ainda impõe tração no solo, que era uma vantagem mais

Figura 11 - Esboço do Modelo 4

Page 21: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

11

notável no modelo anterior, e custa ao ambiente um espaço maior. A locomoção de pessoal e

maquinário no laboratório seria prejudicada pela presença das "pernas" criadas nesse modelo. O

modelo proposto foi dito inaceitável para o bom uso do laboratório, com desvantagens que não

compensam suas vantagens, e foi descartado.

3.5 Modelo 5

O último modelo proposto, intitulado modelo 5 e esboçado na figura 12 acima, segue a

ideia do primeiro modelo proposto, com diferentes melhorias para combater suas desvantagens.

Ele também é composto por um tubo estrutural cilíndrico como coluna central, tendo nesse caso

uma tampa com um eixo soldada no topo. Envolvendo esse eixo seria colocada uma bucha, que

teria contato direto com a bucha colocada no braço do braço do guindaste. Essas buchas, com uma

lubrificação entre si, permitiriam a rotação da lança do guindaste. A lança seria composta por uma

Figura 12 - Esboço do Modelo 5

Page 22: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

12

viga I com um alívio de tensão inferior fabricado com chapas de aço, que se apoiaria por meio de

uma roda na coluna central. No local desse apoio, haveria um reforço na coluna.

Esse modelo reduz a zero a distância entre o eixo de pivotamento do braço e o ponto de

apoio da estrutura no solo, como era preferível. Além disso, a mudança para um alívio de tensão

na parte inferior da viga I permite que a altura da coluna central seja a altura do braço do guindaste.

Isso permite o uso de um tubo estrutural menor para atingir um braço na mesma altura desejada.

O modelo ainda conta um número reduzido de peças e um processo simples de fabricação, o que

é ideal para reduzir o custo total do projeto.

A principal desvantagem nesse modelo é que a força exercida no solo ainda é grande,

também apresentando força de tração forte. Além disso, a coluna central estará sujeita a maior

tensão, aumentando o custo da mesma para que seja adquirida uma coluna mais robusta.

Os modelos foram apresentados aos encarregados do laboratório com suas diferentes

vantagens e desvantagens. O quinto modelo foi o escolhido por se adequar bem as necessidades

do laboratório. Como exposto anteriormente, as desvantagens de alguns modelos fizeram com que

fossem descartados rapidamente. As desvantagens desse modelo escolhido são vistas como

aceitáveis para o que é oferecido.

Page 23: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

13

4. Elementos do Guindaste

4.1 Lança – Viga I

A viga I, exemplificada na figura 13, é uma viga de aço com seção transversal em formato

de “I” ou “H”, onde os elementos paralelos são chamados flanges e a parte central é chamada de

alma. A alma tem o papel de proporcionar à viga uma resistência à força de cisalhamento, enquanto

as flanges criam resistência aos momentos fletores. Por esse motivo, uma viga I é especificada

baseada em qual o principal tipo de tensão necessitará suportar.

Uma viga em que a maior parte da tensão se origina de um momento fletor deve ter flanges

mais espessas, resultando em um aumento de seu momento de inércia. Para tal, menor prioridade

deve ser dada à espessura da alma. Isso pode ser claramente evidenciado quando se observa a

seguinte fórmula:

𝜎 = 𝑴 𝒚𝑰𝒙

[11], onde

𝜎 =Tensão normal devido ao momento fletor;

Figura 13 - Viga I [11]

Page 24: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

14

M = Momento fletor;

y = Distância ao áxis neutral;

𝐼𝑥 = Momento de inércia de segunda ordem.

É possível observar que o aumento no momento de inércia de segunda ordem acarreta em

uma redução na tensão normal devido ao momento fletor. Isso está de acordo com o que foi

previamente mencionado, pois esse momento irá ser maior quando há um aumento na massa das

flanges.

Além da tensão normal devido ao momento fletor, a viga I também sofre tensão de

cisalhamento devido ao momento criado pela carga que suporta em sua extremidade. A fórmula

que aponta essa tensão se encontra abaixo:

𝜏 = 𝑉 𝑄𝐼 𝑏

[11], onde

𝜏 =tensão de cisalhamento devido ao momento;

V = Força de cisalhamento;

Q = Primeiro momento da área sujeita a força de cisalhamento;

I = Momento de inércia de segunda ordem;

b = largura da seção.

As tensões limite de escoamento e ruptura são fornecidas por fabricantes de vigas, que as

obtém através de ensaios de tração. Uma tabela de um fabricante de vigas I que contém esses

valores limite se encontra no apêndice A.

4.2 Coluna – Tubo Estrutural

O tubo estrutural é um cilindro de aço oco, como mostrado na figura 14. Suas dimensões

mais importantes no caso a ser estudado são seu diâmetro externo e a espessura de sua parede. O

Page 25: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

15

tubo estrutural é sujeito à compressão e ao momento que é criado pelo conjunto de forças de tração

em seu topo e compressão no ponto de apoio das rodas do braço do guindaste.

Já foram lembradas as fórmulas para o cálculo de tensão normal e de cisalhamento devido

ao momento fletor, também importantes nesse componente. Deve-se visitar agora o conceito de

tensão normal e de cisalhamento por meio de forças compressivas e o conceito de flambagem.

A tensão uniaxial devido a compressão é um conceito simples na mecânica dos sólidos,

principalmente em sólidos simples como um tubo circular de parede constante. Para o cálculo

dessa tensão, é necessário seguir a fórmula abaixo:

𝜎 = 𝐹𝐴 [11], onde:

𝜎 = Tensão normal;

F = Força normal;

A = Área perpendicular a força.

A tensão de cisalhamento criada por uma força cisalhante se assemelha muito a equação

anterior, sendo calculada por:

𝜏 = 𝑭𝑨 [11], onde:

𝜏 = Tensão de cisalhamento;

Figura 14 - Tubo Estrutural [12]

Page 26: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

16

F = Força cisalhante;

A = Área da seção transversal paralela ao vetor da força cisalhante.

