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Centro Comunitário da Vila de São Sebastião
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto pedagógico: “A Brincar, vou descobrir”
Elaborado por: Educadora Andreia Bernardo
Ano Letivo 2015/16
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Índice
Introdução ....................................................................................................................................3
Caracterização do meio ................................................................................................................4
Caracterização da Instituição .......................................................................................................5
Caracterização do Espaço .............................................................................................................6
Caracterização do grupo ........................................................................................................11
Rotina diária .............................................................................................................................16
Metodologia e Objetivos .........................................................................................................19
Estratégias e Atividades .............................................................................................................27
Recursos Humanos e Horários ...................................................................................................31
Avaliação ....................................................................................................................................32
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
“O projecto do educador é um projecto educativo/pedagógico que diz
respeito ao grupo e contempla as opções e intenções educativas do educador
e as formas como prevê orientar as oportunidades de desenvolvimento e
aprendizagem de um grupo. Este projecto adapta-se às características de cada
grupo, enquadra as iniciativas das crianças, os seus projectos individuais, de
pequeno grupo ou de todo o grupo”
(Ministério da Educação, 1997: p.44).
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Introdução
A Lei-quadro da Educação estabelece como princípio geral que: “(...) A
educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de
educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família,
com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o
desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção
na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”.
Um Projeto Pedagógico deve partir dos interesses e saberes de cada
criança para os diversificar e ampliar de forma a despertar novos interesses,
necessidades e o desejo de aprender.
No presente documento irei expor um conjunto de conhecimentos a
transmitir como um plano de ação pedagógica, onde definirei os alvos e
objetivos. A sua elaboração teve em conta diversos parâmetros: idade das
crianças, nível de desenvolvimento, necessidades e interesses, meio social,
económico e cultural. Ficará sempre salvaguardado o respeito pela
individualidade de cada criança, família e meio envolvente, justificando-se
sempre por este motivo, que a concretização do trabalho possa ser diferente do
que foi planeado.
O Projeto abordará ainda a caracterização das crianças que constituem
este grupo, bem como a rotina diária, os objetivos a atingir ao longo do ano e
avaliação.
Este projeto será, pois, uma base de apoio nas minhas decisões sobre a
prática educativa, contribuindo para o esperado sucesso nas aprendizagens, o
que não impede que surjam alterações ao longo do tempo, no sentido de ir ao
encontro das necessidades do grupo.
Assim, o projeto será designado “A Brincar, vou descobrir” ”, onde todas
as atividades estarão centradas na exploração de diversos materiais e técnicas
de modo a proporcionar brincadeiras e descobertas valorizando cada
conquista, incentivando a criança pela positividade e criando nela a vontade de
explorar ainda mais.
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Caracterização do meio
A Vila de São Sebastião constitui-se como uma das 19 freguesias
pertencentes ao município de Angra do Heroísmo. Circundada pelas freguesias
de Porto Judeu, Porto Martins e Fonte do Bastardo, ocupa uma área de 24,36
km2 estando nesta incluída os lugares de Ribeira Seca de Cima e Ribeira Seca
de Baixo.
Com cerca de 2024 habitantes, na Vila de São Sebastião domina a
agricultura e a pecuária. Contudo, já uma percentagem considerável da sua
população (cerca de 1/5) encontra-se a trabalhar na prestação de serviços,
comércio, entre outras profissões, sobretudo de carácter liberal.
A vila de São Sebastião é igualmente detentora de uma grande riqueza
histórico-cultural, pelo que possui uma panóplia de serviços e atividades
socioculturais, estando aqui sediadas diversas instituições.
A Casa do Povo oferece à população local serviços na área da saúde
(enfermaria, consulta medicina geral e nutrição), aluguer de espaço (salão de
festas) tendo a sua responsabilidade as equipas de futsal desta localidade. A
Santa Casa da Misericórdia tem a seu cuidado os idosos desta freguesia,
através do seu Centro de dia e apoio ao domicílio. Existe também a sociedade
Filarmónica União Sebastianense, o grupo de Escuteiros, a Cooperativa
Agrícola, uma agência Bancária e a Escola Básica Francisco Ferreira
Drummond.
O comércio existente é bastante considerável, oferecendo produtos dos
mais diversos ramos. As suas zonas balneares são bastante frequentadas,
sendo estas a Salga e os Salgueiros, havendo ainda zona de campismo.
A população desta freguesia tende a possuir escolaridade obrigatória
como também cursos médios e superiores. Apresentam um nível de vida médio
sendo diminutas as situações familiares de grande precariedade.
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Caracterização da Instituição
O Centro Comunitário da Vila de São Sebastião encontra-se constituído
desde Maio 2009. Com localização privilegiada (junto à praça central desta
freguesia), funciona num edifício recuperado e devidamente equipado. Esta
instituição oferece à sua comunidade serviços como ATL (atividades de
Tempos Livres), biblioteca, estudo acompanhado, sala de informática, sala
intergeracional, cabeleireira com centro de estética, sendo dinamizado
atividades diversas ao longo de todo o ano. A sua missão consiste em servir a
comunidade sebastianense em termos culturais e necessidades sociais, como
ainda promover uma dinâmica entre as forças vivas desta comunidade para
melhor a servir.
