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Data Revisão Responsável técnico 08/14 0 Emissão Inicial Felipe Gobbi 01/15 1 Revisões solicitadas pelo DNIT Felipe Gobbi PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO ATERRO DA BR-101/SE km94 sentido NS JANEIRO DE 2015 ENGESUR

PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

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Data Nº Revisão Responsável técnico

08/14 0 Emissão Inicial Felipe Gobbi

01/15 1 Revisões solicitadas pelo DNIT Felipe Gobbi

PROJETO EXECUTIVO DE

ESTABILIZAÇÃO DO

ATERRO DA BR-101/SE –

km94 sentido NS

JANEIRO DE 2015

ENGESUR

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 5

2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6

2.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ..........................................................................................6

3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA DA ÁREA ............................................................... 7

3.1 TIPOLOGIA DO TALUDE ...........................................................................................8

4 DIAGNÓSTICO DA INSTABILIDADE ................................................................ 10

4.1 VISITA TÉCNICA DE CAMPO .................................................................................10

4.2 PLANO DE INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA ...........................................................11

4.3 DESCRIÇÃO DA INSTABILIDADE ..........................................................................13

4.4 ANÁLISE DE ESTABILIDADE E OBTENÇÃO DE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO ......................................................................................14

4.5 COMENTÁRIOS FINAIS A CERCA DO DIAGNÓSTICO DA INSTABILIDADE ......17

5 SOLUÇÃO ADOTADA ....................................................................................... 19

5.1 DIMENSIONAMENTO ..............................................................................................19

5.1.1 Estabilidade do aterro reconstituído ..................................................... 19

5.1.2 Canal de drenagem .............................................................................. 25

5.1.3 Instalação do canteiro de obras ........................................................... 29

6 QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS PREVISTOS ........................................... 31

6.1 RECONSTITUIÇÃO DO ATERRO COM BERMA DE EQUILÍBRIO ........................32

7 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................... 33

7.1 ESCAVAÇÃO ...........................................................................................................33

7.1.1 Objetivo ................................................................................................ 33

7.1.2 Definição ............................................................................................... 33

7.1.3 Materiais ............................................................................................... 33

7.1.4 Equipamentos ....................................................................................... 33

7.1.5 Execução .............................................................................................. 34

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7.1.6 Controle ................................................................................................ 34

7.1.7 Aceitação .............................................................................................. 35

7.2 COLCHÃO DRENANTE ...........................................................................................35

7.2.1 Objetivo ................................................................................................ 35

7.2.2 Definição ............................................................................................... 35

7.2.3 Materiais ............................................................................................... 35

7.2.4 Equipamentos e ferramentas ............................................................... 35

7.2.5 Execução .............................................................................................. 35

7.2.6 Controle ................................................................................................ 36

7.2.7 Aceitação .............................................................................................. 36

7.3 GEOGRELHA ...........................................................................................................36

7.3.1 Objetivo ................................................................................................ 36

7.3.2 Definição ............................................................................................... 36

7.3.3 Materiais ............................................................................................... 37

7.3.4 Equipamentos e ferramentas ............................................................... 37

7.3.5 Execução .............................................................................................. 37

7.3.6 Controle ................................................................................................ 38

7.3.7 Aceitação .............................................................................................. 38

7.4 ATERRO COMPACTADO ........................................................................................38

7.4.1 Objetivo ................................................................................................ 38

7.4.2 Definição ............................................................................................... 38

7.4.3 Materiais ............................................................................................... 38

7.4.4 Equipamentos ....................................................................................... 39

7.4.5 Execução .............................................................................................. 39

7.4.6 Controle ................................................................................................ 39

7.4.7 Aceitação .............................................................................................. 40

7.4.8 Critérios de Medição ............................................................................. 40

7.5 EXECUÇÃO DO CANAL DE DRENAGEM ..............................................................40

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4

7.5.1 Definição ............................................................................................... 40

7.5.2 Materiais ............................................................................................... 40

7.5.3 Equipamentos ....................................................................................... 41

7.5.4 Execução .............................................................................................. 41

7.5.5 Controle ................................................................................................ 41

7.5.6 Aceitação .............................................................................................. 42

7.6 BACIA DE DIRECIONAMENTO DE FLUXO ............................................................42

7.6.1 Definição ............................................................................................... 42

7.6.2 Materiais ............................................................................................... 42

7.6.3 Equipamentos e ferramentas ............................................................... 42

7.6.4 Execução .............................................................................................. 42

7.6.5 Controle ................................................................................................ 43

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 44

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 45

ANEXO I – Boletins de sondagem

ANEXO II – Projeto Executivo

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1 APRESENTAÇÃO

Este documento consiste no projeto executivo para a recuperação do aterro da rodovia BR-101, na região do Km 94, lado direito da pista, sentido norte-sul, no estado de Sergipe. Este projeto executivo atende ao contrato firmado entre a FGS Geotecnia e a Engesur.

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2 INTRODUÇÃO

No final do mês de Junho do corrente ano ocorreu uma ruptura das fundações da rodovia BR 101 SE, próximo ao km 94, lado direito, sentido Norte-Sul.

Neste trecho da rodovia foram realizadas obras de duplicação, com alargamento do aterro da pista, concluídas em Novembro de 2012.

Com base no material fornecido pela Engesur e nas constatações de visitas técnicas de campo, foram elaborados o projeto básico e, posteriormente, o projeto executivo de recuperação e estabilização do aterro da rodovia.

Este documento é composto por diversos capítulos, onde o capítulo 2 apresenta a introdução do relatório e a localização da obra em questão. No capítulo 3 foi realizada a caracterização geológica e pedológica da área em estudo. No capítulo 4 é apresentado o diagnóstico da instabilidade. O capítulo 5 trata-se da solução projetada. No capítulo 6 estão as quantificações e orçamentos para a solução. No capítulo 7 estão as especificações técnicas da solução. E, finalizando o presente documento, o capítulo 8 apresenta as considerações finais. Anexos I – Boletins De Sondagem e Anexo II – Projeto Executivo.

2.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

A rodovia onde ocorreu o evento de instabilidade de taludes está localizada entre os municípios de Aracaju e Itaporanga no estado de Sergipe, mais precisamente na BR-101 próximo do km 94, lado direito, sentido Norte-Sul, como é possível verificar na Figura 2-1.

Figura 2-1 Localização da área (imagem Google Earth)

Aracaju

Itaporanga

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3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA DA ÁREA

A geologia da área em questão pertence ao grupo Piaçabuçu, o qual inclui rochas clásticas e carbonáticas marinhas neocretáceas. A formação geológica é denominada como Calumbi que inclui os pelitos depositados no talude e bacia oceânica. Este nome é derivado da localidade de Calumbi, situada no município de Nossa Senhora do Socorro, e ela aflora em uma área circular vizinha à cidade de Aracaju. Esta formação é caracterizada pela presença de rochas sedimentares, tais como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período Cretáceo (FEIJÓ, 1995).

Figura 3-1: localização da geológica da área

O mapeamento pedológico do trecho localiza-se na Unidade Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico (PVAd). Os solos desta classe têm como característica marcante um aumento de argila do horizonte superficial A para o sub-superficial B que é do tipo textural (Bt), geralmente acompanhado de boa diferenciação também de cores e outras características. As cores do horizonte Bt variam de acinzentadas a avermelhadas e as do horizonte A, são sempre mais escurecidas. A profundidade dos solos é variável, geralmente são pouco profundos, no entanto é possível que atinjam maiores profundidades. A Figura 3-2 apresenta a localização pedológica do local.

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Figura 3-2: localização pedológica da área

3.1 TIPOLOGIA DO TALUDE

Os taludes fazem parte do aterro compactado no qual foi executada a rodovia BR-101. Estes taludes possuem inclinação média de 1V:1,5H e com alturas variando entre 5 e 9 metros.

O solo de fundação no qual foi executado o aterro é de baixa capacidade de suporte (argila de baixa resistência), com valores de Nspt entre 2 e 6. Este fato aliado as alterações que ocorreram na área após a execução da duplicação culminaram na patologia verificada no talude em questão.

Algumas destas alterações no panorama da área após a duplicação é a presença de um canal de drenagem executado, em partes, dentro da faixa de domínio da rodovia.

A Figura 3-3 apresenta o panorama atual do talude, com a cicatriz de ruptura e mudanças na geometria original do mesmo.

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Figura 3-3: Panorama atual do talude

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4 DIAGNÓSTICO DA INSTABILIDADE

Este capítulo apresenta a descrição da visita técnica realizada na área onde ocorreu a instabilidade, as informações quanto à investigação geotécnica executada na área, a descrição da instabilidade e, ainda, a metodologia de obtenção de parâmetros geotécnicos.

Previamente a entrega do projeto básico foi elaborado um relatório preliminar de diagnóstico do acidente. Durante a elaboração deste relatório algumas questões foram levantadas e as investigações de campo foram conduzidas com a finalidade de esclarecê-las. Por isso, optou-se por apresentar novamente o diagnóstico da ruptura utilizado no projeto básico e executivo.

4.1 VISITA TÉCNICA DE CAMPO

No dia 30 de julho deste ano, foi realizada uma visita técnica no local onde ocorreu a instabilidade. Nesta visita, foi realizada uma inspeção minuciosa da ruptura, bem como de todo o entorno para a identificação das feições locais.

No trecho vistoriado, no entorno do km 94, a duplicação consistiu no alargamento do aterro da pista para o lado direito sentido Norte Sul. Neste local já existia um acostamento que funcionava como terceira pista. Conforme relatado pela contratante este acostamento nunca havia sofrido abatimentos ou escorregamentos significativos que interferissem na utilização da rodovia. A Figura 4-1 apresenta uma seção ilustrativa do complemento realizado no corpo do aterro.