Outro conceito a ser estudado quando se está tratando de força compressiva em um corpo

esbelto é o conceito de flambagem. Esse efeito ocorre quando a peça sofre flexão transversalmente

devido a um esforço axial. A flambagem, considerada como instabilidade elástica, pode fazer com

que a peça perca sua estabilidade enquanto o material se encontra abaixo de sua tensão de

escoamento.

O fenômeno independe da tensão de escoamento do material. Os fatores que influenciam

no aparecimento da flambagem são o módulo de elasticidade do material, o momento de inércia

da seção, o comprimento da peça e a força exercida sobre a peça. A carga crítica que não pode ser

ultrapassada é dada por:

𝑃𝐶𝑅 =𝜋2.𝐸.𝐼

𝑙2 [11], onde:

𝑃𝐶𝑅 = Carga crítica;

E = Módulo de Elasticidade;

I = Momento de inércia;

l = comprimento do corpo.

Figura 15 - Demonstração de Flambagem [11]

Page 27: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

17

4.3 Buchas, Pinos e Rodas

A bucha sólida é fabricada por fundição, por estiramento e usinagem, ou por uso de um

processo de metalurgia do pó. Há três pares de buchas nesse guindaste.

O primeiro, mencionado na descrição do modelo, se encontra no topo da coluna, entre a

mesma e a lança do guindaste. Seu objetivo é fazer a interface entre esses componentes, oferecendo

um atrito menor do que o contato aço-aço oferece. As buchas são colocadas com ajuste de

interferência entre si e suas peças. Entre uma bucha e outra, onde deve haver rotação, o ajuste é

feito com folga. Esse ajuste com folga é para permitir a rotação e a introdução de graxa na região.

O segundo uso de buchas será no interior das rodas onde a lança se apoia na coluna.

Posicionadas entre a roda e o pino, estarão presentes para proteger o pino e oferecer a mesma

capacidade de lubrificação e rotação do par anteriormente mencionado. Para tal, tanto essas quanto

as anteriores serão fabricadas com latão.

O último par de buchas, localizado logo acima das rodas, visa proteger a peça fabricada em

aço onde se encontram os pinos. Essa região, como será demonstrado posteriormente nesse

trabalho, estará sujeita a uma tensão maior do que o restante da lança. Por essa razão, essas serão

feitas com um material de maior resistência.

Para o uso das buchas é interessante rever os conceitos de metrologia, especialmente os

conceitos de ajuste com folga e ajuste com interferência.

Figura 16 - Ajuste com folga, incerto e com

interferência, respectivamente [13]

Page 28: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

18

O ajuste com folga é o ajuste em que o diâmetro máximo de um eixo é menor ou igual ao

diâmetro mínimo do furo onde esse eixo é introduzido. Para atingir esse resultado, os afastamentos

que a dimensão de cada peça pode ter de seu valor nominal é calculada. O afastamento superior

do eixo é, então, menor ou igual ao afastamento inferior do furo.

Para o cálculo de ajuste com folga, deve-se saber os valores dos afastamentos superior

(𝐹1) e inferior (𝑓1) máximos que a peça pode ter ainda funcionando como desejado. Esse valor é

baseado em experiências com projetos anteriores, recomendações bibliográficas, normativas ou

oriundas do fabricante e experimentos com protótipos em laboratório. Com esses valores, é

possível utilizar as seguintes fórmulas:

𝐹𝑠 = 𝐹1 + (𝛼 + 𝛼1) −𝐻1+𝐻2

2 e 𝑓𝑠 = 𝑓1 − (𝑧 + 𝑧1) + (𝑢 + 𝑢1) [13], onde:

𝐹𝑠 = Folga superior de segurança;

𝑓𝑠 = Folga inferior de segurança;

𝑧 𝑒 𝑧1 = Deslocamento da dimensão do bom dos calibradores;

𝛼 𝑒 𝛼1 = Desvio da dimensão nominal do lado refugo dos calibradores;

𝑢 𝑒 𝑢1 = Valor de usura admissível previsto para o lado bom dos calibradores;

𝐻1 𝑒 𝐻2 = tolerâncias admissíveis para as dimensões dos calibradores e contra-calibradores.

Tendo em mão esses valores, deve ser usado o valor da vida máxima e da vida mínima do

conjunto para obter as folgas máxima (F) e mínima (f) padronizadas. Para achar esses valores,

basta utilizar as seguintes fórmulas:

𝑉𝐼𝐷𝐴𝑚𝑎𝑥 = 𝐹1 − 𝐹 𝑒 𝑉𝐼𝐷𝐴𝑚𝑖𝑛 = 𝐹1 − 𝑓 [13]

Sabendo F e f, pode-se encontrar a tolerância de funcionamento, que é a diferença entre

esses dois valores. A tolerância é distribuida entre os elementos a ajustar, buscando atribuir ao furo

uma tolerância superior ao eixo.

O ajuste com interferência, ao contrário do com folga, é aquele onde o diâmetro externo

do eixo é maior do que o diâmetro interno do furo onde esse eixo se encontra. É chamada de

Page 29: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

19

interferência essa diferença entre os diâmetros, e ela é igual a deformação que os corpos sofrem.

As principais equações a observar quando se dimensionando uma interferência são as seguintes :

[13], onde

I = Interferência;

P = Pressão;

D = Diâmetro da interface;

E = Módulo de elasticidade do material;

𝜈= Coeficiente de Poisson

Com essas fórmulas, é possível calcular a interferência máxima e a interferência mínima,

partindo da pressão máxima e da pressão mínima. A pressão máxima é aquela que é suportada pelo

material, enquanto a mínima é aquela necessária para que a trasmissão ocorra sem deslizamento.

No caso estudado, é desejada a transmissão de esforço tangencial. A pressão mínima pode, então,

ser calculada através de:

𝑝𝑚𝑖𝑛 =2.𝑇

𝜇.𝜋.𝑏.𝐷2 [13], onde:

T = Torque transmitido;

D = Diâmetro da interface;

b = Largura da montagem;

𝜇 =Coeficiente de atrito entre as superfícies.

Outros conceitos necessários ao dimensionamento dessas peças já foram lembrados em

outros momentos dessa revisão bibliográfica.