Este centro irá abrir a valência de creche pelo que tanto esta como o Atl
irão ser deslocados para o edifício da antiga escola primária da Vila de São
Sebastião. Ambas as valências abrem portas ao público pelas 07h30 e encerra
às 19h00. Disponibiliza serviços como alimentação (lanche e almoço) de
acordo com a opção dos pais, transporte entre ATL e a escola, apoio nos
TPC´s. O almoço servido a estas crianças é confecionado pela Santa Casa da
Misericórdia da Vila de São Sebastião sendo o lanche pelo próprio Centro
Comunitário.
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Caracterização do Espaço
“A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação do espaço
e potencialidades educativas dos materiais permite que a sua organização vá
sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo.” In
Orientações Curriculares, p.38
O Educador tem que olhar para a criança como um todo, em todas as
suas dimensões: emotivo – expressiva, sócio relacional e sensório‐psicomotor,
não subestimada qualquer uma delas. Aqui reside, pois a
multidimensionalidade da educação na infância. É nesta dimensão que
pretendo esboçar o desenho curricular, a fim de garantir um correto
desenvolvimento da criança como um todo, ser uno e ao mesmo tempo capaz
de um relacionamento efetivo com os outros.
O espaço deverá ser organizado, de forma que seja seguro, limpo, com
um aspeto saudável, e motivador, para desta forma poder proporcionar um
ambiente acolhedor e de bem-estar. As crianças necessitam de espaço para
pôr em prática as suas atividades, quer estas sejam de brincadeira ou não,
necessitam de espaço para se moverem livremente, para estarem à vontade e
se sentirem capazes nas suas conquistas.
Sendo assim a sala dos bebés estará situada no piso 1 do edifício. É
uma sala ampla, que para além da zona de atividades, tem uma divisão
contígua para o dormitório e outra para a copa e sala de refeições.
Os bebés têm oportunidade de circular livremente pela sala de
atividades encontrando diversos brinquedos e materiais apropriados à idade.
Recursos Materiais da Sala
Copa: 1 microondas;
1 mini frigorífico;
1 armário;
Cadeiras de refeição;
Dormitório: 1 Berço por cada criança;
1 armário de arrumação;
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Sala Parque: 1 muda fraldas;
Cadeiras para bebé;
Espelho;
Mini Ginásio;
Tapete;
Cesto para o lixo;
Rádio.
Brinquedos sonoros
Peluches
Caixas de música
Bonecos
Brinquedos diversos
Se os materiais estiverem ao alcance das crianças possibilita-lhes ter a
noção do que existe na sala, podendo desta forma, ter a iniciativa de os ir
buscar para explorá-los. Neste sentido, essa possível escolha dos materiais faz
com que a criança tenha oportunidade de pôr em prática as suas ideias,
mostrando desse modo as suas emoções, sentimentos e a forma como
interpreta a sua realidade.
A sala de um ano também se situa no 1º piso, é toda ela uma sala de
atividades com jogos e materiais adequados ao desenvolvimento das crianças.
No momento do repouso são distribuídos pela sala os catres onde as crianças
farão a sua sesta. Após terminar o repouso e o lanche, a sala volta a funcionar
como sala de atividades.
Recursos Materiais da Sala
Sala Atividades: 1 muda fraldas;
Cadeiras;
1 mesa;
2 armários;
1 catre para cada criança;
Espelho;
Tapete;
Cesto para o lixo;
Brinquedos sonoros
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Jogos de encaixe;
Caixas de música Livros de esponja; Brinquedos diversos.
O Educador ao fomentar a exploração dos espaços e dos materiais está
a promover a autonomia, a independência e sucesso do grupo.
É muito importante que as crianças se sintam confortáveis no ambiente
em que se encontram, por este motivo a educadora deve ter em conta a
distribuição e organização das áreas dentro da sala.
Se o grupo se sentir num clima harmonioso irá sentir-se muito mais
motivado e deste modo irá realizar as suas atividades quer livres, quer
orientadas, com mais gosto.
A sala dos dois anos, também situada no piso um, será uma sala de
atividades organizada por diferentes áreas, que são espaços abertos dentro da
própria sala, cuja organização e decoração resulta de um trabalho conjunto de
todos os intervenientes, neste senso coletivo é igualmente responsável por
quase todas as decisões que envolvem o nosso quotidiano escolar.
Neste contexto escolar propõe-se o respeito pela criança e pela sua
infância, a priorização do pensamento divergente, a estética da vida e do viver,
o amor à natureza e ao meio ambiente, o convívio humanizador e o culto aos
valores humanos. Basear-se-ão todas as atividades em aprendizagens
significativas que contribuam para que as crianças se sintam participantes do
mundo que as cerca, trabalhem de forma cooperativa para o seu
desenvolvimento pessoal em diversos aspetos: senso de responsabilidade e
cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, reflexão individual e
coletiva e afetividade.
Assim temos a área da expressão plástica e jogos de mesa,
constituída por 2 mesas onde os meninos poderão efetuar a exploração de
diversos materiais e onde, aquando do momento adequado da rotina, poderão
fazer jogos de mesa.
Temos a área do tapete e biblioteca, que será para o acolhimento e
introdução das atividades, bem como para a exploração de histórias, músicas e
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
expressão dramática e corporal. Pretendendo incentivar o gosto pela leitura,
estimular a curiosidade, desenvolver a comunicação, bem como a partilha de
sentimentos e emoções.