Figura 4-1: Seção do alargamento executado

A instabilidade constatada em campo consistiu em um abatimento do corpo de aterro devido à ruptura do solo de fundação. Isto pode ser confirmado pela

Alargamento executado

Limite do aterro anterior

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geometria da massa rompida, indicando o soerguimento do solo de fundação à jusante da porção do pé do aterro, como pode ser observado na Figura 4-2.

Figura 4-2: Aterro rompido indicando o soerguimento do pé do talude

A geometria circular da ruptura, bem como o contexto geológico da obra, levam a crer que a mesma consiste em ruptura de solo argiloso de baixa resistência, onde normalmente é mobilizada a resistência não drenada.

Entretanto, dois fatores importantes devem ser levados em conta: (i) este tipo de ruptura, quando causado por uma sobrecarga, ocorre logo após a aplicação da mesma, quando o excesso de poropressão é máximo. Com o passar do tempo a drenagem ocorre, havendo um incremento das tensões efetivas e, consequentemente, da resistência ao cisalhamento. Logo, neste caso, o FS da obra é crítico logo após a sua implantação; (ii) existe o problema do processo de adensamento do solo de fundação em terrenos com estas características, o que não foi registrado para o trecho em questão.

A ruptura não drenada pode ter ocorrido se: (i) ocorreu um outro “gatilho” que causasse a ocorrência da mesma, sendo este uma nova sobrecarga sobre a rodovia ou um alívio de tensão em local impróprio (escavações próximas ao pé do talude) ou, (ii) se a drenagem tenha sido impedida desde a construção da obra e que as condições de excesso de poropressão tenham sido mantidas, isto justificaria a ausência do processo de adensamento, entretanto esta hipótese é bastante remota.

4.2 PLANO DE INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA

A fim de se investigar as possíveis causas do ocorrido foram solicitadas investigações complementares, compostas por sondagens SPT em um primeiro momento para definição dos perfis geotécnicos no local do acidente. Das sondagens SPT foram determinados os teores de umidade a cada metro, bem como os índices físicos das amostras do solo argiloso. A Figura 4-3 e a Figura 4-4 apresentam respectivamente o plano de sondagem, bem como o perfil perpendicular ao eixo da rodovia.

Material soerguido

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Figura 4-3: Plano de sondagem

Figura 4-4: Perfil geotécnico perpendicular à rodovia, com indicação esquemática da ruptura

A investigação geotécnica comprovou a existência de uma camada de solo argiloso de baixa resistência sob o aterro executado/rompido. E também apontou para baixos valores de resistência a penetração do corpo do aterro, o que poderia supostamente indicar fraca compactação ou solo pouco competente.

A fim de se verificar as características do aterro de fundação da pista de rolagem, a Engesur contratou um estudo técnico denominado: “Estimativa de Valores de CBR in situ do Corpo do Aterro a partir de Medidas de Deflexões” (Apresentado no Anexo I do Projeto Básico).

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Este relatório afirma que se dispondo de deflexões medidas no topo da camada de sub-base de CCR e da espessura da mesma, é possível, estimar valores de CBR in situ do subleito, sendo que conceitualmente o subleito é uma camada considerada como infinita na direção vertical, envolvendo, no caso, o corpo do aterro rompido em questão.

Portanto, este estudo técnico, fundamentado teoricamente no artigo de Suziki et al. (2008), apresentou parecer conclusivo de que não havia problemas executivos de compactação no material de aterro. Logo, os baixos valores de resistência à penetração não foram atribuídos a questões executivas e nem a qualidade do material empregado.

Já para a camada de solo abaixo da argila de baixa resistência, observada no perfil geotécnico, foi encontrado uma argila siltosa de consistência média a dura, aproximadamente 13 metros abaixo da cota de superfície do terreno.

Em relação ao nível do lençol freático verifica-se que o mesmo encontra-se aproximadamente 5,00 metros abaixo do topo do aterro, na região próxima do topo da camada de solo argiloso de baixa resistência.

Os boletins de sondagem podem ser verificados no Anexo I.

4.3 DESCRIÇÃO DA INSTABILIDADE

A instabilidade verificada em campo foi do tipo rotacional. Este tipo de evento caracteriza-se por apresentar uma superfície de ruptura circular, bem definida, a formação de escarpas junto à sua parte superior e elementos rotacionados ao longo da ruptura. Esses elementos podem ser verificados na Figura 4-5.

Figura 4-5: Elementos do movimento rotacional

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Com base nos resultados da investigação a hipótese de ruptura de fundação foi corroborada.

Quanto ao “gatilho” causador da ruptura, foi estudada a influência de uma obra posterior a execução do aterro, que consiste em um canal de drenagem junto ao pé do mesmo. Este canal de drenagem foi construído durante o ano de 2013 e, conforme relato obtido em campo, com relativa frequência foram executados procedimento de dragagem do mesmo, exatamente no local onde ocorreu a ruptura. Este canal pode ser observado na Figura 4-6.

Figura 4-6: Canal de drenagem executado após a construção do aterro

A execução de uma escavação no pé do aterro (durante a execução do canal e posteriores dragagens do mesmo) consiste em um alívio de tensão no pé do talude, que pode promover a sua ruptura. Para validação desta hipótese foram realizadas uma série de análises de estabilidade para validar o cenário proposto.

4.4 ANÁLISE DE ESTABILIDADE E OBTENÇÃO DE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO

Para o balizamento dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos materiais de importância para o presente estudo, foi realizada uma retroanálise da ruptura ocorrida.

Quando ocorre a ruptura de um talude, sabidamente as tensões cisalhantes atuantes atingiram o limite da resistência ao cisalhamento do solo por onde a ruptura ocorreu. Sabendo-se a geometria e a condição de saturação do aterro no momento da ruptura, é possível obter-se a envoltória de resistência ao cisalhamento do material, partindo-se do pressuposto que o fator de segurança daquele talude é igual a 1,00.

Desta forma, a retroanálise pode ser considerada como um ensaio em verdadeira grandeza para determinação da resistência ao cisalhamento do solo, caso sejam conhecidas as demais condições de contorno.

Entretanto, as condições de contorno em um problema real não são tão facilmente conhecidas, como a saturação do talude no momento da ruptura, o que dificulta a determinação precisa dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos através deste procedimento.

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Desta forma, a retroanálise realizada consistiu em uma análise paramétrica com a análise de diferentes cenários a fim de se obter uma estimativa dos parâmetros de resistência dos materiais.

As seguintes considerações/simplificações foram realizadas na execução das retroanálise:

Uma vez que ocorreu uma ruptura generalizada da fundação do aterro, envolvendo o solo de fundação e o corpo do aterro construído, no cálculo da estabilidade foi considerada a ruptura circular a fim de se verificar a posição da superfície de ruptura circular crítica, que teria originado a ruptura do aterro;

Foi utilizado o programa Slide V6 para execução das análises em equilíbrio limite;

A saturação do aterro foi simulada através do parâmetro de poropressão (ru), considerado igual a 0,2. Para termos de comparação valores de ru=0 indicam talude seco e ru=0,4 indicam talude praticamente saturado, para o material em questão. Esta medida foi adotada para melhor simular as condições de ruptura do aterro, visto que o nível da água encontra-se na interface do aterro/solo de fundação e, deste modo, pode ocorrer o fenômeno de capilaridade, ou ainda, qualquer infiltração que venha ocorrer do pavimento;

Foi considerada análise bidimensional em estado plano de tensões;

Foi escolhida uma seção transversal do talude como representativa, esta seção consiste na seção da estaca 24 apresentada nos desenhos do projeto fornecido pela Engesur;

Esta seção representativa está locada no eixo da ruptura e leva em consideração a escavação no pé do talude do canal de drenagem existente;

A estratigrafia do solo sob o aterro foi considerada de acordo com as informações de sondagens SPT fornecidas pela contratante (Anexo I);

Embora não se tenha certeza quanto a condição do solo na ruptura (drenada ou não drenada) a ruptura do solo de fundação foi considerada não drenada, e a consideração de retro análise foi estendida ao projeto, logo pertinente a solução do problema.

A Figura 4-7 apresenta a seção de retroanálise com os parâmetros obtidos para justificar a ocorrência de ruptura, bem como os parâmetros obtidos nesta análise. A condição de cálculo da retroanálise visa simular a condição do solo saturado (nível d´água coincidente com o contato com a base do aterro) e o aterro com saturação média (ru=0,2). O nível d´água dentro da vala foi rebaixado para considerar a situação mais crítica durante a execução.

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Figura 4-7: Seção na estaca 24 considerada na análise (com canal), com a superfície de ruptura obtida (FS=1,00)

Este valor obtido para a resistência não drenada (Su) da camada do solo argiloso (fundação) está de acordo com os valores estimados dos ensaios de Limite de Liquidez previamente realizados.

Para se verificar a influência do canal aberto no pé do aterro na ruptura verificada, foram tomados os parâmetros obtidos na retroanálise e então foi realizado um cálculo da situação do talude sem a existência do referido canal. Esta análise está apresentada na Figura-4-8.

Verifica-se no cálculo que o fator de segurança do talude, sem a execução do canal, era de, aproximadamente, 1,25 (nas mesmas condições de saturação da retro análise), o que leva a conclusão de que a abertura do canal em questão e sua escavação em direção ao corpo do aterro (nos procedimentos de desassoreamento) foram decisivos na ocorrência da ruptura.