Page 30: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

20

5. Metodologia de Dimensionamento

5.1 Coeficiente de Segurança

Inicialmente deve ser escolhido o coeficiente de segurança do projeto, se baseando em

recomendações bibliográficas e/ou normas estabelecidas. No caso de equipamentos de elevação,

há uma norma, intitulada NBR 8400 da ABNT, que dita o coeficiente de segurança a ser utilizado

para cada caso particular. São levados em conta dados como frequência de uso do equipamento,

frequência em que o equipamento estará suportando sua carga máxima, velocidade e aceleração

de elevação da carga, entre outros.

No caso específico desse projeto, o equipamento será usado com a frequência denominada

classe A, descrita como “Utilização ocasional não regular, seguida de longos períodos de repouso”

na norma, tendo estado de carga 3, descrito como “Equipamentos regularmente carregados com a

carga nominal”. As tabelas 1 e 2, que devem ser utilizadas para especificar o coeficiente de

majoração a ser utilizado, se encontram a seguir:

Tabela 1 - Grupo por classe de utilização e estado de cargas

Page 31: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

21

Se baseando na primeira tabela, o projeto se encaixa no grupo 4.desse projeto, De acordo

então com a tabela 2, o coeficiente de majoração nesse projeto é igual a 1,06. O coeficiente de

majoração é usado como fator de segurança para a solicitação devido ao peso próprio do guindaste.

Para obter o coeficiente de segurança que deve ser aplicado à solicitação devido à carga de serviço,

é necessário multiplicar o coeficiente de majoração pelo coeficiente dinâmico e o coeficiente que

determina as reações transversais devidas ao rolamento.

O coeficiente dinâmico é facilmente obtido através da tabela 3, se baseando na velocidade

com a qual o corpo é erguido. No caso desse projeto, a carga, que é erguida manualmente por

menos de 4 metros, se eleva a uma velocidade inferior a meio metro por segundo.

Com uma velocidade inferior a meio metro por segundo e um equipamento do tipo

“guindaste com lanças”, o coeficiente dinâmico é então 1,15.

O cálculo do coeficiente que determina as reações transversais devidas ao rolamento é mais

complexo, pois depende de valores obtidos no trole que for escolhido pelo laboratório. Como o

valor máximo de relação entre o vão e a distância entre eixos pode, na viga I que ficará

dimensionada, atingir o valor com 𝜉 máximo, será utilizado o valor máximo de 𝜉 igual a 0,2.

Tabela 2 - Coeficiente de majoração por grupo

Tabela 3 - Coeficiente dinâmico por faixa de velocidade de elevação da carga

Page 32: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

22

Com esses dados em mão, temos o valor do coeficiente de segurança como 1,47 para a

solicitação devido a carga suspensa, que é obtido multiplicando o coeficiente de majoração pelo

coeficiente dinâmico e o coeficiente 𝜉 somado a 1. O coeficiente de segurança para a solicitação

devido ao próprio equipamento é igual ao coeficiente de majoração, que é 1,06.

5.2 Lança

O dimensionamento inicial a ser feito no guindaste é o da lança, o braço efetivo da grua. O

primeiro valor a definir, tendo conhecimento da carga que será suportada, é o comprimento da

lança. Com esse comprimento e a massa a ser erguida, ficam definidos os diagramas da força de

corte e do momento fletor na lança.

Para a aplicação no CEGN, é necessário um raio de 3 metros no alcance do guindaste,

medido do centro da torre. No modelo escolhido, a lança tem seu início no centro da torre, o que

resulta em uma lança com 3 metros de comprimento.

A adição do alívio de tensão na parte inferior do corpo dificulta a análise. Foi utilizada

então a ferramenta de simulação por elementos finitos do software SolidWorks para dimensionar

o componente. Os princípios a serem respeitados no processo de dimensionamento são utilização

da viga I menos robusta, e portanto de menor custo, que suportasse a carga com seu fator de

segurança, e a utilização de chapas metálicas com com a menor variação de espessura, para reduzir

na quantidade de material diferenciado sendo comprado.

Figura 17 - Coeficiente ξ por razão entre vão e

distância entre eixos

Page 33: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

23

A viga selecionada por ser capaz de suportar a tensão criada pela carga máxima na

extremidade da lança foi a viga W 200 x 86,0 (H). A tabela do fabricante com as diferentes vigas

pode ser encontrada no apêndice A. O resultado da simulação pode ser visto abaixo, na figura 18.

O local aonde a tensão ultrapassa a tensão limite de escoamento do aço 1020 é onde o metal será

substituído por uma bucha de aço 1045, capaz de suportar a tensão local.

Com o intuito de reduzir a quantidade de chapas de aço a comprar, como mencionado, a

parte inferior da lança será fabricada somente com dois tipos de chapa diferentes. Os valores de

espessura padrão de chapas de aço estão na tabela contida no apêndice A. Onde possível, será

Figura 18 - Tensão de Von Mises Resultante na lança

Figura 19 - Região da lança com reforço

Page 34: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

24

utilizada a chapa de 8,73 mm de espessura, pois valores abaixo desses se mostraram insuficientes

para a carga exercida. Onde for necessário um reforço maior, serão utilizadas chapas de 25,40 mm

de espessura. Os mesmos esforços foram feitos para todos os componentes do guindaste, visando

uma redução nos custos.

A peça soldada à extremidade da viga I tem sua seção horizontal quadrada para facilitar o

momento da soldagem. Seu interior é usinado para a colocação da bucha de latão. A metodologia

desse dimensionamento é explorada na seção de dimensionamento das buchas.

5.3 Coluna

Após o dimensionamento da lança, é necessário dimensionar a torre do guindaste. Assim

como na lança, o primeiro valor a se definir é o comprimento do tubo estrutural a ser utilizado

como torre. Para a aplicação no Centro de Excelência em Gás Natural é necessária uma torre que

permita que a máquina de testes seja erguida até uma altura acima da bancada de manutenção e,

posteriormente, ter seu módulo central removido do restante da máquina e realocado ao seu lado,

também na bancada. A altura necessária para que essas condições sejam atendidas é igual a 4

metros.