A área da casinha, que é composta pelo equipamento para cozinhar e
comer, pelos utensílios de cozinha como pratos, talheres e copos, bonecos,
materiais de faz-de-conta e dramatização. Pretende-se com esta área que as
crianças brinquem ao faz-de-conta e que desenvolvam aspetos como a
imaginação, sentido de responsabilidade, de organização, que sejam
autónomas, entre outros. Proporciona também situações de trabalho em grupo
e procura desenvolver o sentido de organização e a exploração de
comportamentos sociais (ex: ajudar a mãe a pôr a mesa).
A área da garagem e construções, onde as crianças fomentam o
espírito de equipa, de iniciativa, para além de adquirirem noções de espaço,
tempo, velocidade, entre outras, e permitem o aperfeiçoamento de destrezas e
coordenações motoras finas.
Tal como na sala de um ano, no momento de repouso são distribuídos
pela sala os catres onde as crianças farão a sua sesta. Após terminar o
repouso a sala volta a funcionar como sala de atividades.
Recursos Materiais da Sala
Sala Atividades: 1 muda fraldas;
Cadeiras;
2 mesas;
2 armários;
1 catre para cada criança;
Tapete;
Cesto para o lixo;
Jogos de encaixe e puzzles;
Brinquedos e mobiliário da casinha;
Carros;
Legos grandes;
Livros;
Brinquedos diversos.
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
O refeitório da sala de 1 e 2 anos, situa-se no piso um e está equipado
com 4 mesas e cadeiras.
Importa referir ainda que qualquer uma das salas tem acesso interior
direto.
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Caracterização do grupo
Este projeto destina-se a um grupo de 33 crianças, no total, com idades
compreendidas entre os 4 e os 36 meses.
Na sala dos bebés teremos 8 crianças com idades compreendidas
entre os 4 e os 12 meses. Passarei então a descrever as etapas de
desenvolvimento, mais significativas, desta faixa etária como meio de justificar
os meus objetivos.
As características de cada estádio de desenvolvimento do bebé
determinam os objetivos e a prática a adotar em cada momento.
À medida que o bebé evolui, vai adquirindo novas capacidades. Para
cada etapa atingida há necessidades diferentes, a que o ambiente físico e
humano têm de se adaptar. Da mesma forma, os tipos de brinquedos são
diferentes, bem como os limites que têm de ser impostos para que a criança
cresça em segurança e com afetos, para que se sinta bem no meio ambiente
em que está inserido.
Dos 4 aos 6 meses
Os bebés precisam de descansar comodamente, e na altura certa, de
estímulos e de oportunidades de interação nos momentos em que estão
acordados.
Necessitam de estímulos e de atenção constante do adulto para a
resolução as suas necessidades básicas de higiene, alimentação,
vestuário, descanso, … para eles são muito importantes e necessárias
as rotinas diárias.
Têm necessidades de tocar e ver o adulto para se sentirem seguros e
confiantes.
O ambiente deve ter em consideração as necessidades do bebé aos
mais diversos níveis – físico, cognitivo, da linguagem, social e
emocional.
Decorridos os primeiros três meses, período em que há uma espécie de
reconhecimento inicial, o bebé começa a aperfeiçoar a sua comunicação
social e, para isso, observa com grande interesse as caras das pessoas.
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Evolui também o processo de diferenciação entre o seu mundo interno e
externo.
Em relação à área motora e de coordenação ocorrem avanços
significativos: os membros adquirem maior flexibilidade, permitindo
níveis superiores de mobilidade (por ex. os braços já se deslocam à
procura dos objetos, segurando-os e levando-os à boca para os
explorar, utilizando ambas as mãos).
O bebé sente prazer em emitir e ouvir os seus próprios sons.
É neste período que o bebé inicia o seu processo de exploração do
ambiente onde está inserido.
Dos 7 aos 9 meses
O bebé começa a entender as pessoas e os objetos como algo fora dos
limites do seu próprio corpo – a consciência da existência de uma
realidade externa torna-se cada vez mais clara.
A mãe assume uma nova importância: a do “porto de abrigo” para aliviar
a angústia e insegurança provocadas por este externo cada vez mais
identificado.
A conquista do sentar sem apoio e a possibilidade de se movimentarem
sem ajuda são marcos importantes deste período – a possibilidade de
gatinhar ou arrastar-se amplia de forma significativa o universo do bebé,
embora alguns evoluam diretamente para a fase de ficar em pé.
A comunicação verbal torna-se mais rica através da lalação.
Interessam-se pelos objetos que se movem, que produzem som, pelos
jogos que lhe oferecem a oportunidade de provar a sua habilidade e
experimentar variadas situações.
Dos 10 aos 12 meses
É uma fase extremamente ativa. O bebé começa a explorar o ambiente
por conta própria, deparando-se com os limites impostos por obstáculos
físicos ou pelo adulto.
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Com a capacidade de maiores habilidades motoras, o bebé faz várias
experiências e começa a formar conceitos, nomeadamente sobre
distância e altura.
As mãos tornam-se eficazes neste período – o bebé segura objetos de
vários tamanhos e formas sem dificuldade. A habilidade de formar uma
pinça com os dedos polegar e indicador é um marco significativo do
desenvolvimento.
Gostam de seguir um objeto que se move e centrar nele a sua atenção.
Necessitam de bater, de fazer ruído, construir e destruir.
A comunicação social está bem ativa, começando a reunir as primeiras
sílabas e geralmente entende a maioria das mensagens que lhe são
ditas. É também comum a chamada “palavra - frase”.