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Figura-4-8: Seção na estaca 24 considerada na análise (sem canal), com a superfície de ruptura obtida (FS~1,25)

A partir das retroanálises realizadas e comentadas anteriormente e, dos resultados dos ensaios de campo e laboratório, foram definidos os seguintes parâmetros de resistência ao cisalhamento apresentados na Tabela 4-1, para os materiais geotécnicos envolvidos na análise.

Tabela 4-1: Parâmetros de resistência dos materiais geotécnicos envolvidos

Material geotécnico

Peso específico natural

(kN/m³)

Ângulo de atrito

(º)

Coesão/Su

(kN/m²)

Aterro 16 30 5

Argila de baixa resistência

15 não drenado 22

Argila siltosa 17 27 10

4.5 COMENTÁRIOS FINAIS A CERCA DO DIAGNÓSTICO DA INSTABILIDADE

A partir das análises anteriormente citadas nos itens 4.1 a 4.4 do presente relatório pode-se concluir que:

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Ocorreu uma ruptura generalizada da fundação do aterro, envolvendo o solo de fundação e o corpo do aterro construído, no cálculo da estabilidade foi considerada uma ruptura do tipo circular;

A seção de cálculo representativa foi locada no eixo da ruptura e leva em consideração a escavação no pé do talude do canal de drenagem existente;

A partir do cálculo de estabilidade realizado, o fator de segurança do talude, sem a execução do canal, era de, aproximadamente, 1,25 (nas mesmas condições de saturação da retro análise). Portanto, a abertura do canal em questão e sua escavação em direção ao corpo do aterro (nos procedimentos de desassoreamento/dragagem) foram decisivos para a ocorrência da ruptura.

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5 SOLUÇÃO ADOTADA

No projeto básico para recuperação do aterro da rodovia estudaram-se alternativas que apresentassem viabilidade técnica e econômica, gerando um fator de segurança satisfatório de acordo com as regulamentações das normas vigentes. Este estudo levou a escolha da alternativa que apresentava a reconstituição do aterro com auxílio de uma berma de equilíbrio.

Neste capítulo, será apresentada a metodologia de dimensionamento empregada no cálculo da solução adotada.

5.1 DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento da solução foi dividido em duas etapas, projeto de estabilidade do aterro reconstituído e projeto de drenagem do canal a ser modificado.

5.1.1 Estabilidade do aterro reconstituído

A solução adotada consistiu na recuperação do aterro rompido e execução de uma berma de equilíbrio, sendo esta dimensionada para que o fator de segurança atingisse o mínimo preconizado pelas recomendações propostas pelo DNER-PRO 381 (1998) para projetos de aterros sobre solos moles para obras viárias. Esta norma está em vigência conforme o documento de relações de normas vigentes do DNIT publicado em agosto de 2014.

Com base no preconizado por esta norma o aterro é de Classe II, pois não está próximo de estruturas sensíveis e possuí uma altura maior que 3,00 metros. Com isto, o fator de segurança mínimo, referente ao final da execução do aterro, definido pelo DNER-PRO 381 (1998) é de 1,30, conforme a Figura 5-1.

Figura 5-1: Definição dos fatores de segurança mínimos segundo DNER-PRO 381 (1998)

Esta solução foi dimensionada visando a recomposição do aterro rompido, a qual deverá ser realizada em etapas construtivas com auxílio de uma berma de equilíbrio. Esta berma é responsável por criar um momento contrário ao de ruptura provocado pelo peso do aterro. Nas fundações da berma e do aterro recomposto deverá ser executado um colchão drenante com intuito de dissipar qualquer excesso de poropressão gerada durante a execução da obra e, no meio desta camada drenante deverá ser ancorada uma geogrelha para compatibilizar as deformações causadas

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pela execução da obra sobre o solo de fundação que em parte consiste em material rompido que não será removido (solo de fundação).

A partir dos parâmetros obtidos no capítulo 4, primeiramente, calculou-se algumas condições relevantes de projeto e, posteriormente, foram realizadas as análises de estabilidade da solução proposta.

Deste modo, foi calculada a altura crítica do aterro sobre a camada de solo mole. Para isto, foi verificada a condição da Equação 1 e aplicada a Equação 2, ambas apresentadas a seguir.

B/h>1,5 (Eq. 1)

hc=(Nc.Su)/aterro (Eq. 2)

Onde:

B = largura do aterro;

h = altura da camada de argila;

hc = altura crítica do aterro;

Nc = fator de capacidade de carga;

Su = resistência não drenada;

= peso específico do aterro.

A partir dos cálculos efetuados obteve-se uma altura crítica do aterro (hc) de 8,25 m, sendo que a altura do aterro reconstituído (h) é de 6,00 m. Portanto, para este cálculo preliminar o FS obtido foi de 1,38.

Para o cálculo da estimativa da geometria da berma foi utilizado o método de Jakobson no qual foi adotado o ábaco da Figura 5-2 que leva em conta a cinemática da ruptura apresentada na análise de estabilidade que será apresentada na sequência.

Como resultado obteve-se uma largura mínima da berma de aproximadamente 20,00 m e uma altura de, aproximadamente, 2,00 m.

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Figura 5-2: Ábaco de Jakobson para o cálculo inicial das dimensões da berma de equilíbrio

A partir dos cálculos anteriormente apresentados partiu-se para análise quanto à estabilidade da solução proposta, com os objetivos de se verificar o fator de segurança quanto a estabilidade global do aterro e refinar as dimensões da berma de equilíbrio.

Conforme recomenda a norma do DNER-PRO 381 (1998): “O projeto de bermas é feito por tentativas (análise da estabilidade global), variando-se a geometria do problema até se obter o FS desejado”.

A Figura 5-3 apresenta uma imagem da análise de equilíbrio limite com a provável superfície de ruptura e o fator de segurança obtido para a solução proposta. Nesta análise, utilizaram-se as metodologias de cálculo de Bishop Simplificado e Morgenstern-Price, sendo que ambas apresentaram um fator de segurança mínimo superior a 1,30.

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Figura 5-3: Análise de estabilidade por equilíbrio limite

Com relação a utilização da geogrelha, esta foi dimensionada para compatibilizar as deformações no solo de fundação causadas pela execução do aterro. Os solos de fundação e aterro, ao se deslocarem horizontalmente, induzem deformações no geossintético, que reage e mobiliza um esforço de tração resistente, restringindo o deslocamento das camadas de solo.

Para isto, a condição da Equação 3 deve ser verificada.

refaat PPTT lim (Eq. 3)

Onde:

T = esforço de tração resistente;

limT = esforço de tração limite que pode ser mobilizado;

aatP = soma do empuxo lateral no aterro;

refP = força cisalhante no solo de fundação.

Logo, calcula-se aatP e refP através das Equações 4 e 5, respectivamente.

)...5,0( atatataataat hqhKP (Eq. 4)

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Fs

SuoxP tref

. (Eq. 5)

Onde:

aatK = coeficiente de empuxo ativo do aterro;

at = peso específico do aterro;

ath = altura do aterro;

q = carregamento no topo do aterro;

tx = distância entre a interface de ruptura e o pé do aterro (medido a partir da análise

de estabilidade por equilíbrio limite);

= fator de redução de minoração da resistência não drenada na interface aterro-

solo compressível;

Suo = resistência não drenada na interface do aterro;

Fs = fator de segurança (definido pelo DNER-PRO 381 (1998) igual a 1,3).

Aplicando as equações anteriormente citadas chegou-se a um valor de limT = 318,70

kN/m e, a partir deste valor, definiu-se a geogrelha necessária para atender as necessidades desta obra.

Para execução de todas as análises anteriormente comentadas, foram utilizados os parâmetros de resistência ao cisalhamento apresentados na Tabela 5-1.

Tabela 5-1: Parâmetros de resistência dos materiais geotécnicos envolvidos

Material geotécnico Peso específico

(kN/m³)

Ângulo de atrito

(º)

Coesão/Su

(kN/m²)

Aterro antigo 16 30 5

Aterro novo 16 27 4

Argila de baixa resistência 15 não drenado 22

Material mobilizado 14 não drenado 17

Areia 17 33 0

Argila siltosa 17 27 10

Portanto, para a aplicação desta solução deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

1. Durante a execução das obras, o fluxo de veículos deverá ocorrer em mão dupla, na plataforma de terraplanagem remanescente de no mínimo 7m de

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largura, devido ao corte que será executado para remover o material rompido do aterro. Ou seja, o corte previsto contempla a remoção da barreira de New Jersey, a faixa de segurança de 1m e 2,5m de uma das faixas de rolamento existente, conforme a prancha 07;

2. Executar o desvio do canal de drenagem para uma distância segura de no mínimo 35 metros em relação à crista do aterro recomposto, sendo que este canal deverá respeitar as dimensões previstas no projeto;

3. Durante a execução do canal de drenagem, é importante frisar que é proibida a entrada de operários no interior da escavação;

4. Remoção da porção do aterro onde o material foi mobilizado pela ruptura e disposição do material em um bota espera;

5. Escavação e preenchimento de uma camada de areia (colchão drenante, com altura de no máximo 0,80 metros), até o nível do terreno, que deverá ser realizada em nichos para que não prejudique a estabilidade global do aterro remanescente;

6. Os nichos deverão ser executados com uma largura de no máximo 5,00 m ao longo do comprimento da solução. A escavação deverá iniciar no ponto mais afastado do talude, entretanto o preenchimento deverá iniciar junto ao pé do talude em direção ao ponto mais afastado, conforme prancha 08 do projeto executivo;

7. Instalação da geogrelha sobre a camada de areia executada com intuito de compatibilizar as deformações geradas na execução da berma+aterro e, preenchimento do restante desta camada (mais 1,00 m, resultante em altura final de 1,80 m);

8. A geogrelha a ser utilizada deverá possuir resistência nominal longitudinal mínima de 400 kN/m e resistência nominal transversal mínima de 30 kN/m. Um rolo do material possui 50,00 m de comprimento e 5,15 m de largura. Com a superfície uniformizada, a geogrelha deverá ser locada conforme especificado na prancha 08 do projeto executivo, de modo que não haja pregas ou dobras. Quando necessária a realização de emendas, deverá haver sobreposição de no mínimo 150 mm na transversal e 250 mm na longitudinal. Com intuito de ancorar a geogrelha na região próxima a face de escavação do aterro antigo, deverá ser executada uma dobra de no mínimo 5,00 m de comprimento.