Dada a altura da torre assim como o dimensionamento da lança e a carga máxima na

mesma, é possível calcular as forças e momentos que a torre deve suportar. É assumido que não

há força vertical no ponto de apoio da roda na coluna, tendo que essa força seria causada pelo atrito

e muito inferior à força horizontal. Os mesmos são calculados na memória de cálculo por meio da

fórmula abaixo:

𝑀 = 𝐹. 𝑑 [14], onde

M = Momento;

F = Força;

d = Braço de momento.

Page 35: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

25

O momento criado pela lança será transmitido para a coluna. A altura do alívio de tensão

da lança cria um aumento no braço de momento, resultando em uma força menor sendo aplicada

na coluna. Por essa razão, o braço deve ter a maior dimensão possível sem acarretar em um grande

custo em material e solda, sem prejudicar o funcionamento do laboratório e sem haver deformação

no alívio em si. A medida estabelecida para o alívio é de aproximadamente 1,3 metros. Com essa

informação em mãos, estão definidas as forças aplicadas na coluna.

Essas forças são então utilizadas em um modelo de elementos finitos para se especificar o

tubo estrutural a ser utilizado, a partir da tabela do fabricante contida no apêndice A. É também

adicionado, no ponto da torre aonde a extremidade inferior da lança se apoia, um reforço de aço

AISI 1045 por sua maior dureza. Isso permitirá com que qualquer desgaste se concentre nas rodas

que se apoiam na torre, por ser fabricada de aço AISI 1020. Além disso, a carga exercida sobre o

reforço fica melhor distribuida no tubo estrutural.

A execução dos cálculos da tensão são executados pela ferramenta de elementos finitos do

SolidWorks. A partir dos resultados, é escolhido um modelo de tudo estrutural da tabela. Além

Figura 20 - Forças externas na coluna

Page 36: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

26

disso, o valor de carga crítica para o caso de flambagem, cuja fórmula se encontra explicitada na

revisão bibliográfica, é calculado na memória de cálculo.

5.4 Buchas, Pinos e Rodas

A força que cada pino deve suportar, calculada anteriormente e mostrada na Figura 20, é

de 85 kN. A razão entre essa força e a área onde a tensão surge resulta na tensão que o pino deve

ser capaz de suportar. É calculado pela ferramenta SolidWorks Simulation que, para um pino com

diâmentro de 20 mm, o ponto com maior tensão apresenta uma tensão total de 804 MPa. Se

Figura 21 - Tensão de Von Mises resultante

na coluna, suportando as forças

Page 37: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

27

adicionada a pressão criada pela interferência ao longo do corpo, a tensão máxima é de 819 MPa.

Isso pode ser observado na figura 22.

Esse valor se encontra muito acima da tensão de escoamento de qualquer outro material

usado em outras partes desse projeto. O valor se encontra abaixo da tensão de escoamento do aço

AISI 4340, mas somente quando esse é tratado termicamente para aumentar essa resistência.

Antes do tratamento térmico, o aço especificado tem uma tensão de escoamento igual a

470 MPa [15]. Após ser realizado a têmpera, austenitizando a 855ºC e realizando a têmpera a

230ºC por 4 horas, o material atinge uma tensão limite de escoamento de 1550 MPa [16]. O tempo

da têmpera na verdade varia de acordo com a espessura do material, podendo ser reduzido para 1

hora no caso do pino [17]. Em seguida deve-se resfriar em óleo ou polímero, onde o resfriamento

em polímero conduz a maior homogeneidade microestrutural e menor variação dimensional.

Para que o pino seja inserido por um ajuste com interferência na bucha, deve ter seu

diâmetro mínimo maior do que o diâmetro máximo do furo da mesma. Antes, deve ser

dimensionada a bucha.

O furo das buchas aonde o pino se encontram deve então ter um diâmentro nominal de 20

mm. O dimensionamento da bucha superior, que auxilía na resistência do peça soldada à lança, é

calculado se beaseando na região de tensão do braço. A espessura da bucha deve ser grande o

Figura 22 - Tensão de Von Mises resultante no pino

Page 38: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

28

Figura 23 - Tensão de Von Mises resultante na bucha

suficiente para que a área de tensão crítica se encontre inteiramente na bucha. Deve ser adicionada

a tensão devido à pressão interna na bucha, por causa da interferência. No cálculo encontrado na

memória de cálculo, é usado o diâmetro externo de 30 mm, que facilmente engloba a região crítica.

Essa bucha também é introduzida por interferência na peça, e é soldada na peça. Com isso,

é possível realizar o dimensionamento da bucha como um todo. É utilizada a informação da pressão

na parte externa da bucha por causa da nova interferência para calcular se o material resiste a

tensão que sofre, quando utilizado o ajuste recomendado H6/p5 no apêndice C [13]. O mesmo

ajuste será utilizado em todas as interferências nessa região.

O dimensionamento é feito na memória de cálculo, e também define inteiramente o pino.

A bucha tem, então, seu diâmetro interno mínimo de 20,000 mm e máximo de 20,013mm, e

externo mínimo de 30,026 mm e máximo de 30,037 mm. O furo na peça tem seu diâmetro interno

mínimo de 30,000 mm e máximo de 30,016 mm. O pino tem diâmetro externo mínimo de 20,022

mm e máximo de 20,031 mm, e o furo na base tem diâmetro mínimo de 20,000 mm e máximo de

20,013 mm.

O dimensionamento do diâmetro interno da outra bucha, também colocada com

interferência, é igual. O diâmetro externo, por sua vez, deve ser tal para que haja um ajuste com

folga entre essa bucha e aquela fixada na roda. Essa folga permite a rotação da roda, e para tal deve

permitir a introdução de um lubrificante. A folga recomendada no apêndice B [13] é de par H8/f7,

chamada “ajuste rotativo normal”, com uma folga aceitável para baixa velocidade de rotação.

Além disso, a espessura deve ser suficiente para suportar a tensão devido a força de cisalhamento

e a pressão interna pela interferência. A memória de cálculo mostra a pressão criada pela

interferência com uma bucha de espessura 5 mm, e a tensão criada na peça pode ser vista a seguir.