Na sala de um ano teremos 10 crianças com idades compreendidas
entre os 12 e os 24 meses. No que diz respeito às competências físicas e
motoras é um grupo onde a aquisição da marcha já deverá ter sido conseguida,
embora cada criança tenha o seu próprio ritmo a nível de aprendizagens.
Nesta fase as diferenças de meses entre as crianças fazem com que se
encontrem em fases muito distintas do seu desenvolvimento, sendo necessário
ter em conta este aspeto na planificação das atividades e rotinas diárias, de
forma a respeitar o desenvolvimento de cada um. A exploração e a segurança
tornam-se fundamentais para as crianças que vão conhecendo e criando laços
afetivos com as pessoas da instituição, assim como com outras crianças,
iniciando um processo de socialização que permitirá a construção progressiva
de elementos que lhe permitirão atuar e ver-se como pessoa única dentro de
um grupo social.
12 Aos 24 meses
Domínio psicomotor - Anda sozinho. Por volta dos 18 meses, pode
começar a correr; conseguem atirar, carregar, empurrar e puxar objetos,
usando muito as mãos para mexer em tudo o que está à sua volta.
Domínio cognitivo - Desenvolve a linguagem; pode começar a produzir
pequenas frases; Reconhece o próprio nome e alguns nomes dos
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
colegas da sala; Reconhece algumas partes do corpo; Gosta de ouvir
pequenas e simples histórias.
Domínio social - Interage muito com o meio que o rodeia; Expressa os
seus desejos e vontades; Não gosta de ser contrariado; Apesar de
gostar muito de estar com outras crianças, é ainda muito egocêntrico.
Na sala dos dois anos teremos 15 crianças com idades compreendidas
entre os 24 e os 36 meses.
Dos 24 aos 36 meses
Desenvolvimento Físico: À medida que o seu equilíbrio e coordenação
aumentam, a criança é capaz de saltar, andar ao pé‐coxinho ou saltar de
um pé para o outro quando está a correr ou a andar; Torna-se mais fácil
manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para
desenhar ou uma colher para comer sozinha; Começa gradualmente a
controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga).
Desenvolvimento Intelectual: Fase de grande curiosidade, sendo
muito frequente a pergunta "Porquê?"; À medida que se desenvolvem as
suas competências linguísticas, a criança começa a exprimir‐se de
outras formas, que não apenas a exploração física trata‐se de juntar as
competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto,
acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo; É
capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32
meses, é já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e
de continuar a falar sobre um assunto por um breve período;
Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir‐se a si
própria como "eu" e pode conseguir descrever‐se por frases simples,
como "tenho fome"; A memória e a capacidade de concentração
aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha
interrompido, mantendo‐se concentrada nela por períodos de tempo
mais longos); A criança está a começar a formar imagens mentais das
coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos – progressivamente,
e com ajuda vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
fora, cima e baixo; Por volta dos 32 meses, começa a apreender o
conceito de sequências numéricas simples e de diferentes categorias
(por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos ‐ 10
animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos).
Desenvolvimento Social: A mãe é ainda uma figura muito importante
para a segurança da criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32
meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe, para
ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este
progresso com menos ansiedade do que outras; Imita e tenta participar
nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a loiça, maquilhar‐se,
etc. É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por
exemplo ouvir histórias.
Desenvolvimento Emocional: Inicialmente o leque de emoções é
vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada. Embora a capacidade
de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança
necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que
sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança
chamar a atenção – podem dever‐se a mudanças ou a acontecimentos,
ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar
relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de
comunicar de forma eficaz); Inicialmente o leque de emoções é vasto,
desde o puro prazer até à raiva frustrada.
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Rotina diária
“Trata-se de prever e organizar um tempo simultaneamente estruturado
e flexível em que os diferentes momentos tenham sentido para as crianças”.
(Orientações Curriculares para e educação Pré-escolar, 1997)
É de extrema importância que a gestão do tempo na Creche seja
organizada em torno de acontecimentos regulares e rotinas de cuidados
consistentes.
Uma rotina diária consistente, adaptada aos ritmos naturais e
temperamentos de cada criança, conferem à mesma uma importante noção de
previsibilidade e incentiva-a a participar de forma tranquila e segura nos
diferentes momentos do seu dia. A criança torna-se mais autónoma, sente-se
mais confiante e independente, pois sabe o que vai fazer a seguir e organiza-
se de acordo com essa mesma rotina.
As rotinas têm realmente um papel muito importante na creche ao ajudar
a criança na estruturação do tempo. Para ela, o tempo está ligado às atividades
e estas são o ponto de referência que utiliza para se orientar, pois “uma rotina
é mais do que saber a hora a que a criança come, dorme e brinca. É também
saber como as coisas são feitas, pois as experiências do quotidiano das
crianças são matérias-primas do seu crescimento”.
Num contexto de aprendizagem ativa para bebés e crianças mais novas,
os horários, a sequência diária de acontecimentos e as rotinas estão
ancorados, para cada criança, em torno da principal figura que presta cuidados.
Ter esta figura como uma “base” garante segurança para a criança durante o
período que está fora de casa. Os horários e as rotinas são suficientemente
repetitivos, embora flexíveis, para permitirem que as crianças explorem,
treinem e ganhem confiança para a aquisição das suas competências em
desenvolvimento, embora permitam que as crianças passem suavemente, ao
seu ritmo, de uma experiência interessante para outra.