9. Execução do corpo do aterro (reconstituído) deverá ser realizada em conjunto com a berma de equilíbrio. O aterro deverá ser executado com material competente não podendo se utilizar o material escavado. Já para a execução da berma poderá ser utilizado o material que foi removido do aterro, sendo proibida a utilização do solo de fundação (argila de baixa resistência) mobilizado ou não;

10. O alteamento do corpo do aterro deverá ser executado respeitando as alturas e inclinações previstas em projeto, conforme especificações técnicas do DNIT.

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A seção tipo apresentada na Figura 5-4 mostra a configuração da solução para execução da recomposição do corpo do aterro com o auxílio da berma de equilíbrio. Esta solução possui extensão de, aproximadamente, 80,00m.

Figura 5-4: Seção tipo da recomposição do aterro com berma de equilíbrio.

5.1.2 Canal de drenagem

Com relação ao dimensionamento do canal de drenagem, foi levada em consideração a estrutura de drenagem existente da pista, de modo que a vazão calculada não poderia superar a vazão crítica suportada por esta drenagem. A Figura 5-5 mostra drenagem anteriormente referida, sendo ela: 4 unidades de BSTC (bueiro simlples tubular de concreto) com diâmetro de 100 cm.

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Figura 5-5: Sistema de drenagem existente

O cálculo da vazão crítica para o BSTC é dado pela Equação 3, a seguir.

Qc=Ac.(g.hc)1/2 (Eq. 3)

Onde:

Qc = vazão crítica;

Ac = área crítica;

g = aceleração da gravidade;

hc = altura do escoamento crítica.

Aplicando a Equação 3 e multiplicando por 4 (contribuição de cada BSTC) obteve-se uma vazão crítica de 5,36 m³/s.

De posse da vazão de cálculo foi possível dimensionar a geometria do canal através do cálculo hidráulico propriamente dito. Para isto, utilizou-se a proposição de Manning e a Equação da Continuidade (Equações 4 e 5).

V=(1/n).R2/3.i1/2 (Eq. 4, Manning)

Q=V.A (Eq. 5, Continuidade)

Onde:

Q = vazão;

A = área molhada;

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n = coeficiente de rugosidade;

R = raio hidráulico;

i = inclinação do terreno;

V = velocidade do escoamento.

Com as dimensões iniciais do canal definidas, partiu-se para um cálculo iterativo verificando o regime do fluxo através da altura e velocidade crítica (Equações 6 e 7).

hc= (Eq. 6)

Vc=(g.hc)1/2 (Eq. 7)

Onde:

hc = altura do escoamento crítica;

z = declividade da parede do canal;

B = base maior do trapézio (canal);

H = altura do escoamento do canal;

g = aceleração da gravidade;

Vc = velocidade crítica do escoamento.

Deste modo, obteve-se uma condição em que a altura do escoamento foi maior do que altura do escoamento crítico (h>hc), onde o regime de fluxo é classificado como subcrítico.

Também, determinou-se uma folga na altura do canal respeitando a condição mínima apresentada no Manual de Drenagem de Rodovias (DNIT, 2006), neste caso de 25 cm.

Portanto, com base na metodologia de cálculo apresentada o canal deverá possuir uma altura de no mínimo 1,25 metros, com taludes 1V:1H, sendo as demais dimensões apresentadas na Figura 5-6. A inclinação do fundo do canal não poderá ultrapassar a margem de 2%.

Com relação à posição do canal, este deverá ser locado a uma distância mínima de 35 metros em relação a crista do aterro recomposta e, no mínimo uma distância de 0,50 metros do pé da berma, conforme mostra a prancha 11.

Na saída da drenagem existente da pista deverá ser executada uma bacia de direcionamento de fluxo com piso de concreto e paredes de alvenaria, com intuito de

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direcionar corretamente o fluxo de água para o bueiro existente. Esta bacia está detalhada na prancha 11.

Figura 5-6: Seção tipo do canal de drenagem

Figura 5-7: Traçado da solução de drenagem proposta

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5.1.3 Instalação do canteiro de obras

O canteiro de obras deverá ser instalado em local de fácil acesso e o mais próximo possível da área a ser recuperada, de preferência em local plano junto do acostamento da rodovia, ou em vias secundárias próximas.

Para este tipo de obra o canteiro deverá possuir no mínimo acomodações para:

Administração da obra;

Engenharia e Fiscalização da empresa executante;

Almoxarifado e laboratório;

Sanitários e vestiários;

Guarita da segurança;

Lavagem e manutenção de veículos e equipamentos.

As áreas mínimas de cada acomodação deverão respeitar as dimensões apresentadas na Tabela 5-2.

Tabela 5-2: Dimensões das acomodações no canteiro de obras

Discriminação Instalações

Comprimento (m) Largura (m) Área (m²)

Administ. / Eng. Obra / Fiscalização

6,20 2,20 13,64

Almoxarifado / Laboratório 6,20 2,20 13,64

Sanitário / Vestiário 4,30 2,30 9,89

Guarita Segurança 1,50 1,50 2,25

Lavagem / Manutenção 5,00 5,00 25,00

A seguir, na Figura 5-8 é apresentada uma alternativa de disposição do layout do canteiro de obras. É válido ressaltar que este esquema pode ser adaptado para a região onde o mesmo será instalado.

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Figura 5-8: Layout sugerido do canteiro de obras

O melhor local para instalação de canteiro deverá ser revisado em campo devido a questões de logística e permissões. Contudo, a projetista avalia que uma boa posição para o mesmo é a aproximadamente 180,00 m a jusante da ruptura, no sentido Aracaju, em uma via secundária, como mostra a Figura 5-9.

Figura 5-9: Posição sugerida do canteiro de obras

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6 QUANTITATIVOS E ORÇAMENTOS PREVISTOS

A partir do lançamento da solução projetada foram levantados os quantitativos de materiais necessários para execução da obra.

Para isto, foi levada em conta as informações cedidas pelo cliente, tais como, as seções do km 94 e o levantamento topográfico. É importante ressaltar que os valores apresentados nos quantitativos foram obtidos através de levantamento geométrico (seções fornecidas) considerando o fator de empolamento do solo.

Em relação ao orçamento, buscou-se utilizar valores praticados no mercado e outros retirados da tabela de referência SICRO, calendário base, Maio de 2014 com desoneração e, SINAPI, calendário base Julho de 2014, ambas para o estado de Sergipe.

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6.1 RECONSTITUIÇÃO DO ATERRO COM BERMA DE EQUILÍBRIO

1 Drenagem

1.1 2 S 01 100 33 m³ 670,30 13,35 11633,06

1.2 Concreto fck=20MPa contr raz uso geral conf e lanç. (bacia direc. fluxo) 1 A 01 410 01 m³ 5,75 330,63 1901,12

1.3 1 A 01 402 01 m² 36,50 47,74 1742,51

1.4 1 A 01 580 02 kg 279,00 3,46 965,34

2

2.1 2 S 01 100 33 m³ 12557,90 13,35 217942,35

2.2 - m² 3490,00 21,70 75733,00

2.3 2 S 01 511 00 m³ 21778,50 2,95 83520,55

2.4 2 S 01 513 01 m³ 11505,10 2,01 30062,83

2.5 Areia comercial 1 A 00 716 00 m³ 6940,50 47,00 424064,55

2.6 Transporte comercial c/ basc. 10m3 rod. pav. (areia) 1 A 00 002 91 m³ 6940,50 0,33 2977,47

2.7 Esc. e carga material de jazida (consv) 1 A 01 111 01 m³ 14823,40 7,38 142215,70

2.8 - m³ 14823,40 2,21 42587,63

3

3.1 10775 (SINAPI) mês 6,00 720,00 4320,00

3.2 10775 (SINAPI) mês 6,00 720,00 4320,00

3.3 10777 (SINAPI) mês 6,00 1000,00 6000,00

3.4 - mês 6,00 630,00 3780,00

3.5 Cerca arame farp. c/ mourão concr. seção quadrada 2 S 06 400 01 m 130,00 25,92 3369,60

3.6 Fornec.e Exec.p/ montagem de barracão de manutenção com telhamento (5x5m) - uni 1,00 7000,00 7000,00

4

4.1 - uni 1,00 106413,57 106413,57

5 R$ 1.170.549,28

Obs: Nas atividades que envolvem terraplanagem foi utilizado empolamento = 30%.

DESCRIÇÃO UNIDADEQUANT.

TOTALR$

REFERÊNCIA

SICRO

Estabilização do Aterro da BR101 - km094/SE - SICRO e SINAPI com desoneração.