Page 39: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

29

Como já foi definida a folga pelo ajuste recomendado, é necessário agora dimensionar a

espessura da bucha fixada na roda. Essa bucha está sujeita à mesma força de cisalhamento da

anterior, mas com uma pressão externa devido a interferência com a roda.

Deve-se então dimensionar a roda. Fabricada de aço AISI 1020, como já foi elaborado, a

roda deve ter um diâmentro externo de 94 mm, para que faça contato com a coluna. O diâmentro

interno deve permitir a introdução das duas buchas, a folga entre elas e o pino. Para permitir que

a bucha fixada na roda também tenha 5 mm de espessura, o diâmentro interno da roda deve ser de

40 mm. Na figura 24 está demonstrada a tensão máxima que uma roda nessas dimensões sofre,

levando em conta a pressão interna criada pela bucha. A tensão não chega a tensão limite de

escoamento do material.

A pressão interna mencionada é obtida através do dimensionamento da interferência. Esse

cálculo é exposto na memória de cálculo, também usando o ajuste sugerido de H6/p5 do apêndice

B [13] para a interferência. A tensão na bucha, após considerados esses dados, é ilutrada na figura

25 e também se encontra abaixo da tensão limite de escoamento do material.

Figura 24 - Tensão de Von Mises resultante na roda

Page 40: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

30

Fica definido então que o diâmetro interno mínimo da roda é 40,000 mm e máximo é

40,016 mm. A bucha por sua vez tem diâmetro externo mínimo de 40,026 mm e máximo de 40,037

mm.

A folga sugerida entre as buchas de latão já dimensionada é de ajuste H8/f7, como

recomendado no apêndice C [13]. Com esse valores, o diâmetro interno máximo da bucha externa

é 30,039 mm e o mínimo é 30,000 mm. A bucha interna, por sua vez, tem diâmetro externo máximo

de 29,975 mm e mínimo de 29,950 mm. Isso resulta em uma folga mínima de 25 𝜇m e máxima de

89 𝜇m.

O último e maior par de buchas restante é aquele que faz a interface entre a coluna em seu

topo e a lança em sua extremidade. A bucha localizada na lança deve ser colocada no furo de

diâmetro nominal igual a 180 mm com interferência, tendo uma espessura grande o suficiente para

suportar a pressão causada por essa interferência. Sabendo que o material de fabricação da mesma

será latão, é testada na memória de cáculo a pressão criada por uma bucha com 10 mm de

espessura. Como pode ser visto abaixo, a bucha resiste a tensão criada pela pressão de interferência

e as forças as quais está sujeita.

Figura 25 - Tensão de Von Mises resultante na

bucha da roda

Page 41: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

31

A bucha localizada no entorno do eixo da coluna tem seu diâmetro interno definido pela

interferência com o eixo de diâmetro igual a 140 mm. A pressão nesse ajuste é calculada na

memória de cálculo pelo processo explicado no item 3.2.3. Com a espessura de 10 mm para

suportar a pressão interferência e as forças na região, temos todos os valores para dimensionar

ambas as buchas. A tensão de Von Mises resultante na bucha da coluna é mostrada na figura 27.

Figura 26 - Tensão de Von Mises resultante na bucha

da lança

Figura 27 - Tensão de Von Mises resultante na bucha

do eixo da coluna

Page 42: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

32

É importante lembrar que o ajuste entre as buchas é com folga H8/f7 como recomendado

no apêndice C [13]. A primeira, fixada na lança, tem seu diâmetro interno mínimo de 160,000 mm

e máximo de 160,063 mm, e externo mínimo de 180,050 mm e máximo de 180,070 mm. Ela está

localizada no furo da lança com diâmetro mínimo de 180,000 mm e máximo de 180,029 mm. A

segunda, fixada no eixo, tem seu diâmetro interno mínimo de 140,000 mm e máximo de 140,025

mm, e externo mínimo de 159,917 mm e máximo de 159,957 mm. O eixo da coluna tem diâmetro

mínimo de 140,043 mm e máximo de 140,061 mm. O furo na tampa da coluna tem as mesmas

dimensões do diâmetro interno da bucha, para criar interferência.

Page 43: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

33

6. Memória de Cálculo

6.1 Forças na Coluna

O cálculo das forças que são aplicadas na coluna parte dos dados na figura 28 abaixo.

Partindo desses valores, é possível calcular o momento 𝑀𝑏 do braço, que deve ser

reproduzido em um momento 𝑀𝑐 na coluna. Logo;

● 𝑀𝑏 = 𝐹. 𝑑 = 76.000 𝑁 . 3 𝑚 = 228.000 𝑁𝑚

O momento 𝑀𝑐 é criado por um par de forças, uma na coluna e a outra como resultante das

forças nos pontos de contato do reforço da coluna com as rodas. O ângulo entre esses pontos de

contato é 30º. O cálculo fica, então;

Figura 26 - Esboço do conjunto mecânico

Page 44: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

34

● 𝑀𝑐 = 228.000 = 𝐹1 .ℎ

2+ 𝐹2 .

2 . Onde 𝐹1 𝑒 𝐹2 são as forças no topo e a resultante

no reforço. Como 𝐹1 = 𝐹2, temos;

● 228.000 = 𝐹 . ℎ

● 𝐹 =228000

1,3= 175.385 𝑁

Tendo 𝐹𝑟1 𝑒 𝐹𝑟2 como as forças de contato com as rodas 1 e 2, segue;

● (𝐹𝑟1 + 𝐹𝑟2) = 𝐹 . 𝑐𝑜𝑠15º = 170.000 𝑁

● 𝐹𝑟1 = 𝐹𝑟2 = 85.000 𝑁

6.2 Carga Crítica

O cálculo da carga crítica segue a fórmula já mencionada 𝑃𝐶𝑅 =𝜋2.𝐸.𝐼

𝑙2 [11]. Os dados

são:

● E = 205 GPa

● l = 3,8 m

● I = 29.792 𝑐𝑚4

Com isso, pode ser calculado:

● 𝑃𝐶𝑅 =𝜋2.205 𝐺𝑃𝑎 .29.792 𝑐𝑚4

3,82=

𝜋2.205𝑘𝑁

𝑚𝑚2 .297.920.000 𝑚𝑚4

14,44 𝑚=

𝜋2 .61.073.600.000 𝑘𝑁.𝑚𝑚2

14.440.000 𝑚𝑚2

● 𝑃𝐶𝑅 = 4229,47368 . 𝜋2 = 41.743,8 𝑘𝑁

A carga crítica é, então, equivalente a uma carga de 4,17 mil toneladas. O risco de

flambagem na coluna do guindaste pode ser, então, descartado.