Os educadores planificam de forma flexível e centrada na criança e no
tempo de grupo. Em conjunto, os intervenientes da ação educativa concebem
horários e rotinas centradas nas necessidades e interesses das crianças,
proporcionando-lhes um sentimento de controlo e pertença.
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Sendo assim a rotina diária da sala dos bebés será:
7h30 – Receção dos meninos;
09h00/10h45- Exploração livre e orientada dos brinquedos da sala;
11h00 – Almoço
13h00/15h00 – Dormitório
15h00 – Lanche
15h30/18.30 – Exploração livre e orientada dos brinquedos da sala;
A hora do almoço e lanche desta sala dependerá sempre da hora que os
pais estipularem que a criança come, uma vez que a alimentação das crianças
desta sala será de casa até estas transitarem para a sala de um ano, no
entanto está aqui estipulada a hora que posteriormente as crianças terão de
cumprir nas salas de 1 e 2 anos.
A rotina da sala de um ano será:
7h30 /09h00 – Acolhimento dos meninos na sala dos 2 anos;
09h00/11h00 – Atividades livres e orientadas.
11h00 – Almoço
13h00/15h00 – Dormitório
15h00 – Lanche
15h30/18.30 – Exploração livre das áreas e brinquedos da sala.
E finalmente a rotina da sala dos 2 anos será:
7h30 /09h00 – Acolhimento dos meninos na sala dos 2 anos;
09h00/09h45 – Atividades na manta.
09h45/10h45 – Atividades orientadas na mesa.
11h00 – Almoço
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13h00/15h00 – Dormitório
15h00 – Lanche
15h30/18.30 – Exploração livre das áreas da sala.
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Metodologia e Objetivos
A intencionalidade deste projeto traduz-se na vontade de responder às
necessidades e interesses do grupo e de cada criança com a colaboração do
pessoal docente. Podendo ao mesmo ser acrescentados factos e objetivos
significativos. Sendo assim o Projeto a desenvolver no ano letivo de 2015/2016,
tem como tema “A Brincar, vou descobrir”; o tema assenta na importância da
criança aprender e crescer através das suas brincadeiras no mundo das
brincadeiras no mundo da fantasia e do imaginário.
A integração da criança no mundo social fundamenta-se em duas
direções inatas dominantes: estabelecer relações pessoais gratificantes com os
seus companheiros e aprender habilidades quotidianas essenciais, mediante
várias formas de brincadeiras. Brincar e descobrir é assim tão necessário ao
pleno desenvolvimento do organismo da uma criança, como falar, comer,
dormir, etc. É a partir desta atividade que a criança alimenta o seu sistema
emocional, psíquico e cognitivo. A criança nos seus primeiros anos de vida
utiliza a brincadeira como uma forma de linguagem que permite compreender,
expressar-se, desenvolver os seus interesses, as suas aptidões e as suas
possibilidades de bom relacionamento com os outros. Ao brincar ao faz de
conta, ela assume diferentes papéis, trocas de experiências, entende e faz
entender, cumpre as regras, partilha e constrói a sua personalidade.
Nestas faixas etárias um educador tem de ter bem ciente que o seu
principal papel é saber interpretar as pequenas manifestações das crianças,
para poder ir ao encontro dos seus interesses e satisfazer as suas
necessidades. Partindo do pressuposto que as necessidades básicas destas
crianças passam por necessidades fisiológicas, de segurança, de amor,
apreço, autoestima e autorrealização, cabe ao educador perceber o que cada
criança sente em determinada situação e valorizá-la pelas pequenas
conquistas que consegue realizar, tão simples como, ao fim de várias
tentativas, por exemplo, conseguir levar a colher com comida à boca. A partir
do momento em que este aspeto é assegurado, tudo o resto tem de ser
adequado ao grupo com o qual se está a trabalhar, adequando as estratégias
ao desenvolvimento de cada uma delas e fornecendo os materiais que as
ajudam a atingir, o máximo possível, o potencial das suas capacidades.
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Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
A minha metodologia baseia-se nas orientações curriculares para a
Educação Pré-Escolar definidos pelo Ministério da Educação, e na Lei-Quadro
da Educação Pré-Escolar.
Uma das metodologias por mim utilizada tem como base a criança como
um ser ativo no seu próprio desenvolvimento, portanto em tudo aquilo que for
possível, a criança será estimulada a agir de forma autónoma, pois nestas
idades o nosso papel é ajudar a criança para que desenvolva a sua motricidade
e se torne, progressivamente, mais autónoma.
Utilizarei ainda alguns aspetos da Escola Moderna, no que diz respeito a
utilização de quadros, avaliação das crianças das atividades, envolver a
criança na atividade tendo uma participação na escolha de técnicas e
materiais, de modo a que cada criança desenvolva desta forma motivações e
competências necessárias à sua aprendizagem.
Irei realizar um planeamento semanal e diário baseado na observação
de cada criança, do grupo, no projeto pedagógico da creche.