ÍTEM R$ UNITÁRIO

Formas de placa compensada resinada

Escavação, carga e transporte mecânico de material 1 categoria (DMT=5km)

Total da solução

Compactação de aterros a 100% proctor nomal

Fornecimento de argila para aterro

Canteiro de Obras

Fornecimento de aço CA-50

PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO

ATERRO DA BR-101/SE

Escavação do canal

Compactação de material de "bota-fora"

Terraplenagem

Guarita individual para segurança 1,50 x 1,50 m (aluguel)

10% do VGA

Container de 2,20 x 6,20 m, para escritório, completo (aluguel)

Container de 2,20 x 6,20 m, para escritório, completo (aluguel)

Container 2,30 x 4,30m p/ Sanitário com 3 bac, 2 chuv, 1 lav. e 1 mict. (aluguel)

Mobilização/Desmobilização

Geogrelha - 400 kN/m

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7 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

7.1 ESCAVAÇÃO

7.1.1 Objetivo

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição de volumes removidos e transportados por conta da execução da escavação do material de aterro mobilizado pela ruptura ocorrida na BR-101/SE – km94 sentido NS.

7.1.2 Definição

Trata-se da escavação, carga, remoção, transporte e disposição em local adequado dos materiais oriundos da área definida pelo projeto executivo (material de 1ª categoria), com espessura variada, de acordo com as cotas especificadas nas plantas dos projetos.

7.1.3 Materiais

Os materiais ocorrentes nos cortes devem ser classificados em conformidade com as seguintes definições:

Materiais de 1ª Categoria

Compreendem os solos em geral, de natureza residual e pedregulhos.

Em geral todos os materiais deverão ser escavados e carregados por escavadeiras hidráulicas sobre esteiras ou mesmo pás carregadeiras de pneus. O transporte deverá ser realizado por caminhões capazes de circular pelos caminhos de serviço e vias públicas e possuir capacidade adequada para garantir a produção mínima exigida pela obra.

7.1.4 Equipamentos

Os serviços devem ser executados mediante a utilização de equipamentos adequados, complementados com o emprego de serviços manuais. A contratada deve prever a utilização dos seguintes equipamentos:

tratores de lâmina sobre esteira;

pás carregadeiras sobre pneus;

escavadeiras hidráulicas sobre esteira;

caminhões basculantes;

Bombas de recalque.

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7.1.5 Execução

Fundamentados nos dados de projetos existentes, compete à executora os serviços topográficos, tais sejam: locação, nivelamento e seccionamento transversal, bem como a marcação dos off-sets e seus respectivos nivelamentos.

Todas as escavações devem ser executadas nas larguras e inclinação indicadas no detalhamento do projeto. A escavação deve obedecer aos elementos técnicos fornecidos pelo projeto executivo e notas de serviço. Os taludes ao final das escavações devem possuir a geometria indicada em projeto. Somente devem ser efetuadas alterações de inclinação caso ocorrerem escorregamentos durante a execução, devido à inclinação de projeto.

Deve ser prevista a utilização de bombas para retirada de água da escavação sempre que necessário. O número de bombas a ser utilizado deve ser tal que garanta que trabalho seja realizado sem presença de água.

Durante a execução, a contratada é responsável pela manutenção dos caminhos de serviço e pela limpeza do canteiro de obras sem ônus ao contratante.

O material escavado deve ser transportado para fora da área de construção e depositado em local indicado pela fiscalização, de modo que não interfira na construção. A deposição do material deve obedecer às regulamentações ambientais vigentes.

7.1.6 Controle

Controle geométrico

Os taludes em corte devem apresentar, após a escavação, a inclinação indicada no projeto. As verificações devem ser realizadas, pela contratada e conferidos pela fiscalização, desde o início e até o término das escavações, de modo a permitir que sejam executadas correções, sempre que houver necessidade.

O acabamento deve atender à conformação da seção transversal indicada no projeto.

As tolerâncias admitidas para acabamento dos taludes e plataforma de terraplenagem são seguintes:

a) Não serão admitidas escavações inferiores às requeridas no projeto e liberadas pelo engenheiro geotécnico.

b) Variação máxima de largura de + 0,20 m não se admitindo variação negativa.

Controle ambiental

Nas operações de escavação é exigida a adoção dos seguintes procedimentos:

Evitar o excesso de carregamentos dos veículos e controlar a velocidade mantida;

Aspergir água permanentemente nos trechos poeirentos;

O transporte de materiais para os locais de bota fora ou bota espera deverá ser realizado de forma adequada com equipamentos apropriados, evitando-

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se a geração de poeira, ruídos em excesso e o derramamento de material nas vias de circulação internas e externas.

7.1.7 Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que sejam executados de acordo com esta especificação e o controle geométrico esteja dentro da faixa de tolerância permitida, a ser verificado por levantamento topográfico e inspeção da fiscalização.

Os serviços rejeitados devem ser corrigidos ou complementados.

7.2 COLCHÃO DRENANTE

7.2.1 Objetivo

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição de volumes envolvidos nos procedimentos de reaterro com areia (colchão drenante).

7.2.2 Definição

Consiste na execução do reaterro com areia selecionada aplicada sob o aterro de fundação dos taludes da rodovia, contendo o transporte, disposição e compactação, do local de jazida até o ponto de interesse.

7.2.3 Materiais

As especificações do material previsto para a execução do colchão drenante são:

Areia média ou grossa isenta de matéria orgânica ou outras impurezas prejudiciais às suas condições drenantes.

7.2.4 Equipamentos e ferramentas

Para execução do reaterro projetado são necessários: caminhões basculantes, pá-carregadeira e trator de esteiras leve.

7.2.5 Execução

A responsabilidade civil e ético-profissional pela qualidade, solidez e segurança da obra ou serviço é da executante.

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A areia a ser utilizada deve ser transportada por caminhões basculantes.

O espalhamento deve ser feito a partir da “ponta de aterro”, pela atuação de trator de esteiras leve. A porção inicialmente espalhada deve conferir condições de sustentação ao próprio equipamento e às camadas subsequentes.

O colchão de areia não deve ser submetido a processo direto de compactação, salvo a ação do deslocamento do próprio equipamento de esteiras utilizado na distribuição.

7.2.6 Controle

Compete à executante a realização de testes e ensaios que demonstrem a seleção adequada da areia e a realização do serviço de boa qualidade, e em conformidade com esta especificação.

O controle do reaterro deverá ser realizado através da observação em campo e compactação através de proctor normal 95%, observar as condições de espalhamento, desempeno e acomodação da camada; avaliação das condições de drenagem da camada, com coeficiente de permeabilidade de no mínimo 10-3.

7.2.7 Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que sejam executados de acordo com esta especificação e outras existentes no projeto executivo.

7.3 GEOGRELHA

7.3.1 Objetivo

Definir os critérios que orientam a aceitação e instalação da geogrelha sobre a camada de areia drenante, com o intuito de compatibilizar as deformações causadas pela execução da berma+aterro sobre o solo de fundação, cuja boa parte é constituída por material rompido que não será removido.

7.3.2 Definição

A Geogrelha deve ter abertura de malha grande o suficiente para permitir o entrosamento das partículas do solo ou do material granular em contato com a mesma, proporcionando uma boa interação do conjunto, atuando, dessa forma, como um elemento de reforço em obras geotécnicas e de proteção ambiental.

São elementos estruturais de reforço, cuja principal função é aumentar a resistência das estruturas geotécnicas nas quais estão inseridas. São estruturadas na forma de grelhas, cujas aberturas permitem a interação com o meio confinante. Podem

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apresentar resistência unidimensional, elevada resistência em uma só direção, ou bidimensional, resistência elevada nas duas direções ortogonais.

7.3.3 Materiais

A grelha poderá ser composta de polímeros, poliéster e fibra de vidro.

A geogrelha a ser empregada na execução do projeto deve apresentar as seguintes propriedades físicas e mecânicas:;

Resistência nominal (Tmax) longitudinal ≥ 400 kN/m;

Resistência nominal (Tmax) transversal ≥ 30 kN/m;

Alongamento na Resistência última < 10% (+- 1%)

Resistência à 6% de alongamento > 242 kN/m;

Abertura da malha 40 x 30 mm;

O cumprimento destas especificações deve ser avaliado a partir dos ensaios prescritos por normas brasileiras, como a NBR 12.824, por exemplo.

7.3.4 Equipamentos e ferramentas

A instalação da geogrelha requer o emprego de ferramentas manuais para distribuição e eventual corte de sobras do material.

7.3.5 Execução

A superfície deve estar preparada antes da colocação da geogrelha, devendo encontrar-se uniformizada, sem objetos ou qualquer outro material que possa diminuir a sua aplicabilidade ou danifica-la.

A colocação da geogrelha deve se dar de acordo com o projeto inicialmente estabelecido, sendo instalada diretamente no local preparado, de forma a não ficar com pregas ou dobras.

Nas emendas, deve haver sobreposição de no mínimo 150 mm na transversal e 250 mm na longitudinal. As instalações de inclinações mais suaves podem necessitar de maior sobreposição, ou a junção de rolos adjacentes recorrendo ao uso de materiais de ligação (tipo abraçadeira plástica) ou outro dispositivo conveniente para manter a posição e a orientação da geogrelha durante a colocação do solo sobrejacente.

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7.3.6 Controle

O controle dos materiais deve ser através do certificado dos materiais emitido pela fabricante do produto. Deve ser exigido um certificado para cada lote de materiais entregue na obra.

Deverá ser inspecionando se em algum local a geogrelha apresenta defeito de instalação ou ruptura, assim como se a sobreposição está de acordo com o especificado.

7.3.7 Aceitação

O serviço será considerado aceito se através de inspeção visual o serviço seja considerado satisfatório.

7.4 ATERRO COMPACTADO

7.4.1 Objetivo

Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição dos serviços relacionados à execução dos aterros constituintes da fundação da rodovia e bermas de equilíbrio.