Page 45: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

35

6.3 Buchas, Pinos e Rodas

Como foi falado anteriormente, é necessário calcular a pressão criada pela interferência no

dimensionamento de todos esses componentes. A fórmula a ser utilizada, como foi mencionado na

revisão bibliográfica deste trabalho, é:

[13], onde

Há, porém uma simplificação para quando o tubo interno é maciço. Nesse caso, o tubo

interno significa o eixo da coluna. Simplificando então a fórmula, temos:

Os dados da equação, para a bucha de latão, são:

● 𝐷 = 20 mm

● 𝐷𝑒 = 30 mm

● 𝜈𝑖 = 0,29

● 𝜈𝑒 = 0,35

● 𝐸𝑖 = 196 GPa

● 𝐸𝑒 = 106 GPa

Calculando então 𝑥𝑒

● 𝜃𝑒 =30 𝑚𝑚

20 𝑚𝑚= 1,5

● 𝑥𝑒 =1,52+1

1,52−1=

3,25

1,25= 2,6

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 31𝜇𝑚

𝑃=

20 𝑚𝑚

106 𝐺𝑃𝑎(2,6 + 0,35) +

20 𝑚𝑚

196 𝐺𝑃𝑎(1 − 0,29) = 0,5566038

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+

0,072449𝑚𝑚3

𝑘𝑁

Page 46: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

36

● 𝑃 =31𝜇𝑚

0,6290528𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 49,28𝑁

𝑚𝑚2 = 49,28 𝑀𝑝𝑎

Para o caso da interferência entre a bucha fabricada com aço 1045 e o pino, os dados da

equação são:

● 𝐷 = 20 mm

● 𝐷𝑒 = 30 mm

● 𝜈𝑖 = 0,29

● 𝜈𝑒 = 0,29

● 𝐸𝑖 = 196 GPa

● 𝐸𝑒 = 200 GPa

Calculando então 𝑥𝑒

● 𝜃𝑒 =30 𝑚𝑚

20 𝑚𝑚= 1,5

● 𝑥𝑒 =1,52+1

1,52−1=

3,25

1,25= 2,6

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 31𝜇𝑚

𝑃=

20 𝑚𝑚

200 𝐺𝑃𝑎(2,6 + 0,29) +

20 𝑚𝑚

196 𝐺𝑃𝑎(1 − 0,29) = 0,289

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+ 0,072449

𝑚𝑚3

𝑘𝑁

● 𝑃 =31𝜇𝑚

0,361449𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 85,77𝑁

𝑚𝑚2 = 85,77 𝑀𝑝𝑎

Na interferência dessa bucha com a peça fabricada para o alívio de tensão da lança, no

entanto, o cálculo é:

● 𝐷 = 30 mm

● 𝐷𝑖 = 30 mm

● 𝜈𝑖 = 0,29

● 𝜈𝑒 = 0,29

● 𝐸𝑖 = 200 GPa

● 𝐸𝑒 = 205 GPa

Calculando então 𝑥𝑖 e tendo 𝑥𝑒 = 1

● 𝜃𝑖 =30 𝑚𝑚

20 𝑚𝑚= 1,5

● 𝑥𝑖 =1,52+1

1,52−1=

3,25

1,25= 2,6

Page 47: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

37

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 37𝜇𝑚

𝑃=

30 𝑚𝑚

205 𝐺𝑃𝑎(1 + 0,29) +

30 𝑚𝑚

200 𝐺𝑃𝑎(2,6 − 0,29) = 0,1887805

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+

0,3465𝑚𝑚3

𝑘𝑁

● 𝑃 =37𝜇𝑚

0,5352805𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 69,12𝑁

𝑚𝑚2 = 69,12 𝑀𝑝𝑎

No caso da interferência entre a bucha fixada na roda e a roda é necessário utilizar a fórmula

sem simplificar. Os dados da equação são:

● 𝐷 = 40 mm

● 𝐷𝑒 = 94 mm

● 𝐷𝑖 = 30 mm

● 𝜈𝑖 = 0,35

● 𝜈𝑒 = 0,29

● 𝐸𝑖 = 106 GPa

● 𝐸𝑒 = 205 GPa

Calculando então 𝑥𝑒 e 𝑥𝑖

● 𝜃𝑒 =94 𝑚𝑚

40 𝑚𝑚= 2,35

● 𝑥𝑒 =2,352+1

2,352−1=

6,5225

4,5225= 1,4422333

● 𝜃𝑖 =40 𝑚𝑚

30 𝑚𝑚= 1,333. ..

● 𝑥𝑖 =1,3332+1

1,3332−1=

2,77778

0,77778= 3,5714285

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 37𝜇𝑚

𝑃=

40 𝑚𝑚

205 𝐺𝑃𝑎(1,44223 + 0,29) +

40 𝑚𝑚

106 𝐺𝑃𝑎(3,57143 − 0,35) = 0,33802

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+

1,21563𝑚𝑚3

𝑘𝑁

● 𝑃 =37𝜇𝑚

1,579641𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 23,81𝑁

𝑚𝑚2 = 23,81 𝑀𝑝𝑎

No caso da interferência entre a bucha fixada na lança e a lança é necessário utilizar a

fórmula sem simplificar. Os dados da equação são:

Page 48: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

38

● 𝐷 = 180 mm

● 𝐷𝑒 = 230 mm

● 𝐷𝑖 = 160 mm

● 𝜈𝑖 = 0,35

● 𝜈𝑒 = 0,29

● 𝐸𝑖 = 106 GPa

● 𝐸𝑒 = 205 GPa

Calculando então 𝑥𝑒 e 𝑥𝑖

● 𝜃𝑒 =230 𝑚𝑚

180 𝑚𝑚= 1,27778

● 𝑥𝑒 =1,277782+1

1,277782−1=

2,6327161

0,6327161= 4,1609754

● 𝜃𝑖 =180 𝑚𝑚

160 𝑚𝑚= 1,125

● 𝑥𝑖 =1,1252+1

1,1252−1=

2,265626

0,265625= 8,5294118

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 70𝜇𝑚

𝑃=

180 𝑚𝑚

205 𝐺𝑃𝑎(4,16098 + 0,29) +

180 𝑚𝑚

106 𝐺𝑃𝑎(8,52941 − 0,35) = 3,90817

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+

13,88957𝑚𝑚3

𝑘𝑁

● 𝑃 =70𝜇𝑚

17,797741𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 3,93𝑁

𝑚𝑚2 = 3,93 𝑀𝑝𝑎

A bucha de latão fixada na coluna pode ser usada com a mesma simplificação usada na

bucha fixada no pino. Os dados da equação são:

● 𝐷 = 140 mm

● 𝐷𝑒 = 160 mm

● 𝜈𝑖 = 0,29

● 𝜈𝑒 = 0,35

● 𝐸𝑖 = 205 GPa

● 𝐸𝑒 = 106 GPa

Calculando então 𝑥𝑒

● 𝜃𝑒 =160 𝑚𝑚

140 𝑚𝑚= 1,1428571

Page 49: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

39

● 𝑥𝑒 =1,14285712+1

1,14285712−1=

2,3061224

0,3061224= 7,5333344

Logo, fazendo o cálculo para a interferência máxima;

● 61𝜇𝑚

𝑃=

140 𝑚𝑚

106 𝐺𝑃𝑎(7,5333344 + 0,35) +

140 𝑚𝑚

205 𝐺𝑃𝑎(1 − 0,29) = 10,411951

𝑚𝑚3

𝑘𝑁+

0,484878𝑚𝑚3

𝑘𝑁

● 𝑃 =61𝜇𝑚

10,896829𝑚𝑚3

𝑘𝑁

= 5,60𝑁

𝑚𝑚2 = 5,60 𝑀𝑝𝑎

Page 50: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

40

7. Conclusões

Para o problema proposto, o modelo escolhido atende a necessidade. O projeto proposto

realiza o transporte da máquina de testes sem se afastar de seu coeficiente de segurança. A

utilização de pouca variedade em espessuras de chapas de aço e uma quantidade pequena de

componentes diferentes torna o projeto mais simples em sua fabricação. O uso de materiais menos

nobres sempre que possível também contribuí para uma probabilidade de baixo custo. Há outros

fatores, porém, a serem considerados que não fizeram parte do escopo desse projeto.

O primeiro é o trole. O mesmo não foi especificado ou projetado, e diversos modelos são

comercialmente disponíveis. Podem ser manuais ou eletrônicos, com suas diversas vantagens e

desvantagens.

O segundo é a fundação. O solo deve ser estudado para que a fixação dos chumbadores

seja segura. A maneira tradicional de fixar um guindaste no solo é por meio de chumbadores em

concreto armado, proporcionando a robustez e a massa necessária para que o guindaste opere sem

problemas.

O último principal ponto a ser avaliado é o custo. Todo esforço foi feito para reduzir os

tipos de materiais sendo comprados na fabricação desse guindaste, mas a compra ainda é feita em

pequena escala. Uma empresa que realiza a compra de tubos estruturais, chapas de aço e vigas

estruturais em larga escala é capaz de realizar essa compra com um custo muito inferior ao custo

de um consumidor final comprando em pequena quantidade. Os materiais utilizados na fabricação

devem ser cotados, considerando o custo de mão de obra, e comparados ao custo de um guindaste

comercial.

O guindaste aqui especificado poderia ser fabricado em larga escala, mas seria ideal a

fabricação de protótipos para averiguar se os ajustes de medida aqui sugeridos permitem o bom

funcionamento do equipamento.

Page 51: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

41

8. Bibliografia

[1] Centro de Excelência em Gás Natural, [Online]. Disponível em:

.http://cegn.coppe.ufrj.br/index.php/pt/ [Acesso em 12 03 2016].

[2] CALLISTER Jr., W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 8°

Ed., LTC, 2012

[3] COULTON, J. J., "Lifting in Early Greek Architecture", The Journal of Hellenic

Studies 94: 1–19, 1974

[4] [Online]. Disponível em:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Trispastos_scheme.svg [Acesso 12 03 2016]

[5] Liebherr, [Online]. Disponível em: http://www.liebherr.com.br/CC/pt-PT/default_br-

cc.wfw/tab-137265 [Acesso 16 03 2016]

[6] [Online]. Disponível em: http://www.techeblog.com/index.php/tech-gadget/time-

lapse-video-shows-how-giant-self-erecting-cranes-are-built [Acesso 16 03 2016]

[7] Sennebogen, [Online]. Disponível em:

http://www.sennebogen.com/en/products/telescopic-crane.html [Acesso 16 03 2016]

[8] [Online]. Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/engenharia/49471-guindaste-

cabeca-de-martelo-e-capaz-ate-de-erguer-um-boeing-747.htm [Acesso 17 03 2016]

[9] Bushman, [Online]. Disponível em:

http://www.bushman.com/index.php/content/below_the_hook/jib_cranes [Acesso 17 03 2016]

[11] Braganfer, [Online]. Disponível em: http://www.braganfer.com.br/viga-i-gerdau

[Acesso 19 03 2016]

[11] BUDYNAS, R. G., NISBETT, J. K., Elementos de Máquinas de Shigley, 8˚ Ed,

Bookman, 2011

[12] AOB, [Online]. Disponível em: http://www.aob.pt/tubo-estrutural-redondo-aco-

ferro.html [Acesso 19 03 2016]

[13] MARCO FILHO, F. de, CANABRAVA FILHO, J. S., Apostila de Metrologia,

UFRJ, Sub-Reitoria de Ensino de Graduação e Corpo Discente/SR-1, 1996.