Objetivos
Os objetivos gerais para todas as salas são:
Estabelecer parceria forte com a família de forma a ter
informações sobre a criança, com vista à planificação do trabalho
tendo em consideração o superior interesse da criança;
Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças
num clima de segurança afetiva;
Constituir como um parceiro privilegiado dos pais na continuidade
dos cuidados e do afeto;
Encorajar a individualização de cada criança respeitando os seus
tempos, ou seus ritmos e as suas preferências pessoais;
Oferecer diferentes tempos de atividades bem estruturadas e
organizadas de sensibilidade do corpo e ao movimento, de
expressão criativa e oral, dos conteúdos de relação consigo e
com os outros, de abertura ao imaginário, respeitando as suas
fantasias, procurando dar sentido e espaço à sua livre expressão,
ao seu afeto;
Creche OS MORANGUINHOS
Projeto Pedagógico “A Brincar vou descobrir”
Criar espaços para que se crie uma relação de afetividade com as
crianças para que elas se sintam seguras, amadas, com
estabilidade. Para que possam agir e consequentemente crescer
num ambiente favorável ao seu desenvolvimento;
Proporcionar à criança um contato com o meio que a rodeia se
sinta conhecedora, integrante e participante nesse meio, para que
se desenvolva o processo de socialização;
Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou
precocidades, promovendo a melhor orientação e
encaminhamento da criança;
Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas
suas características individuais incutindo comportamentos que
favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas;
Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens
múltiplas como meios de relação de informação de sensibilização
estética e de compreensão do mundo;
Despertar a curiosidade e o desejo de saber;
Compreender a forma como a criança aprende, promovendo um
ambiente que facilite a brincadeira, a interacção, a exploração, a
criatividade e a resolução de problemas;
Estabelecer uma rotina diária consistente que reforce e valorize a
continuidade, para que a criança desenvolva um sentimento de
pertença a um ambiente que podem prever no seu quotidiano;
Objetivos Específicos
Para a sala dos bebés, tenho como objetivos específicos:
Desenvolvimento Sensório -Motor
Favorecer a estimulação sensorial;
Estimular e desenvolver a motricidade grossa;
Fomentar a tomada de consciência do próprio corpo o sentido de
equilíbrio do bebé;
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Iniciar esquemas corporais desenvolvendo a lateralidade e sentido de
orientação;
Proporcionar a exploração do espaço envolvente;
Dar a oportunidade para a exploração dos objetos;
Proporcionar aquisição de diversas posturas.
Desenvolvimento Social / Emocional
Estabelecer uma relação afetiva e efetiva com os adultos.
Ultrapassar o medo perante uma situação nova;
Desenvolver aquisição de confiança em si mesmo e nos outros;
Trabalhar o reconhecimento das imagens que o rodeiam.
Proporcionar à criança a perceção da presença do outro.
Desenvolvimento Intelectual
Estimular a sensibilidade táctil e visual;
Ajudar no reconhecimento das relações causa-efeito;
Desenvolver a linguagem;
Iniciar o sentido do ritmo e a sua relação com o movimento;
Estimular a atenção e perceção ao nível auditivo;
Fomentar o enriquecimento do nível da linguagem.
Desenvolvimento Preceptivo-Cognitivo
Proporcionar a descoberta da permanência do objeto;
Estimular progressivamente o aumento do período de atenção.
Para a sala de 1 Ano os meus objetivos específicos são:
Desenvolvimento Pessoal e Social
Criar hábitos sociais;
Sentar à mesa;
Estar à mesa;
Brincar com o outro;
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Criar hábitos de higiene;
Fazer controlo dos esfíncteres;
Promover a descoberta do corpo e da própria imagem;
Estimular as relações afetivas;
Identificar os objetos habituais quotidianos e a sua utilização;
Desenvolvimento Oral
Aquisição e enriquecimento do vocabulário;
Reproduzir progressiva e corretamente vocabulário prático e quotidiana;
Estimular a construção de frases simples;
Estimular a curiosidade sobre os animais;
Desenvolvimento Motor
Estimular todo o tipo de movimentos do corpo através de jogos;
Consolidação do andar e da marcha;
Transpor obstáculos em vez de contornar;
“Aprendizagem” e consolidação de corrida e de trepar;
Promover o desenvolvimento da expressão corporal;
Encaixar peças de um jogo;
Desenvolvimento da Expressão Plástica e Musical
Contribuir para a criança expressar-se enquanto ser individual nas
diferentes atividades plásticas;
Exploração de diferentes texturas e materiais;
Promover o contacto e o interesse pela expressão plástica;
Na sala dos 2 anos os meus objetivos específicos são:
Desenvolvimento Pessoal e Social
Criar hábitos sociais;
Sentar à mesa;
Comer sozinho;
Brincar com o outro;
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Criar hábitos de higiene;
Fazer controlo dos esfíncteres;
Lavar as mãos;
Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança;
Desenvolver a autoconfiança;
Estimular as crianças ao diálogo e ao respeito pelos outros;
Aprender as primeiras regras de vida em sociedade;
Despertar a curiosidade e o espírito crítico;
Proporcionar à criança a observação e compreensão do meio
envolvente para a sua melhor integração no mesmo;
Desenvolver alguns princípios morais da criança;
Identificar os outros meninos;
Desenvolver a autonomia;
Desenvolver o sentido de responsabilidade;
Criar laços afetivos entre as crianças e adultos;
Exprimir sentimentos;
Interiorização de regras e rotinas;
Desenvolvimento Oral
Aquisição e enriquecimento do vocabulário;
Desenvolver a expressão e a comunicação através da linguagem verbal
e não-verbal;
Desenvolver a capacidade de imitar e fantasiar;