7.4.2 Definição

Trata-se dos critérios de execução relacionados ao lançamento e compactação do material de aterro sobre solo mole.

7.4.3 Materiais

No caso de aterro para fundação de rodovia, os materiais empregados devem ser aqueles especificados no projeto executivo dos aterros respeitando-se os parâmetros de resistência e de compactação, sendo estes:

Ângulo de atrito interno > 28º

Intercepto coesivo > 5 kPa;

Grau de compactação > 95%;

Peso específico de 17 kN/m³.

O material constituinte das bermas de equilíbrio deve ser aquele especificado no projeto executivo dos aterros, respeitando-se os parâmetros de resistência e de compactação previamente apresentados. Com intuito de reduzir os custos diretos e indiretos nesta etapa, para a execução da berma poderá ser utilizado o material que

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foi removido (escavado) do corpo do aterro. Contudo, é expressamente proibida a utilização do solo de fundação (argila de baixa resistência) mobilizado ou não para esta atividade.

7.4.4 Equipamentos

Os serviços devem ser executados mediante a utilização de equipamentos adequados, complementados sempre que necessário, com o emprego de serviços manuais. A contratada deve prever a utilização dos seguintes equipamentos:

tratores de lâmina sobre esteira;

pás carregadeiras sobre pneus;

escavadeiras hidráulicas sobre esteira;

caminhões basculantes.

rolos lisos compactadores vibratórios.

7.4.5 Execução

Devem ser respeitadas as cotas indicadas na planta com as notas de serviço para ambos os aterros, tanto o que servirá de fundação para a rodovia, quanto o constituinte das bermas de equilíbrio.

O material empregado na execução dos aterros deverá ser compactado em camadas, com a utilização de rolos vibratórios até o grau de compactação requerido ou até que estes não apresentem mais eficiência (não haja mais abatimento visível da camada que está sendo compactada).

7.4.6 Controle

Controle geométrico

O material deverá ser disposto em estado fofo em camadas com altura controlada através de estacas, sendo possível uma variação de cota de ± 5 cm.

Os levantamentos topográficos devem apontar se a altura e a largura da plataforma de aterro atendem à seção transversal especificada no projeto.

As verificações devem ser realizadas, pela executante e pela fiscalização, desde o início e até o término do lançamento, de modo a permitir que sejam executadas correções, sempre que houver necessidade.

O acabamento deve atender à conformação da seção transversal indicada no projeto.

Controle ambiental

Nas operações de escavação e aterro é exigida a adoção dos seguintes procedimentos:

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Evitar o quanto possível o trânsito dos equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho;

Evitar o excesso de carregamentos dos veículos e controlar a velocidade mantida.

7.4.7 Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que sejam executados de acordo com esta especificação e o controle geométrico esteja dentro da faixa de tolerância permitida, a ser verificado por levantamento topográfico e inspeção da fiscalização.

Os serviços rejeitados devem ser corrigidos ou complementados.

7.4.8 Critérios de Medição

A medição será pelo volume do aterro executado conforme o projeto, medido no aterro (volume geométrico compactado), em m³ (metro cúbico).

Não serão pagos os volumes executados além daqueles apresentados nas quantificações que não tenham sido autorizados e acordados pela fiscalização e pela contratada.

7.5 EXECUÇÃO DO CANAL DE DRENAGEM

7.5.1 Definição

Consiste na execução do canal de drenagem paralelo ao pé do aterro+berma da estrada, conduzindo o fluxo de água superficial para a drenagem existente da pista.

7.5.2 Materiais

Os materiais ocorrentes nos cortes para execução do canal devem ser classificados em conformidade com a seguinte definição:

Material de 1ª Categoria

Compreendem os solos em geral, de natureza residual e pedregulhos.

Em geral todos os materiais deverão ser escavados e carregados por escavadeiras hidráulicas sobre esteiras ou mesmo pás carregadeiras de pneus. O transporte deverá ser realizado por caminhões capazes de circular pelos caminhos de serviço e vias públicas e possuir capacidade adequada para garantir a produção mínima exigida pela obra.

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7.5.3 Equipamentos

Os serviços devem ser executados mediante a utilização de equipamentos adequados, complementados com o emprego de serviços manuais. A contratada deve prever a utilização dos seguintes equipamentos:

tratores de lâmina sobre esteira;

pás carregadeiras sobre pneus;

escavadeiras hidráulicas sobre esteira;

caminhões basculantes;

Bombas de recalque.

7.5.4 Execução

Fundamentados nos dados de projetos existentes, compete à executora os serviços topográficos, tais sejam: locação, nivelamento e seccionamento transversal, bem como a marcação dos off-sets e seus respectivos nivelamentos.

Todas as escavações devem ser executadas nas larguras e inclinação indicadas no detalhamento do projeto. A escavação deve obedecer aos elementos técnicos fornecidos pelo projeto executivo e notas de serviço. Os taludes ao final das escavações devem possuir a geometria indicada em projeto. Somente devem ser efetuadas alterações de inclinação caso ocorrerem escorregamentos durante a execução, devido à inclinação de projeto.

Deve ser prevista a utilização de bombas para retirada de água da escavação sempre que necessário. O número de bombas a ser utilizado deve ser tal que garanta que trabalho seja realizado sem presença de água.

O material escavado deve ser transportado para fora da área de construção e depositado em local indicado pela fiscalização, de modo que não interfira na construção. A deposição do material deve obedecer às regulamentações ambientais vigentes.

7.5.5 Controle

Controle geométrico

Os taludes em corte devem apresentar, após a escavação, a inclinação indicada no projeto. As verificações devem ser realizadas, pela contratada e conferidos pela fiscalização, desde o início e até o término das escavações, de modo a permitir que sejam executadas correções, sempre que houver necessidade.

O acabamento deve atender à conformação da seção transversal do canal de drenagem indicada no projeto.

As tolerâncias admitidas para acabamento dos taludes e plataforma de terraplenagem são seguintes:

a) Não serão admitidas escavações inferiores às requeridas no projeto e liberadas pelo engenheiro geotécnico;

b) Variação máxima de largura de + 0,10 m não se admitindo variação negativa.

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Controle ambiental

Nas operações de escavação é exigida a adoção dos seguintes procedimentos:

Evitar o excesso de carregamentos dos veículos e controlar a velocidade mantida;

Aspergir água permanentemente nos trechos poeirentos;

O transporte de materiais para os locais de bota fora ou bota espera deverá ser realizado de forma adequada com equipamentos apropriados, evitando-se a geração de poeira, ruídos em excesso e o derramamento de material nas vias de circulação internas e externas.

7.5.6 Aceitação

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que sejam executados de acordo com esta especificação e o controle geométrico esteja dentro da faixa de tolerância permitida, a ser verificado por levantamento topográfico e inspeção da fiscalização.

Os serviços rejeitados devem ser corrigidos ou complementados.

7.6 BACIA DE DIRECIONAMENTO DE FLUXO

7.6.1 Definição

Consiste na execução da bacia de direcionamento de fluxo prevista no projeto executivo, com o intuito de direcionar corretamente o fluxo de água proveniente do canal de drenagem para os BSTCs existentes.

7.6.2 Materiais

Os materiais necessários para execução dos serviços são: brita 01 e 02, concreto Fck ≥ 15 MPa, Fck ≥ 20 MPa, aço CA-50, formas e ferramentas para o lançamento e acabamento do concreto.

7.6.3 Equipamentos e ferramentas

Para correta execução dos serviços serão necessárias formas de madeira resinada, colher de pedreiro, pás e picaretas.

7.6.4 Execução

Inicialmente deve ser executado o lastro de concreto magro (Fck ≥ 15 MPa), depois o fundo da bacia em concreto devidamente armado com aço CA-50 e, por fim, as paredes de fechamento, também em concreto armado.

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7.6.5 Controle

O controle dos serviços consiste na verificação da cota de fundo, do acabamento da bacia, geometrias e cota de topo. Deve-se ter o cuidado de verificar o caimento do piso com inclinação de 2% na direção dos BSTCs existentes.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente documento apresenta o projeto executivo para a estabilização do trecho rompido da rodovia BR-101, na região do Km 94, próximo à cidade de Aracaju no estado de Sergipe.

Em complementação ao diagnóstico anterior, foram realizadas investigações geotécnicas que corroboraram a principal hipótese, de que a escavação e dragagem do canal de drenagem pós construção do aterro foram as principais condicionantes para ocorrência da ruptura.

A solução foi concebida seguindo as diretrizes da NBR-11682 (2009) de Estabilidade de Encostas e, as recomendações e fatores de segurança propostas pelo DNER-PRO 381 (1998) para projetos de aterros sobre solos moles.

Com relação ao reposicionamento do canal de drenagem, este deverá ser executado a uma distância de no mínimo 35 metros da crista do aterro recomposto em função da estabilidade global dos taludes, conforme indicado em projeto. O canal hoje existente deverá ser relocado e, também deverá respeitar as dimensões propostas no projeto.

O levantamento dos quantitativos tanto de serviços, quanto de materiais, foi realizado com base nos arquivos e informações fornecidos pela contratante, podendo esses sofrer alterações no momento da execução da solução.

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9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ANBT. NBR 11682: Estabilidade de Encostas. Rio de Janeiro, 2009. 33 páginas.

CPRM (2006). Mapa Geológico do Rio Grande do Sul. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerias, Ministério de Minas e Energia, Brasil.

DNER-PRO 381. Projeto de aterro sobre solos moles para obras viárias. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Norma Rodoviária, 34 p. RJ. 1998.