[14] HIBBELER, R. C., Estática - Mecânica Para Engenharia, 12ª Ed., Pearson

Education, 2011

Page 52: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

42

[15] Azo Materials, [Online]. Disponível em:

http://www.azom.com/article.aspx?ArticleID=6772 [Acesso 22 03 2016]

[16] MatWeb - Material Property Data, [Online]. Disponível em:

http://www.matweb.com/search/datasheet.aspx?MatGUID=b5fe87c8cdde4431b62ad990d4f2042

c [Acesso 22 03 2016]

[17] GGD Metals, [Online]. Disponível em: http://www.ggdmetals.com.br/aco-

construcao-mecanica/sae-4340/ [Acesso 22 03 12016]

Page 53: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

43

Apêndice A – Tabelas de Fabricantes

Tabela 4 – Propriedades mecânicas da viga I

Page 54: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

44

Tabela 5 - Tabela Viga I - Gerdau

Page 55: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

45

Tabela 6 - Propriedades mecânicas do tubo estrutural

Page 56: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

46

Tabela 7 - Tabela de Tubos Estruturais - Vallourec

Page 57: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

47

Tabela 8 - Chapas Metálicas - Sidersul

Page 58: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

48

Apêndice B – Tabela de Ajustes com Interferência

Recomendados

Tabela 9 – Recomendações de ajuste com interferência

Page 59: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

49

Apêndice C – Tabela de Ajustes com Folga

Recomendados

Tabela 10 – Recomendações de ajuste com folga

Page 60: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

A

B

1

213

3

DETALHE AESCALA 1 : 10

56

4

DETALHE BESCALA 1 : 5

78

9

10

11

12 1º Diedro

UFRJ

13/04/2016

Jan Bonoro Gudme

Unidade: mm

Escala: 1 : 20

Projeto Final

Desenho 1

Guindaste Pequeno Porte

Prof. Fernando Castro Pinto

Qnt.DenominaçãoPeça Referência

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Desenho 21Coluna

W 200x86,0 (H) x 2,9m

Desenho 81

1Viga I da Lança

Alívio da Lança

Desenho 9

Desenho 10

Desenho 11

Desenho 122

1

1

1Bloco da Lança

Bucha da Lança

Bucha da Coluna

Pino

Bucha da Roda 2 Desenho 15

Desenho 162Bucha do Pino

Roda Desenho 14

Bucha de Reforço

2

2 Desenho 13

Desenho 171Boca do Alívio12

Desenho 1813 Montagem da Lança 1

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 61: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

120

0

1.1

1.4

1.5

1.6

1.2

1.3

60° TYP

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 2 Escala 1:10

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Coluna

Peça Denominação Qnt. Referência

1.2

1.1

1.3

1.4

1.5

1.6

1

6

1

1

1

1

Tubo Estrutural 355,6x20 x 3,75m

Nervura Desenho 3

Base Desenho 4

Desenho 5

Desenho 6

Desenho 7

Eixo

Reforço

Tampa

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 62: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

350 1

60

25,

4

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 3 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Nervura da Coluna

Material: Aço AISI 1020

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 63: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

50

275

60°

700 25,

4

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 4 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Base da Coluna

Material: Aço AISI 1020

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 64: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

140 ++

6143

305

,4

10 x 45º

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 5 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Eixo da Coluna

Material: Aço AISI 1020Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 65: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

366,72

355,6

80

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 6 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Reforço da Coluna

Material: AISI 1045 - 1.117,2 x 80 x 8

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 66: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

355,6

140 + 250

25,

4

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 7 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Tampa da Coluna

Material: Aço ISO 1020Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 67: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

350 250

54 8,73

8,73

124

0

127

5 1

80

25,

40

8,7

3

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 8 Escala 1:10

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Alívio de Tensão - Lança

Material: Aço AISI 1020

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 68: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

230

180 + 290

240

230

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 9 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Acoplamento da Lança

Material: Aço AISI 1020Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 69: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

32

3

B

B

180 ++

7050

240

260

16

0 + 25 0

CORTE B-B

22 x 45º

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 10 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Bucha da Lança

Material: LatãoUnidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 70: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

32

3

B

B

160 --4383

240

20

14

0 + 25 0

CORTE B-B

20 x 45º

25 x 45º

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 11 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Bucha da Coluna

Material: Latão Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 71: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

20 ++

3122

130

120

30

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 12 Escala 1:1

Jan Bonoro Gudme 3º Diedro

Pino

Material: Aço AISI 4340 TemperadoUnidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 72: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

30 ++

3726

35,

40

25,

40

B

B

40

20 + 130

CORTE B-B

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 13 Escala 1:1

Jan Bonoro Gudme 3º Diedro

Bucha de Reforço

Material: Aço AISI 1045 Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 73: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

40 + 160

40

94

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 14 Escala 1:1

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Roda

Material: Aço AISI 1020 Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 74: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

45

50

B

B

60

30 + 390

40 ++

3726

SEÇÃO B-B

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 15 Escala 1:1

Jan Bonoro Gudme 1º Diedro

Bucha da Roda

Material: Latão

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 75: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

50

55

B

B

60

20 + 130

30 --2550

CORTE B-B

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 16 Escala 1:1

Jan Bonoro Gudme 3º Diedro

Bucha do Pino

Material: Latão Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 76: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

25,

4 2

5,4

25,4

R10 x2

B

B

180

144

R30 x2

30 + 160

20 x2

105

,80

30 + 160

CORTE B-B

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 17 Escala 1:5

Jan Bonoro Gudme 3º Diedro

Boca do Alívio

Material: Aço AISI 1020 Unidade da Tolerância :µm

SOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.

Page 77: Projeto Estrutural para uma Máquina de Elevação e Transporte

150

9

9

10,

5 1

0,5

10,5 10,5

15 15

Prof. Fernando A. de N. Castro Pinto Projeto Final - Engenharia Mecânica UFRJ Unidade: mm

Data: 27/03/16 Desenho 18 Escala 1:20

Jan Bonoro Gudme 3º Diedro

Montagem da LançaSOLIDWORKS Student Edition. Somente para uso acadêmico.