Desenvolver e estimular a criatividade e a imaginação;
Promover o desenvolvimento de todos os sentidos através dos sons e
dos movimentos;
Desenvolver a expressão plástica proporcionando a exploração de
novos materiais;
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Adquirir novo vocabulário;
Reconhecer o seu nome escrito;
Acompanhar canções com gestos e palavras;
Estimular a utilização das palavras como forma de expressão;
Desenvolver as noções de espaço e de tempo;
Desenvolver a motricidade fina;
Estimular a imaginação e a criatividade;
Desenvolvimento Motor
Desenvolver a coordenação motora;
Desenvolver a motricidade fina e a destreza manual;
Conhecimento do corpo e suas potencialidades, fazendo enumerações
das diferentes partes de si e no outro;
Desenvolvimento das Expressões Plástica e Musical
Contribuir para a criança expressar‐se enquanto ser individual nas
diferentes atividades plásticas;
Estimular a expressividade e o sentido estético;
Desenvolver o conhecimento de diferentes sons e instrumentos
musicais;
Estimular a memória auditiva;
Exploração de diferentes texturas e materiais;
Desenvolvimento do Conhecimento do Mundo
Estimular a curiosidade natural da criança;
Promover o conhecimento dos animais da quinta, marinhos e selvagens,
identificando: o nome, som, meio onde vivem, alimentação e
características;
Reconhecer e identificar as diferentes formas, cores, texturas;
Conhecer as estações do ano;
Estabelecer relações de grandeza entre os objetos;
Ajudar a arrumar a sala;
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Conhecer e relacionar os membros da família;
Observar e identificar as condições atmosféricas;
Aprender sobre o mundo explorando objetos;
Todos estes objetivos poderão ser alterados ou aos mesmos adicionados
outros ao longo do ano letivo, conforme as aprendizagens, ritmos e interesses
das crianças.
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Estratégias e Atividades
Os bebés e as crianças pequenas estão sempre dependentes do contato
humano, de se lhes falar, da atenção que lhes dá e da ternura com que
recebem. Os amplos processos de aprendizagens que se realizam nesta fase
da vida, só podem ser acionados no calor seguro de uma relação harmoniosa
entre pais, educadores e crianças.
Por isso é muito importante:
Habituação ao contato e necessidades de contato através da
proximidade corporal, carícias sempre repetidas de olhar para ela,
conversar com ela, bem como a sua integração no mundo das coisas.
Educação da audição e da atenção através de sons barulhentos (vozes,
campainhas, pandeiretas, etc.) que mais tarde virão em direções
diferentes, com alturas e sequências de sons diferentes. Estimulação da
própria produção de ruídos (bater palmas, sons de roca, etc.)
Educação da visão e da atenção através de estímulos luminosos e em
movimento, através de objetos com formas simples e cores nítidas
(bolas, rocas, etc.), para isso é conveniente limitarmo-nos a poucos
objetos que mostraremos muitas vezes. Mais tarde poderemos
acrescentar outros objetos mais pequenos, bem como imagens simples.
Exercícios de movimentos bucais, sucção, lombar, mastigar (mais tarde,
quando se dão alimentos sólidos) e igualmente fazer brincadeiras com
sopro.
Exercícios para a movimentação das mãos, com estimulação para
agarrar, dar a mão, bater palmas, dizer adeus, bater à porta, atirar uma
bola, fazer construções, chapinhar, atirar com coisas, fazer brincadeiras
simples com os dedos, etc.
Educação para a movimentação do corpo, levando os movimentos
espontâneos a adaptarem-se a um dado ritmo com uma pandeireta
cantando; rastejar, rebolar-se, endireitar-se, pôr-se em pé, andar de mão
dada.
Preparar a capacidade de comunicação da criança chamando-a pelo
seu nome próprio, dizendo-lhe palavras ternas, dizendo o nome das
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pessoas e coisas e falando-lhe incansavelmente durante todas as
atividades.
Estímulo para fazer ritmos: em conjunto e para cantar sons e melodias.
“Ensinar” a criança progressivamente a empregar palavras determinadas
para exprimir os seus desejos, ao pedir determinado objeto, repetindo
incansavelmente as palavras e tendo as reações apropriadas.
Fazer surgir e aprofundar estímulos emocionais, como alegria,
confiança, bem-estar, etc., dando à criança possibilidade de fazer
experiências, exteriorizando sentimentos, deixando-a participar e
aprovando os seus esforços.
Tudo o que se faça terá sempre que ser adaptado à maneira de ser da
criança.
Mostrar à criança como se faz, fazê-la colaborar e estimular a sua
participação e iniciativa.
Todas as “ordens” que se dão, bem como os estímulos de
aprendizagem deverão ser simples, calmos mas enérgicos.
Valorizar as crianças pelas suas vitórias.
Atribuir pequenas tarefas às crianças.
Transmitir carinho, afetos e segurança.
Conversas sobre bons comportamentos, partindo das crianças a
identificação dos mesmos.
“…é um conjunto de actividades e temas que permitem a cada criança,
pôr em jogo e desenvolver os seus diversos recursos pessoais e a si mesmo
como um todo.” (Zabalza, 1992)
Atividades para desenvolver na sala dos bebés:
Estimular a criança a sentar-se, levantar-se e andar;
Estímulos visuais e auditivos (mobiles, sons, música, etc.);
Lengalengas;
Brincar e explorar blocos de espuma forrados;
Canções com gestos;
Apresentação de figuras de cartão plastificado;
Caixas de música (com garrafas de plástico e boiões de iogurte);
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Garrafas de água com bolas coloridas lá dentro;
Jogar ao “esconde-esconde”;
Brincar com balões;
Caixotes de cartão para as crianças se meterem lá dentro;
Caixas pequenas para por objetos lá dentro;
Jogo com bolas de pano, plástico e borracha;
Audição de gravações;
Bolas de sabão (feitas pelo adulto).