DNIT. Manual de Drenagem de Rodovias. 2ª edição. Rio de Janeiro. 2006.

FEIJÓ, F. J. Estratigrafia das bacias sedimentares do Brasil. Boletim de Geociências da PETROBRAS, V.8(1), Rio de Janeiro, RJ, 1995.

STRECK, E. V.; KAMPF, N.; DALMOLIN, R.S.D.; KLAMT, E.; NASCIMENTO, P. C.; SCHNEIDER, P.; GIASSON, E.; PINTO, L.F.S. (2008). Solos do Rio Grande do Sul. 2 ed. – Porto Alegre: EMATER/RS-ASCAR, 2008. 222p.

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ANEXO I

Boletins de Sondagem

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OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 25

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP01

COTA DA BOCA DE FURO: 16.699 INICIO: 21/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO:

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm: AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO RECUPERADO DATA: 21/07/2014 HORA: 10:00 TRADO:

N.A FINAL: 3,50 DATA: HORA: 1,00 23,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01 0,60

1,00 ‐ 1,45 1 1 1 02 1,68

2,00 ‐ 2,45 2 2 2 03 2,73

3,00 ‐ 3,45 2 2 3 04

4,00 ‐ 4,45 3 4 5 05 4,8

5,00 ‐ 5,45 3 2 2 06

6,00 ‐ 6,45 2 2 2 07 6,77

7,00 ‐ 7,45 2 3 3 08 7,82

8,00 ‐ 8,45 2 2 1 09

9,00 ‐ 9,45 3 3 3 10

10,00 ‐ 10,45 2 4 4 11

11,00 ‐ 11,45 3 3 4 12 11,75

12,00 ‐ 12,45 3 6 6 13

13,00 ‐ 13,45 4 5 5 14 13,62

14,00 ‐ 14,45 5 6 6 15 14,65

15,00 ‐ 15,45 21 17 22 16

16,00 ‐ 16,45 8 11 19 17 16,84

17,00 ‐ 17,45 5 7 10 18

18,00 ‐ 18,45 4 6 8 19

19,00 ‐ 19,45 5 5 5 20

20,00 ‐ 20,45 7 10 15 21 20,88

21,00 ‐ 21,45 19 27 = 22

22,00 ‐ 22,45 30/08 = = 23

23,00 ‐ 23,45 21 35/07 = 24

23,22

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Aterro de Silte variavel

Aterro de Arenoso cor  variavel

Aterro de Silte Argiloso com Pedregulho variavel

Aterro Argiloso Siltosa cor variavel

Aterro Argiloso Siltosa cor variavel

Argila Siltosa cor cinza

Argila Siltosa cor cinza

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor cinza clara

Argila Siltosa cor cinza clara

Argila Siltosa cor cinza clara

Argila Siltosa cor cinza clara

Argila Siltosa cor Amarela

Argila Siltosa cor Amarela

Silte Arenoso cor Amarelo Claro

Silte Arenoso compacto Amarelo Claro

Silte Arenoso compacto Amarelo Claro

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Compacta cor Variada

Argila Compactada Cinza

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min

Argila Compactada Cinza

cm/10 minOBSERVAÇÕES

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  02VISTO:

XXX

X

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OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 24+10

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP03

COTA DA BOCA DE FURO: 15.120 INICIO: 14/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO 18/ 07/ 2014

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm: 6,00m AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO DETERMINADO DATA: HORA: TRADO:

N.A FINAL: 2,80 DATA: 22/07/2014 HORA: 16:30 1,00 14,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01

1,00 ‐ 1,45 1 2 3 02 1,58

2,00 ‐ 2,45 2 2 2 03

3,00 ‐ 3,45 2 2 3 04

4,00 ‐ 4,45 2 2 2 05 4,70

5,00 ‐ 5,45 2 2 2 06

6,00 ‐ 6,45 3 3 3 07 6,8

7,00 ‐ 7,45 3 3 3 08 7,6

8,00 ‐ 8,45 3 3 3 09

9,00 ‐ 9,45 2 2 3 10

10,00 ‐ 10,45 2 2 2 11

11,00 ‐ 11,45 2 2 2 12

12,00 ‐ 12,45 1 4 4 13 12,75

13,00 ‐ 13,45 8 11 18 14 13,82

14,00 ‐ 14,45 12 14 18 15 14,49

15,00 ‐ 15,45 4 5 6 16

16,00 ‐ 16,45 5 5 8 17 16,64

17,00 ‐ 17,45 5 6 8 18

18,00 ‐ 18,45 6 8 10 19

19,00 ‐ 19,45 8 13 18 20

20,00 ‐ 20,45 10 14 17 21

21,00 ‐ 21,45 12 17 25 22

21,45

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Silte Arenoso com Pedregulho Amarelo

Silte Arenoso com Pedregulho Amarelo

Argila com Pedregulho variado

Argila com Pedregulho variado

Argila com Pedregulho variado

Silte Argiloso cor variado

Silte Argiloso cor variado

Silte Argiloso com Pedregulho

Argila Siltosa cor Cinza 

Argila Siltosa cor Cinza 

Argila Siltosa cor Cinza 

Silte Argilosa cor variado

Silte Argilosa cor variado

Argila Siltosa cor Cinza Clara

Areia Media Pouco Siltosa

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min cm/10 minOBSERVAÇÕES: NO FINAL TIRADO EM TEMPO CHUVOSO

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  02VISTO:

XXX

X

Page 49: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 23

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP04

COTA DA BOCA DE FURO: 16.992 INICIO: 02/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO:

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm: AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO DETERMINADO DATA: 02/07/2014 HORA: TRADO:

N.A FINAL: 8,20 DATA: 14/07/2014 HORA: 1,00 22,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01 0,65

1,00 ‐ 1,45 1 1 2 02 1,60

2,00 ‐ 2,45 1 1 1 03

3,00 ‐ 3,45 1 1 1 04 3,80

4,00 ‐ 4,45 1 1 2 05

5,00 ‐ 5,45 5 5 5 06

6,00 ‐ 6,45 2 3 3 07

7,00 ‐ 7,45 3 3 4 08

8,00 ‐ 8,45 2 2 2 09 8,60

9,00 ‐ 9,45 2 2 2 10

10,00 ‐ 10,45 2 2 2 11

11,00 ‐ 11,45 2 2 2 12

12,00 ‐ 12,45 1 1 1 13

13,00 ‐ 13,45 1 1 1 14 13,75

14,00 ‐ 14,45 1 1 5 15

15,00 ‐ 15,45 2 2 2 16

16,00 ‐ 16,45 2 2 2 17 16,68

17,00 ‐ 17,45 4 5 6 18

18,00 ‐ 18,45 3 4 6 19

19,00 ‐ 19,45 3 4 5 20

20,00 ‐ 20,45 3 3 5 21

21,00 ‐ 21,45 6 9 15 22 21,58

22,00 ‐ 22,45 4 6 14 23

22,45

Argila Siltosa com Decomposição de Rocha Variada

MINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

(kgf.m)

DE

ATÉ

ATÉ

DNIT

PROF.  (m) AMOSTRA MUDANÇAINDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL

DE

PENETRAÇÃO

(Nº DE GOLPES/cm)

TORQUE

Argila Siltosa cor Cinza Escura

Silte Arenoso pouco Pedregulho ‐ CCR

Argila Siltosa cor Variada

Silte Arenoso com Pedregulho

Silte Arenoso com Pedregulho

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Cinza Escura

cm/10 min cm/10 min

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa com Decomposição de Rocha Variada

Argila Siltosa com Decomposição de Rocha Variada

Argila Siltosa cor Cinza Escura

Argila Siltosa cor Cinza Escura

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

cm/10 min

Argila Siltosa cor Cinza Escura

Argila Arenosa cor Cinza Escura

SONDADOR SONDA Nº:VISTO:

DATA:

TÉCNICO DE OPERAÇÕESOBSERVAÇÕES

cm/10 min

Argila Arenosa cor Cinza Escura

Argila Arenosa cor Cinza Escura

Argila Siltosa cor Variada

cm/10 min

cm/10 min

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM:

Argila Siltosa cor Cinza e Amarela

XXX

X

Page 50: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 21

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP05

COTA DA BOCA DE FURO: 13.776 INICIO: 02/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO: 18/ 07/ 2014

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm:    8,00 AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  1,39 FALSO DATA: 01/07/2014 HORA: TRADO:

N.A FINAL: 4,05 DATA: HORA: 1,00 22,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01 0,94

1,00 ‐ 1,45 2 2 2 02 1,52

2,00 ‐ 2,45 1 2 3 03

3,00 ‐ 3,45 2 2 3 04 3,36

4,00 ‐ 4,45 3 4 4 05 4,82

5,00 ‐ 5,45 2 2 3 06 5,97

6,00 ‐ 6,45 2 2 3 07 6,58

7,00 ‐ 7,45 3 3 3 08

8,00 ‐ 8,45 3 3 4 09 8,79

9,00 ‐ 9,45 3 3 3 10

10,00 ‐ 10,45 3 3 3 11 10,74

11,00 ‐ 11,45 3 3 4 12 11,51

12,00 ‐ 12,45 3 4 6 13 12,67

13,00 ‐ 13,45 3 4 4 14

14,00 ‐ 14,45 4 4 5 15

15,00 ‐ 15,45 3 4 6 16

16,00 ‐ 16,45 8 13 14 17 16,68

17,00 ‐ 17,45 5 8 13 18

18,00 ‐ 18,45 6 6 30 19

19,00 ‐ 19,45 9 12 10 20

20,00 ‐ 20,45 7 10 13 21 20,61

21,00 ‐ 21,45 6 11 16 22

22,00 ‐ 22,45 10 12 15 23

22,45

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Areia Siltosa com Areia variado

Silte Arenoso cor variado

Argila Siltosa cor Variada

Argila Siltosa cor Variada

Silte Arenoso com pouco Pedregulho cor variado

Silte Arenoso cor Vermelho Escuro

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor Cinza e Vermelho

Argila Siltosa cor Cinza e Vermelho

Argila Siltosa cor Cinza e Amarela

Argila Siltosa cor Cinza e Amarela

Argila Siltosa cor Cinza

Argila Siltosa cor Cinza e Amarela com Pedregulho

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza e Amarelo

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min cm/10 minOBSERVAÇÕES:   NO FINAL PODE SER FALSO POR TER MUITA INFILTRAÇÃO

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  IVISTO:

XXX

X

Page 51: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 26

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP06

COTA DA BOCA DE FURO: 20.174 INICIO: 21/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO:

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm:    AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO DETERMINADO DATA: 21/07/2014 HORA: TRADO:

N.A FINAL: 4,75 DATA: HORA: 1,00 22,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 2 2 01 0,92

1,00 ‐ 1,45 2 2 2 02 1,61

2,00 ‐ 2,45 1 2 2 03 2,49

3,00 ‐ 3,45 2 2 3 04 3,58

4,00 ‐ 4,45 2 2 1 05

5,00 ‐ 5,45 1 1 1 06 5,7

6,00 ‐ 6,45 2 2 3 07

7,00 ‐ 7,45 2 2 2 08

8,00 ‐ 8,45 2 2 3 09

9,00 ‐ 9,45 2 1 1 10

10,00 ‐ 10,45 1 1 1 11 10,54

11,00 ‐ 11,45 2 3 4 12 11,72

12,00 ‐ 12,45 4 4 5 13 12,61

13,00 ‐ 13,45 7 15 17 14

14,00 ‐ 14,45 6 6 7 15 14,89

15,00 ‐ 15,45 6 6 5 16 15,46

16,00 ‐ 16,45 4 4 4 17

17,00 ‐ 17,45 3 5 5 18 17,69

18,00 ‐ 18,45 4 5 8 19

19,00 ‐ 19,45 5 6 6 20

20,00 ‐ 20,45 15 18 35/13 21

21,00 ‐ 21,45 12 15 19 22

22,00 ‐ 22,45 15 12 17 23

22,45

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Silte Arenoso com pouco Pedregulho variado

Silte Argiloso cor variada

Silte Arenoso cor variada

Argila Arenosa cor variado

Argila Arenosa com pouco Pedregulho

Argila Arenosa com pouco Pedregulho

Silte Argiloso cor variada

Silte Argiloso cor variada

Silte Argiloso cor variada

Areia Siltosa cor Cinza Escuro

Areia Siltosa cor Cinza Escuro

Silte Arenoso cor Amarelo e Cinza

Argila Arenosa cor Amarelo e Cinza

Areno Argiloso com Pedregulho cor Cinza

Areno Argiloso com Pedregulho cor Cinza

Silte Argiloso cor Cinza Claro

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor Amarelo Escuro

Argila Siltosa cor Amarelo Escuro

Argila Siltosa cor Amarelo Escuro

Argila Siltosa cor Amarelo Escuro

Argila Siltosa cor Amarelo Escuro

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min cm/10 minOBSERVAÇÕES:   UMA PISTA DE CONCRETO 21CM DEPOIS DO ATERRO

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  IVISTO:

XXX

X

Page 52: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP07

COTA DA BOCA DE FURO: INICIO: 28/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO: 29/ 07/ 2014

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm:     AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO RECUPERADO DATA: 28/07/2014 HORA: 09:00 TRADO:

N.A FINAL: 4,6 DATA: HORA: 1,00 20,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01

1,00 ‐ 1,45 1 1 1 02 1,60

2,00 ‐ 2,45 1 1 1 03

3,00 ‐ 3,45 1 1 1 04 3,72

4,00 ‐ 4,45 1 1 1 05

5,00 ‐ 5,45 1 1 1 06

6,00 ‐ 6,45 1 1 1 07 6,80

7,00 ‐ 7,45 1 1 1 08 7,93

8,00 ‐ 8,45 2 2 2 09

9,00 ‐ 9,45 2 3 3 10

10,00 ‐ 10,45 3 3 3 11

11,00 ‐ 11,45 2 2 2 12

12,00 ‐ 12,45 2 2 2 13

13,00 ‐ 13,45 2 2 3 14

14,00 ‐ 14,45 3 4 4 15

15,00 ‐ 15,45 4 5 10 16 15,88

16,00 ‐ 16,45 8 11 14 17

17,00 ‐ 17,45 12 16 19 18

18,00 ‐ 18,45 17 22 25 19

19,00 ‐ 19,45 12 19 27 20

20,00 ‐ 20,45 18 24 29 21

20,45

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Aterro Silte Argiloso variado

Aterro Silte Argiloso variado

Argila Arenosa cor variado

Argila Arenosa cor variado

Argila Siltosa cor Cinza

Argila Siltosa cor Cinza

Argila Siltosa cor Cinza

Argila Orgânica cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa Compacta  variada

Argila Siltosa Compacta  variada

Argila Siltosa Compacta  variada

Argila Siltosa Compacta  variada

Argila Siltosa Compacta  variada

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min cm/10 minOBSERVAÇÕES:   UMA PISTA DE CONCRETO 21CM DEPOIS DO ATERRO

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  02VISTO:

XXX

X

Page 53: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

OBRA: BR 101 Km 94 ESTACA 

LOCAL: BR 101

CLIENTE:

FURO Nº: SP08

COTA DA BOCA DE FURO: INICIO: 28/ 07/ 2014

COTA DO RN: TERMINO:

UTIL. DE REVESTIMENTO D=76,2mm:     AVANÇO DA SONDAGEM: 0,00 1,00

N.A. INICIAL:  NÃO RECUPERADO DATA: 28/07/2014 HORA: 08:45 TRADO:

N.A FINAL: 6,90 DATA: HORA: 1,00 18,00             CIRCULAÇÃO DE ÁGUA:

/15 /15 /15 Tm Tr

0,00 ‐ 0,45 1 1 1 01 0,95

1,00 ‐ 1,45 1 1 1 02 1,60

2,00 ‐ 2,45 1 1 1 03 2,75

3,00 ‐ 3,45 1 1 1 04

4,00 ‐ 4,45 2 3 3 05

5,00 ‐ 5,45 2 2 2 06 5,74

6,00 ‐ 6,45 2 2 2 07

7,00 ‐ 7,45 3 3 3 08 7,84

8,00 ‐ 8,45 2 2 2 09

9,00 ‐ 9,45 2 2 2 10

10,00 ‐ 10,45 2 2 2 11 10,67

11,00 ‐ 11,45 2 2 2 12

12,00 ‐ 12,45 2 2 2 13

13,00 ‐ 13,45 2 2 3 14 13,86

14,00 ‐ 14,45 5 7 10 15 14,85

15,00 ‐ 15,45 6 15 25 16

16,00 ‐ 16,45 8 14 22 17

17,00 ‐ 17,45 9 16 24 18

18,00 ‐ 18,45 7 13 28 19

18,45

DNITMINISTÉRIO DOS TRANPORTES

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

SUPERINTÊNDENCIA REGIONAL NO ESTADO DE SERGIPE

UNIDADE LOCAL DE SERGIPE

BOLETIM DE CAMPO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

DATA

DE ATÉ

DE ATÉ

PROF.  (m)

PENETRAÇÃO

AMOSTRA

TORQUE

INDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL MUDANÇA(Nº DE GOLPES/cm) (kgf.m)

Areno Argiloso com puco Pedregulho

Areia Fina cor Amarelo Claro

Pedregulho Argiloso variado

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor variada

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa cor Cinza Escuro

Argila Siltosa pouco Pedregulho Amarelo

Pedregulho Argiloso Compacto

Pedregulho Argiloso Compacto

Pedregulho Argiloso Compacto

Pedregulho Argiloso Compacto

ENCERRAMENTO DA SONDAGEM: cm/10 min cm/10 min cm/10 min

cm/10 min cm/10 min cm/10 minOBSERVAÇÕES:   UMA PISTA DE CONCRETO 21CM DEPOIS DO ATERRO

TÉCNICO DE OPERAÇÕES

DATA:

SONDADOR SONDA Nº:  01VISTO:

XXX

X

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Av. Taquara, 137 – Petrópolis – Porto Alegre/RS – Fone 51 3508 5493 www.fgsgeotecnia.com.br

ANEXO II

PROJETO EXECUTIVO

asachetti
rub
Page 55: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

Avenida Taquara, 137Petrópolis - Porto Alegre - RS

Fone: 55 51 [email protected]

www.fgsgeotecnia.com.br

asachetti
rub
Page 56: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

Avenida Taquara, 137Petrópolis - Porto Alegre - RS

Fone: 55 51 [email protected]

www.fgsgeotecnia.com.br

asachetti
rub
Page 57: PROJETO EXECUTIVO DE ESTABILIZAÇÃO DO km94 sentido … · como argilito e folhelho, cinzentos a esverdeados, com intercalações de arenitos finos a grossos, pertencentes ao período

Avenida Taquara, 137Petrópolis - Porto Alegre - RS

Fone: 55 51 [email protected]

www.fgsgeotecnia.com.br

asachetti
rub
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Avenida Taquara, 137Petrópolis - Porto Alegre - RS

Fone: 55 51 [email protected]

www.fgsgeotecnia.com.br

asachetti
rub
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