Atividades para desenvolver na sala de um e dois anos:
Histórias simples;
Lengalengas;
Brincar com papéis coloridos;
Colagem;
Farinha maisena;
Digitinta;
Desenho livre e com vários tipos de materiais;
Balões com cores;
Pacotes de bolacha vazios para amachucar;
Imitar animais a nível vocal e de movimento;
Bolas de sabão;
Sacos cheios com materiais diversos;
Bolas;
Blocos grandes;
Caixas de papelão;
Brincar com caixas de cartão;
Músicas (canções de roda, mímica);
Fantoches;
Brincar com água;
Jogos de sombras;
Contacto lúdico com alimentos;
Pintura com diferentes técnicas;
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Vivência das festas escolares;
Celebração dos aniversários de cada criança;
Observar e explorar materiais e o ambiente que as rodeia;
Aplicar diversas técnicas de expressão plástica;
Canções mimadas;
Cartões de imagens;
Estímulos individuais e de grupo;
Estabelecer diálogo sobre situações do quotidiano e atividades que se
vão desenvolvendo;
Incentivar a participação autónoma em atividades da rotina diária, tal
como: beber água, comer, arrumar brinquedos da sala, etc;
Apoiar o desenvolvimento motor, criando situações/objetos que apoiem
ações como o empurrar, puxar, dobrar-se, rastejar, deslizar, andar,
correr, pular, rebolar, gatinhar etc;
Promover a manipulação de objetos que exigem ações como o agarrar,
agitar, atirar, apanhar, encaixar, etc;
Proporcionar experiências sensoriais (frio, quente, molhado, seco, etc.);
Sentar-se no bacio/sanita de cada vez que forem mudar a fralda.
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Recursos Humanos e Horários
Sala dos bebés:
2 Ajudantes de Educação: 7.30 – 17.00/ 10.00 – 19.00
Sala de um ano:
1 Ajudante de Educação: 7.30 – 17.00/ 10.00 – 19.00
1 Educador de Infância:8.00 – 16.00/ 10.00 – 17.00
Sala de dois anos:
1 Ajudante de Educação: 7.30 – 17.00/ 10.00 – 19.00
1 Educador de Infância:8.00 – 16.00/ 10.00 – 18.00
1 Ajudante de Educação de apoio às três salas: 10.00 – 19.00
Todos os horários funcionam de forma rotativa entre funcionárias das
salas, de modo a não sobrecarregar ninguém.
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Avaliação
Segundo as Orientações Curriculares, “a intencionalidade do Processo
educativo que caracteriza a intervenção profissional do educador passa por
diferentes etapas interligadas que se vão sucedendo e aprofundando, o que
pressupõe: observar, planear, agir, avaliar e comunicar.” (pág. 25)
Todas estas etapas são fulcrais no bom desenvolvimento da nossa
acção educativa. É através de um trabalho orientado, organizado, reflexivo e
crítico que poderemos dar origem a um processo seguro e confiante de
aprendizagens ativas e positivas.
Cada criança é um ser único, por isso, profissionais de educação devem
ser conscienciosos de que cada um tem as suas necessidades, limitações,
interesses e aptidões, assim sendo, deverão fazer uma análise cuidada e traçar
um plano de ação que vise responder ao que a criança realmente necessita
para que possa prosseguir o seu desenvolvimento de forma harmoniosa.
A avaliação acompanha todo o projeto sendo feita ao longo de todo o
processo e com todos os seus intervenientes. Presente no início, para servir de
base às decisões tomadas, continuando ao longo do projeto e marcando o seu
término.
Antes de desencadear a ação, importa decidir, o que se vai querer
saber, como recolher e registar essa informação, quem analisa e quando.
A avaliação, assenta a sua flexibilidade e a capacidade de ajustar o
plano à sua evolução, servindo a avaliação final para ter uma visão global do
processo ao verificar os resultados obtidos. O processo de avaliação permite-
nos então, tomar consciência da nossa ação e da nossa atitude para, mais
tarde, podermos adequá-la da melhor maneira às crianças e ao seu constante
desenvolvimento. Permite, ainda, avaliar as crianças e observar as
aprendizagens que efetuaram, assim como a sua participação, entusiasmo e
interesse, para além de outros aspetos.
Sendo assim no meu processo de avaliação irei utilizar as seguintes
estratégias:
Observação direta;
Diálogo com as crianças sobre as atividades;
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Registo das aprendizagens;
Entrega de informação aos pais.
Pretendo que exista também um elo de ligação com a família para que
esta participe e se sinta motivada em colaborar com a Instituição. De modo que
a avaliação também terá por base as conversas formais e ou informais que irei
manter com os pais, afim de juntos conseguirmos dar uma melhor resposta às
necessidades de cada criança.
“Um diálogo verdadeiro entre pais e professores é, pois, indispensável,
porque o desenvolvimento harmonioso das crianças implica uma
complementaridade entre Educação escolar e educação familiar.” Jaques
Delors, (…)
O presente Projeto poderá sofrer alterações durante o ano letivo, de
acordo com as necessidades do grupo de crianças e da Instituição.